TJMG 2012 Portugues R

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LNGUA PORTUGUESA
Interpretao de texto: informaes literais e inferncias possveis. Ponto de vista do autor - significado contextual de palavras e expresses. Estruturao do texto: relaes entre idias e recursos de coeso. Conhecimento da lngua: Ortografia/acentuao; diviso silbica; sinnimo, antnimo, homnimos e parnimos, notaes lxicas. Pontuao. Classes de palavras: definies, classificaes, formas, flexes, funes e usos. Estrutura da orao e do perodo: aspectos sintticos e semnticos. Concordncia verbal e nominal; Regncia verbal e nominal. Ocorrncia de crase. INTERPRETAO DE TEXTO: INFORMAES LITERAIS E INFERNCIAS POSSVEIS. PONTO DE VISTA DO AUTOR - SIGNIFICADO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E EXPRESSES. ESTRUTURAO DO TEXTO: RELAES ENTRE IDIAS E RECURSOS DE COESO. INTERPRETAO DE TEXTO Interpretar um texto no simplesmente saber o que se passa na cabea do autor quando ele escreve seu texto. , antes, inferir. Se eu disser: Levei minha filha caula ao parque., pode-se inferir que tenho mais de uma filha. Ou seja, inferir retirar informaes implcitas e explcitas do texto. E ser com essas informaes que o candidato ir resolver as questes de interpretao na prova. H de se tomar cuidado, entretanto, com o que chamamos de conhecimento de mundo, que nada mais do que aquilo que todos carregamos conosco, fruto do que aprendemos na escola, com os amigos, vendo televiso, enfim, vivendo. Isso porque muitas vezes uma questo leva o candidato a responder no o que est no texto, mas exatamente aquilo em que ele acredita. Vamos a um exemplo. mundialmente reconhecida a qualidade do champanhe francs. Imaginemos, ento, que em um texto o autor trate do assunto bebidas finas e escreva que na regio de Champagne, na Frana, produzido um champanhe muito conhecido. Mais tarde, em uma questo, a banca pergunta qual foi a abordagem do texto em relao ao tema e coloca, em uma das alternativas, que o autor afirma que o melhor champanhe vendido no mundo o da regio de Champagne, na Frana. Se voc for um candidato afoito, vai marcar essa alternativa como correta, certo?, sem parar para pensar que o autor no havia feito tal afirmao e que, na verdade, o que ele assegurou foi que h um champanhe que muito conhecido e que produzido na Frana. O fato de possivelmente ser o melhor do mundo uma informao que voc adquiriu em jornais, revistas etc. Entendeu a diferena? Propositadamente, a banca utiliza trechos inteiros idnticos ao texto s para confundir o candidato, e ao final, coloca uma afirmao falsa. Cuidado com isso! Contudo, no basta retirar informaes de um texto para responder corretamente as questes. necessrio

saber de onde tir-las. Para tanto, temos que ter conhecimento da estrutura textual e por quais processos se passa um texto at seu formato final de dissertao, narrao ou descrio. Como o tipo mais cobrado em provas de concurso a dissertao, vamos entender como ela se estrutura e em que ela se baseia. Quando dissertamos, diz-se que estamos argumentando. Mas argumentando o qu? A respeito de qu? Para formular os argumentos, antes necessitamos de uma tese, algo que vamos afirmar e defender, a respeito de um determinado assunto. Ento, por exemplo, se o assunto Aquecimento global imperativo apresentar uma tese baseada nele. Pode-se escrever O aquecimento global tem sido motivo de preocupao por parte dos cientistas, ou A populao deve preocupar-se com o superaquecimento do planeta etc. O importante que na tese esteja claro aquilo que dever ser sustentado por meio de argumentos. O prximo passo estabelecer quais argumentos podero ser utilizados para tornar a afirmao feita na tese cada vez mais slida. Apresentados os argumentos, basta concluir a dissertao. Tudo o que aqui foi exposto apenas ilustrativo para que se tenha ideia de como um texto estruturado e, a partir da, estudar o texto apresentado e procurar no lugar certo a resposta para cada questo. Vejamos: Normalmente, a tese explicitada na primeira frase do primeiro pargrafo, coincidindo com o que chamamos de tpico frasal, aquela sentena que usamos para chamar a ateno em um texto e apresent-lo de forma clara. Mas ela pode aparecer tambm na ltima frase do primeiro pargrafo. Disso decorre que sempre que precisar encontrar a tese do texto para responder a questes sobre o que o autor pensa, por exemplo, deve-se procur-la no primeiro pargrafo. Todavia, se a banca quiser saber em que o autor se fundamentou para fazer tal afirmao, basta procurar a resposta nos pargrafos em que forem apresentados os argumentos. Por exemplo, na ltima prova do MPU, cargo Analista Processual, da banca Fundao Carlos Chagas, foi perguntado aos candidatos o que revelava a argumentao do autor. Dentre as alternativas apresentadas, bastava saber qual era fundamentalmente um argumento utilizado pelo autor e o que ele demonstrava. , portanto, muito importante conhecer a estrutura de um texto para saber trabalh-lo de forma a fazer com que ele seja um aliado na conquista de um cargo pblico. Rachel Costa - http://www.grupoescolar.com/ Tipologia textual Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre. Tipologia textual a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes so: descrio, narrao, dissertao, exposio, injuno, dilogo e

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entrevista. importante que no se confunda tipo textual com gnero textual. Tipos Explicao O objetivo do texto passar conhecimento para o leitor. Nesse tipo textual, no se faz a defesa de uma ideia. Exemplos de textos explicativos so os encontrados em manuais de instrues. Informativo Texto informativo, tem a funo de informar o leitor a respeito de algo ou algum, o texto de uma notcia de jornal, de revista, folhetos informativos, propagandas. Uso da funo referencial da linguagem, 3 pessoa do singular. 3 pessoal do plural. Descrio Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produo o adjetivo, pela sua funo caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se at descrever sensaes ou sentimentos. No h relao de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. fazer uma descrio minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se refere. Narrao Modalidade em que se conta um fato, fictcio ou no, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. H uma relao de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante o passado. Estamos cercados de narraes desde as que nos contam histrias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou a Bela Adormecida, at as picantes piadas do cotidiano. Dissertao Dissertar o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentao cientfica, o relatrio, o texto didtico, o artigo enciclopdico. Em princpio, o texto dissertativo no est preocupado com a persuaso e sim, com a transmisso de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Quando o texto, alm de explicar, tambm persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativoargumentativo. Exposio Apresenta informaes sobre assuntos, expe ideias; explica, avalia, reflete. (analisa ideias). 1. 2. 3. 4. Estrutura bsica: ideia principal; desenvolvimento; concluso. Ex: ensaios, artigos uso do futuro do presente. Ex: Receita de um bolo e manuais. Dilogo Dilogo uma conversao estabelecida entre duas ou mais pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e retomadas. Entrevista Entrevista uma conversao entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado), na qual perguntas so feitas pelo entrevistador para obter informao do entrevistado. Hoje, admite-se seis tipos textuais, a saber: narrativo, argumentativo-dissertativo, expositivo-explicativo, descritivo, dialogal-conversacional e injuntivo-instrucional. A narrao est presente quando o texto fornece informaes sobre o tempo e espao do fato narrado, sempre h comeo meio e fim. Alm disso, comum aparecerem nomes de personagens e um "clmax" em determinado momento. H, portanto, o desenvolvimento da histria, um momento de tenso, e a volta estabilidade. Um exemplo clssico de narrativa so os contos de fada. Dissertao A todo instante nos deparamos com situaes que exigem a exposio de ideias, argumentos e pontos de vista, muitas vezes precisamos expor aquilo que pensamos sobre determinado assunto. Em muitas situaes somos induzidos a organizar nossos pensamentos e ideias e utilizar a linguagem para dissertar. Mas o que dissertar? Dissertar , atravs da organizao de palavras, frases e textos, apresentar ideias, desenvolver raciocnio, analisar contextos, dados e fatos. Neste momento temos a oportunidade de discutir, argumentar e defender o que pensamos atravs da fundamentao, justificao, explicao, persuaso e de provas. A elaborao de textos dissertativos requer domnio da modalidade escrita da lngua, desde a questo ortogrfica ao uso de um vocabulrio preciso e de construes sintticas organizadas, alm de conhecimento do assunto que se vai abordar e posio crtica (pessoal) diante desse assunto. A atividade dissertadora desenvolve o gosto de pensar e escrever o que pensa, de questionar o mundo, de procurar entender e transformar a realidade. Passos para escrever o texto dissertativo O texto deve ser produzido de forma a satisfazer os objetivos que o escritor se props a alcanar. H uma estrutura consagrada para a organizao desse tipo de texto. Consiste em organizar o material obtido em trs partes: a introduo, o desenvolvimento e a concluso. - Introduo: A introduo deve apresentar de maneira clara o assunto que ser tratado e delimitar as questes, referentes ao assunto, que sero abordadas. Neste momento pode-se formular uma tese, que dever ser discutida e provada no texto, propor uma pergunta, cuja resposta dever constar no desenvolvimento e explicitada na concluso. - Desenvolvimento: a parte do texto em que as ideias, pontos de vista, conceitos, Nos textos descritivos, o autor descreve um momento especifico , a descrio e 2

Uso de linguagem clara. cientficos, exposies,etc. Injuno

Indica como realizar uma ao. tambm utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos so, na sua maioria, empregados no modo imperativo. H tambm o

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superficial, ou seja, o emissor supe que o receptor tenha conhecimento do assunto. No texto explicativo, o emissor supe que o receptor no tem conhecimento do assunto, ocorre uma descrio detalhada, um exemplo de explicativo so os livros didaticos. Os textos injuntivos, por sua vez, so aqueles que indicam procedimentos a serem realizados. Nesses textos, as frases, geralmente, so no modo imperativo. Bons exemplos desse tipo de texto so as receitas e os manuais de instruo. muito importante no confundir tipo textual com gnero textual. Os tipos, como foi dito, aparecem em nmero limitado. J os gneros textuais so praticamente infinitos, visto que so textos orais e escritos produzidos por falantes de uma lngua em um determinado momento histrico. O gneros texuais, portanto, so diretamente ligados s prticas sociais. Alguns exemplos de gneros textuais so carta, bilhete, aula, conferncia, e-mail, artigos, entrevistas, discurso etc. Assim, um tipo textual pode aparecer em qualquer gnero textual, da mesma forma que um nico gnero pode conter mais de um tipo textual. Uma carta, por exemplo, pode ter passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante. Gneros textuais so tipos especificos de textos de qualquer natureza, literrios ou no-literrios. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funes sociais (narrativas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gneros textuais: anncios, convites, atlas, avisos, programas de auditrios, bulas, cartas, cartazes, comdias, contos de fadas, crnicas, editoriais, ensaios, entrevistas, contratos, decretos, discursos polticos, histrias, instrues de uso, letras de msica, leis, mensagens, notcias. So textos que circulam no mundo, que tm uma funo especfica, para um pblico especfico e com caractersticas prprias. Alis, essas caractersticas peculiares de um gnero discursivo nos permitem abordar aspectos da textualidade, tais como coerncia e coeso textuais, impessoalidade, tcnicas de argumentao e outros aspectos pertinentes ao gnero em questo. Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/ Texto Literrio: expressa a opinio pessoal do autor que tambm transmitida atravs de figuras, impregnado de subjetivismo. Ex: um romance, um conto, uma poesia... Texto no-literrio: preocupa-se em transmitir uma mensagem da forma mais clara e objetiva possvel. Ex: uma notcia de jornal, uma bula de medicamento. Como voc percebeu, todas as imagens podem ser facilmente decodificadas. Voc notou que em nenhuma delas existe a presena da palavra? O que est presente outro tipo de cdigo. Apesar de haver ausncia da palavra, ns temos uma linguagem, pois podemos decifrar mensagens a partir das imagens. O tipo de linguagem, cujo cdigo no a palavra, denomina-se linguagem noverbal, isto , usam-se outros cdigos (o desenho, a dana, os sons, os gestos, a expresso fisionmica, as cores) Fonte: www.graudez.com.br Pressuposio o contedo que fica margem da discusso, o contedo implcito. Assim, a frase "Pedro parou de fumar" veicula a pressuposio de que Pedro fumava antes; "Pedro passou a trabalhar noite" contm a pressuposio de que antes ele trabalhava de dia, mas contm tambm a Observe a figura abaixo, este sinal demonstra que proibido fumar em um determinado local. A linguagem utilizada a no-verbal pois no utiliza do cdigo "lngua portuguesa" para transmitir que proibido fumar. Na figura abaixo, percebemos que o semforo, nos transmite a idia de ateno, de acordo com a cor apresentada no semforo, podemos saber se permitido seguir em frente (verde), se para ter ateno (amarelo) ou se proibido seguir em frente (vermelho) naquele instante. Linguagem Verbal - Existem vrias formas de comunicao. Quando o homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita,dizemos que ele est utilizando uma linguagem verbal, pois o cdigo usado a palavra. Tal cdigo est presente, quando falamos com algum, quando lemos, quando escrevemos. A linguagem verbal a forma de comunicao mais presente em nosso cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita, expomos aos outros as nossas idias e pensamentos, comunicandonos por meio desse cdigo verbal imprescindvel em nossas vidas. ela est presente em textos em propagandas; em reportagens (jornais, revistas, etc.); em obras literrias e cientficas; na comunicao entre as pessoas; em discursos (Presidente da Repblica, representantes de classe, candidatos a cargos pblicos, etc.); e em vrias outras situaes. Linguagem No Verbal

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pressuposio de que ele no trabalhava antes, dependendo da nfase colocada em passar a ou em noite. Vale lembrar que, nestes exemplos, a pressuposio marcada lingisticamente pela presena dos verbos parar de, passar a. Existem tambm pressuposies que no apresentam marca lingstica; estes tipos de pressuposio denominam-se inferncias. Inferncias So informaes normais que no precisam ser explicitadas no momento da produo do texto; so tambm chamadas de subentendidos. O exemplo seguinte ajuda a entender esta noo: "Maria foi ao cinema, assistiu ao filme sobre dinossauros e voltou para casa." Lendo esta frase, o ouvinte/leitor recupera os conhecimentos relativos ao ato de ir ao cinema: no cinema existem cadeiras, tela, bilheteria; h uma pessoa que vende bilhetes, outra que os recolhe na entrada; a sala fica escura durante a projeo, etc. Enfim, isto no precisa ser dito explicitamente. Se assim no fosse, que extenso teriam nossos textos para fornecer, sempre que necessrio, todas estas informaes? Da a importncia das inferncias na interao verbal. Se quisssemos dizer que Maria no conseguiu ver o filme at o final, isto teria que ser explicitado, porque, normalmente, a pessoa v o filme inteiro. Implicatura um sentido derivado, que atribumos a um enunciado depois de constatar que seu sentido literal irrelevante para a situao. Se perguntamos: "Qual a funo de Pedro no jornal?" e ouvimos "Pedro o filho do chefe", podemos depreender dessa resposta que Pedro no tem funo nenhuma que Pedro no faz nada ou que Pedro no precisa fazer nada. Nem as implicaturas nem as pressuposies fazem parte do contedo explicitado. A diferena entre elas est no fato de que, com respeito s pressuposies, a estrutura lingstica nos oferece os elementos que permitem depreend-las; j com as implicaturas isto no acontece -- o suporte lingstico menos bvio e, portanto, elas dependem principalmente do conhecimento da situao, compartilhado pelo falante e pelo ouvinte. As pressuposies fazem parte do sentido literal das frases, enquanto as implicaturas so estranhas a ele. Ponto De Vista Do Autor Modos de narrar - na obra Para entender o texto: leitura e redao, de Plato & Fiorin, o autor afirma que as frases ou os enunciados que lemos ou ouvimos chegam at ns como uma forma pronta e acabada, mas evidente que esses enunciados no sugiram do nada: eles foram produzidos por algum. Dessa forma, qualquer enunciado aquilo que foi dito ou escrito pressupe algum que o tenha produzido. Com base nesses dados: a) aquilo que foi escrito ou dito por algum chamaremos enunciado; b) o produtor de enunciado, responsvel pela organizao do texto, chamaremos narrador. O narrador no se confunde com o autor do texto ou com o escritor, tanto verdade, que o narrador pode ser um personagem, aparecendo nos prprios enunciados. O autor uma pessoa de carne e osso; o narrador faz parte do texto, quem relata a partir de seu ponto de vista. Pode at mesmo ocorrer que autor e narrador tenham viso de mundo e ideologia completamente opostas entre si. O narrador no revela necessariamente as ideias, preferncias e os pontos de vista do autor. H dois modos bsicos de narrar: ou o narrador introduz-se no discurso, produzindo-o, ento em primeira pessoa, ou ausenta-se dele, criando um discurso em terceira pessoa. Narrar em terceira pessoa ou em primeira pessoa so os dois pontos de vista fundamentais do narrador. O narrador em terceira pessoa pode assumir duas posies diante do que narra: 1) Ele conhece tudo, at os pensamentos e sentimentos dos personagens. Comenta, analisa e critica tudo. como se pairasse acima dos acontecimentos e tudo visse. chamado narrador onisciente (que sabe tudo). 2) O narrador tambm conhece os fatos, mas no invade o interior dos personagens para comentar seu comportamento, intenes e sentimentos. Essa posio cria um efeito de sentido de objetividade ou de neutralidade. como se a histria se narrasse sozinha. O narrador pode ser chamado observador. O narrador em primeira pessoa est presente na narrativa. Pode ser o personagem principal ou um personagem secundrio: 1) Quando personagem principal, ele no tem acesso aos sentimentos, pensamentos e intenes dos outros personagens, mas pode relatar suas percepes, seus sentimentos e pensamentos. a forma ideal de explorar o interior de um personagem. o que ocorre em O Ateneu, de Raul Pompeia. 2) Quando o narrador um personagem secundrio, observa de dentro os acontecimentos. Viveu os fatos relatados, conta o que viu ou ouviu e at mesmo se serve de cartas ou documentos que obteve. No consegue saber o que se passa na cabea dos outros. Pode apenas inferir, lanar hipteses e pode ou no comentar os acontecimentos. O modo de narrar em primeira pessoa cria um efeito de subjetividade maior que o modo em terceira pessoa. Este produz um efeito de sentido de objetividade, pois o narrador no est envolvido com os acontecimentos.O narrador pode projetar uma imagem do leitor dentro da obra e dialogar com esse leitor, prevendo suas reaes. Esse leitor instalado no texto no se confunde com o leitor real. RELAO ENTRE IDEIAS E RECURSOS DE COESO COESO E COERNCIA TEXTUAL DIOGO MARIA DE MATOS POLNIO Introduo Este trabalho foi realizado no mbito do Seminrio Pedaggico sobre Pragmtica Lingustica e Os Novos Programas de Lngua Portuguesa, sob orientao da Professora-Doutora Ana Cristina Macrio Lopes, que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Procurou-se, no referido seminrio, refletir, de uma forma geral, sobre a incidncia das teorias da Pragmtica Lingustica nos programas oficiais de Lngua Portuguesa, tendo em vista um esclarecimento terico sobre determinados conceitos necessrios a um ensino qualitativamente mais vlido e, simultaneamente, uma vertente prtica pedaggica que tem necessariamente presente a aplica4

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o destes conhecimentos na situao real da sala de aula. Nesse sentido, este trabalho pretende apresentar sugestes de aplicao na prtica docente quotidiana das teorias da pragmtica lingustica no campo da coerncia textual, tendo em conta as concluses avanadas no referido seminrio. Ser, no entanto, necessrio reter que esta pequena reflexo aqui apresentada encerra em si uma minscula partcula de conhecimento no vastssimo universo que , hoje em dia, a teoria da pragmtica lingustica e que, se pelo menos vier a instigar um ponto de partida para novas reflexes no sentido de auxiliar o docente no ensino da lngua materna, j ter cumprido honestamente o seu papel. Coeso e Coerncia Textual Qualquer falante sabe que a comunicao verbal no se faz geralmente atravs de palavras isoladas, desligadas umas das outras e do contexto em que so produzidas. Ou seja, uma qualquer sequncia de palavras no constitui forosamente uma frase. Para que uma sequncia de morfemas seja admitida como frase, torna-se necessrio que respeite uma certa ordem combinatria, ou seja, preciso que essa sequncia seja construda tendo em conta o sistema da lngua. Tal como um qualquer conjunto de palavras no forma uma frase, tambm um qualquer conjunto de frases no forma, forosamente, um texto. Precisando um pouco mais, um texto, ou discurso, um objeto materializado numa dada lngua natural, produzido numa situao concreta e pressupondo os participantes locutor e alocutrio, fabricado pelo locutor atravs de uma seleo feita sobre tudo o que dizvel por esse locutor, numa determinada situao, a um determinado alocutrio1. Assim, materialidade lingustica, isto , a lngua natural em uso, os cdigos simblicos, os processos cognitivos e as pressuposies do locutor sobre o saber que ele e o alocutrio partilham acerca do mundo so ingredientes indispensveis ao objeto texto. Podemos assim dizer que existe um sistema de regras interiorizadas por todos os membros de uma comunidade lingustica. Este sistema de regras de base constitui a competncia textual dos sujeitos, competncia essa que uma gramtica do texto se prope modelizar. Uma tal gramtica fornece, dentro de um quadro formal, determinadas regras para a boa formao textual. Destas regras podemos fazer derivar certos julgamentos de coerncia textual. Quanto ao julgamento, efetuado pelos professores, sobre a coerncia nos textos dos seus alunos, os trabalhos de investigao concluem que as intervenes do professor a nvel de incorrees detectadas na estrutura da frase so precisamente localizadas e assinaladas com marcas convencionais; so designadas com recurso a expresses tcnicas (construo, conjugao) e fornecem pretexto para pr em prtica exerccios de correco, tendo em conta uma eliminao duradoura das incorrees observadas.

Pelo contrrio, as intervenes dos professores no quadro das incorrees a nvel da estrutura do texto, permite-nos concluir que essas incorrees no so designadas atravs de vocabulrio tcnico, traduzindo, na maior parte das vezes, uma impresso global da leitura (incompreensvel; no quer dizer nada). Para alm disso, verificam-se prticas de correo algo brutais (refazer; reformular) sendo, poucas vezes, acompanhadas de exerccios de recuperao. Esta situao pedagogicamente penosa, uma vez que se o professor desconhece um determinado quadro normativo, encontra-se reduzido a fazer respeitar uma ordem sobre a qual no tem nenhum controle. Antes de passarmos apresentao e ao estudo dos quatro princpios de coerncia textual, h que esclarecer a problemtica criada pela dicotomia coerncia/coeso que se encontra diretamente relacionada com a dicotomia coerncia macro-estrutural/coerncia microestrutural. Mira Mateus considera pertinente a existncia de uma diferenciao entre coerncia textual e coeso textual. Assim, segundo esta autora, coeso textual diz respeito aos processos lingusticos que permitem revelar a interdependncia semntica existente entre sequncias textuais: Ex.: Entrei na livraria mas no comprei nenhum livro. Para a mesma autora, coerncia textual diz respeito aos processos mentais de apropriao do real que permitem inter-relacionar sequncias textuais: Ex.: Se esse animal respira por pulmes, no peixe. Pensamos, no entanto, que esta distino se faz apenas por razes de sistematizao e de estruturao de trabalho, j que Mira Mateus no hesita em agrupar coeso e coerncia como caractersticas de uma s propriedade indispensvel para que qualquer manifestao lingustica se transforme num texto: a conectividade2. Para Charolles no pertinente, do ponto de vista tcnico, estabelecer uma distino entre coeso e coerncia textuais, uma vez que se torna difcil separar as regras que orientam a formao textual das regras que orientam a formao do discurso. Alm disso, para este autor, as regras que orientam a microcoerncia so as mesmas que orientam a macrocoerncia textual. Efetivamente, quando se elabora um resumo de um texto obedece-se s mesmas regras de coerncia que foram usadas para a construo do texto original. Assim, para Charolles, microestrutura textual diz respeito s relaes de coerncia que se estabelecem entre as frases de uma sequncia textual, enquanto que macroestrutura textual diz respeito s relaes de coerncia existentes entre as vrias sequncias textuais. Por exemplo: Sequncia 1: O Antnio partiu para Lisboa. Ele deixou o escritrio mais cedo para apanhar o comboio das quatro horas. Sequncia 2: Em Lisboa, o Antnio ir encontrar-se com amigos.Vai trabalhar com eles num projeto de uma nova companhia de teatro. Como microestruturas temos a sequncia 1 ou a se-

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quncia 2, enquanto que o conjunto das duas sequncias forma uma macroestrutura. Vamos agora abordar os princpios de coerncia textual3: 1. Princpio da Recorrncia4: para que um texto seja coerente, torna-se necessrio que comporte, no seu desenvolvimento linear, elementos de recorrncia restrita. Para assegurar essa recorrncia a lngua dispe de vrios recursos: - pronominalizaes, - expresses definidas, - substituies lexicais, - retomas de inferncias. Todos estes recursos permitem juntar uma frase ou uma sequncia a uma outra que se encontre prxima em termos de estrutura de texto, retomando num elemento de uma sequncia um elemento presente numa sequncia anterior: a)-Pronominalizaes: a utilizao de um pronome torna possvel a repetio, distncia, de um sintagma ou at de uma frase inteira. O caso mais frequente o da anfora, em que o referente antecipa o pronome. Ex.: Uma senhora foi assassinada ontem. Ela foi encontrada estrangulada no seu quarto. No caso mais raro da catfora, o pronome antecipa o seu referente. Ex.: Deixe-me confessar-lhe isto: este crime impressionou-me. Ou ainda: No me importo de o confessar: este crime impressionou-me. Teremos, no entanto, que ter cuidado com a utilizao da catfora, para nos precavermos de enunciados como este: Ele sabe muito bem que o Joo no vai estar de acordo com o Antnio. Num enunciado como este, no h qualquer possibilidade de identificar ele com Antnio. Assim, existe apenas uma possibilidade de interpretao: ele dir respeito a um sujeito que no ser nem o Joo nem o Antnio, mas que far parte do conhecimento simultneo do emissor e do receptor. Para que tal acontea, torna-se necessrio reformular esse enunciado: O Antnio sabe muito bem que o Joo no vai estar de acordo com ele. As situaes de ambiguidade referencial so frequentes nos textos dos alunos. Ex.: O Pedro e o meu irmo banhavam-se num rio. Um homem estava tambm a banhar-se. Como ele sabia nadar, ensinou-o. Neste enunciado, mesmo sem haver uma ruptura na continuidade sequencial, existem disfunes que introduzem zonas de incerteza no texto: ele sabia nadar(quem?), ele ensinou-o (quem?; a quem?) b)-Expresses Definidas: tal como as pronominalizaes, as expresses definidas permitem relembrar nominalmente ou virtualmente um elemento de uma frase numa outra frase ou at numa outra sequncia textual. Ex.: O meu tio tem dois gatos. Todos os dias caminhamos no jardim. Os gatos vo sempre conosco. Os alunos parecem dominar bem esta regra. No entanto, os problemas aparecem quando o nome que se repete imediatamente vizinho daquele que o precede. Ex.: A Margarida comprou um vestido. O vestido colorido e muito elegante. Neste caso, o problema resolve-se com a aplicao de deticos contextuais. Ex.: A Margarida comprou um vestido. Ele colorido e muito elegante. Pode tambm resolver-se a situao virtualmente utilizando a elipse. Ex.: A Margarida comprou um vestido. colorido e muito elegante. Ou ainda: A Margarida comprou um vestido que colorido e muito elegante. c)-Substituies Lexicais: o uso de expresses definidas e de deticos contextuais muitas vezes acompanhado de substituies lexicais. Este processo evita as repeties de lexemas, permitindo uma retoma do elemento lingustico. Ex.: Deu-se um crime, em Lisboa, ontem noite: estrangularam uma senhora. Este assassinato odioso. Tambm neste caso, surgem algumas regras que se torna necessrio respeitar. Por exemplo, o termo mais genrico no pode preceder o seu representante mais especfico. Ex.: O piloto alemo venceu ontem o grande prmio da Alemanha. Schumacher festejou euforicamente junto da sua equipa. Se se inverterem os substantivos, a relao entre os elementos lingusticos torna-se mais clara, favorecendo a coerncia textual. Assim, Schumacher, como termo mais especfico, deveria preceder o piloto alemo. No entanto, a substituio de um lexema acompanhado por um determinante, pode no ser suficiente para estabelecer uma coerncia restrita. Atentemos no seguinte exemplo: Picasso morreu h alguns anos. O autor da "Sagrao da Primavera" doou toda a sua coleo particular ao Museu de Barcelona. A presena do determinante definido no suficiente para considerar que Picasso e o autor da referida pea sejam a mesma pessoa, uma vez que sabemos que no foi Picasso mas Stravinski que comps a referida pea. Neste caso, mais do que o conhecimento normativo terico, ou lexico-enciclopdico, so importantes o conhecimento e as convices dos participantes no ato de comunicao, sendo assim impossvel traar uma fronteira entre a semntica e a pragmtica. H tambm que ter em conta que a substituio lexical se pode efetuar por - Sinonmia-seleo de expresses lingusticas que tenham a maior parte dos traos semnticos idntica: A criana caiu. O mido nunca mais aprende a cair! - Antonmia-seleo de expresses lingusticas que tenham a maior parte dos traos semnticos oposta: Disseste a verdade? Isso cheira-me a mentira! - Hiperonmia-a primeira expresso mantm com a 6

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segunda uma relao classe-elemento: Gosto imenso de marisco. Ento lagosta, adoro! Hiponmia- a primeira expresso mantm com a segunda uma relao elemento-classe: O gato arranhou-te? O que esperavas de um felino?

2.Princpio da Progresso: para que um texto seja coerente, torna-se necessrio que o seu desenvolvimento se faa acompanhar de uma informao semntica constantemente renovada. Este segundo princpio completa o primeiro, uma vez que estipula que um texto, para ser coerente, no se deve contentar com uma repetio constante da prpria matria. Alguns textos dos alunos contrariam esta regra. Por exemplo: O ferreiro estava vestido com umas calas pretas, um chapu claro e uma vestimenta preta. Tinha ao p de si uma bigorna e batia com fora na bigorna. Todos os gestos que fazia consistiam em bater com o martelo na bigorna. A bigorna onde batia com o martelo era achatada em cima e pontiaguda em baixo e batia com o martelo na bigorna. Se tivermos em conta apenas o princpio da recorrncia, este texto no ser incoerente, ser at coerente demais. No entanto, segundo o princpio da progresso, a produo de um texto coerente pressupe que se realize um equilbrio cuidado entre continuidade temtica e progresso semntica. Torna-se assim necessrio dominar, simultaneamente, estes dois princpios (recorrncia e progresso) uma vez que a abordagem da informao no se pode processar de qualquer maneira. Assim, um texto ser coerente se a ordem linear das sequncias acompanhar a ordenao temporal dos fatos descritos. Ex.: Cheguei, vi e venci.(e no Vi, venci e cheguei). O texto ser coerente desde que reconheamos, na ordenao das suas sequncias, uma ordenao de causaconsequncia entre os estados de coisas descritos. Ex.: Houve seca porque no choveu. (e no Houve seca porque choveu). Teremos ainda que ter em conta que a ordem de percepo dos estados de coisas descritos pode condicionar a ordem linear das sequncias textuais. Ex.: A praa era enorme. No meio, havia uma coluna; volta, rvores e canteiros com flores. Neste caso, notamos que a percepo se dirige do geral para o particular. 3.Princpio da No- Contradio: para que um texto seja coerente, torna-se necessrio que o seu desenvolvimento no introduza nenhum elemento semntico que contradiga um contedo apresentado ou pressuposto por uma ocorrncia anterior ou dedutvel por inferncia. Ou seja, este princpio estipula simplesmente que inadmissvel que uma mesma proposio seja conjuntamente verdadeira e no verdadeira. Vamos, seguidamente, preocupar-nos, sobretudo, com o caso das contradies inferenciais e pressuposicionais6. Existe contradio inferencial quando a partir de uma proposio podemos deduzir uma outra que contradiz um contedo semntico apresentado ou dedutvel. Ex.: A minha tia viva. O seu marido coleciona relgios de bolso. 7

d)-Retomas de Inferncias: neste caso, a relao feita com base em contedos semnticos no manifestados, ao contrrio do que se passava com os processos de recorrncia anteriormente tratados. Vejamos: P - A Maria comeu a bolacha? R1 - No, ela deixou-a cair no cho. R2 - No, ela comeu um morango. R3 - No, ela despenteou-se. As sequncias P+R1 e P+R2 parecem, desde logo, mais coerentes do que a sequncia P+R3. No entanto, todas as sequncias so asseguradas pela repetio do pronome na 3 pessoa. Podemos afirmar, neste caso, que a repetio do pronome no suficiente para garantir coerncia a uma sequncia textual. Assim, a diferena de avaliao que fazemos ao analisar as vrias hipteses de respostas que vimos anteriormente sustenta-se no fato de R1 e R2 retomarem inferncias presentes em P: - aconteceu alguma coisa bolacha da Maria, - a Maria comeu qualquer coisa. J R3 no retoma nenhuma inferncia potencialmente deduzvel de P. Conclui-se, ento, que a retoma de inferncias ou de pressuposies garante uma fortificao da coerncia textual. Quando analisamos certos exerccios de prolongamento de texto (continuar a estruturao de um texto a partir de um incio dado) os alunos so levados a veicular certas informaes pressupostas pelos professores. Por exemplo, quando se apresenta um incio de um texto do tipo: Trs crianas passeiam num bosque. Elas brincam aos detetives. Que vo eles fazer? A interrogao final permite-nos pressupor que as crianas vo realmente fazer qualquer coisa. Um aluno que ignore isso e que narre que os pssaros cantavam enquanto as folhas eram levadas pelo vento, ser punido por ter apresentado uma narrao incoerente, tendo em conta a questo apresentada. No entanto, um professor ter que ter em conta que essas inferncias ou essas pressuposies se relacionam mais com o conhecimento do mundo do que com os elementos lingusticos propriamente ditos. Assim, as dificuldades que os alunos apresentam neste tipo de exerccios, esto muitas vezes relacionadas com um conhecimento de um mundo ao qual eles no tiveram acesso. Por exemplo, ser difcil a um aluno recriar o quotidiano de um multimilionrio,senhor de um grande imprio industrial, que vive numa luxuosa vila.

