Organizaçãodejogoe de Treino
Organizaçãodejogoe de Treino
Organizaçãodejogoe de Treino
Jri:
Presidente
Professor Doutor Pedro Jos Madaleno Passos
Vogais
Professor Doutor Lus Pedro Camelo Vilar
Professor Doutor Ricardo Filipe Lima Duarte
Agradecimentos
Dizer obrigado parece to fcil, e todavia, to difcil! Quantas vezes dizemos
obrigado em famlia? Quantas vezes dizemos obrigado a quem nos ajuda, vive perto de ns e
nos acompanha na vida? Muitas vezes damos tudo isso como suposto! Obrigado uma das
palavras-chave da convivncia.
Jorge Mario Bergoglio (2013)
ndice
Agradecimentos ................................................................................................. 4
ndice .................................................................................................................. 5
ndice de Figuras ................................................................................................ 7
ndice de Quadros .............................................................................................. 9
ndice de Grficos ............................................................................................ 10
Resumo ............................................................................................................ 11
Abstract ............................................................................................................ 12
1. Introduo ................................................................................................. 15
1.1 Aes e tarefas ..................................................................................... 17
1.2 Objetivos ............................................................................................... 18
1.3 Finalidades ............................................................................................ 18
1.4 Processo de realizao do Relatrio de Estgio ................................... 19
2. Enquadramento da prtica profissional.................................................. 23
2.1 Contexto legal e institucional ................................................................ 23
2.2 Macro-Contexto Organizao do Jogo e do Treino de uma equipa de
Futebol ........................................................................................................ 24
2.2.1 O Jogo de Futebol como Sistema Complexo .................................. 24
2.2.2 Organizao do Jogo de uma equipa de Futebol ........................... 26
2.2.3 Organizao do processo de treino no Futebol .............................. 32
2.2.3.1 Pertinncia do exerccio de treino no Futebol ........................... 33
2.2.3.2 Conceo de exerccios de treino no Futebol como conceber o
exerccio de forma a dele se poder retirar o mximo rendimento para os
jogadores e para a equipa ..................................................................... 36
2.2.3.3 A anlise das redes de interao social uma forma de avaliar e
controlar o treino e a competio .......................................................... 45
3. Realizao da prtica profissional .......................................................... 51
3.1 Filosofia da Escola de Futebol Dragon Force ....................................... 51
3.1.1 Dragon Force Lisboa ...................................................................... 52
3.2 Conceo da prtica profissional .......................................................... 53
3.3 Atividades ............................................................................................. 54
ndice de figuras
Figura 1 - O Jogo de Futebol Coordenao dentro da equipa e entre as
equipas ............................................................................................................ 27
Figura 2 - Estrutura e Organizao do jogo de uma equipa de Futebol
(adaptado de Oliveira, 2004) ............................................................................ 29
Figura 3 - Organizao dos diferentes momentos de uma equipa de Futebol
(Adaptado de Oliveira 2004)............................................................................. 37
Figura 4 - Fatores a ter em conta na conceo de exerccios (Adaptado de
Arajo et al (2006), Duarte (2012); e Travassos et al. (2012) .......................... 45
Figura 5 - Anlises das redes de interao social (Duch, Waitzman & Amaral,
2010) ................................................................................................................ 47
Figura 6 - Ficha de Avaliao Diagnstico e Semestral .................................. 55
Figura 7 - Ficha de Perfil do Aluno .................................................................. 56
Figura 8 - Ficha de Avaliao Diagnstico da Turma ...................................... 56
Figura 9 - Planeamento Semanal (microciclo) ................................................. 63
Figura 10 - Conceo de Exerccios de treino ................................................. 67
Figura 11 - Plano de Treino de 3 feira (microciclo 17).................................... 69
Figura 12 - Estimulao do Futebol de Rua Exemplo de Evento nas portas do
Estdio do Drago............................................................................................ 70
Figura 13 - Exemplo Torneio das Naes ....................................................... 73
Figura 14 - R.E.D.E 2013/14 ........................................................................... 74
Figura 15 - R.E.D.E Informao Pedaggica (pgina 16) ............................ 74
Figura 17 - R.E.D.E Informao de Psicologia (pgina 41) .......................... 75
Figura 18 - R.E.D.E Informao de Sade (pgina 45) ................................ 75
Figura 19 - Anlise Quantitativa da Qualidade ................................................ 77
Figura 20 - Anlise Qualitativa......................................................................... 78
Figura 21 - Tempo de exercitao dos sub-momentos, sub-principios ........... 80
ndice de Quadros
Quadro 1 - Contedos Organizao Ofensiva ................................................. 60
Quadro 2 - Contedos Organizao Ofensiva (individual) .............................. 60
Quadro 3 - Contedos Organizao Defensiva ............................................... 61
Quadro 4 - Contedos Organizao Defensiva (individual) ............................. 61
Quadro 5 - Contedos Transio Defesa-Ataque............................................ 61
Quadro 6 - Contedos Transio Ataque-Defesa) .......................................... 62
