Como já contámos por aqui, Romeu Correia em 1987 escreveu vários poemas para o álbum " Luísa Basto Canta Romeu Correia", lançado em sua homenagem, na passagem do seu 70.º aniversário. Publicamos um que, embora não queira nada com a rima, ele fez questão de que fosse cantado (era o preferido dos netos, ainda pequenotes na época...).
Balada Ecológica
Tejo meu, rio
nosso, Tejo amigo,por que corres tão sujo, poluído ?
Por que corres tão sujo, poluído ?
Teus peixes, teus peixinhos e peixões
viviam tão felizes e comiam-se
tão fraternalmente. (bis)
Que saudades dos belos golfinhos
a bailar sobre as ondas…
Que é das ostras, camarões e lagostins?
Tejo meu, rio
nosso, tejo amigo, por que corres tão sujo, poluído?
Que é das ostras, camarões e lagostins?
Tejo meu, rio
nosso, tejo amigo, por que corres tão sujo, poluído?
Tejo meu, rio nosso ,Tejo amigo
que te fizeram os
homens,
alguns homens de negócios ?
Guerras e tramoias
! Guerras e tramoias !
Ó meu Deus olhai pelos peixinhos deste mundo
e castigai os homens tubarões
glutões,
insaciáveis e perversos.
Tejo meu, rio
nosso, Tejo amigo, por que corres tão sujo, poluído ?
Tejo meu, rio nosso, Tejo amigo…
Romeu Correia
Nota: Deixamos aqui um agradecimento especial à professora Edite Condeixa, que nos cedeu este poema e é (felizmente) uma das grandes activistas das comemorações do Centenário do Romeu.
(Fotografia de Luís Eme)