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quinta-feira, 10 de novembro de 2022

´NOTÍCIAS DO CIRCO


O Homem Que Ri.

Era um livro de Victor Hugo, edição popular salvo erro da Lello Editores que existia na Biblioteca do meu pai, para o qual muitas vezes olhei mas nunca li. Quando fechei a casa onde nasci, e aí vivi, até casar, comecei a colocar os livros em caixas para chegarem aqui, à continuação da Biblioteca da Casa, e não me lembro de o arrumar.

O destino que O Homem Que Ri levou não vale a pena, agora, pensar.

 De que ria Fernando Medina enquanto, na Assembleia da República, estava a ser discutido o orçamento para o ano de 2023?

Um sorriso cínico, ofensivo, desprezível.

Segundo as mais recentes estatísticas da Autoridade Tributária, que se reportam a 2020, existiam mais de 736 mil contribuintes no escalão mais baixo de rendimentos, isto é, entre zero e cinco mil euros brutos anuais, pelo que é possível deduzir que milhares tenham apresentado a declaração de IRS sem qualquer tipo de rendimento.»

 Agravamento do custo de vida fez disparar furto de alimentos nas superfícies comerciais. Leite, salsichas e latas de atum estão entre os produtos mais roubados.Há supermercados portugueses a colocar alarmes em produtos alimentares básicos e produtos congelados, entre os quais bacalhau e salmão, avança o jornal Expresso.

 A inflação rouba 66 euros a quem ganha o salário mínimo.

 Marcelo Rebelo de Sousa diz que o mundo vive um momento de "imprevisibilidade associada aos preços da alimentação" e pede a todos o contributo para o "objetivo comum de garantir uma alimentação saudável e nutricionalmente equilibrada para todos."

 Vários falsos mendigos foram sinalizados pela GNR por aproveitarem todas as grandes celebrações religiosas no Santuário de Fátima para, simulando doenças e deficiências, obter esmolas dos fiéis.

De que riem os políticos?

Legenda: O Homem que Ri, filme de Paul Leni

sábado, 22 de outubro de 2022

NOTÍCIAS DO CIRCO

Ontem no Jornal de Notícias: «Agravamento do custo de vida fez disparar furto de alimentos nas superfícies comerciais. Leite, salsichas e latas de atum estão entre os produtos mais roubados.»

domingo, 11 de setembro de 2022

CONVERSANDO

Essa triste personagem que dá pelo nome de Isabel Jonet, dona do Banco Alimentar Contra a Fome, sucessora-mor das tipas do salazarista movimento nacional feminino, e não sabe, ou não quer dizer,  mais o quê, face à esmola que o governo de António Costa deu aos portugueses, diz-nos que é necessário explicar às pessoas que «Quando se atribui uma ajuda deste tipo, única, é importante fazer uma pedagogia e explicar às pessoas que não podem ir gastar estas verbas todas de uma só vez até porque isso pode ter um efeito que é contrário ao nível da inflação.»

Há manhãs em que lhe apetece enfrascar-se como um velho cossaco.

Mas perde-se a ler jornais antigos. 

Num deles, este final de crónica de Ana Leonardo Coimbra:

«Creio que foi no livro onde se reúnem as conversas travadas entre Marguerite Yourcenar e Matthieu Galey durante longos anos (De Olhos Abertos, Relógio d’Água, 2011) que li, apadrinhada pela autora do extraordinário A Obra ao Negro, a seguinte ideia: temos a obrigação moral de morrer menos estúpidos do que nascemos.

Yourcenar dizia-o, claro, de modo mais sofisticado, decerto mais luminoso. Trata-se de um propósito nobre. Tanto mais nobre, quanto inútil. Porque quando pensamos estar quase, quase, mesmo quase a ficar menos estúpidos (ou seja, mais gregos e socráticos…), Bumm! Crash! Palft! FIM e lá vamos nós navegando Lethes fora com a Ceifeira ao leme.»

quarta-feira, 25 de maio de 2022

NOTÍCIAS DO CIRCO

Ana Leonardo Coimbra chega diariamente ao Café do Monte, medita, e fala com o parceiro da mesa ao lado dizendo que a frase de Sholom Aleichem  todos os dias tem de ser corrigida: «Os ricos continuam ricos e os pobres estão a morrer de fome, como sempre.»

