João Cruz Oeiras de Portugal adesão a [email protected]

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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Que passem, ultrapassem e trespassem o 2009!





Como se diz na minha terra: "Haja saúde, coza o forno e no cú três bichas"
O publico atónito, bate palmas, levanta-se das cadeiras e há uma ovação de pé durante horas.
As palmas já sangram, escorregam, a linfa escorre, os sorrisos rasgam-se, o sol entra pela madrugada e noite dentro, o pano desce, as pancadas do senhorio, as de Molière, nas costas também, saltam à corda, andam à roda e venham mais 5, cantam, dançam, enrolam-se e rebolam, olham o arco-íris, o arco e flecha disparado, os joelhos feridos, a cabana na mata, o Tomás, os médicos e as enfermeiras, a fisga, a lagartixa, os policias e os ladrões, o macaquinho chinês, as histórias do avô, as lendas, os mitos, os fantasmas na casa abandonada, a Dona Rosa e a velhinha que todos tinham medo, a inocência, o algodão doce, o carrossel e venha mais um ano que este pôs-se!

Nota do autor revisor e tradutor: Tanto este texto como as 3 anteriores dissertações não passam de devaneios, ter em atenção que a primeira delas é com um fito pessoal e intransmissível e não requer comentários, pois é dirigida e focalizada em alguém muito especial que passou comigo este ano, e passará os próximos certamente. A esse alguém peço compreensão, tolerância, paciência, entendimento, união,paixão, comoção, e simbiose e mutualismo. Tentarei pagar na mesma moeda, embora a corrente do meu rio seja forte, trago no peito, na alma e na mente, uma bussola, um leme, um fio de prumo, sabendo contudo que terei sempre esta luz e uma estrela brilhante que me guia, conduz e seduz.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A Paz Mundial (Um postulado)


Diz um responsavel pela defesa de Israel em relação à ofensiva contra o hamas: " Isto é apenas o começo.."

fico feliz por saber.


Tenho até uma ideia genial para a irradicação da pobreza e da fome, e para a unificação do Povos do Mundo em Harmonia e Paz eterna.



Em 1º lugar os Estados Unidos da América, e o Canadá, devem organizar-se para estabelecer uma nova ordem mundial nas restantes Américas. Começando na América central, os depósitos de água para consumo humano seriam diluidos com compostos químicos e/ou radioactivos, provocando assim maleitas nos povos locais, para que e pelo menos, numa década, não restasse ninguém. Esses terrenos devolutos seriam casa para a quantidade de Latinos, indigentes, toxicodependentes, desempregados e pessoas com deficiências fisicas e mentais, que por um lado gastam dinheiro ao erário publico e por outro dão mau aspecto ao pulularem pelo meio das cidades da América que se quer impoluta, diagamos que seria uma espécie de Guantanamo mesclada com a Casa de Tuberculosos da Idade Média . Seriam portanto colocados numa espécie de reserva, como anteriormente se fez com os Índios, que tiveram de ser deslocados das suas terras, uma vez que eram um anacronismo e não faziam sentido, estar a andar a cavalo, a caçar bisontes, e a fazer danças da chuva?! Não faz sentido. Além dos bisontes serem protegidos, a chuva não é necessária. Afinal para que é que existem os grandes lagos, a Barragem Hoover e as cheia no Mississipi?
Descendo para a américa do Sul o processo seria identico, há que preservar a Amazónia, e a Cordilheira do Andes e toda a gente que vive ao seu redor, condiciona o seu crescimento, e gasta recursos necessários aos paises industrializados. Essa Região seria considerada Património da humanidade e considerada um dos mais belos destinos turisticos pela imensa variedade paisagistica de fauna e flora, e exclusivo para as elites neo-conservadoras americanas.

