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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICAS
Especialização Avançada em
Psicopatologia da Criança e do Organização do Módulo
Adolescente [E‐learning]
Dia 11 de março de 2019 (2ª feira): 20H30 ‐ 22H30
Módulo: Dificuldades de Aprendizagem Específicas
Formador: Mário Anunciação Tribuzi Dia 18 de março de 2019 (2ª feira): 20H00 ‐ 22H00
[email protected]
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICAS
Avaliação do Módulo
Modelos de Aprendizagem
Teste – 70%
Leitura/Escrita
Atividade – 20%
Cálculo
Avaliação Contínua – 10%
Aprendizagem da Leitura
Requisitos
da aprendizagem da leitura
da aprendizagem da leitura
Modelo desenvolvimental
Modelo desenvolvimental
para
aprendizagem
da leitura
Oralidade Cognição
Visual
Memória
Será assim tão automática a aprendizagem da leitura??
(Castro, 2004)
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Aprendizagem da Leitura
da aprendizagem da leitura
da aprendizagem da leitura
Modelo desenvolvimental
Modelo desenvolvimental
Aprender a ler consiste em perceber que a fala pode ser representada no papel e
em dominar o processo dessa representação.
conversão grafema‐fonema
conversão fonema‐grafema
execução de letras.
da aprendizagem da leitura
da aprendizagem da leitura
Modelo desenvolvimental
Modelo desenvolvimental
Frith (1985)
Uta Frith propôs três etapas sucessivas de acordo com as estratégias de
da aprendizagem da leitura
da aprendizagem da leitura
Modelo desenvolvimental
Modelo desenvolvimental
leitura empregues
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Spear Swerling & Sternberg (1996) Spear Swerling & Sternberg (1996)
da aprendizagem da leitura
da aprendizagem da leitura
Modelo desenvolvimental
Modelo desenvolvimental
O modelo de Spear Swerling e Sternberg defende que a aprendizagem da leitura representa uma
construção desenvolvimental, ou seja, um processo que envolve diferentes processos cognitivos,
1. Reconhecimento de palavras por pistas visuais
que se vão alterando ao longo do tempo. • Educação pré‐escolar;
2. Reconhecimento de palavras por pistas fonéticas
1. Reconhecimento de palavras por pistas visuais;
• Recurso a pistas fonéticas básicas [primeira/última letra ou som];
2. Reconhecimento de palavras por pistas fonéticas; • Baseiam‐se no contexto onde a palavra é utilizada.
Reconhecimento Direto
Spear Swerling & Sternberg (1996) Ser leitor hábil
Para o leitor hábil, a leitura é automática:
da aprendizagem da leitura
da aprendizagem da leitura
Modelo desenvolvimental
Modelo desenvolvimental
rápida
4. Reconhecimento automático de palavras e Leitura Estratégica involuntária
obrigatória
• Identificação perfeita e sem esforço de palavras comuns;
não consome recursos da memória de trabalho
• Fase importante para alcance da proficiência;
Inconsciente
• Deixam de aprender a ler Ler para Aprender!
• Compreensão da leitura ainda não é exímia.
Basta o vislumbre da palavra para que automaticamente sejam ativadas a sua
5. Leitura proficiente adulta
pronúncia, o seu significado e o seu papel sintático.
• Habilidades de compreensão muito desenvolvidas;
• Leitura perspicaz, reflexiva, analítica.
A leitura automática de palavras é possível por duas vias:
Conexões grafo‐semânticas (leitura inicial)
Conexões grafo‐fonémicas (princípio alfabético)
(Ehri, 2005)
Reconhecimento Direto Reconhecimento Direto
Ser leitor hábil Ser leitor hábil
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Reconhecimento Direto Aprender a Calcular vs. Aprender a Ler
Ser leitor hábil
da aprendizagem do cálculo
Porque existem vários modelos de aprendizagem para a leitura
Modelo desenvolvimental
comparativamente com os que existem para a matemática?
Estaremos mais preparados para ler ou para escrever?
Não é engraçada a reação das
pessoas quando as frases não acabam A verdade é que o cérebro humano só começou a “ler” há, aproximadamente
5000 anos…
da forma como elas candeeiro?
Contudo, desde sempre, fomos ‘obrigados a fazer contas… pela vida!