Quadro 7 - Microciclo Padro .......................................................................... 65
Quadro 8 - Grelha de avaliao do estgio ..................................................... 84
Quadro 9 - Exerccios de treino avaliados - Microciclo 11 ............................... 95
Quadro 10 Legenda das posies dos jogadores ........................................ 98
Quadro 11 - Percentagem de passes dos defesas para os restantes colegas de
equipa (Equipa A Exerccio 1) ....................................................................... 99
Quadro 12 - Percentagem de passes dos defesas para os restantes colegas de
equipa (Equipa B Exerccio 1) ..................................................................... 100
Quadro 13 - Percentagem de passes dos defesas para os restantes colegas de
equipa (Equipa A Exerccio 2) ..................................................................... 100
Quadro 14 - Percentagem de passes dos defesas para os restantes colegas de
equipa (Equipa B Exerccio 2) ..................................................................... 101
Quadro 15 - Percentagem de passes dos defesas para os restantes colegas de
equipa (Jogo DFL vs SCP) ............................................................................. 102
Quadro 16 - Percentagem de passes dos defesas para jogadores que
receberam em espaos interiores e exteriores............................................... 103
ndice de Grficos
Grfico 1 - Tempo de exercitao dos momentos de jogo no microciclo 17, 18,
19 e 20 (Janeiro) .............................................................................................. 80
Grfico 2 - Tempo de exercitao dos sub-momentos ofensivos de Novembro
a Abril (para cada ms foram considerados 4 microciclos de treino) ............... 80
Grfico 3 - Tempo de exercitao escalas/partes (microciclo de treino 21) .. 82
Grfico 4 - Tempo de exercitao escalas/partes (microciclo 29, 30, 31 e 32)82
10
Resumo
A estruturao do processo de treino assume-se como um fator
determinante na preparao de uma equipa de Futebol. Particularmente no
contexto do Futebol de Formao, a Metodologia de Treino adotada destaca-se
como fator capital, j que o objetivo desenvolver a capacidade do jovem se
tornar competente no jogo.
O objetivo do trabalho desenvolvido consiste em compreender, refletir e
fundamentar o processo de treino e competio da equipa sub-14 da Escola de
Futebol Dragon Force Lisboa, onde foi desenvolvido o presente estgio. Para
alm do trabalho de terreno colaborao ativa em todo o processo de treino e
competio foi realizado um estudo de investigao tendo como objetivo a
avaliao da representatividade dos exerccios de treino e o seu transfere para
a competio. Na rea de relao com a comunidade, foi organizado um
evento vocacionado para a formao de jogadores.
Do cruzamento da informao proveniente da reviso da literatura, da
reflexo pessoal, da experincia prtica adquirida e do estudo realizado, foi
possvel
concluir
representativas,
que:
devem-se
em que
criar
tarefas
de
treino
(exerccios)
11
Abstract
The training process structuration and everything it involves is taken as a
key feature in the preparation of a football team. Particularly in Youth Football,
the adopted Training Methodology stands out as a major factor since its goal is
to develop the youngsters capacity of becoming competent in the game.
The goal of this report is to understand, reflect and fundament the
training and competition process in the team the intern was placed. Therefore,
the intern took part in a professional internship in the U-14 team of Escola de
Futebol Dragon Force Lisboa in which he actively collaborated in all the training
and competition process on the field work. Besides, he conducted an
investigation aiming at the representativeness assessment of the training
exercises and its transfer to the competition. It was organized an event devoted
to the formation of players, regarding community relations,
As a result of all the reading process, personal reflection, practical
experience acquired and study developed, it is possible to conclude:
representative tasks shall be created implying the need to ensure that practice
task constraints represent the competitive performance environment so that
learners can maintain the same perceptual-motor relations with key individuals,
events and objects; the football analysis shall focus on a dynamic logic of the
game and on the interaction of the different participants of the game; as well as
to create easing contexts, keeping the apparent variability level in the
competitive performance and promoting the emerge of the game principles,
which seems essential to the positive transfer from training to competition.
12
1. Introduo
13
14
1. Introduo
As cincias do desporto tm vindo, ao longo dos anos, a adquirir uma
maturidade suficiente, gerando um corpo de conhecimentos especficos e teis
ao desenvolvimento e evoluo das diferentes modalidades desportivas
(Castelo, 2005). Williams & Hodges (2005) referem que tm sido levadas a
cabo inmeras pesquisas com o objetivo de se identificar os fatores mais
importantes que levam a bons desempenhos no desporto. Lembram que a
importncia das cincias do desporto apreciada por todos aqueles que esto
envolvidos em equipas profissionais e que a grande maioria dos trabalhos
nesta rea pertena dos fisiologistas do exerccio sendo que disciplinas como
a psicologia desportiva ou a aprendizagem motora so relegadas para segundo
plano. No entanto, estudos mais recentes tm vindo a dar cada vez mais
enfase aos aspetos tticos do jogo. Os mesmos autores encontram explicaes
para a parte fisiolgica ser a mais estudada: muito mais fcil avaliar a
efetividade de um programa de condio fsica do que monitorizar intervenes
que visam alterar comportamentos. Mudanas nas capacidades aerbia e
anaerbia ou nas caractersticas antropomtricas como a massa ou
composio corporal, podem ser facilmente determinadas usando testes
laboratoriais padronizados. Por outro lado, constructos como a ansiedade,
auto-confiana, antecipao e tomada de deciso so difceis de medir
diretamente
podem
apenas
ser
inferidos
atravs
de
mudanas
15
16
representativos
(Chow
et
al,
2011),
mantendo
os
17
1.2 Objetivos
Considerando este conjunto de necessidades, o objetivo geral, a que
nos propomos dar resposta, consiste em compreender e fundamentar, todo o
processo de treino e competio da equipa em que o estagirio esteve
colocado.
