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sábado, 20 de abril de 2024
A CINEMATECA E OS 50 ANOS DE ABRIL
Em anteriores aniversários redondos (nos 10, 25 e 40 anos) a Cinemateca levou a cabo importantes iniciativas de celebração no exato dia 25 de Abril. Aos 50 anos, a imensidade de memórias, reflexões e interrogações que a data nos sugeria no próprio território do cinema, exigiu outra escala de tempo, invadindo um ano inteiro de programação desde janeiro até dezembro. Se todo o ano de 2024 tem sido assim contaminado por esta evocação, seja de forma direta seja de forma indireta, nomeadamente através do Ciclo “O que Farei Eu com Esta Espada?”, reservámos para abril a componente mais festiva e intensa desta celebração. Para além dos Ciclos “Ir ao Cinema em 1974”, “O Outro 25 de Abril” (em colaboração com a Festa do Cinema Italiano) e do panorama dedicado ao cinema moçambicano desde a independência até à atualidade, vamos de forma muito intensa nos dias 25, 26 e 27 voltar a exibir as “imagens de Abril”, seja nas obras de referência da época, em filmes posteriores que a evocam, ou até em alguns documentos inéditos entretanto recuperados. No feriado de 25 de abril, voltaremos a abrir as portas da Sede, de manhã à noite e com acesso gratuito, para uma maratona de imagens dessas várias tipologias. Logo na manhã do mesmo dia 25 de abril, às 11h, será inaugurada a instalação Sempre – A palavra, o sonho e a poesia na rua da realizadora e artista visual Luciana Fina, convidada pela Cinemateca para uma evocação livre do tema. Na tarde de dia 27 apresentaremos de novo (repetindo e renovando a experiência feita nos 70 anos da Cinemateca) uma longa sessão de homenagem ao cinema português, numa “montagem crua de bobines” de filmes de múltiplos géneros, em diálogo com a nossa História contemporânea.
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sábado, 23 de maio de 2020
ETECETERA
Encontrei
estes dois pedacinhos de jornais, um do Público com a data de 16 de Fevereiro deste ano, outro do Expresso
de que não tenho indicação da data de publicação, mas a afirmação de Ana Gomes
foi feita à margem da 3ª Conferência sobre Transparência, Corrupção, Boa
Governação e Cidadania em Angola, que se realizou em Novembro de 2019, ainda
Ana Gomes era eurodeputada.
Não sei quem
Alberto João Jardim difamou.
O espírito
trauliteiro do ex-autarca deixou imensas imagens de marca.
O que chama a
atenção neste título é alguém neste país estar há 26 anos a entupir a Justiça
com uma série de habilidades, todas elas, presumo, dentro da lei.
De recurso em
recurso o habilidoso madeirense aposta na prescrição.
Chamem-lhe
democracia, chamem-lhe justiça portuguesa, chamem-lhe o que quiserem, dêem as
voltas que queiram dar, mas isto só tem uma classificação: VERGONHA!
VERGONHA é
também, segundo Ana Gomes, não se perceber – porque Ricardo Salgado não está
preso e nem sequer sabermos quando começará a ser julgado, se é que isso
acontecerá.
Dizem que a
justiça tem que seguir os seus caminhos, mas são tão pequeninos os passos que
dá!...
1.
Holanda,
Áustria, Suécia e Dinamarca reiteram a oposição a "qualquer mutualização
de dívida ou aumento significativo do orçamento comunitário". Em suma:
recusam o recente plano Merkel/Macron. Alternativa proposta é um veículo de
empréstimos e isso da solidariedade europeia é uma miragem cada vez mais
longínqua, ou impossível, mesmo.
2.
O mundo não é
apenas a tragédia do Corvid-19, as trumpalhadas, as bolsonarices, a recessão
que se aproxima a passos larguíssimos.
Pequim irá
ter eleições em Setembro, Hong Kong prossegue com as vagas de contestação, o
regime chinês decidiu esta semana endurecer as suas leis e avançou com uma lei,
que contorna a assembleia legislativa de Hong Kong, e proíbe actos secessionistas,
interferência externa e terrorismo. Desde Pequim, Xi Jinping assume o total
controlo da situação.
Os tempos não
vão ser fáceis na antiga colónia britânica. Martin Lee, fundador do
Partido
Democrático de Hong Kong disse: «Estou preparado para morrer, mas nunca me
renderei!»
3.
Quase três
meses depois, as feiras da Ladra, do Relógio e das Galinheiras vão retomar o
seu funcionamento, com um conjunto de novas regras e medidas de segurança para
feirantes e clientes, determinou a Câmara Municipal de Lisboa, na sequência da
resolução do Conselho de Ministros.
O regresso
implica o uso de máscara, distanciamento social e etiqueta respiratória.
4.
No dia 26 de Maio assinala-se o centenário do nascimento
de Ruben Andresen Leitão, que ficou conhecido como Ruben A.
Ficcionista, dramaturgo, historiador, crítico literário e
divulgador cultural, assim dele disse Liberto Cruz.
Reparo que, tendo livros de Ruben A. aqui pela casa,
apenas Olhei a Capa do 1º volume de O
Mundo à Minha Procura.