Devido à proximidade geografica de África com a Europa, os emigrantes com origem nesse continente seriam deportados, contribuindo para o decréscimo significativo da população europeia, que apesar de envelhecida, sofre de problemas de desemprego, além dosreceios vários da criminalidade, que como se sabe exclusiva de árabes e pretos, que nos rodeiam e cercam. Põe-se até a hipotese da pequena Maddie ter sido vítima de atrocidades desta gente bárbara. A extinção das gentes desse continente, seria por embargos sucessivos, envenenamento dos cereais e pondo ao dispôr do exterminio, as novas tecnologias no que concerne aos alimentos transgénicos, transmutados para substâncias portadoras de elementos mortais. Uma vez que é o berço da humanidade a cultura seria perservada, e vários especimens levados em vagões para Africa do Sul que seria o único País a conservar, alterando, como é obvio o governo e tranformando-o num estado europeu longe da metropeleo e liderado por oligarquia nomeada pela União Europeia. O continente, liberto assim da pressão demográfica iria, desenvolver-se a nível da zoologia, e seria uma estância balnear e de caça, para os democratas-cristãos do eixo Paris-Berlim.

A Asia seria um acaso à parte, deixar-se-ia as querelas religiosoas e politicas acentuarem-se, os governos ocidentais iriam instigar os conflitos, causando a auto-destruição. Daria um belo e pacato local de instrospecção e um Gigantesco santuário para alivio do stress e o alcance do Nirvana,de todos os empresáriso bolsistas, seguradores, banqueiros e especuladores em alturas de maior recessão....

E como diria Voltaire: "Vivemos no melhor dos Mundos"

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Pensamentos de quem tem tempo.


Hoje é um bom dia para dizer coisas. Esta fase, ou época é caricata. É festiva e vê-se de tudo.
O transito é caótico, há quem não ceda a passagem, acelere demais, manobrando perigosamente, quem não respeite os sinais, apite por tudo e por nada, reclamando e protestando com tudo e todos e criticando-os por não serem mais tolerantes nesta altura.
Todos embuidos do espírito mas ninguém respeitando nada, achando-se no direito de abusar na boa vontade de outrém.
Na rua as pessoas não se desviam de quem vem em direcção contrária, numa espécie de desafio, quiçá para aumentar o Ego ou auto-estima.
Nesta altura quem paga as favas disto estar tudo mal são os sem-abrigo, pois deviam estar a trabalhar, os Alcoólicos e toxidependentes pois vivem alienados, cheiram mal e causam mau aspecto, os emigrantes, porque tiram o emprego aos outros, os desempregados, pois vivem à custa do subsidio, os ricos, porque não distribuem a riqueza, os pobres, porque deveriam ter estudado mais, o governo porque são uns chupistas, a oposição porque não se opõe.

há vários tipos de pessoas nesta sociedade em que vivemos, quem viva para ganhar o seu e não tenha grandes objectivos, apenas chegar ao final do mês para pagar as contas. Outros há, que trabalham e têm tempo para viajar e ver outros modos de vida, e de vivência. Normalmente quando viajam para países do terceiro mundo levam umas lentes nos olhos, onde a vida que fazem é igual à que em casa fazem, não se apercebendo que estão num enorme palco e o que se vê é que que lhes é dado a ver.

Dando como exemplo a África, muitos dizem que a culpa de haver miséria é deles próprios. O países que foram colonizados viveriam muito melhor se estivessem ainda sobre a alçada, supervisão ou com as leis dos colonizadores, pois agora são desorganizados, pobres, esfomeados pois não têm capacidade de organização.

É importante frisar que esses países são ricos em matérias primas, em taxa de natalidade e em mão de obra. Falta-lhes qualificação e infra-estruturas. Destruídas nas mais variadíssimas guerras com as potencias colonizadoras e após isso pela luta de poder. Não esquecer que os Europeus criaram fronteiras artificiais, dividindo e separando etnias. Os casos mais gritantes e mediáticos são o Ruanda, e o Iraque. Fala-se também no facto de muita desta gente, tentar a sorte nas barcaças em direcção á Europa, tentam chegar às Canárias, a Malta, à Sicília e à Grécia.
É vox populi, dizer que os "pretos" não gostam de trabalhar. contudo é quem nos constroi as nossas infra-estruturas.

