Stewart 3 - 8

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Notas de Aula – Cálculo 1 – Prof.

Rui, DMA – UEM

Exercícios Comentados de Cálculo 1


(Stewart, Vol. 1, 7ª ed.)

3.8 Crescimento e decrescimento exponencial

Exercícios: de 01 a 17.
Exemplo do livro: O autor nos pede para considerar que a taxa
de crescimento da população é proporcional à quantidade de
pessoas no instante t. Os dados fornecidos dizem respeito aos
anos de 1950 com população de 2560 milhões e de 1960 com
população de 3040 milhões de habitantes. Com esses dados ele
nos pede para estimar a população dos anos de 1993 e de 2020.

Resolução.
Como a taxa de variação é proporcional à população, vamos
considerar o modelo exponencial dado por P(t ) = P0ekt .

Vamos considerar o ano inicial 1950 e usar como unidade de


tempo o “ano”. Assim temos P0 = P ( 0 ) = 2560 .

Como em 1960 temos 3040 milhões, escrevemos


P(10) = 3040 = 2560ek10 .
 3040 
Dessa última igualdade temos que ln   = ln e
 2560 
( )
k 10
e

1  3040 
então k = ln   ≅ 0, 017185 .
10  2560 
Então temos a expressão que modela a população:

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P(t ) = 2560e0,017185t .

Para saber a população, segundo esse modelo, no ano de 1993,


calculamos P(43) .
P(43) = 2560e0,017185(43) ≅ 5360 milhões.

Para saber a população no ano de 2020, calculamos:


P(70) = 2560e0,01185(70) ≅ 8524 milhões.

Exercício 01. O autor nos pede para considerar uma cultura de


protozoários. Recebemos a informação de que a taxa de
crescimento populacional é de 0,7944 por dia. Que no dia
“zero” a população é de dois (02) protozoários. Ele nos pede
para calcular a população após seis (06) dias.

Resolução.
O modelo que utilizaremos é o de crescimento exponencial:
P(t ) = P0ekt .
Vamos trabalhar com a unidade de tempo “dia”.
Então P(0) = 2 e consequentemente P(t ) = 2e0.7944t .
Vejamos qual a população depois de 1 dia:
P(1) = 2e0.7944(1) ≅ 2(2, 213) = 4, 426 .
A população após seis dias é calculada da seguinte maneira.
P (6) = 2e 0,7944(6) ≅ 2 (117, 495 ) = 234,990 .
Haverá aproximadamente 235 protozoários após seis dias.

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Exercício 02. Uma célula da bactéria Escherichia coli, comum


no intestino humano, se divide em duas células a cada vinte
minutos quando num meio adequado. Considere uma cultura
dessas bactérias com população inicial de 60 bactérias.
Determine:
a) A taxa de crescimento relativa.
b) Quantidade de bactérias depois de t horas.
c) Quantidade de bactérias depois de 8 horas.
d) A taxa de crescimento depois de 8 horas.
e) Tempo até que a população atinja a quantidade de 20 mil
bactérias.

Resolução.
Consideramos que cada célula se duplique a cada 20 minutos.

min 0 20 40 60 ... t
P 1 2 4 8 ... ?

a) Pelas considerações anteriores, devemos considerar uma


t
exponencial de base 2 e com expoente .
20
A taxa de crescimento relativa é a taxa de crescimento dividida
pela população naquele instante.
P '(t )
Como se tem P '(t ) = k ⋅ P(t ) , a taxa relativa será =k.
P (t )
1
Logo a taxa de crescimento relativa é k = = 0.05 .
20

b) O modelo que utilizaremos é P(t ) = P0 2kt = (60) ⋅ 2(0.05)t .


Com t dado em minutos.

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Observamos que:
No instante t = 0 horas existem:
P(0) = 60 ⋅ 2(0.05)0 = 60 bactérias;
No instante t = 1 hora existem:
P(60) = 60 ⋅ 2(0.05)60 = 60 ⋅ 23 ≅ 60(8) = 48 bactérias;
No instante t = 2 horas existem:
P(120) = 60 ⋅ 2(0.05)120 = 60 ⋅ 26 ≅ 60(64) = 3840 bactérias;
E assim por diante.

c) Depois de 8 horas haverá:


P(480) = 60 ⋅ 2(0.05)480 = 60 ⋅ 224 ≅ (60)16777216 =

= 10 006 632960 bactérias. (mais de 10 bilhões de bactérias).

d) A taxa de crescimento será dada pela função derivada:


P '(t ) = 60 ⋅ 2(0.05)t [ 0.05] = 3 ⋅ 2(0.05)t .
Então depois de 8 horas:
P '(480) = 3 ⋅ 20.05(480) = 3 ⋅ 224 ≅ (3)16777216 =

=50331648 bactérias. (mais de 50 milhões de bactérias).

e) Se quisermos descobrir o tempo no qual a população atinge


20 mil bactérias devemos resolver:

20000 = 60 ⋅ 2(0.05)t ⇔ ln 20000 = ln 60 + 0.05t ln 2 ⇔

 1000 
ln 
ln 20000 − ln 60 100  3 
⇔ = 0.05t ⇔ t = ≅
ln 2 5 ln 2

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5.809
≅ 20 ⋅ ≅ 167.64 .
0.693

A população atingirá a quantidade de 20 mil bactérias


aproximadamente aos 167 minutos.
167 ≅ 60 ⋅ 2.79 .

Então, a população será de 20 mil indivíduos aproximadamente


depois de 2 horas e 48 minutos.

Exercício 03. O autor nos pede para considerar uma cultura de


bactérias que no início do experimento possui 100 indivíduos.
Considera-se que a taxa de crescimento é proporcional à
quantidade de indivíduos na cultura. Feita a contagem após
uma (01) hora detectou-se 420 bactérias. Pede-se:
a) A expressão matemática que modela o crescimento dessa
cultura de bactérias;
b) Qual a quantidade de bactérias após três (03) horas?
c) Qual é a razão de crescimento após três horas?
d) Quando a cultura terá 10.000 bactérias?

Resolução.
Vamos considerar como unidade de tempo a “hora”.
Precisamos detectar a taxa de crescimento. O enunciado nos
fornece informação da quantidade após uma hora, vamos
utilizá-la.
O modelo adotado é o de crescimento exponencial:
P(t ) = P0ekt .

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Sabemos que P (0) = 100 e que P(1) = 420 , logo


P(1) = 420 = 100e , se calcularmos o logaritmo natural em
k (1)

ambos os lados da equação obteremos o valor de k.

420  42 
= ek (1) ⇒ ln   = k ln(e) ⇒ k = ln ( 4, 2 ) ≅ 1, 435 .
100  10 

O modelo matemático para o crescimento da população de


bactérias é P(t ) = 100et (1,435) .

A população, no instante 3 horas, é:


P(3) = 100e3(1,435) ≅ 7.406,92 . Ou seja, após três horas haverá
aproximadamente 7.407 bactérias.

A taxa de crescimento é 1,435, ou seja, de aproximadamente


143%. Como a população no instante 3 é de 7.407 bactérias, a
taxa de variação nesse instante é de aproximadamente 10.592
bactérias a mais a cada hora.

Para saber em que instante de tempo se chegará ao número de


10.000 bactérias, fazemos o seguinte:

 100 00 
10.000 = 100et (1,435) ⇒ ln   = (1, 435)t ln(e) ⇒
 100 

ln(100)
⇒t = ≅ 3, 209 .
1, 435

Então, se chegará a 10.000 bactérias em aproximadamente 3


horas e 12 minutos.

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Exercício 04. Considere uma cultura de bactérias que cresce à


taxa relativa constante. Após duas horas do início da cultura
foram detectadas 400 bactérias. Após seis horas do início da
cultura foram detectadas 25600 bactérias. Determine:
a) A taxa de crescimento relativa, expresse-a em porcentagem.
b) Qual foi a população inicial.
c) A expressão do número de bactérias depois de t horas.
d) O número de bactérias no instante 4,5 horas.
e) A taxa de crescimento no instante 4,5 horas.
f) O instante no qual a população atinge 50 mil bactérias.

Resolução.
Vamos adotar o modelo matemático P ( t ) = P0ek t .
a) Sabemos que:
400 = P ( 2 ) = P0e k 2 e
25600 = P ( 6 ) = P0e k 6 .
Para determinar o valor de k, vamos considerar o intervalo de
tempo decorrido entre 2 horas e 6 horas. Nesse intervalo de 4
horas a população saiu de 400 e chegou a 25600.
Então P ( 4 ) = 25600 = 400e k (4) . O que implica que:
25600
ln 25600 = ln 400 + 4k ln e ⇔ ln = 4k ⇔
400

1
k = ln 64 ≅ 1.0397 .
4

Então a taxa relativa é k = 1.0397 .

b) Podemos agora calcular a população inicial.