Assim, tendo como base esse mesmo objetivo geral, consideramos
como objetivos especficos:
equipa de futebol;
jogadores e da equipa;
formao de jogadores.
1.3 Finalidades
Trata-se de um Relatrio que comporta a descrio, fundamentao e
reflexo de todo o processo de estgio, assim como os ensinamentos e as
competncias que nos permite evoluir enquanto profissionais. Compreende
uma reviso bibliogrfica dos temas anteriormente referidos; o processo de
acompanhamento, apoio e realizao das tarefas e funes referidas; o que as
fundamentou; um processo de reflexo pessoal acerca destas temticas; um
estudo de investigao direcionado para o tema do trabalho; a organizao de
um evento vocacionado para a formao de jogadores; concluses e
18
Realizao
da
prtica
profissional
onde
definimos
questo;
19
20
2. Enquadramento da
prtica profissional
21
22
2. Enquadramento da prtica
profissional
Para comear, iremos abordar o contexto onde o estgio se inseriu, no
seu mbito legal e institucional, para de seguida, nos reportarmos ao
enquadramento de onde surgiu a prtica profissional Organizao do jogo e
do treino de uma equipa de Futebol. Iniciaremos o tema com uma abordagem
aos sistemas complexos, e posteriormente, relacionaremos os mesmos com a
forma como organizamos o jogo e o treino de uma equipa de futebol. Ainda
olharemos mais especificamente para a pertinncia do exerccio de treino e
como conceber o mesmo de forma a retirar o mximo rendimento dos
jogadores e da equipa. Por fim faremos uma pequena reviso sobre uma nova
ferramenta de controlo do treino e competio as redes socias.
Todas as temticas presentes neste ponto serviro de suporte e
fundamento da prtica profissional realizada.
23
25
(jogadores)
organizados
em
duas
equipas,
lutam
Envolvimento:
Treinador
Clima
Dimenses do Campo
Adeptos
M
D
Equipa
Figura
1. O A
Jogo de Futebol Coordenao dentro da equipa e Equipa
entre as B
equipas
27
decises,
condicionando
28
organizao
da
perceo,
Organizao
Estrutural
29
30
imaginao, o gnio, se devero apoiar para elevar o nvel de jogo (Poulain cit.
por Castelo, 1994).
- os princpios so bases comuns para que os jogadores falem a
mesma lngua, permitindo exprimirem-se num estilo diferente (Franz cit. por
Castelo, 1994).
- os princpios so regras de ao representadas pelo pensamento e o
meio de os jogadores explicarem racionalmente os seus comportamentos
(Mialaret cit. por Castelo, 1994).
- os princpios so as condies a respeitar e os elementos a tomar em
considerao para que o comportamento seja eficaz (Grehaigne cit. por
Castelo, 1994).
Para todos estes autores, os princpios de jogo so vistos como guias de
ao. Como vimos no ponto 2.3.1 deste trabalho, o jogo de Futebol deve ser
entendido como um Sistema Complexo em que os jogadores operam em
contextos de elevada imprevisibilidade e aleatoriedade. Posto isto, os padres
de comportamento dos jogadores e da equipa so consequncia de uma
ordem e de uma organizao da prpria equipa que no deve ser indutora de
limitaes individuais ou coletivas, deve ser sim produtora de comportamentos
criativos balizados por padres de comportamento desejados (Oliveira, 2003).
Um outro aspeto a ter em considerao na organizao do jogo de uma
equipa de futebol so as organizaes estruturais. Entende-se por organizao
estrutural a disposio que os jogadores tm em campo e, consequentemente,
a disposio que a equipa assume (Oliveira, 2003). As estruturas no devem
ser
castradoras
da
organizao
funcional
da
equipa.
Equipas
com
31
Faria (2006)
cognitiva
tradicional
(no
paradigma
do
processamento
de
estimular,
comportamentos
atravs
definidos,
dos
exerccios,
integrados
em
desenvolvimento
estruturas
funcionais
de
que
regras
definidas
pelo
treinador.
Mas
como
so
33
34
Estes
estudos
revelaram
que
ativao
dos
neurnios
facilitador.
importncia
da
prtica
deve
por
isso
ser
conclumos
que
repetio
sistemtica
dos
princpios
35
em que cada treinador deve elaborar o seu de acordo com aquilo que pretende
ver implementado e com aquilo que encontra no clube.