Requisitos mínimos para aprender a Calcular Recurso cognitivos para aprender a calcular
da aprendizagem do cálculo
da aprendizagem do cálculo
Perceção
Modelo desenvolvimental
Modelo desenvolvimental
Memória
• Recurso aos sentidos para suportar e construir uma ideia Memória a Longo Prazo
Memória a Curto Prazo
Linguagem Memória de Trabalho
• Deve ser precisa para se tornar útil
Atitude e Emoção
• Descrever, explicar, exemplificar, associar… Motivação
• Oral, escrita e pictórica
Disposição ou ‘Mindset’
Tempo Atenção e Concentração
Funções Executivas
• Pensar e aprender demoram o seu tempo
• O raciocínio torna‐se mais eficiente à medida que o tempo avança
Numeracia e Sentido de Número Matemática desde MUITO cedo
‘a cereja no topo do bolo’ Os bebés olham mais tempo para o novo, para o que os surpreende
da aprendizagem do cálculo
da aprendizagem do cálculo
Modelo desenvolvimental
Modelo desenvolvimental
Numeracia é a capacidade de relacionar números e retirar significado Wynn (1992, 1998) utilizou um paradigma de violação da expectativa em bebés de 5 meses a
dos mesmos em situações do quotidiano; quem mostrou análogos aritméticos de 1 + 1 = 2 e 2 ‐ 1 = 1
Compreender o que determinado número representa e como ele pode
ser utilizado para resolver determinada situação;
O sentido de número desenvolve‐se à medida que a criança interage
com o mundo e se apercebe que o conceito de número se pode aplicar
a padrões, a relações entre quantidades e à resolução de problemas.
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Matemática desde MUITO cedo Matemática desde MUITO cedo
da aprendizagem do cálculo
da aprendizagem do cálculo
Modelo desenvolvimental
Modelo desenvolvimental
Matemática desde MUITO cedo
da aprendizagem do cálculo
Modelo desenvolvimental
Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldades de Aprendizagem
Definições
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Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldades Gerais de Aprendizagem
Gerais vs. Específicas
As Dificuldades de Aprendizagem Gerais resultam tanto de fatores externos ao indivíduo como de
fatores inerentes a ele.
Dificuldades de Aprendizagem Os fatores externos podem envolver situações adversas à natural aprendizagem:
pedagogia inadequada
instabilidade familiar
privação sociocultural
Fatores Perturbações de Aprendizagem Específicas Os fatores internos, e que podem perturbar a sua aprendizagem, dizem respeito à presença de uma
internos
ou mais deficiências (sensoriais, físicas, motoras, e mentais) (Rebelo, 1993).
Fatores
Externos
Fatores Internos
Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldades de Aprendizagem Específicas Dificuldades de Aprendizagem Específicas
Referenciação
Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldades de Aprendizagem Específicas
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Definição
A palavra “Dislexia” deriva do Grego. O prefixo “dys” significa dificuldade e “lexis” palavra
escrita.
DISLEXIA
DISLEXIA
É uma dificuldade na aprendizagem da leitura
Resulta numa leitura lenta, silabada ou com erros e que não é explicada por um ensino
Perturbação de Aprendizagem Específica com Défice na Leitura
deficiente ou um défice cognitivo
Definição Definição
DISLEXIA
(The International Dyslexia Association, 2002; National Institute of Child Health and Human developement, 2002).
(The International Dyslexia Association, 2002; National Institute of Child Health and Human developement, 2002).
Não é sinal de pouca inteligência
DISLEXIA
DISLEXIA
⇓ Focar uma secção escrita
Não é sinal de preguiça
⇓ Interpretar a forma dos símbolos gráficos convencionais
Não é um problema visual – dificuldade em codificar verbalmente uma informação que é
visual ⇓ Atribui‐los a letras
Não é o mesmo que escrever em espelho (comum até aos 7 anos, sem significado especial)
⇓ Transformar letras em sons
⇓ Traduzir grupos de letras em sílabas e as mesmas em palavras
Não há xaropes que melhorem a capacidade de leitura
⇓ Processar as palavras em significado
⇓ Fundir o significado de cada palavra em frases
⇓ Seguir o significado sequencial das frases
Interpretar na globalidade
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Como se manifesta? Qual a causa?
