Anotações Aula 7 - Analogia e Lei Penal No Tempo
Anotações Aula 7 - Analogia e Lei Penal No Tempo
Anotações Aula 7 - Analogia e Lei Penal No Tempo
***A analogia pode ser utilizada em prejuízo do réu ou para incriminar condutas não
previstas em lei?
R=NÃO POR CONTA DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Conceito
É um procedimento integrativo do ordenamento jurídico por intermédio do qual uma
lei disposta para uma situação específica, é empregada em hipótese fática similar a
primeira.
A analogia IN MALAM PARTEM (contra o réu) não se aplica no direito penal porque
viola o princípio da legalidade
A única coisa mais importante pro direito penal que a Legalidade é a liberdade,
quando a analogia for feita a favor da liberdade, ela será possível
Não cabe analogia diante de leis penais incriminadoras, porque viola a legalidade, é
contra a liberdade do cidadão
Quando é permitido analogia ?
Porém no direito penal tem premissas que vão desafiar essa regra,
quando a lei regula situações fora de seu período de vigência, ocorre a
chamada extra-atividade da lei, que é a exceção.
2.2.2 Princípio da Retroatividade da lei mais benigna (art. 5º, XL. CF/88)
Situação 02
Vai prevalece sempre a lei mais benéfica para o réu, sendo irretroativa a
lei posterior menos benéfica e não ultra-ativa a atual menos benéfica
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa
de considerar crime, cessando em virtude dela a execução
e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Ou seja a nova não lei não pode retroagir já que ela é pior
para o réu.
É uma lei posterior mais benéfica mas que entretant não afasta o
crime
Pensar em uma situação em que sucessivas leis podem entrar em vigor disciplinando
uma materia e aquela mais benéfica seja uma que se localize entre duas leis
A lei intermediária representa aquela que não era vigente ao tempo do fato e nem
ao tempo do julgamento, porém, vigorou durante o processo criminal: ela surge no
interregno de tempo entre o fato criminoso e o julgamento e prevalecerá, caso seja
mais favorável, às demais leis.
É uma lei que reúne as qualidades da lei penal mais benéfica, ela é ao mesmo tempo
retroativas e ultra-ativa chamada de extratividadade que é a conjunção das
qualidade mais beneficas da lei penal
É uma lei no meio de duas outras leis em que ela é a mais benéfica
É a aplicação de duas ou mais leis, criando uma terceira lei para aplicar ao caso
concreto, beneficiando-se assim o réu, da forma mais ampla possível.
Rogerio Greco e Paulo Queiroz vai dizer que é constitucional porque representa os
princios que orientam a matéria, é uma conjugação das leis mais favoráveis.
Ou você aplica a lei antiga mais benéfica na integra ou aplica a lei nova na integra
sendo vedada a combinação de leis
São correspondentes ao seu tempo, a constituição não assimila isso, o que se chega
mais próximo dessa espécie normativa é a medida provisória
Uma lei autorrevogável, é uma lei excepcional e que autorrevoga-se tão logo cesse a
causa de sua existência, lei temporária autorrevoga-se na data por si pré-
estabelecida.
aplica-se a lei revogada aos fatos praticados ao tempo de sua vigência, as pessoas
vão continuar presas mesmo após a lei ser revogada.
2.7 STF – Súmula 711 – Crimes permanentes e continuados e a lei penal no tempo
O sujeito pratica infrações sucessivas com a mesma natureza com o mesmo modos
operantes em regra contra a mesma vitima em comarcas circunvizinhas.
Para essa teoria tempo do crime é aquele no qual ocorre a consequência lesiva,
ainda que a conduta do agente, tenha sido praticado em um outro momento.
O tempo do crime pode ser tanto aquele da ação (conduta) quanto aquele do
resultado.
OBS: Ter cuidado pra não confundir com a teoria do crime. Porquê em relação ao
lugar, vai ser adotada a teoria mista, em relação ao tempo a teoria da atividade ou
ação.