João Cruz Oeiras de Portugal adesão a [email protected]

Nome

Email *

Mensagem *

sábado, 29 de junho de 2019

PORTUGAL E GALIZA UMA NAÇÃO

O que seria se Afonso XII e Afonso Henriques fosse um apenas? E o Reino extenso d'A Coruna a Faro e uma língua o Galaico-Português? Que estorias se desenrolam nesse outro universo? E quiçá  que História seria a dos  descobrimentos  agora  doutra nação mais rica e vasta que de tão díspar se espalharia  não só  às Américas, do Norte e a Latina, à  África de igual influência até às Índias orientais e ocidentais. Um Mundo diferente  de cultura  e lingua Galaico-Portuguêsa unindo povos indígenas e cosmopolitas, diversos credos religiosos e diferentes gentes de todas as variantes unidas e partidárias duma causa extra religião e social  numa união mundial sem paralelo que decerto transformaria o Mundo e nós  TODOS seriamos Humanos em prol dum bem comum. Unir conhecimento e culturas gerando novas filosofias que evoluíram para um crescimento sustentado e acentuado na descoberta e na preservação das diferenças e em conjunto mudar o planeta e gerar 500 anos antes uma geração multi-planetária com uma visão de um sistema de colônias até ao fim da rua até ao fim do mundo e quiçá, ad eternum, até ao fim do horizonte de eventos num buraco negro transcendendo as dimensões e descobrindo agora fora do espaço-tempo para o espiritual ou virtual....
Sei que é sonho mas ele comanda a vida.

Ou como diria  Fernando Pessoa:
"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena. ..."

"Tenho em mim todos os sonhos"
E António Gedeão:


Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

In Movimento Perpétuo, 1956