Sintoma mais comum – lenta e tardia aprendizagem das letras e dos sons que as
Défice no processamento fonológico
representam, i. e., o princípio alfabético
Estão afetados os mecanismos de consciência fonológica, de evocação rápida de palavras e de
DISLEXIA
DISLEXIA
Problemas na fluência – impõe‐se uma leitura mais rápida e exata
memória verbal
Compreensão – objetivo último da leitura, com lacunas frequentes e muito persistentes Consciência fonológica – capacidade de perceber que a linguagem falada é formada por unidades
Crianças com dislexia não efetuam uma descodificação automática das palavras sonoras e compreender que a manipulação dessas unidades leva à formação de novas palavras
… no cérebro … no cérebro
A nível neurológico foi verificado um aumento da atividade em várias áreas do cérebro, sendo que as
Pesquisas recentes acerca do cérebro demonstram que a aprendizagem da leitura
principais zonas onde se verificou um aumento de atividade cerebral, aproximando o funcionamento cerebral
está relacionada com a sequência de passos implicados no processamento da
destas crianças com dislexia ao funcionamento cerebral de crianças sem patologia, foram o córtex temporo‐
consciência fonológica, nomeadamente, no processo de descodificação (Shaywitz, parietal esquerdo e no gyrus inferior frontal esquerdo (Temple, 2003).
DISLEXIA
DISLEXIA
2008).
É frequente?
Muito frequente
DISORTOGRAFIA e DISGRAFIA
DISLEXIA
20% nos EUA – em igual número para rapazes e raparigas
A incidência da dislexia varia de acordo com a transparência da língua ou a sua consistência ortográfica
Perturbação de Aprendizagem Específica com Défice na Expressão Escrita
Finlandês – correspondência direta entre os sons e as letras
Na Finlândia existe menos dislexia diagnosticada do que em países de língua inglesa
Português, francês, dinamarquês e inglês línguas mais opacas
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Perturbação de Aprendizagem Específica
Perturbação de Aprendizagem Específica
Origem neurológica e afeta a componente escrita
com Défice na Expressão Escrita
com Défice na Expressão Escrita
Pode manifestar‐se de diferentes formas
! Uma criança com disortografia pode não ter dislexia
Disgrafia – dificuldade no ato motor da escrita e no desenho da letra
Afeta o carácter funcional da escrita
Legibilidade da escrita
! Uma criança com dislexia tem sempre dificuldades na escrita
Restringe a produção rápida e sem esforço
Disortografia – dificuldade na correção ortográfica e na formulação da escrita
! Disgrafia e Disortografia podem coexistir, mas podem aparecer
Dificuldade em corresponder sons às letras
separadamente
Dificuldade em representar ideias sob a forma de texto
Falhas na precisão da escrita
Lacunas na compreensão e aplicação das regras fonológicas e ortográficas
Como se manifestam? Como se manifestam?
DISORTOGRAFIA e DISGRAFIA
DISORTOGRAFIA e DISGRAFIA
Disortografia Disgrafia
Erros ortográficos de tipologia diversa
Irregularidades nas letras (forma) ‐ contaminam o entendimento das palavras e do texto
Irregularidades na aplicação da acentuação e das regras ortográficas
Alterações no tamanho das letras
Dificuldades nos casos de leitura
Dificuldades em letras de ponto articulatório próximo
Fraca noção de proporcionalidade – na utilização da linha de escrita e na linha média (imaginada)
Omissões e adições de letras e sílabas
Irregularidades no espaçamento das letras e palavras
Junção de palavras ou separações incorretas Sobreposições de letras
Lacunas na elaboração de textos com correção gramatical Pinça incorreta e desajeitada
Dificuldade na aplicação de pontuação Pressão desmedida ou demasiado branda
Problemas em organizar ideias no papel, contrastando com as capacidades orais Folhas amarrotadas, sujas, rasuradas…
Qual é a causa? Qual é a causa?
