Aula 12 GRH

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal


Curso de Licenciatura em Administração Pública
Disciplina: Gestão de Recursos Humanos

Aula 12

Introdução
à

Recompensa e Manutenção de RH
Docente. Belturi Rui Madeira

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Sistemas de recompensas
Para Câmara (2000) citado por Rito (2005, p. 45), o sistema de recompensa é:
Conjunto de instrumentos coerentes e alinhados com a estratégia da empresa, de
natureza material e imaterial que constituem a contrapartida da contribuição prestada
pelo empregador aos resultados do negócio, através do seu desempenho profissional
e se destinam a reforçar a sua motivação e produtividade.

Uma vez implantado, os sistemas não se constituem um modelo fixo, devem ser
acompanhados atenciosamente na sua articulação com os outros elementos
organizacionais, garantindo assim o cumprimento dos objetivos estabelecidos. Os
sistemas de recompensas se compõem da combinação entre: recompensa base,
conhecida como salário, incentivos salariais, que estão ligados ao desempenho
individual ou em grupo, e benefícios, que segundo Milkovick e Boudreau (2000),
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representam os aspectos indirectos da remuneração fora do trabalho.
Objectivos de Sistemas de recompensas

Os objectivos de um sistema de remuneração salientam Milkovick e Boudreau(2000,


p. 379), são: “motivar comportamentos produtivos e controlar os custos trabalhistas, ao
mesmo tempo em que busca a satisfação das necessidades e do sentimento de justiça
dos empregados”.

Nesse sentido, as empresas procuram ser mais eficiente e produtiva no seu mercado,
embora tenham dedicado atenção substancial aos custos trabalhistas envolvidos.

Sendo assim as recompensas podem ser identificadas como: recompensas


intrínsecas e recompensas extrínsecas. No entender de Vroom (2007) as
recompensas intrínsecas resultam da própria execução da tarefa e podem incluir a
satisfação pela sua conclusão ou uma sensação de poder.
3
Cont.

As recompensas de carácter intrínseco referem-se ao trabalho em si, às


responsabilidades e tarefas desempenhadas, às possibilidades de crescimento
profissional e pessoal, reconhecimento, satisfação como o ambiente de trabalho.
Essas recompensas permitem uma maior aproximação entre o indivíduo e a
organização, dando sentido e importância ao trabalho com a finalidade de manter uma
relação mutuamente proveitosa.

O mesmo autor acima define a recompensa extrínseca como aquelas que são
concebidas pela empresa sob a forma de dinheiro, privilégios ou promoções, ou pelos
supervisores e colegas sob a forma de reconhecimento. Davis e Newstrom (1992)
afirmam ainda que o dinheiro é essencialmente uma recompensa extrínseca, podendo
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ser aplicado facilmente através de programas de modificações de comportamento.
Remuneração

Segundo Chiavenato (2003) remuneração é a retribuição dada ao funcionário de


acordo com o trabalho, dedicação e esforço pessoal desenvolvido por ele, através de
seus conhecimentos e habilidades, podendo ser um pacote de recompensas
quantificáveis que o empregado recebe pelo seu trabalho.

Como evolução do sistema tradicional baseado nas qualificações e hierarquia, uma


nova estratégia de remuneração surge: Remuneração por competências e
habilidades, assumem-se como um instrumento importante que envolve a
remuneração aos objectivos estratégicos da organização, estimulando o aumento
do grau de comprometimento dos funcionários com os resultados gerados. Alguns
autores contemporâneos corroboram essa ideia classificando a remuneração por
competências e habilidades como aspecto fundamental para a obtenção do
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A remuneração na gestão pública

No âmbito remuneratório, a compreensão dos processos de determinação dos salários


dos trabalhadores da administração pública requer um quadro relativamente diferente
daquele considerado para o sector privado da economia.

A gestão da remuneração nas organizações do sector público, ressalta Bergue (2005),


possui particularidades que a distingue dos modelos geralmente utilizados na esfera
privada.

