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domingo, 16 de julho de 2023

OLHAR AS CAPAS


Epistolario de Beethoven

Introduccion e traduccion Española: Augusto Barrado

Editorial Poblet, Madrid s/d

Los Reys y los pricipes, pueden sin duda, crear professores, consejeros privados, etc, y conferirles títulos honoríficos, condecoraciones… Lo que está fuera de su alcance es hacer grandes hombres, espíritus que se eleven sobre la vulgar muchedumbre. DE ahi que tengan que dejar a otros esse menester, y hay que estarles agradecidos por ello. Cuando dos seres como Goethe y yo se unen, esos grandes señores podrán compreender q a quénes corresponde el título de grandes entre los mortalhes.

De uma carta a Bettina de Arnin

sábado, 15 de julho de 2023

O OUTRO LADO DAS CAPAS


Beethoven era o compositor favorito do meu pai, o primeiro entre os primeiros.

O ter lido que a editora Guerra & Paz publicou recentemente a «Vida de Beethoven» de Romain Rolland, um admirável livro sobre a vida e a obra do génio, leva-me a olhar o outro lado das capas

Na Biblioteca da Casa existem 5 volumes de uma biografia de Beethoven da autoria de Jean e Brigitte Massin.

O 1º volume aborda os anos de 1770 a 1802, o 2º volume de 1802 a 1812, o 3º volume de 1813 a 1827, o 4º volume reúne a história das obras beethovianas e o 5º volume constitui um ensaio para compreensão do homem e da obra de Beethoven.

Dizem os autores:

«Este livro está cheio de um amor sem reserva e sem limite por Beethoven.»

Certamente que a obra de Beethoven impõe-se por si mesma, mas o que se possa ler sobre o compositor ajuda a vislumbrar caminhos e horizontes.

Por um destes dias terei que ir comprar o livro de Romain Rolland que existia, na Biblioteca da Casa, em francês, mas nunca o li porque nunca toquei piano nem falei francês. O livro não anda por aqui pois terá desaparecido num daqueles empréstimos que o meu pai tinha o gosto e a necessidade de praticar.

OLHAR AS CAPAS


Ludwig van Beethoven

Jean e Brigitte Massin

Tradução: Mário Vieira de Carvalho

Capa: Soares Rocha

Editorial Estampa, Lisboa, Janeiro de 1972

1797

É neste momento, mais ou menos por altura do dia de Ano Novo, que Beethoven, escreve no seu caderno:

«Coragem! Apesar de todo os desfalecimentos do corpo, o meu génio há-de triunfar. Eis-me com vinte e cinco anos, é preciso que este ano revele o homem feito. Nada deve ficar por fazer.»

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

OUVINDO BEETHOVEN


Não se sabe o dia certo em que Beethoven nasceu, apenas o registo do baptismo que se realizou em 17 de Dezembro de 1770 na Igreja de São Remígio em Bona.

O importante é a existência de um ser genial a que deram o nome de Ludwig von Beethoven.

Em 1793 escreveu no álbum de um amigo:

«Amar acima de tudo a Liberdade»

Uma vida complicada, um livre pensador, a sua rebeldia, a surdez, decepções várias e traços fundamentais do seu ser como a melancolia, o destino, os amores destroçados, desconhecia o valor do dinheiro.

Nos primeiros dias do ano de 1797 escreve no seu Diário:

«Coragem! Apesar de todos os desfalecimentos do corpo, o meu génio há-de triunfar. Eis-me com vinte e cinco anos, é preciso que este ano revele o homem feito – Nada deve ficar por fazer.»

Sabemos que num dia longe de 1974, José Saramago escreveu um poema em que, ouvindoBeethoven, dizia que «hão-de ruir em estrondo os altos muros e chegará o diadas surpresas.»

Beethoven sempre quis agarrar o Destino pela garganta, que ele não o haveria de vencer mas, em 1802 numa carta a seus irmãos, falava de desespero e só a sua arte, é ele que o diz, o conteve que pusesse termo à vida.