(Figura 3) e que estes devem ter relaes muito estreitas entre si. Segundo o
mesmo, a separao que se possa fazer apenas deve ser evidente no plano
didctico-metodolgico, para facilitar o processo de estruturao e organizao
do treino e do jogo. necessrio ter sempre em considerao a relao
permanente entre os diferentes momentos. No deve existir, em nenhum
momento, comportamentos que sejam inibidores de outros comportamentos
desejados.
Individual
Sectorial (Grupal)
Intersectorial
Colectivo
Individual
Sectorial (Grupal)
Intersectorial
Colectivo
Organizao
Ofensiva
Transio
Defensiva
Transio
Ofensiva
Organizao
Defensiva
Individual
Sectorial (Grupal)
Intersectorial
Colectivo
Individual
Sectorial (Grupal)
Intersectorial
Colectivo
Como tambm foi referido no tema 2.3.1 deste trabalho, segundo Duarte
(2012), uma das caractersticas dos sistemas complexos que existe uma
interdependncia entre escalas. Num estudo do mesmo em 2012, o autor
desenvolveu um modelo conceitual que capturou a interdependncia entre
diferentes nveis de organizao, que vo desde as dades para os coletivos
(ou seja, 1vs1, 3vs3 e 11vs11). Esta interdependncia implica uma causalidade
circular, o que significa que cada jogador, individualmente, influencia
reciprocamente o comportamento coletivo da equipa. Como vemos na figura 3
tambm fundamental dividir o coletivo por escalas/partes (individual, sectorial,
grupal intersectorial e coletivo) mas tendo sempre em conta que estas partes
so interdependentes, ou seja, existe uma influncia mutua entre as mesmas.
37
apenas
12%
das
jogadas
apresentaram
semelhanas
com
as
38
39
40
do
simples
para
complexo,
do
conhecido
para o
41
42
43
"tcnica"
clssica
em
ambientes
artificiais
no
refletem,
44
Elevado n de
possibilidades de aco
promover decises
emergentes em detrimento
das pr-determinadas
Condies semelhantes s
da competio
(variabilidade, incerteza,
oposio)
Co-Dependncia
individuo,
comportamentos
(definidos no modelo de
jogo) e ambiente
Manipular informaes
espcio-temporais com os
colegas e adversrios
Simplificar o jogo e
ampliar informao
relevante
Comportamento Adaptativo
Figura 4. Fatores a ter em conta na conceo de exerccios (Adaptado de Arajo et al (2006),
Duarte (2012); e Travassos et al. (2012)
46
Figura 5. Anlises das redes de interao social (Duch, Waitzman & Amaral, 2010)
47
48
3. Realizao da prtica
profissional
49
50
51
53
3.3 Atividades
Neste ponto tentaremos delinear, descrever e refletir acerca daquilo que
consideramos ser o trabalho prtico do Estgio organizao e gesto do
processo de treino e competio.
54
55
56
Momentos de Jogo
Na escola Dragon Force para o tratamento didtico-metodolgico de
todos os aspetos referentes ao jogo, divide-se o jogo em 4 momentos:
Organizao Ofensiva (quando estamos na posse da bola); Organizao
Defensiva (quando o adversrio tem a posse da bola); Transio DefesaAtaque (quando ganhamos a posse da bola); e Transio Ataque-Defesa
(quando perdemos a posse da bola).
Princpios de Jogo
A escola Dragon Force define 3 grandes princpios de jogo: 1) A posse e
a circulao da bola como obsesso objetiva e inteligente da equipa e de
todos os jogadores; 2) a zona pressionante como mtodo que condicione o
comportamento ofensivo do adversrio e nos permita recuperar a posse da
bola; e 3) transies fortes que aproveitem a desorganizao momentnea da
equipa adversria.
A
persecuo
destes
objetivos
deve
contemplar
dois
aspetos
57
58
padro
coletivo
regular.
