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A mostrar mensagens de dezembro 5, 2010

RIMAS VERDADEIRAS

Não me importo com as rimas. Raras vezes Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra. Penso e escrevo como as flores têm cor. Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me. Porque me falta a simplicidade divina De ser todo só o meu exterior. Olho e comovo-me. Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado. E a minha poesia é natural como levantar-se o vento. "Não me importo com as rimas" de Alberto Caeiro O meu comentário??? É simples e é divino.... Exactamente por isso... Por ser natural e falar com alma... Da cor das flores, das lágrimas que insistem em espreitar... Do vento que nos acaricia e nos enlouquece... Da fantasia que rompe a escuridão... Do simples acto de respirar e estar presente.... Em rimas verdadeiras....

TOLERANTES

Não sou a areia onde se desenha um par de asas ou grades diante de uma janela. Não sou a pedra que rola nas marés do mundo, em cada praia renascendo outra. Sou a orelha encostada na concha da vida, sou construção e desmoronamento, servo e senhor e sou mistério. A quatro mãos escrevemos este roteiro para o palco da minha vida; o meu destino e eu. Nem sempre estamos afinados, nem sempre nos levamos a sério. "Convite" de Lya Luft (Santa Cruz do Sul, RS, n.1938) O meu comentário??? O verdadeiro mistério... é saber como continuamos vivos... Se dominamos o mundo ou se ele nos domina. Se vamos encontrar resposta para todas as questões ou só para algumas. O que é o destino? Que papel desempenhamos nele? Talvez seja a loucura ou a tolerância. Ou a resposta esteja no respeito. Por aquilo que somos... Mesmo que sejamos a tal pedra, escondida na areia e que se atira novamente para o mar....