Roger Chartier

1 Compte rendu L'Ordre des livres. Lecteurs, auteurs, bibliothèques en Europe entre XIVe et XVIIIe siècle 1 , Roger Chartier L'ouvrage de Roger Chartier se présente comme l'agrégation de réflexions menées depuis le début de ses recherches. Une synthèse qui ne se veut cependant ni réductrice et encore moins fermée. L'invitation de l'auteur est claire : l'ouverture de pistes destinées pour de futurs travaux et le déploiement de nouvelles perspectives de recherches dans le cadre large de l'histoire du livre. Une histoire qui ne saurait s'écrire qu'avec les livres eux-mêmes mais également avec leurs différentes façades d'interaction qui lui donne valeur humaine -les auteurs, libraires, éditeurs, lecteurs, commanditaires -et qui forment une nuée encore opaque qu'il conviendrait d'éclaircir.

Ensayo basado en la novela "Porno" de Irvine Welsh en el cual se se realiza un análisis desde una perspectiva que pone en relación elementos del género picaresco pertenecientes al catálogo azul (según estudios de Roger Chartier) y del movimiento punk.

El estudio de la cultura popular ha sido desde hace años, si no desde siempre, un área interesante para la antropología, la sociología y más recientemente para la ciencia de la comunicación, que ha sabido analizar lo popular a través de las masas y sus prácticas constructoras de significaciones. Como defensa a nuestros argumentos sirvan de referencia -sólo por nombrar unas pocas- clásicas investigaciones como Lo culto y lo popular: miserabilismo y populismo en sociología y en literatura, de Grignon y Passeron (1992); la de Bajtín, M. que para 1995 ya publicaba La cultura popular en la Edad Media y en el Renacimiento: el contexto de François Rabelais; al igual que el trabajo de Roger Chartier divulgado en 1996 bajo el título El mundo como representación: estudios sobre historia cultural.

Son investigaciones como las anteriormente señaladas las que nos han impulsado a adentrarnos en estudios de este tipo, por eso nos planteamos el reto de aproximarnos a la cultura popular en República Dominicana desde la perspectiva de la poesía de Juan Antonio Alix, atendiendo a la trascendencia y trayectoria de los trabajos de este tipo.

A complexidade da comunicação se dá não apenas por sua multiplicidade de fenômenos ou por permear nossos cotidianos direta e
indiretamente, quer tenhamos consciência disso ou não. Estamos falando de um campo cujos pensamentos e reflexões se diversificam intensamente à medida que percebemos a necessidade de um olhar crítico regional, como nos provocam Erick Torrico e sua perspectiva de “ex-centricidade”. Este livro nos convida a olhar para as experiências, saberes e intersecções que se afastam de uma visão cêntrica e nos convoca a pensar processos comunicativos que ultrapassam técnicas e perspectivas mecânicas.

Afasta-se do “centro” não só por propor olhares para acontecimentos,
apropriações e estratégias gestados e manifestados fora dos continentes e países considerados “desenvolvidos”, mas por pensar cotidianos e possibilidades que não se restringem ao eixo considerado como centro econômico brasileiro. A construção de conhecimento a partir de inquietações e experiências em regiões (geográfica ou simbolicamente) consideradas periféricas, diretamente manifestada por alguns capítulos, faz-nos pensar em relações de poder, perspectivas que irrompem junto às tecnologias, potencialidades e silenciamentos em disputa.

Tanto as práticas comunicativas quanto as tecnologias não conseguem
passar incólumes às heterogêneas territorialidades e modos de vida, formas de sociabilidade que impactam produções midiáticas, pedagogias, transformações sociais, leituras da realidade e de produtos culturais, configurações urbanas, reverberação de acontecimentos, interações, táticas de monitoramento e controle, virtualização de processos produtivos e (re)produção de desigualdades.

Partindo de reflexões que, a princípio, poderiam não ter forte conexão
para olhos mais desatentos, esta obra aborda uma comunicação em
tensionamento constante, instiga a pensar em diversas frentes os desafios e a potência de transformação social no Brasil (e nos vários “Brasis” que constituem esse país, unidos e separados por um contexto de mediações tecnológicas mais intensas e pervasivas). Produções acadêmicas abrangentes, diversas e multifacetadas como esta evocam de modo contundente a concepção de comunicação como construção de vínculo social, como nos provocam Muniz| 10 Sodré e Rosane Borges. As situações, para serem de fato comunicativas, exigemnos uma abertura ao outro nas mais diversas circunstâncias possíveis, seja na relação entre docente e estudantes, jornalistas e públicos; seja entre autoridades governamentais e população, empresas e consumidores.