 Porque os bilionários estão agora em Davos para gritarem hossanas nas alturas face aos incríveis aumentos das suas fortunas. A pandemia, o aumento dos preços dos alimentos, da energia, a guerra na Ucrânia, determinam que a pobreza vai cair, ainda mais, em patamares mais extremos, e determinará a impossibilidade de sobrevivência de muita gente.

 Francisco Louça, no Expresso diz-nos que um orçamento faz-se com rum, papas e bolos:

«A encenação à volta da lei, que pouco entusiasma os alinhamentos noticiosos, devorados pela tragédia ucraniana e pelos foguetórios do futebol, nem chega por isso a ensaiar algum artifício. Confirma-se que o governo tem nos liberais um aliado para reduzir o salário real da função pública, afinal Rui Rio sempre tinha razão ao colocá-los à sua direita, nada de novo. Confirma-se que o Chega vive de fogo fátuo, nada de novo. Verifica-se que o PSD-Madeira trata da clientela e, para tanto, consegue reduzir um imposto sobre o rum exportado e reabrir as inscrições de empresas na Zona Franca, uma galinha de ovos de ouro. O governo, que há um ano e galhardamente se recusa a cumprir a determinação da Comissão Europeia de fazer restituir mil milhões de euros de subsídios indevidamente pagos a 300 empresas, oferece mais este bónus aos maratonistas do planeamento fiscal, mesmo condescendendo que aqueles deputados regionais acabarão por votar contra o Orçamento, uma vez concluída a exibição da sua musculada negociação. A boa vontade conta, também nada de novo.»

sexta-feira, 20 de maio de 2022

DOS REBOTALHOS E COISAS ASSIM...


O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou à acção do Conselho de Segurança na questão da segurança alimentar, alertando que a fome aguda afectava, no ano passado, cerca de 140 milhões de pessoas em apenas 10 países, Afeganistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Haiti, Nigéria, Paquistão, Sudão do Sul, Sudão, Síria e Iémen, ao mesmo tempo afirmou que cerca de 67% das pessoas subnutridas do mundo vivem em áreas afetadas por conflitos.

A eterna pergunta:

Mas para que serve a ONU?

Quase se pode concluir que toda aquele gente, chorudos ordenados e regalias várias, apenas assiste, sentada em secretárias a guerras e à fome no mundo.

Tempo para lembrar Bertolt Brecht:

O HORROR DE SER POBRE

 Risco c’ um traço

(um traço fino, sem azedume)

todos os que conheço, eu mesmo incluído.

Para todos estes não me verão

nunca mais

olhar com azedume.

 

O horror de ser pobre!

Muitos gabavam-se que aguentariam, mas era ver-lhes

as caras alguns anos depois!

Cheiros de latrina e papéis de parede podres

atiravam abaixo homens de peitaça larga como toiros.

As couves aguadas

destroem planos que fazem forte um povo.

Sem água de banho, solidão e tabaco

Nada há que exigir.

O desprezo do público

arruína o espinhaço.

 

O pobre

nunca está sozinho. Estão todos sempre

a espreitar-lhe para o quarto. Abrem-lhe buracos

no prato da comida. Não sabe pra onde há-de ir.

O céu é o seu tecto, e chove-lhe lá para dentro.

A Terra enxota-o. O vento

não o conhece. A noite faz dele um aleijado. O dia

deixa-o nu. Nada é o dinheiro que se tem. Não salva ninguém.

Mas nada ajuda

Quem dinheiro não tem.

 

Em Poemas e Canções, selecção e versão portuguesa de Paulo Quintela

sábado, 22 de setembro de 2018

ETECETERA


Tantas vezes reclamei de mim para mim por que raio nenhuma editora se abalançava a publicar os livros de Maria Judite de Carvalho.

Apenas tenho três livros, encontrados por acaso já não lembro bem onde, talvez na Feira da Ladra, ou naquelas feiras de ocasião, que havia em outros tempos com fundos de catálogo de editoras.

Mas a Minotauro, em hora feliz, decidiu-se a publicar a Obra Completa de Maria Judite de Carvalho.

Uma mulher excepcional, com obra emblemática que não foi apenas a mulher do escritor Urbano Tavares Rodrigues, embora a sua discrição a tenha feito viver sempre um pouco à sombra do marido.