Cada
nvel
tem
os
seus
59
Sub-Momento 1
Sub-Momento 2
Sub-Momento 3
Sub-Momento 4
Momentos
(Sada do GR)
(Criao de
(Entrada nos
(Finalizao)
Espaos)
espaos)
Sub-Dinmica do
Visualizao de
Ocupao de
3 Homem
Espaos
zonas de
Campo Grande
finalizao
SubPrincipios /
Formao de
Provocao com
Movimentos de
Tringulos
bola
rutura
Reajustamento
Provocao sem
Passes e
bola
Penetraes
Procura do
Equilbrio
Contedos a
Equilbrio
abordar
Entrada da Bola
Espao Interior
Movimentos
Fora/Dentro
Contedos a
abordar
Drible encadeado com outras aes
Remate com diferentes superfcies, trajetrias e orientaes
Guarda Redes passe (distribuio) curta/longa com a mo e p
60
Sub-Momento 1
Sub-Momento 2 (Criao
Sub-Momento 3
Momentos
(Fecho Espaos
Zona Presso)
(Recuperao da
Interiores)
Sub-
bola)
Reagir a indicadores de
Interceo em
profundidade e largura
presso
detrimento do
desarme
Principios /
Contedos a
abordar
Ajustamento a
aspectos estratgicos
sada da presso
abordar
Transio Defesa-Ataque
Sub-
Transio para 1 ou 2
Momentos
momento em posse
posse
SubPrincipios /
Contedos a
exista)
Campo Grande
aborda
Quadro 5. Contedos Transio Defesa-Ataque
61
Transio Ataque-Defesa
Sub-
Transio para 1 ou 2
Momentos
SubPrincipios /
Contedos a
abordar
bola
Campo pequeno (reorganizao)
Estrutura de Periodizao
Os momentos formais de competio so os testes cruciais que melhor
permitem ao treinador aferir a congruncia ou no daquilo que a equipa
manifesta efetivamente em jogo. em funo dessa avaliao qualitativa do
processo, que o treinador vai planear semana a semana a operacionalizao
dos princpios de jogo, consoante as necessidades circunstanciais, as quais se
detetam tendo por base aquilo que se verificou no jogo anterior e aquelas que
se perspetivam vir a ser as exigncias do jogo seguinte (Silva, 2008).
A estrutura de periodizao baseou-se no microciclo. Todos os
contedos tm que ser abordados ao longo do ano mas no existe um
planeamento dos mesmos a nvel macro. Atravs do controlo do treino vo se
registando os contedos que j foram abordados e os que tero que ser
abordados. No planeamento do microciclo tem se em conta os contedos que
ainda no foram abordados do modelo de jogo, o que aconteceu no jogo
anterior e as caractersticas do prximo jogo.
62
ANLISE JOGO
ANTERIOR
MODELO DE JOGO
PREPARAO SEMANAL
CARACTERISTICAS
(MICROCICLO)
DO PRXIMO JOGO
dimenso
mais
complexa.
Atravs
desta
abordagem,
nvel
sectorial
ou
coletiva.
Isto
porque
predominam
esforos e
63
de
uma
das
caractersticas
dos
sistemas
complexos
64
Doming
Feira
Feira
Feira
nfase na
nfase na
nfase na
Relao/Coordenao a
Relao/Coordenao a
Relao/Coordenao a
nvel:
nvel:
nvel:
Individual, Setorial e
Inter-Setorial
Coletivo
Grupal
JOGO
Tempo
Tempo ++
Tempo ++
Espao
Espao +
Espao ++
N de jogadores
N de jogadores +
N jogadores ++
Conceo de Exerccios
Como vimos no ponto 2.3.3.2 deste trabalho, o exerccio de treino
pertinente e adequado s exigncias e situaes de jogo o elemento
fundamental do Futebol. O exerccio deve identificar-se o mais possvel com o
tipo de jogo pretendido a nvel tcnico e ttico, definido no Modelo de Jogo. Isto
aponta para aquela que deve ser a tarefa fundamental do treinador criar
exerccios que devem reproduzir parcial ou integralmente o contedo e a
estrutura do jogo (Teodoresco, 1984). A metodologia da escola Dragon Force
assenta nisto mesmo promover exerccios de treino semelhantes ao tipo de
jogo pretendido e definido no modelo de jogo da escola.
Como foi referenciado no tema 2.3.1, uma das caractersticas dos
sistemas complexos que existe uma interdependncia entre escalas. Os
jogadores cooperam para alcanar sub-objetivos parciais do jogo e estes fazem
emergir padres de comportamento grupal especficos. Posto isto importante
dividir o coletivo por escalas/partes (individual, sectorial, grupal intersectorial e
65
66
Momento e Sub-Momento de
jogo
Nvel de Organizao
Grandes Princpios (MPB)? SubPrincpios (movimentos rotura)?
Relaes/Coordenao
Individual? Grupal? Sectorial? Inter-Sectorial? Colectivo?
Constrangimentos da Tarefa
Espao? N de Jogadores? Materiais? Tempo de exercitao? Feedback?
68
Figura 12. Estimulao do Futebol de Rua Exemplo de Evento nas portas do Estdio do
Drago
70
71
(cit.
por
Pacheco,
2001):
Quem
joga
mal,
pode
vencer
esporadicamente, mas a maior parte das vezes, ganhar aquele que jogar
melhor. Todos deveremos fazer para que assim seja.
Ensino integrado de diferentes reas
Para alm de desenvolver competncias nos alunos para jogar futebol, a
escola Dragon Force aposta igualmente em reas pedaggicas, como a
Nutrio, a Cidadania e o ambiente. Procura-se uma formao integral do
jovem, tendo em ateno no apenas a formao desportiva, mas tambm a
educao para a igualdade e cidadania educao para a vida. Cabe escola
proporcionar aos alunos um conjunto de atividades de ocupao dos tempos
livres que sejam um veculo de aquisio de hbitos de sade, cultura e lazer.
