Ao passar por um blog dos deste condominio,(
este,
este e
este)lembrei-me de coisas que à muito não me passavam pela cabeça. Fez-me de novo lembrar este texto que escrevo de novo, e que continuo a adorar. Acho que me consegui defenir nele com uma certa ordem que raras vezes encontro.
"Ultimamente tenho pensado e reparado no meu mundo. É bem verdade que ando feliz. Vivo uma felicidade só minha e que só me é possível através do contacto com outras coisas. Coisas que me são dadas. Coisas que por vezes além de objectos, são rostos e nomes. Não nego que por vezes fico triste. Mas ultimamente estou feliz.
Sempre vi na verdade a fonte de tudo o que hoje existe. Mas as pessoas tem o dom de aldrabar significados, e hoje eu já não sei o que devo pensar que é a verdade. Já cai neste planeta da incerteza, onde tudo é abstracto e nada é certo. Onde tudo é incerto, onde cada um tem o seu significado, cada um tem a sua interpretação, a sua verdade. Uma verdade que sempre foi muito simples e fácil de encontrar. Pelo menos é o que me parece, através da minha experiência. Olho à minha volta e vejo a verdade que há em mim. E existe tanta. Mas será esta verdade diferente da que te rodeia? Não sei.... Mas tu chamas-lhe outra coisa, e por vezes até chegas a querer apagar a minha. Vou-te contar Luís a minha história.
Eu sempre fui um homem de fé. Sempre tive amigos. Mas ultimamente tenho reparado que algo mudou. Nunca te escondi o que penso sobre muitos assuntos, e até hoje as coisas foram normais. Hoje reparei no que ultimamente se tem passado. Desde que manifestei a minha opinião sobre um tema que em nós existe em comum, a tua reacção, e também o teu comportamento se alteraram, mas nunca percebi porque. É verdade que posso ter ofendido os teu princípios e a tua experiência, e que também me rejeitei a seguir, aquele que Deus pôs na minha frente na vida, para seguir aqueles que me deram vida, mas sempre pensei que isso me ajudasse a ser mais teu amigo, e nunca um chato ou mesquinho homem, que apesar de, em tempos ter sido o teu melhor amigo, agora é um mero conhecido que tens(apesar de gostar de ti tanto como gostava, mas as circunstancias não permitem mostra-lo), e com o qual preferes manter distancia. É como a minha história com a Ana. Preferiu aquele que lhe mentia e a fazia sonhar, do que a mim, que apenas dizia a verdade. Mas também confesso que não é o único. Bem sei que todos aqueles que conheces (e que tem a mesma experiência que nós,)e me conhecem, dizem o mesmo. E para vocês eu sou apenas uma besta. Talvez fui em tempos um daqueles que poderia fazer numero e pertencer a uma mera elite de um grupo de pessoas que procura encontrar a verdade, e que agora, apenas porque discorda com alguma coisa, e um mero elemento que obstrui o caminho. Mas eu estou cansado de seguir a vossa verdade. Vou seguir aquela que me foi dada. A que me foi introduzida por aqueles que escolheram para me acompanhar e ensinar a viver. Porque essa é a verdade que eu conheço, e essa tem razões. Não se limita a um ceder à obediência. Alias obediência essa que é muito importante, mas controlada. Porque obediência sem limites é loucura. Não vou espalhar a razão como método de alcançar a verdade, e depois cair no inconsciente, na acção por mera ordem superior, que nem se percebe qual é razão. Nem obedecer por uma razão simples e de ultima hora, que no fundo não seja mais que uma desculpa. Porque isso é muito triste.
E bem sei que agora para vocês já não sou o mesmo. Agora sou talvez um revoltado. Uma besta qualquer. Sim uma besta qualquer, porque agora eu já não estou no mesmo circulo que vocês. Já não sirvo para fazer o que fazia antes, só porque contei a verdade.
Que triste!
Mas mesmo esta tristeza agora não interessa, porque eu estou feliz. Feliz pela companhia de coisas, pelo conhecer pessoas; pela verdade. Uma verdade que reconheço em cada coisa que me é dada e me dá alegria. Uma verdade que está aqui, e que só ultimamente descobri.
E a vida continua eu continuo a gostar dela. Maria! Maria! espera por mim..."