A história dos carros eléctricos é uma novela das piores! Já a referimos aqui diversas vezes, na etiqueta dos automóveis. Todos os dias surgem novidades, mas a de hoje vai-me levar a falar do Fisker Karma. O carro é bem jeitozinho, como podem ver na imagem ao lado, mas custando nos Estados Unidos, mais de 100 000 dólares, é um brinquedo para ricos, como todos os carros eléctricos!
Como noutros casos, o motivo do post é mais um incêndio. Desta vez, aconteceu no Texas. Segundo o investigador principal dos bombeiros, o incêndio iniciou-se no Karma, espalhando-se depois ao resto da casa. Não se sabe o que motivou o incêndio, mas segundo o proprietário, tinha acabado de chegar, e em menos de três minutos, o incêndio começou, depois do dono ter sentido um cheiro a borracha queimada. O carro foi comprado no mês passado. O investigador refere as semelhanças com incêndios de carrinhos de golfe, também eles quase sempre eléctricos. Só em Houston parecem acontecer cerca de 50 incêndios nestes carrinhos eléctricos em miniatura, por ano!
Mas o segredo é a alma deste fogo. O investigador refere que cerca de 15 engenheiros estão a estudar a "cena do crime", sendo que as cenas de homicídio em que trabalhou no passado tinham menos secretismo... Pudera! A história por trás do Karma é absolutamente deplorável! É óbvio que a Fisker já se desresponsabilizou, mas o que se sabe é verdadeiramente nauseabundo!
Segundo este artigo, a Fisker recebeu mais de 500 milhões de dólares dos contribuintes americanos para produzir um veículo para ricos. A empresa tem um dos maiores suportes num fundo ligado ao Al Gore. As ligações ao Obama estão também por todo o lado. Apesar destes apoios, o carro é produzido na Finlândia. Algumas das poucas pessoas que empregava nos Estados Unidos foram despedidas. A empresa que fabrica as baterias, A123 Systems, também está na mó de baixa. E quando foi sujeito a testes, pela revista Consumer Reports, que comprou um, avariou! Tinha menos de 300 quilómetros, e foi a primeira vez que a revista, que compra cerca de 80 carros por ano, registou um carro a avariar antes mesmo de o começar a testar a sério! Muito mau karma:
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quinta-feira, 10 de maio de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Donos de híbridos não são fiéis
Muitos dos defensores dos carros híbridos dizem que quando se experimenta um, não se quer outra coisa. Mas não foi isso que foi determinado nos Estados Unidos... Segundo esta notícia, apenas 35% dos donos de um híbrido voltam a comprar outro híbrido quando mudam de carro. E se excluirmos os donos de Toyota Prius, então a fidelização baixa para valores inferiores a 25%. Na capital do automóvel, Detroit, os valores são mesmo inferiores aos valores médios dos Estador Unidos.
O estudo original está disponível aqui, e aí verificamos que os antigos donos de um híbrido até mantêm a escolha na marca, mas escolhem outros carros não híbridos! E isto acontece mesmo com os preços da gasolina a também subirem significativamente para aqueles lados... Ainda mais surpreendentemente, a Polk descobriu que os locais com consumidores ditos mais ecológicos (eg. Los Angeles, San Diego, Portland e Seattle) não são mais fiéis que o resto dos Estados Unidos. Quem diria?!
O estudo original está disponível aqui, e aí verificamos que os antigos donos de um híbrido até mantêm a escolha na marca, mas escolhem outros carros não híbridos! E isto acontece mesmo com os preços da gasolina a também subirem significativamente para aqueles lados... Ainda mais surpreendentemente, a Polk descobriu que os locais com consumidores ditos mais ecológicos (eg. Los Angeles, San Diego, Portland e Seattle) não são mais fiéis que o resto dos Estados Unidos. Quem diria?!
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sexta-feira, 9 de março de 2012
As virtudes do Tesla
Um leitor ligado aos automóveis enviou-me duas notícias interessantes, que me tinham escapado. Ambas se referem ao Tesla, um brinquedo automóvel a que nos referimos já várias vezes.
Uma das referências que fizemos foi ao teste do Tesla pela equipa do Top Gear. Jeremy Clarkson e companhia demonstraram de forma assertiva como este desportivo não dá para dar grandes voltas. Obviamente, o fabricante do Tesla não ficou nada satisfeito, e decidiu processar o Top Gear. Várias vezes, mas tiveram azar outra vez.
Mas pior de que isto, é que provavelmente a Tesla terá agora que processar também mais uns quantos. Descobriu-se que alguns clientes que deixaram o carro desligado um pouco mais de tempo, têm agora um carro que não funciona, e que só voltará a funcionar depois de mudadas todas as baterias, e arrotarem uns 40 000 dólares! Já ocorreram vários casos, sendo visível aqui a troca de correspondência entre uma das vítimas e a Tesla. O Tesla transforma-se de tal modo num tijolo, que nem se consegue empurrar, quanto mais pegar de empurrão! Mas eu não tenho pena nenhuma de quem alinhou na compra de um destes brinquedos: é bem feito!
