Tecnicas de Expressao
Tecnicas de Expressao
Tecnicas de Expressao
Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
Conteúdo do discurso académico
(expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional relevante
na área de estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais parágrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
2
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução...................................................................................................................................5
1. Textos Administrativos...........................................................................................................6
1.2. A convocatória.....................................................................................................................8
1.2.1. Conceito............................................................................................................................8
1.3. A acta.................................................................................................................................10
1.3.1. Conceito..........................................................................................................................10
1.4. A Carta...............................................................................................................................14
1.4.1. Conceito..........................................................................................................................14
1.5.4.Estrutura do requerimento................................................................................................22
Conclusão..................................................................................................................................28
Referências bibliográficas.........................................................................................................29
5
Introdução
No nosso dia-a-dia usamos diversas facetas para nos comunicar. Nas instituições essa prática
se torna indispensável e é feita de diversas formas… através de reuniões, cartas, entre outros
documentos afixados nas vitrinas da mesma instituição. Por isso a sua elaboração deve ser
cuidadosa e uniforme para permitir que sua mensagem seja decifrada na totalidade em
substituição do próprio redactor.
A pertinência deste trabalho surge na medida em que ao longo do mesmo saberemos que os
textos administrativos devem conter linguagem formal e formatação padrão específica, são
escritos com clareza e objectividade, indo directo ao ponto, com organização e seriedade. É
por isso que no decorrer do trabalho vamos conferir os tipos de Textos Administrativos
referenciados acima com exemplos e modelos dos mesmos.
Em termos de metodologia usada para a elaboração deste trabalho, é importante salientar que
a consulta bibliográfica de obras em físico e artigos da internet de língua portuguesa que
abordam a questão de textos administrativos que serviram de base de sustentação de ideias
aqui patentes.
6
1. Textos Administrativos
1.1. Generalidades sobre de Textos Administrativos
Bateman e Snell (2006) entendem que a escrita administrativa, também chamada funcional e
institucional, vem-se afirmando, entre nós, desde os anos 60, com o desenvolvimento do
sector dos serviços. A mudança de tipo de comunicação dentro da empresa é um factor a
explicar esse crescimento: a uma comunicação interpessoal, individulizada e subjectiva
substituiu-se uma comunicação formal, tipologizada e objectiva, numa palavra, impessoal.
Os textos administrativos começam agora a figurar entre os textos trabalhados pela escola.
É bom que assim seja: os alunos adquirem mais confiança no domínio das diferentes
manifestações da língua escrita e as empresas recebê-los-ão com mais agrado, por
apresentarem uma preparação linguística mais variada (Bateman & Snell, 2006, pp.13-7).
Para Costa e Gil (1996) o texto administrativo é um texto formal, que deve ser escrito com
correcção gramatical, com clareza e objectividade, sem recurso a expressões de significado
ambíguo e, de uma forma geral, sem mais palavras do que as estritamente necessárias.
7
Portanto, os textos administrativos ou funcionais são textos que se usam dentro das mesmas
instituições ou entre instituições diferentes, daí a designação de textos institucionais.
Neste trabalho vai-se focar na convocatória, acta, carta comercial, requerimento e Currículo
Vitae.
8
1.2. A convocatória
As reuniões ou encontros de trabalho fazem parte das actividades quotidianas de qualquer
instituição ou organização. Contudo, o seu sucesso depende de uma boa preparação e de uma
boa condução.
Quem planeia e regista uma reunião ou um encontro deve possuir um bom poder de selecção
e de síntese das informações, o que passa, necessariamente, por um bom domínio da língua,
sobretudo da linguagem ligada ao seu contexto profissional.
1.2.1. Conceito
Conforme Faustich (1987), “convocatória é um documento que chama sócios para reunir,
elaborado por quem tem poderes institucionais para o fazer. Normalmente, é dada a conhecer
por aviso postal para cada participante, com antecedência considerada necessária – nas
associações é de oito dias” (p.98).
Trata-se de um texto de utilidade pública, feito no contexto da realização de uma reunião.