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saiba de centrais termo-nucleares nada lhe parecer mais incoerente do que um tratado tcnico sobre centrais termonucleares. No entanto, os leitores quase nunca consideram os textos incoerentes. Pelo contrrio, os receptores do ao emissor o crdito da coerncia, admitindo que o emissor ter razes para apresentar os textos daquela maneira. Assim, o leitor vai esforar-se na procura de um fio condutor de pensamento que conduza a uma estrutura coerente. Tudo isto para dizer que deve existir nos nossos sistemas de pensamento e de linguagem uma espcie de princpio de coerncia verbal (comparvel com o princpio de cooperao de Grice)8 estipulando que, seja qual for o discurso, ele deve apresentar forosamente uma coerncia prpria, uma vez que concebido por um esprito que no incoerente por si mesmo. justamente tendo isto em conta que devemos ler, avaliar e corrigir os textos dos nossos alunos. Anotaes: 1- M. H. Mira Mateus, Gramtica da Lngua Portuguesa, Ed. Caminho, 19923, p.134; 2- M. H. Mira Mateus, op. cit., pp.134-148; 3- "Mta-regles de cohrence", segundo Charolles, Introduction aux problmes de la cohrence des textes, in Langue Franaise, 1978; 4- "Mta-regle de rptition", segundo Charolles (op. cit.); 5- "Les dficitivisations et les rfrentiations dictiques contextuelles", segundo Charolles (op. cit.); 6- Charolles aponta igualmente as contradies enunciativas. No entanto, vamos debruar-nos apenas sobre as contradies inferenciais e pressuposicionais, uma vez que foi sobre este tipo de contradies que efetuamos exerccios em situao de prtica pedaggica. 7- Charolles refere inclusivamente a existncia de uma "relation de congruence" entre o que enunciado na sequncia textual e o mundo a que essa sequncia faz referncia; 8- Para um esclarecimento sobre este princpio, ver O. Ducrot, Dire et ne pas dire, Paris, Herman, 1972 e tambm D. Gordon e G. Lakoff, Postulates de conservation, Langages n 30, Paris, Didier-Larousse, 1973. COERNCIA E COESO 1. Coerncia: Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, convencer, discordar, ordenar, ou seja, o texto uma unidade de significado produzida sempre com uma determinada inteno. Assim como a frase no uma simples sucesso de palavras, o texto tambm no uma simples sucesso de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato com nossos interlocutores, influindo sobre eles. Quando isso ocorre, temos um texto em que h coerncia. A coerncia resultante da no-contradio entre os diversos segmentos textuais que devem estar encadeados logicamente. Cada segmento textual pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez ser pressuposto para o que lhe estender, formando assim uma cadeia em que todos 8

As inferncias que autorizam viva no s no so retomadas na segunda frase, como so perfeitamente contraditas por essa mesma frase. O efeito da incoerncia resulta de incompatibilidades semnticas profundas s quais temos de acrescentar algumas consideraes temporais, uma vez que, como se pode ver, basta remeter o verbo colecionar para o pretrito para suprimir as contradies. As contradies pressuposicionais so em tudo comparveis s inferenciais, com a exceo de que no caso das pressuposicionais um contedo pressuposto que se encontra contradito. Ex.: O Jlio ignora que a sua mulher o engana. A sua esposa -lhe perfeitamente fiel. Na segunda frase, afirma-se a inegvel fidelidade da mulher de Jlio, enquanto a primeira pressupe o inverso. frequente, nestes casos, que o emissor recupere a contradio presente com a ajuda de conectores do tipo mas, entretanto, contudo, no entanto, todavia, que assinalam que o emissor se apercebe dessa contradio, assumea, anula-a e toma partido dela. Ex.: O Joo detesta viajar. No entanto, est entusiasmado com a partida para Itlia, uma vez que sempre sonhou visitar Florena. 4.Princpio da Relao: para que um texto seja coerente, torna-se necessrio que denote, no seu mundo de representao, fatos que se apresentem diretamente relacionados. Ou seja, este princpio enuncia que para uma sequncia ser admitida como coerente7, ter de apresentar aes, estados ou eventos que sejam congruentes com o tipo de mundo representado nesse texto. Assim, se tivermos em conta as trs frases seguintes 1 - A Silvia foi estudar. 2 - A Silvia vai fazer um exame. 3 - O circuito de Adelaide agradou aos pilotos de Frmula 1. A sequncia formada por 1+2 surge-nos, desde logo, como sendo mais congruente do que as sequncias 1+3 ou 2+3. Nos discursos naturais, as relaes de relevncia factual so, na maior parte dos casos, manifestadas por conectores que as explicitam semanticamente. Ex.: A Silvia foi estudar porque vai fazer um exame. Ou tambm: A Silvia vai fazer um exame portanto foi estudar. A impossibilidade de ligar duas frases por meio de conectores constitui um bom teste para descobrir uma incongruncia. Ex.: A Silvia foi estudar logo o circuito de Adelaide agradou aos pilotos de Frmula 1. O conhecimento destes princpios de coerncia, por parte dos professores, permite uma nova apreciao dos textos produzidos pelos alunos, garantindo uma melhor correo dos seus trabalhos, evitando encontrar incoerncias em textos perfeitamente coerentes, bem como permite a dinamizao de estratgias de correo. Teremos que ter em conta que para um leitor que nada

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eles estejam concatenados harmonicamente. Quando h quebra nessa concatenao, ou quando um segmento atual est em contradio com um anterior, perde-se a coerncia textual. A coerncia tambm resultante da adequao do que se diz ao contexto extraverbal, ou seja, quilo o que o texto faz referncia, que precisa ser conhecido pelo receptor. Ao ler uma frase como "No vero passado, quando estivemos na capital do Cear Fortaleza, no pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto que chegou a nevar", percebemos que ela incoerente em decorrncia da incompatibilidade entre um conhecimento prvio que temos da realizada com o que se relata. Sabemos que, considerando uma realidade "normal", em Fortaleza no neva (ainda mais no vero!). Claro que, inserido numa narrativa ficcional fantstica, o exemplo acima poderia fazer sentido, dando coerncia ao texto - nesse caso, o contexto seria a "anormalidade" e prevaleceria a coerncia interna da narrativa. No caso de apresentar uma inadequao entre o que informa e a realidade "normal" pr-conhecida, para guardar a coerncia o texto deve apresentar elementos lingusticos instruindo o receptor acerca dessa anormalidade. Uma afirmao como "Foi um verdadeiro milagre! O menino caiu do dcimo andar e no sofreu nenhum arranho." coerente, na medida que a frase inicial ("Foi um verdadeiro milagre") instrui o leitor para a anormalidade do fato narrado. 2. Coeso: A redao deve primar, como se sabe, pela clareza, objetividade, coerncia e coeso. E a coeso, como o prprio nome diz (coeso significa ligado), a propriedade que os elementos textuais tm de estar interligados. De um fazer referncia ao outro. Do sentido de um depender da relao com o outro. Preste ateno a este texto, observando como as palavras se comunicam, como dependem uma das outras. So Paulo: Oito pessoas morrem em queda de avio Das Agncias Cinco passageiros de uma mesma famlia, de Maring, dois tripulantes e uma mulher que viu o avio cair morreram Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma famlia e dois tripulantes, alm de uma mulher que teve ataque cardaco) na queda de um avio (1) bimotor Aero Commander, da empresa J. Caetano, da cidade de Maring (PR). O avio (1) prefixo PTI-EE caiu sobre quatro sobrados da Rua Andaquara, no bairro de Jardim Marajoara, Zona Sul de So Paulo, por volta das 21h40 de sbado. O impacto (2) ainda atingiu mais trs residncias. Estavam no avio (1) o empresrio Silvio Name Jnior (4), de 33 anos, que foi candidato a prefeito de Maring nas ltimas eleies (leia reportagem nesta pgina); o piloto (1) Jos Traspadini (4), de 64 anos; o co-piloto (1) Geraldo Antnio da Silva Jnior, de 38; o sogro de Name Jnior (4), Mrcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Mrcio Rocha Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6), Joo Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. Izidoro Andrade (7) conhecido na regio (8) como um dos maiores compradores de cabeas de gado do Sul (8) do pas. Mrcio Ribeiro (5) era um dos scios do Frigorfico Navira, empresa proprietria do bimotor (1). Isidoro Andrade (7) havia alugado o avio (1) Rockwell Aero Commander 691, prefixo PTI-EE, para (7) vir a So Paulo assistir ao velrio do filho (7) Srgio Ricardo de Andrade (8), de 32 anos, que (8) morreu ao reagir a um assalto e ser baleado na noite de sexta-feira. O avio (1) deixou Maring s 7 horas de sbado e pousou no aeroporto de Congonhas s 8h27. Na volta, o bimotor (1) decolou para Maring s 21h20 e, minutos depois, caiu na altura do nmero 375 da Rua Andaquara, uma espcie de vila fechada, prxima avenida Nossa Senhora do Sabar, uma das avenidas mais movimentadas da Zona Sul de So Paulo. Ainda no se conhece as causas do acidente (2). O avio (1) no tinha caixa preta e a torre de controle tambm no tem informaes. O laudo tcnico demora no mnimo 60 dias para ser concludo. Segundo testemunhas, o bimotor (1) j estava em chamas antes de cair em cima de quatro casas (9). Trs pessoas (10) que estavam nas casas (9) atingidas pelo avio (1) ficaram feridas. Elas (10) no sofreram ferimentos graves. (10) Apenas escoriaes e queimaduras. Eldia Fiorezzi, de 62 anos, Natan Fiorezzi, de 6, e Josana Fiorezzi foram socorridos no Pronto Socorro de Santa Ceclia. Vejamos, por exemplo, o elemento (1), referente ao avio envolvido no acidente. Ele foi retomado nove vezes durante o texto. Isso necessrio clareza e compreenso do texto. A memria do leitor deve ser reavivada a cada instante. Se, por exemplo, o avio fosse citado uma vez no primeiro pargrafo e fosse retomado somente uma vez, no ltimo, talvez a clareza da matria fosse comprometida. E como retomar os elementos do texto? Podemos enumerar alguns mecanismos: a) REPETIO: o elemento (1) foi repetido diversas vezes durante o texto. Pode perceber que a palavra avio foi bastante usada, principalmente por ele ter sido o veculo envolvido no acidente, que a notcia propriamente dita. A repetio um dos principais elementos de coeso do texto jornalstico fatual, que, por sua natureza, deve dispensar a releitura por parte do receptor (o leitor, no caso). A repetio pode ser considerada a mais explcita ferramenta de coeso. Na dissertao cobrada pelos vestibulares, obviamente deve ser usada com parcimnia, uma vez que um nmero elevado de repeties pode levar o leitor exausto. b) REPETIO PARCIAL: na retomada de nomes de pessoas, a repetio parcial o mais comum mecanismo coesivo do texto jornalstico. Costuma-se, uma vez citado o nome completo de um entrevistado - ou da vtima de um acidente, como se observa com o elemento (7), na ltima linha do segundo pargrafo e na primeira linha do terceiro -, repetir somente o(s) seu(s) sobrenome(s). Quando os nomes em questo so de celebridades (polticos, artistas, escritores, etc.), de praxe, durante o texto, utilizar a nominalizao por meio da qual so conhecidas pelo pblico. Exemplos: Nedson (para o prefeito de Londrina, Nedson Micheletti); Farage (para o candidato prefeitura de Londrina em 2000 Farage Khouri); etc. Nomes femininos costumam ser retomados pelo primeiro nome, a no ser nos casos em que o sobrenomes sejam, no contexto da matria, mais relevan9

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tes e as identifiquem com mais propriedade. c) ELIPSE: a omisso de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto da matria. Veja-se o seguinte exemplo: Estavam no avio (1) o empresrio Silvio Name Jnior (4), de 33 anos, que foi candidato a prefeito de Maring nas ltimas eleies; o piloto (1) Jos Traspadini (4), de 64 anos; o copiloto (1) Geraldo Antnio da Silva Jnior, de 38. Perceba que no foi necessrio repetir-se a palavra avio logo aps as palavras piloto e co-piloto. Numa matria que trata de um acidente de avio, obviamente o piloto ser de avies; o leitor no poderia pensar que se tratasse de um piloto de automveis, por exemplo. No ltimo pargrafo ocorre outro exemplo de elipse: Trs pessoas (10) que estavam nas casas (9) atingidas pelo avio (1) ficaram feridas. Elas (10) no sofreram ferimentos graves. (10) Apenas escoriaes e queimaduras. Note que o (10) em negrito, antes de Apenas, uma omisso de um elemento j citado: Trs pessoas. Na verdade, foi omitido, ainda, o verbo: (As trs pessoas sofreram) Apenas escoriaes e queimaduras. d) SUBSTITUIES: uma das mais ricas maneiras de se retomar um elemento j citado ou de se referir a outro que ainda vai ser mencionado a substituio, que o mecanismo pelo qual se usa uma palavra (ou grupo de palavras) no lugar de outra palavra (ou grupo de palavras). Confira os principais elementos de substituio: Pronomes: a funo gramatical do pronome justamente substituir ou acompanhar um nome. Ele pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a ideia contida em um pargrafo ou no texto todo. Na matria-exemplo, so ntidos alguns casos de substituio pronominal: o sogro de Name Jnior (4), Mrcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Mrcio Rocha Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6), Joo Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. O pronome possessivo seus retoma Name Jnior (os filhos de Name Jnior...); o pronome pessoal ela, contrado com a preposio de na forma dela, retoma Gabriela Gimenes Ribeiro (e o marido de Gabriela...). No ltimo pargrafo, o pronome pessoal elas retoma as trs pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avio: Elas (10) no sofreram ferimentos graves. Eptetos: so palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo que se referem a um elemento do texto, qualificam-no. Essa qualificao pode ser conhecida ou no pelo leitor. Caso no seja, deve ser introduzida de modo que fique fcil a sua relao com o elemento qualificado. Exemplos: a) (...) foram elogiadas pelo por Fernando Henrique Cardoso. O presidente, que voltou h dois dias de Cuba, entregou-lhes um certificado... (o epteto presidente retoma Fernando Henrique Cardoso; poderse-ia usar, como exemplo, socilogo); b) Edson Arantes de Nascimento gostou do desempenho do Brasil. Para o ex-Ministro dos Esportes, a seleo... (o epteto ex-Ministro dos Esportes retoma Edson Arantes do Nascimento; poder-se-iam, por exemplo, usar as formas jogador do sculo, nmero um do mundo, etc. Sinnimos ou quase sinnimos: palavras com o mesmo sentido (ou muito parecido) dos elementos a serem retomados. Exemplo: O prdio foi demolido s 15h. Muitos curiosos se aglomeraram ao redor do edifcio, para conferir o espetculo (edifcio retoma prdio. Ambos so sinnimos). Nomes deverbais: so derivados de verbos e retomam a ao expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo dos argumentos j utilizados. Exemplos: Uma fila de centenas de veculos paralisou o trnsito da Avenida Higienpolis, como sinal de protesto contra o aumentos dos impostos. A paralisao foi a maneira encontrada... (paralisao, que deriva de paralisar, retoma a ao de centenas de veculos de paralisar o trnsito da Avenida Higienpolis). O impacto (2) ainda atingiu mais trs residncias (o nome impacto retoma e resume o acidente de avio noticiado na matria-exemplo) Elementos classificadores e categorizadores: referem-se a um elemento (palavra ou grupo de palavras) j mencionado ou no por meio de uma classe ou categoria a que esse elemento pertena: Uma fila de centenas de veculos paralisou o trnsito da Avenida Higienpolis. O protesto foi a maneira encontrada... (protesto retoma toda a ideia anterior - da paralisao -, categorizando-a como um protesto); Quatro ces foram encontrados ao lado do corpo. Ao se aproximarem, os peritos enfrentaram a reao dos animais (animais retoma ces, indicando uma das possveis classificaes que se podem atribuir a eles). Advrbios: palavras que exprimem circunstncias, principalmente as de lugar: Em So Paulo, no houve problemas. L, os operrios no aderiram... (o advrbio de lugar l retoma So Paulo). Exemplos de advrbios que comumente funcionam como elementos referenciais, isto , como elementos que se referem a outros do texto: a, aqui, ali, onde, l, etc.

Observao: mais frequente a referncia a elementos j citados no texto. Porm, muito comum a utilizao de palavras e expresses que se refiram a elementos que ainda sero utilizados. Exemplo: Izidoro Andrade (7) conhecido na regio (8) como um dos maiores compradores de cabeas de gado do Sul (8) do pas. Mrcio Ribeiro (5) era um dos scios do Frigorfico Navira, empresa proprietria do bimotor (1). A palavra regio serve como elemento classificador de Sul (A palavra Sul indica uma regio do pas), que s citada na linha seguinte. Conexo: Alm da constante referncia entre palavras do texto, observa-se na coeso a propriedade de unir termos e oraes por meio de conectivos, que so representados, na Gramtica, por inmeras palavras e expresses. A escolha errada desses conectivos pode ocasionar a deturpao do sentido do texto. Abaixo, uma lista dos principais elementos conectivos, agrupados pelo sentido. Baseamo-nos no autor Othon Moacyr Garcia (Comunicao em Prosa Moderna). Prioridade, relevncia: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de tudo, em princpio, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, principalmente, primordialmente, sobretudo, a priori (itlico), a posteriori (itlico). Tempo (frequncia, durao, ordem, sucesso, anterioridade, posterioridade): ento, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo aps, a princpio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente agora atualmente, hoje, frequentemente, constantemente s vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, no 10

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raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse nterim, nesse meio tempo, nesse hiato, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, j, mal, nem bem. Semelhana, comparao, conformidade: igualmente, da mesma forma, assim tambm, do mesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idntica, de conformidade com, de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como, assim como, como se, bem como. Condio, hiptese: se, caso, eventualmente. Adio, continuao: alm disso, demais, ademais, outrossim, ainda mais, ainda cima, por outro lado, tambm, e, nem, no s ... mas tambm, no s... como tambm, no apenas ... como tambm, no s ... bem como, com, ou (quando no for excludente). Dvida: talvez provavelmente, possivelmente, qui, quem sabe, provvel, no certo, se que. Certeza, nfase: decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dvida, inegavelmente, com toda a certeza. Surpresa, imprevisto: inesperadamente, inopinadamente, de sbito, subitamente, de repente, imprevistamente, surpreendentemente. Ilustrao, esclarecimento: por exemplo, s para ilustrar, s para exemplificar, isto , quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, alis. Propsito, inteno, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propsito de, com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para. Lugar, proximidade, distncia: perto de, prximo a ou de, junto a ou de, dentro, fora, mais adiante, aqui, alm, acol, l, ali, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a. Resumo, recapitulao, concluso: em suma, em sntese, em concluso, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse modo, logo, pois (entre vrgulas), dessarte, destarte, assim sendo. Causa e consequncia. Explicao: por consequncia, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, to (tanto, tamanho) ... que, porque, porquanto, pois, j que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal sorte que, de tal forma que, haja vista. Contraste, oposio, restrio, ressalva: pelo contrrio, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, posto, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que, s que, ao passo que. Ideias alternativas: Ou, ou... ou, quer... quer, ora... ora. ORTOGRAFIA OFICIAL - Ortografia DLSON CATARINO especial para o Fovest Online A palavra Ortografia formada por "orto", elemento de origem grega, usado como prefixo, com o significado de direito, reto, exato e "grafia", elemento de composio de origem grega com o significado de ao de escrever; ortografia, ento, significa ao de escrever direito. fcil escrever direito? No!! , de fato, muito difcil conhecer todas as regras de ortografia a fim de escrever com o mnimo de erros ortogrficos. Hoje tentaremos facilitar um pouco mais essa matria. Abaixo seguem algumas frases com as respectivas regras sobre o uso de , s, ss, z, x... Vamos a elas: 01) Uma das intenes da casa de deteno levar o que cometeu graves infraes a alcanar a introspeco, por intermdio da reeducao. a) Usa-se em palavras derivadas de vocbulos terminados em TO: intento = inteno canto = cano exceto = exceo junto = juno b) Usa-se em palavras terminadas em TENO referentes a verbos derivados de TER: deter = deteno reter = reteno conter = conteno manter = manuteno c) Usa-se em palavras derivadas de vocbulos terminados em TOR: infrator = infrao trator = trao redator = redao setor = seo d) Usa-se em palavras derivadas de vocbulos terminados em TIVO: introspectivo = introspeco relativo = relao ativo = ao intuitivo intuio e) Usa-se em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinncia R: reeducar = reeducao importar = importao repartir = repartio fundir = fundio f) Usa-se aps ditongo quando houver som de s: eleio traio 02) A pretensa diverso de Creusa, a poetisa vencedora do concurso, implicou a sua expulso, porque ps uma frase horrorosa sobre a diretora Lusa. a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR: pretender = pretenso, pretensa, pretensioso defender = defesa, defensivo compreender = compreenso, compreensivo repreender = repreenso expandir = expanso fundir = fuso confundir = confuso b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR: inverter = inverso 11

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converter = converso perverter = perverso divertir = diverso c) Usa-se s aps ditongo quando houver som de z: Creusa coisa maisena d) Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos: Lusa Helosa Poetisa Profetisa Obs: Juza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que tambm se escreve com z. e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR: concorrer = concurso discorrer = discurso expelir = expulso, expulso compelir = compulsrio f) Usa-se s na conjugao dos verbos PR, QUERER, USAR: ele ps ele quis ele usou g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE: frase tese crise osmose Excees: deslize e gaze. h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA: horrorosa gostoso Exceo: gozo 03) I -Teresinha, a esposa do campons ingls, avisou que cantaria de improviso. II -Aterrorizada pela embriaguez do marido, a mulherzinha no fez a limpeza. a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; com z quando a palavra de origem no tiver o radical terminado em s: Teresa = Teresinha Casa = casinha Mulher = mulherzinha Po = pozinho b) Os verbos terminados em ISAR sero escritos com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; os terminados em IZAR sero escritos com z quando a palavra de origem no tiver o radical terminado em s: improviso = improvisar anlise = analisar pesquisa = pesquisar terror = aterrorizar til = utilizar economia = economizar c) As palavras terminadas em S e ESA sero escritas com s quando indicarem nacionalidade, ttulos ou nomes prprios; as terminadas em EZ e EZA sero escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade: Teresa Campons Ingls Embriaguez Limpeza 04) O excesso de concesses dava a impresso de compromisso com o progresso. a) Os verbos terminados em CEDER tero palavras derivadas escritas com CESS: exceder = excesso, excessivo conceder = concesso proceder = processo b) Os verbos terminados em PRIMIRtero palavras derivadas escritas com PRESS: imprimir = impresso deprimir = depresso comprimir = compressa c) Os verbos terminados em GREDIRtero palavras derivadas escritas com GRESS: progredir = progresso agredir = agressor, agresso, agressivo transgredir = transgresso, transgressor d) Os verbos terminados em METERtero palavras derivadas escritas com MISSou MESS: comprometer = compromisso prometer = promessa intrometer = intromisso remeter = remessa 05) Para que os filhos se encorajem, o lojistacome jilcom canjica. a) Escreve-se com j a conjugao dos verbos terminados em JAR: Viajar = espero que eles viajem Encorajar = para que eles se encorajem Enferrujar = que no se enferrujem as portas b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocbulos terminados em JA: loja = lojista canja = canjica sarja = sarjeta gorja = gorjeta c) Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani. Jil Jibia Jirau 06) O relgioque ele trouxe da viagemao Mxicoem uma caixade madeira caiu na enxurrada. a) Escrevem-se com g as palavras terminadas em GIO, GIO, GIO, GIO, GIO: pedgio 12

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sacrilgio prestgio relgio refgio b) Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM: a viagem a coragem a ferrugem Excees: pajem, lambujem c) Palavras iniciadas por ME sero escritas com x: Mexerica Mxico Mexilho Mexer Exceo: mecha de cabelos d) As palavras iniciadas por EN sero escritas com x, a no ser que provenham de vocbulos iniciados por ch: Enxada Enxerto Enxurrada Encher provm de cheio Enchumaar provm de chumao e) Usa-s x aps ditongo: ameixa caixa peixe Excees: recauchutar, guache ACENTUAO GRFICA ORTOGRAFIA OFICIAL Por Paula Perin dos Santos O Novo Acordo Ortogrfico visa simplificar as regras ortogrficas da Lngua Portuguesa e aumentar o prestgio social da lngua no cenrio internacional. Sua implementao no Brasil segue os seguintes parmetros: 2009 vigncia ainda no obrigatria, 2010 a 2012 adaptao completa dos livros didticos s novas regras; e a partir de 2013 vigncia obrigatria em todo o territrio nacional. Cabe lembrar que esse Novo Acordo Ortogrfico j se encontrava assinado desde 1990 por oito pases que falam a lngua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas s agora que teve sua implementao. equvoco afirmar que este acordo visa uniformizar a lngua, j que uma lngua no existe apenas em funo de sua ortografia. Vale lembrar que a ortografia apenas um aspecto superficial da escrita da lngua, e que as diferenas entre o Portugus falado nos diversos pases lusfonos subsistiro em questes referentes pronncia, vocabulrio e gramtica. Uma lngua muda em funo de seus falantes e do tempo, no por meio de Leis ou Acordos. A queixa de muitos estudantes e usurios da lngua escrita que, depois de internalizada uma regra, difcil desaprend-la. Ento, cabe aqui uma dica: quando se tiver uma dvida sobre a escrita de alguma palavra, o ideal consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fcil acesso) ou, na melhor das hipteses, use um sinnimo para referir-se a tal palavra. Mostraremos nessa srie de artigos o Novo Acordo de uma maneira descomplicada, apontando como que fica estabelecido de hoje em diante a Ortografia Oficial do Portugus falado no Brasil. Alfabeto A influncia do ingls no nosso idioma agora oficial. H muito tempo as letras k, w e y faziam parte do nosso idioma, isto no nenhuma novidade. Elas j apareciam em unidades de medidas, nomes prprios e palavras importadas do idioma ingls, como: km quilmetro, kg quilograma Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros. Trema No se usa mais o trema em palavras do portugus. Quem digita muito textos cientficos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever lingustica, frequncia. Ele s vai permanecer em nomes prprios e seus derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bndchen no vai deixar de usar o trema em seu nome, pois de origem alem. (neste caso, o l-se i) QUANTO POSIO DA SLABA TNICA 1. Acentuam-se as oxtonas terminadas em A, E, O, seguidas ou no de S, inclusive as formas verbais quando seguidas de LO(s) ou LA(s). Tambm recebem acento as oxtonas terminadas em ditongos abertos, como I, U, I, seguidos ou no de S Ex. Ch Gs Dar Par vatap Alis d-lo recuper-los guard-la ris (moeda) mis pastis ningum Resumindo: S no acentuamos oxtonas terminadas em I ou U, a no ser que seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras ba, a, Esa e atra-lo so acentuadas porque as semivogais i e u esto tnicas nestas palavras. 2. Acentuamos as palavras paroxtonas quando terminadas em: Ms Sap Caf Vocs pontaps portugus v-lo Conhec-los F Vu cu Chapus parabns ns cip avs comps s rob av p-los comp-los di mi anzis Jerusalm

L afvel, fcil, cnsul, desejvel, gil, incrvel. N plen, abdmen, smen, abdmen.
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R cncer, carter, nctar, reprter. X trax, ltex, nix, fnix. PS frceps, Quops, bceps. (S) m, rfs, ms, Blcs. O(S) rgo, bno, sto, rfo. I(S) jri, txi, lpis, grtis, osis, miostis. ON(S) nilon, prton, eltrons, cnon. UM(S) lbum, frum, mdium, lbuns. US nus, bnus, vrus, Vnus.
Tambm acentuamos as paroxtonas terminadas em ditongos crescentes (semivogal+vogal): Nvoa, infncia, tnue, calvcie, srie, polcia, residncia, frias, lrio. 3. Todas as proparoxtonas so acentuadas. Ex. Mxico, msica, mgico, lmpada, plido, plido, sndalo, crisntemo, pblico, proco, proparoxtona. QUANTO CLASSIFICAO DOS ENCONTROS VOCLICOS 4. Acentuamos as vogais I e U dos hiatos, quando: DIVISO SILBICA No se separam as letras que formam os dgrafos CH, NH, LH, QU, GU. 1- chave: cha-ve aquele: a-que-le palha: pa-lha manh: ma-nh guizo: gui-zo No se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam a seguinte formao: consoante + L ou consoante + R 2emblema: em-ble-ma abrao: a-bra-o reclamar: re-cla-mar recrutar: re-cru-tar flagelo: fla-ge-lo drama: dra-ma globo: glo-bo fraco: fra-co implicar: im-pli-car agrado: a-gra-do atleta: a-tle-ta atraso: a-tra-so prato: pra-to Separam-se as letras dos dgrafos RR, SS, SC, S, XC. 3- correr: cor-rer desam: des-am passar: pas-sar exceto: ex-ce-to fascinar: fas-ci-nar No se separam as letras que representam um ditongo. 4- mistrio: mis-t-rio herdeiro: her-dei-ro crie: c-rie Separam-se as letras que representam um hiato. 5- sade: sa--de cruel: cru-el rainha: ra-i-nha enjoo: en-jo-o No se separam as letras que representam um tritongo. 6- Paraguai: Pa-ra-guai saguo: sa-guo Consoante no seguida de vogal, vra, fica na slaba que a antecede. 7- torna: tor-na npcias: tcnica: tc-ni-ca submeter: absoluto: ab-so-lu-to perspicaz: no interior da palanp-cias sub-me-ter pers-pi-caz

Formarem slabas sozinhos ou com S


Ex. Ju--zo, Lu-s, ca-fe--na, ra--zes, sa--da, e-go-sta. IMPORTANTE Por que no acentuamos ba-i-nha, fei-u-ra, ru-im, ca-ir, Ra-ul, se todos so i e u tnicas, portanto hiatos? Porque o i tnico de bainha vem seguido de NH. O u e o i tnicos de ruim, cair e Raul formam slabas com m, r e l respectivamente. Essas consoantes j soam forte por natureza, tornando naturalmente a slaba tnica, sem precisar de acento que reforce isso. 5. Trema No se usa mais o trema em palavras da lngua portuguesa. Ele s vai permanecer em nomes prprios e seus derivados, de origem estrangeira, como Bndchen, Mller, mlleriano (neste caso, o l-se i) 6. Acento Diferencial O acento diferencial permanece nas palavras: pde (passado), pode (presente) pr (verbo), por (preposio) Nas formas verbais, cuja finalidade determinar se a 3 pessoa do verbo est no singular ou plural: SINGULAR PLURAL

Consoante no seguida de vogal, no incio da palavra, junta-se slaba que a segue 8pneumtico: pneu-m-ti-co gnomo: gno-mo psicologia: psi-co-lo-gia No grupo BL, s vezes cada consoante pronunciada separadamente, mantendo sua autonomia fontica. Nesse caso, tais consoantes ficam em slabas separadas. 9- sublingual: sub-lin-gual sublinhar: sub-li-nhar sublocar: sub-lo-car Preste ateno nas seguintes palavras: trei-no so-cie-da-de gai-o-la ba-lei-a des-mai-a-do im-bui-a ra-diou-vin-te ca-o-lho te-a-tro co-e-lho du-e-lo v-a-mos a-mn-sia gno-mo 14

Ele tem Eles tm Ele vem Eles vm

Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de ter e vir, como: conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.

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co-lhei-ta pneu-mo-ni-a dig-no e-clip-se mag-n-lia quei-jo fe--ri-co e-nig-ma Is-ra-el a) isolar palavras, frases intercaladas de carter explicativo e datas. Ex.: Na 2 Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inmeras perdas humanas. "Uma manh l no Cajapi ( Joca lembrava-se como se fora na vspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do vero. (O milagre das chuvas no nordesteGraa Aranha) Os parnteses tambm podem substituir a vrgula ou o travesso. PONTO DE EXCLAMAO ( ! ) a) Aps vocativo. Ex.: Parte, Heliel! ( As violetas de Nossa Sra.- Humberto de Campos). b) Aps imperativo. Ex.: Cale-se! c) Aps interjeio. Ex.: Ufa! Ai! d) Aps palavras ou frases que denotem carter emocional. Ex.: Que pena! PONTO DE INTERROGAO ( ? ) a) Em perguntas diretas. Ex.: Como voc se chama? b) s vezes, juntamente com o ponto de exclamao. Ex.: - Quem ganhou na loteria? - Voc. Eu?!

