Texto Expositivo (8º Ano 11 Á de Junho 15)

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Texto expositivo (8º ano 11 á de junho 15)

Texto expositivo é aquele que possui como função principal a apresentação ou


explicação de determinado assunto, no intuito de informar o leitor.

Diversos gêneros textuais possuem o tipo expositivo na sua composição. O texto expositivo
é aquele que tem o objetivo de apresentar um assunto ou acrescentar informações sobre
determinado tema. Sua estrutura baseia-se na composição ou decomposição de um
assunto, utilizando, para isso, explicações e dados de outras áreas, a fim de funcionar como
um texto informativo. É importante, ainda, que o texto expositivo apresenta dados verídicos
e comprováveis.

O que é o texto expositivo?

O texto expositivo é uma produção que tem como função principal sintetizar e analisar
alguma ideia, conceito, teoria ou fenômeno. Desse modo, esse tipo textual auxilia
principalmente na identificação, instrução e informação de determinado assunto, sendo
muito utilizado, por isso, em ambientes educativos (educação escolar, acadêmica,
profissional etc.).

Além disso, é comum encontrarmos variações do texto expositivo, e cada subtipo refere-se
a outras funções exigidas pelo texto. Para ampliar o conhecimento dessas categorias,
segue-se a definição de dois tipos de textos expositivos.

● Texto expositivo informativo

O texto expositivo informativo tem o objetivo de apresentar determinado tema, no intuito de


informar o leitor a respeito de dados importantes sobre ele. Nesse sentido, esses textos
apresentam caráter explicativo e, muitas vezes, descritivo, no intuito de instruir o leitor por
meio da exposição e explicação de novas informações.

● Texto expositivo argumentativo

O texto expositivo argumentativo possui como segunda característica predominante o traço


argumentativo, desse modo, além de apresentar informações sobre determinado assunto, o
autor também procura defender um posicionamento, ou seja, apresentar uma opinião
embasada em argumentos sólidos. Por esses motivos, esse tipo de texto expositivo tem o
intuito de informar e convencer o leitor.

Estrutura e características do texto expositivo


Os textos do tipo expositivo podem apresentar inúmeras variações em sua composição
formal, a depender do gênero utilizado e das intenções comunicativas. Entretanto, alguns
aspectos podem ser considerados essenciais a todos os textos expositivos. A seguir,
algumas dessas características serão exploradas.

De início, os textos expositivos têm preferência pelo conteúdo, pela mensagem, desse
modo, a linguagem utilizada tenta ser acessível e, muitas vezes, impessoal, tentando
garantir um teor de neutralidade. Além disso, eles podem ser divididos em duas categorias,
que se referem ao método de exposição utilizado no texto:

● Composição: é a estrutura que prioriza a identificação de fenômenos individuais,


desse modo, são os textos que pretendem apresentar diversas informações a
respeito de um único tema ou assunto. Essa estrutura é utilizada principalmente
para informar o leitor a respeito de determinado conteúdo. Outra característica
dela é a preferência pela estrutura sintática sujeito + predicado + complemento,
utilizados no tempo presente.
● Decomposição: processo em que o texto estrutura-se com o intuito de conectar
fenômenos, desse modo, não se limita a um único tema ou assunto, como no
método anterior, mas estabelece relações entre diferentes tópicos, buscando
decompor as partes do grande tema. Nesses textos, é comum a utilização do
verbo ser com predicativo nominal ou outros verbos com complementos diretos.

Além desses aspectos, ainda é possível acrescentar-se outras características do tipo textual
expositivo. A intertextualidade é uma ferramenta que pode ser muito utilizada nesses textos,
principalmente quando o autor pretende aprofundar um assunto ou, além de expor, propor
um ponto de vista. Nesses casos, o uso de informações e dados de outros textos pode
potencializar a produção textual bem como fornecer subsídios para sustentação dos
argumentos.

A descrição é um outro elemento que pode ser muito presente no texto expositivo. Quando o
autor possui intenção de instruir e informar o leitor a respeito dos detalhes de determinada
questão, é possível que ele descreve aspectos visuais ou funcionais do fenômeno
analisado, no intuito de qualificar o texto e auxiliar na compreensão do leitor.

Como fazer um texto expositivo?

Para fazer um texto expositivo, é necessário, antes da escrita, fazer uma organização
pré-textual, na qual se escolhe o tema e se define a sua intenção comunicativa com o texto.
Em seguida, é importante pesquisar sobre o assunto, buscando aprofundar seus
conhecimentos e, com isso, garantir propriedade intelectual à sua escrita.

Durante esse processo, é importante checar as fontes de informação, pois o texto expositivo
visa a informar e instruir, desse modo, todo cuidado com a verdade dos relatos é essencial.
Selecione as informações e dados mais relevantes para o seu texto e então prossiga à
escrita.
Sempre priorize iniciar pelas informações mais conhecidas pelo público em geral, pois assim
você ajuda o leitor a acionar os conhecimentos prévios que auxiliam na leitura e
compreensão do texto. Em seguida, estrategicamente vá adicionando as informações mais
completas e relacionando-as sempre que necessário.