Lembro-me que foi uma birra parva. Todas as birras o são.
Comprara os 3 volumes de O Mundo à Minha Procura. Não sei por que artes (não) mágicas o 3º
volume desapareceu pelo que coloquei os livros do Ruben A. em tempo de espera,
tão de espera, que me esqueci deles.
O facto é que esse volume nunca apareceu.
Agora que a obra de Ruben A. vai ser reeditada, terei que
o comprar.
Entretanto darei andamento aos outros livros do autor e
(re)começarei com a Torre da Barbela, um livro delicioso, fantástico, visão pessoal de
Ruben A. da evolução de Portugal desde a sua fundação, escrito em forma de
romance girando à volta duma torre «aqui
estamos em frente da Torre, meus senhores, peço que se descubram e ao mesmo
tempo um minuto de silêncio pela alminha dos senhores que lá estão, uma torre
triangular, com trinta e dois metros de altura e os degraus contam-se em
oitenta e nove, com patamares de descanso. A vista lá de cima é grandiosa.»
Neste breve assinalar talvez não fique desajustado citar
a sinopse que a Assírio e Alvim fez da obra:
«Todas as tardes,
ao cair do crepúsculo, no momento em que termina a visita dos turistas à Torre
da Barbela, edificada por Dom Raymundo da Barbela, com trinta e dois metros de
altura e classificada como monumento nacional por ser a única torre triangular
da Península, os Barbela ressuscitam, trazendo consigo ódios e amores de outras
épocas.
Em volta da Torre
transfigurada reúnem-se os parentes modernos e antigos da família, "primos
vestidos em séculos diferentes e com bigodes conforme a época". Entre eles
contam-se Dom Raymundo, poeta e primo de Dom Afonso Henriques, ao lado de quem
combateu contra os leoneses; o Cavaleiro de aventuras, que percorre os montes
com Vilancete, grande garrano da Ribeira de Lima, e seguido por Abelardo, o
falcão que o auxilia na caça; a linda D. Mafalda, cujo formato dos vestidos copia
os modelos de Watteau e Fragonard e se corresponde com Beckford; a princesa
Brites, célebre no século XIX; Madeleine, "prima que veio de Paris cheia
de cores.»
5.
Ana Sá Lopes, em editorial no Público, (não lido) escreve que Ana
Gomes deve (e vais ser) candidata à Presidência da República e Helena
Roseta saúda a eventual candidatura de Ana Gomes à presidência aproveitando
para dizer que é importante que haja mais mulheres candidatas ao lugar.
6.
Boas notícias… apesar de tudo…
A partir 1 de Julho, o cinema volta à Cinemateca.
As sessões terão números de lugares limitados e serão
repartidas entre a esplanada e uma das salas.
Para mais tarde fica o retomar dos ciclos de cinema que foram
interrompidos a 13 de Março.
7.
Manuel Monteiro elevou-se das cinzas e está de volta à
política e ao CDS mas já garantiu que não é hipótese para presidenciais. Diz
ainda que se perdeu a vergonha e a decência na política, e que o CDS tem mais
espaço do que nunca para se afirmar.
8.
Segundo o Jornal de Notícias duas mil máscaras
falsificadas são apreendidas por dia.
Quem pensava que a pandemia iria tornar as pessoas
diferentes nos seus procedimentos, faça por esquecer.
9.
Há já veraneantes a reservar toldos de praia para o
Verão no Algarve.
10.
Tratar a Corvid-19 com hidroxicloroquina, que
Donald Trump diz tomar e aconselhou os norte-americanos a fazerem o mesmo, pode
ser prejudicial e até aumentar risco de morte.
11.
Bolsonaro diz que jamais entregará o seu telemóvel à Justiça.
12.
A obesidade, segundo John Preto, director do Centro Integrado
de Obesidade, é um factor de risco no Covd-19, tornando-se uma pandemia muito
mais letal do que o próprio vírus.
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domingo, 28 de abril de 2013
UM SOBERANO DESPREZO PELA CULTURA
Por constrangimentos orçamentais, a programação
de Maio da Cinemateca Portuguesa não terá qualquer ciclo temático ou
dedicado a um autor, tal como tem acontecido até aqui.
Em comunicado, a direção
da Cinemateca explica que teve de abdicar dos ciclos temáticos da
programação por estar impedida de recorrer a quaisquer cópias oriundas de fontes externas importadas pela própria
Cinemateca, assim como a respetiva legendagem.
Assim, só terão legendagem
os filmes que façam parte do acervo da Cinemateca.
É deste modo, que as
instituições de cultura, neste país, vão fechando portas.
Cinema?
Mas cinema para quê?
Não puxam logo da pistola, por enquanto, mas não conseguem distinguir um livro de uma abóbora, um filme de um elefante, por aí fora.
A long time ago, Vasco Pulido Valente foi secretário adjunto de Sá Carneiro e tinha de arranjar um secretário de estado da cultura. Não conseguiu. Sá Carneiro começou a ficar à beira de um ataque de nervos, pois tinha de apresentar a lista do governo a Ramalho Eanes e não eram famosas as relações entre os dois.