Uma das referências que fizemos foi ao teste do Tesla pela equipa do Top Gear. Jeremy Clarkson e companhia demonstraram de forma assertiva como este desportivo não dá para dar grandes voltas. Obviamente, o fabricante do Tesla não ficou nada satisfeito, e decidiu processar o Top Gear. Várias vezes, mas tiveram azar outra vez.
Mas pior de que isto, é que provavelmente a Tesla terá agora que processar também mais uns quantos. Descobriu-se que alguns clientes que deixaram o carro desligado um pouco mais de tempo, têm agora um carro que não funciona, e que só voltará a funcionar depois de mudadas todas as baterias, e arrotarem uns 40 000 dólares! Já ocorreram vários casos, sendo visível aqui a troca de correspondência entre uma das vítimas e a Tesla. O Tesla transforma-se de tal modo num tijolo, que nem se consegue empurrar, quanto mais pegar de empurrão! Mas eu não tenho pena nenhuma de quem alinhou na compra de um destes brinquedos: é bem feito!
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Já (quase) não nos falta nada
O título deste post é o título do Editorial, de Sandro Mêda, da Autohoje desta semana. Sandro dá-nos uma visão equilibrada de como os nossos políticos tinham as prioridades erradas. E como o Canadá está a ver bem as coisas, perante a hipocrisia da China. Comparem este texto, disponibilizado abaixo com realces da minha responsabilidade, com o discurso das grandezas do Basílio Horta, num artigo de opinião do Diário Económico de ontem, para perceberem as diferenças entre a realidade e a utopia:
Foram notícia a saída do Canadá do tratado de Quioto e a crítica da China a essa decisão. A surpresa vem, segundo os analistas, do Canadá, tendo uma sociedade evoluída, abandonado um programa que “salvaguarda” o planeta; e também da China por se atrever a criticar a atitude recusando-se ela própria a integrar o grupo. Não me surpreendeu nenhuma das posições. Pelo contrário, considero-as coerentes com a forma de estar na vida de cada país: o Canadá, perante a óbvia conclusão de que as medidas do tipo Quioto só serão efectivas quando perderem a hipocrisia e passarem a ser universais, decidiu, em tempos de crise e perante países que alegam estar em desenvolvimento - qual não gostaria de estar, e os que estão em regressão, como Portugal, que tipo de condescendências deveriam ter? - para não cumprirem quaisquer regras, optou por distribuir os resíduos do seu desenvolvimento por todo o planeta, como tantos outros fazem, em vez de os concentrarem na sua população, com brutais impostos ou prejuízo da qualidade de vida; e os chineses limitaram-se a seguir a filosofia “façam o que eu digo e não o que eu faço, senão não ganham dinheiro connosco”. O que os analistas esperavam era uma atitude à portuguesa: na posição do Canadá, aumentar a colecta e perseguir os automóveis; na da China, emitir opinião apenas se estivesse alinhada com a de todos os outros. E por sermos assim, tão pseudo-altruístas, temos empresas que fizeram planos e estratégias que são arrasadas por portagens de última hora e alterações constantes na fiscalidade automóvel. Temos milhões de euros gastos em 1300 postos de carregamento para 200 carros eléctricos. Temos proibições de circulação a carros velhos, sem fazermos nada para que se troquem por novos. Temos tudo para não sermos nada. |
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Volts explosivos
Via Espectador Interessado, tomei conhecimento de mais uma história deliciosa sobre os carros eléctricos. Já havíamos falado sobre a ocorrência de explosões em carros eléctricos, mas fui investigar mais um bocado... A segurança dos carros é, felizmente, um assunto levado muito a sério, e muitas vezes um pequeno defeito é o suficiente para os construtores terem que recolher os automóveis, e corrigir o problema.
Agora é a vez do Volt. Descobriu-se que as baterias pegam fogo em determinadas circunstâncias, e das quais os engenheiros da GM ainda nem têm bem consciência das razões! Mas o problema é que acontecem repetidamente, e quando lhes apetece! A desculpa da GM é que estes fogos ainda só aconteceram em laboratório... Pudera! Ainda há tão poucos cá fora, mas mesmo nesse aspecto até a GM está enganada. É que uma pesquisa rápida pela Internet permitiu-me descobrir pelo menos dois exemplos de Volts que foram imolados pelo fogo...
Ainda pior: começam a surgir relatos de que estas notícias têm sido encobertas, para proteger as de si já fracas vendas deste modelo da General Motors... Na verdade, as vendas do Volt nos Estados Unidos são uma grande desilusão, e com a oferta da GM de os voltar a comprar aos donos descontentes, estamos cada vez mais pertos da re-edição da história do EV1, da mesma General Motors.
Bónus: Um leitor atento fez-me chegar uma notícia absolutamente fresquinha: Nissan suspende investimento de 156 milhões na fábrica de baterias em Aveiro que já havia nascido muito torto, como havíamos referenciado aqui.
Agora é a vez do Volt. Descobriu-se que as baterias pegam fogo em determinadas circunstâncias, e das quais os engenheiros da GM ainda nem têm bem consciência das razões! Mas o problema é que acontecem repetidamente, e quando lhes apetece! A desculpa da GM é que estes fogos ainda só aconteceram em laboratório... Pudera! Ainda há tão poucos cá fora, mas mesmo nesse aspecto até a GM está enganada. É que uma pesquisa rápida pela Internet permitiu-me descobrir pelo menos dois exemplos de Volts que foram imolados pelo fogo...