SINAIS DE PONTUAO Os sinais de pontuao so sinais grficos empregados na lngua escrita para tentar recuperar recursos especficos da lngua falada, tais como: entonao, jogo de silncio, pausas, etc... Diviso e emprego dos sinais de pontuao: PONTO ( . ) a) indicar o final de uma frase declarativa. Ex.: Lembro-me muito bem dele. b) separar perodos entre si. Ex.: Fica comigo. No v embora. c) nas abreviaturas. Ex.: Av.; V. Ex. DOIS-PONTOS ( : ) a) iniciar a fala dos personagens: Ex.: Ento o padre respondeu: - Parta agora. b) antes de apostos ou oraes apositivas, enumeraes ou seqncia de palavras que explicam, resumem idias anteriores. Ex.: Meus amigos so poucos: Ftima, Rodrigo e Gilberto. c) antes de citao. Ex.: Como j dizia Vincius de Morais: Que o amor no seja eterno posto que chama, mas que seja infinito enquanto dure. RETICNCIAS ( ... ) a) indicar dvidas ou hesitao do falante. Ex.: Sabe...eu queria te dizer que...esquece. b) interrupo de uma frase deixada gramaticalmente incompleta. Ex.: - Al! Joo est? - Agora no se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde... c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a inteno de sugerir prolongamento de idia. Ex.: Sua tez, alva e pura como um foco de algodo, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa... (CecliaJos de Alencar) d) indicar supresso de palavra (s) numa frase transcrita. Ex.: Quando penso em voc (...) menos a felicidade. (Canteiros - Raimundo Fagner) PARNTESES ( () )

VRGULA ( , ) usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou orao, no formam uma unidade sinttica. Ex.: Lcia, esposa de Joo, foi a ganhadora nica da Sena. Podemos concluir que, quando h uma relao sinttica entre termos da orao, no se pode separ-los por meio de vrgula. No se separam por vrgula:

predicado de sujeito; objeto de verbo; adjunto adnominal de nome; complemento nominal de nome; predicativo do objeto do objeto; orao principal da subordinada substantiva (desde que esta no seja apositiva nem aparea na ordem inversa).
A vrgula no interior da orao utilizada nas seguintes situaes:

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a) separar o vocativo. Ex.: Maria, traga-me uma xcara de caf. A educao, meus amigos, fundamental para o progresso do pas. b) separar alguns apostos. Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem. c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado. Ex.: Chegando de viagem, procurarei por voc. As pessoas, muitas vezes, so falsas. d) separar elementos de uma enumerao. Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-deobras. e) isolar expresses de carter explicativo ou corretivo. Ex.: Amanh, ou melhor, depois de amanh podemos nos encontrar para acertar a viagem. f) separar conjunes intercaladas. Ex.: No havia, porm, motivo para tanta raiva. g) separar o complemento pleonstico antecipado. Ex.: A mim, nada me importa. h) isolar o nome de lugar na indicao de datas. Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001. i) separar termos coordenados assindticos. Ex.: "Lua, lua, lua, lua, por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso) j) marcar a omisso de um termo (normalmente o verbo). Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omisso do verbo preferir) Termos coordenados ligados pelas conjunes e, ou, nem dispensam o uso da vrgula. Ex.: Conversaram sobre futebol, religio e poltica. No se falavam nem se olhavam./ Ainda no me decidi se viajarei para Bahia ou Cear. Entretanto, se essas conjunes aparecerem repetidas, com a finalidade de dar nfase, o uso da vrgula passa a ser obrigatrio. Ex.: No fui nem ao velrio, nem ao enterro, nem missa de stimo dia. A vrgula entre oraes utilizada nas seguintes situaes: a) separar as oraes subordinadas adjetivas explicativas. Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranas, mora no Rio de Janeiro. b) separar as oraes coordenadas sindticas e assindticas (exceto as iniciadas pela conjuno e ). Ex.: Acordei, tomei meu banho, comi algo e sa para o trabalho. Estudou muito, mas no foi aprovado no exame. H trs casos em que se usa a vrgula antes da conjuno: 1) quando as oraes coordenadas tiverem sujeitos diferentes. Ex.: Os ricos esto cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres. 2) quando a conjuno e vier repetida com a finalidade de dar nfase (polissndeto). Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 3) quando a conjuno e assumir valores distintos que no seja da adio (adversidade, conseqncia, por exemplo) Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim no foi aprovada. c) separar oraes subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas orao principal. Ex.: "No momento em que o tigre se lanava, curvouse ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho."( O selvagem - Jos de Alencar) d) separar as oraes intercaladas. Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em a estar plantando..." Essas oraes podero ter suas vrgulas substitudas por duplo travesso. Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes contentamentos em a estar plantando..." e) separar as oraes substantivas antepostas principal. Ex.: Quanto custa viver, realmente no sei. PONTO-E-VRGULA ( ; ) a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petio, de uma seqncia, etc. Ex.: Art. 127 So penalidades disciplinares: I- advertncia; II- suspenso; III- demisso; IV- cassao de aposentadoria ou disponibilidade; V- destituio de cargo em comisso; VI- destituio de funo comissionada. ( cap. V das penalidades Direito Administrativo) b) separar oraes coordenadas muito extensas ou oraes coordenadas nas quais j tenham tido utilizado a vrgula. Ex.: O rosto de tez amarelenta e feies inexpressivas, numa quietude aptica, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crnica de que sofria desde moo se foi transformando em opressora asma cardaca; os lbios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim Visconde de Taunay) TRAVESSO ( - ) a) dar incio fala de um personagem. Ex.: O filho perguntou: - Pai, quando comearo as aulas? b) indicar mudana do interlocutor nos dilogos. - Doutor, o que tenho grave? - No se preocupe, uma simples infeco. s tomar um antibitico e estar bom. c) unir grupos de palavras que indicam itinerrio.

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Ex.: A rodovia Belm-Braslia est em pssimo estado. Tambm pode ser usado em substituio virgula em expresses ou frases explicativas. Ex.: Xuxa a rainha dos baixinhos ser me. ASPAS ( ) a) isolar palavras ou expresses que fogem norma culta, como grias, estrangeirismos, palavres, neologismos, arcasmos e expresses populares. Ex.: Maria ganhou um apaixonado sculo do seu admirador. A festa na casa de Lcio estava chocante. Conversando com meu superior, dei a ele um feedback do servio a mim requerido. b) indicar uma citao textual. Ex.: Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, s pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala. ( O prazer de viajar - Ea de Queirs) Se, dentro de um trecho j destacado por aspas, se fizer necessrio a utilizao de novas aspas, estas sero simples. ( ' ' ) Recursos alternativos para pontuao: Pargrafo ( ) Chave ( { } ) Colchete ( [ ] ) Barra ( / ) Autoria: Monoel Jorge Franca http://www.coladaweb.com/ CRASE Crase a fuso da preposio A com outro A. Fomos a a feira ontem = Fomos feira ontem. EMPREGO DA CRASE em locues adverbiais: vezes, s pressas, toa... em locues prepositivas: em frente , procura de... em locues conjuntivas: medida que, proporo que... pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a, as Fui ontem quele restaurante. Falamos apenas quelas pessoas que estavam no salo: Refiro-me quilo e no a isto. (Observe: Curitiba uma bela cidade - Venho de Curitiba). Haver crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o modifique. Ela se referiu saudosa Lisboa. Vou Curitiba dos meus sonhos. Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida: s 8 e 15 o despertador soou. Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras moda ou "maneira": Aos domingos, trajava-se inglesa. Cortavam-se os cabelos Prncipe Danilo. Antes da palavra casa, se estiver determinada: Referia-se Casa Gebara. No h crase quando a palavra "casa" se refere ao prprio lar. No tive tempo de ir a casa apanhar os papis. (Venho de casa). Antes da palavra "terra", se esta no for antnima de bordo. Voltou terra onde nascera. Chegamos terra dos nossos ancestrais. Mas: Os marinheiros vieram a terra. O comandante desceu a terra. Se a preposio AT vier seguida de palavra feminina que aceite o artigo, poder ou no ocorrer a crase, indiferentemente: Vou at a ( ) chcara. Cheguei at a() muralha A QUE - QUE Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino ocorrer crase: Houve um palpite anterior ao que voc deu. Houve uma sugesto anterior que voc deu. Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino no ocorrer crase. No gostei do filme a que voc se referia. No gostei da pea a que voc se referia. O mesmo fenmeno de crase (preposio A) - pronome demonstrativo A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do de: Meu palpite igual ao de todos Minha opinio igual de todos. NO OCORRE CRASE antes de nomes masculinos: Andei a p. Andamos a cavalo. antes de verbos: Ela comea a chorar. Cheguei a escrever um poema. em expresses formadas por palavras repetidas: Estamos cara a cara. antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona: Dirigiu-se a V. Sa com aspereza. Escrevi a Vossa Excelncia. Dirigiu-se gentilmente senhora. quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural: No falo a pessoas estranhas. Jamais vamos a festas. SIGNIFICAO DAS PALAVRAS

A CRASE FACULTATIVA diante de pronomes possessivos femininos: Entreguei o livro a() sua secretria . diante de substantivos prprios femininos: Dei o livro (a) Snia. CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo A: Viajaremos Colmbia. (Observe: A Colmbia bela - Venho da Colmbia) Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Braslia, Fortaleza, Gois, Ilhus, Pelotas, Porto Alegre, So Paulo, Madri, Veneza, etc. Viajaremos a Curitiba. 17

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Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre. Sinnimo Sinnimo o nome que se d palavra que tenha significado idntico ou muito semelhante outra. Exemplos: carro e automvel, co e cachorro. O conhecimento e o uso dos sinnimos importante para que se evitem repeties desnecessrias na construo de textos, evitando que se tornem enfadonhos. Eufemismo Alguns sinnimos so tambm utilizados para minimizar o impacto, normalmente negativo, de algumas palavras (figura de linguagem conhecida como eufemismo). Exemplos: gordo - obeso morrer - falecer Sinnimos Perfeitos e Imperfeitos Os sinnimos podem ser perfeitos ou imperfeitos. Sinnimos Perfeitos Se o significado idntico. Exemplos: avaro avarento, lxico vocabulrio, falecer morrer, escarradeira cuspideira, lngua idioma catorze - quatorze Sinnimos Imperfeitos Se os signIficados so prximos, porm no idnticos. Exemplos: crrego riacho, belo formoso Antnimo Antnimo o nome que se d palavra que tenha significado contrrio (tambm oposto ou inverso) outra. O emprego de antnimos na construo de frases pode ser um recurso estilstico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que chame ateno do leitor ou do ouvinte. PalaAntnimo vra aberto alto bem bom bonito demais doce forte gordo salgado amor seco grosso duro doce grande soberfechado baixo mal mau feio de menos salgado fraco magro insosso dio molhado fino mole amargo pequeno humildade 18 ba louvar censurar bendimaldizer zer ativo inativo simpantiptico tico proregredir gredir rpido lento sair entrar soziacompanho nhado condiscrdia crdia pesado leve quente frio preausente sente escuro claro inveja admirao

Homgrafo Homgrafos so palavras iguais ou parecidas na escrita e diferentes na pronncia. Exemplos rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher (subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo); Sede: lugar e Sede: avidez; Seca: pr a secar e Seca: falta de gua. Homfono Palavras homfonas so palavras de pronncias iguais. Existem dois tipos de palavras homfonas, que so: Homfonas heterogrficas Homfonas homogrficas Homfonas heterogrficas Como o nome j diz, so palavras homfonas (iguais na pronncia), mas heterogrficas (diferentes na escrita). Exemplos cozer / coser; cozido / cosido; censo / senso consertar / concertar conselho / concelho pao / passo noz / ns hera / era ouve / houve voz / vs cem / sem acento / assento Homfonas homogrficas Como o nome j diz, so palavras homfonas (iguais na pronncia), e homogrficas (iguais na escrita). Exemplos Ele janta (verbo) / A janta est pronta (substantivo); No caso, janta inexistente na lngua portuguesa por enquanto, j que deriva do substantivo jantar, e est classificado como neologismo.

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Eu passeio pela rua (verbo) / O passeio que fizemos foi bonito (substantivo). Parnimo Parnimo uma palavra que apresenta sentido diferente e forma semelhante a outra, que provoca, com alguma freqncia, confuso. Essas palavras apresentam grafia e pronncia parecida, mas com significados diferentes. O parnimos pode ser tambm palavras homfonas, ou seja, a pronncia de palavras parnimas pode ser a mesma.Palavras parnimas so aquelas que tm grafia e pronncia parecida. Exemplos Veja alguns exemplos de palavras parnimas: acender. verbo - ascender. subir acento. inflexo tnica - assento. dispositivo para sentar-se cartola. chapu alto - quartola. pequena pipa comprimento. extenso - cumprimento. saudao coro (cantores) - couro (pele de animal) deferimento. concesso - diferimento. adiamento delatar. denunciar - dilatar. retardar, estender descrio. representao - discrio. reserva descriminar. inocentar - discriminar. distinguir despensa. compartimento - dispensa. desobriga destratar. insultar - distratar. desfazer(contrato) emergir. vir tona - imergir. mergulhar eminncia. altura, excelncia - iminncia. proximidade de ocorrncia emitir. lanar fora de si - imitir. fazer entrar enfestar. dobrar ao meio - infestar. assolar enformar. meter em frma - informar. avisar entender. compreender - intender. exercer vigilncia lenimento. suavizante - linimento. medicamento para frices migrar. mudar de um local para outro - emigrar. deixar um pas para morar em outro - imigrar. entrar num pas vindo de outro peo. que anda a p - pio. espcie de brinquedo recrear. divertir - recriar. criar de novo se. pronome tono, conjugao - si. espcie de brinquedo vadear. passar o vau - vadiar. passar vida ociosa venoso. relativo a veias - vinoso. que produz vinho vez. ocasio, momento - vs. verbo ver na 2 pessoa do singular DENOTAAO E CONOTAAO A denotao a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a seu prprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original. A conotao a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no seu campo semntico, dentro de um contexto, podendo causar vrias interpretaes. Observe os exemplos Denotao As estrelas do cu. Vesti-me de verde. O fogo do isqueiro. Conotao As estrelas do cinema. O jardim vestiu-se de flores O fogo da paixo SENTIDO PRPRIO E SENTIDO FIGURADO As palavras podem ser empregadas no sentido prprio ou no sentido figurado: Constru um muro de pedra - sentido prprio Maria tem um corao de pedra sentido figurado. A gua pingava lentamente sentido prprio. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVRBIO, PREPOSIO E CONJUNO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM S RELAES QUE ESTABELECEM. VOZES VERBAIS: ATIVA E PASSIVA. SUBSTANTIVOS Substantivo a palavra varivel em gnero, nmero e grau, que d nome aos seres em geral. So, portanto, substantivos. os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra, Valria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado. b) os nomes de aes, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, tristeza beleza altura. a) CLASSIFICAO DOS SUBSTANTIVOS a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espcie: rio, cidade, pais, menino, aluno b) PRPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento. Os substantivos prprios so sempre grafados com inicial maiscula: Tocantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair. c) CONCRETO - quando designa os seres de existncia real ou no, propriamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifique que sempre possvel visualizar em nossa mente o substantivo concreto, mesmo que ele no possua existncia real: casa, cadeira, caneta, fada, bruxa, saci. d) ABSTRATO - quando designa as coisas que no existem por si, isto , s existem em nossa conscincia, como fruto de uma abstrao, sendo, pois, impossvel visualiz-lo como um ser. Os substantivos abstratos vo, portanto, designar aes, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza. Os substantivos abstratos, via de regra, so derivados de verbos ou adjetivos trabalhar - trabalho correr - corrida alto - altura belo - beleza FORMAO DOS SUBSTANTIVOS a) PRIMITIVO: quando no provm de outra palavra existente na lngua portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da lngua portuguesa: florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. c) SIMPLES: quando formado por um s radical: gua, p, couve, dio, tempo, sol. d) COMPOSTO: quando formado por mais de um radical: gua-de-colnia, p-de-moleque, couve-flor, amorperfeito, girassol. COLETIVOS Coletivo o substantivo que, mesmo sendo singular,

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designa um grupo de seres da mesma espcie. Veja alguns coletivos que merecem destaque: alavo - de ovelhas leiteiras alcateia - de lobos lbum - de fotografias, de selos antologia - de trechos literrios escolhidos armada - de navios de guerra armento - de gado grande (bfalo, elefantes, etc) arquiplago - de ilhas assembleia - de parlamentares, de membros de associaes atilho - de espigas de milho atlas - de cartas geogrficas, de mapas banca - de examinadores bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minrios bando - de aves, de pessoal em geral cabido - de cnegos cacho - de uvas, de bananas cfila - de camelos cambada - de ladres, de caranguejos, de chaves cancioneiro - de poemas, de canes caravana - de viajantes cardume - de peixes clero - de sacerdotes colmeia - de abelhas conclio - de bispos conclave - de cardeais em reunio para eleger o papa congregao - de professores, de religiosos congresso - de parlamentares, de cientistas conselho - de ministros consistrio - de cardeais sob a presidncia do papa constelao - de estrelas corja - de vadios elenco - de artistas enxame - de abelhas enxoval - de roupas esquadra - de navios de guerra esquadrilha - de avies falange - de soldados, de anjos farndola - de maltrapilhos fato - de cabras fauna - de animais de uma regio feixe - de lenha, de raios luminosos flora - de vegetais de uma regio frota - de navios mercantes, de txis, de nibus girndola - de fogos de artifcio horda - de invasores, de selvagens, de brbaros junta - de bois, mdicos, de examinadores jri - de jurados legio - de anjos, de soldados, de demnios malta - de desordeiros manada - de bois, de elefantes matilha - de ces de caa ninhada - de pintos nuvem - de gafanhotos, de fumaa panapan - de borboletas peloto - de soldados penca - de bananas, de chaves pinacoteca - de pinturas plantel - de animais de raa, de atletas quadrilha - de ladres, de bandidos ramalhete - de flores rstia - de alhos, de cebolas rcua - de animais de carga romanceiro - de poesias populares resma - de papel revoada - de pssaros scia - de pessoas desonestas vara - de porcos vocabulrio - de palavras FLEXO DOS SUBSTANTIVOS Como j assinalamos, os substantivos variam de gnero, nmero e grau. Gnero Em Portugus, o substantivo pode ser do gnero masculino ou feminino: o lpis, o caderno, a borracha, a caneta. Podemos classificar os substantivos em: a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, so os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino: aluno/aluna homem/mulher menino /menina carneiro/ovelha Quando a mudana de gnero no marcada pela desinncia, mas pela alterao do radical, o substantivo denomina-se heternimo: padrinho/madrinha bode/cabra cavaleiro/amazona pai/me b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: so os que apresentam uma nica forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se em: 1. Substantivos epicenos: so substantivos uniformes, que designam animais: ona, jacar, tigre, borboleta, foca. Caso se queira fazer a distino entre o masculino e o feminino, devemos acrescentar as palavras macho ou fmea: ona macho, jacar fmea 2. Substantivos comuns de dois gneros: so substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferena de gnero feita pelo artigo, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a estudante, este dentista. 3. Substantivos sobrecomuns: so substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferena de gnero no especificada por artigos ou outros determinantes, que sero invariveis: a criana, o cnjuge, a pessoa, a criatura. Caso se queira especificar o gnero, procede-se assim: uma criana do sexo masculino / o cnjuge do sexo feminino. AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gnero: So masculinos So femininos o antema o grama (unidade a abuso a derme o telefonema de peso) a aluvio a omoo teorema o d (pena, com- a anlise plata o trema paixo) a cal a usuo edema o gape a cataplas- capio o eclipse o caudal ma a bacao lana- o champanha a dinamite nal perfume o alvar a comicho a lbido o fibroma o formicida a aguarden- a sentio estratagema o guaran te nela o proclama o plasma a hlice o cl Mudana de Gnero com mudana de sentido Alguns substantivos, quando mudam de gnero, mudam de sentido.

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Veja alguns exemplos: o cabea (o chefe, o lder) o capital (dinheiro, bens) o rdio (aparelho receptor) o moral (nimo) o lotao (veculo) o lente (o professor) a) nos compostos grafados sem hfen: aguardente, aguardentes; claraboia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivm, vaivns; b) nos compostos com os prefixos gro, gr e bel: gromestre, gro-mestres; gr-cruz, gr-cruzes; belprazer, bel-prazeres; c) nos compostos de verbo ou palavra invarivel seguida de substantivo ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sis; guarda-comida, guardacomidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sempre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela-melas; recoreco, recorecos; tiquetique, tique-tiques) 2. Somente o primeiro elemento flexionado: a) nos compostos ligados por preposio: copo-de-leite, copos-de-leite; pinho-de-riga, pinhos-de-riga; p-demeia, ps-de-meia; burro-sem-rabo, burros-semrabo; b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade ou limitando a significao do primeiro: pombo-correio, pombos-correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada; banana-ma, bananas-ma. A tendncia moderna de pluralizar os dois elementos: pombos-correios, homens-rs, navios-escolas, etc. 3. Ambos os elementos so flexionados: a) nos compostos de substantivo + substantivo: couveflor, couves-flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas-compromissos. b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou viceversa): amor-perfeito, amores-perfeitos; gentilhomem, gentis-homens; cara-plida, caras-plidas. So invariveis: a) os compostos de verbo + advrbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pisa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo; b) as expresses substantivas: o chove-no-molha, os chove-no-molha; o no-bebe-nem-desocupa-ocopo, os no-bebe-nem-desocupa-o-copo; c) os compostos de verbos antnimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o perde-ganha, os perde-ganha. Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como o caso por exemplo, de: fruta-po, fruta-pes ou frutas-pes; guarda-marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, padres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate. Adjetivos Compostos Nos adjetivos compostos, apenas o ltimo elemento se flexiona. Ex.:histrico-geogrfico, histrico-geogrficos; latino-americanos, latino-americanos; cvico-militar, cvicomilitares. 1) Os adjetivos compostos referentes a cores so invariveis, quando o segundo elemento um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos amarelo-ouro, paredes azul-piscina. 2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: surdos-mudos > surdas-mudas. 3) O composto azul-marinho invarivel: gravatas azulmarinho. Graus do substantivo Dois so os graus do substantivo - o aumentativo e o 21

a cabea (parte do corpo) a capital (cidade principal) a rdio (estao transmissora) a moral (parte da Filosofia, concluso) a lotao (capacidade) a lente (vidro de aumento)

Plural dos Nomes Simples 1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa, casas; pai, pais; im, ims; me, mes. 2. Os substantivos terminados em O formam o plural em: a) ES (a maioria deles e todos os aumentativos): balco, balces; corao, coraes; grandalho, grandalhes. b) ES (um pequeno nmero): co, ces; capito, capites; guardio, guardies. c) OS (todos os paroxtonos e um pequeno nmero de oxtonos): cristo, cristos; irmo, irmos; rfo, rfos; sto, stos. Muitos substantivos com esta terminao apresentam mais de uma forma de plural: aldeo, aldeos ou aldees; charlato, charlates ou charlates; ermito, ermitos ou ermites; tabelio, tabelies ou tabelies, etc. 3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazm, armazns; harm, harns; jejum, jejuns. 4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescentase-lhes ES: lar, lares; xadrez, xadrezes; abdmen, abdomens (ou abdmenes); hfen, hfens (ou hfenes). Obs: carter, caracteres; Lcifer, Lciferes; cnon, cnones. 5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, animais; papel, papis; anzol, anzis; paul, pauis. Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cnsul, cnsules. 6. Os substantivos paroxtonos terminados em IL fazem o plural em: fssil, fsseis; rptil, rpteis. Os substantivos oxtonos terminados em IL mudam o l para S: barril, barris; fuzil, fuzis; projtil, projteis. 7. Os substantivos terminados em S so invariveis, quando paroxtonos: o pires, os pires; o lpis, os lpis. Quando oxtonas ou monosslabos tnicos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento grfico, portugus, portugueses; burgus, burgueses; ms, meses; s, ases. So invariveis: o cais, os cais; o xis, os xis. So invariveis, tambm, os substantivos terminados em X com valor de KS: o trax, os trax; o nix, os nix. 8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o substantivo primitivo e o sufixo, suprimindose, porm, o S do substantivo primitivo: corao, coraezinhos; papelzinho, papeizinhos; cozinho, cezitos. Substantivos s usados no plural afazeres anais arredores belas-artes cs condolncias confins exquias frias fezes npcias culos olheiras psames viveres copas, espadas, ouros e paus (naipes) Plural dos Nomes Compostos 1. Somente o ltimo elemento varia:

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diminutivo, os quais podem ser: sintticos ou analticos. Analtico Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuio do tamanho: boca pequena, prdio imenso, livro grande. Sinttico Constri-se com o auxlio de sufixos nominais aqui apresentados. Principais sufixos aumentativos AA, AO, ALHO, ANZIL, O, ARU, ARRA, ARRO, ASTRO, ZIO, ORRA, AZ, UA. Ex.: A barcaa, ricao, grandalho, corpanzil, caldeiro, povaru, bocarra, homenzarro, poetastro, copzio, cabeorra, lobaz, dentua. Principais Sufixos Diminutivos ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO, ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, NCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho, montculo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim, pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glbulo, homncula, apcula, velhusco. Observaes: Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adquirem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc. Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaru, fogaru, etc. usual o emprego dos sufixos diminutivos dando s palavras valor afetivo: Joozinho, amorzinho, etc. H casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo meramente formal, pois no do palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz, ferro, papelo, carto, folhinha, etc. Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e diminutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bonzinho, pequenito. Apresentamos alguns substantivos heternimos ou desconexos. Em lugar de indicarem o gnero pela flexo ou pelo artigo, apresentam radicais diferentes para designar o sexo: bode - cabra genro - nora burro - besta padre - madre carneiro - ovelha padrasto - madrasta co - cadela padrinho - madrinha cavalheiro - dama pai - me compadre - comadre veado - cerva frade - freira zango - abelha frei soror etc. ADJETIVOS FLEXO DOS ADJETIVOS Gnero Quanto ao gnero, o adjetivo pode ser: a) Uniforme: quando apresenta uma nica forma para os dois gneros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mulher simples; aluno feliz - aluna feliz. b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, outra para o feminino: homem simptico / mulher simptica / homem alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa Observao: no que se refere ao gnero, a flexo dos adjetivos semelhante a dos substantivos. Nmero a) Adjetivo simples Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os substantivos simples: pessoa honesta pessoas honestas regra fcil regras fceis homem feliz homens felizes Observao: os substantivos empregados como adjetivos ficam invariveis: blusa vinho blusas vinho camisa rosa camisas rosa b) Adjetivos compostos Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o ltimo elemento varia, tanto em gnero quanto em nmero: acordos scio-poltico-econmico acordos scio-poltico-econmicos causa scio-poltico-econmica causas scio-poltico-econmicas acordo luso-franco-brasileiro acordo luso-franco-brasileiros lente cncavo-convexa lentes cncavo-convexas camisa verde-clara camisas verde-claras sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros Observaes: 1) Se o ltimo elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invarivel: camisa verde-abacate camisas verdeabacate sapato marrom-caf sapatos marrom-caf blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro 2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariveis: blusa azul-marinho blusas azul-marinho camisa azul-celeste camisas azul-celeste 3) No adjetivo composto (como j vimos) surdo-mudo, ambos os elementos variam: menino surdo-mudo meninos surdos-mudos menina surda-muda meninas surdas-mudas Graus do Adjetivo As variaes de intensidade significativa dos adjetivos podem ser expressas em dois graus: - o comparativo - o superlativo Comparativo Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma outra qualidade que o prprio ser possui, podemos concluir que ela igual, superior ou inferior. Da os trs tipos de comparativo: - Comparativo de igualdade: O espelho to valioso como (ou quanto) o vitral. Pedro to saudvel como (ou quanto) inteligente. - Comparativo de superioridade: O ao mais resistente que (ou do que) o ferro. Este automvel mais confortvel que (ou do que) econmico. - Comparativo de inferioridade: A prata menos valiosa que (ou do que) o ouro. Este automvel menos econmico que (ou do que) confortvel.

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Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensidade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo: - Superlativo absoluto Neste caso no comparamos a qualidade com a de outro ser: Esta cidade poluidssima. Esta cidade muito poluda. - Superlativo relativo Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a outros seres: Este rio o mais poludo de todos. Este rio o menos poludo de todos. Observe que o superlativo absoluto pode ser sinttico ou analtico: - Analtico: expresso com o auxlio de um advrbio de intensidade - muito trabalhador, excessivamente frgil, etc. - Sinttico: expresso por uma s palavra (adjetivo + sufixo) antiqussimo: cristianssimo, sapientssimo, etc. Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o comparativo e o superlativo, as seguintes formas especiais: NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO ABSOLUTO RELATIVO bom melhor timo melhor mau pior pssimo pior grande maior mximo maior pequeno menor mnimo menor Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintticos: acre - acrrimo gil - aglimo agradvel - agradabils- agudo - acutssimo simo amvel - amabilssimo amargo - amarssimo antigo - antiqussimo amigo - amicssimo atroz - atrocssimo spero - asprrimo benfico - beneficentssimo audaz - audacssimo capaz - capacssimo benvolo - benevolen- cristo - cristianssimo tssimo doce - dulcssimo clebre - celebrrimo feroz - ferocssimo cruel - crudelssimo frgil - fragilssimo eficaz - eficacssimo humilde - humlimo (humildsfiel - fidelssimo simo) frio - frigidssimo inimigo - inimicssimo incrvel - incredibilssimo jovem - juvenssimo ntegro - integrrimo magnfico - magnificentssimo livre - librrimo malfico - maleficentssimo magro - macrrimo mido - minutssimo manso - mansuetssimo nobre - nobilssimo negro - nigrrimo (ne- pobre - pauprrimo (pobrsgrssimo) simo) pessoal - personalssi- preguioso - pigrrimo mo provvel - probabilssimo possvel - possibilssimo pudico - pudicssimo prspero - prosprrimo sagrado - sacratssimo pblico - publicssimo sensvel - sensibilssimo sbio - sapientssimo tenro - tenerissimo salubre - salubrrimo ttrico - tetrrimo simples simplicssimo visvel - visibilssimo terrvel - terribilssimo velho - vetrrimo voraz - voracssimo vulnervel - vuInerabilssimo

Adjetivos Gentlicos e Ptrios Arglia argelino Bagd - bagdali Bizncio - bizantino Bogot - bogotano Bston - bostoniano Braga - bracarense Bragana - bragantino Braslia - brasiliense Bucareste - bucarestino, Buenos Aires - portenho, bue-bucarestense nairense Cairo - cairota Campos - campista Cana - cananeu Caracas - caraquenho Catalunha - catalo Ceilo - cingals Chicago - chicaguense Chipre - cipriota Coimbra - coimbro, Crdova - cordovs conimbricense Creta - cretense Crsega - corso Cuiab - cuiabano Crocia - croata EI Salvador - salvadorenho Egito - egpcio Esprito Santo - espritoEquador - equatoriano santense, capixaba Filipinas - filipino vora - eborense Florianpolis - floriano- Finlndia - finlands politano Formosa - formosano Fortaleza - fortalezense Foz do lguau - iguauense Gabo - gabons Galiza - galego Genebra - genebrino Gibraltar - gibraltarino Goinia - goianense Granada - granadino Groenlndia - groenlan- Guatemala - guatemalteco ds Haiti - haitiano Guin - guinu, guine- Honduras - hondurenho ense Ilhus - ilheense Himalaia - himalaico Jerusalm - hierosolimita Hungria - hngaro, ma- Juiz de Fora - juiz-forense giar Lima - limenho Iraque - iraquiano Macau - macaense Joo Pessoa - pessoen- Madagscar - malgaxe se Manaus - manauense La Paz - pacense, pa- Minho - minhoto cenho Mnaco - monegasco Macap - macapaense Natal - natalense Macei - maceioense Nova lguau - iguauano Madri - madrileno Pisa - pisano Maraj - marajoara Pvoa do Varzim - poveiro Moambique - moam- Rio de Janeiro (Est.) - flumibicano nense Montevidu - montevi- Rio de Janeiro (cid.) - carioca deano Rio Grande do Norte - potiNormndia - normando guar Pequim - pequins Salvador salvadorenho, sotePorto - portuense ropolitano Quito - quitenho Toledo - toledano Santiago - santiaguense Rio Grande do Sul - gacho So Paulo (Est.) - pau- Varsvia - varsoviano lista Vitria - vitoriense So Paulo (cid.) - paulistano Terra do Fogo - fueguino Trs Coraes - tricordiano Tripoli - tripolitano Veneza - veneziano Locues Adjetivas As expresses de valor adjetivo, formadas de preposies mais substantivos, chamam-se LOCUES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem ser substitudas por um adjetivo correspondente. 23

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fala, embora a concordncia deva ser feita com a terceira pessoa. Convm notar que, exceo feita a voc, esses pronomes so empregados no tratamento cerimonioso. Veja, a seguir, alguns desses pronomes: PRONOME ABREV. EMPREGO Vossa Alteza V. A. prncipes, duques a Vossa Eminncia V .Em cardeais a Vossa Excelncia V.Ex altas autoridades em a geral Vossa Magnificncia V. Mag reitores de universidades a Vossa Reverendssima V. Revm sacerdotes em geral Vossa Santidade V.S. papas a Vossa Senhoria V.S funcionrios graduados Vossa Majestade V.M. reis, imperadores So tambm pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, voc, vocs. EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS 1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NS, VS, ELES/ELAS) devem ser empregados na funo sinttica de sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento: Convidaram ELE para a festa (errado) Receberam NS com ateno (errado) EU cheguei atrasado (certo) ELE compareceu festa (certo) 2. Na funo de complemento, usam-se os pronomes oblquos e no os pronomes retos: Convidei ELE (errado) Chamaram NS (errado) Convidei-o. (certo) Chamaram-NOS. (certo) 3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposio, passam a funcionar como oblquos. Neste caso, considera-se correto seu emprego como complemento: Informaram a ELE os reais motivos. Emprestaram a NS os livros. Eles gostam muito de NS. 4. As formas EU e TU s podem funcionar como sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento: Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado) Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo) Como regra prtica, podemos propor o seguinte: quando precedidas de preposio, no se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblquas MIM e TI: Ningum ir sem EU. (errado) Nunca houve discusses entre EU e TU. (errado) Ningum ir sem MIM. (certo) Nunca houve discusses entre MIM e TI. (certo) H, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e TU mesmo precedidas por preposio: quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo. Deram o livro para EU ler (ler: sujeito) Deram o livro para TU leres (leres: sujeito) Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU obrigatrio, na medida em que tais pronomes exercem a funo sinttica de sujeito. 5. Os pronomes oblquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construo em que os referidos pro24