DISORTOGRAFIA e DISGRAFIA
DISORTOGRAFIA e DISGRAFIA
Na escrita, estão implicadas três funções:
Escrita – sincronização de complexo conjunto de funções
Codificação – produção de palavras com correção
Memória
Composição – produção de textos
Atenção
Habilidades motoras
Capacidades motoras
Ato motor da escrita ‐ Problemas na motricidade fina, mas também dificuldade em recordar e
Competências linguísticas
dominar a sequência de movimentos motores necessários para a execução de letras e números
Disgrafia – controlo motor (remete para segundo plano a intencionalidade da escrita)
Baixo domínio progressivo da consciência fonológica
Disortografia – lacunas na consciência fonológica (afeta a intencionalidade da escrita)
Fraco conhecimento e correta aplicação de regras ortográficas
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É frequente?
DISORTOGRAFIA e DISGRAFIA
O que é a Discalculia? O que é a Discalculia?
DISCALCULIA
(Butterwoth, 2005)
Base Biológica e Cerebral Base Biológica e Cerebral
O Sulco Intra‐Parietal (SIP) do humano é sistematicamente ativado em todas as tarefas
numéricas e pode deter uma representação mental de quantidades.
DISCALCULIA
(Brannon, 2006)
1.
Quanto é 2 mais 3? Se a
resposta surge
rapidamente, é graças a
esta área, um monte de 2.
tecido no córtex cerebral. Desempenha um papel no cálculo.
3.
Ela desempenha um papel Parece ter uma responsabilidade
Um vale grande e longo entre duas dobras no córtex
na recuperação rápida dos mais importante na comparação de
cerebral, esta área é ativa durante os cálculos e
fatos numéricos e também números simbólicos reais, como 3 e
quando comparamos as diferenças entre dois
pode estar envolvida no 8, em comparação com números
conjuntos de objetos. Tem demonstrado ser menos
mapeamento de não‐simbólicos (como coleção de
ativo em crianças com discalculia .
quantidades para objetos).
algarismos árabes.
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PREVALÊNCIA CO‐MORBILIDADE
O desempenho em tarefas numéricas depende da linguagem.
DISCALCULIA
DISCALCULIA
As diferentes dificuldades de aprendizagem relacionadas com o número e com o cálculo
(discalculia) têm, provavelmente, uma prevalência similar às dificuldades na leitura e escrita
Outra condição associada é também a Perturbação de Hiperatividade e Défice de
(dislexia): 3,6 a 6,5% dentro da população escolar.
Atenção.
Estudos recentes apontam para uma prevalência entre os 5 e os 9%, sendo que a maior
ATENÇÃO: Crianças com baixa atenção, memória de trabalho ou competências visuo‐
incidência recai no sexo masculino.
espaciais podem ter dificuldade em colaborar com a aprendizagem da matemática devido
(Shalev, et. al, 2000) às lacunas cognitivas, mas não significa que tenham discalculia. Isto é importante, dado que
as crianças podem mesmo aprender matemática com o apoio apropriado duma forma que
crianças com discalculia não parecem ser capazes.
DIFICULDADES ASSOCIADAS DIFICULDADES ASSOCIADAS
› Sentido de número
1. Sentido de número
› Reconhecimento de número e de símbolos
Um sentido intrínseco para quantidades e números.
DISCALCULIA
DISCALCULIA
› Capacidade de visualizar
› Contagem Crianças com sentido de número sentem‐se à vontade perante quantidades e números
abstratos. Desde cedo, o sentido de número juntamente com experiências práticas com
› Estimar
quantidades, permitem que a criança comece a ver os números cada vez mais de uma forma
› Medir
sofisticada (Dehaene, 1997)
› Trabalhar com números
O sentido de número está intimamente relacionado com competências espaciais
› Padrões
› Relações espaciais Às crianças com discalculia falta um kit de iniciação para desenvolver a compreensão dos
(NCLD.org)
números e das operações numéricas
› Regras (Eger, et. al, 2003)
DIFICULDADES ASSOCIADAS DIFICULDADES ASSOCIADAS
DISCALCULIA
6?? ou 9??