Há quem diga que nos seus países só bebem e estão em festarolas, o que não sabem é que quando uma empresa multi-nacional quer entrar num desse países para aí laborar, como por exemplo na extracção do petróleo, contactam os governos.
Ora nessas negociações a empresa, diz que precisa de 100o trabalhadores e que está preparada para pagar 500 000 U.M. (Unidades Monetárias). O governo recebe esse dinheiro e destaca um gabinete para o destacamento de dos trabalhadores. Esse gabinete, constituído por membros do governo, retira 350 000 U.M. Para despesas de representação, entra em contacto com o gabinete equivalente ao nosso centro de emprego para o recrutamento, que pede 100 000 U.M., quando são admitidos os trabalhadores só estão disponíveis 50.000 U.M, para salários. Os trabalhadores são avisados, que se não estiverem dispostos a receberem somente os 5.000 restantes serão despedidos. É portanto natural que a população viva mal, é de salientar também que muitos desses países têm uma população que é maioritariamente rural, o sector primário e secundários são os maiores empregadores. Convém dizer também que muitas aldeias vivem do que a terra lhes dá e o dinheiro não é necessário, recordo que um amigo eu que por aí viajou (passou desde a Mauritania, Mali, Togo, Senegal até à Guiné), disse-me quando pagou ao taxista e lhe deu 1000 francos da moeda local, ficou a olha-lo de lado, pois para trocar a nota iria ser complicado, as trocas nesses lugares são feitas por produtos, trocas directas, e como vivem afastados dos grandes centros urbanos o dinheiro não lhes serve, pois acabam por trocar por cereais para cultivo. Aí era necessário lugares para fixar as populações, que por falta de condições se deslocam para as cidades aumentando a quantidade de população e um decréscimo de qualidade de vida.
Há exemplos gritantes, da ajuda humanitária, que por melhor intencionada acaba por cair em saco roto. No âmbito da cooperação mutua o Reino Unido deu cerca de 1000000 Libras ao Uganda para a reconstrução de um hospital e de vários centros de sáude. Dois anos passados o dinheiro desapareceu e medicamentos que eram suposto ser dados gratuitamente eram vendidos aos utentes! O hospital que serve cerca de 1 milhão e 700 mil pessoas, só possui 5 enfermeiras e dois médicos, um dos quais itinerante. Pergunto? para onde terá ido o dinheiro? E porque é que em vez de se dar o dinheiro não se aposta na formação e na colocação de pessoal especializado? A resposta é simples, por interesses... A Ajuda humanitária acaba por ser ela própria um negócio. Onde quem beneficia são os governos, cada vez mais anafados e prepotentes.

Quando falamos no atraso da África é necessário ver para além do que está à vista. Pois não somos detentores da verdade. E tudo parece ser como na Alegoria da Caverna de Platão, vemos as sombras mas não o que há por detrás delas.

Como dizia um local com Ironia:

"Eu já não tenho idade para dar o salto e tentar a minha sorte na Europa. E felizmente vivo da pesca que me vai dando para me aguentar. O que é engraçado nesta história toda é que quando o Europeu vem para a África, vem munido da sua máquina fotográfica e tira fotos a tudo. Estiveram cá no renascimento, porque tinham tempo. E porquê? Porque tinham roupa, tinham comida, e tinham dinheiro, logo tinham tempo e vieram para cá fascinados, pois o que lhes falta é sapiência e vieram cá em busca de novos mundos, de procurar respostas no continente ancestral.
O africano não vai para a Europa munido de máquina fotográfica, ao contrário do europeu, vai em busca de roupa e alimento para os seus filhos, talvez não saiba ler nem escrever, e no entanto o europeu nada tem para lhe ensinar, só precisava de ter mais tempo. Para si. para os seus. para brincar com os seus filhos...Quando isso acontecer, África vai ser olhada como o continente antigo, como o principio de tudo e onde todos vão querer regressar para se reencontrar"

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

sobre tudo


hoje saí sozinho.
é altura festiva.
não vou estar com pessoal e deu-me as saudades.
Apanhei o comboio e parti.
Cheguei.
o meu amigo sentado sorria ao ver-me aproximar.
Abracei-o, apertei-lhe a mão, expressei-me sem palavras, facialmente digamos assim.
Falamos, bebemos imperiais, demais talvez.
Á mesa: a vida, as promessas não cumpridas, as amizades perdidas, a nostalgia doutros dias, uma mescla de emoções ali partilhadas. assim, de perna cruzada e de cigarro na mão a ver quem passa.
De súbito as mensagens: um amigo que não vem, um convite de outro para esta noite, e doutro para amanhã. Diria que sim, que acedo e que apareço, que estarei com eles. Mas ao desligar a chamada, corre um calafrio, algo está mal.
Entretanto o meu amigo( a presença fisica) parte. despedimo-nos.
Eu passo a praça, e ainda outra, e estou numa livraria, falta-me algo. Continuo a pensar que qualquer coisa está mal. uma sensação de perda, de angustia.

apercebo-me.

