Sumário actualizado
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INTRODUÇÃO...............................................................................................................................2
Objetivos..................................................................................................................................2
Objetivo Geral......................................................................................................................2
Objetivo Específico...............................................................................................................2
I CAPÍTULO- GENERALIDADES CONCEPTUAIS...............................................................................2
Conceitos..................................................................................................................................2
Sistema de Recompensa.......................................................................................................2
II CAPÍTULO- HISTORIAL DO SISTEMA DE RECOMPENSAS..........................................................4
2.1- Estrutura do sistema de recompensas..............................................................................5
2.1.1. Tipos de recompensas................................................................................................6
2.1.2 Pressupostos de um sistema de recompensa eficaz....................................................8
2.1.3. Noções basicas dos sistemas de recompensa.............................................................8
2.2.1. Objetivos e Importância do Sistema de Recompensas...............................................9
III CAPíTULO – PESQUISA DE CAMPO (EMPRESAS KANDENGUE ATREVIDO E DELIVERY EXPRESS,
SISTEMA DE REMUNERAÇÃO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL)...............................................13
EMPRESA KANDENGUE ATREVIDO: SISTEMA DE REMUNERAÇÃO E ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL..................................................................................................................13
EMPRESA DELIVERY EXPRESS: SISTEMA DE REMUNERAÇÃO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
...............................................................................................................................................14
Conclusão...................................................................................................................................16
Referências bibliográficas...........................................................................................................17
INTRODUÇÃO
Estes sistemas têm como missão, incentivar comportamentos desejados por meio de
recompensas que podem ser tangíveis, como prêmios materiais, ou intangíveis, como
reconhecimento e satisfação pessoal.
Objectivos
Objectivo Geral
Estudar os diferentes tipos de Sistema De Recompensa, de modo a incentivar comportamentos
desejados, promovendo a motivação, o engajamento e o desempenho dos colaboradores dentro
da empresa.
Objectivo Específico
1. Analisar os principais tipos de Sistemas de Recompensas em uma empresa
2. Avaliar os efeitos dos Sistemas de Recompensas no comportamento humano
3. Identificar os desafios e limitações dos Sistemas de Recompensas
Este trabalho visa explorar os fundamentos dos Sistemas de Recompensas, suas diversas
aplicações e como eles influenciam o comportamento humano, trazendo à tona as vantagens e
possíveis limitações dessa abordagem em diferentes contextos.
Sistema de Recompensa
São conjuntos de práticas ou mecanismos utilizados para reforçar comportamentos desejados
proporcionando incentivos que podem ser materiais, financeiros ou simbólicos, com o objectivo
de motivar, engajar e aumentar a produtividade ou desempenho de indivíduos ou grupos em um
contexto específico.
SISTEMA DE REMUNERAÇÃO
A remuneração é uma das questões mais importantes e mais difíceis de ser estruturada, pois
envolve a forma de como será realizado o pagamento aos colaboradores a partir dos trabalhos
executados e de acordo com as funções de cargo.
Refere-se aos benefícios não monetários oferecidos aos colaboradores, como seguro de saúde,
previdência social, auxílios, plano de aposentadoria, transporte, alimentação, entre outros. Esses
benefícios complementam a remuneração directa e tem o objectivo de oferecer maior bem-estar
e segurança ao trabalhador.
REMUNERAÇÃO DIFERIDA
Refere-se aos pagamentos que são adiados para um período futuro, com o objectivo de
proporcionar benefícios de longo prazo, como aposentadoria, planos de participação nos lucros
ou acções da empresa. Geralmente, a remuneração diferida está relacionada a instrumentos que
oferecem uma recompensa após um certo tempo ou desempenho.
De 1920 à 1950, com a depressão económica nos Estados Unidos e a II Grande Guerra Mundial
assistiu-se a intensificação de movimentações sociais, o que levou ao aumento do desemprego.
Neste período existiu um grande foco no equilíbrio entre a produtividade e as necessidades
humanas, pois o trabalhador começa a ser encarado como Homo Social (Escola De Relações
Humanas De Mayo) em que é influenciado por assuntos de carácter biológico e social (Idem).
De acordo com Abraham Maslow, à medida que as necessidades mais básicas (como segurança
e conforto) são atendidas, as pessoas se motivam por necessidades mais elevadas, como
reconhecimento, respeito e realização pessoal. Isso reflecte a forma como as recompensas
evoluíram de compensações puramente financeiras (como salários) para recompensas mais
psicológicas e motivacionais, como o reconhecimento do trabalho e oportunidades de
crescimento.