Os alunos tm ao seu dispor um espao pedaggico, por onde podem sempre
passar, e onde so promovidos vrios eventos com o intuito de desenvolver
reas como a cidadania, o ambiente e a nutrio. O departamento mdico, de
72
73
74
75
76
77
- Treino
A avaliao e o controlo do treino so aspetos fundamentais para o
treinador ter um controlo sobre o trabalho que desenvolve diariamente.
fundamental que o controlo e a avaliao se adaptem metodologia de treino,
de forma a controlar aquilo que realmente importante para o treinador. Na
escola Dragon Force a preocupao o ensino do futebol (ajustado idade e
capacidade de desempenho do aluno) e o objetivo da metodologia de treino
desenvolver a capacidade de cada jovem se tornar competente no jogo. Posto
isto, o importante era que o controlo e avaliao do treino se centrassem nos
contedos presentes no Modelo de jogo da escola. Desta forma foram
contabilizados os tempos de exercitao de cada, momento (grfico 1) e submomento (grfico 2); contedos/sub-princpios (figura 21); e grandes princpios
(figura 21). Isto permitia ao treinador planear a semana sabendo quais os
contedos a que j tinha dado mais e menos tempo. Para esta contagem foram
sempre considerados os tempos que inicialmente estavam previstos para cada
exerccio. Nos exerccios em que eram treinados, por exemplo, dois momentos
de jogo, na contagem colocava-se o mesmo tempo de exercitao para os 2.
Apesar de estarmos mais focados em determinados momentos do jogo,
importante referir que em praticamente todos os exerccios os 4 momentos de
78
79
415
400
370
Minutos de Treino
350
300
Organizao Ofensiva
250
200
150
Organizao Defensiva
140
120
100
50
180
170
165
120
90
60 70
60
Transio Ofensiva
Transio Defensiva
30
0
00
00
0
17
18
19
20
Totais
Microciclos de Treino
Minutos de Treino
500
400
Relao com bola
300
Sub-Momento 1
200
Sub-Momento 2
100
Sub-Momento 3
Sub-Momento 4
Mesociclos
Grfico 2. Tempo de exercitao dos sub-momentos ofensivos de Novembro a Abril
(para cada ms foram considerados 4 microciclos de treino)
80
Como
vimos anteriormente,
importante
dividir e
treinar por
81
Minutos de Treino
60
50
40
Individual
30
Sectorial
Inter-Sectorial
20
Colectivo
10
0
3 Feira
4 Feira
6 Feira
Totais
315
Minutos de Treino
300
250
205
200
Individual
155
140
150
100
50
85
100
85
60
35
25
0
Inter-Sectorial
45
2535
Sectorial
2535
50
Colectivo
00
0
29
30
31
32
Totais
Microciclos de Treino
82
dvidas e
em
poca. Isto levou a que a equipa tivesse bastantes dificuldades para conseguir
equilibrar a maioria dos jogos, levando desmotivao dos jogadores.
83
Apreciao
o trabalho.
4.
5.
7.
produtividade
8.
11.
84
15.
16.
17.
18.
Capacidade de persuaso
20.
projeto ou ao
21.
22.
24.
25.
26.
Saber apresentar um tema de forma clara e com uma boa dico oral
28.
Pontualidade
29.
Assiduidade
30.
31.
32.
85
34.
35.
36.
37.
38.
19
86
4. Estudo de
Investigao
87
88
4. Estudo de Investigao
Neste ponto ser descrito o estudo de investigao decorrente da
problemtica-alvo do estgio.
4.1.1 Introduo
A anlise do desempenho desportivo em desportos coletivos tem sido
uma das principais preocupaes das cincias do desporto nas ltimas
dcadas (Passos, Lopes, & Milho, 2008). Esta preocupao refletiu-se num
incremento exponencial dos nveis de performance desportiva acoplados ao
aumento do nmero de investigaes na rea (Sarmento, Anguera,
Campanio, & Leito, 2010).
Mcgarry (2009) refere que a anlise cientfica dos desportos de equipa
tende a concentrar-se, principalmente, na identificao de variveis de
desempenho individuais com o objetivo de apresentar os comportamentos
desportivos de forma descritiva, geralmente identificando o tipo de ao, quem
a executa, o local do campo onde observada e quando a ao tomada.
Porm, com a aplicao da teoria dos sistemas complexos ao futebol, surge a
necessidade de procurar uma anlise centrada numa lgica dinmica do jogo e
que se foque nas interaes entre os diferentes intervenientes do jogo. O
desempenho de uma equipa de futebol durante o jogo pode ser visto como um
comportamento coletivo inteligente no centralizado em qualquer jogador (ou
treinador), mas distribudo entre todos os jogadores. Este tipo de inteligncia
expresso por comportamentos coletivos das equipas, que emergem das aes
coordenadas dos jogadores (Duarte & Frias, 2011). Isto implica que o
comportamento produzido, mais do que a expresso de propriedades
89
adaptam aos
importncia
da
aprendizagem
decorrer
em
contextos
de
ao
(Pinder,
Davids,
Renshaw,
&
Arajo,
2011).
