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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Um Testemunho Especial...


Romeu Correia foi um grande amigo de Henrique Mota, o historiador do desporto almadense, que nasceu há quase 100 anos e no blogue que festeja esta efeméride, foi publicado o testemunho e a imagem que publicamos aqui no blogue.


«Meu caro Henrique Mota, este teu livro fica incompleto sem a tua biografia desportiva, pois tu foste, sem contestação possível, uma figura cimeira do desporto almadenses de sempre. O treinador entusiasta de várias modalidade, o tenaz propagandista da cultura física, o dirigente, o carola, que custeou do seu próprio bolso numerosas iniciativas e, para além disto o excelente atleta que todos admiramos, não pode estar ausente desta obra. A colectânea de biografias desportivas ficaria imperdoavelmente mutilada sem a tua justa presença real. Peço-te pois, em nome da verdade que todo o atleta deve defender, que ela seja inserida num posfácio. Valeu?
Teu velho amigo e companheiro de mil tarefas, que te abraça com a maior admiração e ternura.»


domingo, 17 de maio de 2020

Romeu e o Ginásio Clube do Sul "Centenário"


No dia em que se comemora o centenário do Ginásio Clube do Sul, o clube desportivo mais representativo de Cacilhas, vamos recordar algumas palavras de Romeu Correia, que transcrevemos de uma fotocópia de um jornal (penso que será do "Jornal de Almada"), que não está datada, mas que acabámos por conseguir "datá-la", pela sua temática (realização inédita do Sarau anual do Ginásio no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, hoje Pavilhão Carlos Lopes, com cerca de 600 atletas ginasistas, em "protesto" por não existir um único pavilhão polidesportivo no Concelho de Almada, que se realizou a 9 de Junho de 1972...).

Romeu disse:

«Não há dúvida de que são outros tempos! E também o deveriam ser para o Ginásio Clube do Sul, não é verdade? Pois esta benemérita colectividade de Cacilhas é, hoje... um centro desportivo atrofiado, sem horizontes, cuja massa associativa e atlética se move numas instalações anacrónicas (instalações que poderiam servir em 1920, mas nunca em 1972).»

Romeu faz ainda a seguinte pergunta:

A Vila de Almada cresce, cresce todos os dias - e o Ginásio Clube do Sul não pode crescer... Porquê?»

Claro que está aqui implícita uma crítica ao Município, que prometeu durante anos e anos a oferta de um terreno para a construção do tão sonhado pavilhão, que só seria construído e inaugurado nos anos noventa do século passado...

Esta jornada foi histórica, com a comitiva do Ginásio (atletas, treinadores, dirigentes, associados e simpatizantes a viajarem de Cacilheiro para Lisboa e depois a subirem a Avenida da Liberdade, em direcção ao Pavilhão, no Parque Eduardo VII...

Romeu Correia, sócio honorário do Clube, foi o porta-estandarte do Ginásio, como se pode comprovar pela fotografia tirada no interior do Pavilhão, durante o cerimonial de abertura do Sarau.

E parabéns, Ginásio!

segunda-feira, 9 de março de 2020

Uma Grande Mulher e uma Grande Campeã de Almada


Hoje é um dia especial, porque se comemora o centenário do nascimento de Almerinda Correia, que não se limitou a ser a companheira da vida inteira de Romeu Correia, a grande referência literária do Concelho de Almada.

Almerinda foi um dos grandes exemplos da emancipação da mulher, da Vila de Almada, num país onde tudo tardava a chegar (até a democracia, demorou 48 anos a chegar...).

Por influência do marido começou a praticar desporto, tornando-se em pouco tempo uma das melhores lançadoras do peso, disco e dardo, do nosso país (foi várias vezes campeã nacional com a camisola do Almada Atlético Clube).



Além de andar de calções pela Vila de Almada (quando ia treinar com o marido), também foi uma das primeiras mulheres a usar calças, que ela própria confeccionava, não fosse ela costureira (foi a principal fonte de inspiração para o romance de estreia do Romeu, o "Trapo Azul"...)

(Transcrição de um artigo publicado no blogue "Casario do Ginjal", por razões óbvias)

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Romeu, Almerinda, a JACA e o Atletismo Almadense Actual...


No fim da tarde de sábado um dos ginásios do Pavilhão dos Desportos Cidade de Almada acolheu o colóquio, "O Desporto na Vida de Romeu Correia", com Henrique Costa Mota e Luís Milheiro, moderado por Pedro Carrilho.


