João Cruz Oeiras de Portugal adesão a [email protected]

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domingo, 29 de maio de 2011

Ode de Solsticio naif

Chegaste do ar

e o teu encanto trouxeste,

e eu sem te poder tocar

assim inalcancável tiveste

Passou o Inverno

e o solsticio

não olvidando esse momento

de ver teu semblante terno

no meu corpo apenas um bulicio

E a alma num frémito e suplicio

Chegou a Primavera

E o equinócio

Tu voltaste alada

Eu Recordei o momento

e já de alma arranjada

Em ti fixei meu sentimento

Quase no Verão

e com o sol em Zénite

O meu ser e alma em ti fisgada

acto continuo no coração gravei-te

Cresceu a emoção

e de coração refeito

Larguei o ócio

quando me atingiste-me no peito

Todo o meu ente mudaste

ao deixar a minha tristeza partir

quero preparar-te para comigo sorrir

Iluminar-te de luz e carinho

dum sopro dar-te todo alento

para em ti entregar num só momento

todo o meu amor e ternura ao de leve,

levezinho...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Esquecimento


Para trás da ponte, estende-se o rancor a mágoa e a angustia, num terreno estéril.
O rio por baixo leva a nostalgia nefasta do que foi.
Para lá cresce a saudade do que cá fica e que está para ser.
Na outra margem o sol vai nascer e brilhar.
Amanhece e a escuridão à luz dá lugar.
Aqui é o sitio para estar.
Nesta margem, uma nova imagem
Sem marginalizar a miragem.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O Caminho

Que fazer para seguir o caminho sem cair?
Olhar para a frente, não para o horizonte, mas sim o espaço de cada passo que dou.
E sou apenas um momento aqui. Vivendo fora e dentro da vida, do trilho. Talvez da forma mais fácil, porém seguindo um caminho difícil.Aquele que eu proprio crio.
E páro, sento-me no bréu, à procura. Sento-me tal como um velho, cansado e frágil. E questiono todo o trilho até agora, procurando a causa de tudo isto, e fico na escuridão, esperando fundir-me com ela e desapareça ou me apague. Não.
Num novo começo, há um outro fim? Talvez um meio, melhor. Sem grandes caminhadas. Não vulgar mas mediano. Sem subir demasiado e contudo tentar não descer.
Tão dificil que é encontrar o caminho, sem medo e sem lágrimas. E que chegue aqui, a este ou aquele caminho, o meu; Seguro, mas surpreendente, mediano mas invulgar, acertado e no entanto especial e único. Quem sabe se ele existe ou não é impossível? Não sei.
Talvez seja melhor esperar. Às vezes é melhor sentar-me, aqui no silêncio e no breu, olhando o nada, e aos poucos tudo encontrar. Ver tudo convergir e muita coisa fugir, e sei que não consigo tudo agarrar!
É melhor esperar, e talvez encontre, um caminho para achar.... E descobrir.