Ainda pior: começam a surgir relatos de que estas notícias têm sido encobertas, para proteger as de si já fracas vendas deste modelo da General Motors... Na verdade, as vendas do Volt nos Estados Unidos são uma grande desilusão, e com a oferta da GM de os voltar a comprar aos donos descontentes, estamos cada vez mais pertos da re-edição da história do EV1, da mesma General Motors.
Bónus: Um leitor atento fez-me chegar uma notícia absolutamente fresquinha: Nissan suspende investimento de 156 milhões na fábrica de baterias em Aveiro que já havia nascido muito torto, como havíamos referenciado aqui.
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Estudo DECO chumba híbridos
Um leitor fez-me chegar a notícia de um estudo comparativo efectuado pela DECO, e que saiu na Proteste do passado mês de Setembro. Resumidamente, o estudo diz o que os leitores do Ecotretas já sabem: os híbridos consomem bastante mais que os carros a gasóleo... Já o dissemos montes de vezes, nomeadamente neste artigo de há três anos atrás! Mas agora é a DECO que o diz..
Segundo o estudo, que é aqui referido em detalhe, 100 euros permitem que um automóvel a gasóleo percorra cerca de 25% a mais, em quilómetros, conforme podem ver pela imagem. A notícia também está disponível aqui, mas rapidamente se percebe que a Religião Verde tolhe o pensamento dos jornalistas, que amenizam o problema com o facto de serem supostamente carros mais ecológicos...
Segundo o estudo, que é aqui referido em detalhe, 100 euros permitem que um automóvel a gasóleo percorra cerca de 25% a mais, em quilómetros, conforme podem ver pela imagem. A notícia também está disponível aqui, mas rapidamente se percebe que a Religião Verde tolhe o pensamento dos jornalistas, que amenizam o problema com o facto de serem supostamente carros mais ecológicos...
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Catenárias para auto-estradas
No blog Luz ligada, chega-nos um exemplo de como a investigação aplicada se pode sobrepor à imposição obrigatória de ideias loucas. A ideia de ter as auto-estradas com algum tipo de catenárias eléctricas parece interessante, sobretudo se pensarmos que raramente se põe os pés para aqueles lados. A ideia parece-me ainda mais interessante na associação que é feita ao transporte de mercadorias, podendo passar a ser uma ideia alternativa ao transporte ferroviário.
É claro que isto é mais uma machadada na forma de pensar dos Leafistas. Que pensam que isto de carregar baterias para todo o lado, irá a algum lado, algum dia. Quando se derem conta, os seus veículos eléctricos nem como usados serão tratados. Mas é interessante ver que eles começam a dar atenção a este anel de blogs. Cada vez em maior número, e mais assertivos...
É claro que isto é mais uma machadada na forma de pensar dos Leafistas. Que pensam que isto de carregar baterias para todo o lado, irá a algum lado, algum dia. Quando se derem conta, os seus veículos eléctricos nem como usados serão tratados. Mas é interessante ver que eles começam a dar atenção a este anel de blogs. Cada vez em maior número, e mais assertivos...
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Aumento do IVA na electricidade
Tal como estava previsto no acordo com a Troika, a energia eléctrica vai aumentar, já em Outubro, passando o IVA dos 6% actuais para 23%. Enfim, uma medida necessária, dado o enorme défice que temos na área energética, e que deriva essencialmente da aposta nas renováveis do Pinóquio Sócrates. Mas cortar, cortar nas despesas das renováveis, isso nem pensar!
Como Pinto de Sá observou há uns meses, a convergência com os IVAs europeus evidenciará que a nossa electricidade é das mais caras da Europa, conforme a imagem dele abaixo claramente mostra. Ou porque pensam que os prémios do Mexia são tão grandes? Mas nem tudo é mau! Também os automóveis eléctricos vão passar a ser menos competitivos. E até as associações ambientalistasdevem já estão a regozijar, pois assim o enfoque será maior na poupança...
Como Pinto de Sá observou há uns meses, a convergência com os IVAs europeus evidenciará que a nossa electricidade é das mais caras da Europa, conforme a imagem dele abaixo claramente mostra. Ou porque pensam que os prémios do Mexia são tão grandes? Mas nem tudo é mau! Também os automóveis eléctricos vão passar a ser menos competitivos. E até as associações ambientalistas
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Top Gear e veículos eléctricos
Mais um gozo à la Top Gear! Outra vez sobre carros eléctricos... A jornalista Sara Mota, do Diário Económico, que fez recentemente um artigo medíocre sobre carros eléctricos devia ver este episódio, cem vezes, de castigo! Não preciso de dizer mais nada, porque como é de costume, a equipa do Top Gear não deixa nada por dizer!
Quer dizer, podem ver também, no segundo vídeo, a versão "making of" de um habitante de Lincoln, onde os carros eléctricos do Top Gear ficaram sem energia. A melhor parte é sem dúvida os múltiplos empurrões manuais...