9
divulgada através de cartaz ou anúncio afixados em instituições ou em locais onde existam
potenciais especialistas na matéria a ser discutida. Predomina nos meios académicos.
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Convoca-se todos os moradores do Quarteirão 5 da Unidade Comunal 25 de Junho do bairro
de Nampula para uma reunião a realizar-se no dia 17/04/2021 (Sábado), às 8:00 horas, na casa
do chefe do Quarteirão.
Ordem de Trabalhos:
1. Consciencialização dos moradores sobre a gestão dos resíduos sólidos;
2. Tipos de resíduos sólidos;
3. Troca de opiniões e apresentação de sugestões sobre a gestão dos resíduos sólidos;
4. Desenho de acções de formação para os próximos anos;
5. Marcação da próxima reunião.
Nampula, 15 de Abril de 2021
O chefe do Quarteirão 5
_________________
(Aurélio Xavier)
1.3. A acta
De acordo com Bateman e Snell (2006), “a palavra acta, do latim, que significa, por via culta,
particípio passado do verbo agere, factos, ou coisas feitas” (p.76).
Terra e Nicola (2004) entendem que o conceito de Acta evoluiu para um conceito mais
funcional, que se adequa mais ao carácter pragmático da sociedade actual.
A acta tradicional tinha um carácter rígido pois reproduzia, com a maior fidelidade possível,
tudo o que se passava numa reunião. Eram, por isso, muito extensas. Esse tipo de Actas caiu
em desuso.
As Actas que se usam hoje nas instituições e organismos são funcionais e, muitas vezes, com
uma formatação característica da empresa ou instituição. Reproduzem, essencialmente, as
conclusões e decisões tomadas, de forma resumida, sintética.
1.3.1. Conceito
Segundo Peixoto (2001), chama-se acta à “reprodução de factos, decisões e opiniões
reportados a assembleias, reuniões ou conselhos...é o relato oficial de tudo o que se passou
durante a reunião de uma instituição, departamento, secção, conselho ou grupo de trabalho”
(p.95). Costuma fazer-se a distinção entre projecto de acta e a acta propriamente dita,
coincidindo a passagem do primeiro à segunda com o momento da sua aprovação.
11
Este documento é elaborado pelo secretário da reunião que tem a ingrata, difícil e a penosa
tarefa de, ao longo dela, recolher os apontamentos indispensáveis à sua elaboração posterior
do projecto de acta. Mais tarde, com a ajuda do presidente, em caso de necessidade, ordená-
los-á e redigirá uma primeira versão. O projecto de acta é escrito no livro de actas, cujas
folhas devem estar rubricadas e numeradas – as folhas, não as páginas, pois cada folha tem
duas páginas – pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, o mesmo acontecendo com os
termos de abertura e de encerramento.
A redacção deve ser simples, concisa e clara; não deve haver abreviaturas e os números tal
como as datas escrevem-se por extenso; intervalos em branco, entrelinhas e rasuras são
eliminados. Enquanto o projecto de acta, ou minuta, não for aprovado em Assembleia Geral, é
pertença de quem o elaborou, que pode fazer as alterações que achar para a sua compreensão
e fidelidade.
Nela são relatadas todas as intervenções dos participantes da reunião. A sua redacção obedece
a uma fórmula fixa de introdução e fecho, começando-se do seguinte modo: (aos nove dias,
do mês de Junho de dois mil e sete, nas instalações da Faculdade de Educação e
Comunicação, realizou-se uma reunião, que obedeceu à seguinte ordem de trabalhos/ ou cuja
agenda encontra-se em anexo…
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Em parágrafos devidamente separados apresenta-se, de modo resumido e pela ordem por que
foram tratadas, as deliberações, decisões, intervenções, votações… No final, o presidente
poderá fazer um resumo das decisões tomadas, bem como a designação das pessoas
encarregadas da sua implementação.
