Não vamos fazer nenhuma ponte entre a forma como o "Desporto-Rei" foi recebido pela crítica e a sua aposta mais a sério no teatro. Até porque viu o seu "Casaco de Fogo" ser representado em 1953, no Teatro D. Maria II, ou seja dois anos antes da edição do romance.
O que sabemos é que o êxito desta peça fez com que não mais parasse de escrever dramas e de ser representado, em Lisboa, no Porto e também na Província, pelos grupos de teatro amadores.
Além do teatro ser uma experiência muito mais enriquecedora para ele, enquanto autor, Romeu também foi reconhecido em pouco tempo como um dos melhores dramaturgos portugueses contemporâneos.
Numa das muitas entrevistas que lhe fizeram fez a distinção entre os textos romanceados e dramáticos:
«São géneros diferentes e distintos.
Quanto ao teatro pode haver paragens e interrupções,
a história dramática, dividida por cenas não se perde facilmente...»As palavras de Romeu explicam em parte esta opção pelo teatro, uma escrita mais simples, que permite paragens e interrupções, o ideal para quem só escreve nas horas vagas...