Romeu foi recordado em todas as suas vertentes, primeiro com uma gravação de imagem com Mário Araújo, depois com as intervenções dos convidados. Henrique Mota focou a importância de Romeu Correia em Almada, assim como de Almerinda Correia, no desporto, na cultura e na sociedade local. Luís Milheiro recordou os primeiros grandes campeões de atletismo unidos num clube, a JACA (Juventude Clube Atlético Almadense, que teve em Francisco Bastos e António Calado os seus expoentes máximos, que com Romeu Correia, Sérgio Malpique e tantos outros companheiros marcaram os anos 1930 e 1940 em Almada.


Não menos importante foram os testemunhos dados pelos treinadores presentes na plateia, que contaram a história dos seus clubes, focando o seu início e também os seus momentos de ouro.

Um colóquio muito feliz, organizado pelo Município, e com uma grande participação dos clubes do Concelho, que também quiseram homenagear Romeu Correia.

(Fotos de autores desconhecidos)

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O Desporto na Vida de Romeu Correia


No sábado o Departamento de Desporto da CM Almada recorda o percurso de Romeu Correia como desportista, a área onde primeiro deu nas vistas, especialmente como lançador de peso (começou logo por ser Campeão Escolar e Nacional de Juniores).

É às 18 horas no Complexo Municipal de Desportos Cidade de Almada, no Laranjeiro, 

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Os 20 Anos do Fórum Romeu Correia


A Câmara Municipal de Almada aproveita a comemoração do 20.º aniversário da inauguração do Fórum Romeu Correia para realizar quase uma "maratona" de actividades de homenagem ao Escritor Almadense, que decorrem entre 17 a 30 de Novembro.

Há apresentações de livros, leitura encenadas, conversas sobre os arquivos, sobre o teatro do Romeu, música, leitura de contos, partir à descoberta do Romeu desportista, entre outras coisas.

Nota: Esta é a "posta" número 100, um número especial, que era o objectivo que se pretendia alcançar em Dezembro. Acabámos por lá chegar um pouco mais cedo e ainda bem. É um bom sinal, apesar deste blogue ser administrado por apenas uma pessoa (não deixa de ser curioso, que nunca ninguém tenha manifestado vontade em colaborar...), tem cumprido a sua missão, dar a conhecer melhor o Grande Escritor de Almada do Século XX, o verdadeiro propósito da sua existência.
Adiantamos que o blogue não fechará no último dia de 2017, pois, com toda a certeza, continuarão a existir motivos de interesse para voltarmos ao Romeu, sempre que acharmos pertinente.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

"Todos os Braços Úteis"


Estas são as palavras de J. O., sobre a fotografia de Romeu Correia, da autoria de Fernando Lemos (datada entre 1949 e 1952), que esteve em exposição no Museu Berardo, no Centro Cultural de Belém, intitulada, "Todos os Braços Úteis":


«Esta atenção aos braços e mãos de Romeu Correia poderia ter a ver com o facto de ter praticado boxe amador nos anos quarenta, chegando a campeão nacional nesta modalidade. No entanto, outras leituras podem ser feitas a partir do facto de ter sido a sua vontade e esforço de autodidacta que lhe permitiram ultrapassar uma instrução básica para tornar-se um escritor e dramaturgo, reflectindo sempre as preocupações do neo-realismo.

Este movimento, que pictoricamente muitas vezes evidenciava as mãos e os braços dos camponeses e operários como a sua força e ferramenta de sustento, tinha obviamente preocupações sociais, que Romeu Correia partilhava. Estas reflectiram-se logo no seu primeiro livro de contos, Sábado Sem Sol (1947), que a PIDE tentou apreender.


A sua generosidade e vontade de dinamização levaram-no a dedicar-se de igual modo às colectividades de Almada, cidade onde nasceu e viveu, nomeadamente na expansão das suas bibliotecas e na organização de palestras (Incrível Almadense e Academia Almadense). Hoje tem o seu nome inscrito no Fórum Municipal desta cidade e numa Escola Secundária do Concelho.»

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Cultura e Desporto: O Desporto e as Letras


Após a Revolução de Abril a Direcção Geral dos Desportos apostou na massificação do desporto no nosso país, seguindo em parte os modelos das grandes potências europeias da época, as denominadas "Repúblicas Socialistas", da RDA à URSS.