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b) Marcas Linguísticas
A linguagem deve ser objectiva e isenta de comentários ou de juízos de valor de
quem a redige;
Uso da voz passiva e das formas do particípio passado (relativamente ao ponto
número três, foi dito que…ficou acordado que…decidiu-se que as reuniões serão
feitas…);
Os verbos no Pretérito Perfeito do Indicativo - Exemplo: verbo falar, falou, falaram;
verbo comentar - comentou, comentaram. Com verbo de elocução para registar as
diferentes opiniões;
Não deve conter rasuras nem emendas. Todas as alterações devem ser ressalvadas no
fim ou, caso sejam detectadas a tempo, deve-se empregar a partícula rectificativa
“digo” no caso de se cometer um erro, por exemplo: Aos dez dias do mês de
Dezembro, digo, de Janeiro, de dois mil e quatro.
Usa-se o termo em tempo, quando se constata um erro ou omissão depois de lavrada a
acta, exemplo: Em tempo, onde se lê Janeiro, leia-se Fevereiro;
Discurso indirecto – quem redige a acta não põe os participantes da mesma a falar
directamente mais sim, faz-se intérprete delas.
O secretário de uma reunião deve, no decurso da reunião, tomar notas dos assuntos tratados e
das deliberações e conclusões, Essas notas servir-lhe-ão de guião quando redigir a Acta.
Deverá usar palavras-chave e frases curtas que sintetizem as ideias essenciais, não devendo,
porém, omitir questões importantes.
Aos dezassete dias do mês de Abril de dois mil e vinte e um, reuniram-se, pelas
dezassete oito horas, na casa do chefe do Quarteirão cinco, os moradores do mesmo
quarteirão. A reunião foi presidida pelo Sr. Aurélio Xavier, chefe do Quarteirão cinco, e
obedeceu à seguinte ordem de trabalhos:--------------------------------------
1. Consciencialização dos moradores sobre a gestão dos resíduos sólidos; ------------------------
2. Tipos de resíduos sólidos; ------------------------------------------------------------------------------
3. Troca de opiniões e apresentação de sugestões sobre a gestão dos resíduos sólidos;-----------
4. Desenho de acções de formação para os próximos anos; ------------------------------------------
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5. Marcação da próxima reunião.-------------------------------------------------------------------------
Estiveram presentes todos os seus moradores, à excepção do senhor----------
Alfredo Fumo por motivos devidamente justificados.--------------------------------------------
1. O chefe do Quarteirão cinco teceu elogios aos moradores nos esforços que tem levado a
cabo para manter o bairro sem ondas de criminalidades que o bairro vinha sofrendo. Reforçou
ainda que os moradores pautem numa atitude mais responsável em matérias de gestão de
resíduos sólidos, não deitando o lixo em sítios impróprios do Quarteirão pois isso ajuda no
combate a doenças e racionalização do espaço urbano. Pediu ainda que os moradores
escolhessem um ponto estratégico do bairro para que os moradores possam depositar os
resíduos -------------------------------------------------------------------------
2. Seguiu-se para o ponto dois referente aos tipos de resíduos sólidos, onde os reunidos
chegaram ao consenso que os resíduos sólidos podem ser Resíduos Sólidos Urbanos que são
provenientes de residências, da limpeza pública urbana, dos comércios e de prestadores de
serviços…Resíduos Industriais. ...Resíduos Hospitalares. ...Resíduos de Construção Civil. ...
Resíduos Nucleares.:----------------------------------------------------
3. Escolheu-se a baixa do quarteirão para a conservação do lixo residual.
4. Sr. Crino Crispino, morador daquele Quarteirão:----------------------------------------------
A baixa do bairro não pode ser lugar definitivo para a conservação do lixo, é necessário
contactar estruturas superiores ligadas a área de limpeza como o município para a remoção do
lixo.--------------------------------------------------------------------------------------------
5. Agenda para a próxima reunião:---------------------------------------------------------
Ponto um: Apreciação e aprovação da acta número um;------------
Ponto dois: a próxima reunião fica marcada para dia trinta e um de Junho de dois mil e vinte e
um para o balanço do envolvimento da comunidade na gestão dos resíduos sólidos;-------------
E, nada mais havendo a tratar, deu-se por encerrada a reunião da qual se lavrou a presente acta
que, depois de lida, vai ser assinada, nos termos da lei, por mim, que a secretariei, e chefe do
Quarteirão.-------------------------------
O Secretário O Presidente
_____________________ _______________________
1.4. A Carta
1.4.1. Conceito
É uma conversa por escrito, dirigida a uma pessoa ausente - assim se define tradicionalmente
a carta. A simplicidade da definição não corresponde, porém, à dificuldade em escrever
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cartas. Trata-se de um meio de comunicação muito antigo que tem visto o seu espaço ser
conquistado, no mundo moderno, por meios mais rápidos como o telefone, a rádio, o fax e,
em muitas das suas velhas funções, pelo próprio jornal. Contudo, a sua actualidade mantém-se
tal como as suas características: economia, personalização, substituto do diálogo.
