João Cruz Oeiras de Portugal adesão a [email protected]

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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Zitu


Encontrei-o no alto de uma rua,

plena e rica

como quando eu divago na lua.

Tão suave como uma brisa quente

e estimulante vinda do mar.
Linda de se ver, que me põe de pernas para o ar.

Um céu tão quente e azul,

como o calor vindo dum oasis no meio do deserto, a sul.
Terna tal qual um gatinho,

um cachorro ou algo que aos meus olhos sinto-a assim.
Bela e cheia de luz e cor, seja em amarelo, azul ou vermelho carmim.

Fogo como o sol que nos aquece e acalenta.
Misteriosa como a noite escura,

mas que alegra até a névoa mais cinzenta.

Preciosa qual rubi, topázio ou esmeralda.

Sem preço, Joia rara, de valor incalculável!
Doce destilando a seiva qual uma floresta,

ou o cheiro selvagem da erva,

e frágil e potente como a abelha sorvendo o nectár e todo o mel.

Palavras estas sem sentido, conversa sem qualquer direcção, fico parvo e tonto... como enrolado por uma vaga do oceano, que me envolve, aperta, consome e me leva com ela.

Não remo contra a maré, vou firme pelo o meu próprio pé!

A minha inspiração, o meu fulgor, o meu coração! E... e fico pasmo, de tanto reflectir esta sensação e qualquer outra emoção.

Descrição esta insuficiente para definir o que tenho,
ou o que sinto e
ou o que passei a ser.

Uma felicidade alcançada, um caminho percorrido, uma ambição almejada, a minha alma mais que amada!

Termino com um suspiro, um grito, uma poesia tola, e esta declaração.