Os Sistemas de Recompensas passaram, então, a ser estruturados para não apenas compensar
financeiramente, mas, também, de forma motivacional.
Os nomes de cada dimensão são explícitos por si, a via da inovação explora novidades e tenta
implementá-las de acordo com as necessidades dos colaboradores, a via da imitação, aplica
sistema de recompensas desenvolvidos por outras empresas apesar de poder tentar aperfeiçoá-
los e a última via de controlo de custos verifica-se quando a empresa pretende manter os
produtos e serviços que já pratica.
No cargo ou nas competências, sendo que aqui são feitos ajustes à remuneração do
colaborador consoante as suas competências ou o cargo que desempenha, as
recompensas mais utilizadas neste tipo de sistema são além da remuneração que já foi
identificada, os benefícios e os símbolos de estatuto (Câmara, 2000).
No desempenho, sendo este sistema difícil de aplicar segundo Câmara (2000), mas
quando é bem aplicado, é eficaz no aumento da produtividade, ao recompensar as
atitudes e os comportamentos pretendidos pela empresa o desempenho é
comsequentemente influenciado. Lawler III (1982) realça as dificuldades sentidas neste
tipo de sistema logo na primeira fase do seu desenho quando se tem de definir que tipo
de desempenho é pretendido e de que forma vai ser verificado.
Centralizado ou Descentralizado, o qual se baseia na equidade com a qual se atribuem
as recompensas e para tal se manter, realizam-se revisões sobre de que forma estão a ser
atribuídas as remunerações, os benefícios e os símbolos de estatuto. O sistema
descentralizado concede liberdade aos gestores para atribuírem as recompensas da
forma que consideram mais justa e adequada (Câmara, 2000).
Câmara (2000) afirma que um sistema de recompensas baseado no cargo ou nas competências
apresenta várias vantagens, obtendo-se um impacto no clima organizacional e na motivação dos
colaboradores, ao serem recompensados pelas suas competências está a incentivaR-se que estes
continuem a sua aquisição de conhecimentos e que se desenvolvam pessoal e profissionalmente.
Estas recompensas são consideradas imateriais e tem um carácter intrínseco pelas suas
características, começando por mecanismos de reconhecimento, Câmara (2000) enumera três
formas existentes praticadas nas empresas, uma maior visibilidade dentro da mesma, destacando
colaboradores entre os seus colegas para estes receberem o que o autor chama de prestígio e
proporcionando uma sensação de orgulho ao colaborador, reforçando positivamente o seu
desempenho.
O mesmo autor refere ainda algumas características desta recompensa, para que a mesma seja
eficaz dentro da empresa, tem de ser credibilizada por todos tendo o que o autor chama de carga
simbólica, sendo divulgada previamente para que todos conheçam as suas regras e de que forma
podem atingir e tornando-se visível e sendo competitiva, não é algo que todos possam atingir,
para não perder a sua importância e credibilidade.
Câmara (2000) refere outra recompensa intrínseca, o desenho funcional, para a sua explicação
cita Herzberg (1968) ”se queremos que as pessoas estejam motivadas para fazer um bom
trabalho, temos que lhes dar um bom trabalho para fazer”.
Por último, Câmara (2000) menciona o clima organizacional e o estilo de gestão, como uma
recompensa intrínseca, sendo que o estilo de gestão influencia o clima organizacional de uma
empresa e este proporciona aos seus colaboradores um bom ambiente de trabalho, sendo
percepcionada como recompensa.
Outra recompensa extrínseca praticada, são os incentivos, definidos por Câmara (2000) como
“componentes variáveis de salário que pretendem recompensas elevadas de desempenhos”, esta
recompensa pode ser classificada em alguns tipos, os quais o autor refere, mencionando ainda
que os mais frequentes a serem praticados são os monetários e de curto prazo que podem ser
identificados como os bônus e as comissões, já os de médio e longo prazo são identificados
como os stock options (Plano de ações), phantom shares (unidades de participação) e stock
(vendas de ações). Ainda assim, os incentivos, segundo Rocha (1997) tem como objectivo
recompensar os colaboradores que demonstram um elevado desempenho com o intuito de os
continuar a motivar neste sentido, refere também que os incentivos são atribuídos à três
destinatários, individualmente, em grupo ou a organização.
Outra recompensa extrínseca são os benefícios, os quais segundo Câmara (2000) são atribuídos
como bens ou serviços e o seu objectivo é “dar resposta a necessidades de carácter social dos
empregados”, como, o subsídio de doença, o seguro de saúde, seguro de vida e plano de
pensões. Há ainda uma distinção dentro dos benefícios, os sociais, que são os que ainda agora
referimos e, os específicos, como, despesas de representação e os planos automóveis.