PRONOMES Pronome a palavra varivel em gnero, nmero e pessoa, que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo. Ele chegou. (ele) Convidei-o. (o) Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a extenso de seu significado, dizemos tratarse de pronome adjetivo. Esta casa antiga. (esta) Meu livro antigo. (meu) Classificao dos Pronomes H, em Portugus, seis espcies de pronomes: pessoais: eu, tu, ele/ela, ns, vs, eles/elas e as formas oblquas de tratamento: possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexes; demonstrativos: este, esse, aquele e flexes; isto, isso, aquilo; relativos: o qual, cujo, quanto e flexes; que, quem, onde; indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vrios, tanto quanto, qualquer e flexes; algum, ningum, tudo, outrem, nada, cada, algo. interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases interrogativas. PRONOMES PESSOAIS Pronomes pessoais so aqueles que representam as pessoas do discurso: 1 pessoa: quem fala, o emissor. Eu sai (eu) Ns samos (ns) Convidaram-me (me) Convidaram-nos (ns) 2 pessoa: com quem se fala, o receptor. Tu saste (tu) Vs sastes (vs) Convidaram-te (te) Convidaram-vos (vs) 3 pessoa: de que ou de quem se fala, o referente. Ele saiu (ele) Eles sairam (eles) Convidei-o (o) Convidei-os (os) Os pronomes pessoais so os seguintes: NMERO singular PESSOA 1 2 3 1 2 3 CASO RETO eu tu ele, ela ns vs eles, elas CASO OBLQUO me, mim, comigo te, ti, contigo se, si, consigo, o, a, lhe ns, conosco vs, convosco se, si, consigo, os, as, lhes

plural

PRONOMES DE TRATAMENTO Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento. Referem-se pessoa a quem se

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nomes no sejam reflexivos: Querida, gosto muito de SI. Preciso muito falar CONSIGO. Querida, gosto muito de voc. Preciso muito falar com voc. Deixei-o sair = Deixei que ele sasse. 10. No se considera errada a repetio de pronomes oblquos: A mim, ningum me engana. A ti tocou-te a mquina mercante. Nesses casos, a repetio do pronome oblquo no constitui pleonasmo vicioso e sim nfase. 11. Muitas vezes os pronomes oblquos equivalem a pronomes possessivo, exercendo funo sinttica de adjunto adnominal: Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro. No escutei-lhe os conselhos = No escutei os seus conselhos. 12. As formas plurais NS e VS podem ser empregadas para representar uma nica pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de modstia: Ns - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes. Vs sois minha salvao, meu Deus! 13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando nos dirigimos pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando falamos dessa pessoa: Ao encontrar o governador, perguntou-lhe: Vossa Excelncia j aprovou os projetos? Sua Excelncia, o governador, dever estar presente na inaugurao. 14. VOC e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE, VOSSA ALTEZA) embora se refiram pessoa com quem falamos (2 pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como pronomes de terceira pessoa: Voc trouxe seus documentos? Vossa Excelncia no precisa incomodar-se com seus problemas. COLOCAO DE PRONOMES Em relao ao verbo, os pronomes tonos (ME, TE, SE, LHE, O, A, NS, VS, LHES, OS, AS) podem ocupar trs posies: 1. Antes do verbo - prclise Eu te observo h dias. 2. Depois do verbo - nclise Observo-te h dias. 3. No interior do verbo - mesclise Observar-te-ei sempre. nclise Na linguagem culta, a colocao que pode ser considerada normal a nclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento direto ou indireto. O pai esperava-o na estao agitada. Expliquei-lhe o motivo das frias. Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a nclise a colocao recomendada nos seguintes casos: 1. Quando o verbo iniciar a orao: Voltei-me em seguida para o cu lmpido. 2. Quando o verbo iniciar a orao principal precedida de pausa: Como eu achasse muito breve, explicou-se. 3. Com o imperativo afirmativo: Companheiros, escutai-me. 25

(errado) (errado) (certo) (certo)

Observe que nos exemplos que seguem no h erro algum, pois os pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos: Ele feriu-se Cada um faa por si mesmo a redao O professor trouxe as provas consigo 6. Os pronomes oblquos CONOSCO e CONVOSCO so utilizados normalmente em sua forma sinttica. Caso haja palavra de reforo, tais pronomes devem ser substitudos pela forma analtica: Queriam falar conosco = Queriam falar com ns dois Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vs prprios. 7. Os pronomes oblquos podem aparecer combinados entre si. As combinaes possveis so as seguintes: me+o=mo me + os = mos te+o=to te + os = tos lhe+o=lho lhe + os = lhos nos + o = no-lo nos + os = no-los vos + o = vo-lo vos + os = vo-los lhes + o = lho lhes + os = lhos A combinao tambm possvel com os pronomes oblquos femininos a, as. me+a=ma me + as = mas te+a=ta te + as = tas - Voc pagou o livro ao livreiro? - Sim, paguei-LHO. Verifique que a forma combinada LHO resulta da fuso de LHE (que representa o livreiro) com O (que representa o livro). 8. As formas oblquas O, A, OS, AS so sempre empregadas como complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas LHE, LHES so empregadas como complemento de verbos transitivos indiretos: O menino convidou-a. (V.T.D ) O filho obedece-lhe. (V.T. l ) Consideram-se erradas construes em que o pronome O (e flexes) aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as construes em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de verbos transitivos diretos: Eu lhe vi ontem. (errado) Nunca o obedeci. (errado) Eu o vi ontem. (certo) Nunca lhe obedeci. (certo) 9. H pouqussimos casos em que o pronome oblquo pode funcionar como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblquo ser sujeito desse infinitivo: Deixei-o sair. Vi-o chegar. Sofia deixou-se estar janela. fcil perceber a funo do sujeito dos pronomes oblquos, desenvolvendo as oraes reduzidas de infinitivo:

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4. Com o infinitivo impessoal: A menina no entendera que engorda-las seria apressar-lhes um destino na mesa. 5. Com o gerndio, no precedido da preposio EM: E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo. 6. Com o verbo que inicia a coordenada assindtica. A velha amiga trouxe um leno, pediu-me uma pequena moeda de meio franco. Prclise Na linguagem culta, a prclise recomendada: Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos, interrogativos e conjunes. As crianas que me serviram durante anos eram bichos. Tudo me parecia que ia ser comida de avio. Quem lhe ensinou esses modos? Quem os ouvia, no os amou. Que lhes importa a eles a recompensa? Emlia tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez. Nas oraes optativas (que exprimem desejo): Papai do cu o abenoe. A terra lhes seja leve. Com o gerndio precedido da preposio EM: Em se animando, comea a contagiar-nos. Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse. Com advrbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja pausa entre eles. Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova. Antes, falava-se to-somente na aguardente da terra. do pronome no incio da orao, o que se deve evitar na linguagem escrita. PRONOMES POSSESSIVOS Os pronomes possessivos referem-se s pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa. Quando digo, por exemplo, meu livro, a palavra meu informa que o livro pertence a 1 pessoa (eu) Eis as formas dos pronomes possessivos: 1 pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS. 2 pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. 3 pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. 1 pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. 2 pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. 3 pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS. Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referirse 3 pessoa (seu pai = o pai dele), como 2 pessoa do discurso (seu pai = o pai de voc). Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambiguidade, devem ser substitudos pelas expresses dele(s), dela(s). Ex.:Voc bem sabe que eu no sigo a opinio dele. A opinio dela era que Camilo devia tornar casa deles. Eles batizaram com o nome delas as guas deste rio. Os possessivos devem ser usados com critrio. Substitu-los pelos pronomes oblquos comunica frase desenvoltura e elegncia. Crispim Soares beijou-lhes as mos agradecido (em vez de: beijou as suas mos). No me respeitava a adolescncia. A repulsa estampava-se-lhe nos msculos da face. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos. Alm da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir: 1. Clculo aproximado, estimativa: Ele poder ter seus quarenta e cinco anos 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se personagem de uma histria O nosso homem no se deu por vencido. Chama-se Falco o meu homem 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum Eu c tenho minhas dvidas Cornlio teve suas horas amargas 4. Afetividade, cortesia Como vai, meu menino? No os culpo, minha boa senhora, no os culpo No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de parentes de famlia. assim que um moo deve zelar o nome dos seus? Podem os possessivos ser modificados por um advrbio de intensidade. Levaria a mo ao colar de prolas, com aquele gesto to seu, quando no sabia o que dizer. PRONOMES DEMONSTRATIVOS So aqueles que determinam, no tempo ou no espao, a posio da coisa designada em relao pessoa gramatical.

1.

2.

3.

4.

Mesclise Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente e do futuro do pretrito do indicativo, desde que estes verbos no estejam precedidos de palavras que reclamem a prclise. Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. Dir-se-ia vir do oco da terra. Mas: No me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Jamais se diria vir do oco da terra. Com essas formas verbais a nclise inadmissvel: Lembrarei-me (!?) Diria-se (!?) O Pronome tono nas Locues Verbais 1. Auxiliar + infinitivo ou gerndio - o pronome pode vir procltico ou encltico ao auxiliar, ou depois do verbo principal. Podemos contar-lhe o ocorrido. Podemos-lhe contar o ocorrido. No lhes podemos contar o ocorrido. O menino foi-se descontraindo. O menino foi descontraindo-se. O menino no se foi descontraindo. 2. Auxiliar + particpio passado - o pronome deve vir encltico ou procltico ao auxiliar, mas nunca encltico ao particpio. "Outro mrito do positivismo em relao a mim foi terme levado a Descartes ." Tenho-me levantado cedo. No me tenho levantado cedo. O uso do pronome tono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o auxiliar e o gerndio, j est generalizado, mesmo na linguagem culta. Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, o da colocao

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Quando digo este livro, estou afirmando que o livro se encontra perto de mim a pessoa que fala. Por outro lado, esse livro indica que o livro est longe da pessoa que fala e prximo da que ouve; aquele livro indica que o livro est longe de ambas as pessoas. Os pronomes demonstrativos so estes: ESTE (e variaes), isto = 1 pessoa ESSE (e variaes), isso = 2 pessoa AQUELE (e variaes), prprio (e variaes) MESMO (e variaes), prprio (e variaes) SEMELHANTE (e variao), tal (e variao) Emprego dos Demonstrativos 1. ESTE (e variaes) e ISTO usam-se: a) Para indicar o que est prximo ou junto da 1 pessoa (aquela que fala). Este documento que tenho nas mos no meu. Isto que carregamos pesa 5 kg. b) Para indicar o que est em ns ou o que nos abrange fisicamente: Este corao no pode me trair. Esta alma no traz pecados. Tudo se fez por este pas.. c) Para indicar o momento em que falamos: Neste instante estou tranquilo. Deste minuto em diante vou modificar-me. d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas prximo do momento em que falamos: Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile. Esta noite (= a noite que passou) no dormi bem. Um dia destes estive em Porto Alegre. e) Para indicar que o perodo de tempo mais ou menos extenso e no qual se inclui o momento em que falamos: Nesta semana no choveu. Neste ms a inflao foi maior. Este ano ser bom para ns. Este sculo terminar breve. f) Para indicar aquilo de que estamos tratando: Este assunto j foi discutido ontem. Tudo isto que estou dizendo j velho. g) Para indicar aquilo que vamos mencionar: S posso lhe dizer isto: nada somos. Os tipos de artigo so estes: definidos e indefinidos. 2. ESSE (e variaes) e ISSO usam-se: a) Para indicar o que est prximo ou junto da 2 pessoa (aquela com quem se fala): Esse documento que tens na mo teu? Isso que carregas pesa 5 kg. b) Para indicar o que est na 2 pessoa ou que a abrange fisicamente: Esse teu corao me traiu. Essa alma traz inmeros pecados. Quantos vivem nesse pais? c) Para indicar o que se encontra distante de ns, ou aquilo de que desejamos distncia: O povo j no confia nesses polticos. No quero mais pensar nisso. d) Para indicar aquilo que j foi mencionado pela 2 pessoa: Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. O que voc quer dizer com isso? e) Para indicar tempo passado, no muito prximo do momento em que falamos: Um dia desses estive em Porto Alegre. Comi naquele restaurante dia desses. f) Para indicar aquilo que j mencionamos: Fugir aos problemas? Isso no do meu feitio. Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia no est muito distante. AQUELE (e variaes) e AQUILO usam-se: Para indicar o que est longe das duas primeiras pessoas e refere-se 3. Aquele documento que l est teu? Aquilo que eles carregam pesa 5 kg. Para indicar tempo passado mais ou menos distante. Naquele instante estava preocupado. Daquele instante em diante modifiquei-me. Usamos, ainda, aquela semana, aquele ms, aquele ano, aquele sculo, para exprimir que o tempo j decorreu. Quando se faz referncia a duas pessoas ou coisas j mencionadas, usa-se este (ou variaes) para a ltima pessoa ou coisa e aquele (ou variaes) para a primeira: Ao conversar com lsabel e Lus, notei que este se encontrava nervoso e aquela tranquila. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposio DE, pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural: Voc teria coragem de proferir um palavro desses, Rose? Com um frio destes no se pode sair de casa. Nunca vi uma coisa daquelas. MESMO e PRPRIO variam em gnero e nmero quando tm carter reforativo: Zilma mesma (ou prpria) costura seus vestidos. Lus e Lusa mesmos (ou prprios) arrumam suas camas. O (e variaes) pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO, ISSO ou AQUELE (e variaes). Nem tudo (aquilo) que reluz ouro. O (aquele) que tem muitos vcios tem muitos mestres. Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames. A sorte mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela no ama os homens superiores. NISTO, em incio de frase, significa ENTO, no mesmo instante: A menina ia cair, nisto, o pai a segurou Tal pronome demonstrativo quando tomado na acepo DE ESTE, ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO. Tal era a situao do pas. No disse tal. Tal no pde comparecer.

3. a)

b)

4.

5.

6.

7.

8.

9.

Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitudes tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha QUE, formando a expresso que tal? (? que lhe parece?) em frases como Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL ou OUTRO TAL: Suas manias eram tais quais as minhas. A me era tal quais as filhas. Os filhos so tais qual o pai. Tal pai, tal filho. pronome substantivo em frases como: No encontrarei tal (= tal coisa). No creio em tal (= tal coisa) PRONOMES RELATIVOS Veja este exemplo: Armando comprou a casa QUE lhe convinha. A palavra que representa o nome casa, relacionandose com o termo casa um pronome relativo.

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PRONOMES RELATIVOS so palavras que representam nomes j referidos, com os quais esto relacionados. Da denominarem-se relativos. A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente. No exemplo dado, o antecedente casa. Outros exemplos de pronomes relativos: Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. O lugar onde paramos era deserto. Traga tudo quanto lhe pertence. Leve tantos ingressos quantos quiser. Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso? Eis o quadro dos pronomes relativos: VARIVEIS Masculino o qual os quais cujo cujos quanto quantos Feminino a qual as quais cuja cujas quanta quantas INVARIVEIS quem que onde Reagir contra qu? Por que motivo no veio? Quem foi? Qual ser? Quantos vm? Quantas irms tens? VERBO CONCEITO As palavras em destaque no texto abaixo exprimem aes, situando-as no tempo. Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de como mat-las. Que misturasse em partes iguais acar, farinha e gesso. A farinha e o acar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. Assim fiz. Morreram. (Clarice Lispector) Essas palavras so verbos. O verbo tambm pode exprimir: a) Estado: No sou alegre nem sou triste. Sou poeta. b) Mudana de estado: Meu av foi buscar ouro. Mas o ouro virou terra. c) Fenmeno: Chove. O cu dorme. VERBO a palavra varivel que exprime ao, estado, mudana de estado e fenmeno, situando-se no tempo. FLEXES O verbo a classe de palavras que apresenta o maior nmero de flexes na lngua portuguesa. Graas a isso, uma forma verbal pode trazer em si diversas informaes. A forma CANTVAMOS, por exemplo, indica: a ao de cantar. a pessoa gramatical que pratica essa ao (ns). o nmero gramatical (plural). o tempo em que tal ao ocorreu (pretrito). o modo como encarada a ao: um fato realmente acontecido no passado (indicativo). que o sujeito pratica a ao (voz ativa). Portanto, o verbo flexiona-se em nmero, pessoa, modo, tempo e voz. 1. NMERO: o verbo admite singular e plural: O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular). Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural). 2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as trs pessoas gramaticais: 1 pessoa: aquela que fala. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeo. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NS. Ex.: Ns adormecemos. 2 pessoa: aquela que ouve. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VS. Ex.:Vs adormeceis. 3 pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela adormece. 28

Observaes: 1. O pronome relativo QUEM s se aplica a pessoas, tem antecedente, vem sempre antecedido de preposio, e equivale a O QUAL. O mdico de quem falo meu conterrneo. 2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem sempre um substantivo sem artigo. Qual ser o animal cujo nome a autora no quis revelar? 3. QUANTO(s) e QUANTA(s) so pronomes relativos quando precedidos de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quantos precisar. Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou. 4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a EM QUE. A casa onde (= em que) moro foi de meu av. PRONOMES INDEFINIDOS Estes pronomes se referem 3 pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. 1. So pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUM, FULANO, SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUM, OUTREM, QUEM, TUDO Exemplos: Algo o incomoda? Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. No faas a outrem o que no queres que te faam. Quem avisa amigo . Encontrei quem me pode ajudar. Ele gosta de quem o elogia. 2. So pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA CERTAS. Cada povo tem seus costumes. Certas pessoas exercem vrias profisses. Certo dia apareceu em casa um reprter famoso. PRONOMES INTERROGATIVOS Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de modo impreciso 3 pessoa do discurso. Exemplos: Que h? Que dia hoje?

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b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles adormecem. 3. MODO: a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante em relao ao fato que comunica. H trs modos em portugus. a) indicativo: a atitude do falante de certeza diante do fato. A cachorra Baleia corria na frente. b) subjuntivo: a atitude do falante de dvida diante do fato. Talvez a cachorra Baleia corra na frente . c) imperativo: o fato enunciado como uma ordem, um conselho, um pedido Corra na frente, Baleia. 4. TEMPO: a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo, em relao ao momento em que se fala. Os trs tempos bsicos so: a) presente: a ao ocorre no momento em que se fala: Fecho os olhos, agito a cabea. b) pretrito (passado): a ao transcorreu num momento anterior quele em que se fala: Fechei os olhos, agitei a cabea. c) futuro: a ao poder ocorrer aps o momento em que se fala: Fecharei os olhos, agitarei a cabea. O pretrito e o futuro admitem subdivises, o que no ocorre com o presente. Veja o esquema dos tempos simples em portugus: Presente (falo) INDICATIVO Pretrito perfeito ( falei) Imperfeito (falava) Mais- que-perfeito (falara) Futuro do presente (falarei) do pretrito (falaria) Presente (fale) SUBJUNTIVO Pretrito imperfeito (falasse) Futuro (falar) H ainda trs formas que no exprimem exatamente o tempo em que se d o fato expresso. So as formas nominais, que completam o esquema dos tempos simples. Infinitivo impessoal (falar) Pessoal (falar eu, falares tu, etc.) FORMAS NOMINAIS Gerndio (falando) Particpio (falado) 5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser: a) agente do fato expresso. O carroceiro disse um palavro. (sujeito agente) O verbo est na voz ativa. b) paciente do fato expresso: Um palavro foi dito pelo carroceiro. (sujeito paciente) O verbo est na voz passiva. c) agente e paciente do fato expresso: O carroceiro machucou-se. (sujeito agente e paciente) O verbo est na voz reflexiva. 6. FORMAS RIZOTNICAS E ARRIZOTNICAS: d-se o nome de rizotnica forma verbal cujo acento tnico est no radical. Falo - Estudam. D-se o nome de arrizotnica forma verbal cujo acento tnico est fora do radical. Falamos - Estudarei. 7. CLASSIFICACO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em: a) regulares - so aqueles que possuem as desinncias normais de sua conjugao e cuja flexo no provoca alteraes no radical: canto - cantei - cantarei cantava - cantasse. irregulares - so aqueles cuja flexo provoca alteraes no radical ou nas desinncias: fao - fiz - farei - fizesse. defectivos - so aqueles que no apresentam conjugao completa, como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fenmenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc. abundantes - so aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, essa caracterstica ocorre no particpio: matado - morto - enxugado - enxuto. anmalos - so aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugao. verbo ser: sou - fui verbo ir: vou - ia

b)

c)

d)

e)

QUANTO EXISTNCIA OU NO DO SUJEITO 1. Pessoais: so aqueles que se referem a qualquer sujeito implcito ou explcito. Quase todos os verbos so pessoais. O Nino apareceu na porta. 2. Impessoais: so aqueles que no se referem a qualquer sujeito implcito ou explcito. So utilizados sempre na 3 pessoa. So impessoais: a) verbos que indicam fenmenos meteorolgicos: chover, nevar, ventar, etc. Garoava na madrugada roxa. b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer: Houve um espetculo ontem. H alunos na sala. Havia o cu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos claros. c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenmeno meteorolgico. Fazia dois anos que eu estava casado. Faz muito frio nesta regio? O VERBO HAVER (empregado impessoalmente) O verbo haver impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na 3 pessoa do singular - quando significa: 1) EXISTIR H pessoas que nos querem bem. Criaturas infalveis nunca houve nem haver. Brigavam toa, sem que houvesse motivos srios. Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores. 2) ACONTECER, SUCEDER Houve casos difceis na minha profisso de mdico. No haja desavenas entre vs. Naquele presdio havia frequentes rebelies de presos. 3) DECORRER, FAZER, com referncia ao tempo passado: H meses que no o vejo. Haver nove dias que ele nos visitou. Havia j duas semanas que Marcos no trabalhava. O fato aconteceu h cerca de oito meses. Quando pode ser substitudo por FAZIA, o verbo HAVER concorda no pretrito imperfeito, e no no presente: Havia (e no H) meses que a escola estava fechada. Morvamos ali havia (e no H) dois anos. Ela conseguira emprego havia (e no H) pouco tempo. Havia (e no H) muito tempo que a policia o procurava. 4) REALIZAR-SE Houve festas e jogos. 29

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Se no chovesse, teria havido outros espetculos. Todas as noites havia ensaios das escolas de samba. 5) Ser possvel, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e seguido de infinitivo): Em pontos de cincia no h transigir. No h cont-lo, ento, no mpeto. No havia descrer na sinceridade de ambos. Mas olha, Tomsia, que no h fiar nestas afeiezinhas. E no houve convenc-lo do contrrio. No havia por que ficar ali a recriminar-se. Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locuo adverbial de h muito (= desde muito tempo, h muito tempo): De h muito que esta rvore no d frutos. De h muito no o vejo. O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locuo, os quais, por isso, permanecem invariveis na 3 pessoa do singular: Vai haver eleies em outubro. Comeou a haver reclamaes. No pode haver umas sem as outras. Parecia haver mais curiosos do que interessados. Mas haveria outros defeitos, devia haver outros. A expresso correta HAJA VISTA, e no HAJA VISTO. Pode ser construda de trs modos: Hajam vista os livros desse autor. Haja vista os livros desse autor. Haja vista aos livros desse autor. CONVERSO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Exemplo: Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa) A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva) Observe que o objeto direto ser o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passar a agente da passiva e o verbo assumir a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Outros exemplos: Os calores intensos provocam as chuvas. As chuvas so provocadas pelos calores intensos. Eu o acompanharei. Ele ser acompanhado por mim. Todos te louvariam. Serias louvado por todos. Prejudicaram-me. Fui prejudicado. Condenar-te-iam. Serias condenado. EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS a) Presente Emprega-se o presente do indicativo para assinalar: - um fato que ocorre no momento em que se fala. Eles estudam silenciosamente. Eles esto estudando silenciosamente. - uma ao habitual. Corra todas as manhs. - uma verdade universal (ou tida como tal): O homem mortal. A mulher ama ou odeia, no h outra alternativa. - fatos j passados. Usa-se o presente em lugar do pretrito para dar maior realce narrativa. Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Esprito das Leis". o chamado presente histrico ou narrativo. fatos futuros no muito distantes, ou mesmo incertos: Amanh vou escola. Qualquer dia eu te telefono. Pretrito Imperfeito Emprega-se o pretrito imperfeito do indicativo para designar: um fato passado contnuo, habitual, permanente: Ele andava toa. Ns vendamos sempre fiado. um fato passado, mas de incerta localizao no tempo. o que ocorre por exemplo, no inicio das fbulas, lendas, histrias infantis. Era uma vez... um fato presente em relao a outro fato passado. Eu lia quando ele chegou. Pretrito Perfeito Emprega-se o pretrito perfeito do indicativo para referir um fato j ocorrido, concludo. Estudei a noite inteira. Usa-se a forma composta para indicar uma ao que se prolonga at o momento presente. Tenho estudado todas as noites. Pretrito mais-que-perfeito Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ao passada em relao a outro fato passado (ou seja, o passado do passado): A bola j ultrapassara a linha quando o jogador a alcanou. Futuro do Presente Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato futuro em relao ao momento em que se fala. Irei escola. Futuro do Pretrito Emprega-se o futuro do pretrito do indicativo para assinalar: um fato futuro, em relao a outro fato passado. Eu jogaria se no tivesse chovido. um fato futuro, mas duvidoso, incerto. Seria realmente agradvel ter de sair? Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretrito indica polidez e s vezes, ironia. Daria para fazer silncio?!

b)

c)

d)

e)

f)

Modo Subjuntivo a) Presente Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar: - um fato presente, mas duvidoso, incerto. Talvez eles estudem... no sei. - um desejo, uma vontade: Que eles estudem, este o desejo dos pais e dos professores. b) Pretrito Imperfeito Emprega-se o pretrito imperfeito do subjuntivo para indicar uma hiptese, uma condio. Se eu estudasse, a histria seria outra. Ns combinamos que se chovesse no haveria jogo. e) Pretrito Perfeito Emprega-se o pretrito perfeito composto do subjuntivo para apontar um fato passado, mas incerto, hipottico, duvidoso (que so, afinal, as caractersticas do modo subjuntivo). Que tenha estudado bastante o que espero. d) Pretrito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretrito mais-que-perfeito do subjuntivo para indicar um fato passado em relao a outro fato passado, sempre de 30

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acordo com as regras tpicas do modo subjuntivo: Se no tivssemos sado da sala, teramos terminado a prova tranquilamente. e) Futuro Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro j concludo em relao a outro fato futuro. Quando eu voltar, saberei o que fazer. VERBOS IRREGULARES DAR Presente do indicativo dou, ds, d, damos, dais, do Pretrito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram Pretrito mais-que-perfeito dera, deras, dera, dramos, dreis, deram Presente do subjuntivo d, ds, d, demos, deis, dem Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, dssemos, dsseis, dessem Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem MOBILIAR Presente do indicativo mobilio, moblias, moblia, mobiliamos, mobiliais, mobiliam Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, moblie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem Imperativo moblia, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem AGUAR Presente do indicativo guo, guas, gua, aguamos, aguais, guam Pretrito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram Presente do subjuntivo gue, agues, ague, aguemos, agueis, guem MAGOAR Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam Pretrito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoaram Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem Conjugam-se como magoar, abenoar, abotoar, caoar, voar e perdoar APIEDAR-SE Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiadase, apiedamo-nos, apiedais-vos, apiadam-se Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiadese, apiedemo-nos, apiedei-vos, apiedemse Nas formas rizotnicas, o E do radical substitudo por A MOSCAR Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, musquem Nas formas rizotnicas, o O do radical substitudo por U RESFOLEGAR Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais, resfolgam Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis, resfolguem Nas formas rizotnicas, o E do radical desaparece

NOMEAR Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam Pretrito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomevamos, nomeveis, nomeavam Pretrito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomearam Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear COPIAR Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam Pretrito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram Pretrito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiramos, copireis, copiaram Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem ODIAR Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam Pretrito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odivamos, odiveis, odiavam Pretrito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram Pretrito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiramos, odireis, odiaram Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar CABER Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem Pretrito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam Pretrito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubramos, coubreis, couberam Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubssemos, coubsseis, coubessem Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem O verbo CABER no se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo CRER Presente do indicativo creio, crs, cr, cremos, credes, crem Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Imperativo afirmativo cr, creia, creiamos, crede, creiam Conjugam-se como crer, ler e descrer DIZER 31

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Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem Pretrito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Pretrito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, dissramos, dissreis, disseram Futuro do presente direi, dirs, dir, diremos, direis, diro Futuro do pretrito diria, dirias, diria, diramos, direis, diriam Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Pretrito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, dissssemos, disssseis, dissesse Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem Particpio dito Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer FAZER Presente do indicativo fao, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem Pretrito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Pretrito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizramos, fizreis, fizeram Futuro do presente farei, fars, far, faremos, fareis, faro Futuro do pretrito faria, farias, faria, faramos, fareis, fariam Imperativo afirmativo faze, faa, faamos, fazei, faam Presente do subjuntivo faa, faas, faa, faamos, faais, faam Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizssemos, fizsseis, fizessem Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer PERDER Presente do indicativo mos, perdeis, perdem Presente do subjuntivo percais. percam Imperativo afirmativo percam

PROVER Presente do indicativo provejo, provs, prov, provemos, provedes, provem Pretrito imperfeito provia, provias, provia, provamos, proveis, proviam Pretrito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram Pretrito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provramos, provreis, proveram Futuro do presente proverei, provers, prover, proveremos, provereis, provero Futuro do pretrito proveria, proverias, proveria, proveramos, provereis, proveriam Imperativo prov, proveja, provejamos, provede, provejam Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam Pretrito imperfeito provesse, provesses, provesse, provssemos, provsseis, provessem Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem Gerndio provendo Particpio provido QUERER Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem Pretrito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram Pretrito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quisramos, quisreis, quiseram Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram Pretrito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quisssemos quissseis, quisessem Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem REQUERER Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem Pretrito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste, requereram Pretrito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos, requerereis, requereram Futuro do presente requererei, requerers requerer, requereremos, requerereis, requerero Futuro do pretrito requereria, requererias, requereria, requereramos, requerereis, requereriam Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram Pretrito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerssemos, requersseis, requeressem, Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requerem Gerndio requerendo Particpio requerido O verbo REQUERER no se conjuga como querer. REAVER Presente do indicativo reavemos, reaveis Pretrito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, 32

perco, perdes, perde, perdeperca, percas, perca, percamos, perde, perca, percamos, perdei,

PODER Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Pretrito Imperfeito podia, podias, podia, podamos, podeis, podiam Pretrito perfeito pude, pudeste, pde, pudemos, pudestes, puderam Pretrito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudramos, pudreis, puderam Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam Pretrito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudssemos, pudsseis, pudessem Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem Gerndio podendo Particpio podido O verbo PODER no se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo

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reouvestes, reouveram Pretrito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvramos, reouvreis, reouveram Pretrito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvssemos, reouvsseis, reouvessem Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas s nas formas em que esse apresenta a letra v SABER Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Pretrito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Pretrito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubramos, soubreis, souberam Pretrito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabamos, sabeis, sabiam Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubssemos, soubsseis, soubessem Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem VALER Presente do indicativo valeis, valem Presente do subjuntivo valhais, valham Imperativo afirmativo valham Imperativo afirmativo v, veja, vejamos, vede vs, vejam vocs Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam Pretrito imperfeito visse, visses, visse, vssemos, vsseis, vissem Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Particpio visto ABOLIR Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Pretrito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolamos, aboleis, aboliam Pretrito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram Pretrito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolramos, abolreis, aboliram Futuro do presente abolirei, abolirs, abolir, aboliremos, abolireis, aboliro Futuro do pretrito aboliria, abolirias, aboliria, aboliramos, abolireis, aboliriam Presente do subjuntivo no h Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolssemos, abolsseis, abolissem Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Imperativo afirmativo abole, aboli Imperativo negativo no h Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Infinitivo impessoal abolir Gerndio abolindo Particpio abolido O verbo ABOLIR conjugado s nas formas em que depois do L do radical h E ou I. AGREDIR Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Nas formas rizotnicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substitudo por I. COBRIR Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Particpio coberto Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir FALIR Presente do indicativo falimos, falis Pretrito imperfeito falia, falias, falia, falamos, faleis, faliam Pretrito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falramos, falireis, faliram Pretrito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram Futuro do presente falirei, falirs, falir, faliremos, falireis, faliro Futuro do pretrito faliria, falirias, faliria, faliramos, falireis, faliriam 33

valho,

vales,

vale,

valemos,

valha, valhas, valha, valhamos, vale, valha, valhamos, valei,

TRAZER Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem Pretrito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazamos, trazeis, traziam Pretrito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram Pretrito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxramos, trouxreis, trouxeram Futuro do presente trarei, trars, trar, traremos, trareis, traro Futuro do pretrito traria, trarias, traria, traramos, trareis, trariam Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam Pretrito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxssemos, trouxsseis, trouxessem Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem Gerndio trazendo Particpio trazido VER Presente do indicativo vejo, vs, v, vemos, vedes, vem Pretrito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram Pretrito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram

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Presente do subjuntivo no h Pretrito imperfeito falisse, falisses, falisse, falssemos, falsseis, falissem Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Imperativo afirmativo fali (vs) Imperativo negativo no h Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Gerndio falindo Particpio falido FERIR Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados. MENTIR Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. FUGIR Presente do indicativo fogem Imperativo Presente do subjuntivo fujam Presente do subjuntivo pea, peas, pea, peamos, peais, peam Imperativo pede, pea, peamos, pedi, peam Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir POLIR Presente do indicativo pulem Presente do subjuntivo pulais, pulam Imperativo

pulo, pules, pule, polimos, polis, pula, pulas, pula, pulamos,

pule, pula, pulamos, poli, pulam

REMIR Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam RIR Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem Pretrito imperfeito ria, rias, ria, riamos, reis, riam Pretrito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram Pretrito mais-que-perfeito rira, riras, rira, rramos, rireis, riram Futuro do presente rirei, rirs, rir, riremos, rireis, riro Futuro do pretrito riria, ririas, riria, riramos, rireis, ririam Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam Pretrito imperfeito risse, risses, risse, rssemos, rsseis, rissem Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Gerndio rindo Particpio rido Conjuga-se como rir: sorrir VIR Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vm Pretrito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vnhamos, vnheis, vinham Pretrito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram Pretrito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viramos, vireis, vieram Futuro do presente virei, virs, vir, viremos, vireis, viro Futuro do pretrito viria, virias, viria, viramos, vireis, viriam Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham Pretrito imperfeito viesse, viesses, viesse, vissemos, visseis, viessem Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Gerndio vindo Particpio vindo Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir SUMIR Presente do indicativo sumis, somem Presente do subjuntivo sumais, sumam 34

fujo, foges, foge, fugimos, fugis, foge, fuja, fujamos, fugi, fujam fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais,