São muitos os que pensam que a obra da escritora é superior à de Urbano e a consideram mais talentosa que o marido, a escritora da solidão e do silêncio.

A coleção, que será composta por 6 volumes, irá abranger toda a obra de Maria Judite de Carvalho. escritora exímia do século passado, que ficou conhecida principalmente pelas suas coletâneas de contos de cunho existencialista. Foi a escritora da solidão e do silêncio das palavras poupadas.

Apelidada por Agustina Bessa-Luís como «flor discreta da nossa literatura», Maria Judite de Carvalho, também jornalista, dedicou trinta anos da sua vida à carreira literária, durante a qual publicou 13 livros, privilegiando as novelas, as crónicas e os contos, e escreveu sobre a solidão, histórias sombrias da vida quotidiana que observava.

Em boa hora, a editora entendeu que as capas dos livros seriam pinturas suas e isso revela outras facetas da escritora: o desenho e a pintura.

No 6º volume dos seus Dias Comuns, José Gomes Ferreira tem duas entradas referentes a Maria Judite de Carvalho:

1 de Novembro de 1968

Ontem, encontro inesperado com Judite de Carvalho na sala de espera do mei dentista, onde durante alguns minutos conversámos com aquela intimidade de termos de passar o tempo da sala de espera de um dentista.
Admiro-a muito como escritora e parece-me uma mulher autêntica. Isto é: que não estraga a liberdade com escravidões fáceis. Prefere as difíceis,

11 de Novembro de 1968

Novo encontro com Judite de Carvalho no dentista.
- Não traz o cabelo penteado da mesma maneira!... – observou o dentista.
- Pois não. Como não gosto da minha cara e não posso mudá-la, mudo de penteado.
Procurei uma frase amável para lhe dizer, mas não a encontrei – malogro que ela infelizmente percebeu.
E no entanto bastaria dizer-lhe que, por mais que mudasse de rosto, nunca arranjaria outro mais inteligente.

PAPA FRANCISCO

O escândalo que envolve as mais altas figuras da Igreja Católica não para de crescer.

O Papa convocou uma reunião com os presidentes das conferências episcopais (organismos que congregam os bispos em cada país) de todo o mundo para debater «a proteção de menores».

Está marcada para 21 e 14 de Fevereiro do próximo ano ,as deveria ser já amanhã!

O clero retrógrado, que nunca deixou a Igreja viver os dias dos novos séculos, tenta por todos os meios fazer a vida negra ao Papa.

Na visita que fez à Irlanda, no passado Agosto, afirmou que se considerava envergonhado com o peso do escândalo dos abusos sexuais que abala a Igreja,

Leo Varadkar, presidente do país, pediu-lhe para passar das «palavras à acção.»

Sim , não basta pedir desculpa.

Conseguirá Francisco prosseguir a luta?

SUÉCIA

Aos poucos as pessoas vão-se apercebendo que a ascensão da extrema-direita nos Estados Unidos, na Europa, pelo resto do mundo, é uma realidade que vai galgando o dia-a-dia.

Há poucos dias foram as eleições na Suécia que colocaram a extrema-direita em patamares nunca alcançados.

Os monstros vão crescendo.

Aproximam-se as eleições presidenciais no Brasil.

Continuamos distraídos, muitos distraídos…

SANTANA ANDA POR AÍ

Saiu do PSD e já formou novo partido.

Chamou-lhe Aliança.

Vitor Dias no Tempo das Cerejas:

Encosto à «popularidade» de Marcelo ?

Se ele quer que o PR
faça isto tudo, para que 
é que fundou um partido ?
 «O senhor Presidente
da República pode e deve
usar toda a popularidade
 que conseguiu para mudar
a sociedade portuguesa,
 para fazer reformas que
 há muito são necessárias
 - reformas do sistema
eleitoral, da justiça,
da produtividade, mas
também das questões
das pessoas»

- Santana Lopes


A FOME NO MUNDO

Mais de 820 milhões de pessoas no mundo passam fome, a maior parte em África e na América do Sul, um número que, segundo um relatório das Nações Unidas, aumentou pelo terceiro ano consecutivo.

MAIOR QUE O NOBEL!

Começar com livros, com livros fechar.