Morreu em Viena no dia 26 de Março de 1827.

Neste findar do ano falemos de Alegria – é possível?!! -  podemos parar  na Nona Sinfonia de Beethoven e reproduzo o que li no blogue Vera Veritas  de João Pimentel Ferreira:

«O Hino à Alegria é um poema do Poeta Alemão Friedrich von Schiller que Ludwig van Beethoven adaptou para a letra do quarto andamento da sua nona sinfonia. O mesmo hino serve de base ao Hino oficial da União Europeia. Até agora as traduções para português ou careciam de serem fidedignas à letra original de Schiller, ou sendo fidedignas, não respeitavam a métrica e a rima do poema, para que se adaptassem à música de Beethoven.

Num exercício matemático e poético, de encaixe silábico e usando algoritmos de tentativa-erro para a métrica e para a rima, apresento-vos a primeira tradução para português do Hino à Alegria, que além de ser fidedigna ao espírito do poema original de Schiller, respeita também a rima e a métrica do poema que Beethoven usou para o quarto andamento da sua nona sinfonia, sendo assim adaptável à música que compõe o Hino da Alegria, ou seja, o Hino da União Europeia.

      Freude, schöner Götterfunken
      Tochter aus Elysium,
      Wir betreten feuertrunken,
      Himmlische, dein Heiligtum!

      Deine Zauber binden wieder
      Was die Mode streng geteilt;
      Alle Menschen werden Brüder,
      Wo dein sanfter Flügel weilt.

      Wem der große Wurf gelungen,
      Eines Freundes Freund zu sein;
      Wer ein holdes Weib errungen,
      Mische seinen Jubel ein!

      Ja, wer auch nur eine Seele
      Sein nennt auf dem Erdenrund!
      Und wer's nie gekonnt, der stehle
      Weinend sich aus diesem Bund! 


Oh Alegria, sois Divina
filha de Elísio
tornais ébria a Poesia
inspirais Dionísio

Nem costumes ou tradição
Vos reduzem o Encanto
criais-nos um mundo irmão
insuflais nosso Canto

Feliz de quem alcançou
ser-se amigo dum amigo
Quem doce dama ganhou
jubile-se comigo

Quem um só ente conquistou
seja citado no mundo
mas se na Alegria falhou
ficai só moribundo!


Legenda: retrato de Beethoven pintado, em 1820, por Joseph Karl Stieler

domingo, 5 de janeiro de 2020

PAPÉIS DATADOS


Este ano, passam 250 anos sobre o nascimento de Beethoven.
Em Dezembro de 2001, a UNESCO designou a 9ª Sinfonia de Beethoven como Património da Humanidade.
Houve quem concordasse, também quem discordasse.
Houve quem considerasse que sendo toda a música património da humanidade, não havia muito cabimento em escolher uma só obra.
Richard Wagner considerava a 9ª sinfonia de Beethoven como o limiar absoluto do que é possível conceber em música.
Por prazeres secretos, nunca revelados, o meu pai gostava da 7ª Sinfonia.
Nos momentos finais da sua vida, o Papa Pio XII quis ouvir o «alegreto» da 7ª Sinfonia.
Está para breve, diz-se, que o Vaticano revelará documentação sobre a provável conivência de Pio XII com o nazismo/fascismo.
Sobre o desejo, na hora da morte, de Pio XII em que querer ouvir o «alegreto» da 7ª Sinfonia, dedicou um poema


Como de Vós

                À memória do papa Pio XII que quis, ouvir, moribundo, o «Alegreto»
                 da Sétima Sinfonia de Beethoven

Como de Vós, meu Deus, me fio em tudo,
mesmo no mal que consentis que eu faça,
por ser-Vos indiferente, ou não ser mal,
ou ser convosco um bem que eu não conheço,

importa pouco ou nada que em Vós creia,
que Vos invente ou não a fé que eu tenha,
que a própria fé não prove que existis,
ou que existir não seja a Vossa essência.