Também se apostou na informação e comunicação. Uma das colecções memoráveis desses tempos foram os pequenos livrinhos da "Cultura e Desporto", que no seu número 23, "O Desporto e as Letras", como o título indica, publicou textos sobre desporto da autoria de escritores portugueses. 

O nosso Romeu Correia foi um dos oito autores escolhidos (os outros foram: Urbano Tavares Rodrigues; Ruben A.; Ruy Belo; Luís de Sttau Monteiro; Manuel da Fonseca; Artur Portela Filho, Baptista-Bastos e Antunes da Silva), que publicou três pequenos textos. No primeiro conta a sua história e dos atletas do seu tempo. No segundo conta o episódio real, da corrida entre Francisco Bastos - ao tempo o melhor meio fundista português (recordista nacional dos 400 aos 2000 metros) e o cavalo do Raul "Leiteiro", ganha pelo excelente atleta almadense. No terceiro conta um dos muitos episódios ocorridos durante os treinos dele e da esposa, Almerinda Correia, também ela campeã de atletismo.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Romeu Correia: Biógrafo de Grandes Desportistas


Felizmente a paixão de Romeu Correia pelo desporto nunca foi ofuscada pelas letras. 

O seu passado como atleta e treinador até poderá ter sido importante para que ele escrevesse o primeiro romance que se conhece sobre futebol no nosso país ("Desporto-Rei", em 1955). E antes já escrevera a pequena peça de apenas um acto com o mesmo título (que continua inédita..), que foi representada várias vezes, em tempos e circunstâncias diferentes.

Além de ter escrito dezenas de crónicas sobre grandes figuras do desporto, nas páginas do "Record" (final dos anos 1980) e posteriormente no "Jornal de Almada" (primeira metade dos anos 1990), foi o autor de três biografias sobre três grandes desportistas: "Francisco Stromp" (1973); "José Bento Pessoa" (1974);  "Jorge Vieira e o Futebol do Seu Tempo" (1981).

E em 1988 escreveu ainda o livro, "Portugueses na V Olimpíada", onde relata as aventuras da participação portuguesa nos Jogos de Estocolmo em 1912, com realce para a morte dramática de Francisco Lázaro, ocorrida durante a corrida da maratona...

sexta-feira, 21 de abril de 2017

O "Desporto-Rei"


Romeu Correia em 1955 fez algo completamente inédito para a época: escreveu um romance sobre o futebol, que dava os primeiros passos como espectáculo com uma grande carga emocional, carga essa que tem sido utilizada de uma forma crescente e cada vez mais alienante, até à actualidade.

O "Desporto-Rei" foi editado pela Livraria Clássica Editora.

Romeu nesta sua obra de ficção aborda toda a problemática que continua tão presente  nos estádios nos nossos dias, e que tem tão pouco de desporto. Romeu fala com clareza dos dirigentes sem escrúpulos, que já nesse tempo tentavam comprar os árbitros e contratavam jogadores estrangeiros que afastavam os portugueses das nossas principais equipas.

Curiosamente este livro foi mal recebido pela crítica especializada (jornalistas desportivos). Algo que desgostou o autor almadense (como nos confidenciaria muitos anos depois...) e que contribuiu para que não se tivesse feito uma segunda edição.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Romeu Correia Treinador


Terminamos este pequeno resumo da actividade desportiva de Romeu Correia, com o seu papel de treinador, especialmente de Almerinda, a sua companheira de sempre.

Embora Almerinda fosse franzina, com os ensinamentos técnicos de Romeu tornou-se uma das melhores lançadoras portuguesas. Ele treinou mais algumas raparigas, que acabaram por desistir da prática do atletismo por pressão dos seus namorados...

Em 1942, com a camisola do União Almadense (a com que surge na fotografia, ao lado do marido...) sagrou-se Campeã Regional do Sul no lançamento do peso, ficando ainda em terceiro no dardo e no disco.

Em 1944, já em representação do Almada Atlético Clube (foi a sua primeira atleta...) foi  Campeã de Lisboa e Campeã Nacional do lançamento do peso. Foi ainda vice-campeã do dardo e disco.
Em 1945 conseguiu a excelente proeza de se sagrar Campeã Nacional nos três lançamentos.

Em 1947 voltou a ser Campeã Nacional do lançamento do disco. Continuou a competir até 1948, sempre com excelentes resultados na sua especialidade.