A abertura ao outro nos remete também à constatação de que toda a
diversidade das reflexões aqui trazidas aponta para os afetos, não no sentido restrito a “amorosidade”, mas às afetações que os acontecimentos, sentidos em circulação, problemas sociais, empecilhos pedagógicos nos evocam. Haveria qualquer possibilidade de falarmos de comunicação (e, portanto, de vínculos) sem falar, de alguma maneira, de afetos? As emoções nos transformam e nos permitem transformar o mundo, nos levam à ação, como diz Georges DidiHuberman. Afetos e comunicação têm muito em comum: ambos são reflexivos, relacionais, performativos. Jean-Luc Moriceau, a partir de um olhar comunicacional baseado nos afetos, nos convoca a mergulhar nas vivências do outro a ser compreendido, a deixar aflorar uma sensibilidade que nos permita identificar desigualdades, discrepâncias e controvérsias, o que pressupõe um compromisso ético de quem pesquisa esses fenômenos comunicacionais. As desigualdades citadas neste livro, em diferentes discussões, tanto sociais, raciais, regionais, de acesso às tecnologias, quanto educacionais e de acesso à alfabetização de qualidade, são
obstáculos comunicativos. Considerando a comunicação como direito humano, algo imprescindível a um mundo contemporâneo que se autorreferencia como “interconectado”, há muitos desafios pela frente, porque ainda existem muitas precariedades que se interpõem às práticas comunicativas e ao acesso à vida digna. O título “Comunicação, Tecnologia, Sociabilidades” é bastante oportuno, já que há uma relação indissociável entre esses eixos e que atravessa, portanto, todos os problemas de pesquisa e considerações feitas pelos autores
reunidos por Marcela de Souza, Rodrigo Portari e Dôuglas Ferreira. Esses três eixos são abordados por Ana Maria Teles, no primeiro capítulo, intitulado O desenvolvimento regional e a educação tecnológica a partir da temática da educomunicação, ao articular educomunicação e processo de aprendizagem da educação profissional e tecnológica na disciplina de Robótica, proveniente da perspectiva freireana de educação dialógica e libertadora.

O segundo capítulo, Revoluções dos suportes e da leitura na sociedade e na escola: do códice ao hipertexto, escrito por Levi Henrique Merenciano, Carlos Henrique Sabino Caldas, Luiz Antonio Feliciano e Priscila Florentino de Melo Merenciano, relaciona hábitos do leitorado e ambiente educacional, conectando as apropriações tecnológicas de estudantes e docentes em um contexto de novos suportes e práticas de leitura.

Le tappe della modernità dell’editoria sono segnate da alcuni testi qui raccolti di Valentino Bompiani, Roger Chartier, Robert Darnton, Carlo Dionisotti, Giangiacomo Feltrinelli, Gérard Genette, Gian Carlo Ferretti e Donald McKenzie, il quale dimostra che «nuovi lettori creano testi nuovi, i nuovi significati dei quali dipendono direttamente dalle loro nuove forme».

As representações coletivas constituem-se, cada vez mais, em objeto da pesquisa histórica, sobretudo após a ampliação de temas e problemas promovida pela Nova História Cultural. Práticas, categorias mentais e discursos manifestam-se nessas representações que traduzem as posições e os interesses dos agentes sociais e descrevem a sociedade tal como estes agentes a compreendem. É neste sentido que a pesquisa que desenvolvemos concentra-se na disputa entre os que propunham o tombamento do Palácio Monroe como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, na década de 1970, e aqueles que defendiam sua demolição, o que acabou por acontecer. Edificado na então Capital Federal em 1906, o Monroe abrigou o Senado Federal a partir dos anos vinte. O Palácio era a materialização do projeto republicano que, no início do século XX, ainda procurava legitimar-se no imaginário social mobilizando signos que associassem o novo regime à modernização e ao progresso da nação.  Já nos anos 70 do século XX, o arrasamento do Monroe inscrevia-se no debate sobre os valores arquitetônicos que deviam, ou não, serem preservados como o rosto da nação brasileira. Esse processo de apagamento pode ser interpretado como parte de uma luta de representações entre grupos sociais distintos. Para comprovar esta hipótese, analisamos os discursos desses grupos, procurando discernir, sobretudo, os significados da perspectiva preservacionista adotada por setores expressivos das elites intelectuais da década de 1970 e presente na proposta de manutenção do Palácio Monroe. A principal fonte em exame é o Processo de Tombamento nº 860-T-72, sob a guarda do IPHAN, no qual recomenda-se a conservação do Monroe, uma vez que a edificação integrava o conjunto arquitetônico da Avenida Rio Branco, principal legado das reformas urbanas do início do século XX que teriam transformado o Rio de Janeiro em uma capital republicana e integrado o Brasil ao concerto das nações civilizadas. Apesar de o conjunto ter sido preservado, o Palácio e seu testemunho histórico foram apagados. Nossa hipótese central é de que, nessa luta de representações, a derrota dos agentes sociais que procuravam formular certa identidade brasileira, mobilizando o discurso da patrimonialização de vestígios materiais do passado, evidencia um novo projeto estético, em termos de arquitetura e urbanismo, que expressa, também, um novo projeto de nação que se quer mais comprometida com a inovação e com o futuro.

Esta obra que usted tiene en sus manos es de una calidad exquisita, por su riqueza historiográfica desde la perspectiva de la nueva Historia Cultural que aborda el autor con sumo detalle y precisión. Es altamente recomendable a todos aquellos lectores especialistas en el tema o amateurs que quieran conocer más a fondo, las verdaderas causas o, en este caso, las circunstancias culturales que derivaron ineludiblemente la detonación de la madre de todas las revoluciones contemporáneas: La Revolución francesa.