Não de existir sois feito, e também não
de ser pensado por quem só confia
em quem lhe fale, em quem o escute ou veja.

Humildemente sei que em Vós confio,
e mesmo isto o sei pouco ou quase esqueço,
pois que de Vós, meu Deus, me fio em tudo

(23 de Dezembro de 2001)

quinta-feira, 3 de maio de 2018

OS CLÁSSICOS DO MEU PAI


Para beber uma garrafinha de tinto, a acompanhar um petisco, qualquer motivo servia.

Mas o mais feliz de todos era irmos ver um filme do João César Monteiro: juntar o gosto petisqueiro à genialidade do João era o suprassumo do quotidiano, dizia o meu pai.

É durante a exibição de Veredas que o meu pai agarra com todos os sentidos a 7ªSinfonia de Anton Brucker que, juntamente com cantos populares de Trás-os-Montes e Alto Alentejo, mais música instrumental da Idade Média, faz parte da banda sonora deste filme datado de 1977.

Aliás, há que salientar que, para além da excelência dos diálogos, há que  mencionar as fabulosas bandas sonoras.

O mesmo se passa com os filmes de Woody Allen.


Lembrar Vitor Silva Tavares:


Por mim acontece ou aconteceu que até o escrevinhei (na orelha do volume que reúne os argumentos de Le Bassin de J.W. e de As Bodas de Deus): Melhor do que ele, ninguém escreve em português de - e para - cinema. São os seus scripts (ou filmes da galáxia Guttenberg) de lamber a língua canónica: volúpia e escarnho, ascese e escatologia numa ondulação de tal modo ritmada que é já êxtase erótico, cópula astral. E mais, de passo: Depois, quando iluminados por projecção mágica, viram ópera: teatro e música enquanto, e só, artes sacras - comédias, bufonarias sejam, libertinagens, profanações.

O bichinho da 7ª de Bruckner já andava a bailar no espírito do meu pai,  mas foi depois de ter visto Veredas que correu a comprar o CD.

Também já tinha lido em A Cidade das Flores do Augusto Abelaira:

« E sorridente continuou. É o sorriso dum homem feliz que observa Santa Croce, lé em baixo. Que é livre, que está a cantar, a cantar muito de mansinho, aquele tema do primeiro andamento da Sétima de Bruckner, aquele que se repete e se prolonga ao longo da sinfonia.»

O meu pai adorava ter prazeres secretos.

Nunca os explicava, não merecia a pena, ninguém entenderia, murmurava de olho brilhante pelo vinhito.


Música: companheira de todas as horas.


domingo, 19 de fevereiro de 2017

COMO DE VÓS

Final da carta de Jorge de Sena para Eugénio de Andrade datada de 2 de Novembro de 1958:

P.S. – Sabe V. que o meu soneto à memória do papa me valeu uma carta anónima do Porto, classificando-o de… não poesia mas desinteria? Palavra que, para meu governo, gostaria de saber quem foi, pois não terá sido um simples leitor qualquer, Investigue-me isso.

Por carta, datada de 10 de Novembro, Eugénio de Andrade responde a Sena:

Que coisa horrorosa essa história da carta anónima! Não poderei averiguar nada sobre isso – há já muito, muito tempo, que me afastei de qualquer convívio de todos os «literatos» capazes de tais infâmias! E aqui há bastantes!

É este o soneto de Jorge de Sena:

Como de Vós

                       À memória do papa Pio XII que quis, ouvir, moribundo, o «Alegret-
                       To da Sétima Sinfonia de Beethoven

Como de Vós, meu Deus, me fio em tudo,
mesmo no mal que consentis que eu faça,
por ser-Vos indiferente, ou não ser mal,
ou ser convosco um bem que eu não conheço,

importa pouco ou nada que em Vós creia,
que Vos invente ou não a fé que eu tenha,
que a própria fé não prove que existis,
ou que existir não seja a Vossa essência.