Os benefícios sociais em Portugal segundo Rocha (1997), são assegurados em parte por
mecanismos de âmbito nacional, ou seja, é obrigatório em certos casos a atribuição dos mesmos
como o seguro de doença, subsídio de desemprego e a reforma e ainda existe no caso dos
seguros de acidentes de trabalho a legalidade da atribuição dos mesmos, sendo imposta às
empresas e os não monetários e de curto prazo, como, as viagens pagas pela empresa aos
colaboradores.
Por último, como recompensa extrínseca existem ainda os símbolos de estatuto, estes são
atribuidos para destacar alguns colaboradores, quer pelas suas senioridades na empresa ou para
mostrar que as suas conquistas são recompensadas, aumentando também a autorealização.
Alguns exemplos deste tipo de recompensa passam pela atribuição de um lugar reservado de
estacionamento, até mesmo de um motorista privativo ou uma assistente pessoal (Câmara,
2000).
As Recompensas Financeiras Indiretas, por sua vez, são os benefícios oferecidos pela
organização definidos em convenções colectivas do trabalho. E as Recompensas Não-
Financeiras referem-se aos factores que afectam a satisfação das pessoas com o sistema de
remuneração, tais como: Oportunidades de Crescimento Profissional, Reconhecimento e Auto-
Estima, Segurança no emprego, Qualidade de Vida no Trabalho, Promoções, entre outras
(CHIAVENATO, 1999).
Para Câmara (2000), os sistemas de recompensa devem ser «um sistema vivo e flexível que
aponte os empregados para o caminho a seguir e que os premeie e reconheça quando eles de
forma proactiva e consciente actuem em consonância com ele.
Para além dos factores tangíveis, existem também os factores intangíveis que devem estar
presentes no desenho de um sistema de recompensa. A retribuição emocional é essencial a
retenção de Recursos Humanos, talentos que assegurem o sucesso das organizações.
O sistema de remuneração engloba diversas formas de compensação como: Salário base, bônus,
comissões, benefícios indiretos e incentivos de longo prazo.
Para escolher um sistema de remuneração, é importante considerar alguns aspetos como: Perfil
da empresa e quadro de colaboradores, Modelos de contratos vigentes e Influências
Trabalhistas.
Se uma empresa implementar um sistema de remuneração que tem trazido bons resultados, não
necessariamente esse mesmo sistema pode ter bons resultados em uma outra empresa, isto é, o
sistema de remuneração varia de empresa para empresa.
Posto isto, destas recompensas e do conjunto que a empresa formar das mesmas, esperam-se
resultados, já se enumeraram alguns objectivos anteriormente, mas, reforçando, existem
objectivos que são enumerados tanto por Lawler (1982) como mais tarde por Câmara (2000) e
são tidos em conta como influenciadores da eficácia da empresa por Lawler III e Jenkins
(1992):
Atração e Retenção de Talentos, sendo que o sistema de recompensas existente numa empresa é
uma grande influência do tipo de trabalhadores que atrai (1982) afirma que quem atinge um
melhor desempenho é quem necessita de melhores recompensas para continuar interessado em
permanecer na empresa. Para que este objectivo seja alcançado Lawler III e Jenkins (1992)
reflectem sobre a melhor hipótese, que será basear a atribuição das recompensas no desempenho
dos colaboradores.
Cultura de Empresa, Lawler III (1982) afirma que os sistemas de recompensas contribuem para
a cultura e para o clima de uma empresa dependendo de como o sistema está desenhado e é
aplicado.
A outra teoria que Abraham Maslow considera explicativa desta importância e do impacto que
as recompensas têm no colaborador, é a Teoria Herzberg (1968), o qual menciona factores
higiénicos, que são considerados os motivacionais e que específica como sendo o salário, a
política organizacional, entre outros. O autor afirma ainda que existem condições para que o
colaborador se sinta motivado numa empresa, a sua função tem de ser significativa, tem de
saber que é o responsável pela qualidade do trabalho que faz e que o resultado do seu trabalho
tem impacto.
Diante disso, Honrado, Cunha e Cesár (2001) afirma que os sistemas de recompensa têm como
principal objectivo recompensar de maneira justa o desempenho do trabalhador, tornando
perceptível um clima de justiça e igualdade.
De acordo com o Decreto Presidencial número 54/22, o salário mínimo nacional garantido
único está oficialmente fixado em 32.181,15AKZ.