As modalidades ou formas de remuneração, como contraprestação devida pelo


exercício de função pública, possui as seguintes características (Passaia e Menezes,
2003):

Subsídios: É uma modalidade de remuneração, fixada em parcela única, paga


obrigatoriamente aos detentores de mandato eletivo e aos demais agentes políticos;
Cont.
Vencimentos: Vencimentos, no plural, são uma espécie de remuneração que
corresponde à soma do vencimento das vantagens pecuniárias, constituindo a
retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício de cargo público.

Vantagens Pecuniárias: São acréscimos ao vencimento do servidor, concedidas a


título definitivo ou transitório, pela decorrência do tempo de serviço ou pelo
desempenho defunções especiais (adicionais de vencimento e adicionais de função),
ou em razão das condições anormais em que realiza o serviço, ou finalmente, em
razões de condição especiais do servidor (gratificação de serviço e gratificações
pessoais).

7
Cont.

Adicionais: São vantagens pecuniárias que a Administração concede aos servidor e


sem razão do tempo de exercício (adicional de tempo de serviço) ou em face da
natureza peculiar da função, que exige conhecimentos especializados ou um regime
próprio de trabalho (adicionais de função).

Gratificações: São vantagens pecuniárias atribuídas precariamente aos servidores


que estão prestando serviços comuns da função em condições anormais de
segurança, salubridade ou onerosidade, ou concedidas como ajuda aos servidores
que reúnam as condições pessoais que a lei específica.

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Composição da remuneração no contexto moçambicano

A remuneração do funcionário e agente do Estado, demais servidores públicos, titular


ou membro de órgão público no activo, é constituída por vencimento e suplementos.

Ao vencimento do titular ou membro de órgão público é acrescido o subsídio de


representação. O vencimento constitui a retribuição pelo trabalho efectivo prestado ao
Estado e correspondente ao nível salarial no qual o funcionário, agente do Estado e
demais servidores públicos se encontram na categoria de que são titulares.

Os suplementos são retribuições concedidas ao funcionário, agente do Estado e


demais servidores públicos em função de particularidades específicas da prestação de
trabalho e só podem ser considerados os seguintes:

trabalho extraordinário;
9
b) trabalho nocturno;
Cont.

c) trabalho em regime de turnos;

d) trabalho prestado em condições penosidade e de insalubridade;

e) ajudas de custo;

f) subsídio de representação;

g) subsídio de gestão;

h) subsídio de risco;

i) subsídio de disponibilidade:

j) subsídio de exclusividade;

k) abono de diuturnidade;
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Planos de benefícios sociais

Benefícios são certas regalias e vantagens concedidas pelas organizações, a título de


pagamento adicional dos salários à totalidade ou parte de seus funcionários. Constituem
geralmente um pacote de benefícios e serviços que faz parte integrante da remuneração
do pessoal.

Os benefícios e serviços sociais incluem uma variedade de facilidades e vantagens


oferecidas pela organização, como assistência médico-hospitalar, seguro de vida,
alimentação subsidiaria, transporte, pagamento de tempo não trabalhado, planos de
pensão ou aposentadoria etc.

No contexto moçambicano o Plano de Benefícios integra, ainda, as seguintes prestações:


a) Subsídio de Funeral; b) Subsídio por Morte; c) Subsídio de Invalidez; e d) Assistência
Médica e Medicamentosa. 11
Classificação e Natureza dos Benefícios Sociais

• Classificação

1. Benefícios compulsórios (legais) – exigidos pela legislação trabalhista, previdenciária ou


por convenção colectiva entre sindicatos.

2. Benefícios espontâneos – concedidos pela liberdade da empresa. São chamados também


de benefícios marginais.

• Natureza

• Benefícios monetários – concedidos em dinheiro, por meio de folha de pagamento e


gerando encargos deles decorrentes.

• Benefícios não monetários – oferecidos na forma de serviços, vantagens ou facilidades


para usuários.
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Fim

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