- Então já tem o SEC?
- Não!
- Então vai você.
- Eu, porquê?
- Não posso levar a lista do governo sem um SEC e como você estava encarregue de o arranjar, e não conseguiu...
- Olhe que vai ser um fiasco.
- Se for um fiasco sempre se ganha tempo...
A long time ago, Vasco Pulido Valente foi secretário adjunto de Sá Carneiro e tinha de arranjar um secretário de estado da cultura. Não conseguiu. Sá Carneiro começou a ficar à beira de um ataque de nervos, pois tinha de apresentar a lista do governo a Ramalho Eanes e não eram famosas as relações entre os dois.
- Então já tem o SEC?
- Não!
- Então vai você.
- Eu, porquê?
- Não posso levar a lista do governo sem um SEC e como você estava encarregue de o arranjar, e não conseguiu...
- Olhe que vai ser um fiasco.
- Se for um fiasco sempre se ganha tempo...
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
À LUPA
Em cumprimento do Despacho do Senhor Ministro de Estado e das Finanças, de 12 de setembro, a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema requereu ao Ministério das Finanças autorização para adquirir um serviço de impressão, necessário para a feitura do jornal mensal com a apresentação da programação de todo o mês. Não tendo esta autorização chegado em tempo útil para a impressão do jornal de novembro, apresentamos a programação deste mês em dois suportes diferentes:
- uma edição em papel, policopiada, graficamente despojada e sem imagens
- uma edição para consulta e descarga online, em PDF, correspondendo esta, nas suas dimensões e organização gráfica, ao jornal que não pôde ser impresso.
Do site da Cinemateca
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
NÃO TARDARÁ O FECHAR DE PORTAS...
Lamentamos informar que a Cinemateca se vê obrigada a interromper algumas aquisições de serviços normalmente associadas às nossas atividades, por decorrência de recentes medidas de controlo orçamental (Despacho do Senhor Ministro das Finanças de 12 de Setembro).
Assim, informamos que nas sessões abaixo indicadas, contrariamente ao que tinha sido anunciado no programa mensal, não haverá legendagem eletrónica das cópias exibidas, a não ser que a autorização para a contratação desse serviço nos seja concedida e comunicada, em tempo útil, pelo Ministério das Finanças.
(Os filmes são exibidos em versão original sem legendas, com eventuais legendas em outras línguas – ver caso a caso).
Aviso lido no site da Cinemateca Nacional.
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quarta-feira, 29 de agosto de 2012
CINEMATECA: ANTEVISÃO DE SETEMBRO
A programação volta cheia de sessões fortes em Setembro, com uma retrospectiva da fundamental obra do brasileiro Glauber Rocha, um Ciclo dedicado à luminosidade de Marilyn Monroe, a evocação no cinema da obra literária de Antonio Tabucchi (em sessões apresentadas por Inês Pedrosa, António Mega Ferreira, Jorge Silva Melo, Clelia Bettini e Augusto M. Seabra), o cinema experimental de Stephen Dwoskin e o assinalar de duas décadas de trabalho do festival Curtas Vila do Conde (com filmes de José Miguel Ribeiro, João Nicolau, Miguel Gomes, Basil da Cunha, Matthias Muller, Christoph Girardet, Sandro Aguilar, Daniele Cipri e Franco Maresco, João Salaviza e Norberto Lobo, Gabriel Abrantes).
Na reabertura, a sessão especial das 21h30 do dia 1 propõe “The Big Parade” de King Vidor com acompanhamento ao piano por Gabriel Thibaudeau. A primeira matiné do mês, às 15h30 de dia 3, decorre sob o signo do verão de Bergman com “Sommarlek”. Entre as muitas propostas dos programas “Primeiro Século do Cinema” dos sábados, destacam-se as exibições da cópia restaurada do título italiano “La Moglie di Claudio” realizado em 1918 por Gero Zambuto (no dia 15); “Face” e “The Velvet Underground in Boston” de Andy Warhol (também a 15); ou o raro título soviético de 1948 “Skazanie o Zemlie Sibirskoi / O Canto da Terra Siberiana”, de Ivan Pyriev (programado para dia 29).
Seis sessões evocam “In Memoriam” as atrizes Celeste Holm e Isuzu Yamada, o ator Ernest Borgnine, Chris Marker e Gore Vidal. A “Abrir os Cofres”, Paulo Filipe Monteiro apresentará “A Mãe” e “A Sagrada Família” e “A Comédia de Deus”, de João César Monteiro, nas sessões das 19h de 11 e 13 de setembro. A comédia britânica “The Man in the White Suit” (Alexander Mackendrick, 1951) é projetada às 21h30 de dia 19 antecedida de uma apresentação de Alberto do Nascimento Regueira no contexto do programa “Não O Levarás Contigo – Economia e Cinema”.
As “Histórias do Cinema” são em setembro protagonizadas por João Mário Grilo, que escolheu e apresentará cinco sessões à volta de um tema, “Cinegeografias”, a decorrer na última semana do mês.
