Neste primeiro mês de 2017, procurámos revisitar a infância de Romeu, ainda que com alguma ligeireza. Claro que o seu fascínio pelo Ginjal manteve-se vivo a vida toda, pois foi ali que cresceu. viveu e testemunhou uma série de acontecimentos, que o marcariam para toda a vida.
Talvez seja essa a melhor explicação para que os seus dois últimos romances, "O Tritão" e "Cais do Ginjal", autobiográficos, tenham o Ginjal e o Tejo como principais cenários.
E por isso mesmo, lá vamos nós a mais uma transcrição ("O Tritão", página 11):
[...] «Aquele cais onde morávamos, essa
muralha com uma longa correnteza de prédios, dera ensejo a curiosa adivinha que
se perguntava ao serão:
- Porque se parece o cais do Ginjal com
um colete?
E a resposta provocava risos:
- Porque tem casas só dum lado.» [...]
(Fotografia de Luís Eme)