António Lobo Antunes vai passar a integrar a colecção francesa Bibliothèque de la Pléaide. Será o segundo português a fazer parte dado que Fernando Pessoa foi incluído em 2001.

A colecção, criada em 1931, publica as obras dos autores em edições cuidadas em papel bíblia e capa dura.

«Sonhei com este prémio desde a adolescência até agora. É o maior reconhecimento que se pode ter enquanto escritor, muito maior do que o Nobel.»

terça-feira, 8 de maio de 2018

ETECETERA


Para evitar qualquer situação de mal-entendido, digo que sou completamente contra qualquer tipo/género  de assédio sexual.

Mas, percebendo a problemática, gostaria de deixar dito que toda esta gente levou bastante tempo a fazer as denúncias e as revelações que, agora, saltam em cada dia abrangendo as mais variadas gentes. 

Sim, a vida é difícil…

O velho recorte que antecipa este apontamento é de autoria da jornalista Antónia de Sousa e foi publicado no Diário de Notícias há uns bons 30 anos.

Está lá tudo!

Os salários em atraso, os contratos a prazo, a precaridade do emprego tornaram as mulheres mais vulneráveis à chantagem sexual nos locais de trabalho.

Lembram-se da grande crise nas empresas têxteis do Vale do Ave?

E a chantagem, não é muitas vezes exercida pelos patrões, mas por chefes e chefinhos, encarregados e encarregadinhos, que se aproveitam das fragilidades das trabalhadoras para as seduzir.

Há quem resista mas a esmagadora maioria são mulheres que não aparecem em público a denunciar as chantagens.

Por vergonha, por medo.


Voltando ao escândalo que envolve a atribuição do Prémio Nobel da Literatura, referido no último Etecetera, é muito importante ler o artigo de  Ana Sousa Dias, no Diário de Notícias. de sábado.

Começa assim:


Mais uma citação:

E tudo por causa de um rastilho acendido em outubro do ano passado por múltiplas denúncias de que um certo Harvey Weinstein usava e abusava do seu poder de produtor de cinema para conseguir sexo. É uma história do género O Rei Vai Nu. Aquela coisa de"toda a gente sabe mas ninguém fala nisso", como aconteceu com a pedofilia na Igreja Católica ou, por cá, com as histórias escabrosas da Casa Pia, sobre as quais já se percebeu que nunca saberemos nada que se aproxime de verdade.

TEMPOS SOCRÁTICOS

O ganda noia Marques Mendes, na sua prática dominical na SIC, largou, ontem, a ideia de que José Sócrates vai fazer tudo para perturbar a vida ao Partido socialista e embaraçar António Costa. 

«José Sócrates é vingativo» afirmou.

A jornalista Fernanda Câncio, que manteve relação próxima com José Sócrates, em artigo no Diário de Notícias afirma que o ex-primeiro-ministro enganou toda a gente.

E por onde anda Manuel Pinho?

AVISO

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, avisou, em entrevista à Rádio Renascença que pode antecipar as eleições legislativas se o Orçamento:

«É tão fundamental para mim, que uma não aprovação do Orçamento me levaria a pensar duas vezes relativamente àquilo que considero essencial para o país, que é que a legislatura seja cumprida até ao fim».

NÚMEROS DA POBREZA

Dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que, em 2017, dois milhões e 399 mil portugueses estavam em risco de pobreza ou exclusão social, ou seja, menos 196 mil pessoas do que no ano anterior.

Do total de pessoas em pobreza ou exclusão social, 18% (431 mil) eram menores de 18 anos, enquanto 18,8% (451 mil) eram pessoas com 65 ou mais anos.

terça-feira, 16 de maio de 2017

NOTÍCIAS DO CIRCO


O Instituto Nacional de Estatística revelou que, no ano 2016, 25,1% portugueses estavam em risco de pobreza ou exclusão social. São, ao todo, mais de 2,5 milhões de pessoas, menos 1,5 pontos percentuais que no ano anterior.

Grande parte dos portugueses que se encontra nesta situação é menor de 18 anos (18,8%, ou seja, 487 mil). Quase outros tantos são idosos (18%).

Casas com falta de divisões habitáveis, sem casas de banho, apertadas e escuras são os problemas nas condições de vida que mais afectam famílias com crianças que se contam entre os que estão em risco de pobreza.