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quinta-feira, 24 de maio de 2012
O CHIC(O) DA CULTURA
Em entrevista ao Jornal de Notícias, o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, afirma-se solidário com as preocupações dos agentes culturais e garante que a nova lei do cinema vai servir os interesses do setor e da cultura portuguesa, e remata: é um exagero falar em fim do cinema português.
José Manuel Costa, sub-director da Cinemateca, em declaração ao Público:
Neste momento, a continuação do nosso trabalho, quer ao nível da Cinemateca enquanto arquivo como de sala de cinema em que é dada a conhecer a História do cinema, não está garantida.
Joe Berardo é um estranho personagem que por aí se passeia, entre tantos outros, a debitar uns disparates sobre isto e aquilo, que tem uma colecção de arte no Centro Cultural de Belém, em que o Estado assume as maiores despesas, que deve 360 milhões à Caixa Geral de Depósitos por um empréstimo que contraíu para comprar acções do BCP, e os bancos terão de assumir prejuízos ou executar contragarantias, entre elas a coleção de arte, que foi proprietário da extinta Gazeta dos Desportos, onde teve como director Francisco José Viegas e que diz ignorar os conhece os motivos de o Secretário de Estado da Cultura não gosta dele.
Não sendo pessoa com quem alguma vez tenha simpatizado, tinha a ideia de que José Francisco Viegas vivia, confortavelmente, com os seus escritos, artigos de opinião na comunicação social, ex-director da Casa Fernando Pessoa, ou ex-director da revista Ler, editada pelo Círculo de Leitores e que o poder seria a última coisa em que pensaria na vida, muito mais sabendo que toda aquela gente do governo e arredores, foge da cultura como o diabo da cruz, ou sacam logo da pistola quando de cultura ouvem falar.
Grosseira interpretação.
A vaidade suplante tudo e mais alguma coisa, género, pai, sou Secretário de Estado da Cultura.
.
Na edição de Inverno da Seara Nova o arquitecto Manuel Augusto Araújo, em artigo de opinião, que intitulou Para Acabar de Vez com a Cultura, começa por afirmar que a cultura sempre foi o parente pobre dos Orçamentos de Estado sem nunca ter alcançado o 1% contumazmente prometido mas factualmente desmentido de imediato.
Escreve Manuel Augusto Araújo:
O cenário mudou para muito pior. Agora afirma-se como paradigmas de uma nova maneira de olhar para a cultura, as práticas culturais. Expõe-se e defende-se essa atitude com uma demagogia que chega a ser obscena, embrulhada em falas mansas que nenhum vício lógico trava, bem ao estilo a que nos habituou Francisco José Viegas, o actual secretário de estado da cultura, homem com um longo percurso de agente cultural. O trabalho que tem desenvolvido nessa área é uma amálgama entre literaturas, críticas gastronómicas sobretudo de sabor regionalista, croniquetas sobre charutos do mais fino recorte, vinhos raros, prazeres da vida, comentários futebolísticos, o blogue de conteúdos todo o terreno, a derrama de opiniões políticas travestido de liberal à moda antiga, quando não passa de um liberalote de meia-tijela pós-moderna. Enfim, tudo o que para ele se pode inscrever na rúbrica dos requintados interesses culturais de uma certa cultura mundana onde esfumam os questionamentos de cultura, que na teoria e na prática, sobressalta e procura transformar a vida.
Parece-me que é suficiente.
Neste ligeiro retrato, residem as dúvidas do director-adjunto da Cinemateca, de quem entende que a cultura é algo de muito importante e não uma mera flor de adorno que se coloca na banda do casaco.
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quarta-feira, 23 de maio de 2012
O QU'É QUE VAI NO PIOLHO?
Curiosa a escolha do ex-ministro do CDS, António Bagão Félix.
Vittorio de Sica:
O sentido real dos meus filmes, é a procura da solidariedade humana.
Cesare Zavattini:
Um olhar receoso de rapaz interrogador, inquieto sobre a vida que vem, um sorriso feliz para a vida a vida que canta, valem mil vezes mais do que todos os sorrisos reunidos de Hollywood…
O melhor cinema tem o dever de continuar o seu caminho, aquele que lhe é ditado pela realidade humana e social contemporânea. Ele dá-lhe a sua razão de ser, o seu carácter nacional e o seu valor universal.
Fá-lo seguir em frente, audaciosamente e lutar contra todos os obstáculos económicos e políticos, contra a desconfiança e a hostilidade que encontra na sua frente. Hoje não temos o direito de usar a nossa câmara, esse maravilhoso e formidável meio de expressão, para banalidades.
A primeira vez que vi Ladrões de Bicicletas foi em 1965, no Cine-Clube do Barreiro, e havia sempre o cuidado de os dirigentes programarem os filmes para, quem tivesse ido de Lisboa assistir ao filme, não perdesse o último barco, que saía à meia-noite.
Nunca é demais salientar o papel que os Cine-Clubes desempenharam, um pouco por todo o país, a tentaiva de furara as trevas em que o ditador de santa Comba mergulhara o país.
E conseguiram!