Como não há duas sem três, parece que os actuais donos dos Nissan Leaf vão ter uma pequena surpresa quando tiverem que trocar de baterias. É que vão custar mais do dobro do que estão à espera, talvez aí umas 19 mil libras por Leaf. É bem feita aos artistas que andam a alimentar esta fraude!
Quer dizer, podem ver também, no segundo vídeo, a versão "making of" de um habitante de Lincoln, onde os carros eléctricos do Top Gear ficaram sem energia. A melhor parte é sem dúvida os múltiplos empurrões manuais...
Como não há duas sem três, parece que os actuais donos dos Nissan Leaf vão ter uma pequena surpresa quando tiverem que trocar de baterias. É que vão custar mais do dobro do que estão à espera, talvez aí umas 19 mil libras por Leaf. É bem feita aos artistas que andam a alimentar esta fraude!
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segunda-feira, 11 de julho de 2011
Onde está o subsidiozinho?
Três leitores fizeram-me hoje chegar a notícia do Jornal de Negócios, de que os compradores dos carros eléctricos continuam sem receber incentivo, que o vendedor da banha da cobra lhes prometeu... Nada que me admire! Aliás, só há que reconhecer que os tótós que compraram uns veículos, que (quase) toda a gente sabe que não irão a lado nenhum, devem estar a apreender a nunca mais confiar em charlatães. Ou a reconhecer que não há almoços grátis, quanto mais carros que podiam servir para poupar... Não tenho nenhuma pena deles; afinal quem paga o dobro ou o triplo dum carro equivalente, é porque tem dinheiro para estoirar!
Deixo aqui um desafio aos jornalistas deste país: voltem a entrevistar o Canova e o Rapagão. Talvez tenham novas barbaridades a dizer...
Entretanto, também este fim de semana se voltou a descobrir em Portugal o Fiat 500. Com um motor de dois cilindros, é de certeza mais ecológico do que os eléctricos, e pelo menos é possível ir nele até ao Algarve, embora sem muita bagagem. E até consegue passar no teste do Top Gear, ao contrário de outros! E é muito mais baratinho que os eléctricos. Talvez o Canova e o Rapagão aproveitem para trocar de carro...
Deixo aqui um desafio aos jornalistas deste país: voltem a entrevistar o Canova e o Rapagão. Talvez tenham novas barbaridades a dizer...
Entretanto, também este fim de semana se voltou a descobrir em Portugal o Fiat 500. Com um motor de dois cilindros, é de certeza mais ecológico do que os eléctricos, e pelo menos é possível ir nele até ao Algarve, embora sem muita bagagem. E até consegue passar no teste do Top Gear, ao contrário de outros! E é muito mais baratinho que os eléctricos. Talvez o Canova e o Rapagão aproveitem para trocar de carro...
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sexta-feira, 17 de junho de 2011
Assistência para carros eléctricos
Já há algum tempo imaginava como seria a assistência aos novos veículos eléctricos. Nos carros normais sabemos que quando falta o combustível, basta transportar uns quantos litros até ao veículo parado, para este poder (quase sempre) resumir viagem. Na verdade, este é um acontecimento raro, dada as autonomias de centenas de quilómetros, que chegam mesmo a superar o milhar de quilómetros, mas há sempre um ou outro distraído. Nos carros eléctricos a conversa é outra, pois com uma autonomia que em condições normais não superará muito os 100 quilómetros, as probabilidades de se ficar apeado são significativas...
A Nissan resolveu o problema com um camião especial de assistência, conforme se pode ver na imagem. O serviço é completo, com homens vestidos a rigor, mas pelas imagens parece-me uma grande perca de tempo, pois têm que esperar que as baterias carreguem. O camião só pesa 5 toneladas, arrastando um gerador eléctrico de 29 kW, alimentado a diesel! Fornecem uma carga durante 20 minutos, permitindo que o carro eléctrico ande mais 25 milhas...
O serviço, que para já é gratuito numa cidade do Japão, deverá ter que ser extendido. Cá para Portugal é capaz de haver alternativas mais baratinhas, como esta proposta da Eaton, que se resume a um gerador em cima de uma carrinha, ainda por cima com mau aspecto. Talvez nós portugueses possamos aproveitar para produzir uns carregadores mais jeitosos, para depois exportar uns quantos?
Mas, nem tudo são más notícias para os amantes dos carros eléctricos. Só quase tudo! Afinal, os veículos eléctricos não são tão verdes quanto isso... O estudo inglês refere que um carro elétcrico terá que percorrer 130000 Km, antes de começar a poupar CO2. E como um carro eléctrico anda às mijinhas, não mais de 100 Km de cada vez, está-se mesmo a ver que a maioria deles nunca chegará a poupar o que quer que seja! Pior, na Suécia, aparentemente o país com maior vendas de carros verdes per-capita, as emissões de gases de efeito de estufa na área dos transportes, aumentou!? Nos Estados Unidos, a maior parte das notícias goza com a GM, e o seu carro eléctrico. Enquanto outras constatam mesmo as fraudes neste domínio. E as sondagens mostram a completa indiferença pelos ditos cujos...