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P ( 2 ) = 400 = P0 e(
1.0397 ) 2
= P0e0.20794 .
400
Assim, P0 = ≅ 50.0020 ≅ 50 .
e 2.0794
Vamos adotar que a população inicial é P0 = 50 .

c) A população após t horas pode ser modelada pela função:

P ( t ) = 50 e(1.0397)t .

d) A população no instante 4.5 horas é aproximadamente:

P ( 4.5) = 50e(1.0397)(4.5) = 50e 4.67865 ≅ 5381.2340 .

Então podemos dizer que a população no instante 4.5 horas é


de aproximadamente 5381 bactérias.

e) A taxa de crescimento no instante 4.5 horas pode ser


calculada.

P ' ( t ) = 50e(
1.0397 )t
(1.0397 ) = 5.1985e(1.0397)t .

Então P ' ( 4.5 ) = 5.1985e(


1.0397 ) (4.5)
≅ 6.21533 .

f) Para saber o instante resolvemos:

50000 = 50 e(1.0397)t ⇔ ln 50000 − ln 50 = (1.0397)t ⇔

1 50000 ln1000
t= ln = ≅ 6.6439 .
1.0397 50 1.0397

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Será atingida tal população aproximadamente no instante 6


horas e 38 minutos.

Exercício 05. Considere a tabela de crescimento populacional


de 1750 a 2000, dada em milhões de habitantes:

Ano População
1750 790
1800 980
1850 1260
1900 1650
1950 2560
2000 6080

Pede-se:
a) Para se utilizar o modelo exponencial com os dados de 1750
e 1800 a fim de fazer estimativas da população nos anos de
1900 e 1950. Pede-se para comparar os dados com os da tabela.

b) Para se utilizar os dados de 1850 e 1900 a fim de obter


estimativas para a população em 1950. Pede-se para comparar
o resultado com o valor da tabela.

c) Pede-se para utilizar os dados de 1900 e 1950 para estimar a


população em 2000. Pede-se para comparar com o valor da
tabela.

d) Pede-se para explicar as discrepâncias.

Resolução.
Vamos adotar como unidade temporal o “ano”.
[email protected] Página 168
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a) Vamos considerar que o ano zero é 1750. Assim,


P(0) = 790 .
Temos P(50) = 980 , o que nos fornece a equação:
980 = 790ek (50) .
 980  1  980 
Assim, ln   = 50k ⇒ k = ln   ≅ 0, 00431 .
 790  50  790 

O modelo de crescimento com base nos dados de 1750 e 1800


é P(t ) = 790et (0,00431) .

Então a população estimada em 1900 é:


P(150) = 790e100(0,00431) ≅ 1507,99 , inferior aos 1650 milhões
dados na tabela.

A população estimada em 1950 é:


P(200) = 790e200(0,00431) ≅ 1870 , bem inferior aos 2560 milhões
anotados na tabela.

b) Para resolver este item, vamos considerar como ano inicial o


ano de 1850.
Como em 1900 temos 1650 milhões escrevemos a igualdade:
P(50) = 1650 = 1260ek (50) , o que implica que
1  1650 
k = ln   ≅ 0, 00539 .
50  1260 

O modelo que rege a população com base nos anos de 1850 e


1900 é: P(t ) = 1260et (0,00539) .

A estimativa para a população em 1950 é:


[email protected] Página 169
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P(100) = 1260e100(0,00539) ≅ 2160 , que é inferior a 2560 milhões


dados na tabela.

c) Para resolver este item vamos considerar como ano inicial o


ano de 1900.
Como em 1950 temos 2560, temos
1  2560 
P(50) = 2560 = 1650e50( k ) ⇒ k = ln   ≅ 0, 00878 .
50  1650 

O modelo que rege o crescimento da população é


P(t ) = 1650et (0,00878) .
A estimativa para o ano 2000 é calculada da seguinte maneira:
P(100) = 1650e100(0,00878) ≅ 3870 , bem inferior a 6080 milhões
da tabela.

A explicação para as discrepâncias estão no intervalo utilizado


para usar os modelos. A confiabilidade do modelo não é
adequada para unidades temporais muito distantes dos pontos
tomados para construí-lo. Outro fator, externo à matemática
envolvida, que explica a discrepância é que após o ano de 1950
houve a utilização em larga escala dos antibióticos, o avanço
da medicina, das técnicas para conservação de alimentos,
distribuição e vacinas, etc.

