Caso Rita
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Caso Rita
Bibliografia
Cooper, S. (1995). The clinical use and interpretation of the Wechsler Intelligence Scale for children (3rd ed.). Springfield:
Charles Thomas Publisher.
Grégoire, J. (2000). L’évaluation clinique de l’intelligence de l’enfant. Théorie et pratique du WISC-III. Sprimont: Mardaga.
Prifitera, A., & Saklofske, D. (Eds.) (1998). WISC-III: Clinical use and interpretation. Scientist-practitioner perspectives. New
York: Academic Press.
Wechsler, D. (2003). WISC-III, Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças – III. Manual. Lisboa: CEGOC-TEA
WISC-III
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“Capacidade global do indivíduo para atuar com finalidade, pensar racionalmente e proceder com
eficiência em relação ao ambiente.” (Wechsler, 1944)
A inteligência depende do estado e da estrutura do cérebro, não tendo localização cerebral específica.
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Necessidade da WISC-III
Idades de aplicação
Aplicação individual
Crianças dos 6 anos e 0 meses aos 16 anos, 11 meses e 30 dias
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Tempo de administração
1h/1h30m: 10 subtestes obrigatórios
+ 10/15 m: 3 subtestes opcionais
Aplicação preferencial numa única sessão
É possível dividir a aplicação em duas sessões, desde que o intervalo não seja superior a
uma semana
Condições de administração
Recomenda-se a aplicação frente-a-frente
É possível optar por uma organização do espaço diferente, mas há que assegurar:
Facilidade de acesso aos materiais de teste;
Materiais de teste fora do alcance visual do sujeito até que sejam necessários;
Cadeira e mesa adequadas à realização das tarefas;
Posicionamento que permita a observação das respostas e comportamento do sujeito
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❑ Caso algum dos subtestes obrigatórios seja invalidado ou não possa ser aplicado, os
subtestes Memória de Dígitos e Labirintos substituem, respectivamente, um dos
subtestes verbais e um dos subtestes de realização e neste caso, são utilizados no
cálculo dos QI.
ÍNDICES FACTORIAIS
Vocabulário Cubos
Cálculo da idade-teste
Útil quando se quer comparar os resultados obtidos na WISC-III com as normas por
idade de outras provas.
Subtestes:
Resultados Padronizados, cuja distribuição
tem média 10 e desvio-padrão 3
…
14 – resultado superior à média
13 – resultado no limite superior da média
…
7 – resultado no limite inferior da média
6 – resultado inferior à média
…
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Relação QI-Percentil
Percentil QI Percentil QI
99 135 50 100
97 128 40 96
95 125 30 92
90 119 25 90
80 113 20 87
75 110 10 81
70 108 5 75
60 104 3 72
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In Manual da Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças (WISC), adaptação portuguesa de J.H. Ferreira Marques (1970)
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WISC-III/WAIS-III
QI Classificação
130 ou mais Muito superior
120 - 129 Superior
110 - 119 Médio Superior
90 - 109 Médio
80 - 89 Médio Inferior
70 - 79 Inferior
69 ou menos Muito Inferior
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Uma diferença de 13 pontos entre QIV e QIR é estatisticamente significativa para o nível
de significância 0.05
Mas uma diferença pode ser significativa do ponto de vista estatístico e ser muito
frequente na população…
A maioria das referências bibliográficas considera que uma diferença significativa que
ocorra numa frequência igual ou inferior a 15% da amostra de aferição é já
suficientemente rara para permitir uma interpretação clínica
Quanto mais rara for uma determinada diferença na população, maior a segurança na
interpretação patológica do desvio
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* Kaufman, A.S., & Lichtenberger, E.O. (2000). Essentials of WISC-III and WPPSI-R Assessment. New York: John Wiley & Sons.
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◼ OP > SCAD: ocorre com maior frequência em crianças com Dislexia, Perturbações da
Aprendizagem e da Atenção do que em crianças “normais”
Informação a ser utilizada com prudência, obrigatoriamente integrada com outros dados
clínicos (Falsos Positivos)
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Deficiência Mental
O diagnóstico de DM pressupõe a simultaneidade de um funcionamento intelectual significativamente
inferior à média (QI < 70) e de défices numa ou mais áreas de competência adaptativa (i.e.,
comunicação, cuidados próprios, vida social…), que se manifestam durante o desenvolvimento
◼ DM Ligeira (QI 55 – 69)
◼ DM Moderada (QI 40 – 54)
◼ DM Severa (QI 25 – 39)
◼ DM Profunda (QI < 25)
Etiologia
QI < 50 – etiologia orgânica
QI > 50 – sem perturbações neurológicas ou físicas evidentes; meio sociocultural desfavorecido
Padrão característico
QIV < QIR
Subtestes mais difíceis: Vocabulário, Informação, Semelhanças e Aritmética
Subtestes mais fáceis: Completamento de Gravuras, Composição de Objectos, Compreensão e
Disposição de Gravuras
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Perturbação de Aprendizagem
Kaufman, A.S., & Lichtenberger, E.O. (2000). Essentials of WISC-III and WPPSI-R Assessment. New York: John Wiley
& Sons.
Critérios:
Amplitude ICV - 7
Amplitude IOP - 8
Amplitude IVP - 4
Caso Rita: Hipóteses de Diagnóstico
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Perturbação de aprendizagem
Perturbação da atenção
Sequela neurológica
Perturbação emocional
1. Análise dos QI
Hipóteses:
1. Meio sociocultural (se for elevado: QIV>QIR)
2. Dificuldades de aprendizagem (QIV<QIR)
3. Variáveis emocionais (QIV>QIR)
4. Perturbações neurológicas (QIV>QIR ou QIV<QIR)
5. Delinquência (QIV<QIR)
Caso Rita: WISC-III
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Aritmética constitui um ponto fraco (8 - 12 = 4 > 3.02; <10% da amostra apresenta uma diferença
igual ou superior a 4 entre Aritmética e a média dos 6 subtestes verbais)
Cubos constitui um ponto fraco (5 - 9 = 4 > 3.23; <10% da amostra apresenta uma diferença igual ou
superior a 4 entre Cubos e a média dos 6 subtestes de realização)
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3. Análise Intra-individual
Significância das diferenças entre pares de subtestes (Manual WISC-III, tabelas 48-49, pp. 297-298).