Finalmente, a cereja no topo do bolo: os dados de um Nissan Leaf, incluindo a posição presente, velocidade, direcção e destino, são enviados para qualquer feed RSS, no âmbito do programa Nissan CARWINGS. Algo que vai dar muito que falar nos próximos dias...
A Nissan resolveu o problema com um camião especial de assistência, conforme se pode ver na imagem. O serviço é completo, com homens vestidos a rigor, mas pelas imagens parece-me uma grande perca de tempo, pois têm que esperar que as baterias carreguem. O camião só pesa 5 toneladas, arrastando um gerador eléctrico de 29 kW, alimentado a diesel! Fornecem uma carga durante 20 minutos, permitindo que o carro eléctrico ande mais 25 milhas...
O serviço, que para já é gratuito numa cidade do Japão, deverá ter que ser extendido. Cá para Portugal é capaz de haver alternativas mais baratinhas, como esta proposta da Eaton, que se resume a um gerador em cima de uma carrinha, ainda por cima com mau aspecto. Talvez nós portugueses possamos aproveitar para produzir uns carregadores mais jeitosos, para depois exportar uns quantos?
Mas, nem tudo são más notícias para os amantes dos carros eléctricos. Só quase tudo! Afinal, os veículos eléctricos não são tão verdes quanto isso... O estudo inglês refere que um carro elétcrico terá que percorrer 130000 Km, antes de começar a poupar CO2. E como um carro eléctrico anda às mijinhas, não mais de 100 Km de cada vez, está-se mesmo a ver que a maioria deles nunca chegará a poupar o que quer que seja! Pior, na Suécia, aparentemente o país com maior vendas de carros verdes per-capita, as emissões de gases de efeito de estufa na área dos transportes, aumentou!? Nos Estados Unidos, a maior parte das notícias goza com a GM, e o seu carro eléctrico. Enquanto outras constatam mesmo as fraudes neste domínio. E as sondagens mostram a completa indiferença pelos ditos cujos...
Finalmente, a cereja no topo do bolo: os dados de um Nissan Leaf, incluindo a posição presente, velocidade, direcção e destino, são enviados para qualquer feed RSS, no âmbito do programa Nissan CARWINGS. Algo que vai dar muito que falar nos próximos dias...
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segunda-feira, 9 de maio de 2011
BMW mais económico que o... Prius
Há 3 anos havíamos relatado como um BMW era mais económico que um Toyota Prius. O que para muitos não pode ser verdadeiro, é repetidamente observado em testes comparativos! Desta vez, foi uma revista de automóveis inglesa, a Which? Car, que determinou que o BMW 320Ed é efectivamente mais económico que o Toyota Prius!
Segundo a investigação da revista, o resultado deve-se ao facto da tecnologia "Efficient Dynamics" incorporar um conjunto de mecanismos de poupança de consumo, que efectivamente se resumem num... menor consumo! Enquuanto isso, o Toyota Prius precisa de transportar as suas baterias dum lado para o outro, resultando na maioria das situações num fardo, em vez de uma vantagem...
A poupança anual medida pela revista foi de apenas umas 51 libras. Mas, ainda assim, revela como anda muita gente enganada. É claro que neste caso o BMW é bastante mais caro que o Toyota Prius, mas também é muito mais lindo... Em tantos aspectos!
Segundo a investigação da revista, o resultado deve-se ao facto da tecnologia "Efficient Dynamics" incorporar um conjunto de mecanismos de poupança de consumo, que efectivamente se resumem num... menor consumo! Enquuanto isso, o Toyota Prius precisa de transportar as suas baterias dum lado para o outro, resultando na maioria das situações num fardo, em vez de uma vantagem...
A poupança anual medida pela revista foi de apenas umas 51 libras. Mas, ainda assim, revela como anda muita gente enganada. É claro que neste caso o BMW é bastante mais caro que o Toyota Prius, mas também é muito mais lindo... Em tantos aspectos!
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quinta-feira, 5 de maio de 2011
Taxas para os carros eléctricos!
Por vezes, farto-me de rir. Desta vez, daqueles que dizem que os carros eléctricos vão ser um grande sucesso, porque a energia eléctrica é barata... Já havia desmontado uma série desses argumentos. O professor Pinto de Sá também tem vindo a fazer pedagogia nesta área... Mas há muita gente que continua iludida!