Como é uma conversa, o estilo da carta deve ser coloquial, isto é, manifestar a maneira de ser
de quem a escreve e de quem a lê. Este cuidado em ser natural e adaptar-se ao receptor é uma
das exigências da carta, juntamente com a clareza, a expressividade e a síntese.
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O corpo do texto deve conter a estrutura de introdução; desenvolvimento e
conclusão (que correspondem respectivamente ao inicio, meio e fim).
Despedida (atenciosamente, cordialmente, adeus, até breve);
Assinatura (pode só o primeiro nome, nome completo ou mesmo apelido).
Exemplo de carta privada
Nampula, 24 de Abril de 2020
Amado filho Aurélio
Há 3 meses que você viajou para o tão sonhado curso na china, e já sinto uma imensa
saudade. Como esta indo o clima com o novo Coronavírus? É verdade que a China já
estabilizou a nova pandemia? Você vai ficar ai 4 anos, por isso trate de escrever mais, já que
nem sempre será possível telefonar por causa das taxas elevadas. O que você esta achando da
cidade dos Chineses? Seus pais e seus irmãos enviam fortes abraços e breve pede que você
entre em contacto com ele pela internet. Na próxima semana será o aniversário de sua irmã
Marta; não se esqueça de telefonar. Aqui em Nampula, o calor tem nos poupados comparando
com os meses anteriores. Assim que passar a quarentena, vamos fazer uma festa para Marta,
na praia de Nampula, vai ser estranho sem você! Cuide-se bem, comer bem, Se precisar de
qualquer coisa, ligue para nós imediatamente.
Responda logo e envie fotos.
Mil beijos,
Sua mãe
b) A Carta comercial
É a carta que se escreve para oferecer um produto, fazer um pedido ou formular uma
reclamação. Pode-se entender a carta comercial como um documento escrito, trocado por
empresas ente si ou entre as empresas e os seus clientes e vice-versa, visando iniciar, manter
ou encerrar transacções. Incluem ainda as cartas de candidatura a emprego e as cartas de
resposta a anúncios.
Essas cartas são frequentes no mundo dos negócios, onde constituem o documento escrito
mais importante, e dizem respeito à compra e venda de alguma coisa. São caracterizadas pelo
sentimento útil e, como o comércio e o seu estilo, não só devem permitir uma comunicação
eficaz como deixar uma impressão favorável na pessoa que as recebe. O seu objectivo
principal é obter uma reacção positiva.
Referência todas as cartas ficam melhor quando apresentam a referência que é o número que
permite ao destinatário localizar a carta em casos de perda.
Corpo da Carta
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iii. Conclusão ou Fecho da Carta
Normas de Redacção
Ao redigir o texto de uma carta comercial deve-se considerar as regras da língua escrita que
são: a ortografia, a acentuação, a pontuação e os princípios da organização do texto e as regras
práticas essenciais para a redacção do texto da carta que são as seguintes:
Linguagem Clara
A linguagem deve ser compreendida facilmente pelo destinatário, pois o código de ambos
deve ser comum para que a mensagem seja compreendida, não devendo conter ambiguidade.
Linguagem Precisa
Linguagem exacta, isto é rigorosa e clara e ter cuidado com exageros, especialmente com a
utilização de expressões técnicas ou gíria.
Linguagem Concisa
Marcas Linguísticas
i. Linguagem precisa, concisa e clara
ii. Uso dos verbos na primeira pessoa do plural e terceira pessoa do singular
iii. Uso de verbos no presente do indicativo, condicional e gerúndio.