De 2015 para 2016, o rendimento médio disponível por família aumentou 79 euros, para 1.497 euros por mês, ou seja, 17.967 euros anuais. O valor de 2015 esteve ao nível de 2008.

Legenda: fotografia de Vivian Maier

terça-feira, 11 de novembro de 2014

NOTÍCIAS DO CIRCO


O número de trabalhadores a receber menos de 600 euros por mês aumentou no terceiro trimestre face ao mesmo período do ano passado. De acordo com o Inquérito ao Emprego do Instituto Nacional de Estatística, no final de Setembro havia mais 43 mil trabalhadores por conta de outrém, públicos e privados, com salários mensais entre 310 e menos de 600 euros.

Legenda: não foi possível identificar o autor/origem da fotografai.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

EU TINHA FOME


Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza.

Mais de mil milhões de pessoas passam fome em todo o mundo e há 200 milhões de desempregados.

Um em cada quatro portugueses está em risco de pobreza e quem recebe o salário mínimo ganha menos 12 euros do que em 1974.

Portugal era em 2011 o nono país da União Europeia com uma taxa de risco de pobreza mais elevada, havendo no ano passado 360 mil pessoas a receber o Rendimento Social de Inserção, quase metade delas com menos de 25 anos.

É também o 6.º país da União Europeia com maiores desigualdades de rendimentos entre os mais ricos e os mais pobres e 29,3 por cento da população infantil encontrava-se em privação material no ano passado (privação material é quando um agregado não tem acesso a três bens de uma lista de nove considerados importantes).


Eu tinha fome
e vós fundastes um clube humanitário
para discutirdes sobre a minha fome.

Agradeço-vos!

Eu estava na prisão
e vós correstes à igreja
a rezar pela minha libertação.

Agradeço-vos!

Eu estava nu
e vós examinastes seriamente
as consequências morais da minha nudez.

Eu estava doente
e vós ajoelhastes-vos a agradecer ao Senhor
o dom da saúde.

Não tinha casa
e vós pregastes o amor a Deus.

Parecíeis tão piedosos, tão perto de Deus.
Mas eu ainda tenho fome, continuo só,
nu, doente, prisioneiro e sem casa.
Tenho frio!

Poema anónimo do Malawi


Legenda: não foi possível identificar o autor/origem da fotografia.

sexta-feira, 28 de março de 2014

NOTÍCIAS DO CIRCO


 Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, as pensões mínimas em Portugal encontram-se todas abaixo do limiar de pobreza. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

NOTÍCIAS DO CIRCO


Um quarto da população portuguesa encontrava-se em risco de pobreza ou de exclusão social em 2012, situando-se este valor, de 25,3% da população total, em linha com a média da União Europeia, de 24,8%, segundo dados do Eurostat.

De acordo com os números agora divulgados pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, o número de cidadãos europeus ameaçados de pobreza ou exclusão social voltou a subir no passado, atingindo os 124,5 milhões de pessoas, o equivalente a 24,8% da população total da União, mais meio ponto percentual (24,3%). 

Relativamente a Portugal, registou-se uma subida de quase um ponto percentual entre 2011 e 2012, com o número de pessoas a enfrentarem risco de pobreza ou exclusão social a subir de 24,4% para 25,3% da população, o equivalente a 2,7 milhões de pessoas (ainda assim abaixo dos 26,0% de 2008, altura em que o valor de Portugal era quase dois pontos e meio superior ao da média da União, de 23,7%). 

Na elaboração destas estatísticas, o Eurostat tem em conta três formas de exclusão, incluindo na categoria de pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social uma pessoa que se confronte com pelo menos uma delas: pessoas em risco de pobreza, pessoas em situação de privação material grave e pessoas

Em Portugal, o valor mais elevado encontra-se na categoria de pessoas em risco de pobreza (17,9%, acima dos 17% da média comunitária), ou seja, aquelas que vivem num agregado familiar que disponha de um rendimento anual líquido inferior a 60% do rendimento mediano (por adulto equivalente) no país, após pagamentos de contribuições sociais.

Em termos gerais, as maiores proporções de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social registavam-se na Bulgária (49%), Roménia (42%), Letónia (37%) e Grécia (35%), e as mais baixas na Holanda e República Checa (ambas com 15%) e Finlândia (17%). 


Legenda: não foi possível identificar o autor/origem da fotografia