Para esses, há agora mais uma facada pelas costas. Para além da energia, vão pagar taxas, pois claro! De acordo com a Portaria n.º 180/2011, de 2 de Maio, para além do pagamento da electricidade, vão-se pagar as seguintes taxas, conforme Artigo 8º da referida portaria (todos os realces da minha responsabilidade):
Com um preço de energia de cerca de 0.1326€ + IVA por KWh, um carregamento rápido custará bem mais em taxas do que em electricidade. Ou seja, lá se vão os argumentos dos iludidos para metade? É claro que a MOBI.E pôs cá fora um comunicado a garantir que, mesmo assim, ainda são custos "50 por cento mais barato do que o abastecimento de um veículo a gasolina"... Mas há mais pérolas! Reparem o que vai acontecer nos vossos prédios urbanos (artigo 3º):
E pensavam que se safavam de mais taxas? Então toca a pagar também o estacionamento, custo que não será desprezível, porque os carros não carregam assim tão rapidamente:
As taxas continuam, quando se esquecer onde deixou o carro, ou se adormecer dentro dele (artigo 9º):
Para os utilizadores residenciais, volta-se à carga no artigo 10º:
Mais à frente, já em anexo, vejam como se extraiu pelo menos uma hora ao período de vazio, quando comparado com os horários da EDP:
Para esses, há agora mais uma facada pelas costas. Para além da energia, vão pagar taxas, pois claro! De acordo com a Portaria n.º 180/2011, de 2 de Maio, para além do pagamento da electricidade, vão-se pagar as seguintes taxas, conforme Artigo 8º da referida portaria (todos os realces da minha responsabilidade):
Tarifas de serviço durante a rede piloto da mobilidade eléctrica 1 — Nos termos do disposto no artigo anterior, até 31 de Dezembro de 2012, as tarifas de serviço máximas para remuneração da actividade de operação de pontos de carregamento, quanto ao carregamento normal em locais públicos de acesso público, são as seguintes: a) Tarifa de serviço de carregamento normal para o período fora de vazio: € 0,07/kilowatt-hora; b) Tarifa de serviço de carregamento normal para o período de vazio: € 0,03/kilowatt-hora. 2 — Quanto ao carregamento em pontos de carregamento rápido, até 31 de Dezembro de 2012, as tarifas de serviço máximas para remuneração da actividade de operação de pontos de carregamento são de € 0,20/kilowatt-hora, independentemente do período horário em que seja efectuado o carregamento. |
Com um preço de energia de cerca de 0.1326€ + IVA por KWh, um carregamento rápido custará bem mais em taxas do que em electricidade. Ou seja, lá se vão os argumentos dos iludidos para metade? É claro que a MOBI.E pôs cá fora um comunicado a garantir que, mesmo assim, ainda são custos "50 por cento mais barato do que o abastecimento de um veículo a gasolina"... Mas há mais pérolas! Reparem o que vai acontecer nos vossos prédios urbanos (artigo 3º):
1 — Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 18.º do Decreto -Lei n.º 39/2010, de 26 de Abril, os comercializadores de electricidade para a mobilidade eléctrica são responsáveis pelo pagamento, aos operadores de pontos de carregamento, da remuneração devida pelos utilizadores de veículos eléctricos como contrapartida pela utilização dos pontos de carregamento de acesso público, bem como pelo montante a auferir pela actividade de manutenção de pontos de carregamento de acesso privativo em locais de estacionamento em prédios urbanos para fins residenciais. |
E pensavam que se safavam de mais taxas? Então toca a pagar também o estacionamento, custo que não será desprezível, porque os carros não carregam assim tão rapidamente:
3 — O eventual custo do estacionamento associado à utilização do espaço físico destinado ao carregamento de baterias de veículos eléctricos não é considerado para efeitos de determinação da remuneração do operador de pontos de carregamento, constituindo um encargo do utilizador do veículo eléctrico, ainda que possa ser liquidado através do comercializador de electricidade para a mobilidade eléctrica. |
As taxas continuam, quando se esquecer onde deixou o carro, ou se adormecer dentro dele (artigo 9º):
A ocupação de pontos de carregamento sem efectivo carregamento de baterias eléctricas durante tempo de permanência excessivo é sancionada através do pagamento de uma compensação, considerando -se tempo excessivo a permanência no ponto de carregamento por período equivalente a mais de 50 % do tempo despendido para efeitos de carregamento a plena carga de baterias eléctricas ou, em alternativa, consoante a decisão do operador, a utilização do ponto de carregamento por mais de trinta minutos, no caso de pontos de carregamento normal, e por mais de dez minutos, no caso de pontos de carregamento rápido, após a plena carga da bateria eléctrica. |
Para os utilizadores residenciais, volta-se à carga no artigo 10º:
Até 31 de Dezembro de 2012, o operador de pontos de carregamento de acesso privativo que se encontrem em locais de estacionamento em prédios urbanos para fins residenciais, em especial em condomínios privados, pode auferir um montante máximo de € 48 por ano para compensar os custos associados à operação e manutenção do equipamento instalado, incluindo actualizações tecnológicas e qualidade de serviço. |
Mais à frente, já em anexo, vejam como se extraiu pelo menos uma hora ao período de vazio, quando comparado com os horários da EDP:
a) «Período fora de vazio» o período compreendido entre as 6 e as 24 horas; b) «Período de vazio» o período compreendido entre as 24 e as 6 horas. |
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quarta-feira, 30 de março de 2011
A ventania do TGV
O Expresso deu-nos conta que o TGV pode produzir energia renovável! O conceito é que o TGV ao mover-se, a grande velocidade, faz uma deslocação grande de ar. Ora, se se colocarem ventoinhas à sua passagem, essas ventoinhas giram e produzem electricidade. Este é pelo menos o conceito da T-Box, uma das maiores barbaridades que vi nos últimos tempos!