Além disso, é imprescindível que o texto apresente explicações, sempre que algo novo e
desconhecido for apresentado, pois é essencial nesse tipo de texto que o leitor compreenda
a mensagem, ou a função principal do texto não será cumprida: informar o leitor.

Por fim, é importante lançar mão dos recursos coesivos para que as ideias sejam
adequadamente encadeadas e toda relação estabelecida seja identificada facilmente pelo
leitor. Nesse sentido, é necessário atentar-se ao uso repetitivo de conectivos mais comuns:
“que”; “como”; “pois” etc., pois isso pode sobrecarregar e prejudicar seu texto.

Leia também: Como usar adequadamente os conectivos?

Exemplo

“O narrador é a voz que conta a história, pode referir-se tanto a uma voz real de
determinada pessoa como a uma voz verbal, no caso dos textos escritos.

Na literatura, o narrador possui papel fundamental para a classificação dos textos


narrativos. Existe uma diversidade de jeitos de criar-se um narrador no terreno literário. Por
exemplo, no famoso livro Vidas secas, de Graciliano Ramos, quem narra a história, muitas
vezes, é a cachorra da família, a baleia.

A escolha do tipo de narrador influencia na perspectiva ou no ponto de vista adotado para


contar a história. Essa escolha pode surpreender o leitor.

Assim, o narrador sempre precisa ser considerado em todos os seus detalhes. Todas as
características dele interferem na condução e no efeito da história.”

No exemplo anterior, percebe-se que há uma estrutura de composição, na qual o autor


pretende apresentar apenas o tópico “narrador”. Assim, ele inicia o seu texto por
informações mais conhecidas, para introduzir o leitor, e, em seguida, aprofunda o tópico
apresentando a importância do narrador para a literatura. Por fim, conclui com a afirmação
da importância dos detalhes na análise do narrador.

Com base nessa construção expositiva, o autor consegue apresentar o tópico escolhido e
destacar as informações que julga relevantes para o leitor, sem, contudo, apresentar
nenhum ponto de vista nem argumentação, pois o foco é informar.

> Atividade
Aposto

Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para


explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por
vírgula, dois-pontos ou travessão.

Por Exemplo:

Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.

Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o


aposto é sintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia
substituí-lo. Veja:

Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça.

Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-feira assume a função


de adjunto adverbial de tempo.

Veja outro exemplo:

A precio todos os tipos de música:MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc.

Objeto Direto Aposto do Objeto Direto

Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a exercer essa função:

Aprecio MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc.

Objeto Direto

Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática
(inclusive a de aposto).

Por Exemplo:

Dona Aida servia o patrão, pai de Marina, menina levada.

Analisando a oração, temos:

pai de Marina = aposto do objeto direto patrão.

menina levada = aposto de Marina.

Classificação do aposto

De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto
pode ser classificado em:
a) Explicativo: A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos
entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.

b) Enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho,


ação.

c) Resumidor ou Recapitulativo: Vida digna, cidadania plena, igualdade de


oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.

d) Comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo


na baía anoitecida.

e) Distributivo: Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele


na poesia e este na prosa.

f) Aposto de Oração: Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.

Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser
marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo
individualiza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou
por meio de uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase:

Por Exemplo:

O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda.

A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.

Atenção:

Para não confundir o aposto de especificação com adjunto adnominal, observe a


seguinte frase:A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa.

Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a obra


camoniana. É, portanto, um adjunto adnominal.

Observações:

1) Os apostos, em geral, detacam-se por pausas, indicadas na escrita, por vírgulas,


dois pontos ou travessões. Não havendo pausa, não haverá vírgulas.

Por Exemplo: Acabo de ler o romance A moreninha.

2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a


saber, isto é, por exemplo, etc.
Por Exemplo: Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não entraram na
sala de aula após o recreio.

3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere.

Por Exemplo: Código universal, a música não tem fronteiras.

4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento nominal ou adjunto


adverbial pode aparecer precedido de preposição.

Por Exemplo: Estava deslumbrada com tudo: com a aprovação, com o ingresso
na universidade, com as felicitações.

Vocativo

Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da
oração.

Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve
para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.

Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Veja


os exemplos:

Não fale tão alto, Rita!

Vocativo

Senhor presidente, queremos nossos direitos!

Vocativo

A vida, minha amada, é feita de escolhas.

Vocativo

Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o


interlocutor a que se está dirigindo a palavra.

Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó,
olá, eh!, etc.

Por Exemplo:
Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões.

Olá professora, a senhora está muito elegante hoje!

Eh! Gente, temos que estudar mais.

Distinção entre vocativo e aposto

- O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da oração.

Por Exemplo:

Crianças, vamos entrar.

Vocativo

- O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração.

Por Exemplo:

A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada.

Sujeito Aposto

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