Faltas-me! ficaste em casa, não vieste...
e eu aqui.
no meio da multidão senti-me só.
acorre-me que sem ti não sou nada, que preciso de ti! passaram só 2 horas e sinto a tua falta, tenho saudades. corro para ti.
A viagem para casa um sufoco e um vazio. Chego e adoro-te nos teus braços. Lembro-me que te amo e digo-o. Ainda bem que aqui estás!
Que bom que é ter-te.
Que bom que é...
Que bom.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Quadra desgarrada


Voltamos ao natal
e mudamos de estação
se não tivessemos mal
seria um festão!

A crise paira no ar,
o Mundo está de tanga,
mas vamos todos cantar,
e entrar na charanga.

Os tempos são outros,
a tradição também,
as vacas magras,
berram pela mãe.

A época eu dispensava,
trocava era a recessão,
por coisas que tanto desejava,
pois disso não abro mão.

Desejos estes muito deja vu,
quadras destas há aos molhos,
que sejamos saudáveis eu e tu,
e seja eterno esse brilho nos olhos.

Acabo em seguida,
antes felicito todos
com beijinhos e abraços

pois estou de partida.

Um piloto

No zénite da guerra.Precisamennte na altura em que o motor falhou saltou de pára-quedas sobre as searas. Aterrou firme viu o avião planar e voar sem destino. Esperava que a noite partisse, fez uma fogueira montou a tenta, preparou os mantimentos, um silvo fê-lo olhar para trás, dísparos de longe cravavam-se na sua carne, caiu por terra. Desistiu, desmontou a tenda e deixou-se disso. do campismo. Abre a boca e dispara.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A minha prenda de Natal

o nevoeiro caiu sobre tudo. Estatelados no chão, acordavam. Tontos e baralhados correram em direcções opostas. Gritos de Pãnico e horror. Corpos que se auto-mutilavam à beira da estrada, pedindo moedas. Vendedores ambulantes com motoretas faziam corridas embatendo violentamente contra as paredes. O Natal batia à porta. Ninguém, abriu. selavam-se janelas e portas. Preparavam-se enlatados e garrafões de água para o grande inverno nuclear, os abrigos cheios de gente, que sufocava sem ar e espezinhada pela multidão que entrava em fúria. As renas fossilizadas pegavam fogo, os anões duendes em combustão espontânea. Os carrosseis voavam e atiravam as crianças pelos ares. A neve no céu, tudo era belo!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

neo-Peste


Os homens caminhavam pela estrada rumo a lado algum, visto já não haverem metropoles, evacuadas por força do virus do anjo azul, que fazia com que os humanos ao respirarem, apenas inalassem o azoto, deixando de fora o oxigénio, dando à pele um tom azulado e uma textura metálica, morrendo em tremenda agonia e secando por dentro, havendo casos em que morriam de pé, transformando-se em estátuas, o mundo estava cheio delas. Haviam verdadeiros museus nas ruas e nas praças de vilas e cidades, os vivos recorriam à sabedoria popular, tentando sobreviver com curas de indígenas quase extintos, andavam pelas ruas com plantas carnívoras que se grudavam à carne e faziam de um homo sapiens um ser fotossintético, muitos morriam por asfixia, devido ás raízes que lhes entravam pelos pulmões, abriam caminho pela carne, e ainda havia outras que subiam pela espinal medula alojando-se e alimentando-se dos cérebros, fazendo deles verdadeiros vegetais, e deste modo escapavam à pandemia. O ar contaminado, trouxe uma nova diáspora. O homem fugiu para as florestas ainda existentes, onde já não havia animais, alimentavam-se exclusivamente do que a terra providenciava, a população diminui drasticamente, e havia aglomerados enormes nas zonas de maior vegetação, que acabariam em breve. O manto vegetal extingui-se assim como os últimos humanos, que apesar de tudo tentavam, ir para as zonas costeiras alimentar-se de algas, alguns criaram guelras e o mito das sereias renasceu, uns séculos depois...