Não de existir sois feito, e também não
de ser pensado por quem só confia
em quem lhe fale, em quem o escute ou veja.

Humildemente sei que em Vós confio,
e mesmo isto o sei pouco ou quase esqueço,
pois que de Vós, meu Deus, me fio em tudo

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A IGREJA DOS ATEUS


Na Rádio, a missa do galo transmitida do Mosteiro de Singeverga com cerimonial de coros falados e a voz agudamente esganiçada de um padre mulherengo.
E penso: Porque é que a Igreja Católica que possui tantos tesouros de música sublime nos dá sempre o espectáculo lamentável desta musicata exígua onde só cabe um Deus medíocre para velhas que acreditam na morte por pobre e musgosa.
Que vocação para tornar tudo pequeno, do tamanho dos homens vazios com entranhas reles!
(Resposta: as missas de Beethoven, dos Estes e dos Aqueles pertencem à Igreja dos Ateus.)

José Gomes Ferreira em Dias Comuns, Vol. VI, Publicações Dom Quixote, Lisboa Janeiro de 2013.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

OS CLÁSSICOS DO MEU PAI


   (O Maestro bateu com a batuta na estante
e ergueu os braços. A orquestra vai começar
a tocar o programa do costume: a abertura
do «Egmont», etc.,etc.)



Ritual do silêncio vivo nas florestas
com os homens a arrancarem das árvores
a seiva da disciplina dos violinos,
segredos de entranhas de aves,
bichos a lamberem o espelho do orgulho nas ervas,
Beethoven, vocação para passeios nas tempestades
- e que dores são estas?
Quem as sofre por nós
nas canas mordidas
pelos ventos da ventania?

Conspiração dos homens que não entendem a língua que falam,
mas de súbito o universo parece-lhes mais enigmático
e as flores menos misteriosas
- todos sentados em redor duma fogueira insensata
De cinzas em comum.

Solidão
- oiro de cada um.

José Gomes Ferreira em Poesia IV, Portugália Editora, Lisboa Dezembro 1970.

terça-feira, 12 de julho de 2011

OS CLÁSSICOS DO MEU PAI


Um velho disco da casa: uma caixa com os seis quartetos de Cordas “Opus 18” de Beethoven.

Beethoven, como já sabem, era o compositor favorito do meu pai, o primeiro entre os primeiros.

Achava estes quartetos deliciosos e lamentava que Haydn não os tivesse apreciado convenientemente, ao ponto de não lhe ter encontrado qualquer originalidade e de os considerar uma mistura do estilo de Beethoven com o de Mozart.

Perfeito disparate, dizia então, o meu pai.

O disparate vinha não por conseguir distinguir a mistura de que Haydn falava, mas pela simples razão de que, quem falava mal de Beethoven, estava feito, não tinha qualquer hipótese de salvação.

domingo, 21 de novembro de 2010

OS CLÁSSICOS DO MEU PAI


Quando em 2001 a UNESCO classificou a "9ª Sinfonia" de Beethoven como património da Humanidade, já o meu pai não estava por cá, para podermos discutir o assunto.

Por mim teria opinado que não entendia por que uma música teria de ser património da Humanidade.
Mas porquê Beethoven?

Por que não “A Sagração da Primavera” de Stravinsky, ou “A Paixão Segundo São Mateus” de Bach, ou o “Requiem” de Mozart, ou a “Sinfonia Incompleta” de Schubert?

Certamente não discutiríamos a escolha, o empolgamento da “Ode à Alegria”, o sol para iluminar os caminhos do homem, um abraço aos homens onde quer que eles se encontrem.

Richard Wagner teria concordado, pois considerava a “9ª Sinfonia” como o limiar absoluto do que é possível conceber em música.