Esqueçam que o TGV apenas passa algumas vezes por dia, e durante uns segundos por um determinado lugar. Esqueçam que ele consome uma quantidade de energia monumental para fazê-lo. Esqueçam que estas T-Box podem ter apenas 3500 watts de potência. Mas sobretudo, mais importante, esqueçam as leis da Física. É que este disparate é igual a tantos outros, como ao tradicionalmente associado aos automóveis, onde se pensa que se pode produzir energia a partir do nada...
Esqueçam que o TGV apenas passa algumas vezes por dia, e durante uns segundos por um determinado lugar. Esqueçam que ele consome uma quantidade de energia monumental para fazê-lo. Esqueçam que estas T-Box podem ter apenas 3500 watts de potência. Mas sobretudo, mais importante, esqueçam as leis da Física. É que este disparate é igual a tantos outros, como ao tradicionalmente associado aos automóveis, onde se pensa que se pode produzir energia a partir do nada...
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
O Rapagão é um aldrabão!
No início da semana falava sobre os dois portugueses já aldrabados com os carros eléctricos. Mas olhando para uma notícia do Público, onde se vê mais detalhe da história, podemos chegar à conclusão que nos andam a aldrabar. Vejamos um dos parágrafos da notícia (realces da minha responsabilidade):
A notícia continua com o seguinte parágrafo (realces da minha responsabilidade):
Vamos a contas! Na reportagem do Expresso, o Rapagão diz que tem o carro "vai fazer um mês". Como já fez 1433 quilómetros, isso dará uma média ligeiramente superior a 48 quilómetros por dia. Muito inferior aos 150 quilómetros por dia que ele refere. Com um consumo de 6 litros por 100 Km, que será o razoável para o tipo de percurso que o Rapagão faz, e a 1.40€ por litro de gasóleo, o custo mensal com combustível, para fazer esses 1433 quilómetros, seria de cerca de 120 euros. Muito longe dos 600 € badalados pelo Rapagão! Ou então, feitas de outra maneira, será que o carro dele tinha um consumo de cerca de 29.9 litros por 100Km?
Por isso, tudo isto é, concerteza, uma grande aldrabice. Ele que continue a ir pela estrada nacional: assim, contribui de uma forma positiva para com os restantes, libertando a A1 para quem dela efectivamente precisa...
Actualização: Um leitor chama-me a atenção para o facto do Público referir três semanas como o tempo em que os eléctricos estão na posse dos seus donos. Para além da discrepância com o Expresso, as contas mantêm-se engatadas: A média diária sobe para 68Km, ainda menos de metade do que anuncia o Rapagão. O custo mensal que teria com gasóleo sobe para os 172 euros, pouco mais de um quarto do que ele dizia gastar...
É que a poupança em combustível pode atingir as centenas de euros mensais. "Costumava gastar à volta de 600 euros em diesel todos os meses. Agora, desde que comprei este carro, nem me lembro disso", explica José Rapagão, 62 anos, que mora em Lisboa e todos os dias cumpre o trajecto de ida e volta até ao Carregado, onde se situa a sua loja. Todas as noites carrega a bateria do i-MiEV e nunca teve problemas de autonomia. |
A notícia continua com o seguinte parágrafo (realces da minha responsabilidade):
"Ando mais ou menos 150 quilómetros por dia, sempre com este carro. Tenho o cuidado de andar devagar, para não estragar a média, mas, se o deixarmos, ele vai aos 130 km/h com facilidade. Para evitar exageros, não sigo pela auto-estrada [a A1], vou pela estrada nacional." Uma breve interrupção para consultar o painel de bordo e José Rapagão anuncia que já fez 1433 quilómetros. |
Vamos a contas! Na reportagem do Expresso, o Rapagão diz que tem o carro "vai fazer um mês". Como já fez 1433 quilómetros, isso dará uma média ligeiramente superior a 48 quilómetros por dia. Muito inferior aos 150 quilómetros por dia que ele refere. Com um consumo de 6 litros por 100 Km, que será o razoável para o tipo de percurso que o Rapagão faz, e a 1.40€ por litro de gasóleo, o custo mensal com combustível, para fazer esses 1433 quilómetros, seria de cerca de 120 euros. Muito longe dos 600 € badalados pelo Rapagão! Ou então, feitas de outra maneira, será que o carro dele tinha um consumo de cerca de 29.9 litros por 100Km?
Por isso, tudo isto é, concerteza, uma grande aldrabice. Ele que continue a ir pela estrada nacional: assim, contribui de uma forma positiva para com os restantes, libertando a A1 para quem dela efectivamente precisa...
Actualização: Um leitor chama-me a atenção para o facto do Público referir três semanas como o tempo em que os eléctricos estão na posse dos seus donos. Para além da discrepância com o Expresso, as contas mantêm-se engatadas: A média diária sobe para 68Km, ainda menos de metade do que anuncia o Rapagão. O custo mensal que teria com gasóleo sobe para os 172 euros, pouco mais de um quarto do que ele dizia gastar...
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Canova e Rapagão
Pinto de Sá já tinha colocado no "A ciência não é neutra" a novidade, dada este fim de semana pelo Expresso, de que há apenas dois proprietários particulares com um carro eléctrico em Portugal: o Sr. Canova e o sr. Rapagão! Estes senhores serão certamente recordados aqui num futuro próximo, a menos que tenham assinado um contrato de confidencialidade, o que não me admiraria! É provável que quase todos os Portugueses não lhes sigam as pisadas, até porque os 5000 euros prometidos de subsídio parece que não apareceram! Mas ainda há quem acredite no Sócrates, nem que sejam um ou dois... Os outros, eu e os estimados leitores, pagamos a brincadeira!