Resenha da obra: SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Edward Wadie Said nasceu em Jerusalém na Palestina (na época, província britânica) em 1935. De família árabe cristã rica, viveu também no Cairo em 1947 e depois foi estudar nos Estados Unidos em 1951 na cidade Massachusetts. Estudou na Universidade de Princeton e terminou doutorado em Harvard. Critico literário e ativista da causa palestina, Said lecionou na Universidade de Columbia em Nova Yorque (1963), ministrando por 40 anos Inglês e Literatura Comparada. Também lecionou em Harvard, Johns, Hopkins e Yale. Orientalismo é um corpo de saberes literários, eruditos e científicos sobre o Oriente, não apenas sendo visto como um espaço geográfico, mas como uma geografia imaginativa, construída/representada pelo Ocidente, mas precisamente por franceses, ingleses e estadunidenses. Sendo caracterizado por uma visão que representa o oriental como sendo o exótico, o inferior, o misterioso, o outro que precisa ser dominado. Esse conceito pode ser usado em três situações diferentes, mas que terminam por se complementarem: os escritos sobre o Oriente, o estilo de pensamento baseado numa distinção entre o Ocidente e o Oriente, e as instituições “autorizadas” a lidar com o Oriente.

This chapter surveys the three most prominent ways in which the historical context of ideas have been understood. Put simply, they can be labelled textual contexts, social contexts and cultural contexts. Although all three ways of understanding historical context have thrived at various points in the past and certainly continue to be used today, there is a sense in which general trends in the practice of intellectual history have favoured each of these approaches in turn. At the moment, the cultural history of ideas tends to present itself as the cutting edge of current intellectual practice.

This chapter suggests that the present ascendancy of cultural history has developed not just from changing scholarly fashions, but also from a growing apprehension amongst many historians that the older concepts of context utilised by previous intellectual historians were perhaps too restrictive. The cultural history of ideas has flourished in recent years because it offers a self-consciously capacious understanding of historical contexts.

Este é um trabalho com enfoque no videogame como objeto cultural em interface com a literatura. Esta pesquisa se deu como continuidade ao trabalho de conclusão de curso de 2012. Nesta ocasião, buscou-se ampliar a pesquisa bibliográfica sobre teorias de estudos de videogames que pudessem responder às seguintes perguntas: a) O que a pesquisa contemporânea tem elaborado e proposto como possibilidades teórico-metodológicas para os estudos de videogames em sua especificidade como objeto cultural, para além dos estudos de narratologia?; b) Os videogames podem ser utilizados como fonte e objeto de apreciação e formação crítica?; c) É possível “ler” o videogame, dialogando com noções teóricas como representação, prática, apropriações, objeto cultural e comunidade cultural, estudadas por Roger Chartier? Depois de pesquisa bibliográfico-documental e sistemática análise do corpus formado por três jogos, Final Fantasy VII (1997), Grand Theft Auto San Andreas (2004) e God of War I (2005), verificou-se que os estudos humanísticos sobre o objeto cultural videogame têm se ampliado, mas que a contribuição dos estudos literários para o campo do game studies ocorre de forma escassa. Desse modo, propomos, em interface com as discussões histórico-culturais, novas chaves de leitura para esse objeto cultural.



This work focuses on the videogame as a cultural object in interface with literature. This research is the development of a final project from 2012. On this occasion, we sought to extend the literature review on theories of videogame studies to answer the following questions: a) Which contemporary research has been developed and proposed as theoretical and methodological possibilities for videogame studies in its specificity as a cultural object, in addition to narratology studies?; b) Can videogames be used as source and object for studies and critical constitution of oneself?; c) Can one “read” the game, establishing links with theoretical notions as representation, practice, appropriations, cultural object and cultural community as studied by Roger Chartier? After bibliographic and documentary research and systematic corpus analysis consisted of three videogames, Final Fantasy VII (1997), Grand Theft Auto San Andreas (2004) and God of War I (2005), it was verified that the humanistic studies of this object cultural have expanded, but the contribution of literary studies for the game studies field is modest. Thus, we propose, in interface with the historical and cultural discussions, new ways for reading this cultural object.

El artículo establece un vínculo analítico entre las reflexiones acerca del trabajo historiador (métier d ́historien) en Roger Chartier y la filosofía crítica de la historia en Paul Ricoeur. Se presenta esta relación en base a las nociones de representación y verdad, herramientas que han servido a los autores para posicionar la disciplina historiadora como ciencia social frente a los postulados postmodernos o narrativistas de la historiografía.