Sem o entusiasmo e o apoio de Romeu Correia, provavelmente teríamos perdido uma excelente atleta, como foi Almerinda Correia.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Romeu: o Boxe e as Exibições no Circo


Romeu Correia além do atletismo também praticou boxe amador, tendo conseguido excelentes resultados. Em representação do "Lisgás" foi Campeão Regional do Sul, em 1944. Dos dezoito combates que realizou venceu dezassete, oito, deles por KO. Foi obra!

Romeu também foi figura de cartaz em espectáculos de circo (como aconteceu no Circo "Ferroni", na sua passagem por Torres Vedras...), onde exibia o seu corpo musculado, com um jogo de sombras, onde lutava contra si próprio, numa bela propaganda de pugilismo e cultura física.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Romeu Recordista Nacional de Atletismo


A 17 de Abril de 1938 a equipa do União Sport Clube Almadense, formada por Francisco Bastos, António Calado, Romeu Correia e Ramiro Ferrão, surpreende tudo e todos, ao vencer a Estafeta Olímpica (800 x 400 x 200 x 100), nas provas de atletismo do programa das Festas do 34.º Aniversário do Sport Lisboa e Benfica. 

Mas além de vencerem as equipas do Benfica e do Belenenses, os atletas almadenses ainda conseguiram bater o Recorde Nacional da Estafeta Olímpica.

Claro que esta proeza ficou a dever-se sobretudo a Francisco Bastos e António Calado, que eram na época os melhores portuguesas nas provas de 400 e 800 metros. O avanço que conquistaram nos dois primeiros percursos foram suficientes para que Romeu e Ramiro mantivessem o primeiro lugar...

Há ainda uma outra curiosidade, Romeu não fazia habitualmente parte da estafeta, mas como Francisco Avelar por qualquer motivo não pode estar presente... acabou por ser muito bem substituído por Romeu, que se tornou desta forma, Recordista Nacional, de uma das estafetas das provas de Atletismo.

(Fotografia de autor desconhecido - Romeu está "careca" porque estava a fazer a recruta...)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A Aposta de Romeu como Lançador do Peso


Os resultados positivos nos lançamentos, especialmente no lançamento do peso, fizeram com que Romeu Correia ainda junior se "especializasse", pois a sua técnica acabava por disfarçar a falta de envergadura física (era demasiado baixo, para alcançar grandes resultados...).

Mas vamos lá aos excelentes resultados que obteve:
A 28 de Maio de 1936 participou no Campeonato de Principiantes, nas Salésias, com a camisola do C.F. "Os Belenenses" e venceu a prova do peso, com a marca de 13, 51 metros.
No mês seguinte participou nos Campeonatos Nacionais de Juniores e voltou a vencer a competição do peso, com a marca de 13, 46 metros.
Foi uma alegria imensa para o Romeu sagrar-se Campeão Nacional de juniores de peso. O clube do Restelo também reconheceu o seu valor e atribuiu-lhe o "Diploma de Sócio de Mérito".
No ano seguinte voltou a brilhar nos Campeonatos das Escolas Secundárias, desta vez em representação da Fonseca Benevides.
Venceu as provas do peso e do peso somado, ambas com recordes escolares, na primeira alcançou a marca de 14,52 metros e na segunda 25,73 metros (nesta última prova acrescentou seis metros ao anterior recorde de 19,68 metros).
Nesta época ainda participou nos Campeonatos Regionais do Sul de seniores, onde ficou em segundo lugar e nos Campeonatos Nacionais de seniores onde alcançou o terceiro posto, em representação do C.F. "Os Belenenses".
Na época seguinte os atletas de Almada resolveram vir para o União Almadense, com o Romeu a alcançar os mesmos resultados nos Campeonatos do Sul e Nacionais (segundo e terceiro).
Em 1940 ingressa no Sporting CP, sagrando-se Campeão Regional de Lisboa de peso, mas nos Campeonatos Nacionais voltou a ser segundo...

Ainda competiu ao mais alto nível até 1942, sempre com a camisola do Sporting. Depois continuou a competir até 1946, mas apenas nos campeonatos corporativos em representação do BNU, a sua entidade patronal.

(Fotografia de autor desconhecido)

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Estreia de Romeu com Recorde Escolar


Segundo os dados que me foram oferecidos por Sérgio Malpique, grande apaixonado pela estatística, que (felizmente) registou o percurso atlético dos principais atletas de Almada, Romeu Correia estreou-se em competições de atletismo no Campeonato das Escolas Secundárias, que decorreu no Campo das Salésias, realizado em Maio de 1936, em representação do Liceu Passos Manuel.

