Ainda estou a aprender a viver sem uma amiga. Ainda não habituei o coração a essa falta. Já te tinha perdido há muito... Como verdadeira, como amiga. Mas tomar um passo no sentido de admitir que te perdi foi o mais difícil. Foi preciso que me mentisses. Foi preciso descobrir na tua cara que me enganavas. Embora eu já soubesse... mas foi demasiado claro para ignorar, desta vez. E deixaste a porta tal como eu ta deixei a ti. Entreaberta. Deixei-ta assim, acreditando que, pela nossa amizade, ias voltar. Ias admitir o erro. Ias tentar. Ias gostar de mim. Estava tão enganada... Seguiste em frente como se fosse o que mais querias. Empinaste o nariz, como aprendeste a fazer ultimamente. E viraste-me as costas. Ainda estou a tentar habituar os olhos ao cenário sem ti. Ás férias sem ti. Aos cafés sem ti. A um grupo de amigos que se foi reduzindo, agora quase a um nível ridículo. Ao nível género "conta-gotas" de um casal e um amigo, que tantas vezes se deve sentir "penetra"....