Modernidad Es el conjunto de experiencias que todos compartimos, que está relacionado con acontecimientos culturales. Estas experiencias unen a toda la humanidad porque atraviesan todas las fronteras, pero a la vez desune, desintegra, es contradicción y angustia. Ser moderno es formar parte de un universo en el que, como dijo Marx, " todo lo sólido se desvanece " , nada es estable. Por un lado, hace que gocemos de aventuras, poder, alegría, crecimiento y transformación; y por otro, amenaza con destruir lo que se tiene, lo que sabe y lo que se es. Modernización Procesos que alimentaron la vorágine de la vida moderna y que en el siglo XX, nutrieron variedad de ideas y visiones que pretendían cambiar el mundo: los descubrimientos de las ciencias físicas, la industrialización de la producción, las alteraciones demográficas; el rápido crecimiento urbano; los sistemas de comunicación de masas, los Estados; los movimientos sociales masivos de personas y pueblos, y un mercado capitalista mundial. Modernismos (Habermas) Son las corrientes de pensamientos modernas que tienen un estrecho vínculo con la modernidad. Dialogan con su tiempo, lo alaban o critican (se anticipan al siglo XIX/XX donde se ven sus miserias, la ciencia va a ser su propia condena a muerte—bombas nucleares). En la Sociedad existe la imagen del objeto y sólo se da en Europa: Francia, Inglaterra, Alemania. No llega a América aún. Características: 1) son poseedores de rasgos de una marcada utopía científico-tecnológica. Ciencia y técnica como único camino a la salvación. Ej.: energías alternativas; 2) Utopía política-social se hace mejor a medida que el hombre toma el poder. La capacidad de transformación depende de nosotros, los hombre son artífices de su propio destino. Se dan así los grandes movimientos de masas organizados; 3) Fuerte crítica a la tradición, el hombre moderno debe mirar hacia el futuro, y así nace la figura política del " individuo " , concepto social de la modernidad como unidad social, no el pueblo, no el Estado; 4) Emergencia de contrarrestar el rasgo de la individualidad: consciencia crítica o autoreflexiva, el hombre se pregunta si los presupuestos de su pensamiento son morales, correctos. » Los diseños son prácticas modernas porque cumplen con estas cuatro características, se piensan, se planean, se forman utopías, buscan mejorar la sociedad, poseen crítica a la tradición, dependen de un estilo, van al pasaje del universal, al uso para todos, y se someten a la autoevaluación moral y ética. Marshall Modernidad como época histórica (S. XVII y S. XVIII). Ve la modernización como termino técnico, donde se sustituye a lo antiguo por lo nuevo, y esto es signo positivo. — Modernismos Estilos (Neogótico). — La cátedra no cree que ningún tiempo haya sido proyectual, que sea una actividad humana innata Los diseños como muestras del saber aparecen en la modernidad. — El Diseño de materiales sí era una forma de diseñar, pero no se cree. No es una actividad innata humana, pictóricamente situada. Existen herramientas útiles, pero no significa que sean con un medio proyectual. Niega la proyección proyectual: algo situado en la temprana modernidad. El diseño es una práctica moderna. La experiencia humana no es una experiencia librada de sentido. Las cosas que hacemos se modelan por esquemas organizadores de esa experiencia, las épocas históricas los traen y forjaron su propio sentido común. No se puede decir eran más o menos evolucionados, pues dependía de sus creencias y pensamientos. Por ej.: los Dioses mitológicos o la naturaleza cíclica. En el S XVII y XVII empiezan las primeras prácticas, hay una concepción de Dios que es reemplazase por un pasaje a la pérdida de la creencia e Él como regente de la actividad humana. Del Teocentrismo, regido por la religión, al Antropocentrismo, regido por el hombre. A esto se lo llama Proceso de Secularización, un desencadenamiento del mundo divino. La naturaleza y la medicina no son por Dios. Y esto se lleva a un empoderamiento paulatino del hombre (fin S. VX y a partir del S. XVIII). En el Occidente se da la cultura de masas y se piensa al mundo como objetual.

Culturas del pueblo y culturas de las clases dominantes, oralidad y escritura, representaciones y prácticas, literatura e historia, ficción y verdad, determinación social y libertad del individuo. He aquí algunas de las polaridades entre las que transcurren, lúcida y dialécticamente, la reflexión y la actividad historiográficas de Roger Chartier desde hace un cuarto de siglo. Y como Ulises,nuestro intelectual no desdeña el desafío de navegar acometiendo ora a las Escilas, ora a las Caribdis, en lugar de elegir itinerarios más pacíficos. Porque,desde sus primeros trabajos, Chartier ha elaborado una matriz de anáLIsis delos hechos históricos donde los conflictos, los intercambios, las tensiones nun-ca se acomodan a una descripción sencilla en términos de opuestos, lo cual tampoco quiere decir que sus relatos y sus explicaciones desplieguen un monótono gris ante nosotros. Más bien al contrario, sus cuadros se llenan de colores y contrastes, aunque también son ricos en matices o modulaciones, y las discontinuidades, los clivajes -que los hay, por cierto, en su narración- no son líneas netas ni refuerzan tampoco la traza de un mismo perfil, como si tuviera que existir una correspondencia necesaria entre lo popular, la oralidad, la visión ficticia, el reino de las necesidades, o bien entre las elites, la escritura, la visión desencantada y el reino de las LIbertades.

Este é o trabalho que contém os resultados finais do subprojeto de pesquisa “O gênero dramático em livros didáticos de língua portuguesa para o ensino médio”, vinculado ao projeto “Leitura, literatura e materiais didáticos no Espírito Santo: uma história a partir de múltiplos objetos culturais escritos”, orientado pela profª Drª Maria Amélia Dalvi. A pesquisa teve caráter bibliográfico-documental e o referencial teórico-metodológico foi a História Cultural de Roger Chartier. Foram lidas e analisadas teses e dissertações relativas à pesquisa, livros especificamente sobre teatro, o Guia Nacional do Livro Didático e dois livros didáticos indicados por esse Guia, sendo eles Português- Linguagens, de William Roberto Cereja e Thereza Chochar Magalhães, e Português – contexto, interlocução e sentido, de Maria Luiza M. Abaurre, Maria Bernadete M. Abaurre e Marcela Pontara. Neles foi procurado o gênero dramático – que foi encontrado de modo muito esparso.