(Para uma melhor leitura do texto da Cinematce clique sobre a imagem)
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O Qu'é Que Vai No Piolho?
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
O QU'É QUE VAI NO PIOLHO?
O Luís Miguel Mira lamentava-se, há dias, pelas pífias assistências que se estão a verificar no visionamento dos episódios de Cineastes, de Notre Temps e, com uma ponta de raiva, muito judiciosamente, perguntava:
Para homenagear João Bénard da Costa foi ontem inaugurado, naquele nicho em frente à Sala Félix Ribeiro e onde, para além do balcão de entrada, estão as Folhas do Cinema respeitantes aos filmes do dia, o trabalho de José Cutileiro
Os cinéfilos acotovelavam-se para ouvir a senhora directora da Cinemateca, os tempos de crise não permitiram o croquete e o copo de suminho, mas eram abundantes, nas senhoras, as peles, as jóias nas senhoras, os sobretudos pele de qualquer coisa nos senhores.
Muitos beijinhos, cumprimentos afectuosos muitos ahs! de exclamação, as vulgaridades de um jet-set, que também enxameia os concertos da Gulbenkian, mais interessados pelos intervalos no pelos bolinhos e o chá do catering, que da música própriaente dita.
Não ouvi o que a senhora directora disse, à espera que abrissem a porta da sala, fiquem no meio de todo aquele jet-set, a olhar as luzinhas que estão no tecto e lembrei-me daquelas palavras que o João Bénard escreveu, no Muito Lá de Casa sobre Joan Bennet:
estou sózinho diante das estrelas.
Possivelmente vi, pela última vez, na sala escura de um cinema, The Ghost and Mrs. Muir.
Pensando nissso, talvez possam calcular como, ao encontro da estação do metro da Avenida, as pernas foram caminhando, aquelas emoções que nenhumas palavras, pelo menos as minhas, conseguem traduzir.
Em tempo:
A única referência que, on-line, consegui encontrar sobre a cerimónia de ontem, na Cinemateca, foi no site de A Bola!!!!!
De lá ,tirei a imagem que encima este texto.
Ficamos conversados.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
ONDE ESTÃO OS CINÉFILOS?...
Sou uma pessoa pacata e não tenho muito o hábito de exteriorizar a minha indignação. Faço-o, geralmente, para mim próprio ou en passant e se vem a propósito, para algumas das pessoas que me são mais próximas.
É claro que me indignei com o despudor do nosso Presidente da Republica… Mas desde o dia em que foi eleito pela primeira vez fiz a mim próprio o voto de procurar, a todo o custo, ignorar que Portugal tinha um Presidente da República chamado Aníbal Cavaco Silva.
É claro que me indignam muitas das decisões arbitrárias e oportunistas do actual Governo. É o contexto, dizem sempre, parecendo ignorar que existem não apenas uma, mas várias formas de dar volta ao texto….
Cumpri a minha obrigação e não votei neles. Como não votei em nenhum dos outros… Esse voto em branco não me rendeu nada, a não ser uma consciência mais tranquila e uma amolgadela na lateral do meu carro feita por minha exclusiva responsabilidade…
Indignando-me para dentro não me manifesto tanto para fora e há outros que, quase sempre com razão, o fazem em permanência e bem melhor do que eu poderia alguma fez fazer, como é o caso do proprietário deste blogue…
Não me encontrarão, portanto, a marchar na Avª da Liberdade nem a atirar pedras em S. Bento…
Mas a minha indignação de hoje vou ter de a exteriorizar, dê lá por onde der, porque sei que somos muito poucos aqueles que estão em condições de o fazer.
Vou procurar sintetizar.
A Cinemateca Portuguesa começou este mês a passar a totalidade dos sessenta e picos episódios de Cineastes, de Notre Temps, a célebre série documental que se iniciou em meados dos anos sessenta pela mão de Janine Bazin e André. S. Labarthe.
É uma obra monumental, diria até mítica para a maioria dos cinéfilos que se perguntavam se alguma vez teriam a oportunidade de lhe pôr a vista em cima, tirando os dois ou três episódios que já tinham sido programados, anteriormente, pela Cinemateca.
É uma oportunidade única para vermos e ouvirmos os maiores Cineastas então ainda vivos falarem dos seus filmes: Ford, Stroheim, Sternberg, Walsh, Capra. Cukor, Vidor, Mamoulian, Kazan, Lewis, Cassavetes, etc, só para dar apenas alguns exemplos dos americanos ou dos que por lá fizeram uma parte importante da sua obra.
É a oportunidade para ouvirmos interessantíssimos testemunhos sobre aqueles que já partiram: Vigo, Guitry, Becker, só para falar nos episódios que já vi.
Uma verdadeira preciosidade!
E como é que responderam os cinéfilos desta cidade a esta iniciativa…?
O máximo que contei até agora, nas quatro sessões a que já assisti, foram dezoito pessoas, o que talvez não chegue para encher uma fila da Sala Félix Ribeiro…
Ontem, contei quatro no início do documentário sobre Jacques Becker e mais duas no final, que devem ter chegado a meio do filme…
André S. Labarthe esteve para vir a Lisboa apresentar alguns episódios desta série, mas acabou por ficar retido em Paris…
Que diria ele se tivesse visto dezoito pessoas sentadas na maior sala da Cinemateca Portuguesa? Que ficaria ele a pensar da Cultura e da Cinéfilia deste País e desta Cidade…?