O Decreto Presidencial número 54/22 fixa também os salários mínimos por agrupamentos
económicos, nomeadamente para os agrupamentos dos sectores do comércio e da indústria
extractiva no montante de 48.271,73AKZ, para os agrupamentos de transportes, dos serviços e
da indústria transformadora no valor de 40.226.44AKZ e para o agrupamento da agricultura no
montante de 32.181,15AKZ.
Cunha et al.(2007) referem uma vasta literatura existente para a compreensão da influência ou
ligação entre a satisfação no local de trabalho e o desempenho organizacional, percebendo com
esta literatura uma grande existência de subjectividade, sendo importante definir com clareza o
que se entende por satisfação. Também Wright e Cropanzano (2000) referem o perigo desta
subjectividade quando se define satisfação, mencionando um estudo próprio no qual se percebe
a satisfação no trabalho e o bem-estar psicológico como preditores do desempenho
organizacional. Para medirem a satisfação no trabalho, a variável que importa à esta revisão de
literatura utilizaram uma escala que consistia em três dimensões, a satisfação sentida com o
trabalho em si, com os colegas e com a chefia/supervisão. Os resultados mostraram que o bem-
estar psicológico é significativo na sua influência no desempenho organizacional, mais do que a
satisfação no trabalho, reflectindo ainda sobre esta ocorrência, o que pode gerar estes resultados
está nas escalas utilizadas para medir tanto o bem-estar psicológico como a satisfação, todos
estes autores concluem que esta é a causa para resultados diferentes em estudos com objectivos
semelhantes.
De acordo com Cavender, Macgee (1984) fizeram uma revisão da literatura existente até a data
do seu artigo concluíndo que existe uma relação positiva entre a satisfação no trabalho e o
desempenho organizacional, tendo reportado uma correlação forte no seu artigo entre estas duas
variáveis. Citam Lawler e Porter (1967) uma vez que estes autores desenvolveram também uma
revisão de literatura na qual a conclusão foi idêntica, existe uma relação entre a satisfação e o
desempenho. Para tentarem explicar o porquê desta relação e em que circunstâncias ela existe,
integraram outra variável como moderadora, as recompensas extrínsecas e intrínsecas,
concluindo que o desempenho leva a que sejam atribuidas recompensas e essas por sua vez
causam satisfação no indivíduo.
Bilhim (2004) faz referência à uma teoria que considera importante para explicar o aumento do
desempenho dos colaboradores. O autor refere a Teoria da Expectação de Vroom (1964), na
qual se tem em consideração o aumento do desempenho devido à três factores, Objectivos
Pessoais, os quais podem ser, por exemplo, receber um prémio monetário ou ser reconhecido
pelos seus colegas, o segundo fator, será a satisfação dos seus objectivos e por fim aumentará o
seu desempenho se perceber que os seus esforços nesse sentido irão de facto resultar em
recompensas.
Fisher (1998) Brief e Loriann (1989) consideram a satisfação no trabalho como uma atitude
afectiva e cognitiva do colaborador em relação ao seu trabalho, apoiando-se na literatura
existente prévia aos seus artigos. Fisher (1998) desenvolve um estudo no qual os resultados
mostram que as emoções sentidas durante o trabalho estão relacionadas com a satisfação, sendo
a frequência da ocorrência de emoções positivas mais do que a sua intensidade que influência e
prediz a satisfação. A autora apoia-se ainda em Weiss e Cropanzano (1996) para explicar e
sugerir que as experiências afectivas no local de trabalho mostram a maneira como as
características do trabalho influenciam as atitudes dos colaboradores no decorrer do mesmo. É
ainda importante mencionar que as experiências afectivas influenciam não só as atitudes, mas
também decisões dos colaboradores, como intenções de turnover. Esta influência é também
mencionada por Bilhim (2004), que se refere à satifação como um estado emocional que resulta
das condições e características de trabalho, e destes estados emocionais podem resultar
atitude/reações com consequências positivas ou negativas para a empresa. O autor menciona
dois fatores ligados à satisfação no trabalho, a intenção de turnover e o absentísmo, segundo o
mesmo, a satisfação ou a insatisfação do colaboradores resulta numa maior ou menor intenção
de turnover e o mesmo se verifica para o absentísmo.
Locke (1969) afirma que a satisfação ou insatisfação no trabalho consiste nas reações emotivas
do colaborador à aspectos relacionados com o seu trabalho, mencionando ainda que a satisfação
ou insatisfação resulta da relação entre o que o colaborador pretende do seu trabalho e o que
realmente obtém. A satisfação no trabalho é mencionada como o resultado da interação do
colaborador com o seu trabalho e vários aspectos do mesmo, Locke (1969) faz ainda referência
a autores anteriores que já teriam começado a sua literatura nesse sentido, por exemplo,
Schaffer (1953) que se refere à satisfação no trabalho como resultante da satisfação das
necessidades individuais dos colaboradores.