IR Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vo Pretrito imperfeito ia, ias, ia, amos, eis, iam Pretrito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram Pretrito mais-que-perfeito fora, foras, fora, framos, freis, foram Futuro do presente irei, irs, ir, iremos, ireis, iro Futuro do pretrito iria, irias, iria, iramos, ireis, iriam Imperativo afirmativo vai, v, vamos, ide, vo Imperativo negativo no vo, no v, no vamos, no vades, no vo Presente do subjuntivo v, vs, v, vamos, vades, vo Pretrito imperfeito fosse, fosses, fosse, fssemos, fsseis, fossem Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem Gerndio indo Particpio ido OUVIR Presente do indicativo ouvis, ouvem Presente do subjuntivo ouais, ouam Imperativo ouam Particpio

ouo, ouves, ouve, ouvimos, oua, ouas, oua, ouamos, ouve, ouvido oua, ouamos, ouvi,

PEDIR Presente do indicativo peo, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem Pretrito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram

sumo, somes, some, sumimos, suma, sumas, suma, sumamos,

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Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir ADVRBIO Advrbio a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o prprio advrbio, exprimindo uma circunstncia. Os advrbios dividem-se em: LUGAR: aqui, c, l, acol, ali, a, aqum, alm, algures, alhures, nenhures, atrs, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avante, atravs, defronte, aonde, etc. TEMPO: hoje, amanh, depois, antes, agora, anteontem, sempre, nunca, j, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, ento, amide, breve, brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc. MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior, melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc. ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, to, bastante, demasiado, meio, completamente, profundamente, quanto, quo, tanto, bem, mal, quase, apenas, etc. AFIRMAO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc. NEGAO: no. DVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, qui, decerto, provavelmente, etc. Numeral a palavra que indica quantidade, ordem, mltiplo ou frao. O numeral classifica-se em: - cardinal - quando indica quantidade. - ordinal - quando indica ordem. - multiplicativo - quando indica multiplicao. - fracionrio - quando indica fracionamento. Exemplos: Silvia comprou dois livros. Antnio marcou o primeiro gol. Na semana seguinte, o anel custar o dobro do preo. O galinheiro ocupava um quarto da quintal. QUADRO BSICO DOS NUMERAIS Algarismos Roma ArCardinos bicos nais I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII Palavras Denotativas Certas palavras, por no se poderem enquadrar entre os advrbios, tero classificao parte. So palavras que denotam excluso, incluso, situao, designao, realce, retificao, afetividade, etc. 1) DE EXCLUSO - s, salvo, apenas, seno, etc. 2) DE INCLUSO - tambm, at, mesmo, inclusive, etc. 3) DE SITUAO - mas, ento, agora, afinal, etc. 4) DE DESIGNAO - eis. 5) DE RETIFICAO - alis, isto , ou melhor, ou antes, etc. 6) DE REALCE - c, l, s, que, ainda, mas, etc. XIX XX XXX XL L LX LXX 35 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 30 40 50 60 70 um dois trs quatro cinco seis sete oito nove dez onze Numerais Multipli- Fracioncativos rios simples duplo dobro trplice qudruplo quntuplo sxtuplo stuplo ctuplo nnuplo dcuplo meio tero quarto quinto sexto stimo oitavo nono dcimo onze avos doze avos treze avos quatorze avos quinze avos dezesseis avos dezessete avos dezoito avos dezenove avos vinte avos trinta avos quarenta avos cinquenta avos sessenta avos setenta Voc l sabe o que est dizendo, homem... Mas que olhos lindos! Veja s que maravilha! NUMERAL

1)

2)

3)

4)

Ordinais

5) 6) 7)

primeiro segundo terceiro quarto quinto

H Muitas Locues Adverbiais 1) DE LUGAR: esquerda, direita, tona, distncia, frente, entrada, sada, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc. 2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, tarde, noite, s ave-marias, ao entardecer, de manh, de noite, por ora, por fim, de repente, de vez em quando, de longe em longe, etc. 3) MODO: vontade, toa, ao lu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferncia, em geral, a cada passo, s avessas, ao invs, s claras, a pique, a olhos vistos, de propsito, de sbito, por um triz, etc. 4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a p, a cavalo, a martelo, a mquina, a tinta, a paulada, a mo, a facadas, a picareta, etc. 5) AFIRMAO: na verdade, de fato, de certo, etc. 6) NEGAAO: de modo algum, de modo nenhum, em hiptese alguma, etc. 7) DVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc. Advrbios Interrogativos Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?

sexto stimo oitavo nono dcimo dcimo primeiro doze dcimo segundo treze dcimo terceiro quatorze dcimo quarto quinze dcimo quinto dezesdcimo seis sexto dezesdcimo sete stimo dezoito dcimo oitavo dezenodcimo ve nono vinte vigsimo trinta trigsimo quarenta quadragsimo cinquen- quinquata gsimo sessensexagta simo setenta septuag-

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simo octogsimo 90 noventa nonagsimo 100 cem centsimo 200 duzenducenttos simo 300 trezentrecenttos simo 400 quatroquadrincentos gentsimo 500 quinhen- quingentos tsimo 600 seiscen- sexcenttos simo 700 setecen- septingentos tsimo 800 oitocen- octingentos tsimo 900 novenongentcentos simo 1000 mil milsimo 80 oitenta avos oitenta avos noventa avos centsimo ducentsimo trecentsimo quadringentsimo quingentsimo sexcentsimo septingentsimo octingentsimo nongentsimo milsimo ciso, particular. Viajei com o mdico. (Um mdico referido, conhecido, determinado). Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral. Viajei com um mdico. (Um mdico no referido, desconhecido, indeterminado). lsoladamente, os artigos so palavras de todo vazias de sentido. CONJUNO Conjuno a palavra que une duas ou mais oraes. Coniunes Coordenativas 1) ADITIVAS: e, nem, tambm, mas, tambm, etc. 2) ADVERSATIVAS: mas, porm, contudo, todavia, entretanto, seno, no entanto, etc. 3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, j... j, quer, quer, etc. 4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por consequncia. 5) EXPLICATIVAS: isto , por exemplo, a saber, que, porque, pois, etc. Conjunes Subordinativas 1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc. 2) CAUSAIS: porque, j que, visto que, que, pois, porquanto, etc. 3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc. 4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc. 5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, etc. 6) INTEGRANTES: que, se, etc. 7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc. 8) CONSECUTIVAS: tal... qual, to... que, tamanho... que, de sorte que, de forma que, de modo que, etc. 9) PROPORCIONAIS: proporo que, medida que, quanto... tanto mais, etc. 10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc. VALOR LGICO E SINTTICO DAS CONJUNES Examinemos estes exemplos: 1) Tristeza e alegria no moram juntas. 2) Os livros ensinam e divertem. 3) Samos de casa quando amanhecia. No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma orao: uma conjuno. No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO esto ligando oraes: so tambm conjunes. Conjuno uma palavra invarivel que liga oraes ou palavras da mesma orao. No 2 exemplo, a conjuno liga as oraes sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a conjuno E coordenativa. No 3 exemplo, a conjuno liga duas oraes que se 36

LXXX XC C CC CCC CD D DC DCC DCC C CM M

Emprego do Numeral Na sucesso de papas, reis, prncipes, anos, sculos, captulos, etc. empregam-se de 1 a 10 os ordinais. Joo Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro) Luis X (dcimo) ano I (primeiro) Pio lX (nono) sculo lV (quarto) De 11 em diante, empregam-se os cardinais: Leo Xlll (treze) ano Xl (onze) Pio Xll (doze) sculo XVI (dezesseis) Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte) Se o numeral aparece antes, lido como ordinal. XX Salo do Automvel (vigsimo) VI Festival da Cano (sexto) lV Bienal do Livro (quarta) XVI captulo da telenovela (dcimo sexto) Quando se trata do primeiro dia do ms, deve-se dar preferncia ao emprego do ordinal. Hoje primeiro de setembro No aconselhvel iniciar perodo com algarismos 16 anos tinha Patrcia = Dezesseis anos tinha Patrcia A ttulo de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordinais. Ex.: casa vinte e um (= a vigsima primeira casa), pgina trinta e dois (= a trigsima segunda pgina). Os cardinais um e dois no variam nesse caso porque est subentendida a palavra nmero. Casa nmero vinte e um, pgina nmero trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever tambm: a folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas. ARTIGO Artigo uma palavra que antepomos aos substantivos para determin-los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gnero e o nmero. Dividem-se em definidos: O, A, OS, AS indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS. Os definidos determinam os substantivos de modo pre-

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completam uma outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjuno QUANDO subordinativa. As conjunes, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas. CONJUNES COORDENATIVAS As conjunes coordenativas podem ser: 1) Aditivas, que do ideia de adio, acrescentamento: e, nem, mas tambm, mas ainda, seno tambm, como tambm, bem como. O agricultor colheu o trigo e o vendeu. No aprovo nem permitirei essas coisas. Os livros no s instruem mas tambm divertem. As abelhas no apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam as flores. 2) Adversativas, que exprimem oposio, contraste, ressalva, compensao: mas, porm, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao passo que, antes (= pelo contrrio), no entanto, no obstante, apesar disso, em todo caso. Querem ter dinheiro, mas no trabalham. Ela no era bonita, contudo cativava pela simpatia. No vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce. A culpa no a atribuo a vs, seno a ele. O professor no probe, antes estimula as perguntas em aula. O exrcito do rei parecia invencvel, no obstante, foi derrotado. Voc j sabe bastante, porm deve estudar mais. Eu sou pobre, ao passo que ele rico. Hoje no atendo, em todo caso, entre. 3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternncia ou, ou ... ou, ora ... ora, j ... j, quer ... quer, etc. Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos. Ou voc estuda ou arruma um emprego. Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo. Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando. "J chora, j se ri, j se enfurece." (Lus de Cames) 4) Conclusivas, que iniciam uma concluso: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), por isso. As rvores balanam, logo est ventando. Voc o proprietrio do carro, portanto o responsvel. O mal irremedivel; deves, pois, conformar-te. 5) Explicativas, que precedem uma explicao, um motivo: que, porque, porquanto, pois (anteposto ao verbo). No solte bales, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem causar incndios. Choveu durante a noite, porque as ruas esto molhadas. Observao: A conjuno A pode apresentar-se com sentido adversativo: Sofrem duras privaes a [= mas] no se queixam. "Quis dizer mais alguma coisa a no pde." (Jorge Amado) Conjunes subordinativas As conjunes subordinativas ligam duas oraes, subordinando uma outra. Com exceo das integrantes, essas conjunes iniciam oraes que traduzem circunstncias (causa, comparao, concesso, condio ou hiptese, conformidade, consequncia, finalidade, proporo, tempo). Abrangem as seguintes classes: 1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, j que, uma vez que, desde que. O tambor soa porque oco. (porque oco: causa; o tambor soa: efeito). Como estivesse de luto, no nos recebeu. Desde que impossvel, no insistirei. 2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (to ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto) quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que (= como). Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento. O exrcito avanava pela plancie qual uma serpente imensa. "Os ces, tal qual os homens, podem participar das trs categorias." (Paulo Mendes Campos) "Sou o mesmo que um cisco em minha prpria casa." (Antnio Olavo Pereira) "E pia tal a qual a caa procurada." (Amadeu de Queirs) "Por que ficou me olhando assim feito boba?" (Carlos Drummond de Andrade) Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas. Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero. Os governantes realizam menos do que prometem. 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (= embora no). Clia vestia-se bem, embora fosse pobre. A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer. Beba, nem que seja um pouco. Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo. Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse. Em que pese autoridade deste cientista, no podemos aceitar suas afirmaes. No sei dirigir, e, dado que soubesse, no dirigiria de noite. 4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se no), a no ser que, a menos que, dado que. Ficaremos sentidos, se voc no vier. Comprarei o quadro, desde que no seja caro. No sairs daqui sem que antes me confesses tudo. "Eleutrio decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos que os mosquitos se opusessem." (Ferreira de Castro) 5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas no so como (ou conforme) dizem. "Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar." (Machado de Assis) 6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, to, tanto, tamanho, s vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que, sem que, que (no). Minha mo tremia tanto que mal podia escrever. Falou com uma calma que todos ficaram atnitos. Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) no sa. No podem ver um cachorro na rua sem que o persigam. No podem ver um brinquedo que no o queiram com37

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prar. 7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que). Afastou-se depressa para que no o vssemos. Falei-lhe com bons termos, a fim de que no se ofendesse. Fiz-lhe sinal que se calasse. 8) Proporcionais: proporo que, medida que, ao passo que, quanto mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tanto mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto. medida que se vive, mais se aprende. proporo que subamos, o ar ia ficando mais leve. Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vo tendo. Os soldados respondiam, medida que eram chamados. Observao: So incorretas as locues proporcionais medida em que, na medida que e na medida em que. A forma correta medida que: " medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem." (Maria Jos de Queirs) 9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, at que, agora que, etc. Venha quando voc quiser. No fale enquanto come. Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra. Desde que o mundo existe, sempre houve guerras. Agora que o tempo esquentou, podemos ir praia. "Ningum o arredava dali, at que eu voltasse." (Carlos Povina Cavalcnti) 10) Integrantes: que, se. Sabemos que a vida breve. Veja se falta alguma coisa. Observao: Em frases como Sairs sem que te vejam, Morreu sem que ningum o chorasse, consideramos sem que conjuno subordinativa modal. A NGB, porm, no consigna esta espcie de conjuno. Locues conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que, por mais que, ainda quando, medida que, logo que, a rim de que, etc. Muitas conjunes no tm classificao nica, imutvel, devendo, portanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto. Assim, a conjuno que pode ser: 1) Aditiva (= e): Esfrega que esfrega, mas a ndoa no sai. A ns que no a eles, compete faz-lo. 2) Explicativa (= pois, porque): Apressemo-nos, que chove. 3) Integrante: Diga-lhe que no irei. 4) Consecutiva: Tanto se esforou que conseguiu vencer. No vo a uma festa que no voltem cansados. Onde estavas, que no te vi? 5) Comparativa (= do que, como): A luz mais veloz que o som. Ficou vermelho que nem brasa. 6) Concessiva (= embora, ainda que): Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo. Beba, um pouco que seja. 7) Temporal (= depois que, logo que): Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel. 8) Final (= pare que): Vendo-me janela, fez sinal que descesse. 9) Causal (= porque, visto que): "Velho que sou, apenas conheo as flores do meu tempo." (Vivaldo Coaraci) A locuo conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase: 1) Concessiva: Ns lhe dvamos roupa a comida, sem que ele pedisse. (sem que = embora no) 2) Condicional: Ningum ser bom cientista, sem que estude muito. (sem que = se no,caso no) 3) Consecutiva: No vo a uma festa sem que voltem cansados. (sem que = que no) 4) Modal: Sairs sem que te vejam. (sem que = de modo que no) Conjuno a palavra que une duas ou mais oraes. PREPOSIO Preposies so palavras que estabelecem um vnculo entre dois termos de uma orao. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o segundo, um subordinado ou consequente. Exemplos: Chegaram a Porto Alegre. Discorda de voc. Fui at a esquina. Casa de Paulo. Preposies Essenciais e Acidentais As preposies essenciais so: A, ANTE, APS, AT, COM, CONTRA, DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e ATRS. Certas palavras ora aparecem como preposies, ora pertencem a outras classes, sendo chamadas, por isso, de preposies acidentais: afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, no obstante, salvo, segundo, seno, tirante, visto, etc. INTERJEIO Interjeio a palavra que comunica emoo. As interjeies podem ser: - alegria: ahl oh! oba! eh! - animao: coragem! avante! eia! - admirao: puxa! ih! oh! nossa! - aplauso: bravo! viva! bis! - desejo: tomara! oxal! - dor: a! ui! - silncio: psiu! silncio! - suspenso: alto! basta! LOCUO INTERJETIVA a conjunto de palavras que tm o mesmo valor de uma interjeio. Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam! Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!

SINTAXE DA ORAO E DO PERODO

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FRASE Frase um conjunto de palavras que tm sentido completo. O tempo est nublado. Socorro! Que calor! ORAO Orao a frase que apresenta verbo ou locuo verbal. A fanfarra desfilou na avenida. As festas juninas esto chegando. PERODO Perodo a frase estruturada em orao ou oraes. O perodo pode ser: simples - aquele constitudo por uma s orao (orao absoluta). Fui livraria ontem. composto - quando constitudo por mais de uma orao. Fui livraria ontem e comprei um livro. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAO So dois os termos essenciais da orao: SUJEITO Sujeito o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa. Os bandeirantes capturavam os ndios. (sujeito = bandeirantes) O sujeito pode ser : - simples: quando tem um s ncleo As rosas tm espinhos. (sujeito: as rosas; ncleo: rosas) - composto: quando tem mais de um ncleo O burro e o cavalo saram em disparada. (suj: o burro e o cavalo; ncleo burro, cavalo) - oculto: ou elptico ou implcito na desinncia verbal Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu) - indeterminado: quando no se indica o agente da ao verbal Come-se bem naquele restaurante. - Inexistente: quando a orao no tem sujeito Choveu ontem. H plantas venenosas. PREDICADO Predicado o termo da orao que declara alguma coisa do sujeito. O predicado classifica-se em: 1. Nominal: aquele que se constitui de verbo de ligao mais predicativo do sujeito. Nosso colega est doente. Principais verbos de ligao: SER, ESTAR, PARECER, PERMANECER, etc. Predicativo do sujeito o termo que ajuda o verbo de ligao a comunicar estado ou qualidade do sujeito. Nosso colega est doente. A moa permaneceu sentada. 2. Predicado verbal aquele que se constitui de verbo intransitivo ou transitivo. O avio sobrevoou a praia. Verbo intransitivo aquele que no necessita de complemento. O sabi voou alto. Verbo transitivo aquele que necessita de complemento. Transitivo direto: o verbo que necessita de complemento sem auxlio de proposio. Minha equipe venceu a partida. Transitivo indireto: o verbo que necessita de complemento com auxlio de preposio. Ele precisa de um esparadrapo. Transitivo direto e indireto (bitransitivo) o verbo que necessita ao mesmo tempo de complemento sem auxlio de preposio e de complemento com auxilio de preposio. Damos uma simples colaborao a vocs. 3. Predicado verbo nominal: aquele que se constitui de verbo intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais predicativo do sujeito. Os rapazes voltaram vitoriosos. Predicativo do sujeito: o termo que, no predicado verbo-nominal, ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito. Ele morreu rico. Predicativo do objeto o termo que, que no predicado verbo-nominal, ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto direto ou indireto. Elegemos o nosso candidato vereador. TERMOS INTEGRANTES DA ORAO Chama-se termos integrantes da orao os que completam a significao transitiva dos verbos e dos nomes. So indispensveis compreenso do enunciado. 1. OBJETO DIRETO Objeto direto o termo da orao que completa o sentido do verbo transitivo direto. Ex.: Mame comprou PEIXE. 2. OBJETO INDIRETO Objeto indireto o termo da orao que completa o sentido do verbo transitivo indireto. As crianas precisam de CARINHO. 3. COMPLEMENTO NOMINAL Complemento nominal o termo da orao que completa o sentido de um nome com auxlio de preposio. Esse nome pode ser representado por um substantivo, por um adjetivo ou por um advrbio. Toda criana tem amor aos pais. - AMOR (substantivo) O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo) Ns agamos favoravelmente s discusses. FAVORAVELMENTE (advrbio). 4. AGENTE DA PASSIVA Agente da passiva o termo da orao que pratica a ao do verbo na voz passiva. A me amada PELO FILHO. O cantor foi aplaudido PELA MULTIDO. Os melhores alunos foram premiados PELA DIREO. TERMOS ACESSRIOS DA ORAO TERMOS ACESSRIOS so os que desempenham na orao uma funo secundria, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo alguma circunstncia. So termos acessrios da orao: 1. ADJUNTO ADNOMINAL Adjunto adnominal o termo que caracteriza ou 39

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determina os substantivos. Pode ser expresso: pelos adjetivos: gua fresca, pelos artigos: o mundo, as ruas pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas pelos numerais : trs garotos; sexto ano pelas locues adjetivas: casa do rei; homem sem escrpulos 2. ADJUNTO ADVERBIAL Adjunto adverbial o termo que exprime uma circunstncia (de tempo, lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advrbio. Cheguei cedo. Jos reside em So Paulo. 3. APOSTO Aposto uma palavra ou expresso que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da orao. Dr. Joo, cirurgio-dentista, Rapaz impulsivo, Mrio no se conteve. O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. 4. VOCATIVO Vocativo o termo (nome, ttulo, apelido) usado para chamar ou interpelar algum ou alguma coisa. Tem compaixo de ns, Cristo. Professor, o sinal tocou. Rapazes, a prova na prxima semana. PERODO COMPOSTO - PERODO SIMPLES No perodo simples h apenas uma orao, a qual se diz absoluta. Fui ao cinema. O pssaro voou. PERODO COMPOSTO No perodo composto h mais de uma orao. (No sabem) (que nos calores do vero a terra dorme) (e os homens folgam.) Perodo composto por coordenao Apresenta oraes independentes. (Fui cidade), (comprei alguns remdios) (e voltei cedo.) Perodo composto por subordinao Apresenta oraes dependentes. ( bom) (que voc estude.) Perodo composto por coordenao e subordinao Apresenta tanto oraes dependentes como independentes. Este perodo tambm conhecido como misto. (Ele disse) (que viria logo,) (mas no pde.) ORAO COORDENADA Orao coordenada aquela que independente. As oraes coordenadas podem ser: - Sindtica: Aquela que independente e introduzida por uma conjuno coordenativa. Viajo amanh, mas volto logo. - Assindtica: Aquela que independente e aparece separada por uma vrgula ou ponto e vrgula. Chegou, olhou, partiu. A orao coordenada sindtica pode ser: 1. ADITIVA: Expressa adio, sequncia de pensamento. (e, nem = e no), mas, tambm: Ele falava E EU FICAVA OUVINDO. Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM. A doena vem a cavalo E VOLTA A P. 2. ADVERSATIVA: Ligam oraes, dando-lhes uma ideia de compensao ou de contraste (mas, porm, contudo, todavia, entretanto, seno, no entanto, etc). A espada vence MAS NO CONVENCE. O tambor faz um grande barulho, MAS VAZIO POR DENTRO. Apressou-se, CONTUDO NO CHEGOU A TEMPO. 3. ALTERNATIVAS: Ligam palavras ou oraes de sentido separado, uma excluindo a outra (ou, ou...ou, j...j, ora...ora, quer...quer, etc). Mudou o natal OU MUDEI EU? OU SE CALA A LUVA e no se pe o anel, OU SE PE O ANEL e no se cala a luva! (C. Meireles) 4. CONCLUSIVAS: Ligam uma orao a outra que exprime concluso (LOGO, POIS, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE, etc). Ele est mal de notas; LOGO, SER REPROVADO. Vives mentindo; LOGO, NO MERECES F. 5. EXPLICATIVAS: Ligam a uma orao, geralmente com o verbo no imperativo, outro que a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.) Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. No mintas, PORQUE PIOR. Anda depressa, QUE A PROVA S 8 HORAS. ORAO INTERCALADA OU INTERFERENTE aquela que vem entre os termos de uma outra orao. O ru, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido. A orao intercalada ou interferente aparece com os verbos: CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc. ORAO PRINCIPAL Orao principal a mais importante do perodo e no introduzida por um conectivo. ELES DISSERAM que voltaro logo. ELE AFIRMOU que no vir. PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma) ORAO SUBORDINADA Orao subordinada a orao dependente que normalmente introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a orao principal nem sempre a primeira do perodo. Quando ele voltar, eu saio de frias. Orao principal: EU SAIO DE FRIAS Orao subordinada: QUANDO ELE VOLTAR ORAO SUBORDINADA SUBSTANTIVA Orao subordinada substantiva aquela que tem o valor e a funo de um substantivo. 40

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Por terem as funes do substantivo, as oraes subordinadas substantivas classificam-se em: 1) SUBJETIVA (sujeito) Convm que voc estude mais. Importa que saibas isso bem. . necessrio que voc COLABORAO) necessria. uma comparao. O som menos veloz QUE A LUZ. Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA. 3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite: POR MAIS QUE GRITASSE, no me ouviram. Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, so ouvidos com agrado. CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major no faltava. 4) CONDICIONAIS: exprimem condio, hiptese: SE O CONHECESSES, no o condenarias. Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO? 5) CONFORMATIVAS: exprimem conformidade de um fato com outro: Fiz tudo COMO ME DISSERAM. Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI. acordo ou

colabore.

(SUA

2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto) Desejo QUE VENHAM TODOS. Pergunto QUEM EST AI. 3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto) Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS. Tudo depender DE QUE SEJAS CONSTANTE. Daremos o prmio A QUEM O MERECER. 4) COMPLETIVA NOMINAL Complemento nominal. Ser grato A QUEM TE ENSINA. Sou favorvel A QUE O PRENDAM. 5) PREDICATIVA (predicativo) Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA) Minha esperana era QUE ELE DESISTISSE. No sou QUEM VOC PENSA. 6) APOSITIVAS (servem de aposto) S desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE) S lhe peo isto: HONRE O NOSSO NOME. 7) AGENTE DA PASSIVA O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR) A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM. ORAES SUBORDINADAS ADJETIVAS Orao subordinada adjetiva aquela que tem o valor e a funo de um adjetivo. H dois tipos de oraes subordinadas adjetivas: 1) EXPLICATIVAS: Explicam ou esclarecem, maneira de aposto, o termo antecedente, atribuindo-lhe uma qualidade que lhe inerente ou acrescentando-lhe uma informao. Deus, QUE NOSSO PAI, nos salvar. Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na misria. 2) RESTRITIVAS: Restringem ou limitam a significao do termo antecedente, sendo indispensveis ao sentido da frase: Pedra QUE ROLA no cria limo. As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem. Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, no est mais aqui. ORAES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Orao subordinada adverbial aquela que tem o valor e a funo de um advrbio. As oraes subordinadas adverbiais classificam-se em: 1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razo: Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE. O tambor soa PORQUE OCO. 2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de

6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequncia, um resultado: A fumaa era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS. Bebia QUE ERA UMA LSTIMA! Tenho medo disso QUE ME PLO! 7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto: Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE. Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR. 8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade: MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende. QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior ser o tombo. 9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na orao principal: ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam. QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam. 10) MODAIS: exprimem modo, maneira: Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE. Aqui vivers em paz, SEM QUE NINGUM TE INCOMODE. ORAES REDUZIDAS Orao reduzida aquela que tem o verbo numa das formas nominais: gerndio, infinitivo e particpio. Exemplos: Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO. Dizem TER ESTADO L = Dizem QUE ESTIVERAM L. FAZENDO ASSIM, conseguirs = SE FIZERES ASSIM, conseguirs. bom FICARMOS ATENTOS. = bom QUE FIQUEMOS ATENTOS. AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO, entristeceu-se. interesse ESTUDARES MAIS.= interessante QUE ESTUDES MAIS. SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure-me. CONCORDNCIA NOMINAL E VERBAL CONCORDNCIA NOMINAL E VERBAL 41

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Concordncia o processo sinttico no qual uma palavra determinante se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexes. Principais Casos de Concordncia Nominal O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em gnero e nmero com o substantivo. As primeiras alunas da classe foram passear no zoolgico. 2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gnero e nmero vo normalmente para o plural. Pai e filho estudiosos ganharam o prmio. 3) O adjetivo ligado a substantivos de gneros e nmero diferentes vai para o masculino plural. Alunos e alunas estudiosos ganharam vrios prmios. 4) O adjetivo posposto concorda em gnero com o substantivo mais prximo: Trouxe livros e revista especializada. 5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais prximo. Dedico esta msica querida tia e sobrinhos. 6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o sujeito. Meus amigos esto atrapalhados. 7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predicativo no gnero da pessoa a quem se refere. Sua excelncia, o Governador, foi compreensivo. 8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo vo para o singular ou para o plural. J estudei o primeiro e o segundo livro (livros). 9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier precedido de artigo e o segundo no vo para o plural. J estudei o primeiro e segundo livros. 10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural. J li os captulos primeiro e segundo do novo livro. 11) As palavras: MESMO, PRPRIO e S concordam com o nome a que se referem. Ela mesma veio at aqui. Eles chegaram ss. Eles prprios escreveram. 12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere. Muito obrigado. (masculino singular) Muito obrigada. (feminino singular). 13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando adjetivo e fica invarivel quando advrbio. Quero meio quilo de caf. Minha me est meio exausta. meio-dia e meia. (hora) 14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substantivo a que se referem. Trouxe anexas as fotografias que voc me pediu. A expresso em anexo invarivel. Trouxe em anexo estas fotos. 15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substituem advrbios em MENTE, permanecem invariveis. Vocs falaram alto demais. O combustvel custava barato. Voc leu confuso. Ela jura falso. 1) 16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advrbios, no variam, se adjetivos, sofrem variao normalmente. Esses pneus custam caro. Conversei bastante com eles. Conversei com bastantes pessoas. Estas crianas moram longe. Conheci longes terras. CONCORDNCIA VERBAL CASOS GERAIS

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O verbo concorda com o sujeito em nmero e pessoa. O menino chegou. Os meninos chegaram. Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular. O pessoal ainda no chegou. A turma no gostou disso. Um bando de pssaros pousou na rvore. Se o ncleo do sujeito um nome terminado em S, o verbo s ir ao plural se tal ncleo vier acompanhado de artigo no plural. Os Estados Unidos so um grande pas. Os Lusadas imortalizaram Cames. Os Alpes vivem cobertos de neve. Em qualquer outra circunstncia, o verbo ficar no singular. Flores j no leva acento. O Amazonas desgua no Atlntico. Campos foi a primeira cidade na Amrica do Sul a ter luz eltrica. Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferentemente. A maioria das crianas recebeu, (ou receberam) prmios. A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o sujeito paciente. Vende-se um apartamento. Vendem-se alguns apartamentos. O pronome SE como smbolo de indeterminao do sujeito leva o verbo para a 3 pessoa do singular. Precisa-se de funcionrios. A expresso UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no singular e o verbo no singular ou no plural. Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) A expresso UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural. Ele um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul. A expresso MAIS DE UM pede o verbo no singular. Mais de um jurado fez justia minha msica. As palavras: TUDO, NADA, ALGUM, ALGO, NINGUM, quando empregadas como sujeito e derem ideia de sntese, pedem o verbo no singular. As casas, as fbricas, as ruas, tudo parecia poluio. Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o sujeito. Deu uma hora. Deram trs horas. Bateram cinco horas. Naquele relgio j soaram duas horas. A partcula expletiva ou de realce QUE invarivel e o verbo da frase em que empregada concorda normalmente com o sujeito. Ela que faz as bolas. Eu que escrevo os programas. O verbo concorda com o pronome antecedente

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quando o sujeito um pronome relativo. Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova. Fui eu que fiz a lio Quando a LIO pronome relativo, h vrias construes possveis. que: Fui eu que fiz a lio. quem: Fui eu quem fez a lio. o que: Fui eu o que fez a lio. 14) Verbos impessoais - como no possuem sujeito, deixam o verbo na terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a este sua impessoalidade. Chove a cntaros. Ventou muito ontem. Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discusses. CONCORDNCIA DOS VERBOS SER E PARECER 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PARECER concordam com o predicativo. Tudo so esperanas. Aquilo parecem iluses. Aquilo iluso. 2) Nas oraes iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER concorda sempre com o nome ou pronome que vier depois. Que so florestas equatoriais? Quem eram aqueles homens? 3) Nas indicaes de horas, datas, distncias, a concordncia se far com a expresso numrica. So oito horas. Hoje so 19 de setembro. De Botafogo ao Leblon so oito quilmetros. 4) Com o predicado nominal indicando suficincia ou falta, o verbo SER fica no singular. Trs batalhes muito pouco. Trinta milhes de dlares muito dinheiro. 5) Quando o sujeito pessoa, o verbo SER fica no singular. Maria era as flores da casa. O homem cinzas. 6) Quando o sujeito constitudo de verbos no infinitivo, o verbo SER concorda com o predicativo. Danar e cantar a sua atividade. Estudar e trabalhar so as minhas atividades. 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER concorda com o pronome. A cincia, mestres, sois vs. Em minha turma, o lder sou eu. 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo, apenas um deles deve ser flexionado. Os meninos parecem gostar dos brinquedos. Os meninos parece gostarem dos brinquedos. REGNCIA NOMINAL E VERBAL Regncia o processo sinttico no qual um termo depende gramaticalmente do outro. A regncia nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e adjetivos). Exemplos: - acesso: A = aproximao - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM EM = promoo - averso: A, EM, PARA, POR PARA = passagem A regncia verbal trata dos complementos do verbo. ALGUNS VERBOS E SUA REGNCIA CORRETA 1. ASPIRAR - atrair para os pulmes (transitivo direto) pretender (transitivo indireto) No stio, aspiro o ar puro da montanha. Nossa equipe aspira ao trofu de campe. 2. OBEDECER - transitivo indireto Devemos obedecer aos sinais de trnsito. 3. PAGAR - transitivo direto e indireto J paguei um jantar a voc. 4. PERDOAR - transitivo direto e indireto. J perdoei aos meus inimigos as ofensas. 5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto Prefiro Comunicao Matemtica. 6. INFORMAR - transitivo direto e indireto. Informei-lhe o problema. 7. ASSISTIR - morar, residir: Assisto em Porto Alegre. amparar, socorrer, objeto direto O mdico assistiu o doente. PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto Assistimos a um belo espetculo. SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto Assiste-lhe o direito. 8. ATENDER - dar ateno Atendi ao pedido do aluno. CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENO - objeto direto Atenderam o fregus com simpatia. 9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto A moa queria um vestido novo. GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto O professor queria muito a seus alunos. 10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto Todos visamos a um futuro melhor. APONTAR, MIRAR - objeto direto O artilheiro visou a meta quando fez o gol. pr o sinal de visto - objeto direto O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia. 11. OBEDECER e DESOBEDECER - constri-se com objeto indireto Devemos obedecer aos superiores. Desobedeceram s leis do trnsito. 12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE exigem na sua regncia a preposio EM O armazm est situado na Farrapos. Ele estabeleceu-se na Avenida So Joo. 43

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13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" intransitivo. Essas tuas justificativas no procedem. no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constri-se com a preposio DE. Algumas palavras da Lngua Portuguesa procedem do tupi-guarani no sentido de dar incio, realizar, construdo com a preposio A. O secretrio procedeu leitura da carta. 14. ESQUECER E LEMBRAR quando no forem pronominais, constri-se com objeto direto: Esqueci o nome desta aluna. Lembrei o recado, assim que o vi. quando forem pronominais, constri-se com objeto indireto: Esqueceram-se da reunio de hoje. Lembrei-me da sua fisionomia. 15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa. perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos. pagar - Pago o 13 aos professores. dar - Daremos esmolas ao pobre. emprestar - Emprestei dinheiro ao colega. ensinar - Ensino a tabuada aos alunos. agradecer - Agradeo as graas a Deus. pedir - Pedi um favor ao colega. 16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto: O amor implica renncia. no sentido de antipatizar, ter m vontade, constri-se com a preposio COM: O professor implicava com os alunos no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrise com a preposio EM: Implicou-se na briga e saiu ferido 17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposio A: Ele foi a So Paulo para resolver negcios. quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA: Depois de aposentado, ir definitivamente para o Mato Grosso. 18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difcil, no tem pessoa como sujeito: O sujeito ser sempre "a coisa difcil", e ele s poder aparecer na 3 pessoa do singular, acompanhada do pronome oblquo. Quem sente dificuldade, ser objeto indireto. Custou-me confiar nele novamente. Custar-te- aceit-la como nora.