1 2 ? 6 9
7<8
18 > 1,8
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DIFICULDADES ASSOCIADAS DIFICULDADES ASSOCIADAS
4. Contagem (números assim como procedimentos e princípios) 5. Estimar: Quantos são?... Mas sem contar!!
Esta tarefa denomina‐se de subitização e crianças com discalculia têm bastantes
DISCALCULIA
DISCALCULIA
Crianças com discalculia dependem bastante de estratégias de cálculo imaturas como
dificuldades em reconhecer pequenas numerosidades sem as contar.
contar pelos dedos ou desenhar riscos numa folha de papel. (Geary & Hoard, 2005)
(Butterworth, 2005)
Princípios da Contagem
-Correspondência um para um
-Ordem estável
-Cardinalidade
-Irrelevância da ordem
-Princípio da abstração
(Gelman & Gallistel, 1978)
DIFICULDADES ASSOCIADAS DIFICULDADES ASSOCIADAS
DISCALCULIA
7 4 9 3 0 2 5 1 6
DIFICULDADES ASSOCIADAS DIFICULDADES ASSOCIADAS
DISCALCULIA
3 7 11 ?
? 11 13 17
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10) Regras Comprometimento de dois processos cognitivos que afetam a aprendizagem da aritmética
DISCALCULIA
DISCALCULIA
e da resolução de problemas aritméticos:
memória semântica a longo‐prazo;
Compreender e memorizar fórmulas matemáticas.
memória de trabalho.
DISCALCULIA
São incapazes de subitizar, ou seja, reconhecer pequenas numerosidades sem contar. Não conseguem aprender a ver os números como entidades que contém diferentes
padrões: (ex: 4 é 4 como 2+2).
Estas tarefas dependem muito pouco da educação formal, até porque é suposto as crianças
Não descodificam facilmente o sistema de dezenas (unidade – dezena – centena – milhar ‐ …).
realizarem essas mesmas tarefas antes de irem para a escola.
DISCALCULIA
13
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Sinais Precoces SINAIS DE ALERTA EM IDADE ESCOLAR
DISLEXIA
DISLEXIA
Carácter hereditário
Dificuldade em compreender que as palavras se podem segmentar em sílabas e fonemas;
Atraso no desenvolvimento da linguagem – risco maior de apresentar dislexia
Lentidão na aprendizagem dos mecanismos da leitura e escrita;
Dificuldade em fazer rimas ou aliterações, cantar canções, decorar lengalengas ou brincar com as
A velocidade da leitura é inadequada para a idade, muitas vezes silábica e por soletração (após o
primeiro ano);
palavras (pobre consciência fonológica)
Dificuldade em memorizar sequências e conceitos
Bastantes dificuldades na leitura, com a presença constante de erros, inventando palavras ao ler
um texto.
SINAIS DE ALERTA EM IDADE ESCOLAR SINAIS DE ALERTA EM IDADE ESCOLAR
DISLEXIA
DISLEXIA
Dificuldade na leitura de pseudopalavras (trântito; guarpa; carjela, doenje, etc.); Confusão e/ou substituição de letras ou sílabas com diferenças subtis de grafia ou de som
Dificuldades na compreensão de textos escritos. Boa compreensão quando as histórias lhe são (a/o; o/u; a/e, p/t; b/v; s/ss/ç; s/z; f/t; t/d; m/n; v/u; f/v: g/j; ch/j/x; v/z; nh/lh/ch; ão/am; ão/ou; ou/on;
lidas; au/ao; …);
Os resultados escolares não são condizentes com a sua capacidade intelectual; Substituição de palavras por outras de estrutura similar mas com significado diferente (saltou‐
Vocabulário restrito e sintaxe empobrecida. Substituição de palavras inteiras por outras semanticamente vizinhas (médico/hospital).
Sinais de Alerta ENSINO PRÉ‐ESCOLAR
DISORTOGRAFIA e DISGRAFIA
Pré‐escolar:
Desajeitamento no controlo do lápis Dificuldade na aprendizagem da contagem.
Desagrado pelas tarefas que exigem o desenho, a pintura ou grafismos
DISCALCULIA
Período Escolar:
Disposição desorganizada dos elementos escritos na folha Problemas no reconhecimento de números impressos.
Caligrafia de difícil compreensão
Lentidão nas tarefas de escrita
Queixas de cansaço durante processos de escrita Incapacidade em idealizar um número e aplicá‐lo no meio envolvente.
Erros ortográficos frequentes
Dificuldade na transposição das ideias para o papel
Composições:
Baixa memória para números.
Vocabulário limitado
Lacunas na estruturação sintática
Lacunas na aplicação de pontuação Pobre organização lógica do pensamento.