Pela Estrada Fora


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Um caso da vida


Nesta altura do ano, chovem promessas vãs de um mundo melhor.

Em tempos antigos vários eram os caminhos do homem em direcção ao bem-estar:

Budismo conduzia-nos ao Nirvana num estado total de paz e plenitude

hinduismo a busca incessante do sagrado e como viver em harmonia com o mundo

Judaico-Cristianismo - Os mandamentos e a salvação do homem

Islão - Os mesmos principios num livro tem como directriz a paz.

A hipocrisia é enorme. E que é feito do Homem comum neste tempo todo?

Vive liberto? Consciente? Feliz? Saceado dos seus principios básicos?

Depende da perspectiva. Numa visão geral, sabemos que o homem é perseguido pelos seus valores morais e religiosos. E dependendo da região onde viva o seu grau de satisfação e bem-estar, aumenta ou diminui consoante, a força da economia e desenvolvimento social do seu pais.

Pegando no homem ocidental comum, e dando como adquiridas as necessidades básicas, uma cama e uma mesa, outros valores se levantam. Quer e pede mais. Ultrapassadas as carências almeja mais alto. Daí haver individuos que entram em conflito com a própria sociedade, uma vez que se dão ao trabalho de pensar e de exigir para si, mais e melhor´, seja a nivel, fisico, mental ou intelectual.

O homem viverá feliz se a essas necessidades básicas se juntar, o direito de viver, a garantia de sobreviver, e a liberdade de expressão. Pode também traduzir-se em saúde, protecção, e livre arbitrio.

Quando é dominado, o homem atrofia, os seus olhos fecham-se e não olha o mundo, os ouvidos não escutam e remete-se ao silêncio os seus sentidos são reprimidos, e mais não passa de um vegetal. Tem coko unico objectivo acordar, sair, trabalhar e recomeçar ad eternum.

Quando é subjugado, é como se lhe espetassem um faca no coração, deixa de actuar, isola-se, vai reduzindo os seus objectivos e estagna.

Quando o homem é reprimido, fecha-se na sua bolha, não transmite para fora as suas opiniões, não passa de um fantoche.

Quando um homem é controlado, deixa de viver, deempenhar as tarefas mais básicas torna-se complicado, a falta de estima é tremenda, o Ego encolhe-se e atrofia, perde o brilho, o desejo e a vontade extinguem-se, o semblante carrega-se, a felicidade apaga-se, o facto de ser e estar deixam de ter sentido, é um autómato, responde a estimulos como um insecto, diminui-se, fecha-se e morre.



Feliz Natal, ou melhor, que a vossa existência possa ser rica, e embora ainda tenham fé e esperança que os vossos pecados sejam perdoados, não esperem pela salvação, pois quanto a mim é um processo burocrático complexo, e isto não é Hollywood, é a vida real.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Uma história do natal.


