INTRUSA
Bastava-nos amar. E não bastava Bastava-nos amar. E não bastava o mar. E o corpo? O corpo que se enleia? O vento como um barco: a navegar. Pelo mar. Por um rio ou uma veia. Bastava-nos ficar. E não bastava o mar a querer doer em cada ideia. Já não bastava olhar. Urgente: amar. E ficar. E fazermos uma teia. Respirar. Respirar. Até que o mar pudesse ser amor em maré cheia. E bastava. Bastava respirar a tua pele molhada de sereia. Bastava, sim, encher o peito de ar. Fazer amor contigo sobre a areia. De Joaquim Pessoa O meu comentário??? E esquecer tudo.... Porque nos esquecemos de tudo.... Na areia em que o nosso corpo fica esculpido... Antes da maré cheia, antes da Lua aparecer nua e incidir sobre os nossos corpos.... E nos unir ainda mais...... Porque, hoje, é uma intrusa.... A praia é nossa...