Cunha et al. (2007) refere também a satisfação no trabalho como uma atitude na qual se
expressam avaliações ou afectos sobre vários aspectos como objectos, condições e resultados.
Citam autores que já aqui foram também mencionados. Locke (1976) que define a satisfação
como um estado emocianal positivo que resulta da avaliação do trabalho ou das experiências
com o mesmo e Brief (1998) que define como um estado emocional que se expressa através da
avaliação afectiva e/ou cognitiva da experiência no trabalho.
Cunha et al. (2007) propõem três factores que influenciam a satisfação dos colaboradores, são
eles as políticas e práticas organizacionais, as características da função e as características
individuais dos trabalhadores.
Kelleberg (1977) refere-se à satisfação no local de trabalho como a afectividade geral sentida
pelo colaborador em relação ao seu papel, afirmando que esta reação ao seu papel tem causas
multidimensionais, e baseia-se em Locke (1969) quando distingue dois factores associados à
estas causas, as características do papel e o significado que o colaborador lhes atribui.
Caetano, Ferreira e Neves (2001) fizeram uma vasta revisão da literatura e agruparam as
definições de satisfação no trabalho em dois grupos, o primeiro com os autores Smith, Kendall e
Hullin (1969); Crites (1969); Locke (1976); Price e Mueller (1986); Muchinsky (1993) e
Newstron e Davis (1993) que definem a satisfação no trabalho como um estado emocional,
sentimentos, ou respostas afetivas em relação ao trabalho, já o segundo grupo com os autores
Beer (1964); Salancik e Pfeffer (1977)¸Harpaz (1983); Griffim e Bateman (1986) e Arnold,
Robertson e Cooper (1991) definem satisfação como uma atitude em relação ao trabalho.
Considerando então estas duas perspectivas, em conjunto conseguimos definir a satisfação com
duas vertentes, da reação emocional características do trabalho e do seu ambiente e as atitudes
em relação ao mesmo.
Podemos aqui enquadrar o bem-estar no trabalho, uma vez que autores referidos nesta revisão
de literatura afirmam que a satisfação passa por sentimentos no local de trabalho, por respostas
afectivas, sendo o bem-estar constituído por esses mesmos sentimentos e respostas.
III CAPÍTULO – PESQUISA DE CAMPO (EMPRESAS
KANDENGUE ATREVIDO E DELIVERY EXPRESS, SISTEMA DE
REMUNERAÇÃO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL)
EMPRESA KANDENGUE ATREVIDO: SISTEMA DE REMUNERAÇÃO E
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Motoboys (Estafetas): São remunerados com 75% do valor pago por cada corrida realizada,
enquanto a empresa retém 25% para a manutenção das operações e outros custos
admnistrativos.
Ainda dentro da mesma empresa a remuneração base está orçada entre 60.000Akz à
500.000Akz, conforme a função e a experiência.
Projectos futuros: Incluem bolsas de estudo para os filhos de colaboradores dedicados, além de
possíveis investimentos em infraestrutura social, como casas, escolas e centros médicos,
voltados para os trabalhadores e suas famílias.
Já para a remuneração diferida a empresa oferece um bônus anual, calculado com base no
desempenho geral e na função desempenhada pelo colaborador.
Dentro dessa empresa os Motoboys são responsáveis por realizar as entregas e corridas
solicitadas através do aplicativo.
Já os Auxiliares/Serviços Gerais: Responsáveis pela organização, limpeza e manutenção do
espaço e dos meios de trabalho.
Dentro desta empresa a remuneração indirecta também é presente, sob forma a motivar os seus
colaboradores, onde:
Para Colaboradores: Implementamos uma bonificação de 10% sobre cada contrato fechado que
eles trazem à empresa.
A remuneração directa também vem acompanhada de subsídios e abonos além do salário base, a
empresa também oferece subsídio de alimentação e subsídio de transporte.
Equipe Admnistrativa
Em resumo:
Importa referir aqui, que ele é utilizado para motivar ou reforçar acções específicas, seja
em contextos educacionais, empresariais ou até no funcionamento do cérebro humano.
Um ponto de destaque no tema em questão, foi a percepção de que o sistema de
recompensa influencia de forma significativa na motivação dos funcionários, onde para
alguns é a recompensa financeira e para outros é a recompensa não-financeira.
Pelo que, agradecemos pela atenção ora dada e que tudo quanto faltar neste trabalho
seja motivo de novos e bons aprendizados.