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ENSINO BÁSICO ENSINO SECUNDÁRIO ou ADULTOS
Dificuldade em aprender e adquirir conhecimentos matemáticos (somar, subtrair,
multiplicar e dividir).
Baixa capacidade para estimar os preços de contas.
DISCALCULIA
DISCALCULIA
Incapacidade de desenvolvimento de competências para a resolução de problemas
Dificuldade em aprender conceitos matemáticos complexos.
matemáticos.
CONSEQUÊNCIAS SISTÉMICAS
Nível Pessoal
PERFIL EMOCIONAL
PERFIL EMOCIONAL
DA CRIANÇA COM Nível Familiar
PERTURBAÇÕES DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICAS Acusações /comparações (preguiça,
desinteresse, censura, desatenção…)
Medidas repressivas Ambiente frustrante
Nível Escolar
Heteroconceito Condições de
Ansiedade/ angústia Esforço redobrado Avaliação injusta
reduzido resposta prejudicadas
PERFIL EMOCIONAL
ALUNO DESÂNIMO
PASSIVO ADQUIRIDO
AVALIAÇÃO
ANSIEDADE das
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
MEMÓRIA
E ATENÇÃO
META‐
COGNIÇÃO
ESPECÍFICAS
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QUE ÁREAS AVALIAR?
Diagnóstico após a prática das competências académicas (2º ano)
Diagnóstico clínico Recolha de informação:
Enquadramento familiar
Avaliação realizada com técnico especializado e experiente História do desenvolvimento, educativa e psicossocial
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
Observações dos pais e professores
Relatório clínico:
Diagnóstico Resultados de provas de aferição de competências específicas
Definição de pontos fortes e fracos do desempenho da criança
Informação de pais e professores:
Objetivos de intervenção Aquisição de linguagem e outras competências
Informações sobre o percurso escolar e apoios prestados
Resposta da criança à intervenção
História familiar (carácter genético DAE)
QUE ÁREAS AVALIAR? QUE ÁREAS AVALIAR?
Avaliação capacidade de leitura: Avaliação da compreensão leitora:
Avaliação formal inteligência – WISC ou Matrizes Progressivas de Raven
Avaliação linguagem oral: Descodificação – reconhecimento do material escrito Reconto oral
Respostas escritas a questões alusivas ao texto
capacidade de compreensão dos conteúdos transmitidos oralmente (linguagem recetiva): Leitura de lista de palavras e pseudopalavras
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
memória de trabalho Aspetos literais
Fluência – capacidade de ler as palavras de forma automática
atenção seletiva Inferências
compreensão oral Velocidade leitora Argumentação
estrutura sintática e semântica da expressão oral (linguagem expressiva): Leitura de um texto em voz alta
Capacidade de reconhecimento das unidades sonoras – sílabas e fonemas
Inventario de erros – padrão de frequência
QUE ÁREAS AVALIAR? QUE ÁREAS AVALIAR?
Avaliação da escrita:
Avaliação da escrita: Alinhamento da escrita
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
Caligrafia Afastamento das letras e palavras
Observação dos cadernos Ilegibilidade
Provas diversas, com propostas de escrita diversificadas
Ato da escrita
Permite avaliar consistência dos erros apresentados na avaliação feita pelo técnico
Pinça
Apresentação geral dos trabalhos Pressão exercida
Forma das letras Posição do tronco/braço/pulso
Orientação Grau de fadiga
Dimensão e proporcionalidade Morosidade do processo
Vocabulário empregue
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QUE ÁREAS AVALIAR? QUE ÁREAS AVALIAR?
Ortografia
Avaliação do cálculo:
Capacidade de escrever em diferentes solicitações Informações do desempenho em vários domínios
Produções livres (palavras escolhidas pela criança – menos erros) Tarefas de noções básicas:
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
Respostas às perguntas de interpretação (palavras escolhidas pela criança, existindo, ainda, suporte do enunciado e texto) Numeração
Ditado de palavras isoladas (compreensão da relação entre letras e sons) Álgebra
Inventário de erros – padrão de frequência Geometria
Expressão escrita: Medidas
Produção livre Análise de dados
Extensão do texto Cálculo mental
Organização e exploração das partes
Concretização de algoritmos
Pertinência e encadeamento do conteúdo
Estruturação das frases
Resolução de problemas:
Gramática
Enunciados e respostas orais (reduz interferência da leitura)
Recurso à pontuação
Vocabulário empregue
Questionários de competências para o professor
Intervenção na dislexia
LEITURA e ESCRITA
Intervenção na dislexia
Intervenção na dislexia
LEITURA e ESCRITA
LEITURA e ESCRITA
INTERVENÇÃO
Quanto mais cedo o problema for identificado mais rapidamente se Os novos conhecimentos sobre o modo como os leitores iniciantes aprendem a ler e sobre os
pode intervir e obter resultados défices que impedem o sucesso nesta aprendizagem tiveram implicações importantes nas
práticas educativas.