Era um ano da graça do Senhor ou dois( foi há muito tempo), no berço da civilização, nos primórdios da humanidade, ou vice-versa. Entre rios, entretanto e entre todos nasce o Salvador, para uns, para outros o Redentor, e para a família o Toni ou para os invejosos o milagroso da tanga. O nome completo nunca chegou ao nosso dias mas ao que consta e apesar da família o tratar por Toni, parece que era José António silva Redentor Salvador, da parte da mãe. Da parte do pai, tinha uma famel, recebida pelo natal. Presente esse muito estimado tendo participado na enesima edição do afamado e aclamado famel trophy. Mas voltando à estória, Toni, ou , saiu de casa de seus pais, muito cedo, era um chato segundo consta, meio lerdo vá, e mandaram-no pregar pro deserto. Depois de ter visto um arbusto em chamas e no calor do momento, decidiu a sua profissão, iria ser bombeiro, não sabe se voluntário, mas participou no banco alimentar, e não fazendo a multiplicação dos bens, fez a divisão dos mesmos com os seus amigos tendo se estabelecido num quiosque ás portas dum oásis, O To`s snack, ficava num monte, das oliveiras, mas também com palmeiras, e tamareiras qb. Como em todas as estórias há um flash back, noutra havia o flash gordon, para abreviar,e voltando atrás, lembram-se que os invejosos o chamavam milagroso da tanga, e isto deixava de ter muito nexo, se é que continuam interessados nela, ou nele, na estória e no Toni respectivamente, se não contasse o porquê. Era assim considerado pois transformava a cerveja em água, pois apesar de estar no deserto o barril ficava-lhe caro e misturava água às imperiais, ou finos. Criou várias inimizades, mas com estava aberto até as 4 da manhã, e na região havia pouca diversão, o seu bar tinha muito clientela que ia exclusivamente para a esplanada jogar matrecos. Avançando no tempo, , fez a tropa na Nazaré, nada de biblico tem isto, nem mística alguma, com excepção de ter conhecido vários pescadores, entre os quais o João, missionário e cónego, baptizou-o sendo portanto baptista, mas de nome e não de profissão, tendo fomentado o seu fervor religioso e a sua repulsa aos bens materiais. Nao que fosse comunista, pois esta crise ainda não tinha sido reportada(e Marx vivia como beduíno),mas antes por ética e principios morais. Saido da tropa, voltou ao seu Bar, mas com uma crise existencial, e não havendo vendilhões, nem templo, ´so uma pequena capela take-away, e vendedores ambulantes, expulsou os seus clientes pegando em seguida fogo ao estabelecimento. Como bombeiro que era, deu em pirómano, e como nihilista que era em toxicomano, tendo sido perseguido como um andrajoso, alguns criam-no cruxificar, outros enforcar, outros ainda queriam emborcar uns copos no seu bar, Não o podendo fazer fizeram uma revolução, nem cultural nem de abril, mas com era pelo natal, passaram a juntar-se junto aos escombros, formaram um seita, fizeram uma ultima ceia, e um primeiro e ultimo suicidio colectivo. Tó ficou sozinho, sem redenção, vitima de perseguição, e como se não bastasse recebeu uma intimação, por fraude fiscal. Morreu na solidão, ou não, há falta de dados, factos e fontes históricas, podia dizer que a estória continua. Mas tudo depende de si, e mais de mim, de uma nova inspiração e uma expiação. Gloria ao tó e Salvé a todos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

parte 3

caiu o pano, a noite, o semblante.
tão cedo o sol não brilhará.

Boa tarde e até mais ver

Os meus posts de dezembro são e estão depressivos.
Nada como um mês desconcertante num perturbante momento.
Uma dor num instante,
um pequeno ardor
e um tremendo pavor.
aguardo que passe...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

descrição (parte 2)


Germinou, num plano infinito iludido pelo que via, crescia, aumentava e recordou que se desconhecia. estancou,................................... caiu. E ali especado e surpreso, falhou o passo e tropeçou. era escuro, apagado e lembrou-se de não florescer. na estepe jaz estupefacto, quem acode? As sombras e espectros de ontem, de outrem. Os necrofagos aproximam-se, a luz extingue-se, o calor apaga-se, um turbilhão de sentimentos misturados, quem é? uma explosão ou um trovão, uma canção. as nuvens serão negras e cairá pedra vulcânica. enterrado e pensa em quê? e numa Vontade e desta vez é que é! e irrompe dos escombros, sai. e estão todos à espreita, apontam e fustigam, destroiem, despedaçam, sem dó, sem piedade, e sem tempo para arrependimento ali fica mumificado, petrificado. Manteve a expressão de terror na face, ilustrada para sempre, no chão. Espezinhada, decalcada e recalcada em todas as dimensões, ia fugir, sentar-se à sombra, contemplar o verde, e respirar o ar, não pôde, esgotou o espaço, a hipótese uma chance de escapar, até de fugir! iludiu-se foi tentado, não suspirou, agoniado,
era jovem e imberbe, recorda-se da experiencia , dos dias claros e dos sorrisos espalhados,
naquele retrato ali ficou. marcado.