No corao do progresso H sculos a civilizao ocidental vem correndo atrs de tudo o que classifica como progresso. Essa palavra mgica aplica-se tanto inveno do aeroplano ou descoberta do DNA como promoo do papai no novo emprego. Estou fazendo progressos, diz a titia, quando enfim acerta a mo numa velha receita. Mas quero chegar logo ao ponto, e convidar o leitor a refletir sobre o sentido dessa palavra, que sempre pareceu abrir todas as portas para uma vida melhor. Quando, muitos anos atrs, num daqueles documentrios de cinema, via-se uma floresta sendo derrubada para dar lugar a algum empreendimento, ningum tinha dvida em dizer ou pensar: o progresso. Uma represa monumental era progresso. Cada novo produto qumico era um progresso. As coisas no mudaram tanto: continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mgica. Mas no deixaram de mudar um pouco: desde que a Ecologia saiu das academias, divulgou-se, popularizou-se e tornou-se, efetivamente, um conjunto de iniciativas em favor da preservao ambiental e da melhoria das condies da vida em nosso pequenino planeta. Para isso, foi preciso determinar muito bem o sentido de progresso. Do ponto de vista material, considera-se ganho humano apenas aquilo que concorre para equilibrar a ao transformadora do homem sobre a natureza e a integridade da vida natural. Desenvolvimento, sim, mas sustentvel: o adjetivo exprime uma condio, para cercear as iniciativas predatrias. Cada novidade tecnolgica h de ser investigada quanto a seus efeitos sobre o homem e o meio em que vive. Cada interveno na natureza h de adequar-se a um planejamento que considere a qualidade e a extenso dos efeitos. Em suma: j est ocorrendo, h algum tempo, uma avaliao tica e poltica de todas as formas de progresso que afetam nossa relao com o mundo e, portanto, a qualidade da nossa vida. No pouco, mas ainda no suficiente. Aos cientistas, aos administradores, aos empresrios, aos industriais e a todos ns cidados comuns cabe a tarefa cotidiana de zelarmos por nossas aes que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade de vida. A tarefa comea em nossa casa, em nossa cozinha e banheiro, em nosso quintal e jardim e se estende preocupao com a rua, com o bairro, com a cidade. Meu corao no maior do que o mundo, dizia o poeta. Mas um mundo que merece a ateno do nosso corao e da nossa inteligncia , certamente, melhor do que este em que estamos vivendo. No custa interrogar, a cada vez que algum diz progresso, o sentido preciso talvez oculto - da palavra mgica empregada. (Alaor Adauto de Mello) 1. Centraliza-se, no texto, uma concepo de progresso, segundo a qual este deve ser (A)) equacionado como uma forma de equilbrio entre as atividades humanas e o respeito ao mundo natural. (B) identificado como aprimoramento tecnolgico que resulte em atividade economicamente vivel. (C) caracterizado como uma atividade que redunde em maiores lucros para todos os indivduos de uma comunidade. (D) definido como um atributo da natureza que induz os homens a aproveitarem apenas o que oferecido em sua forma natural. (E) aceito como um processo civilizatrio que implique melhor distribuio de renda entre todos os agentes dos setores produtivos.

PROVA SIMULADA

Nota
As questes aqui transcritas foram extradas de provas anteriores dos mais variados concursos, obedecendo o programa oficial.
Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto que segue.

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2. I. Considere as seguintes afirmaes: A banalizao do uso da palavra progresso uma consequncia do fato de que a Ecologia deixou de ser um assunto acadmico. II. A expresso desenvolvimento sustentvel pressupe que haja formas de desenvolvimento nocivas e predatrias. III. Entende o autor do texto que a magia da palavra progresso advm do uso consciente e responsvel que a maioria das pessoas vem fazendo dela. Em relao ao texto est correto APENAS que se afirma em (A) I. (B)) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente uma frase do texto em: (A) Mas quero chegar logo ao ponto = devo me antecipar a qualquer concluso. (B) continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mgica = seguimos chamando de mgico tudo o que julgamos sem preconceito. (C) para cercear as iniciativas predatrias = para ir ao encontro das aes voluntariosas. (D) aes que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade da vida = prticas alheias ao que diz respeito s condies de vida. (E)) h de adequar-se a um planejamento = deve ir ao encontro do que est planificado. 4. Cada interveno na natureza h de adequar-se a um planejamento pelo qual se garanta que a qualidade da vida seja preservada. Os tempos e os modos verbais da frase acima continuaro corretamente articulados caso se substituam as formas sublinhadas, na ordem em que surgem, por (A) houve - garantiria - (B) haveria - garantiu - teria sido (C) haveria - garantisse - fosse (D) haver - garantisse - e (E) havia - garantiu - 5. As normas de concordncia verbal esto plenamente respeitadas na frase: (A)) J faz muitos sculos que se vm atribuindo palavra progresso algumas conotaes mgicas. (B) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem conhecer seu sentido real muitos equvocos ideolgicos. (C) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso no chega a representarem, de fato, qualquer avano significativo. (D) Se muitas novidades tecnolgicas houvesse de ser investigadas a fundo, veramos que so irrelevantes para a melhoria da vida. (E) Comeam pelas preocupaes com nossa casa, com nossa rua, com nossa cidade a tarefa de zelarmos por uma boa qualidade da vida. 6. (A) Est correto o emprego de ambas as expresses sublinhadas na frase: De tudo aquilo que classificamos como progresso costumamos atribuir o sentido de um tipo de ganho ao qual no queremos abrir mo. prefervel deixar intacta a mata selvagem do que 45 destru-la em nome de um benefcio em que quase ningum desfrutar. (C) A titia, cuja a mo enfim acertou numa velha receita, no hesitou em ver como progresso a operao qual foi bem sucedida. (D) A preciso da qual se pretende identificar o sentido de uma palavra depende muito do valor de contexto a que lhe atribumos. (E)) As inovaes tecnolgicas de cujo benefcio todos se aproveitam representam, efetivamente, o avano a que se costuma chamar progresso. 7. Considere as seguintes afirmaes, relativas a aspectos da construo ou da expressividade do texto: I. No contexto do segundo pargrafo, a forma plural no mudaram tanto atende concordncia com academias. II. No contexto do terceiro pargrafo, a expresso h de adequar-se exprime um dever imperioso, uma necessidade premente. III. A expresso Em suma, tal como empregada no quarto pargrafo, anuncia a abertura de uma linha de argumentao ainda inexplorada no texto. Est correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B)) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 8. A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a palavra progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mgicos que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos. Evitam-se as repeties viciosas da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A)) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam (B) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na (C) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe (D) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam (E) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam 9. (A) Est clara e correta a redao da seguinte frase: Caso no se determine bem o sentido da palavra progresso, pois que usada indiscriminadamente, ainda assim se faria necessrio que reflitamos sobre seu verdadeiro sentido. (B) Ao dizer o poeta que seu corao no maior do que o mundo, devemos nos inspirar para que se estabelea entre este e o nosso corao os compromissos que se reflitam numa vida melhor. (C) Nada desprezvel no espao do mundo, que no merea nossa ateno quanto ao fato de que sejamos responsveis por sua melhoria, seja o nosso quintal, nossa rua, enfim, onde se esteja. (D)) Todo desenvolvimento definido como sustentvel exige, para fazer jus a esse adjetivo, cuidados especiais com o meio ambiente, para que no venham a ser nocivos seus efeitos imediatos ou futuros. (E) Tem muita cincia que, se sasse das limitaes acadmicas, acabariam por se revelarem mais teis e mais populares, em vista da Ecologia, cujas consequncias se sente mesmo no mbito da vida prtica. 10. Est inteiramente correta a pontuao do seguinte perodo: (A) Toda vez que pronunciada, a palavra progresso, parece abrir a porta para um mundo, mgico de

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prosperidade garantida. (B)) Por mnimas que paream, h providncias inadiveis, aes aparentemente irrisrias, cuja execuo cotidiana , no entanto, importantssima. (C) O prestgio da palavra progresso, deve-se em grande parte ao modo irrefletido, com que usamos e abusamos, dessa palavrinha mgica. (D) Ainda que traga muitos benefcios, a construo de enormes represas, costuma trazer tambm uma srie de consequncias ambientais que, nem sempre, foram avaliadas. (E) No h dvida, de que o autor do texto aderiu a teses ambientalistas segundo as quais, o conceito de progresso est sujeito a uma permanente avaliao. Leia o texto a seguir para responder s questes de nmeros 11 a 24. De um lado esto os prejuzos e a restrio de direitos causados pelos protestos que param as ruas de So Paulo. De outro est o direito livre manifestao, assegurado pela Carta de 1988. Como no h frmula perfeita de arbitrar esse choque entre garantias democrticas fundamentais, cabe lanar mo de medidas pontuais e sobretudo de bom senso. A Companhia de Engenharia de Trfego (CET) estima em R$ 3 milhes o custo para a populao dos protestos ocorridos nos ltimos trs anos na capital paulista. O clculo leva em conta o combustvel consumido e as horas perdidas de trabalho durante os engarrafamentos causados por protestos. Os carros enfileirados por conta de manifestaes nesses trs anos praticamente cobririam os 231 km que separam So Paulo de So Carlos. A Justia o meio mais promissor, em longo prazo, para desestimular os protestos abusivos que param o trnsito nos horrios mais inconvenientes e acarretam variados transtornos a milhes de pessoas. adequada a atitude da CET de enviar sistematicamente ao Ministrio Pblico relatrios com os prejuzos causados em cada manifestao feita fora de horrios e locais sugeridos pela agncia ou sem comunicao prvia. Com base num documento da CET, por exemplo, a Procuradoria acionou um lder de sindicato, o qual foi condenado em primeira instncia a pagar R$ 3,3 milhes aos cofres pblicos, a ttulo de reparao. O direito livre manifestao est previsto na Constituio. No entanto, tal direito no anula a responsabilizao civil e criminal em caso de danos provocados pelos protestos. O poder pblico deveria definir, de preferncia em negociao com as categorias que costumam realizar protestos na capital, horrios e locais vedados s passeatas. Prticas corriqueiras, como a paralisia de avenidas essenciais para o trfego na capital nos horrios de maior fluxo, deveriam ser abolidas. (Folha de S.Paulo, 29.09.07. Adaptado) 11. De acordo com o texto, correto afirmar que (A) a Companhia de Engenharia de Trfego no sabe mensurar o custo dos protestos ocorridos nos ltimos anos. (B) os prejuzos da ordem de R$ 3 milhes em razo dos engarrafamentos j foram pagos pelos manifestantes. (C) os protestos de rua fazem parte de uma sociedade democrtica e so permitidos pela Carta de 1988. (D) aps a multa, os lderes de sindicato resolveram organizar protestos de rua em horrios e locais predeterminados. (E) o Ministrio Pblico envia com frequncia estudos sobre os custos das manifestaes feitas de forma abusiva. 12. No primeiro pargrafo, afirma-se que no h frmula perfeita para solucionar o conflito entre manifestantes e os prejuzos causados ao restante da populao. A sada estaria principalmente na (A) sensatez. (B) Carta de 1998. (C) Justia. (D) Companhia de Engenharia de Trfego. (E) na adoo de medidas amplas e profundas. 13. De acordo com o segundo pargrafo do texto, os protestos que param as ruas de So Paulo representam um custo para a populao da cidade. O clculo desses custos feito a partir (A) das multas aplicadas pela Companhia de Engenharia de Trfego (CET). (B) dos gastos de combustvel e das horas de trabalho desperdiadas em engarrafamentos. (C) da distncia a ser percorrida entre as cidades de So Paulo e So Carlos. (D) da quantidade de carros existentes entre a capital de So Paulo e So Carlos. (E) do nmero de usurios de automveis particulares da cidade de So Paulo. 14. A quantidade de carros parados nos engarrafamentos, em razo das manifestaes na cidade de So Paulo nos ltimos trs anos, equiparada, no texto, (A) a R$ 3,3 milhes. (B) ao total de usurios da cidade de So Carlos. (C) ao total de usurios da cidade de So Paulo. (D) ao total de combustvel economizado. (E) a uma distncia de 231 km. 15. No terceiro pargrafo, a respeito do poder da Justia em coibir os protestos abusivos, o texto assume um posicionamento de (A) indiferena, porque diz que a deciso no cabe Justia. (B) entusiasmo, porque acredita que o rgo j tem poder para impedir protestos abusivos. (C) decepo, porque no v nenhum exemplo concreto do rgo para impedir protestos em horrios de pico. (D) confiana, porque acredita que, no futuro, ser uma forma bem-sucedida de desestimular protestos abusivos. (E) satisfao, porque cita casos em que a Justia j teve xito em impedir protestos em horrios inconvenientes e em avenidas movimentadas. 16. De acordo com o texto, a atitude da Companhia de Engenharia de Trfego de enviar periodicamente relatrios sobre os prejuzos causados em cada manifestao (A) pertinente. (B) indiferente. (C) irrelevante. (D) onerosa. (E) inofensiva. 17. No quarto pargrafo, o fato de a Procuradoria condenar um lder sindical (A) ilegal e fere os preceitos da Carta de 1998. (B) deve ser comemorada, ainda que viole a Constituio. (C) legal, porque o direito livre manifestao no isenta o manifestante da responsabilidade pelos da46

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nos causados. (D) nula, porque, segundo o direito livre manifestao, o acusado poder entrar com recurso. (E) indita, porque, pela primeira vez, apesar dos direitos assegurados, um manifestante ser punido. 18. Dentre as solues apontadas, no ltimo pargrafo, para resolver o conflito, destaca-se (A) multa a lderes sindicais. (B) fiscalizao mais rgida por parte da Companhia de Engenharia de Trfego. (C) o fim dos protestos em qualquer via pblica. (D) fixar horrios e locais proibidos para os protestos de rua. (E) negociar com diferentes categorias para que no faam mais manifestaes. 19. No trecho adequada a atitude da CET de enviar relatrios , substituindo-se o termo atitude por comportamentos, obtm-se, de acordo com as regras gramaticais, a seguinte frase: (A) adequada comportamentos da CET de enviar relatrios. (B) adequado comportamentos da CET de enviar relatrios. (C) So adequado os comportamentos da CET de enviar relatrios. (D) So adequadas os comportamentos da CET de enviar relatrios. (E) So adequados os comportamentos da CET de enviar relatrios. 20. No trecho No entanto, tal direito no anula a responsabilizao civil e criminal em caso de danos provocados pelos protestos , a locuo conjuntiva no entanto indica uma relao de (A) causa e efeito. (B) oposio. (C) comparao. (D) condio. (E) explicao. 21. No h frmula perfeita de arbitrar esse choque. Nessa frase, a palavra arbitrar um sinnimo de (A) julgar. (B) almejar. (C) condenar. (D) corroborar. (E) descriminar. 22. No trecho A Justia o meio mais promissor para desestimular os protestos abusivos a preposio para estabelece entre os termos uma relao de (A) tempo. (B) posse. (C) causa. (D) origem. (E) finalidade. 23. Na frase O poder pblico deveria definir horrios e locais , substituindo-se o verbo definir por obedecer, obtm-se, segundo as regras de regncia verbal, a seguinte frase: (A) O poder pblico deveria obedecer para horrios e locais. (B) O poder pblico deveria obedecer a horrios e locais. (C) O poder pblico deveria obedecer horrios e locais. (D) O poder pblico deveria obedecer com horrios e locais. (E) O poder pblico deveria obedecer os horrios e locais.

24. Transpondo para a voz passiva a frase A Procuradoria acionou um lder de sindicato obtm-se: (A) Um lder de sindicato foi acionado pela Procuradoria. (B) Acionaram um lder de sindicato pela Procuradoria. (C) Acionaram-se um lder de sindicato pela Procuradoria. (D) Um lder de sindicato ser acionado pela Procuradoria. (E) A Procuradoria foi acionada por um lder de sindicato. Leia o texto para responder s questes de nmeros 25 a 34

Diploma e monoplio
Faz quase dois sculos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. embaraoso verificar que ainda no foram resolvidos os enguios entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrncia (sob um bom marco regulatrio) promove o interesse da sociedade e que o monoplio s bom para quem o detm. No fora essa ignorncia, como explicar a avalanche de leis que protegem monoplios esprios para o exerccio profissional? Desde a criao dos primeiros cursos de direito, os graduados apenas ocasionalmente exercem a profisso. Em sua maioria, sempre ocuparam postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios. Nos dias de hoje, nem 20% advogam. Mas continua havendo boas razes para estudar direito, pois esse um curso no qual se exercita lgica rigorosa, se l e se escreve bastante. Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se no houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, pacincia, a culpa mais da fragilidade do ensino bsico do que das faculdades. Diante dessa polivalncia do curso de direito, os exames da OAB so uma soluo brilhante. Aqueles que defendero clientes nos tribunais devem demonstrar nessa prova um mnimo de conhecimento. Mas, como os cursos so tambm teis para quem no fez o exame da Ordem ou no foi bem sucedido na prova, abrir ou fechar cursos de formao geral assunto do MEC, no da OAB. A interferncia das corporaes no passa de uma prtica monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos tambm se uma corporao profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, pois essa tambm uma forma de limitar a concorrncia mas trata-se a de uma questo secundria. (...) (Veja, 07.03.2007. Adaptado) 25. Assinale a alternativa que reescreve, com correo gramatical, as frases: Faz quase dois sculos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que ainda no foram resolvidos os enguios entre diplomas e carreiras. (A) Faz quase dois sculos que se fundou escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que ainda no se resolveu os enguios entre diplomas e carreiras. (B) Faz quase dois sculos que se fundava escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que

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ainda no se resolveram os enguios entre diplomas e carreiras. (C) Faz quase dois sculos que se fundaria escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que ainda no se resolveu os enguios entre diplomas e carreiras. (D) Faz quase dois sculos que se fundara escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que ainda no se resolvera os enguios entre diplomas e carreiras. (E) Faz quase dois sculos que se fundaram escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que ainda no se resolveram os enguios entre diplomas e carreiras. 26. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de acordo com a norma culta, as frases: O monoplio s bom para aqueles que ____________. / Nos dias de hoje, nem 20% advogam, e apenas 1% ____________. / Em sua maioria, os advogados sempre ____________. (A) o retem / obtem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios (B) o retm / obtm sucesso / se apropriaram aos postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios (C) o retm / obtem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios (D) o retm / obtm sucesso / sempre se apropriaram de postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios (E) o retem / obtem sucesso / se apropriaram de postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios 27. Assinale a alternativa em que se repete o tipo de orao introduzida pela conjuno se, empregado na frase Questionamos tambm se uma corporao profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, ... (A) A sociedade no chega a saber se os advogados so muito corporativos. (B) Se os advogados aprendem pouco, a culpa da fragilidade do ensino bsico. (C) O advogado afirma que se trata de uma questo secundria. (D) um curso no qual se exercita lgica rigorosa. (E) No curso de direito, l-se bastante. 28. Assinale a alternativa em que se admite a concordncia verbal tanto no singular como no plural como em: A maioria dos advogados ocupam postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios. (A) Como o direito, a medicina uma carreira estritamente profissional. (B) Os Estados Unidos e a Alemanha no oferecem cursos de administrao em nvel de bacharelado. (C) Metade dos cursos superiores carecem de boa qualificao. (D) As melhores universidades do pas abastecem o mercado de trabalho com bons profissionais. (E) A abertura de novos cursos tem de ser controlada por rgos oficiais. 29. Assinale a alternativa que apresenta correta correlao de tempo verbal entre as oraes. (A) Se os advogados demonstrarem um mnimo de conhecimento, poderiam defender bem seus clientes. (B) Embora tivessem cursado uma faculdade, no se desenvolveram intelectualmente. (C) possvel que os novos cursos passam a ter fiscalizao mais severa. (D) Se no fosse tanto desconhecimento, o desempenho poder ser melhor. (E) Seria desejvel que os enguios entre diplomas e carreiras se resolvem brevemente. 30. A substituio das expresses em destaque por um pronome pessoal est correta, nas duas frases, de acordo com a norma culta, em: (A) I. A concorrncia promove o interesse da sociedade. / A concorrncia promove-o. II. Aqueles que defendero clientes. / Aqueles que lhes defendero. (B) I. O governo fundou escolas de direito e de medicina. / O governo fundou elas. II. Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profisso. / Os graduados apenas ocasionalmente exercem-la. (C) I. Torna os graduados mais cultos. / Torna-os mais cultos. II. preciso mencionar os cursos de administrao. / preciso mencionar-lhes. (D) I. Os advogados devem demonstrar muitos conhecimentos. Os advogados devem demonstr-los. II. As associaes mostram sociedade o seu papel. / As associaes mostram-lhe o seu papel. (E) I. As leis protegem os monoplios esprios. / As leis protegem-os. II. As corporaes deviam fiscalizar a prtica profissional. / As corporaes deviam fiscaliz-la. 31. Assinale a alternativa em que as palavras em destaque exercem, respectivamente, a mesma funo sinttica das expresses assinaladas em: Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profisso. (A) Se aprendem pouco, a culpa da fragilidade do ensino bsico. (B) A interferncia das corporaes no passa de uma prtica monopolista. (C) Abrir e fechar cursos de formao geral assunto do MEC. (D) O estudante de direito exercita preferencialmente uma lgica rigorosa. (E) Boas razes existiro sempre para o advogado buscar conhecimento. 32. Assinale a alternativa que reescreve a frase de acordo com a norma culta. (A) Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profisso. / Os graduados apenas ocasionalmente se dedicam a profisso. (B) Os advogados devem demonstrar nessa prova um mnimo de conhecimento. / Os advogados devem primar nessa prova por um mnimo de conhecimento. (C) Ele no fez o exame da OAB. / Ele no procedeu o exame da OAB. (D) As corporaes deviam promover o interesse da sociedade. / As corporaes deviam almejar do interesse da sociedade. (E) Essa uma forma de limitar a concorrncia. / Essa uma forma de restringir concorrncia. 33. Assinale a alternativa em que o perodo formado com as frases I, II e III estabelece as relaes de condio entre I e II e de adio entre I e III. I. O advogado aprovado na OAB. II. O advogado raciocina com lgica. III. O advogado defende o cliente no tribunal. (A) Se o advogado raciocinar com lgica, ele ser aprovado na OAB e defender o cliente no tribunal com sucesso.

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(B) O advogado defender o cliente no tribunal com sucesso, mas ter de raciocinar com lgica e ser aprovado na OAB. (C) Como raciocinou com lgica, o advogado ser aprovado na OAB e defender o cliente no tribunal com sucesso. (D) O advogado defender o cliente no tribunal com sucesso porque raciocinou com lgica e foi aprovado na OAB. (E) Uma vez que o advogado raciocinou com lgica e foi aprovado na OAB, ele poder defender o cliente no tribunal com sucesso. 34. Na frase Se aprendem pouco, pacincia, a culpa mais da fragilidade do ensino bsico do que das faculdades. a palavra pacincia vem entre vrgulas para, no contexto, (A) garantir a ateno do leitor. (B) separar o sujeito do predicado. (C) intercalar uma reflexo do autor. (D) corrigir uma afirmao indevida. (E) retificar a ordem dos termos. Ateno: As questes de nmeros 35 a 42 referem-se ao texto abaixo. (C) aos mtodos com que as cincias sociais a analisam. (D) s ntimas conexes que ela mantm com o Direito. (E) s perspectivas em que considerada pelos acadmicos. 36. A concepo de tica atribuda a Adolfo Sanchez Vasquez retomada na seguinte expresso do texto: (A) ncleo especulativo e reflexivo. (B) objeto descritvel de uma Cincia. (C) explicao dos fatos morais. (D) parte da Filosofia. (E) comportamento consequencial 37. No texto, a terceira acepo da palavra tica deve ser entendida como aquela em que se considera, sobretudo, (A) o valor desejvel da ao humana. (B) o fundamento filosfico da moral. (C) o rigor do mtodo de anlise. (D) a lucidez de quem investiga o fato moral. (E) o rigoroso legado da jurisprudncia. 38. D-se uma ntima conexo entre a tica e o Direito quando ambos revelam, em relao aos valores morais da conduta, uma preocupao

(A) filosfica. Sobre tica


A palavra tica empregada nos meios acadmicos em trs acepes. Numa, faz-se referncia a teorias que tm como objeto de estudo o comportamento moral, ou seja, como entende Adolfo Sanchez Vasquez, a teoria que pretende explicar a natureza, fundamentos e condies da moral, relacionando-a com necessidades sociais humanas. Teramos, assim, nessa acepo, o entendimento de que o fenmeno moral pode ser estudado racional e cientificamente por uma disciplina que se prope a descrever as normas morais ou mesmo, com o auxlio de outras cincias, ser capaz de explicar valoraes comportamentais. Um segundo emprego dessa palavra consider-la uma categoria filosfica e mesmo parte da Filosofia, da qual se constituiria em ncleo especulativo e reflexivo sobre a complexa fenomenologia da moral na convivncia humana. A tica, como parte da Filosofia, teria por objeto refletir sobre os fundamentos da moral na busca de explicao dos fatos morais. Numa terceira acepo, a tica j no entendida como objeto descritvel de uma Cincia, tampouco como fenmeno especulativo. Trata-se agora da conduta esperada pela aplicao de regras morais no comportamento social, o que se pode resumir como qualificao do comportamento do homem como ser em situao. esse carter normativo de tica que a colocar em ntima conexo com o Direito. Nesta viso, os valores morais dariam o balizamento do agir e a tica seria assim a moral em realizao, pelo reconhecimento do outro como ser de direito, especialmente de dignidade. Como se v, a compreenso do fenmeno tica no mais surgiria metodologicamente dos resultados de uma descrio ou reflexo, mas sim, objetivamente, de um agir, de um comportamento consequencial, capaz de tornar possvel e correta a convivncia. (Adaptado do site Doutrina Jus Navigandi) 35. As diferentes acepes de tica devem-se, conforme se depreende da leitura do texto, (A) aos usos informais que o senso comum faz desse termo. (B) s consideraes sobre a etimologia dessa palavra. (B) descritiva. (C) prescritiva. (D) contestatria. (E) tradicionalista.

39. Considerando-se o contexto do ltimo pargrafo, o elemento sublinhado pode ser corretamente substitudo pelo que est entre parnteses, sem prejuzo para o sentido, no seguinte caso:
(A) (...) a colocar em ntima conexo com o Direito. (incluso) (B) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir (...) (arremate) (C) (...) qualificao do comportamento do homem como ser em situao. (provisrio) (D) (...) nem tampouco como fenmeno especulativo. (nem, ainda) (E) (...) de um agir, de um comportamento consequencial... (concessivo) 40. As normas de concordncia esto plenamente observadas na frase: (A) Costumam-se especular, nos meios acadmicos, em torno de trs acepes de tica. (B) As referncias que se faz natureza da tica consideram-na, com muita frequncia, associada aos valores morais. (C) No coubessem aos juristas aproximar-se da tica, as leis deixariam de ter a dignidade humana como balizamento. (D) No derivam das teorias, mas das prticas humanas, o efetivo valor de que se impregna a conduta dos indivduos. (E) Convm aos filsofos e juristas, quaisquer que sejam as circunstncias, atentar para a observncia dos valores ticos. 41. Est clara, correta e coerente a redao do seguinte comentrio sobre o texto: (A) Dentre as trs acepes de tica que se menciona no texto, uma apenas diz respeito uma rea em que conflui com o Direito.

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(B) O balizamento da conduta humana uma atividade em que, cada um em seu campo, se empenham o jurista e o filsofo. (C) Costuma ocorrer muitas vezes no ser fcil distinguir tica ou Moral, haja vista que tanto uma quanto outra pretendem ajuizar situao do homem. (D) Ainda que se torne por consenso um valor do comportamento humano, a tica varia conforme a perspectiva de atribuio do mesmo. (E) Os saberes humanos aplicados, do conhecimento da tica, costumam apresentar divergncias de enfoques, em que pese a metodologia usada. 42. Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta viso, os valores morais dariam o balizamento do agir, a forma verbal resultante dever ser: (A) seria dado. (B) teriam dado. (C) seriam dados. (D) teriam sido dados. (E) fora dado. Ateno: As questes de nmeros 43 a 48 referem-se ao texto abaixo. (E) II e III. 44. No contexto do primeiro pargrafo, a afirmao de que j decorreu um bom sculo de psicologia e psiquiatria dinmicas indica um fator determinante para que (A) concluamos que o homem moderno j no dispe de rigorosos padres morais para avaliar sua conduta. (B) consideremos cada vez mais difcil a discriminao entre o homem moral e o homem moralizador. (C) reconheamos como bastante remota a possibilidade de se caracterizar um homem moralizador. (D) identifiquemos divergncias profundas entre o comportamento de um homem moral e o de um moralizador. (E) divisemos as contradies internas que costumam ocorrer nas atitudes tomadas pelo homem moral. 45. O autor do texto refere-se aos Estados confessionais para exemplificar uma sociedade na qual (A) normas morais no tm qualquer peso na conduta dos cidados. (B) hipcritas exercem rigoroso controle sobre a conduta de todos. (C) a f religiosa decisiva para o respeito aos valores de uma moral comum. (D) a situao de barbrie impede a formulao de qualquer regra moral. (E) eventuais falhas de conduta so atribudas fraqueza das leis. 46. Na frase A distino entre ambos tem alguns corolrios relevantes, o sentido da expresso sublinhada est corretamente traduzido em: (A) significativos desdobramentos dela. (B) determinados antecedentes dela. (C) reconhecidos fatores que a causam.

O homem moral e o moralizador


Depois de um bom sculo de psicologia e psiquiatria dinmicas, estamos certos disto: o moralizador e o homem moral so figuras diferentes, se no opostas. O homem moral se impe padres de conduta e tenta respeit-los; o moralizador quer impor ferozmente aos outros os padres que ele no consegue respeitar. A distino entre ambos tem alguns corolrios relevantes. Primeiro, o moralizador um homem moral falido: se soubesse respeitar o padro moral que ele impe, ele no precisaria punir suas imperfeies nos outros. Segundo, possvel e compreensvel que um homem moral tenha um esprito missionrio: ele pode agir para levar os outros a adotar um padro parecido com o seu. Mas a imposio forada de um padro moral no nunca o ato de um homem moral, sempre o ato de um moralizador. Em geral, as sociedades em que as normas morais ganham fora de lei (os Estados confessionais, por exemplo) no so regradas por uma moral comum, nem pelas aspiraes de poucos e escolhidos homens exemplares,mas por moralizadores que tentam remir suas prprias falhas morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os outros. A pior barbrie do mundo isto: um mundo em que todos pagam pelos pecados de hipcritas que no se aguentam. (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008) 43. Atente para as afirmaes abaixo. I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador no se preocupa com os padres morais de conduta. II. Pelo fato de impor a si mesmo um rgido padro de conduta, o homem moral acaba por imp-lo conduta alheia. III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os padres de conduta que ele cobra dos outros. Em relao ao texto, correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II.

(D) consequentes aspectos que a relativizam.


(E) valores comuns que ela propicia. 47. Est correta a articulao entre os tempos e os modos verbais na frase: (A) Se o moralizador vier a respeitar o padro moral que ele impusera, j no podia ser considerado um hipcrita. (B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores morais que eles imporo aos outros. (C) A pior barbrie ter sido aquela em que o rigor dos hipcritas servisse de controle dos demais cidados. (D) Desde que haja a imposio forada de um padro moral, caracterizava-se um ato tpico do moralizador.

(E) No justo que os hipcritas sempre venham a impor padres morais que eles prprios no respeitam.
48. Est correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) O moralizador est carregado de imperfeies de que ele no costuma acusar em si mesmo. (B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padro moral ele no costuma impingir na dos outros. (C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador so os mesmos em que ele acusa seus semelhantes.

(D) Respeitar um padro moral das aes uma qualidade da qual no abrem mo os homens a quem no se pode acusar de hipcritas.
(E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padro moral de cujo ele prprio no respeita, demonstra toda a hipocrisia em que capaz.