Capítulo 1 Coleção “Literatura Comentada”: leitura e poesia
Capítulo 2 Literaturas e infâncias: pesquisa (d) e pós-graduação como espaço político
Capítulo 3 Notas para uma história da revista Contexto (1992-2011): contribuições para a formação em estudos literários no Espírito Santo
Capítulo 4 À beira do abismo: quais são as dissertações e teses sobre uma literatura no livro didático de ensino médio?
Capítulo 5 Literatura juvenil: uma leitura de Iara e Arca da Filosofia, de Maurício Abdalla
Capítulo 6 A poesia contemporânea em livros didáticos e a formação de leitores escolarizados: uma armadilha institucionalizada
***
Chapter 1 Popular Book Collection “Commented Literature”: reading and poetry
Chapter 2 Literature and childhood: research and postgraduate studies as a political space
Chapter 3 Notes for a history of Contexto magazine (1992-2011): contributions to the formation of literary studies in Espírito Santo
Chapter 4 On the edge of the abyss: what are the dissertations and theses about the literature teaching in the high school textbook?
Chapter 5 Youth literature: a reading of Iara and the Ark of Philosophy, by Maurício Abdalla
Chapter 6 Contemporary poetry in textbooks and the education of school reader

Con Roger Chartier nos metemos de lleno en el mundo de la historia cultural. Aquella que Dosse relaciona con la cultura material que recubre los otros niveles de la historia. Chartier (Lyon, 1945) ve la historia desde el punto de vista de los cambios que suscita el libro y la lectura en las sociedades, en este caso entre el siglo XVI y XVIII.

Para garantir aos alunos a aprendizagem de habilidades e conhecimentos significativos, a escola contemporânea lança mão de múltiplos recursos educativos, incluindo ferramentas digitais, , filmes, hipermídia. Dentre esses recursos, o livro didático ainda se destaca como referencial pedagógico de professores e alunos: O livro didático tem sido, desde o século XIX, o principal instrumento de trabalho para professores e alunos, sendo utilizado nas mais variadas salas de aula e condições pedagógicas, servindo como mediador entre a proposta oficial do poder expressa nos programas curriculares e o conhecimento escolar ensinado pelo professor. Mas, para entender o papel que o livro didático desempenha na vida escolar, não basta analisar a ideologia e as defasagens dos conteúdos em relação à produção acadêmica ou descobrir se o material é fiel ou não às propostas curriculares. Para entender um livro didático é preciso analisá-lo em todos os seus aspectos e contradições. (BITTENCOURT, 1997). Abordagens amplas do livro didático implicam reconhecê-lo como objeto complexo, que apresenta diversas facetas como, por exemplo: a) É obra editorial que, além do trabalho do autor, somente se materializa em função de diversos atores envolvidos no processo de publicação (editores, pareceristas, pesquisadores iconográficos, ilustradores, copi

Resulta necesario empezar esta nota respondiendo un interrogante. ¿Por que reseñar un libro sobre libros y lectura en una revista de artes visuales? Roger Chartier es un autor ya conocido por sus trabajos sobre cultura impresa,[1] en los cuales se pueden encontrar múltiples referencias a la visualidad, así como a las complejidades de los procesos de producción y las redes de circulación de los objetos. Es en la minuciosidad de la investigación, la prolijidad en los datos y las fuentes, y la generosidad que transmite en cada libro, que brinda detalles que abren un abanico de posibilidades tan rico como el lector que se lo apropie, que surge el gran valor de este texto.

Robert Darnton famously described book history as " one of the few sectors in the human sciences where there is a mood of expansion and a flurry of new ideas. " Indeed, for literary scholars, a renewed attention to the materiality of texts and the networks in which they circulate has spurred exciting new interdisciplinary scholarship. Book History has also done much to expand the archive, considering the " low brow, " " middle brow, " and " high brow " interchangeably. This course will provide a background in some of the major theoretical statements to come from the field, including work on crucial nodes often ignored or dismissed in the study of " literature: " libraries, readers, publishers, and booksellers.

We'll then turn to the exhilarating (and humbling) task of considering the future of the book by examining new formats as well as outdated (and flat-out wrong) twentieth-century predictions of the book's demise. In other words, we'll use futures past (of film, television, and audiobooks) to frame our thinking in the contemporary moment. With this historical context in mind, we'll tackle some of the thorny questions of our present textual moment: How do you read T. S. Eliot's The Waste Land as an app? How about Young-Hae Chang Heavy Industries's Dakota? How should scholars work with a text that’s an audiobook before or instead of becoming a print book?

The course will include visits to and collaborations with our library’s Special Collections and the Black Rock Press. As a seminar in theory, the course welcomes students of all periods and specializations as well as MFA students interested in “the book.”

Estudos anteriores a respeito do tratamento didático-editorial dispensado à poesia e aos poemas em livros didáticos contemporâneos indiciaram a importância da coleção “Literatura Comentada” na constituição de um corpus de textos literários a serem lidos no processo de educação de leitores. Desse modo, este artigo apresenta a coleção “Literatura Comentada” e escolhe, entre os títulos publicados pela coleção, um deles, dedicado a Tomás Antônio Gonzaga, para um estudo a respeito da abordagem dos textos poéticos. Focalizam-se, especialmente, os textos selecionados e as orientações de leitura
em notas de rodapé. O mapeamento toma como horizonte teóricometodológico considerações de Roger Chartier acerca das relações entre cultura escrita e literatura.
Palavras-chave: Coleção Literatura Comentada. Poemas. Roger Chartier.