Onde estão os Cinéfilos…?
Ontem talvez estivessem a ver o Barcelona – Real de Madrid, que admito que também seja um bom espectáculo…
Mas nos outros dias?...
E a malta que se entretem, por vezes com grande conhecimento e competência, a falar de Cinema nos blogues, no Twiter, no FaceBook, no My Space, onde estão eles…?
E os críticos de Cinema deste País?... Já viram tudo?...
Tenho a certeza que não porque, tirando uma retrospectiva feita em 2011 no Centre Pompidou, esta série é, hoje, pouco mais que invisível…
A culpa deve ter sido da Cinemateca… Se os tivesse convidado para um drink e lhes tivesse entregue um Press Book com a papinha toda feita, outro galo cantaria…
Um escândalo e uma vergonha!
Perguntam-me se digo isto de uma forma totalmente altruísta e estou, em boa verdade, muito preocupado com o futuro da cinéfilia em Portugal…?
Sim e não….
Estou-me completamente nas tintas para os filmes que as pessoas vão ver ou deixam de ir ver, os DVD’s que compram ou deixam de comprar…
Mas sei que paira uma espada de Dâmocles sobre a cabeça da Cinemateca….
Sei que há gente interessada em apertar-lhe ainda mais o pescoço e, se possível, cortar-lhe, de vez, o pio…
Se a Cinemateca Portuguesa for obrigada a reduzir ainda mais as suas sessões ou até, quiçá, fechar de vez as suas portas, aí acreditem que já me preocupo, e muito…
Puro egoísmo, portanto, como podem perceber…
Mas, se calhar, sou demasiado pessimista e não haverá qualquer problema se esse cenário mais negro se concretizar…
Tal como os outros tinham sempre Paris, nós teremos sempre a blogosfera para poderemos evocar os filmes das nossas vidas, citar cenas e diálogos de cor, lembrar as músicas, numa palavra, cantar este nosso genuíno e verdadeiro Amor pelo Cinema…
Desculpem lá, mas estou mesmo lixado! Para não dizer outra coisa que, num blogue tão delicado como este, cairia certamente mal…
Coloboração de Luís Miguel Mira
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
O QU'É QUE VAI NO PIOLHO?
Meet Me In St. Louis, que em português teve o ridículo título de Não Há como a Nossa Casinha, é um dos meus filmes de Natal, e, estatelando-me no costumeiro lugar-comum, um dos filmes que levaria para a tal ilha deserta.
É um filme de paixão, a paixão nascida entre Vincente Minnelli e Judy Garland.
Não sei quantas vezes já o vi, quer na sala escura de um cinema, quer em DVD.
Numa sala escura de cinema, o único sítio onde os filmes podem ser vistos, a última vez foi na Cinemateca ,no dia 28 de Dezembro de 2004.
Este é o início da Folha da Cinemateca desse dia, escrita por João Bénard da Costa:
Por falar da paixão entre Minnelli e Judy Garland, dizer que o cinema tem alguns destes casos de paixão entre realizadores e actrizes, entre actores e actrizes, e que deram momentos inolvidáveis e únicos de grande cinema. São os chamados estados de graça.
Final de Strombolli , filme de 1949 de Roberto Rossellini com Ingrid Bergman no papel de Karin, : a história de uma pecadora tocada pela graça, no dizer de Eric Rohmer:
Deus! Oh! Meu Deus! Ajuda-me! Dá-me força, a compreensão e a coragem.
Strombolli é o primeiro, de seis filmes, que Rossellini fez com Ingrid Bergman. Conta-se que fez o filme sem ter um guião e apenas um bloco-notas com algumas ideias. Aconteceu um dos mais extraordinários filmes da história do cinema. Robert Altman também era avesso a guiões. Quando lhe perguntaram para que é que serve um guião ele respondeu: para saber se há cavalos ou não.
Em todos os filmes de Rossellini, feitos com Ingrid Bergman, é possível ver o quanto eles são verdadeiros actos de amor de um pelo outro.
Foi depois de ter visto dois filmes de Rossellini, que Ingrid se determinou que tinha de fazer um filme com o realizador, e escreveu-lhe oferecendo-se de corpo e alma:
Vi os seus filmes Roma Cittá Aperta e Paisá, de que gostei muito. Caso precise de uma actriz sueca que fala muito bem inglês, que não esqueceu a língua alemã, que não é fluente em francês e que em italiano só sabe dizer Ti amo estou pronta a fazer um filme consigo.
Rossellini nunca tinha ouvido falar de Ingrid Bergamnn mas escreveu-lhe a dizer que quando entendesse poderia aparecer por Itália. Ingrid, logo que ficou livre dos compromissos que tinha entre mãos, voou para Itália e apalavraram fazer um filme em tempo oportuno.