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Ateno: As questes de nmeros 49 a 54 referemse ao texto abaixo. Fim de feira
Quando os feirantes j se dispem a desarmar as barracas, comeam a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas, ou mesmo nada, pelo que ameaa estragar. Chegam com suas sacolas cheias de esperana. Alguns no perdem tempo e passam a recolher o que est pelo cho: um mamozinho amolecido, umas folhas de couve amarelas, a metade de um abacaxi, que serviu de chamariz para os fregueses compradores. H uns que se aventuram at mesmo nas cercanias da barraca de pescados, onde pode haver alguma suspeita sardinha oculta entre jornais, ou uma ponta de cao obviamente desprezada. H feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas: oferecem-lhes o que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora. Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refugos, e chegam a recolh-los para no os verem coletados. Agem para salvaguardar no o lucro possvel, mas o princpio mesmo do comrcio. Parecem temer que a fome seja debelada sem que algum pague por isso. E no admitem ser acusados de egostas: somos comerciantes, no assistentes sociais, alegam. Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminho da limpeza e os funcionrios da prefeitura varrem e lavam tudo, entre risos e gritos. O trnsito liberado, os carros atravancam a rua e, no fosse o persistente cheiro de peixe, a ningum ocorreria que ali houve uma feira, frequentada por to diversas espcies de seres humanos. (Joel Rubinato, indito) 49. Nas frases parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refugos e no admitem ser acusados de egostas, o narrador do texto (A) mostra-se imparcial diante de atitudes opostas dos feirantes. (B) revela uma perspectiva crtica diante da atitude de certos feirantes. (C) demonstra no reconhecer qualquer proveito nesse tipo de coleta. (D) assume-se como um cronista a quem no cabe emitir julgamentos. (E) insinua sua indignao contra o lucro excessivo dos feirantes. 50. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um segmento do texto em: (A) serviu de chamariz (B) alguma suspeita sardinha possivelmente uma sardinha. (C) teimoso aproveitamento (D) o princpio mesmo do comrcio erao comercial. (E) Agem para salvaguardar 51. Atente para as afirmaes abaixo. I. Os riscos do consumo de uma sardinha suspeita ou da ponta de um cao que foi desprezada justificam o emprego de se aventuram, no primeiro pargrafo. II. O emprego de alegam, no segundo pargrafo, deixa entrever que o autor no compactua com a justificativa dos feirantes. III. No ltimo pargrafo, o autor faz ver que o fim da feira traz a superao de tudo o que determina a existncia de diversas espcies de seres humanos. Em relao ao texto, correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 52. Est INCORRETA a seguinte afirmao sobre um recurso de construo do texto: no contexto do (A) primeiro pargrafo, a forma ou mesmo nada faz subentender a expresso verbal querem pagar. (B) primeiro pargrafo, a expresso fregueses compradores faz subentender a existncia de fregueses que no compram nada. (C) segundo pargrafo, a expresso de qualquer modo est empregada com o sentido de de toda maneira. (D) segundo pargrafo, a expresso para salvaguardar est empregada com o sentido de a fim de resguardar. (E) terceiro pargrafo, a expresso no fosse tem sentido equivalente ao de mesmo no sendo. 53. O verbo indicado entre parnteses dever flexionar-se no plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: (A) Frutas e verduras, mesmo quando desprezadas, no ...... (deixar) de as recolher quem no pode pagar pelas boas e bonitas. (B) ......-se (dever) aos ruidosos funcionrios da limpeza pblica a providncia que far esquecer que ali funcionou uma feira. (C) No ...... (aludir) aos feirantes mais generosos, que oferecem as sobras de seus produtos, a observao do autor sobre o egosmo humano. (D) A pouca gente ...... (deixar) de sensibilizar os penosos detalhes da coleta, a que o narrador deu nfase em seu texto. (E) No ...... (caber) aos leitores, por fora do texto, criticar o lucro razovel de alguns feirantes, mas sim, a inaceitvel impiedade de outros. 54. A supresso da vrgula altera o sentido da seguinte frase: (A) Fica-se indignado com os feirantes, que no compreendem a carncia dos mais pobres. (B) No texto, ocorre uma descrio o mais fiel possvel da tradicional coleta de um fim de feira. (C) A todo momento, d-se o triste espetculo de pobreza centralizado nessa narrativa. (D) Certamente, o leitor no deixar de observar a preocupao do autor em distinguir os diferentes caracteres humanos. (E) Em qualquer lugar onde ocorra uma feira, ocorrer tambm a humilde coleta de que trata a crnica. Instrues: Para responder s questes de nmeros 55 a 64, considere o texto a seguir. Jornalismo e universo jurdico frequente, na grande mdia, a divulgao de informaes ligadas a temas jurdicos, muitas vezes essenciais para a conscientizao do cidado a respeito de seus direitos. Para esse gnero de informao alcanar adequadamente o pblico leitor leigo, no versado nos temas jurdicos, o papel do jornalista se torna indispensvel, pois cabe a ele transformar 51

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informaes originadas de meios especializados em notcia assimilvel pelo leitor. Para que consiga atingir o grande pblico, ao elaborar uma notcia ou reportagem ligada a temas jurdicos, o jornalista precisa buscar conhecimento complementar. No se trata de uma tarefa fcil, visto que a compreenso do universo jurdico exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos meios de comunicao informaes sobre fatos complexos relacionados ao mundo da Justia: reforma processual, controle externo do Judicirio, julgamento de crimes de improbidade administrativa, smula vinculante, entre tantos outros. Ao mesmo tempo que se observa na mdia um grande nmero de matrias atinentes s Cortes de Justia, s reformas na legislao e aos direitos legais do cidado, verifica-se o desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas. O campo jurdico to complexo como alguns outros assuntos enfocados em segmentos especializados, como a economia, a informtica ou a medicina, campos que tambm possuem linguagens prprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo jurdico, o jornalista arrisca-se a cometer uma srie de incorrees e imprecises lingusticas e tcnicas na forma como as notcias so veiculadas. Uma das razes para esse risco lembrada por Leo Serva: Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz incompreenso dos fatos que narra, a reduo das notcias a paradigmas que lhes so alheios, mas que permitem um certo nvel imediato de compreenso pelo autor ou por aquele que ele supe ser o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticirios confusos aparecero simplificados para o leitor, reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de compreenso da totalidade do significado da notcia. (Adaptado de Toms Eon Barreiros e Sergio Paulo Frana de Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006) 55. Uma das razes para a dificuldade de se veicularem notcias atinentes ao campo jurdico est (A) na improbidade de jornalistas que se dispem a pontificar em assuntos que lhes so inteiramente alheios. (B) na inexistncia de tcnicas de comunicao adequadas abordagem de temas que exigem conhecimento especializado. (C) no baixo interesse que os temas desse campo do conhecimento costumam despertar no pblico leigo. (D) na problemtica traduo da linguagem do mundo da Justia para uma linguagem que o leigo venha a compreender. (E) no frequente equvoco de considerar um assunto eminentemente tcnico como questo de interesse pblico. 56. Considere as seguintes afirmaes: I. A expresso buscar conhecimento complementar sugere, no contexto do 2o pargrafo, a necessidade de atribuir aos juristas mais eminentes a tarefa de divulgar notcias do mundo jurdico. II. No segmento que tambm possuem linguagens prprias (pargrafo 3o), a palavra sublinhada assinala que a imprensa dispe, como outros campos da mdia, de uma linguagem especfica. III. Na expresso ao embrenhar-se no intrincado mundo jurdico (pargrafo 3o), os dois termos sublinhados do nfase ao risco de desnorteio que oferece uma matria especfica ao jornalista que pretende simplific-la. Em relao ao texto, est correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 57. O trecho citado de Leo Serva ressalta o fato de que (A) a profisso de jornalista leva o homem de imprensa a se familiarizar com paradigmas que norteiam outros campos de atuao. (B) a investigao de assuntos muito especficos faz com que o jornalista descure dos paradigmas de seu prprio campo de atuao. (C) os jornalistas so levados incompreenso de muitos fatos quando se limitam aos paradigmas prprios do universo desses fatos. (D) a inobservncia dos paradigmas da imprensa leva muitos jornalistas a simplificarem excessivamente a complexidade da matria de que tratam. (E) as caractersticas do jornalismo levam muitos profissionais da imprensa a submeter uma matria especfica a paradigmas de outra rea. 58. Ainda no trecho de Leo Serva, a expresso Por conta desse procedimento pode ser substituda, sem prejuzo para a correo e o sentido da passagem, por: (A) Tendo por alvitre o mesmo procedimento. (B) No influxo de tal procedimento. (C) Em que pese a esse procedimento. (D) Conquanto seja considerado o procedimento. (E) A par deste procedimento. 59. As normas de concordncia verbal esto plenamente atendidas na frase: (A) Cabe aos jornalistas transformar informaes especializadas em notcias assimilveis pelo grande pblico. (B) Restam-lhes traduzir assuntos especializados em palavras que os leigos possam compreender j primeira leitura. (C) Exigem-se dos jornalistas que mostrem competncia e flexibilidade na passagem de uma linguagem para outra. (D) No so fceis de traduzir em palavras simples um universo lingustico to especializado como o de certas reas tcnicas. (E) Sempre haver de ocorrer deslizes, ao se transpor para a linguagem do dia-a-dia o vocabulrio de um campo tcnico. 60. Ao mesmo tempo que se observa na mdia um grande nmero de matrias atinentes s Cortes de Justia, s reformas na legislao (...) NO se mantm o emprego de s, no segmento acima, caso se substitua atinentes por (A) alusivas. (B) concernentes.

(C) referentes.
(D) relativas. (E) pautadas. 61. Traduz-se de modo claro, coerente e correto uma ideia do texto em: (A) A complexidade do universo jurdico de tal ordem, tendo em vista a alta especializao de seu vocabulrio, razo pela qual um jornalista v-se em apuros ao traduzirlhe. (B) No apenas o campo jurdico: tambm outras reas, como a economia ou a medicina, onde se dispem de termos especficos, suscitam srios desafios linguagem jornalstica.

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(C) H matrias especializadas que exigem dos jornalistas uma formao complementar, para que possam traduzir com fidelidade os paradigmas dessas reas. (D) Sem mais nem porque, alguns jornalistas passam a considerar-se aptos na abordagem de assuntos especializados, da advindo de que muitas de suas matrias desvirtuam a especificidade original. (E) Em sua citao, Leo Serva prope que a incompreensibilidade de muitas matrias jurdicas na imprensa devese ao procedimento redutor que leva um jornalista a incapacitar-se para aprender a totalidade da notcia. 62. Transpondo-se para a voz passiva o segmento Para esse gnero de informao alcanar adequadamente o pblico leitor leigo, a forma verbal resultante ser (A) tenha alcanado. (B) fosse alcanado. (C) tenha sido alcanado. benefcios onde a contrapartida em criao de empregos insuficiente. c) Naquele editorial da revista no ficou claro a posio do mesmo, seja porque o editorialista de fato no o desejasse, ou ento porque a redao dele no o permitiu. d) Com o fim do rodzio no trnsito, espera-se que ele aumente, voltando a terem problemas de congestionamento justamente quando todos saem ou voltam para casa. 66) Indique a sequncia que preenche corretamente as lacunas: 1. Ainda _____ pouco exultava, o que agora chora. 2. Conversarei contigo daqui ___ pouco, disse-lhe. 3. Diz-se que os milionrios portugueses, ____ muitos residentes no Brasil, sentem saudades de Portugal. 4. O sbio francs Adhmar, que viveu _____ mais de cem anos, formulou a teoria dos Perodos Glacirios. a) h - h - h - h b) h - a - h - h c) a - h - h - h d) h -a - a - h 67) Marque o conjunto de palavras que preenche as lacunas do texto, com correo gramatical e adequao modalidade padro da lngua: "Como profissional de comunicao, com alguma experincia em seu uso na poltica, tenho dificuldade em compreender o que pretendem os candidatos. Enganar-nos? Creio que isso. No ________ basta nada ________. Dizem ________. Uns, ________, de fato, nada tm a propor ou oferecer. Outros, ________ sabem falar." (S. Farhat) a) lhes - terem a dizer - mal - porqu - mal b) lhes - ter a dizer - mal - porque - mal c) nos - termos a dizer - mau - porque - mal d) lhos - ter a dizerem - mau - porqu - mau 68) A alternativa em que a pontuao est CORRETA : a) O padro culto do idioma, alm de ser uma espcie de marca de identidade, constitui recurso imprescindvel para uma boa argumentao. Ou seja: em situaes em que a norma culta se impe, transgresses podem desqualificar o contedo exposto e at mesmo desacreditar o autor. b) O padro culto do idioma - alm de ser uma espcie de marca de identidade -, constitui recurso, imprescindvel, para uma boa argumentao. Ou seja: em situaes, em que a norma culta se impe, transgresses podem desqualificar o contedo exposto e at mesmo desacreditar o autor. c) O padro culto do idioma, alm de ser uma espcie de marca de identidade, constitui recurso imprescindvel para uma boa argumentao, ou seja, em situaes em que a norma culta, se impe transgresses, podem desqualificar o contedo exposto e at mesmo desacreditar o autor. d) O padro culto do idioma, alm de ser uma espcie de marca de identidade constitui recurso imprescindvel para uma boa argumentao; ou seja: em situaes em que a norma culta se impe, transgresses podem desqualificar o contedo exposto e, at mesmo, desacreditar o autor... 69) Assinale a nica alternativa em que a expresso "porque" deve vir separada: a) Em breve compreenders porque tanta luta por um motivo to simples. b) No compareci reunio porque estava viajando. c) Se o Brasil precisa do trabalho de todos porque precisamos de um nacionalismo produtivo. d) Ainda no se descobriu o porqu de tantos desentendimentos. 53

(D) ser alcanado.


(E) vier a alcanar. 63. Atente para as seguintes afirmaes: I. Haver alterao de sentido caso se suprimam as vrgulas do segmento Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz incompreenso dos fatos que narra, a reduo das notcias (...). II. Ainda que opcional, seria desejvel a colocao de uma vrgula depois da expresso Ao mesmo tempo, na abertura do 3o pargrafo. III. Na frase No se trata de uma tarefa fcil, visto que a compreenso do universo jurdico exige conhecimento especializado, pode-se, sem prejuzo para o sentido, substituir o segmento sublinhado por fcil: a compreenso. Est correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e III, somente. (C) I e II, somente. (D) II e III, somente. (E) I, somente. 64. A flexo dos verbos e a correlao entre seus tempos e modos esto plenamente adequadas em: (A) Seria preciso que certos jornalistas conviessem em aprofundar seus conhecimentos na rea jurdica, para que no seguissem incorrendo em equvocos de informao. (B) Se um jornalista decidir pautar-se pela correo das informaes e se dispor a buscar conhecimento complementar, ter prestado inestimvel servio ao pblico leitor. (C) Todo equvoco que sobrevir precria informao sobre um assunto jurdico constituiria um desservio aos que desejarem esclarecer-se pelo noticirio da imprensa. (D) As imprecises tcnicas que costumam marcar notcias sobre o mundo jurdico deveriam-se ao fato de que muitos jornalistas no se deteram suficientemente na especificidade da matria. (E) Leo Serva no hesitou em identificar um procedimento habitual do jornalismo, a reduo das notcias, como tendo sido o responsvel por equvocos que vierem a tolher a compreenso da matria. 65) Indique o perodo cuja redao est inteiramente clara e correta. a) Resultou frustrada a nossa expectativa de adquirir bons livros, j que, na to decantada liquidao daquela grande livraria, s havia ttulos inexpressivos. b) Os incentivos fiscais constituem uma questo complicada, pois segundo alguns, a iniciativa privada recebe

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locuo adjetiva. Indique a alternativa cuja frase tambm apresenta uma locuo desse tipo. (A) A famlia viajou de avio Argentina. (B) A energia produzida pela fora dos ventos chamada de elica. (C) Ele resolveu de imediato todas as questes pendentes. (D) A secretria gosta de chantili em seu caf. (E) No frum, as salas estavam cheias de gente. 75. No texto, as palavras gacha e alcoolismo possuem hiato. Indique a alternativa em que as duas palavras tambm possuem esse encontro voclico. (A) Quadrado e caatinga. (B) Guaran e leopardo. (C) Toalha e saguo. (D) Violeta e teatro. (E) Moeda e guindaste. 76. Em ... destinado a pacientes de alcoolismo... o substantivo em destaque comum de dois gneros. Assinale a alternativa que apresenta dois substantivos que tambm so comuns de dois gneros. (A) Mrtir e monstro. (B) Carrasco e ssia. (C) Xereta e intrprete. (D) Criatura e piloto. (E) dolo e cnjuge. 77. Assinale a frase correta quanto ao emprego do gnero dos substantivos. (A) A perda das esperanas provocou uma profunda d na personagem. (B) O advogado no deu o nfase necessrio s milhares de solicitaes. (C) Ele vestiu o pijama e sentou-se para beber uma champanha gelada. (D) O omelete e o couve foram acompanhados por doses do melhor aguardente. (E) O beliche no coube na quitinete recm-comprada pelos estudantes. 78. Considere as frases: Esta escada tem degrau irregular. O trofu vem adornado com ouro. Elas esto corretamente escritas no plural na alternativa: (A) Estas escadas tm degraus irregulares. Os trofus vm adornados com ouro. (B) Estas escadas tm degrais irregulares. Os trofis vm adornados com ouro. (C) Estas escadas tem degraus irregulares. Os trofus vem adornados com ouro. (D) Estas escadas tem degrais irregulares. Os trofis vem adornados com ouro. (E) Estas escadas tm degrais irregulares. Os trofus vem adornados com ouro. 79. Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do gnero e do nmero das palavras. (A) Os portas-retratos estavam espalhados sobre o ba. (B) Toalhas laranja devero recobrir as mesas usadas na prxima conveno. (C) A empresa escolheu os uniformes na cor azul-marinha. (D) Os assaltantes, munidos de ps-de-cabras, invadiram o banco. (E) As folhas de sulfite para a impresso dos convites eram bege.

d)

70) Assinale a opo correta quanto pontuao: a) De tempos em tempos prticas criadas para reduzir a degradao do meio ambiente, ganham notoriedade especial. b) De tempos em tempos, prticas criadas para reduzir a degradao do meio ambiente ganham notoriedade especial. c) De tempos em tempos prticas, criadas para reduzir a degradao do meio ambiente ganham notoriedade especial. De tempos em tempos prticas criadas, para reduzir a degradao do meio ambiente ganham notoriedade especial Considere o texto para responder s questes de nmeros 71 a 76. O antibafmetro O Conselho Regional de Farmcia autuou uma drogaria da capital gacha que anunciava a venda de um remdio aparentemente capaz de mascarar os efeitos do lcool e enganar o bafmetro. Cartazes no interior da farmcia faziam a propaganda do medicamento. Originalmente destinado a pacientes de alcoolismo crnico, ele no produz os efeitos anunciados. O dono da farmcia dever responder ainda a um processo por incitar os consumidores a beber e dirigir, crime previsto no Cdigo Penal. (Revista poca, 06.10.2008. Adaptado) 71. Em Cartazes no interior da farmcia faziam a propaganda do medicamento o verbo em destaque est conjugado no (A) pretrito perfeito, pois apresenta um fato inesperado e incomum, ocorrido uma nica vez. (B) pretrito imperfeito, pois se refere a um fato que era habitual no passado. (C) pretrito mais-que-perfeito, pois indica fatos que aconteceram repentinamente num passado remoto. (D) imperfeito do subjuntivo, pois apresenta um fato provvel, mas dependente de algumas circunstncias. (E) futuro do pretrito, pois se refere a um fato de futuro incerto e duvidoso. 72. Considere os trechos: ... de um remdio aparentemente capaz de mascarar os efeitos do lcool... ... por incitar os consumidores a beber e dirigir, crime previsto no Cdigo Penal. Os termos em destaque expressam, respectivamente, as circunstncias de (A) afirmao e meio. (B) afirmao e lugar. (C) modo e lugar. (D) modo e meio. (E) intensidade e modo. 73. Assinale a alternativa em que os termos em destaque, na frase a seguir, esto corretamente substitudos pelo pronome. O dono da farmcia dever sofrer um processo por incitar os consumidores a beber. (A) sofr-lo ... incit-los (B) sofr-lo ... incitar-lhes (C) sofrer-lo ... incitar-los (D) sofrer-lhe ... incit-los (E) sofrer-lhe ... incitar-lhes 74. Em ... um remdio aparentemente capaz de mascarar os efeitos do lcool... os termos em destaque constituem uma

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80. Indique a alternativa cujas palavras preenchem, correta e respectivamente, as frases a seguir: ............................o motorista chegou, j havia uma srie de tarefas para ele realizar. Aquele que .......................... carter no progride na carreira profissional. Como ele se saiu ...............................na prova prtica, no conseguiu a colocao esperada. (A) Mau ... mau ... mal (B) Mau ... mal ... mau (C) Mal ... mau ... mau (D) Mal ... mau ... mal (E) Mal ... mal ... mau 81. Indique a alternativa que completa a frase a seguir, respectivamente, com as circunstncias de intensidade e de modo. Aps o telefonema, o motorista partiu.................. (A) s 18 h com o veculo. (B) rapidamente ao meio-dia. (C) bastante alerta. (D) apressadamente com o caminho. (E) agora calmamente. 82. A alternativa em que o termo em destaque exerce a funo de substantivo : (A) Respondeu pergunta com um sorriso amarelo. (B) Estava plida, e seu rosto apresentava tons amarelos. (C) As cortinas amarelas combinavam com o ambiente. (D) Marque com um trao amarelo as ruas do mapa. (E) Os amarelos de Van Gogh tornaram suas telas famosas. 83. Considere as frases e as observaes sobre elas: Marcelo, que trabalha em nosso departamento, declara-se um solteiro convicto. O av disse neta: Voc minha princesinha! Para dona Salete, todos da vizinhana pertencem gentalha. I. Nos termos em destaque, o emprego do aumentativo e do diminutivo expressa a ideia de tamanho. II. Voc um pronome pessoal do caso reto. III. Todos classifica-se como pronome indefinido, pois se refere aos seres de maneira vaga e imprecisa. IV. Em ... que trabalha em nosso departamento... o pronome em destaque relativo e se refere a Marcelo. correto o que se afirma em (A) I e III, apenas. (B) II e III, apenas. (C) III e IV, apenas. (D) I, II e IV, apenas. (E) I, II, III e IV. 84. Assinale a alternativa cujos verbos preenchem, correta e respectivamente, as frases a seguir. Se o motor do veculo .................a temperatura alta, leve-o oficina mecnica. Quando voc .......................o motorista, informe-lhe os novos endereos do Tribunal de Justia. (A) manter ... ver (B) manter ... vir (C) manter ... viu (D) mantiver ... ver (E) mantiver ... vir 85. Considere as frases: I. Recomendou que era para mim esper-lo porta do cinema. II. Entre mim e a sua famlia sempre houve entrosamento. III. Estes relatrios devem ser conferidos por mim e por vocs. O emprego do pronome mim est correto em (A) III, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. Leia o texto para responder s questes de nmeros 86 e 87. Nova lei torna airbag frontal obrigatrio O projeto de lei que torna o airbag frontal para motorista e passageiro item de segurana obrigatrio em carros, camionetes e picapes, aprovado pela Cmara no ms passado, foi sancionado pelo presidente da Repblica e publicado ontem no Dirio Oficial da Unio. A estimativa que hoje de 15% a 25% dos veculos vendidos no pas tenham o airbag, ndice que menor entre os populares (5%). (Folha de S.Paulo, 20.03.2009) 86. Entre os termos em destaque no texto, os que exercem a funo de adjetivo so (A) frontal, passado e Oficial. (B) frontal, item e passado. (C) Oficial, ontem e ndice. (D) Oficial, item e passado. (E) item, ontem e ndice. 87. Supondo-se que um cidado resolva escrever ao presidente da Repblica para elogi-lo pela sano desse projeto, esse cidado deve se dirigir ao presidente tratando-o por (A) Vossa Senhoria. (B) Vossa Excelncia. (C) Vossa Magnificncia. (D) Vossa Reverendssima. (E) Vossa Eminncia. 88. Um dos pronomes de tratamento com que as pessoas devem se dirigir a juzes de direito Vossa Meritssima. Em sua composio, o pronome Meritssima um (A) adjetivo empregado em seu comparativo de superioridade. (B) adjetivo empregado no superlativo relativo. (C) adjetivo empregado no superlativo absoluto. (D) substantivo empregado no grau aumentativo sinttico. (E) substantivo empregado no grau aumentativo analtico. 89) Considerando-se o significado com que foi empregada a palavra MESMO no trecho "Mesmo depois de pronto, o barco de esporte e lazer continua a gerar trabalho em marinas", pode-se afirmar que ela foi empregada com idntico significado na frase: a) Um passeio de barco agradvel, mesmo com tempo chuvoso. b) A Receita Federal mesma que vetou a diminuio da carga tributria. c) Mesmo que o mar esteja agitado, o esportista no deixa de sair com seu barco. d) Apenas um barco chegou ao mesmo local onde estivera antes. 90. Assinale a alternativa cujos verbos preenchem, correta e respectivamente, a recomendao a seguir, afixada em seo de determinado frum. Prezados Senhores

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Ns temos ...................a situaes constrangedoras por conta do uso indevido do celular. Se os senhores no se .....................a agir com educao e respeitar o outro, desligando o aparelho quando necessrio, a Direo ....................... tomando medidas drsticas. Contamos com a colaborao de todos! (A) chego ... predispuserem ... interver (B) chego ... predisporem ... intervir (C) chegado ... predisporem ... interver (D) chegado ... predispuserem ... intervir (E) chegado ... predisporem ... intervir isso, poder 29 receber na corrente sangunea solues de glicose, clcio, 30 vitamina C, produtos aromticos - tudo sem saber dos riscos que 31 corre pela entrada sbita destes produtos na sua circulao. Dr. Geraldo Medeiros - Veja - 1995 91 Sobre o ttulo dado ao texto - um arriscado esporte nacional -, a nica afirmao correta : A) mostra que a automedicao tratada como um esporte sem riscos; B) indica quais so os riscos enfrentados por aqueles que se automedicam; C) denuncia que a atividade esportiva favorece a automedicao; D) condena a pouca seriedade daqueles que consomem remdio por conta prpria; E) assinala que o principal motivo da automedicao a tentativa de manter-se a juventude. 92 Os leigos sempre se medicaram por conta prpria,... Esta frase inicial do texto s NO equivale semanticamente a: A) Os leigos, por conta prpria, sempre se medicaram; B) Por conta prpria os leigos sempre se medicaram; C) Os leigos se medicaram sempre por conta prpria; D) Sempre se medicaram os leigos por conta prpria; E) Sempre os leigos, por conta prpria, se medicaram. 93 O motivo que levou o Dr. Geraldo Medeiros a abordar o tema da automedicao, segundo o que declara no primeiro pargrafo do texto, foi: A) a tradio que sempre tiveram os brasileiros de automedicar-se; B) os lucros imensos obtidos pela indstria farmacutica com a venda ''livre'' de remdios; C) a maior gravidade atingida hoje pelo hbito brasileiro da automedicao; D) a preocupao com o elevado nmero de bitos decorrente da automedicao; E) aumentar o lucro dos mdicos, incentivando as consultas. 94 Um grupo de vocbulos do texto possui componentes sublinhados cuja significao indicada a seguir; o nico item em que essa indicao est ERRADA : A) blico - guerra; B) metrpoles - cidade; C) antibiticos - vida; D) glicose - acar; E) clcio - osso. 95 O item em que o segmento sublinhado tem forma equivalente corretamente indicada : A) ...j que de mdico e louco todos temos um pouco. uma vez que; B) ...vendas realizadas pelas farmcias... - entre as; C) ...sem que necessariamente faa junto com essas advertncias... - embora; D) ...para que os entusiastas da automedicao... - afim; E) Quem age assim est ensinando bactrias... - mal. 96 ...jamais adquiriu contornos to preocupantes no Brasil como atualmente; ...sem que necessariamente faa junto com essas advertncias...; ...quando realmente precisar de remdio...; os advrbios sublinhados indicam, respectivamente: 56

Um arriscado esporte nacional


01 Os leigos sempre se medicaram por conta prpria, j que de 02 mdico e louco todos temos um pouco, mas esse problema jamais 03 adquiriu contornos to preocupantes no Brasil como atualmente. 04 Qualquer farmcia conta hoje com um arsenal de armas de 05 guerra para combater doenas de fazer inveja prpria indstria 06 de material blico nacional. Cerca de 40% das vendas realizadas 07 pelas farmcias nas metrpoles brasileiras destinam-se a pessoas 08 que se automedicam. A indstria farmacutica de menor porte e 09 importncia retira 80% de seu faturamento da venda ''livre'' de 10 seus produtos, isto , das vendas realizadas sem receita mdica. 11 Diante desse quadro, o mdico tem o dever de alertar a 12 populao para os perigos ocultos em cada remdio, sem que 13 necessariamente faa junto com essas advertncias uma sugesto 14 para que os entusiastas da automedicao passem a gastar mais 15 em consultas mdicas. Acredito que a maioria das pessoas se 16 automedica por sugesto de amigos, leitura, fascinao pelo 17 mundo maravilhoso das drogas ''novas'' ou simplesmente para 18 tentar manter a juventude. Qualquer que seja a causa, os 19 resultados podem ser danosos. 20 comum, por exemplo, que um simples resfriado ou uma 21 gripe banal leve um brasileiro a ingerir doses insuficientes ou 22 inadequadas de antibiticos fortssimos, reservados para 23 infeces graves e com indicao precisa. Quem age assim est 24 ensinando bactrias a se tornarem resistentes a antibiticos. Um 25 dia, quando realmente precisar de remdio, este no funcionar. 26 E quem no conhece aquele tipo de gripado que chega a uma 27 farmcia e pede ao rapaz do balco que lhe aplique uma 28 ''bomba'' na veia, para cortar a gripe pela raiz? Com

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A) B) C) D) E) tempo, modo, afirmao; tempo, modo, tempo; tempo, tempo, tempo; modo, tempo, modo; modo, modo, afirmao. em que podem colher verduras no contaminadas. Um hbito da Idade Mdia inspirou vrias famlias que, morando nas cercanias da Serra da Cantareira, resolveram fazer das hortas comunitrias autnticas feiras livres A venda de hortalias diretamente do produtor para o consumidor traz, para aquele, vantagens financeiras e, para este, a garantia de produtos mais saudveis.

II.

97 O item em que o par de palavras NO est acentuado em funo da mesma regra ortogrfica : A) prpria / advertncias; B) farmcia / bactrias; C) indstria / clcio; D) importncia / razes; E) remdio / circunstncia. 98 Palavra que NO pertence ao mesmo campo semntico das demais : A) arsenal; B) armas; C) guerra; D) combater; E) inveja. 99 Termo sublinhado que exerce funo diferente dos demais : A) ...venda de seus produtos...; B) ...dever de alertar...; C) ...sugesto de amigos...; D) ...fascinao pelo mundo...; E) ...fazer inveja indstria..... 100 Ao indicar as provveis razes pelas quais os brasileiros se automedicam, o Dr. Geraldo Medeiros utiliza um argumento baseado em opinio e no numa certeza; o segmento que comprova essa afirmao : A) comum...(l.20); B) Acredito...(l.15); C) ...por exemplo...(l.20); D) Com isso...(l.28); E) Qualquer que...(l.18). As questes de nmeros 101 a 105 referem-se ao texto que segue. Vrias famlias percorrem dez ou mais quilmetros com destino Serra da Cantareira, mais precisamente Chcara do Frade, com seus dezessete hectares tomados por alface, rcula, pepino, cenoura e dezenas de outras hortalias. As pessoas caminham entre os canteiros, trocam informaes sobre o plantio, escolhem o que comprar e levam produtos fresquinhos, jamais "batizados" por agrotxicos. Cada vez mais hortas instaladas perto da capital esto abrindo suas portas aos visitantes. O proprietrio, Jos Frade, lucra com a venda direta. O consumidor, por sua vez, garante a qualidade do que est comendo. Na Europa, isso muito comum. Desde a Idade Mdia, durante a poca da colheita, as plantaes dos vilarejos vizinhos s cidades se transformam em verdadeiras feiras livres. Por aqui, a onda est apenas comeando. Num raio de cem quilmetros da capital j existem pelo menos nove stios e chcaras que trabalham nesse sistema. 101. Considere as seguintes afirmaes: I. Muitos consumidores das cercanias de So Paulo passaram a cultivar hortas domsticas,

III.

