Passam hoje 3 anos desde que escrevi o primeiro post neste espaço. É giro recordar e reler o que é passado. Ver as diferenças na escrita e no pensamento. E nasce até, por vezes, alguma inveja da escrita do (meu)antigamente.
Hoje este é um espaço pouco cuidado. Os deveres universitários a isso o obrigam. Mas pergunto-me o que mudou. Pergunto quem é afinal a pessoa que escreve o que lêem nestas linhas?
Deus não me deu o dom de comunicar. Dificilmente consigo escrever de forma apreciável, ou de forma clara. No entanto há muitos que ainda não me abandonam e visitam por isso esta humilde casa.
No seu conteúdo encontram um pobre lista de posts, cuja quantidade - 388 para ser mais preciso - não serve como indicador do grau de qualidade, e a sua maioria versam sobre temáticas que hoje a poucos interessam, sendo isto justificado, em parte, pelo facto de todas elas nascerem da luta constante pela defesa de valores, que acabam sempre por sair derrotados. São no fundo, causas perdidas.
Digo-o tristemente e pergunto-me por vezes porque ainda me bato?
Hoje discute-se o casamento homossexual, ontem o aborto e amanha a eutanásia. Tudo batalhas que perdi.
Não me preocupa a derrota na medida que no fim sei que Aquele que me julgará sabe porque me bati. Mas hoje a derrota custa e pergunto-me se se justificam tantos custos. Conheço a derrota de antemão - mas vou a luta, porque algo maior me obriga a isso, pois que incutiu no meu coração deveres de justiça.
Anúncio por isso, que apesar destas adversidades, me juntei a alguns amigos e que tentamos agora reabrir à actividade a
Associação Vida Universitária, que mais não é que uma associação que busca promover a vida e a família. o lançamento é feito amanhã, na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa, numa conferência por nós promovida.
Não queria utilizar este post para fazer publicidade, mas hoje a blogosfera é um espaço de diálogo, que tem sido para mim uma verdadeira escola, pois que este é também um espaço de conhecimento.
Resta-me agradecer não só aqueles que visitam esta casa, e que hoje nela encontram pouca actividade, mas essencialmente aqueles que enobrecem e glorificam este mundo que é o dos blogs, tornando públicos textos de grande valor e riqueza que a muitos instruem (como é o meu caso!). O seu esforço é também serviço público.
É o caso dos autores da
Voz Portalegrense, do
Sexo dos Anjos, do
Pasquim da Reacção, do
Nonas, do
Mas o Rei vai Nu!, do
Reaccionário, do
Por Causa Dele, do
Vertus Ordo da recentemente partida
Odisseia e o seu
Horizonte, ou dos já distantes
Afinidades Efectivas e
Duro das Lamentações. (Perdoem-me aqueles de quem me esqueço neste instante - faço tensão de aqui os colocar mal me recorde).