Na altura Roberto Rossellini vivia com Anna Magnani. Conta a lenda que quando Magnani soube, num restaurante, que Ingrid iria chegar para fazer um filme com Rossellini, perguntou-lhe como era. Rossellini começou a entaramelar a língua e Anna Magnani, não pensou duas vezes, e espetou-lhe com uma travessa de esparguete na cara.
O filme de Peter Bogdanovich, Romance em Nova Iorque, que vi na saudosa sala do Apolo 70, tem, em redor dele, dois destes casos, um deles completamente sórdido e que contribuiria para a escassa aceitação que o filme teve.
Quentin Tarantino considera-o um dos Dez Melhores Filmes de Sempre, e dou razão a Tarantino, mas sou suspeito porque gosto francamente de Bogdanocivh.
Audrey Hepburn e Bem Gazarra, que entram no filme, viviam, então, um caso de amor na vida real. Na biografia que Donald Spoto (1) escreveu sobre Audrey Hepburn, o facto é educadamente referido, mas o de Bogdanovich é assim contado:
Bogdanovich, então com quarente e um anos, conhecera e apixonara-se por uma modelo de vinte anos da Playboy chamada Dorothy Stratten, que incluiu no filme. Ao mesmo tempo ela era casada com um gabarola desequilibrado chamado Paul Snider. Duas semanas depois de Bogdanovich concluir as filmagens, ela mudou-se para casa do realizador e disse a Snider que o ia deixar. A 14 de Agosto, este atraiu-a para o apartamento de ambos, atacou-a, matou-a com um tiro e virou a espingarda para si.
Mas não é possível falar de paixões como estas, sem ir buscar Lauren Bacall e Humphrey Bogart em Ter e Não Ter que Howard Hawks realizou em 1944.
Bacall aparece a Bogart e diz-lhe:, se quiseres alguma coisa, basta assobiar, explicando-lhe em seguida como se faassobia e deixando para a posteridade uma das sequências mais sensuais da história do cinema.
Como diria João Bénard da Costa nos seus Natais Brancos:
No cinema, como no Natal, tudo mudou para tudo ficar na mesma. Louvados sejam. (2)
(1) Audrey Hepburn: a Biografia, Donald Spoto, Edições ASA, Porto, Outubro 2007.
(2) Os Filmes da Minha Vida, João Bénard da Costa, Assírio & Alvim, Lisboa, Novembro 1990.
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O Qu'é Que Vai No Piolho?
domingo, 29 de maio de 2011
COISAS EXTINTAS OU EM VIAS DE...
Este foi o último programa desdobrável da programação mensal da Cinemateca Portuguesa.
Todos os meses, o caminhar para a Cinemateca, ou a Culturgest, ou a Livraria Barata, para recolher o folheto, olhá-lo, circundar as escolhas dos filmes a ver.
Não mais se publicará.
Ficámos confinados á programação que, no site na Internet, a Cinamateca coloca, ou aos avisos afixados no edificio da Barata Salgueiro.
Ficámos confinados á programação que, no site na Internet, a Cinamateca coloca, ou aos avisos afixados no edificio da Barata Salgueiro.
Há pequenos gestos, aparentemente insignificantes, que marcam os nossos dias.
Deixamos de os ter e assim vamos ficando mais pobres…mais tristes...
A notícia, juntamente com outros, veio em jeito de comunicado em que a Cinemateca esclarecia que “as recentes medidas administrativas introduzidas no funcionamento dos Organismos dependentes da Administração Central do Estado, nomeadamente as que decorrem da aplicação da Portaria 4-A/2011, obrigam a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema a proceder a algumas alterações na sua actividade pública, que, no imediato, comprometem a programação anunciada para as duas salas. As referidas medidas têm implicação nos procedimentos administrativos, afectando o transporte das cópias e os serviços de legendagem.”
Maria do Rosário Pedreira disse, há meses, numa entrevista que quando ouvia alguns políticos falarem se perguntava que teriam lido algum livro inteiro, tal era a pobreza do seu discurso.
Quando a crise invade o quotidiano, a primeira coisa que os políticos se lembram é cortar na cultura, essa coisa de minorias, possivelmente tiques vindos do tempo em que um biltre, mal ouvia falar em cultura puxava logo da pistola.
Difícil é cortar as mordomias que os boys-de-gracata-azul-bebé, espalhados pela administração pública, usufruem e engordam – e de que maneira! – a despesa do Estado.. e endividam o estado.
João Bénard da Costa, onde quer que esteja, terá dado um enorme grito de indignação!
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
O QU'É QUE VAI NO PIOLHO?
São, com efeito, seres horríveis, as sereias. Move-as o puro gosto de matar, de remeter a carne humana à sua origem, ao lodo, aos vermes e à fermentação. Vêm de tempos velhos, do horror de uma terra convulsa, ainda encharcada em sangue e lava, revoltada por nascer. Cantam, tal como canta a mulher feia, com a face escondida e desejando que quem a escuta se estilhace como vidro.