Mancha Gráfica
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vi. Apresenta uma fórmula de cortesia de saudação e fecho, caro, prezado,
atenciosamente, com os melhores cumprimentos.
vii. Os assuntos importantes em negrito, itálico ou sublinhado.
Tipos de carta comercial
A carta comercial pode dividir-se ainda em:
Carta de oferta: quando o objectivo é dar a conhecer um produto, uma firma, serviço
que se possa prestar, etc.
Carta de informação: quando o objectivo é apenas informar.
Carta de pedido: quando o objectivo é fazer uma encomenda.
Carta de reclamação: quando o objectivo é apresentar uma queixa ou protestar contra
um mau serviço (Sequeira, 2006).
Como redigir uma carta comercial
1ª regra: indicar, no canto superior esquerdo, quem escreve e a quem se escreve na linha
abaixo no canto superior direito, com os respectivos endereços. Na linha a seguir, indicar as
referências (s/r – sua referência; n/r – nossa referência). A data vem mais abaixo, à direita.
Indicar o assunto da carta.
2ª regra: deixar um espaço, no mínimo de duas linhas e iniciar o corpo da carta começando
pela saudação, depois o texto, a fórmula de despedida e no final a assinatura do remetente, o
seu nome e o cargo que exerce.
3ª regra: Fazer uma pequena introdução explicando a razão de ser da carta e incluir num
parágrafo cada questão que se quer colocar.
Exmo Senhor
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Gerente da Loja Movitel, SA
Nampula
Assunto: Solicitação de Serviços de Internet para Plataforma
Exmo. Senhor
Em atenção a carta enviada por V. Excias através da carta no 105/Mov/XX/2020, datada de
30 de Novembro de 2021, na qual expõe um leque de serviços de internet, e tendo em conta a
natureza da UCM, que aposta na formação dos seus Discentes através de Tecnologias de
Informação e Comunicação, recorrendo a plataforma integrada de gestão dos processos de
Ensino a Distância, comunica-se que a instituição está interessado em aderir a um dos vossos
pacotes de internet, via contrato anual. Assim, solicita-se que forneçam mais detalhes dos
possíveis pacotes que sejam aplicáveis bem como as possíveis modalidades de pagamento
para a operacionalização eficaz da plataforma de modo a minimizar as oscilações e lentidão
que tem se verificado no sistema.
Atentamente.
O Director do Centro
____________________
Diocleciano José Mário Lapucheque
Mestre em Tecnologias de Informação e Comunicação/
21
A data - coloca-se ao alto, à direita ou à esquerda nas cartas comerciais e à esquerda
nas familiares. Nestas, pode aparecer também no fim, à esquerda da assinatura, como
forma de respeito e consideração.
O Endereço ou direcção - aparece, em geral, no envelope ou sobrescrito ou, nas
comerciais, na folha da carta quando se usa um envelope com janela. Neste último
caso, a sua colocação varia: Ingleses e Americanos escrevem-na à esquerda, os
Franceses, à direita. Entre nós, adoptam-se as duas posições. É importante que estejam
presentes todos os elementos necessários para a identificação do destinatário e da sua
residência.
Saudação ou fórmula de tratamento - escreve-se à esquerda, alinhada com a
primeira palavra da carta. A sua escolha deve ser criteriosa não só porque há normas
rigorosas, particularmente nas cartas comerciais, como porque o nosso interlocutor
pode não se rever na forma de tratamento por nós usada, o que o leva a olhar-nos de
lado (Peixoto, 2001).
1.5. Requerimento
1.5.1. Conceito do requerimento
Quando queremos solicitar alguma informação ou algum pedido a um organismo público ou a
uma autoridade, fazemos um requerimento. O requerimento é um documento usado por
empresas ou particulares para solicitar algo de um organismo público. Pode-se perceber que o
requerimento é um texto de natureza documental que formula um pedido por escrito que
obedece certas formas legais. O requerimento é dirigido a um responsável de uma instituição
a que se pede satisfação de um interesse, com capacidade de decisão relativamente ao que se
pede (Bento, 2017).