Elegí como tema de mi conferencia los desafíos del mundo digital. Lo hice, en primer lugar, porque mi campo de trabajo como historiador es la historia de la cultura escrita en la larga duración, entre la Edad Media y el mundo contemporáneo. En esta historia, la Revolución Digital introduce una ruptura radical en cuanto a la relación entre las formas de inscripción y circulación de los textos y los procesos que construyen su sentido. Aunque soy o, mejor dicho tal vez, es porque soy un historiador de la primera modernidad, entre los siglos XV y XIX, que me parece menester entender las mutaciones que transforman todas nuestras relaciones con la palabra escrita. En segundo lugar, no olvido que fui en dos momentos diferentes el presidente del Consejo Científico de la Bibliothèque Nationale de France. Como en todas las bibliotecas del mundo, se debían afrontar los retos planteados por el presente y, en primer lugar, la digitalización de las colecciones patrimoniales, sus prioridades, las modalidades de financiación, o su efecto sobre la frecuentación de las salas de la biblioteca. Finalmente, fue mi experiencia como visiting professor desde hace quince años en la Universidad de Pensilvania, en Filadelfia, la que me inspiró el tema de reflexión que quiero compartir con ustedes porque esta experiencia asocia aún más fuertemente que en Francia el trabajo científico sobre los libros antiguos preservados en las colecciones de libros raros y manuscritos de la biblioteca con un proceso rápido, poderoso, de digitalización de las prácticas docentes y estudiantiles y, más generalmente, de todas las relaciones sociales. Para pensar estas mutaciones del presente debemos recordar que los lectores del presente son herederos de una historia de muy larga duración.

Este artigo busca clarear o conceito de representação, conforme as teorias da História Cultural, e analisar a aproximação entre História e Literatura, bem como
a utilização da literatura como fonte documental para a historiografia. No campo da história, os nomes destacados, como os de Roger Chartier e Pierre Bourdieu, remetem às inovações metodológicas e epistemológicas da segunda metade do século XX, baseadas em perspectivas sócio-culturais. A partir dessas novas perspectivas e partindo de novos conceitos, foi possível historicizar a obra literária e assumi-la de vez como uma evidência histórica. Assim, se pretende conduzir um estudo que identifica que tanto o texto histórico como o literário compartilham um projeto
similar de apreender as realidades humanas. Hoje, muitos historiadores já reconhecem no texto literário a possibilidade de se identificar dados históricos com a
peculiaridade e expressividades próprias da linguagem artística, sendo a literatura, portanto, um campo privilegiado para a investigação histórica. Dentre as fontes referenciadas ao longo deste trabalho, dá-se ênfase a obras paradigmáticas para o pensar e fazer histórico e literário contemporâneo, são eles: Roger Chartier, Sandra
Pesavento, Pierre Bourdieu.

Este trabalho apresenta um estudo sobre diferentes dispositivos (revistas impressas, sites e tablets) de divulgação científica jornalística. Por meio do Estudo de Caso, a pesquisa mostra quais são os formatos, as formas e as ferramentas em uso pelas revistas especializadas:
Superinteressante e Scientific American – versão original em inglês - para promover a circulação das ideias sobre Ciência. As divulgações citadas, como estudado por pesquisadores das áreas de
Educação e Comunicação, podem ser utilizadas em leituras sobre Ciência por professores e alunos. Este estudo utiliza a linha desenvolvida por Roger Chartier, uma abordagem identificada
como Nova História Cultural, que afirma que as práticas culturais modificam as formas de relação entre o leitor e o texto, em seus diversos dispositivos de leitura. Além da Análise
Descritiva dos suportes de leitura, como complemento, também foram realizadas entrevistas com estudantes universitários de Ciência. As conexões entre a teoria e a análise demonstram a
característica do hibridismo no tablet - que reúne recursos tanto da versão impressa, quanto para site – e apresentam um cenário de produção do Jornalismo Científico em dispositivos eletrônicos
ainda em fase de desenvolvimento.

Este artigo discute, com base em Roger Chartier e outros pensadores, questões ligadas às novas tecnologias do livro. Considera-se o processo presente de “domesticação”, tomando uma expressão de Chartier. A transição entre um modo tradicional e um modo novo de produzir livros é a tônica deste trabalho, que apresenta exemplos de experimentação e tentativas de encontrar um “modo digital” de leitura.

Este Trabalho de Conclusão de Curso se ancora em duas fontes da literatura e do cinema para debater as representações acerca do relacionamento amoroso de Lotta de Macedo Soares e Elizabeth Bishop,
entre os anos de 1951 e 1967. Estas duas mulheres, arquiteta brasileira autodidata e poeta estadunidense, respectivamente, são as protagonistas do livro Flores Raras e Banalíssimas de Carmen L. Oliveira e do filme Flores Raras, dirigido por Bruno Barreto. Desenvolvido em três capítulos, o primeiro traz as justificativas do uso das fontes pelo viés da História Cultural, o segundo trabalha com a contextualização do ambiente em que o casal viveu e o último traz a análise de como foram retratadas as duas personagens e sua vida em comum, na literatura e no cinema. Considerando as vantagens das expressões artísticas apontamos a visibilidade dada aos relacionamentos afetivos entre mulheres lésbicas enquanto, como contrapartida ou devido aos limites inerentes a cada representação, evidenciamos que a narrativa fílmica tornou as duas mulheres, feitas personagens, mais simples e menos interessantes do que foram.