Aquela intensa expectativa erótica que, ao longo de séculos, levou os desejos dos homens para as sereias desfaz-se brutalmente em quem as vê. Pois estas são as gregas, as de Ulisses. Desde que os homens do Ocidente conceberam a imagem literária, a mulher-peixe, as sereias que existem realmente já não destroem por afogamento. Basta-lhes assistir à decepção.
Hélia Correia em “Bastardia”, “Relógio d’Água”, 2005
Legenda: Kirk Douglas no filme “Ulisses”
Aviso à Navegação:
“Ulisses” vai ser exibido na Cinemateca no próximo dia 6 de Setembro pelas 15,30 horas, na Sala Dr. Felix Ribeiro.
Citado do programa:
“Filme de Mario Camerini e Mario Bava (não creditado)
com Kirk Douglas, Silvana Mangano, Anthony Quinn, Rossana Podestà, Sylvie, Daniel Ivernel
Itália, 1953 - 91 min / legendado em português
Filme que parte da famosa obra de Homero e que retrata as aventuras de Ulisses, na viagem de regresso a casa após dez anos de guerra. O ffilme é uma super-produção italiana que conta com vários grandes actores nos principais papéis e com a participação de Mario Bava na realização sem, contudo, ser creditado. Primeira exibição na Cinemateca.”
“Ulisses" é um dos filmes da minha adolescência. Visto nas fabulosas matinées de domingo do “Cine-Oriente”.
Aquela intensa expectativa erótica que, ao longo de séculos, levou os desejos dos homens para as sereias desfaz-se brutalmente em quem as vê. Pois estas são as gregas, as de Ulisses. Desde que os homens do Ocidente conceberam a imagem literária, a mulher-peixe, as sereias que existem realmente já não destroem por afogamento. Basta-lhes assistir à decepção.
Hélia Correia em “Bastardia”, “Relógio d’Água”, 2005
Legenda: Kirk Douglas no filme “Ulisses”
Aviso à Navegação:
“Ulisses” vai ser exibido na Cinemateca no próximo dia 6 de Setembro pelas 15,30 horas, na Sala Dr. Felix Ribeiro.
Citado do programa:
“Filme de Mario Camerini e Mario Bava (não creditado)
com Kirk Douglas, Silvana Mangano, Anthony Quinn, Rossana Podestà, Sylvie, Daniel Ivernel
Itália, 1953 - 91 min / legendado em português
Filme que parte da famosa obra de Homero e que retrata as aventuras de Ulisses, na viagem de regresso a casa após dez anos de guerra. O ffilme é uma super-produção italiana que conta com vários grandes actores nos principais papéis e com a participação de Mario Bava na realização sem, contudo, ser creditado. Primeira exibição na Cinemateca.”
“Ulisses" é um dos filmes da minha adolescência. Visto nas fabulosas matinées de domingo do “Cine-Oriente”.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
O GRANDE AMOR DA MINHA VIDA
A ter de começar por um lado escolhi um filme.
Poderia ser uma canção, um passe de baile.
Mas é “O Grande Amor da Minha Vida” porque tem um lugar no coração, e ainda em Dezembro do ano passado, o voltei a ver na Cinemateca.
Gosta-se de um filme por várias razões.
Neste é a história e aquela linda canção cantada pelo Vic Damone.
Para mim todas as cenas passadas em casa da avó do Nikie (Cary Grant), são as que mais gosto. A vista, a conversa, a capela e a altura em que Terry (Deborah Kerr) canta “An Affair to Remember”, acompanhada ao piano pela avó e o olhar apaixonado de Mikie.
Choro como uma Madalena mil vezes que veja “O Grande Amor da Minha Vida”.
Um filme do coração.
___________
“An Affair do Remember”/1957 (O Grande Amor da Minha Vida).
Realização: Leo McCarey c/ Cary Grant, Deborah Kerr.
Estreia Mundial: Nova Iorque, 11 de Julho de 1957
Estreado em Portugal no Cinema Tivoli em 7 de Outubro de 1957
(Elementos tirados da Folha da Cinemateca – “Divos no Cinema” em 10 de Dezembro de 2009)
Poderia ser uma canção, um passe de baile.
Mas é “O Grande Amor da Minha Vida” porque tem um lugar no coração, e ainda em Dezembro do ano passado, o voltei a ver na Cinemateca.
Gosta-se de um filme por várias razões.
Neste é a história e aquela linda canção cantada pelo Vic Damone.
Para mim todas as cenas passadas em casa da avó do Nikie (Cary Grant), são as que mais gosto. A vista, a conversa, a capela e a altura em que Terry (Deborah Kerr) canta “An Affair to Remember”, acompanhada ao piano pela avó e o olhar apaixonado de Mikie.
Choro como uma Madalena mil vezes que veja “O Grande Amor da Minha Vida”.
Um filme do coração.
___________
“An Affair do Remember”/1957 (O Grande Amor da Minha Vida).
Realização: Leo McCarey c/ Cary Grant, Deborah Kerr.
Estreia Mundial: Nova Iorque, 11 de Julho de 1957
Estreado em Portugal no Cinema Tivoli em 7 de Outubro de 1957
(Elementos tirados da Folha da Cinemateca – “Divos no Cinema” em 10 de Dezembro de 2009)
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