22
1.5.3. Mancha gráfica do texto
Na escrita do texto do requerimento, quando manuscrito, deve apresentar caligrafia legível, a
mancha gráfica sem rasuras.
1.5.4.Estrutura do requerimento
Um requerimento consta das seguintes parte:
a) Introdução (Cabeçalho) – esta parte contém:
O vocativo o cargo ou função da entidade a quem nos dirigimos;
Sua instituição e o local a que se dirigem o requerimento.
b) Corpo do Requerimento (corpo do texto) – compreende:
Identificação do requerente (apresentar todos os dados julgados necessários ou
convenientes: nome completo, Bilhete de Identidade, estado civil, profissão,
morada…);
A comunicação – contém o pedido ou objecto do requerimento, nesta parte deve-se
indicar as razões subjacentes ao pedido (motivo, caracterização do problema,
circunstâncias, ocorrências, situações) que justificam o pedido.
c) Fecho – constam os três elementos que fecham a carta do requerimento.
Expressão de conclusão – Pede deferimento;
Data – de preferência por extenso, antecedida da indicação do lugar.
Assinatura do requerente.
23
1.5.6. Exemplo de requerimento
Exmo Senhor Administrador do Distrito de Nampula
=Nampula=
Pede deferimento.
________________________
Jacinto Faustino
1.6. Currículo Vitae
1.6.1. Conceito de Currículo Vitae
As palavras curriculum e vitae são latinas e significam “percurso” e “vida”, ou seja,
curriculum vitae quer dizer “percurso de vida”. Ele traduz, de forma resumida, um conjunto
de actividades, formações, experiências, que definem o perfil de um candidato a emprego
(Sequeira, 2006).
24
1.6.2. Tipos de Currículo Vitae
Segundo Faustich (1987), “existem três tipos de curriculum: o curriculum cronológico, o
curriculum funcional e o curriculum misto. Estes três tipos distinguem-se pela sua
apresentação gráfica e a sua escolha depende daquilo que pretendemos realçar na nossa
candidatura” (p.211). Porém, se no anúncio tiver sido feita a exigência da forma de
apresentação do curriculum, essa exigência deve ser respeitada. Esta exigência permite ao
seleccionador dos candidatos a uniformização da leitura dos curricula, centrando a sua
atenção nos aspectos que mais lhe interessam.
a) Curriculum Cronológico
Apresenta as informações da experiência mais antiga para a mais recente, muito embora essa
ordem se possa inverter, começando pela mais recente e terminando na mais antiga. Esta
apresentação justifica-se sempre que a experiências mais recente seja mais relevante para o
cargo a que se pretende candidatar (Faustich, 1987). Contudo, deve evitar-se este tipo de
curriculum se o candidato possui pouca experiência profissional ou fraca especialização, ou se
a última experiência profissional não for a mais relevante para a candidatura em questão.
Estrutura
Dados de identificação
Formação profissional
Formação académica
Experiência profissional
Outras actividades e interesses
b) Curriculum Funcional
Centra-se nas actividades ou funções desenvolvidas pelo candidato e consiste em dividir a
experiência profissional em conhecimentos específicos de acordo com a sua área de
especialidade bem como apresentar as competências adquiridas ao longo da sua experiência
profissional, tais como capacidade de comunicação, conhecimentos técnicos, entre outros.
Este tipo de curriculum presta-se a candidatos que possuam pouca experiência profissional ou
que tenham uma actividade irregular ou descontínua. Permitem também disfarçar aspectos
menos positivos do candidato como uma média baixa no curso ou disciplina. Como permite
ao candidato demonstrar as suas capacidades de expressão escrita, deve optar-se por ele
sempre que este aspecto for um requisito fundamental para o cargo (Faustich, 1987).
Estrutura
Contacto
25
Experiência pré-profissional e profissional
Educação e qualificação
Formação adicional
Interesses
Dados pessoais
c) Curriculum Misto
Este tipo de curriculum alia a formalidade do curriculum cronológico à adaptabilidade do
curriculum funcional. Assim, o candidato pode ser mais sintético nuns aspectos e mais
descritivo naqueles que mais interessam para a candidatura (Faustich, 1987).