A identificação, sinalização e avaliação das crianças que evidenciam
Segundo Adams (1990), a intervenção fonológica deverá incidir sobre as seguintes fases:
sinais de futuras dificuldades antes do início da escolaridade
Ensinar, individualmente, as correspondências grafema‐fonema
permite a implementação de programas de intervenção precoce
Consolidar o princípio alfabético
que irão prevenir ou minimizar o insucesso
Memória fonética
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Diretrizes Eficazes Diretrizes Eficazes
LEITURA e ESCRITA
LEITURA e ESCRITA
INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO
Segundo a Associação Internacional de Dislexia, a intervenção deve seguir os seguintes 2. Estruturado e Cumulativo: A organização dos conteúdos a aprender segue a sequência do desenvolvimento
linguístico e fonológico. Inicia‐se com os elementos mais fáceis e básicos e progride gradualmente para os mais
princípios:
difíceis.
3. Ensino Direto e Explícito: Os diferentes conceitos devem ser ensinados direta, explícita e conscientemente, nunca
1. Aprendizagem Multissensorial: As crianças têm que olhar para as letras impressas, dizer, ou subvocalizar, os sons, por dedução.
fazer os movimentos necessários à escrita e usar os conhecimentos linguísticos para aceder ao sentido das
palavras. São utilizadas em simultâneo as diferentes vias de acesso ao cérebro, os neurónios estabelecem
interligações entre si facilitando a aprendizagem e a memorização. 4. Ensino Diagnóstico: Deve ser realizada uma avaliação diagnóstica das competências adquiridas e a adquirir.
(Teles, 2004)
Intervenção na dislexia
Diretrizes Eficazes Segundo Shaywitz (2008) os princípios orientadores para uma eficaz intervenção
LEITURA e ESCRITA
LEITURA e ESCRITA
são os seguintes:
INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO
2. Passar à escrita
Reeducação / Intervenção Reeducação / Intervenção
LEITURA e ESCRITA
LEITURA e ESCRITA
Promoção da Consciência Fonológica:
INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO
Atacar as causas e não os efeitos Discriminação dos elementos fonéticos e estruturais da palavra.
Segmentação, Associação e Manipulação de sílabas e fonemas
Reforçar pontos fortes e interesses Memória verbal imediata e pseudopalavras.
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08/03/2019
Reeducação / Intervenção Reeducação / Intervenção
Exercícios de leitura:
LEITURA e ESCRITA
LEITURA e ESCRITA
INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO
Inventários e ficheiros cacográficos:
Entoação
Exemplo: pre/per; nh/lh; ch/x; m/n; g/gu; s/ss/ç ...
Erros específicos da leitura
Reeducação / Intervenção
Exercícios escrita:
LEITURA e ESCRITA
LEITURA e ESCRITA
INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO
MATERIAIS CONCRETOS MATERIAIS CONCRETOS
LEITURA e ESCRITA
LEITURA e ESCRITA
INTERVENÇÃO
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O que NÃO É
Boas Intenções
Intervenção na dislexia
Maus Resultados
LEITURA e ESCRITA
LEITURA e ESCRITA
Não está provado que exercícios para a visão ou para a postura tenham
INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO
qualquer efeito benéfico na remediação ou resolução dos sintomas da dislexia.
Ditados “às cegas”
Cópias
Escrita repetitiva dos erros
COMO TRABALHAM COM
Leitura na sala de aula
MATEMÁTICA
LEITURA e ESCRITA
Devido à baixa velocidade leitora, deve‐se reduzir a quantidade de leitura que eles devem
INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO
fazer. Por exemplo, limite quanto tempo eles devem gastar a ler como tarefa de trabalho de casa Calculam de formas demasiado primitivas.