Quando
os
90
o desempenho em situao de
4.1.2 Metodologia
4.1.2.1 Participantes
Neste estudo participaram os 20 jogadores pertencentes equipa de
sub-14 da Dragon Force Lisboa que participou no campeonato distrital de
juniores C1. Todos eles se enquadravam no nvel expert definido pela escola.
Isso implicava o domnio dos contedos presentes nos nveis anteriores,
nomeadamente:
- Organizao Ofensiva Coletivamente/ Sectorialmente
91
Desmarcao
o Leitura de espaos
o Realizao de trajetrias em apoio e rutura
- Organizao Ofensiva Individualmente
o Coberturas
o Ajustamento/ troca de funes
- Organizao Defensiva Individualmente
o Posio defensiva
Todos os jogadores tinham experincia em competies distritais da AF
Lisboa.
4.1.2.2 Procedimentos
Foi gravada uma sesso de treino do microciclo 11 e o jogo da 6
jornada do campeonato distrital juniores C1 contra a equipa do Sporting Clube
de Portugal. Da sesso de treino, foram analisados dois exerccios
direcionados para o princpio de jogo procura do jogo interior a seguir
explicado.
Princpio de Jogo procura do jogo interior
92
Figura 22. Linhas de Passe ao portador (DC) sempre por dentro (interior e MC a vermelho) e
por fora da estrutura adversria (defesa lateral a azul
Figura 23. Bola dentro da estrutura adversria (no mdio interior esquerdo)
Exerccios de treino
Como vimos nos princpios metodolgicos na pgina 55, cada exerccio
de treino deve ter uma configurao, em termos de regras, espao, tempo e
informao
transmitida,
que
promova
aparecimento
frequente
dos
93
Exerccio
Descrio do exerccio
nvel
Exerccio 1: 8x8+(2)
Os
dezoito
distribuem-se
jogadores
por
duas
equipas de 8 jogadores de
acordo com a organizao
estrutural
caso
adotada,
neste
(sistema
4x3x3)
Os
Jokers
ambas
criando
Colectivo
as
uma
equipas
relao
de
processo ofensivo
com
superioridade
no
Procura
jogo
movimentos
94
do
mas
exerccio
agora
finalizao.
laterais
nos
com
Corredor
como
referncias
movimentos
fora-
Procura
jogo
95
Quadro 9. Frmula utilizada para apurar a fiabilidade intra-observador (Bellack et. al,
1966)
Exerccio 1
Exerccio 2
Equipa A
100%
100%
Equipa B
98%
100%
DF Lisboa
Jogo
100%
Anlise de dados
Para posterior anlise e apresentao dos resultados foi utilizado o
programa NodeXL Excel Template e o Microsoft Excel.
Utilizando as redes sociais na anlise de uma equipa possvel
identificar os jogadores que interagem mais frequentemente, originando
96
Figura 24. Passe para espao interior (dentro da estrutura adversria) e exterior (fora
da estrutura adversria)
4.1.3 Resultados
97
Guarda-Redes
DD
DE
DCD
DCE
MC
JKE
JKD
ID
IE
EE
ED
PL
Defesa Direito
Defesa Esquerdo
Defesa Central Direito
Defesa Central Esquerdo
Mdio Centro
Joker Esquerdo
Joker Direito
Interior Direito
Interior Esquerdo
Extremo Esquerdo
Extremo Direito
Ponta de Lana
Exerccio 1
Equipa A
98
DCD
DCE
DCD
DCE
DD
DE
DD
25%
0%
0%
DE
MC
JKD
6.25% 12.5% 43.8%
71.4%
0%
0%
0%
16.7% 33.3%
0%
0%
JKE
ED
EE
12.5%
0%
0%
28.6%
0%
0%
33.3% 16.7%
0%
33.3%
0%
66.7%
PL
0%
0%
0%
0%
TOTAL
100%
100%
100%
100%
Quadro 11. Percentagem de passes dos defesas para os restantes colegas de equipa (Equipa
A Exerccio 1)
DCE
DD
DE
MC
JKD
JKE
ED
EE
PL
33.3%
0%
44.4% 11.1%
0%
0%
11.1% 0%
5.3% 26.3% 31.6%
0%
15.8%
0%
21%
0%
0%
16.7% 16.7%
0%
33.3% 25% 8.3%
99
TOTAL
100%
100%
100%
0%
DE
16.7%
0%
41.7%
0%
41.7%
0%
100%
Quadro 12. Percentagem de passes dos defesas para os restantes colegas de equipa (Equipa
B Exerccio 1)
DCD
DCD
DCE
DD
DE
DCE
DD
0%
0%
0%
DE
MC
JKD
JKE
0%
57.1% 28.6%
0%
38.5% 30.8%
0%
23.1%
0%
50%
0%
0%
14.3%
0%
42.9%
ED
0%
0%
50%
0%
EE
PL
TOTAL
0%
14.3% 100%
7.7%
0%
100%
0%
0%
100%
42.9%
0%
100%
Quadro 13. Percentagem de passes dos defesas para os restantes colegas de equipa (Equipa
A Exerccio 2)
100
DCD
DCD
DCE
DD
DE
DCE
DD
0%
0%
0%
DE
0%
0%
0%
MC
50%
50%
40%
50%
JKD
25%
0%
40%
0%
JKE
25%
50%
0%
33.3%
ED
0%
0%
0%
0%
EE
0%
0%
20%
16.7%
PL
0%
0%
0%
0%
TOTAL
100%
100%
100%
100%