Peut-on faire l’histoire d’un lecteur, quand ce lecteur est Michel de Certeau, l'un des historiens les plus importants du XXe siècle, jésuite, et auteur d’une importante théorie de la lecture comme braconnage ? L'ouvrage d'Andrès Freijomil entend suivre les traces matérielles d’un Michel de Certeau inconnu. Partant des soulignements et annotations marginales laissés dans ses livres, de sa manière de citer d’autres travaux, de se lire lui-même dans le réemploi de ses écrits, et de la construction de lecteurs libres de tout système scripturaire, ce livre fait émerger un territoire inconnu, celui des textes disséminés dans des revues et magazines, traces fondamentales du processus d’écriture d’une œuvre dont le présent a toujours gardé trace de l’altérité cachée de son passé: les arts de braconner. Selon Roger Chartier qui a préfacé le livre, Andrès Freijomil permet de situer l'écriture de Michel de Certeau dans sa propre histoire, dans son propre mouvement en étant attentif aux dispositif discursifs et éditoriaux qui façonnent un lecteur libre et tenu cependant vers une vérité. C'est cette tension qui rend ce livre passionnant [in Fabula. La recherche en littérature, 12 février 2020]

URL: https://www.fabula.org/actualites/andres-g-freijomil-arts-de-braconner-une-histoire-materielle-de-la-lecture-chez-michel-de-certeau_95350.php

O objeto que este trabalho se propõe analisar é o debate acerca do retorno do político e de sua dimensão entre Roger Chartier e Pierre Rosanvallon, representante da denominada Escola do Político francesa, que tem em Pierre Rosanvallon e Marcel Gauchet seus principais expoentes. A denominação Escola do Político foi elaborada pelo cientista político brasileiro Christian Edward Cyril Lynch. Objetivamos entender as concepções de indivíduos e suas variações na história cultural e na história do político e com isso visualizar o movimento da historiografia francesa, o mesmo movimento que relegou à história política o caminho das sombras e seu retorno. É pertinente trazer, com as análises, as caracterizações que ambos os autores fazem de seus domínios de atuação. Para tanto, tomamos como fonte as obras de Chartier, Rosanvallon e Gauchet e também René Rémond, bem como as obras de autores que entraram no debate e/ou se constituíram como interlocutores dos autores acima arrolados.

Cultural history has never been so popular, in academic circles and perhaps beyond them as well. The so-called 'new cultural history' in particular is flourishing in its different forms. Indeed, almost everything seems to be having its cultural history written these days. The intention of the article is neither to celebrate cultural history nor to discuss its history; it seems more useful to problematize it. The analysis will fall on problems and will conclude by returning to the positive aspects of cultural history, its strengths and its possibilities for 'dialogues' and 'encounters': not only with other places, but also encounters between social classes, between regions, between the sexes, between town and country. This is as it should be, for cultural history is no more than a part of history, of what the French call or called 'total history', histoire totale.

Procuramos neste artigo deter o olhar sobre os processos de produção editorial de suas publicações literárias, percebendo-os no contexto do campo editorial e evidenciando as relações entre os agentes envolvidos em cada um desses processos. Perceber de que forma a autora estabeleceu sua rede de relações para realizar cada publicação pode ajudar a compreender o funcionamento do campo editorial de literatura negra e as estratégias utilizadas pelos artistas negros para viabilizar a difusão de sua obra, de caráter marcadamente militante.

Actualmente, la veracidad de la realidad se fundamenta en lo escrito. Tendríamos que preguntarnos si la compleja red de mecanismos sobre los que descansa la memoria es en realidad la materialización de aquellas estructuras arquitectónicas interiores que los escolásticos imaginaban; o si la responsabilidad que la sabiduría implicaba, a partir de la lectura de la historia, ha sido depositada por completo en la evidencia escrita, perdiendo terreno en el interior del sujeto y transformando al mismo tiempo su relación con el pasado.

In: LITERATURA: TEORÍA, HISTORIA, CRÍTICA (Unal - Universidad Nacional de Colombia), v. 23, p. 185-208, 2021.
Este artigo tem por objeto de investigação a produção do autor como autoridade nos séculos xiv e xv, a partir das propostas de Foucault sobre a emergência da autoria moderna. Com base nos estudos de Roger Chartier, pretendemos retomar o projeto de uma genealogia do autor literário por meio de um recuo à cultura manuscrita do final da Idade Média e de uma ênfase na questão da materialidade discursiva. Abordaremos as transformações ocorridas na forma-livro e nas práticas medievais, amplamente marcadas pelo anonimato, em direção a novas formas propriamente modernas de criação

Este artigo discute, com base em Roger Chartier e outros pensadores, questões ligadas às novas tecnologias do livro. Considera-se o processo presente de “domesticação”, tomando uma expressão de Chartier. A transição entre um modo tradicional e um modo novo de produzir livros é a tônica deste trabalho, que apresenta exemplos de experimentação e tentativas de encontrar um “modo digital” de leitura.

O objetivo principal deste artigo é propor uma análise do Oeste estadunidense considerando-o não como um fato natural, mas como uma construção discursiva. Utilizando-se de conceitos de Michel Foucault e Roger Chartier, esse artigo mostra como, nos Estados Unidos do século XIX, havia um esforço para construir um discurso científico, religioso e político que justificava a conquista do Oeste, ao mesmo tempo em que desvalorizava povos não-brancos: questões que, décadas depois, foram apropriadas pelo cinema e reavaliadas durante todo o século XX.

Edizioni Dedalo, Bari 2011. Originally published as "Le sociologue et l'historien", Agone-Raison d'Agir, Marseille-Paris 2010.