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domingo, 23 de janeiro de 2011
Ir de carrinho
Um leitor atento enviou-me um link para uma notícia, que refere que José Sócrates foi de carrinho eléctrico votar. Ele agora já não vota na Covilhã, pelo que não teve que recarregar pelo caminho... Na verdade, até dava jeito que ele votasse na Colvilhã: podia ir de carrinho, eléctrico, e não voltar! O País não precisa dele...
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O melhor dos piores
Para anular a má publicidade que a BBC atempadamente lançou sobre os carros eléctricos, e que abordamos neste post, parece que um artista resolveu pegar num Tesla, e mostrar que os carros eléctricos afinal não são tão maus como o Mini da BBC. O problema é que o cenário criado foi tudo menos normal, e mesmo assim demorou cerca de três vezes mais tempo que um carro normal. Por mais que nos queiram impingir estes carros, e o Tesla não é um carro eléctrico normal, ele nunca substituirá os actuais automóveis, senão nalgumas situações excepcionais.
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sábado, 22 de janeiro de 2011
Não pisem no meu “green”.
No blog o Insurgente, saiu um texto de um leitor desse blog. Tomo a iniciativa de o reproduzir aqui também, dada a sua acuidade (realces da minha responsabilidade):
Há cerca de 15 dias dei-me conta que no Fórum Coimbra tinham sido reservados espaços de estacionamento exclusivos para veículos híbridos. Posteriormente soube que tal sucede já noutros locais como sejam o Aeroporto de Lisboa e o parking do El Corte Inglês. Contrariamente ao que sucede com os lugares reservados a deficientes, grávidas, e mesmo veículos de recarga eléctrica (com os tais postes de recarga tão caros ao nosso Primeiro), não existe qualquer razão que justifique os veículos híbridos deverem dispor de um lugar reservado para estacionar. A situação configura portanto apenas um privilégio discriminatório em relação aos proprietários de carros convencionais. Tanto mais que os híbridos são todos veículos recentes, geralmente caros, muitos deles de gama média/alta ou alta, e portanto apenas acessíveis a quem nestes tempos difíceis tem poder de compra (e alguma ingenuidade). Ainda por cima, são veículos que de modo algum são, por norma, menos “emissores” que os convencionais (por exemplo um Porsche Cayenne, um Lexus ou um Mercedes E ou S, híbridos, emitem muito mais CO2 e consomem mais combustível que um Polo ou um Clio diesel). Mesmo sendo o ecologismo, por mais saloio e aldrabado que seja, uma moda que derrete os corações da intelectualidade dominante, a verdade é que não se podem discriminar cidadãos por terem esta ou aquela opção de compra ou esta ou aquela possibilidade de aquisição de bens. Se houvesse lugares reservados para quem tem os impostos em dia, ou para que não tem cadastro, isso seria, espero, de imediato condenado. Será que passarão a ser privilegiados os cidadãos que, sob uma Lei igual para todos, se mostrarem mais alinhados com quem tem o poder de fazer as Leis? Aos poucos e poucos uma nova religião, sob a capa de um ecologismo lamentavelmente poluído e manipulado pelos interesses, organizações, ideologias e poderes, vai insidiosamente descendo as suas malhas, lançando alarmismos catastrofistas (a nova versão do Inferno), reiterando novas asceses de vida (tal como as penitências e auto-flagelações de antigamente) silenciando e discriminando que lhe desobedecer (a nova inquisição), arregimentando fiéis na ignorância e repetição das ladainhas até à exaustão (os novos beatos). Tudo isto poderá ser apenas um sinal, mas o mais trágico é que parece ser apenas um princípio. |
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Coche vs. Carro eléctrico
Num dia em que o nosso primeiro-ministro foi às arábias vender o carro eléctrico, que de português nada tem, vale a pena meditar sobre um teste efectuado pela BBC, pelo repórter Brian Milligan, que conseguiu chegar de Londres a Edinburgo, num carro eléctrico, em quatro dias!!!
Hoje em dia, num carro normal, é de esperar uma viagem em pouco mais de 7 horas. O Top Gear, em chassos velhos, conseguiu em 8 horas... Para uma perspectiva histórica, o site eureferendum.blogspot.com dá-nos a indicação de que a viagem, por coche, em 1830, fazia-se em dois dias!
Ou seja, levou o dobro do tempo a fazer a viagem de carro eléctrico, quando comparado com um coche do século XIX...
Hoje em dia, num carro normal, é de esperar uma viagem em pouco mais de 7 horas. O Top Gear, em chassos velhos, conseguiu em 8 horas... Para uma perspectiva histórica, o site eureferendum.blogspot.com dá-nos a indicação de que a viagem, por coche, em 1830, fazia-se em dois dias!
Ou seja, levou o dobro do tempo a fazer a viagem de carro eléctrico, quando comparado com um coche do século XIX...
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