Estrutura
Identificação do candidato
Resumo da situação actual de emprego
Habilitações académicas e profissionais
Experiência profissional, por ordem mais recente para a mais remota.
Para Terra e Nicola (2004), existem dois tipos básicos de currículo, a depender de seus
objectivos e destinações:
a) Currículo Académico – voltado para a área universitária e para as actividades de
cultura, de uma maneira geral;
b) Currículo Profissional - para o ingresso no mercado de trabalho. Este, geralmente, é
mais resumido, enxuto e objectivo, do que o currículo académico.
26
f) Local e data (Bateman & Snell, 2006).
Recomenda-se não colocar números de documentos de identidade, CPF, título de
eleitor ou carteira de trabalho, etc., nem anexar suas respectivas cópias e assinar o
currículo.
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VI. Línguas/Idiomas
Emakua – Razoável na fala e Escrita.
Português – Excelente na fala e na Escrita.
IV. Diversos
Conhecimento básico de informática na óptica de utilizador nos pacotes: Windows e
Word;
Disponível para trabalhar em qualquer ponto do país, rigor e fácil adaptação ao
ambiente de Trabalho;
Dedicação precisa e eficiente;
Boa capacidade de comunicação. Bom relacionamento em ambiente de trabalho;
Alto sentido de responsabilidade e sigilo profissional;
Vontade de trabalhar em equipa;
Responsabilidade, profissionalismo e pontualidade no local de trabalho;
Facilidade de aprender;
Facilidade de adaptação.
V. Contactos: 847445976
28
Conclusão
Conclui-se que textos administrativos, são textos formais, que devem ser escritos com clareza
e objectividade, não se pode usar ambiguidade e deve-se utilizar somente as palavras
necessárias. Estes tipos de textos visam: informar, convocar, solicitar, denominar, entre
outros.
Convocatória é um documento que chama sócios, com antecedência necessária, para reunir,
elaborado por quem tem poderes institucionais para o fazer. Todavia, não há uma técnica
propriamente dita, mas há elementos a ter em conta antes da sua elaboração: uma agenda, um
público-alvo bem definido, a indicação do local e da data da realização da reunião. Na
elaboração do texto, é necessário especificar local, data, finalidade. A garantia da
inteligibilidade do texto advém da escolha de um vocabulário simples (palavras conhecidas,
utilizadas no dia-a-dia) e uso das frases curtas. O objectivo da convocação deve ser
reconhecido...
Carta é a forma escrita mais comum de comunicação entre as pessoas. Ela é o documento
utilizado nas empresas, instituições e órgãos e, também, por pessoas físicas, a fim de tratar de
interesses comuns. Esta também é conhecida como “Carta Comercial”. O que se pretende com
uma carta comercial é provocar uma pronta resposta para o assunto nela tratado, mesmo que
seja uma resposta contrária aos interesses de quem a escreveu.
Importa salientar que padronizar os actos administrativos é condição essencial à eficiência das
instituições públicas e das empresas onde decorre da necessidade de racionalizar o trabalho da
Administração. Actos padronizados dão carácter e uma imagem profissional a documentação
além de tornar uniformes os seus documentos. Contribuem para uma boa aparência,
legibilidade, impressão e organização com linguagem formal. Portanto, um acto sem
formatação adequada, passam a sensação de desorganização.
29
Referências bibliográficas
Abdul, F. A. (2010). Português II: A Comunicação Organizacional. Instituto Superior
Monitor. Maputo – Moçambique.
Bateman, T. S. & Snell, S. A. (2006). Administração: novo cenário competitivo (2ª Ed.) São
Paulo: Atlas.
Bento, I. (2017). Módulo 3 de Português – Programa do Ensino secundário à Distância
(PESD) 1º Ciclo. Instituto de Educação Aberta à Distância – IEDA. Maputo.
Costa, A. G. & Gil, V. (1996). De viva voz - Língua Portuguesa, 8º Ano. Porto, Texto Editora.
Terra, E. & Nicola, J. de. (2004). Português no mundo do trabalho. São Paulo: Scipione.
30