E não podia ter melhor estreia, já que além de vencer a prova, bateu o recorde escolar do lançamento do peso com a marca de 12,73 metros.

Há uma nota curiosa do Sérgio junto do resultado, provavelmente retirada de alguma notícia de jornal, sobre o Romeu: 

«O vencedor tem um estilo apreciável. O gesto final é bastante correcto. Pena ser baixo para a especialidade, pois é muito bom.»

(Fotografia com o Romeu a lançar o peso, nas suas primeiras competições)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Romeu Correia Atleta da JACA


Romeu Correia ficou extremamente feliz com os seus novos amigos de Almada, que tal como ele, tinham uma grande admiração pelos grandes atletas desse tempo.

O Mundo no começo dos anos 1930 estava quase a anos luz de Portugal, pelo menos se o compararmos com os nossos dias (em que viajar pelo mundo está ao alcance de um "click"...). Apesar da distância os grandes feitos dos atletas de eleição acabavam por ser difundidos pelos nossos jornais e revistas desportivas e ser tema de conversa entre os  jovens aspirantes a campeões de Almada, que corriam,  saltavam e lançavam em grupo, ainda em busca da vocação, ou seja, uma melhor apetência para esta ou aquela disciplina.

Nestes primeiros tempos de treinos em conjunto Romeu demonstrou qualidades para as provas de velocidade, para o salto em comprimento, mas sobretudo para os lançamentos, embora  ainda tivesse o corpo pouco "trabalhado"...

Nesta fotografia Romeu Correia surge em primeiro plano, seguido dos companheiros da JACA, Francisco Avelar, António Calado e João Carapinha, ambos em poses atléticas.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Descobrir o Romeu Desportista...


Durante o mês de Fevereiro iremos tentar dar-vos a conhecer o excelente desportista que foi Romeu Correia. O campeão e recordista nacional de Atletismo e também o excelente pugilista e amante da cultura física.

Tudo começou na adolescência, quando achou por bem cultivar o corpo e acabou por descobrir que havia uns jovens ligeiramente mais velhos que ele, que tinham fundado a JACA (Juventude Atlética Clube de Almada), que o acolheram com grande companheirismo. Falamos de Agostinho Brilhante, António Calado, Francisco Avelar e Sérgio Malpique e que davam os primeiros passos como desportistas, longe de pensarem que alguns deles chegariam a campeões e recordistas nacionais, alguns anos depois.

Uma das suas primeiras "bíblias" foi o famoso livro de capa amarela de ginástica sueca...

E para não variar, transcrevemos mais uma frase, desta vez do livro de contos, "Um Passo em Frente" (conto "César", página 83).

[...] «A minha vida ganha daqui em diante novo rumo e alento. Descubro a prática desportiva e a surpreendente e contagiante alegria que é a entrada de um ser na adolescência, agigantando-se, sentindo ganas de galar o próprio Universo.» [...]

domingo, 1 de janeiro de 2017

A Apresentação de Romeu Correia (quase para principiantes)


Por nós próprios desconhecermos quem foi Romeu Correia até Outubro de 1990, achamos que devemos fazer um muito ligeiro traço biográfico do escritor almadense.

Romeu Correia foi um grande apaixonado pela vida, pelo associativismo, pelo desporto, pelo teatro, pelo cinema, pelos livros e pela terra onde nasceu e sempre viveu.

Romeu teve a virtude de juntar a excelência da oratória à escrita, sendo reconhecido por todos os que tiveram a felicidade de privar com ele como um extraordinário contador de histórias, que não deixava ninguém indiferente. Romeu era capaz de transformar um acontecimento simples numa história apaixonante, graças ao seu enorme talento como comunicador.

Depois de ter alimentado o corpo com sucesso na juventude (foi campeão de atletismo e boxe amador...), sublimou o espírito, com a escrita de  dezenas de peças de teatro, contos, romances, ensaios e crónicas.

Felizmente viu reconhecido o seu talento como escritor ainda em vida (algo não muito normal no nosso país), especialmente como dramaturgo, sendo mesmo um dos autores nacionais mais representados nos palcos portugueses nos anos 1950, 60 e 70.

Ao longo do ano de 2017 iremos dar a conhecer todas estas facetas do Romeu (além de outras curiosidades que irão aparecer naturalmente…) e estamos certos de que todos os visitantes deste blogue ficarão a conhecer com alguma intimidade Romeu Correia, o Grande Escritor de Almada.

                                                                                     (Luís Milheiro)