Bloco 4-AlfaCon - Aplicacao-Da-Lei-Penal-No-Tempo PDF
Bloco 4-AlfaCon - Aplicacao-Da-Lei-Penal-No-Tempo PDF
Bloco 4-AlfaCon - Aplicacao-Da-Lei-Penal-No-Tempo PDF
Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com
fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do AlfaCon Concursos Pblicos.
1
AlfaCon Concursos Pblicos
Questo comentada!
1) (CESPE) A regra do Cdigo Penal a retroatividade de lei mais gravosa.
Gabarito: Errado
Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com
fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do AlfaCon Concursos Pblicos.
2
AlfaCon Concursos Pblicos
Comentrio: A regra do Art. 2 do Cdigo Penal a irretroatividade de lei penal, sendo utilizadas
tambm as regras da retroatividade de lei mais benfica, ultratividade de lei mais benfica e a
abolitio criminis.
Ultratividade de lei
A lei, mesmo que revogada, deve ser aplicada ao caso concreto se for mais benfica e o
agente cometeu o fato sob seu imprio.
Questo comentada!
2) (CESPE) Suponha que Lencio tenha praticado crime de estelionato na vigncia de lei penal na
qual fosse prevista, para esse crime, pena mnima de dois anos. Suponha, ainda, que, no
transcorrer do processo, no momento da prolao da sentena, tenha entrado em vigor nova lei
penal, mais gravosa, na qual fosse estabelecida a duplicao da pena mnima prevista para o
referido crime. Nesse caso, correto afirmar que ocorrer a ultratividade da lei penal.
Gabarito: Certo
Comentrio: quando a lei mais benfica vier depois do cometimento do crime, ocorrer a
retroatividade de lei mais benfica. Contudo, se a lei mais severa vier depois do cometimento do
delito, como exposto na questo, aplicar a lei mais benfica vigente na data do fato, ou seja,
ocorrer a ultratividade da lei mais benfica. As regras do Art. 2 devem ser analisadas com calma,
pois sempre que ocorrer o princpio da ultratividade de lei mais benfica estar no caso concreto
ocorrendo tambm a irretroatividade de lei mais gravosa. Isso ocorre porque temos duas leis, a
primeira mais leve e a segunda mais grave. Como a primeira j revogada avana no tempo, temos a
ultratividade, da mesma forma que a mais severa no retroage. Assim, temos a irretroatividade de
lei mais gravosa.
Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com
fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do AlfaCon Concursos Pblicos.
3
AlfaCon Concursos Pblicos
Abolitio criminis
a abolio do crime. Faz com que cessem, em virtude de nova lei que torna o fato anterior
como atpico, todos os efeitos penais da sentena condenatria, permanecendo apenas a obrigao
civil de reparar o dano.
Em relao , ocorre o seguinte fato: quando uma conduta que, antes era
tipificada como crime pelo Cdigo Penal, deixa de existir, ou seja, passa a no ser mais considerada
crime, dizemos que ocorreu a abolio do crime. Diante disso, cessam imediatamente todos os
efeitos penais que incidiam sobre o agente: tranca e extingue o inqurito policial; caso o acusado
esteja preso, deve ser posto em liberdade.
Entretanto, no extingue os efeitos civis, ou seja, caso o agente tenha sido impelido em
ressarcir a vtima da sua conduta mediante o pagamento de multa, essa, ainda assim, dever ser
paga.
Questo Comentada
3) (ALFACON) Com o advento de nova lei que descriminaliza fato anteriormente considerado como
crime, ocorre a abolitio criminis, na qual cessam os efeitos penais e os civis, tornando tal fato
atpico.
Gabarito: Errado
Comentrio: Com a ocorrncia da abolitio criminis, o fato anteriormente considerado como crime
passa a ser atpico. Cessam os efeitos penais, porm permanecem os efeitos civis. A previso legal
encontra-se no Art. 2 do CP: Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execuo e os efeitos penais da sentena
condenatria.
Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com
fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do AlfaCon Concursos Pblicos.
4
AlfaCon Concursos Pblicos
o que ocorre, por exemplo, com o crime de sequestro e crcere privado. Assim, ser
aplicada lei que estiver em vigncia quando da soltura da vtima.
Observa-se, ento, o momento em que cessa a permanncia para da se determinar qual
norma a ser aplicada. o que estabelece a Smula 711 do STF.
. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua
vigncia e anterior a cessao da continuidade ou da permanncia.
Questo Comentada
Comentrio: a nova lei ser aplicada ao agente do crime permanente ou continuado, ainda que seja
mais gravosa. Tal entendimento provm da Smula 711 STF, aplica-se ao crime permanente e ao
crime continuado, a lei vigente quando cessou a conduta ilcita do agente, mesmo que mais grave.
Quando a Smula menciona mesmo que mais grave, entende-se que a lei tambm pode ser
menos grave. Para os crimes comuns, tal regra no se aplica.
Art. 3 - A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as
circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigncia.
Para fins de Direito Penal, temos que a lei temporria ou lei temporria em sentido estrito,
Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com
fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do AlfaCon Concursos Pblicos.
5
AlfaCon Concursos Pblicos
Questo Comentada
5) (ALFACON) Em se tratando das leis temporrias, vale a regra da ultratividade, de tal maneira
que ela se aplica aos fatos praticados durante a sua vigncia, ainda que decorrido o perodo da
durao desta lei.
Gabarito: Certo
Comentrio: a questo explicou parte do Art. 3 do CP tratando das leis temporrias. A regra da
ultratividade um fenmeno em que uma lei, ainda que revogada, regula fatos ocorridos durante a
vigncia desta lei. segue o texto legal: Art. 3 - A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o
perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato
praticado durante sua vigncia.
EXERCCIOS
1) Sob a vigncia da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida, passou a viger a lei Y, que, alm
de ser mais gravosa, revogou a lei X. Depois de tais fatos, Lauro foi levado a julgamento pelo
cometimento do citado delito. Nessa situao, o magistrado ter de se fundamentar no
instituto da retroatividade em benefcio do ru para aplicar a lei X, por ser esta menos rigorosa
que a lei Y.
Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com
fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do AlfaCon Concursos Pblicos.
6
AlfaCon Concursos Pblicos
2) No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a regra a aplicao da lei apenas durante o
seu perodo de vigncia; a exceo a extra-atividade da lei penal mais benfica, que comporta
duas espcies: a retroatividade e a ultratividade.
3) A regra do Cdigo Penal a aplicao da lei do tempo do crime, podendo ocorrer em exceo
retroatividade de lei mais benfica, a ultratividade de lei mais benfica, mas nunca a
retroatividade de lei mais gravosa.
5) A revogao expressa de um tipo penal incriminador conduz abolitio criminis, ainda que seus
elementos passem a integrar outro tipo penal, criado pela norma revogadora.
GABARITO
1. ERRADO
2. CERTO
3. CERTO
4. CERTO
5. ERRADO
Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com
fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do AlfaCon Concursos Pblicos.
7