CÁLCULO
Não expor os alunos perante a turma em leitura de voz alta, sem aviso prévio do texto Têm dificuldade em progredir na matemática.
Implicações emocionais
Colocar o aluno em pequenos grupos com instruções linguísticas específicas, tendo um
colega com capacidade para monitorizar a leitura
INTERVENÇÃO
Aprendizagem concreta:
CÁLCULO
CÁLCULO
Números são bastante abstratos. Alunos precisam de ser levados para um trabalho com material
A aquisição de conceitos numéricos mais sofisticados depende de uma intervenção: concreto;
Permitir o uso de calculadora e tabela de tabuada;
Os materiais devem ser usados duma forma que apoiam uma compreensão segura mas que também
1. Compreensiva nas suas abordagens; funcione como um construtor de ferramentas cognitivas;
2. Cuidadosamente estruturada; Incentivar a visualização do problema com desenhos para que posteriormente a criança possa abstraí‐lo.
3. Encorajadora da participação do aluno;
Linguagem transparente:
4. Torne a aprendizagem da matemática uma experiência positiva.
Elaborar questões claras e diretas, reduzindo‐se ao mínimo o número de questões, sem limite de tempo;
Posteriormente a criança ganhará maior vocabulário matemático.
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INTERVENÇÃO
Ensinar o conhecimento básico;
CÁLCULO
CÁLCULO
Ensinar através de passos pequenos e progressivos; Desenvolver perguntas que ajudem as crianças a adquirir outra forma de compreender;
Limitar cuidadosamente as exigências para a memória; Submeter o aluno a avaliação oral, desenvolvendo as expressões mentalmente, ditando
para que alguém as transcreva;
Fornecer um programa de ensino intensivo e cíclico;
Utilizar formas de monitorização do progresso da criança;
Passar exercícios repetitivos e cumulativos;
Dirigir o interesse para a forma como a criança chegou a determinada solução, ao invés
Conduzir os alunos do trabalho concreto para o abstrato.
de corrigir apenas o resultado
MATERIAIS CONCRETOS
4. Tornar a aprendizagem da matemática uma experiência positiva
Unidades
Materiais estruturados
INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO
CÁLCULO
Alunos com discalculia têm maiores progressos quando estão mais calmos
e com um nível positivo de auto‐estima.
MATERIAIS CONCRETOS MATERIAIS CONCRETOS
INTERVENÇÃO
CÁLCULO
CÁLCULO
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INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO
CÁLCULO
CÁLCULO
Matemática Oriental é Facílima…
INTERVENÇÃO
CÁLCULO
MEDIDAS EDUCATIVAS ESPECIAIS À
LUZ DA LEGISLAÇÃO VIGENTE
QUE MEDIDAS? MEDIDAS UNIVERSAIS
DECRETO‐LEI N.º 54/2018
DECRETO‐LEI N.º 54/2018
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MEDIDAS SELETIVAS MEDIDAS ADICIONAIS
DECRETO‐LEI N.º 54/2018
DECRETO‐LEI N.º 54/2018
1.Os percursos curriculares diferenciados; 1.A frequência do ano de escolaridade por disciplinas;
2.As adaptações curriculares não significativas; 2.As adaptações curriculares significativas;
3.O apoio psicopedagógico; 3.O plano individual de transição;
4.A antecipação e o reforço das aprendizagens; 4.O desenvolvimento de metodologias e estratégias de ensino estruturado;
5.O apoio tutorial. 5.O desenvolvimento de competências de autonomia pessoal e social.
Recomendações para
Avaliação Escolar (art. 28º)
DECRETO‐LEI N.º 54/2018
DECRETO‐LEI N.º 54/2018
Adaptação de fichas de avaliação sempre que necessário
Dar mais tempo
Privilegiar respostas curtas
Evitar questões encadeadas
Evitar testes escritos na frente e verso (texto numa pagina e questões noutra)
Evitar textos excessivamente extensos
Não penalizar pelas incorreções ortográficas (valorizar o conteúdo da resposta e do raciocínio)
Transcrição de respostas
Obrigado pela vossa atenção!
Mário Anunciação Tribuzi
[email protected]
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