Em relao ao texto, est correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 102. So grandes as vantagens que ....., da compra direta de hortalias (ou dos ...... , em geral); sabem disso aqueles que j se ...... e pensaram nos males dos agrotxicos. Completam corretamente as lacunas do perodo acima: (A) adviriam - hortifrutigranjeiros - detiveram (B) adveriam - hortifrutigranjeiros - detiveram (C) adviriam - hortisfrutisgranjeiros - deteram (D) adveriam - hortisfrutisgranjeiros - deteram (E) adviriam - hortifrutigranjeiros - deteram 103. A frase corretamente construda : (A) Alface, rcula, pepino e outros legumes espalham-se, aos dezessete hectares na Chcara do Frade. (B) As pessoas preferem os legumes de cujo risco de agrotxicos seja evitado. (C) Foi na Idade Mdia onde comeou a surgir a venda direta do plantio ao consumidor. (D) Os agrotxicos, com que esto contaminados os legumes nos supermercados, so evitados pelo produtor Jos Frade. (E) Comprar hortalias do prprio produtor uma providncia de que muitas pessoas j comearam a se habituar. 104. Transpondo para a voz passiva a frase "Esto abrindo suas portas aos visitantes", a forma verbal resultante ser ..... . (A) sero abertas (B) so abertas (C) tm sido abertas (D) tm aberto (E) esto sendo abertas 105. Na Chcara do Frade, as pessoas olham os canteiros e percorrem os canteiros informando-se sobre o que est plantado nos canteiros. Eliminam-se as repeties viciosas da frase acima substituindo-se corretamente os termos sublinhados por: (A) percorrem eles - lhes est plantado (B) os percorrem - neles est plantado (C) percorrem-lhes - neles est plantado (D) os percorrem - est plantado-lhes (E) percorrem-lhes - lhes est plantado As questes de nmeros 106 e 107 referem-se ao texto que segue. 57

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ninas, como se a velhice de cada um reafirmasse a que vem das montanhas e dos horizontes, velhice quase eterna, pousada no tempo.
Vejam-se as roupas dos velhinhos interioranos: aquele chapu de feltro manchado, aquelas largas calas de brim cqui incontavelmente lavadas. aquele pudo dos punhos de camisas j sem cor tudo combina admiravelmente com a enorme jaqueira do quintal, com a generosa figueira da praa, com as teias no campanrio da igreja. E os hbitos? Pica-se o fumo de corda, lentamente, com um canivete herdado do sculo passado, enquanto a conversa mole se desenrola sem pressa e sem destino. Na cidade grande. h um quadro que se repete mil vezes ao dia, e que talvez j diga tudo: o velhinho, no cruzamento perigoso, decide-se, enfim, a atravessar a avenida, e o faz com aflio, um brao estendido em sinal de pare aos motoristas apressados, enquanto amida o que pode o prprio passo. Parece suplicar ao tempo que diminua seu ritmo, que lhe d a oportunidade de contemplar mais demoradamente os ponteiros invisveis dos dias passados, e de sondar com calma, nas nuvens mais altas, o sentido de sua prpria histria. H, pois, velhices e velhices at que chegue o dia em que ningum mais tenha tempo para de fato envelhecer. Celso de Oliveira 108. A frase "Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que os das metrpoles" constitui uma (A) impresso que o autor sustenta ao longo do texto, por meio de comparaes. (B) impresso passageira, que o autor relativiza ao longo do texto. (C) falsa hiptese, que a argumentao do autor demolir. (D) previso feita pelo autor, a partir de observaes feitas nas grandes e nas pequenas cidades. (E) opinio do autor, para quem a velhice mais opressiva nas cidadezinhas que nas metrpoles. 109. Considere as seguintes afirmaes: I. Tambm nas roupas dos velhinhos interioranos as marcas do tempo parecem mais antigas. II. Na cidade grande, a velhice parece indiferente agitao geral. III. O autor interpreta de modo simblico o gesto que fazem os velhinhos nos cruzamentos. Em relao ao texto, est carreta o que se afirma SOMENTE em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e III. (E) II e III. 110. Indique a afirmao INCORRETA em relao ao texto. (A) Roupas, canivetes, rvores e campanrio so aqui utilizados como marcas da velhice. (B) O autor julga que, nas cidadezinhas interioranas, a vida bem mais longa que nos grandes centros.

grave o quadro anual do ensino superior. A greve de professores paralisa boa parte das universidades federais. As universidades pblicas esto amargando uma espcie de xodo de seus melhores profissionais. Tm cada vez menos condies de competir com os salrios pagos pelas instituies privadas. 106. Indique o perodo que resume, de forma clara e exata, as informaes do texto, e que no apresenta incorreo gramatical alguma. (A) Devido a pagarem mal os professores, esto havendo greves nas universidades federais, em que os melhores profissionais procuram as instituies privadas. (B) Os professores do ensino superior oficial esto fazendo greve, ou mesmo xodo para as particulares, j que seus salrios no so competitivos. (C) Como os salrios que pagam esto cada vez mais baixos, as universidades pblicas esto sofrendo greves e o xodo de seus melhores professores. (D) As universidades particulares atraem os professores das oficiais, em virtude dos salrios que pagam, e que chegam a provocarem greves. (E) H xodo ou greve dos professores das universidades federais para as particulares, onde os salrios as tornam muito mais competitivas. 107. Indique o perodo cuja pontuao est inteiramente correta. (A) H muito, vm caindo os salrios dos professores das universidades pblicas, estes desanimados fazem greve ou, as trocam pelas instituies privadas. (B) H muito vm caindo os salrios, dos professores das universidades pblicas estes desanimados, fazem greve ou as trocam, pelas instituies privadas. (C) H muito, vm caindo, os salrios dos professores das universidades pblicas; estes desanimados fazem greve, ou as trocam pelas instituies privadas. (D) H muito vm caindo os salrios dos professores das universidades pblicas; estes, desanimados, fazem greve ou as trocam pelas instituies privadas. (E) H muito vm caindo, os salrios dos professores, das universidades pblicas; estes, desanimados, fazem greve, ou: as trocam pelas instituies privadas. As questes de nmeros 108 a 112 referem-se ao texto que segue.

Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que os das metrpoles. No se trata da idade real de uns e outros, que pode at ser e mesma, mas dos tempos distintos que eles parecem habitar Na agitao dos grandes centros, at mesmo a velhice parece ainda estar integrada na correria, os velhos guardam alguma ansiedade no olhar, nos modos, na lentido aflita de quem se sente fora do compasso. Na calmaria das cidades peque-

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(C) Hbitos como o de picar fumo de corda denotam relaes com o tempo que j no existem nas metrpoles. O que um velhinho da cidade grande parece suplicar que lhe seja concedido um ritmo de vida compatvel com sua idade. O autor sugere que, nas cidadezinhas interioranas, a velhice parece harmonizar-se com a prpria natureza. produzida pelas circunstncias econmicas comuns e s restava, como esperana, a conservao do que ainda no fora destrudo. Defendia que as terras adquiridas pelo Patrimnio Nacional, a maioria completamente inculta, deveriam ser mantidas assim. H apenas poucos sculos, a mera ideia de resistir agricultura, ao invs de estimul-la, pareceria ininteligvel. Como teria progredido a civilizao sem a limpeza das florestas, o cultivo do solo e a converso da paisagem agreste em terra colonizada pelo homem? A tarefa do homem, nas palavras do Gnesis, era "encher a terra e submet-la". A agricultura estava para a terra como o cozimento para a carne crua. Convertia natureza em cultura. Terra no cultivada significava homens incultos. E quando os ingleses seiscentistas mudaram-se para Massachusetts, parte de sua argumentao em defesa da ocupao dos territrios indgenas foi que aqueles que por si mesmos no submetiam e cultivavam a terra no tinham direito de impedir que outros o fizessem. 113. Ao mencionar, no primeiro pargrafo do texto, a inclinao dos ingleses pelo espao rural, o autor (A) busca enfatizar o que ocorre no sculo XX, em que a afeio pelo campo lhe parece ser realmente mais genuna. (B) a caracteriza em diferentes momentos histricos, tomando como referncia distintas situaes em que ela se manifesta. (C) cita costumes do povo ingls destrudos pela acelerao do crescimento das fbricas, causa de sua impossibilidade de volta peridica ao campo. (D) refere autores que procuraram conscientemente manter sua popularidade explorando temas "rurais" para mostrar como se criou o mito de um paraso campestre. (E) particulariza o espao estrangeiro visitado pelos ingleses - Portugal - para esclarecer o que os indivduos buscavam e no podia ser encontrado na sua ptria. 114. Leia com ateno as afirmaes abaixo sobre o segundo pargrafo do texto. I. Em confronto com o primeiro pargrafo, o autor apresenta um outro matiz da relao do esprito ingls com o espao rural. II. O autor assinala os pontos mais relevantes referidos por G.M. Trevelyan para comprovar a ideia universalmente aceita de que o contato com a natureza importante para o esprito. III. O historiador ingls revela pessimismo, a cujos fundamentos ele no faz nenhuma referncia no texto. So corretas: (A) I, somente. (B) III, somente. (C) I e III, somente. (D) II e III, somente. (E) I, II e III. 115. As indagaes presentes no terceiro pargrafo representam, no texto, (A) pontos relevantes sobre os quais a humanidade ainda no refletiu. (B) perguntas que historiadores faziam, s pessoas para convence-las da importncia do culto a natureza

(D)

(E)

111. O sentido do ltimo pargrafo do texto deve ser assim entendido. (A) Do jeito que as coisas esto, os velhos parecem no ter qualquer importncia. (B) Tudo leva a crer que os velhos sero cada vez mais escassos, dado o atropelo da vida moderna. (C) O prestgio do que novo to grande que j ningum repara na existncia dos velhos. (D) A velhice nas cidadezinhas do interior to harmoniosa que um dia ningum mais sentir o prprio envelhecimento. (E) No ritmo em que as coisas vo, a prpria velhice talvez no venha a ter tempo para tomar conscincia de si mesma. 112. Indique a alternativa em que se traduz corretamente o sentido de uma expresso do texto, considerado o contexto (A) "parecem muito mais plenamente velhos" = do a impresso de se ressentirem mais dos males da velhice. (B) "guardam alguma ansiedade no olhar = seus olhos revelam poucas expectativas. (C) "fora do compasso" = num distinto andamento. (D) "a conversa mole se desenrola" = a explanao detalhada. (E) "amida o que pode o prprio passo" = deve desacelerar suas passadas. As questes de nmeros 113 a 125 referem-se ao texto que segue. No inicio do sculo XX a afeio pelo campo era uma caracterstica comum a muitos ingleses. J no final do sculo XVIII, dera origem ao sentimento de saudade de casa to caracterstico dos viajantes ingleses no exterior, como William Beckford, no leito de seu quarto de hotel portugus, em 1787, "assediado a noite toda por ideias rurais da Inglaterra." medida que as fbricas se multiplicavam, a nostalgia do morador da cidade refletia-se em seu pequeno jardim, nos animais de estimao, nas frias passadas na Esccia, ou no Distrito dos Lagos, no gosto pelas flores silvestres e a observao de pssaros, e no sonho com um chal de fim de semana no campo. Hoje em dia, ela pode ser observada na popularidade que se conserva daqueles autores conscientemente "rurais" que, do sculo XVII ao XX, sustentaram o mito de uma arcdia campestre. Em alguns ingleses, no historiador G.M. Trevelyan, por exemplo, o amor pela natureza selvagem foi muito alm desses anseios vagamente rurais. Lamentava, em um dos seus textos mais eloquentes, de 1931, a destruio da Inglaterra rural e proclamava a importncia do cenrio da natureza para a vida espiritual do homem. Sustentava que at o final do sculo XVIII as obras do homem apenas se somavam s belezas da natureza; depois, dizia, tinha sido rpida a deteriorao. A beleza no mais era

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(C) os pontos mais discutidos quando se falava do progresso na Inglaterra, terra da afeio pelo campo. questes possivelmente levantadas pelos que procurassem entender a razo de muitas pessoas no considerarem a agricultura um bem em si. aspectos importantes sobre a relao entre a natureza e o homem, teis como argumentos a favor da ideia defendida por Trevelyan. (E) Faz sculos que filsofos discutem as relaes ideais entre os homens e a natureza, questo que nem sempre lhes parece passvel de consenso.

(D)

(E)

116. No ltimo pargrafo do texto, o comentrio sobre os ingleses seiscentistas foi feito como (A) denncia dos falsos argumentos utilizados por aqueles que ocupam territrios indgenas (B) exemplo do carter pioneiro dos ingleses na tarefa de colonizao do territrio americano. (C) maneira de evidenciar a rdua tarefa dos que acreditavam na fora da agricultura para o progresso da civilizao. (D) confirmao de que terras incultas so entraves que, h sculos, subtraem ao homem o direito de progredir. (E) comprovao de que, h poucos sculos, o cultivo da terra era entendido como sinnimo de civilizao. 117. Assinale a afirmao INCORRETA. (A) Infere-se do texto que as palavras do Gnesis foram entendidas por muitos como estmulo a derrubar matas, lavrar o solo, eliminar predadores, matar insetos nocivos, arrancar parasitas, drenar pntanos. (B) O paralelo estabelecido entre o cultivo da terra e o cozimento dos alimentos feito para se pr em evidncia a ao do homem sobre a natureza. (C) O texto mostra que o amor pela natureza selvagem est na base da relao que se estabelece entre cultivo da terra e civilizao. (D) O texto mostra que o amor natureza selvagem, considerado como barbrie, permitiu que certos povos se dessem o direito de apoderarse dela. (E) O Gnesis foi citado no texto porque o crdito dado s palavras bblicas explicaria o desejo humano de transformar a natureza selvagem pensando no bem-estar do homem. 118. Assinale a alternativa que apresenta ERRO de concordncia. (A) No que os esteja considerando invlido, mas o professor gostaria de conhecer os estudos de que se retirou os dados mencionados no texto. (B) Segundo alguns tericos, deve ser evitada, o mais possvel, a agricultura em regies de floresta; so reas tidas como adequadas preservao de espcies em vias de extino. (C) Existem com certeza, ainda hoje, pessoas que defendem o cultivo incondicional da terra, assim como deve haver muitos que condenam qualquer alterao da paisagem natural, por menor que seja. (D) Nem sempre so suficientes dados estatisticamente comprovados para que as pessoas se convenam da necessidade de repensarem suas convices, trate-se de assuntos polmicos ou no.

119. Assinale a alternativa que NO apresenta erro algum de concordncia. (A) J h muito tempo tinha sido feito por importante estudioso previses pessimistas quanto ao destino das reas rurais na Inglaterra, mas muitos no as consideraram. (B) s vazes no basta alguns comentrios sobre a importncia do cenrio da natureza para a vida espiritual do homem no sentido de que se tentem evitar mais prejuzos ao meio ambiente. (C) Certos argumentos de G.M. Trevelyan tornaram vulnervel certas vises acerca do modo como deveriam ser tratadas terras incultas. (D) Segundo o que se diz no texto, os ingleses havia de terem se preocupado com a legitimao de sua tarefa de ocupao dos territrios indgenas. (E) Quaisquer que sejam os rumos das cidades contemporneas, sempre haver os que lamentaro a perda da vida em contato direto com a natureza. 120. Assinale a alternativa em que h regncia INCORRETA. (A) O empenho com que G.M. Trevelyan dedicouse sua causa foi reconhecido por outros, principalmente pelo autor do texto. (B) A crise em que passa a civilizao contempornea visvel em muitos aspectos, inclusive na relao do homem com a natureza selvagem. (C) O homem sempre esteve disposto a dialogar com a natureza, mas esse dilogo nem sempre se deu segundo os mesmos interesses ao longo dos sculos. (D) Muitos consideram ofensivo natureza consider-la como algo disposio das necessidades humanas. (E) Acompanhar a relao do ser humano com o campo atravs dos sculos propicia ao estudioso observar situaes de que o homem nem sempre pode orgulhar-se. 121. Assinale a alternativa em que h ERRO de flexo verbal e/ou nominal (A) Receemos pelo futuro, dizem alguns especialistas, pois, afirmam eles, se os cidados no detiverem a deteriorao ambiental, a humanidade corre srios riscos. (B) Crem certos estudiosos que convm estudar profunda e seriamente o progresso da civilizao quando ele implica destruir o que a natureza levou milhes de anos para sedimentar. (C) Quando, na dcada de 30, o historiador ingls interviu na discusso sobre o tratamento dispensado s terras adquiridas pelo Patrimnio Nacional, muitos no contiveram seu desagrado. (D) Dizem alguns observadores que, quando as pessoas virem o que resta da natureza sem as marcas predatrias do homem, elas prprias buscaro frear as atividades consideradas negativas para o meio ambiente.

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(E) Elementos da natureza so verdadeiros artesos de obras-primas; se os homens as desfizerem, estaro cometendo crime contra a humanidade. 122. No segundo perodo do primeiro pargrafo, a forma verbal "dera" pode ser substituda pela forma correspondente (A) haveria dado. (B) havia dado. (C) teria dado. (D) havia sido dado. (E) tinha sido dado. 123. Do sculo XVII ao XXX circulou na Europa, com bastante intensidade, o mito de uma arcdia campestre. Muitos escritores ingleses sustentaram tambm esse mito durante sculos; os textos desses autores ingleses so at hoje bastante populares. Reescrevendo-se o segundo perodo e substituindose os termos grifados acima por pronomes correspondentes, obtm-se corretamente: (A) Muitos escritores ingleses, os quais textos so at hoje bastante populares, o sustentaram tambm durante sculos. (B) Muitos escritores ingleses, cujos textos so at hoje bastante populares, sustentaram-lhe tambm durante sculos. (C) Muitos escritores ingleses, cujos os textos so at hoje bastante populares, sustentaram-no tambm durante sculos. (D) Muitos escritores ingleses, cujos textos so at hoje bastante populares, sustentaram-no tambm durante sculos. (E) Muitos escritores ingleses, que os textos deles so at hoje bastante populares, sustentaramlhe tambm durante sculos. 124. Leia com ateno as frases que se seguem. I. Iniciou-se a luta pela conservao da natureza ainda no deteriorada pelo homem. II. Durante sculos a atividade humana complementou as belezas naturais. III. Chegou o tempo em que a atividade humana comeou a degradar as belezas naturais. Assinale a alternativa em que as frases acima esto em correta relao lgica, de acordo com o texto. (A) Chegou o tempo em que a atividade humana comeou a degradar as belezas naturais, mesmo tendo acontecido de, antes, complement-las, logo que se iniciou a luta pela conservao da natureza ainda no deteriorada pelo homem. (B) Iniciou-se a luta pela conservao da natureza ainda no deteriorada pelo homem, quando ocorreu o tempo de a atividade humana comear a degradar as belezas naturais, visto que, durante sculos, a atividade humana complementou as belezas naturais. (C) Assim que chegou o tempo de a atividade humana comear a degradar as belezas naturais, iniciou-se a luta pela conservao da natureza ainda no deteriorada pelo homem, proporo que, durante sculos, a atividade humana complementou as belezas naturais. (D) Iniciou-se a luta pela conservao da natureza ainda no deteriorada pelo homem, embora a atividade humana tivesse, durante sculos, complementado as belezas naturais, quando chegou o tempo de degrad-las. Apesar de, durante sculos, a atividade humana ter complementado as belezas naturais, chegou o tempo em que ela comeou a degrad-las, por isso iniciou-se a luta pela conservao da natureza ainda no deteriorada pelo homem.

(E)

125. As frases abaixo, tiradas do texto, apresentam alteraes em sua pontuao original. Assinale a alternativa em que a alterao acarretou frase pontuada de maneira INCORRETA. (A) Hoje em dia ela pode ser observada na popularidade, que se conserva daqueles autores conscientemente "rurais" que do sculo XVII ao XX, sustentaram o mito de uma arcdia campestre. (B) Em alguns ingleses no historiador G.M. Trevelyan, por exemplo , o amor pela natureza selvagem foi muito alm desses anseios vagamente rurais. (C) Sustentava que, at o final do sculo XVIII, as obras do homem apenas se somavam s belezas da natureza; depois, dizia, tinha sido rpida a deteriorao. (D) A beleza no mais era produzida pelas circunstncias econmicas comuns e s restava como esperana a conservao do que ainda no fora destrudo. (E) E quando os ingleses seiscentistas mudaramse para Massachusetts, parte de sua argumentao em defesa da ocupao dos territrios indgenas foi que aqueles que, por si mesmos, no submetiam e cultivavam a terra no tinham direito de impedir que outros o fizessem. 126. A cesta de bens inclui, nesse caso, apenas os alimentos mnimos necessrios para que a pessoa permanea viva, de acordo com os padres da Organizao Mundial da Sade. A redao desse perodo do texto deve ser aprimorada, pois I. a expresso nesse caso tem sentido obscuro, j que o contexto do ltimo pargrafo no permite saber de que caso se trata. II. a expresso de acordo com os padres da Organizao Mundial da Sade tem dupla leitura, pois tanto pode se referir a permanea viva quanto a alimentos mnimos necessrios. III. A proximidade entre termos inclui e apenas gera uma contradio que prejudica o sentido da frase. correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B)) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 127. Esto corretos o emprego e a flexo dos verbos na seguinte frase: (A) Quando eles virem a receber o suficiente para a aquisio desses bens e servios, situar-se-o acima da linha de pobreza. (B) Quem se provm apenas do estritamente necessrio para no morrer de fome inclui-se na chamada linha de indigncia.

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(C) Se algum se contrapor a esse mtodo de quantificao dos pobres, os acadmicos refutaro demonstrando o rigor de seus critrios. (D)) Caso tal metodologia no conviesse aos acadmicos, eles t-la-iam abandonado e substitudo por outra. (E) Os acadmicos h muito comporam uma cesta de bens e servios em cujo valor monetrio se baseiam para fixar a linha de pobreza. 128. Pode-se, corretamente, e sem prejuzo para o sentido do contexto, substituir o elemento sublinhado na frase (A) Para que a discusso possa ser feita em bases mais slidas por desde que. (B) Embora suficientes para conversas informais sobre o assunto por uma vez. (C) A cesta de bens inclui, nesse caso, apenas os alimentos necessrios para que a pessoa permanea viva por mesmo assim. (D) A maioria diria que os pobres so aqueles que ganham mal por os mesmos. (E)) Ou seja, teoricamente, quem est abaixo da linha de indigncia no conseguiria sequer sobreviver por vale dizer. 129. Justificam-se inteiramente ambas as ocorrncias do sinal de crase em: (A)) Os que tm pleno acesso quilo que oferece a cesta de bens e servios devem considerar-se margem da pobreza. (B) Quem atribui um valor monetrio essa cesta de bens e servios est-se habilitando definir uma linha de pobreza. (C) No falta, maioria das pessoas, uma definio de pobreza; o que falta uma boa definio o rigor de um bom critrio. (D) H quem recrimine cultura da subsistncia, imputando-lhe responsabilidade pelo mascaramento da real situao de misria de muitos brasileiros. (E) Os que tm proventos inferiores quantia necessria para a aquisio dessa cesta deixam de atender todas as suas necessidades bsicas. 130. Esto corretamente grafadas todas as palavras da frase: (A) No devem prevalescer nossas intuies ou percepes mais imediatas, mas apenas os critrios mais objetivos, quando se trata de formular alguma precisa definio. (B)) A todos os que apenas subsistem, como o caso de quem vive da mendicncia, negam-se os direitos da cidadania, ao passo que para uns poucos reservam-se todos os privilgios. (C) No se constitue uma sociedade verdadeiramente democrtica enquanto no venham a incluir-se nela aqueles que, j a sculos, vivem mais do sistema de favor que de um trabalho digno. (D) Os que alferem lucros excessivos na explorao do trabalho alheio tambm devem ser responsabilizados pelo contingente de infelizes que esto abaixo da linha de pobreza. (E) Deve-se inpsia ou m f de sucessivos governos, que descuraram a implementao de medidas de carter social, o fato de que continua crescendo o nmero de pobres e indigentes em nosso pas. Leia o texto e responda s questes de nmeros 131 a 140 As vendas de produtos piratas no Brasil em 2007 significaram uma perda de R$ 18,6 bilhes em impostos nos 12 meses encerrados em setembro de 2008, levando-se em conta apenas sete setores da indstria nacional. As estimativas so da pesquisa O impacto da pirataria no setor de consumo no Brasil, divulgada pela Associao Nacional para Garantia dos Direitos Intelectuais (Angardi) e pelo Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos. Discutamos em 2007 R$ 40 bilhes da CPMF. S essa perda significa metade do que se estimava para a CPMF em 2008. um nmero muito grande, frisou Solange Mata Machado, representante no Brasil do Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos. Alm da menor arrecadao de impostos, h tambm a perda de receita da indstria, que chegou a R$ 62,4 bilhes considerando apenas os setores de tnis, roupas e brinquedos. Quando entram na conta relgios, perfumes e cosmticos, jogos eletrnicos e peas para motos, as perdas podem ter atingido R$ 93,1 bilhes. A despeito da significativa perda de arrecadao e do prejuzo estimado para a indstria, a estimativa de que em 2008 o consumo de produtos piratas nas trs categorias pesquisadas (tnis, roupas e brinquedos) seja de R$ 15,609 bilhes, contra R$ 25,175 bilhes no ano anterior. Para Solange, isso reflexo direto da ao do governo contra a pirataria e o contrabando. Em 2008, segundo a enquete, foram apreendidos mais de R$ 1 bilho em mercadorias, recorde na histria do pas. Alm disso, a pesquisa salienta que houve tambm uma mudana de rumo nos hbitos da populao, principalmente de baixa renda, que consumiu menos produtos piratas. Em termos da demanda, Solange explica que o pblico no sensvel s perdas de arrecadao, aos prejuzos da indstria ou ao potencial de corrupo existente no sistema de distribuio e vendas de produtos piratas ou contrabandeados. Em contrapartida, os argumentos de que o comrcio ilegal pode fomentar a violncia e o crime organizado costumam, segundo a enquete, contribuir para que os brasileiros deixem de comprar produtos piratas. (Rafael Rosas, Valor Online, 10.11.2008. Adaptado) 131. De acordo com o texto, (A) estima-se um crescimento do impacto da pirataria sobre a economia brasileira. (B) o governo brasileiro adotou medidas mais eficazes no combate pirataria em 2008. (C) o aumento da violncia em 2008 est diretamente ligado ao aumento da pirataria. (D) o impacto da pirataria na arrecadao de 2007 foi inferior ao que se esperava. (E) o prejuzo da pirataria sobre as finanas pblicas excedeu ao impacto no setor privado. 132. Conforme o texto, pode-se inferir que os brasileiros tendem a se convencer do carter negativo da pirataria (A) quando se apela para seu senso de tica e justia. (B) ao refletirem sobre seu impacto na economia. (C) ao se sentirem ameaados por suas ramificaes. (D) quando se sentem explorados por vendedores corruptos. (E) pois entendem que os danos ao governo afetam a populao.

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133. Observe o trecho do segundo pargrafo: Discutamos em 2007 R$ 40 bilhes da CPMF. S essa perda significa metade do que se estimava para a CPMF em 2008. ...................... um nmero muito grande. A conjuno adequada para estabelecer a relao entre as idias das frases : (A) Contudo (B) Portanto (C) Todavia (D) Conforme (E) Embora 134. No trecho do ltimo pargrafo Em contrapartida, os argumentos de que o comrcio ilegal pode fomentar a violncia e o crime organizado costumam, segundo a enquete, contribuir para que os brasileiros deixem de comprar produtos piratas. o verbo fomentar tem sentido equivalente a (A) aferir. (B) delatar. (C) arrefecer. (D) defraudar. (E) fustigar. 135. No penltimo pargrafo Alm disso, a pesquisa salienta que houve tambm uma mudana de rumo nos hbitos da populao, principalmente de baixa renda, que consumiu menos produtos piratas. a expresso em destaque pode ser substituda, sem alterar o sentido do trecho, por (A) inverso de valores. (B) troca de papis. (C) retratao pblica. (D) nova orientao. (E) revoluo dogmtica. 136. Atendo-se apenas s regras de regncia verbal e/ou nominal, a expresso em destaque no trecho Em termos da demanda, Solange explica que o pblico no sensvel s perdas de arrecadao, aos prejuzos da indstria ou ao potencial de corrupo existente no sistema de distribuio e vendas de produtos piratas ou contrabandeados. pode ser corretamente substituda, sem alterao do restante da estrutura da frase, por (A) despreza. (B) desconsidera. (C) alienado. (D) indiferente. (E) desinteressado. 137. Assinale a frase correta quanto ao emprego do acento indicador de crase. (A) O ttulo atribudo esta pesquisa foi O impacto da pirataria no setor de consumo no Brasil. (B) As vendas de produtos piratas equivaleram uma perda de R$ 18,6 bilhes em impostos. (C) A pesquisa vincula-se Associao Nacional para Garantia dos Direitos Intelectuais (Angardi). (D) As somas se elevam aproximadamente R$ 93 bilhes se considerarmos outros setores da indstria. (E) Alguns argumentos tendem funcionar mais que outros para dissuadir os brasileiros da compra de produtos piratas. 138. Considerando as regras de concordncia na voz passiva, assinale a frase correta. (A) Divulgou-se, recentemente, a anlise de alguns nmeros relacionados ao impacto da pirataria no Brasil. (B) Uma perda de R$ 18,6 bilhes em impostos foram causados pelas vendas de produtos piratas no Brasil. (C) Tambm deve ser levado em conta, alm da menor arrecadao de impostos, a perda de receita da indstria. (D) Se for considerado apenas os setores de tnis, roupas e brinquedos, a perda da indstria chega a R$ 62,4 bilhes. (E) Consumiu-se menos produtos piratas em 2008. 139. Assinale a frase em que o pronome est posicionado corretamente. (A) Muitos no preocupam-se com a pirataria no Brasil. (B) A verdade que tornou-se um hbito para muitos. (C) Ainda espera-se reduzir a pirataria no Brasil. (D) O governo tem mostrado-se atento ao problema. (E) Naturalmente, a pirataria tornou-se comum nas classes populares. 140. Observe a pontuao nas frases: I. As vendas de produtos piratas no Brasil, em 2007, significaram uma perda de R$ 18,6 bilhes em impostos nos 12 meses encerrados em setembro de 2008. II. A estimativa de que, em 2008, o consumo de produtos piratas nestas categorias, seja de R$ 15,609 bilhes. III. Alm disso, a pesquisa salienta que houve tambm, uma mudana de rumo nos hbitos da populao. A pontuao est correta apenas em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Vcios tolerados Ficam longe de animadores os resultados de uma pesquisa de opinio sobre tica realizada pela Universidade de Braslia entre cidados de todo o pas e tambm com servidores pblicos de sete unidades federativas. S 59% dos entrevistados na populao geral disseram ser ticos; 26% declararam que no, e outros 13%, s vezes. Entre servidores pblicos, variam as cifras, mas no o panorama: 51% ticos, 19% no-ticos e 22%, s vezes. Pode-se argumentar, com razo, que o conceito comum sobre tica vago, quase vazio. Um tero dos que j ouviram falar disso alegam no saber do que se trata. Abstraes parte, a consulta abrangeu tambm situaes muito presentes, como o nepotismo. No plano sociolgico, pode-se at compreender que 32% dos servidores avaliem a prtica como permissvel. Afinal, so seus maiores beneficirios: 37% obtiveram o emprego pblico por indicao de parentes, polticos ou amigos, e menos da metade por concurso (44%). Bem mais inquietante a popularidade do nepotismo entre cidados comuns. Metade dos ouvidos afirmou que contrataria parentes para um cargo pblico, se tivessem oportunidade. A populao parece inclinar-se por chancelar, na esfera privada, o que condena na vida pblica. Essa contradio uma das marcas da vida nacional e provavelmente se verifica, em graus variados, em outros pases. Cabe lei o papel de conter as inclinaes pessoais. Deixadas vontade, elas corroem a possibilidade de uma 63

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nao percorrer o longo caminho civilizatrio. (Folha de S.Paulo, 06.11.2008) 141. De acordo com o autor, os resultados da pesquisa sobre tica no so animadores porque (A) os valores ticos tm atingido os cidados comuns e no os servidores pblicos. (B) poucos no sabem o que seja tica, e muitos a tm nas suas prticas cotidianas. (C) h uma quantidade significativa de cidados que no se atm aos valores ticos. (D) a quantidade de cidados ticos bem menor do que a de cidados no-ticos. (E) o sentido do conceito muito comum, porque falta a sua devida divulgao. 142. Entende-se por nepotismo a (A) investidura de cidados comuns em cargos pblicos por meio de concurso. (B) aprovao de parentes e amigos em concurso pblico sem favorecimento. (C) eliminao de parentes e amigos de empregos e de concursos pblicos. (D) realizao de concurso pblico para os cidados tornarem-se servidores. (E) obteno de emprego pblico por meio da indicao de parentes. 143. Quando se trata de nepotismo, a populao parece (A) aceitar na vida pessoal o que condena no mbito da vida pblica. (B) rejeitar para a vida pessoal qualquer forma de favorecimento. (C) ser coerente, pois condena para a vida pessoal o que condena para a pblica. (D) acreditar que a ajuda pessoal deva ser coibida, mas no na vida pblica. (E) aprovar plenamente essa prtica, seja na vida pessoal seja na pblica. 144. De acordo com o autor, pode-se at compreender que 32% dos servidores avaliem a prtica como permissvel. Isso quer dizer que ele (A) acredita que o nepotismo uma forma legtima nas prticas sociais de um pas. (B) entende por que os servidores aceitam o nepotismo, mas no concorda com essa prtica. (C) justifica a opo dos servidores pelo nepotismo, declarando-a adequada e honesta. (D) condena os servidores que se valem do nepotismo, embora o utilizasse em seu benefcio. (E) define o nepotismo como uma prtica necessria organizao de uma sociedade. 145. Para o autor, a popularidade do nepotismo entre cidados comuns bem mais inquietante. Portanto, tal situao (A) apreendida com indiferena por ele. (B) aplaca a sua ansiedade. (C) lhe traz certo desassossego. (D) leva-o ignorncia dos fatos. (E) sublima seu sentimento de impotncia. 146. O ttulo Vcios tolerados pode ser entendido, quanto tica, como uma .................... , segundo o ponto de vista expresso pelo autor. Segundo as informaes textuais, o espao da frase deve ser preenchido com (A) necessidade para a civilidade do pas (B) rotina moralmente adequada (C) mudana comportamental aceitvel (D) transformao social inevitvel (E) permissividade social indesejvel 147. O sinnimo do termo chancelar, em destaque no 3. pargrafo, (A) evitar. (B) aprovar. (C) recusar. (D) engrandecer. (E) superar. Para responder s questes de nmeros 148 e 149, considere a informao que inicia o ltimo pargrafo: Essa contradio uma das marcas da vida nacional... 148. A expresso Essa contradio diz respeito (A) ao comportamento dos cidados comuns. (B) s formas de atuao dos servidores pblicos. (C) falta de lei para inibir as inclinaes pessoais. (D) impossibilidade de uma nao se civilizar. (E) ao descaso da populao com a vida pblica. 149. O antnimo de contradio (A) incoerncia. (B) desacordo. (C) contestao. (D) consenso. (E) autenticidade. 150. O pronome elas, em destaque no ltimo pargrafo do texto, refere-se s (A) pessoas comuns. (B) leis. (C) marcas da vida nacional. (D) inclinaes pessoais. (E) naes. RESPOSTAS
01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 101. 102. 103. 104. 105. 106. 107. 108. A B E C A E B A D B D E D A D C E B A E C A D E B C D A 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 61. 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. 69. 70. 111. 112. 113. 114. 115. 116. 117. 118. C A B E D A C D E B C D B A A B B A A B E C B A D E C A 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 71. 72. 73. 74. 75. 76. 77. 78. 79. 80. 121. 122. 123. 124. 125. 126. 127. 128. A E B A E D A C B D B C A B D C E A B D C B D E A B D E 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 81. 82. 83. 84. 85. 86. 87. 88. 89. 90. 131. 132. 133. 134. 135. 136. 137. 138. E B A C E B A C D E C E C E D A B C A D B C B E D D C A 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 91. 92. 93. 94. 95. 96. 97. 98. 99. 100. 141. 142. 143. 144. 145. 146. 147. 148. B A C D B A E D B C D D C E A A D E C B C E A B C E B A

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109. D 110. B 119. E 120. B 129. A 130. B 139. E 140. A 149. D 150. D

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