vácuo


O ritual, o dinheiro gasto, o prazer caduco, onde foram?
Na rua, o branco, cego. atrás o cinza, esquecido e em cima o preto, sem futuro.
cá dentro um breu.
O caminho deserto sem chegada nem partida,
não há meio nem um fim.
O objectivo é estar sem ser ou ter.
Sentir doi, amar aperta, gostar magoa.
Num abraço sufocante do rancor da mágoa da angustia.
um sabor azedo na boca.
Oiço um silvo estridente que me corroi e corrompe a alma, o ser, o eu, o meu. Vejo tudo e à minha volta rodopia o nada, consome-me, gasta-me, mata-me.
Digam-me onde se sai, como se sobe, como se está,
e tirem-me a dor, o sacrificio, o martirio.
Onde estive?
e por aqui ficarei pra sempre nesta cave encerrado, sem saida, amordaçado, auto-esclavizado. Desgraçado, a vida num luto, a sobrevivência numa eterna luta perdida, caído, prostrado, a visão turva cansado, apago.
sem luz, sem som, num rasgo de pavor no Medo.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Promessas


Em dezembro vou acordar bem disposto.
Em dezembro vou colher bagas e frutos.
Em dezembro vou provar todos os gostos
Em dezembro vou escutar a chuva
Em dezembro vou cheirar a manhã
Em dezembro vou sorrir no metro
Em dezembro vou ouvir o Sol
Em dezembro vou olhar o Mar
Em dezembro vou desligar o despertador
Em dezembro vou tomar banho de água quente.
Em dezembro vou tirar férias.
Em dezembro vou contar uma estória.
Em dezembro vou virar uma página
Em Dezembro vou fechar a porta
Em dezembro vou começar um novo capítulo
Em Dezembro vou estoirar comigo
Em dezembro vou esperar que começe um novo ano.
Em dezembro vou aguardar janeiro
em dezembro vou ser!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

fuga

Vejo as nuvens adensarem-se.
O mar aproxima-se.
As ondas atropelam-me.
o Vento fustiga-nos
O frio congela.
Tudo pára.
O sol esconde-se.
O céu oprime.
O mundo gira.
Giro com ele.
Afasto-me e orbito.
Espero que páre.
no vazio
no silêncio.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Troca de ideias

  • Não conseguem concordar na totalidade com o que escrevo. E ainda bem é da discussão que nasce a luz, e mais aqui não deixo que a minha opinião e da razão não sei, pois ainda hoje se anda a filosofar sobre isso.

  • A essência do que escrevo é comum ao pensamento de outrem embora com conclusões demasiado negras.Talvez padeça de pessimismo natural, ou seja demasiado realista ou então tenho uma visão muito própria e seja resultado do meu empirismo.

  • Crio um mundo meu... è natural. todos temos a nossa bolha, o nosso espaço, aquele cantinho que é só nosso.

  • Muitos outros sentem o mesmo, e apesar da negritude sim, tenho fé e há esperança na evolução da humanidade. O que não impede que o demonstre, embora por vezes o estado de espírito seja um vector importante e canalize a minha frustração para aqui.

O mundo , ou a bolha que crio aqui, é surreal, uma fuga à realidade, é uma tentativa, um ensaio, é algo meu, uma expressão, singular, peculiar, única e banal dentro da invulgariedade.

Numa outra vez o homem ( versão romanceada)


O homem ergue-se e levanta-se, vai andando e descobre o fogo. O homem corre e caça em grupo, é hábil na manufactura de objectos, usa a inteligência e caminha na direcção da idade do ferro entretanto..domina o cavalo, e anda veloz. Cuida dos rebanhos, domestica o gato e o cão. Sedentariza-se e cultiva os campos. desconhecendo o Mundo e temendo-o, morre jovem e junto ao curandeiro. Evolui e questiona-se sobre si mas segue a sua vida. e prospéra e vive alegremente nas longas tardes soalheiras sobre as extensas planícies.


O homem moderno senta-se, navega rápido na net, descobre o mundo num minuto, vive entre betão e aço.É pleno de informação, questiona-se sobre tudo e nada conclui, leva a diversão ao extremo, a produção deixada para a automatização. Nada faz. Relaxa, ainda com o cão e gato como seus companheiros e os únicos que não sofrem de extinção. Morre velho e com assistência médico-medicamentosa, vazio, insano, sofrendo de fobias e manias, domestica-se a si próprio com a ajuda dos xanax e do prozacs. Definha no meio das milhões de seres iguais a ele, em tardes pardacentas, no meio da neblina e sobre extensas cidades descaracterizadas.
sãos as diferenças entre um bárbaro e um civilizado, ou entre um homem bucólico outro melancólico, ou o da informçaõ e o em formação. Aceitam-se definições, pois nada é definitivo.