Quadro 14. Percentagem de passes dos defesas para os restantes colegas de equipa (Equipa
B Exerccio 2)
101
DCE
DD
DE
16.7% 8.3%
0%
44.4%
0%
0%
DCD
DCE
DD
DE
MC
25%
11.1%
22.2%
0%
ID
IE
ED
EE
PL
33.3%
0%
16.7%
0%
0%
0%
22.2%
0%
22.2%
0%
44.4%
0%
22.2%
0%
11.1%
0%
75%
0%
25%
0%
TOTAL
100%
100%
100%
100%
Quadro 15. Percentagem de passes dos defesas para os restantes colegas de equipa (Jogo
DFL vs SCP)
102
Exerccio 1
Exerccio 2
Jogo
% de passes
% de passes
% de passes
% de passes
% de passes
% de passes
para
para
para
para
para
para
jogadores
jogadores
jogadores
jogadores
jogadores
jogadores
que recebem
que recebem
que recebem
que recebem
que recebem
que recebem
em zonas
em zonas
em zonas
em zonas
em zonas
em zonas
interiores
exteriores
interiores
exteriores
interiores
exteriores
Equipa A
DCD
DCE
DD
DE
% Total
68.8%
71.4%
83.3%
33.3%
57.1%
DCD
DCE
DD
DE
% Total
55.5%
47.4%
41.7%
58.4%
50%
31.2%
28.6%
16.7%
66.7%
42.9%
Equipa B
44.4%
52.6%
58.3%
41.7%
50%
0%
53.9%
50%
42.9%
34.5%
100%
100%
80%
83.3%
88.2%
0%
0%
20%
16.7%
11.8%
58.3%
33.3%
77.7%
75%
58.8%
41.7%
66.6%
22.2%
25%
41.2%
Quadro 16. Percentagem de passes dos defesas para jogadores que receberam em espaos
interiores e exteriores
Em
todas
as
situaes
(treino
competio)
observaram-se
103
4.1.4 Discusso
Neste captulo iremos procurar discutir os resultados obtidos, tendo por
base quer a literatura na rea, quer a interpretao funcional que os mesmos
nos suscitam para o entendimento do processo de treino e competio.
Anlise aos exerccios de treino
Os resultados demonstraram que os defesas em situao de treino
procuram jogar, em grande parte, para espaos interiores (57.1%; 50%; 65.5%;
e 88.2% da percentagem de passes). Isto indica-nos que o objetivo dos
exerccios foi atingido. Os exerccios foram criados para que houvesse uma
superioridade numrica em espaos interiores, o que levou a que os defesas
durante o 2 sub-momento de organizao ofensiva procurassem progredir no
terreno atravs do passe curto pelo corredor central. Apesar de todos os
defesas terem apresentado uma maior tendncia para procurar jogar no
interior, no exerccio 1 o DCE e o DD da equipa B apresentaram valores mais
elevados de passe para espaos exteriores. Tambm comparando o 1 com o
2 exerccio, claro um aumento da percentagem de passes para jogadores
que recebem em zonas interiores (Equipa A de 57.1% para 65.5% e Equipa B
de 50% para 88.2%). Isto poder ser justificado pela interveno do treinador e
pela adaptao dos jogadores aos exerccios. Castelo (2009) refere que s
aps algumas tentativas que os jogadores passaro a utilizar as fontes de
informao necessrias para o aperfeioamento do contedo do exerccio.
Sabe-se
que
alguns
jogadores
levam
mais
tempo
assimilar
os
104
105
4.1.5 Concluses
Os exerccios selecionados com o objetivo de promover o princpio de
jogo procura do jogo interior, na 2 fase de construo, mostraram ser
representativos para a maioria dos jogadores. Criar contextos facilitadores,
mantendo o nvel de variabilidade aparente no desempenho competitivo e
promovendo a emergncia dos princpios de jogo, parece ser fundamental para
o transfere positivo entre o treino e a competio.
106
5. Relao com a
Comunidade
107
108
109
110
111
112
Figura 35. Balano do Torneio Carlos Chainho (presente nos anexos do relatrio)
113
Figura 36. Equipa DF Lisboa 2001 fotografia no final de um dos encontros (campo n2)
Figura 37. Equipa DF Lisboa 2002 fotografia no final de um dos encontros (campo n 3)
114
Figura 38. Cerimnia final com o ex-jogador e representante do torneio Carlos Chainho
115
116
6. Concluses e
perspetivas de futuro
117
118
119
120
121
122
7. Referncias
Bibliogrficas
123
124
7. Referncias Bibliogrficas
Ali,
A.
(2011).
review.
125
126
127
128
129
Passos, P., Araujo, D., Davids, K., Gouveia, L. & Serpa, S. (2006).
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in
developing
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