Pierre Bourdieu incontra lo storico Roger Chartier e insieme danno luogo a un serrato e appassionante dibattito su questioni di notevole rilievo e di grande attualità. Il libro ripropone cinque conversazioni radiofoniche andate in onda nel 1988, nel corso delle quali, con l’immediatezza e la schiettezza che solo il dialogo può offrire, la sociologia e la storia si confrontano a tutto campo, evidenziando punti di contatto e divergenze insanabili, ma soprattutto due differenti prospettive da cui osservare e studiare l’uomo e la società del nostro tempo. Chartier incalza Bourdieu sui temi portanti della sua riflessione teorica, dandogli l’opportunità di esprimersi, con agguerrita e sofferta lucidità, sui nodi più controversi e più scottanti della sua opera. Un dialogo che investe le basi stesse del fare sociologia e del fare storia, interrogandosi sulla validità dei loro metodi, sulle condizioni nelle quali operano, sul loro ruolo nella società. Un libro prezioso, un brillante e costruttivo scambio intellettuale, un’occasione per riflettere a fondo sul mondo nel quale viviamo.

Roger Chartier é um historiador bastante conhecido no Brasil e, precisamente por isso, dispensaria maiores apresentações. Entretanto, em respeito às quase quatro décadas de circulação de suas ideias por aqui, é justo dedicar algumas linhas sobre o autor e a circulação de seu pensamento no país, antes de tratar propriamente do livro que acaba e sair em português. Nos anos 1980, segundo o importante estudo de Andréa Daher La historia cultural como historia de las prácticas letradas en Brasil, publicado em 2012, e que nos servirá como uma das referências para essa introdução de autor e obra, Roger Chartier era lido principalmente por historiadores da educação. Ainda que traduções de seus livros só aparecessem no final da década, o autor já era notado por pesquisadores dessa área. (DAHER, 2012: 201). Não à toa, pois além de seus trabalhos iniciais na década de 1970 terem sido sobre a história da educação na França moderna, ao longo da década seguinte, sua obra foi notadamente dedicada à história do livro, da leitura e da escrita, distribuindo seus estudos sobre períodos entre os séculos XIV e XIX. Por isso, não só historiadores da educação, como também pesquisadores da área de letras, da comunicação, da arquivologia e da biblioteconomia, entre outras, a partir das décadas de 1990 e 2000, com a intensificação de traduções da obra de Chartier, passaram a se interessar por ela, momento em que historiadores de diferentes áreas de especialidade também despertavam um interesse cada vez maior pelo historiador francês, professor no Collège de France na área de "Escrita e culturas na Europa Moderna". Mas os historiadores brasileiros, incialmente, tomaram sua obra por caminhos diversos do tipo de abordagem cultural da história que Chartier realizava, isto é, desconsiderando a condição de que o autor já vinha sendo

Recensione di : Lodovica Braida, L'autore assente: l'anonimato nell'editoria italiana del Settecento, Bari-Roma, Laterza, 2019, XVIII-199 p., 22 €

Laboratoire italien, Lyons, ENS Éditions, 2020

Open access : https://journals.openedition.org/laboratoireitalien/3969

Este artículo se propone un acercamiento a las mutaciones antropológicas que los medios pueden producir sobre los humanos. Me detendré en ciertos trabajos del crítico literario canadiense Marshall McLuhan y del filósofo italiano Giorgio Agamben que, con sus especificidades, contribuyen a pensar aquella problemática. Se trata, además de ciertos textos que rodean ambos recortes, de La Galaxia Gutenberg. Génesis del “Homo typografhicus” del primero, y Bartleby o de la contingencia del
segundo. La principal hipótesis del trabajo es que la imprenta, eje de la obra de McLuhan y de la que tuvo que ocuparse Agamben cuando abordó la figura del escriba, resolvió contingentemente el problema de la potencia que occidente problematizaba desde hacía veinte siglos, cuando Aristóteles y su discusión con los megáricos. Una segunda hipótesis de trabajo, propia del momento de relectura que vive McLuhan a nivel internacional, es que por momentos su mediocentrismo como diccionario explicativo de lo social se inclina hacia una sociología de los medios, contraria a sus propias estructuras de referencia.

The printing press as anthropological mutation: a dialogue between McLuhan and Agamben

Abstract

This paper proposes an examination of the anthropological mutations that media -of communication but not exclusively-  can produce in us humans. I would comment in some writings from the Canadian literary critic Marshall McLuhan and from the Italian philosopher Giorgio Agamben which, with their contiguities, coalesce in their approach to the issue. Among a range of texts of both authors, I will focus on McLuhan´s The Gutenberg Galaxy. The genesis of the "Homo tipographicus" from the former and on Agamben´s Bartleby or On Contingency from the latter. The principal hypothesis of this paper is that the printing press, the axis of McLuhan's work and with which Agamben had to straggle when he tackled the scribe figure, momentarily resolves the problem of potency that western thought problematized for twenty centuries, beginning with Aristotle and his discussion of Megarics. A second working hypothesis, characteristic of the international re-reading McLuhan's work is currently undergoing, is that sometimes his media-centrism, as an explicatory social index, moves towards a sociology of media which is oppositional to the epistemic foundations of his proposal.

Key words: printing press – potency – anthropological mutation – scribe – technical communication media.

The Sociologist and the Historian marks the first English-language publication of conversations held between the sociologist Pierre Bourdieu and the historian Roger Chartier in 1988, which focused particularly on the disciplines of history and sociology. Canan Bolel praises the collection for offering a frequently witty and engaging insight into the relationship between sociological and historical practice and the construction of academic knowledge.