n.b: è curioso reparar no que estdo de espirito faz na eleboração de um texto fica para outro post, se bem que repito-me e abuso na redundancia

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Era uma vez O homem


O género humano é caricato. Vivemos infelizes e sempre com falta de algo. O que antigamente não havia hoje é dado adquirido. Não são carências emocionais ou físicas mas sim emocionais. Está provado ao longo dos tempos.
Os primeiros escritos dos sumérios e fenícios foram para tomar nota de contas, deliberações entre comerciantes, lapides etc. A seguir contavam-se historias dos feitos antigos( que se formos mais para trás eram trazidas pelos aedos, o bardos, que as cantavam ou declamavam de terra em terra.), hoje fazem parte dos mitos e lendas, e a informação hoje anda rápida, dos sinais de fumo, do pombo correio, para o correio electrónico, e para as corrente absurdas que se criam por e-mail, dos anjinhos salvadores e outras coisa que tais... depois vieram as escrituras, os poemas épicos, e os feitos dos faraós egípcios.
Desde a escrita cuneiforme à escrita gravada em pedra, e outra em papiros e formatos que certamente nunca chegaram até nós. Expandiu-se a escrita de tal forma supreendente e deixou-se de saber escrever. Há quem já não dispense o Pc paar escrever, e não o saiba fazer com caneta pois não tem a correcção automática e os parágrafos ordenados e as página snumeradas automáticamente.

O homem, saído do neolítico, e começando a ter tempo para si, teve uma necessidade de filosofar e de dar um sentido à vida, à morte, etc. O homem primevo tinha as suas maiores preocupações na comida, no sexo, no território e na segurança, com o neolítico, veio a noção de posse, o homem começou a parar, mas Diáspora não ficou por ai, não descansou enquanto não ocupou os 4 cantos da Terra.
No tempo em que vivemos as noções não evoluíram, continuam a ser as mesmas, porém mais requintadas, a noção de posse alterou-se para capacidade em possuir mais empresas, mais acções. mais capital, mais propriedades, sejam imóveis ou outros bens, antigamente considerados supérfluos.A segurança deixou de ser do nosso próprio território para passar a ser não defensiva mas agressiva, o sexo não se modificou, tornou-se outra coisa um negocio, já não visto como um prazer mas com requintes e perversidades próprias, comercializado e embalado, a religião não é algo para explicar o inexplicável nem de adoração e de ritos de mortalidade e fertilidade , tornou-se ideológica, um razão para agressão de outras culturas e civilizações diferentes das nossas, a religião é agora moda, virámo-nos para outras religiões, há quem volte ás primárias, ou primitivas, adore o sol o mar a terra, há quem se volte para o esoterismo, há quem invente religiões, há quem faça disso um negócio, e a sua igreja é cotada na bolsa...
Hoje o valor duma nação não se vê pela evolução social e cultural do ser humano, mas sim pelo poderio económico-militar.
A Diáspora, essa, continua, molda-se e formata-se, contínua mas o seu objectivo já não é a exploração de novos territórios ou a necessidade de conquistar terra para pastos ou plantação, passou a ser uma necessidade politica de impor a nossa cultura o nosso modo de viver, as nossas crenças são agora de foro economicista. A evolução deixou de ser para melhorar o homem a nível social e cultural, mas sim militarista e económico.
Mata-se não por protecção do próximo mas por uma necessidade de proteger os valores morais, económicos e da disseminação da cultura, que de valores humanos já têm pouco, a nível pessoal há quem mate por prazer, por dinheiro, por deficiência psicologica, por inadaptação,A vida padece da valorização do homem pelo homem e antes da marca ou do produto. As ambições evoluíram de forma bizarra, o pensamento ultrapassou as várias correntes, passou a ser individualista. O homem sofreu de um mal maior, vive deprimido e definhado nesta enorme aldeia global assoberbado e ultrapassado por ela. Vive perdido mesmo com o GPS....
Quem se revolta, ou quem tem ideias, ou quem imagina um mundo melhor, é eliminado, enviado para outro mundo.

Mas também, a vida é curta, e isto passa, passa rápido, num piscar de olhos, ou num clic dum qualquer rato.