Mas o meu pai tinha uma especial predilecção pela “7ª Sinfonia”: prazeres secretos que cada um deve guardar dentro de si e, por isso, não revelados.

Jorge de Sem, no seu livro “Fidelidade” tem um poema, “Como de Vós”, que dedicou “à memória do papa Pio XII que quis, ouvir, moribundo, o “Alegretto” da Sétima Sinfonia de Beethoven:

“Como de Vós, meu Deus, me fio em tudo,
mesmo no mal que consentis que eu faça,
por ser-Vos indiferente, ou não ser mal,
ou ser convosco um bem que eu não conheço,

importa pouco ou nada que em Vós creia,
que Vos invente ou não a fé que eu tenha,
que a própria fé não prove que existis,
ou que existir não seja a Vossa essência.

Não de existir sois feito, e também não
de ser pensado por quem só confia
em quem lhe fale, em quem o escute ou veja.

Humildemente sei que em Vós confio,
e mesmo isto o sei pouco ou quase esqueço,
pois que de Vós, meu Deus, me fio em tudo”

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

OS CLÁSSICOS DO MEU PAI


O meu pai gostava de música clássica e de Beethoven em particular

Tinha todas as suas sinfonias mas, em vinil, apenas restam a a 3ª  e a 5ª sinfonias.

Esta é a capa da “Eroica” pela Orquestra Filarmónica de Berlim dirigida por Herbert Von Karajan.

Na biografia de Beethoven, escrita por Jean e Brigitte Massin, pode ler-se o depoimento de Ries sobre a 3ª Sinfonia, a “Eróica”.

“Nesta sinfonia Beethoven tinha escolhido por assunto Bonaparte,, quando este ainda era primeiro-cônsul. Até então Beethoven considerava-o um caso extraordinário e equiparav-ao aos maiores cônsules romanos.
Eu próprio, bem como outros amigos íntimos de Beethoven, vimos na sua mesa de trabalho a partitura manuscrita da sinfonia; ao alto, na folha do título, estava escrito o nome “Buonaparte, e no extremo inferior: “Luigi van Beethoven, sem mais qualquer palavra. Certamente esta lacuna devia ser preenchida; mas como? Ignoro-o por completo.
Quem primeiro deu a Beethoven a notícia de que Bonaparte  se fizera proclamar imperador fui eu. A sua reacção foi enfurecer-se e exclamar: “Afinal, não passa de um homem vulgar! Agora vai espezinhar todos os direitos humanos e obedecer apenas à sua ambição; há-de querer elevar-se acima de tudo e de todos; tornar-se-á um tirano!” Avançou para a mesa, arrancou a folha do título, rasgou-a de alto a baixo e atirou-a para o chão. A primeira página foi reescrita e a sinfonia recebeu então, pela primeira vez o seu  título: "Sinfonia  Eróica".

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

OS CLÁSSICOS DO MEU PAI


A 9ª Sinfonia de Beethoven era a jóia da coroa.

Tal como, a abrir“Os Clássicos do Meu Pai”, escrevi:

“Ouvir música clássica, a televisão ainda não tinha entrado porta dentro, era um ritual da casa. Volta e meia ouvia-se o no corredor: “Vamos embora que vou pôr a 9ª Sinfionia”.Não era um convite, era quase uma ordem, e eu e o meu avô avançávamos para o escritório e ali ficávamos, em profundo silêncio, a ouvir Beethoven.É uma imagem gratificante que guardo: os três sentados, rodeados de livros, a ouvir música clássica."

Como não poderia deixar de ser a gravação é da “Deutsche Grammophon”,


Solistas:
Clara Ebers, Soprano
Gertrude Pitzinger, Alto
Walther Ludwig, Tenor
Ferdinand Frantz, Barítono

Coro e Orquestra da Bayerischen Rundfunks
A orquestra é dirigida por Eugen Jochum
O coro é dirigido por Josef Kugler