[email protected] Página 170


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Exercício 06. Considere a tabela de crescimento populacional


da Índia, dada em milhões de habitantes:

Ano População
(milhões)
1951 361
1961 439
1971 548
1981 683
1991 846
2001 1029

Pede-se:
a) Crie um modelo exponencial com os dados de 1951 e 1961.
Compare a estimativa populacional desse modelo para 2001
com os dados reais do ano 2001.
b) Crie um modelo exponencial com os dados de 1961 e 1981.
Compare a estimativa populacional desse modelo para 2001
com os dados reais do ano de 2001. Estime a população para
2010 e 2020. Compare com dados reais da Internet para 2010.
c) Esboce o gráfico dos dois modelos calculados e os
segmentos que ligam os dados da tabela. Os modelos são
razoáveis? Explique.

a) Adotamos como população inicial P0 = 361 . O tempo


decorrido desde o início é de 10 anos e a população no instante
t = 10 é igual a 439. Escrevemos isso na forma da equação:

P (10 ) = 361e k (10) = 439 .

Com essa equação podemos determinar a taxa de crescimento.

[email protected] Página 171


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361e10 k = 439 ⇔ ln ( 361e10 k ) = ln 439 ⇔

⇔ ln 361 + 10k ln e = ln 439 ⇔ 10k = ln 439 − ln 361 ⇔

1  439 
k= ln   ⇒ k ≅ 0.01956 .
10  361 

Temos o modelo populacional P ( t ) = 361e0.01956t .


Para o ano de 2001 devemos calcular P ( 50 ) .

P ( 50 ) = 361e(
0.01956 )( 50)
≅ 959.946888 .

Ou seja, por esse modelo, a população estimada para o ano de


2001 é de aproximadamente 960 milhões. O dado coletado
fornece a população de 1029 milhões. A estimativa erra por
falta, erra por aproximadamente 69 milhões a menos.

b) Vamos considerar a população inicial de 439 milhões.


Consideramos que após 20 anos a população é de 683 milhões.
Podemos equacionar tal informação da seguinte maneira.

P ( 20 ) = 439ek (20) = 683 .

Com essa equação podemos determinar a taxa de crescimento.

439e20 k = 683 ⇔ ln ( 439e20 k ) = ln 683 ⇔

1  683 
⇔ 20k = ln 683 − ln 439 ⇔ k = ln  ⇒
20  439 
[email protected] Página 172
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k ≅ 0.0221 .

Temos o modelo populacional P ( t ) = 439e0.0221t .


Para o ano de 2001 devemos calcular P ( 40 ) .

P ( t ) = 439e0.0221(40) = 439e0.884 ≅ 1062.62 .

Ou seja, por esse modelo, a população estimada para o ano de


2001 é de aproximadamente 1 bilhão e 62 milhões. O dado
coletado fornece a população de 1029 milhões. A estimativa
erra por excesso, erra por aproximadamente 33 milhões a mais.

c) A figura a seguir mostra os dados do censo demográfico, o


gráfico do modelo populacional do item a em vermelho e o
modelo populacional do item b em azul.

[email protected] Página 173


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Observe que consideramos 1951 como x = 0 , então os dados


do censo demográfico foram digitados no campo de entrada do
Geogebra como ( 0,361) , (10, 439 ) etc.
Como no item a, adotamos o ano 1951 como ano t = 0 , para
mostrar o gráfico do modelo P ( t ) = 361e0.01956t digitamos
“f(x)=361*e^(0.01956*x)” no campo de entrada.
Como no item b consideramos 1961 como ano t = 0 , digitamos
no campo de entrada a função “g(x)=439*e^(0.0221*(x-10))”
para representar o modelo populacional P ( t ) = 439e0.0221t . Pois
faz-se necessário transladar o gráfico de P ( t ) = 439e0.0221t dez
unidades para a direita.

Exercício 07. O autor nos diz que a reação química


1
N 2O5 → 2 NO2 + O2 ocorre a 45 graus Celsius e a taxa de
2
variação do peróxido de bi-nitrogênio é proporcional à sua
concentração segundo a equação:
d
[ N 2O5 ] = 0, 0005 [ N 2O5 ] , na qual a variável “t” é
dt
considerada em segundos.

a) Pede-se para determinar a concentração desse peróxido após


“t” segundos se a concentração inicial é “ C0 ”.

b) Pede-se para determinar quanto tempo levará para que a


concentração do peróxido atinja 90% da concentração inicial.

Resolução.

[email protected] Página 174


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a) Temos que k = 0, 0005 . O modelo matemático que expressa


a concentração é C (t ) = C0et ( −0,0005) , com a variável “t” dada em
segundos.

b) Para reduzir a concentração a 90% da incial C0 será


necessário que:
90  90 
C0 = C0et ( −0,0005) ⇒ −0,0005t = ln  ⇒
100  100 

10000
⇒t =− ln ( 0,9 ) ≅ 210, 72 .
5

Ou seja, para que se chegue a 90 por cento da concentração


inicial de peróxido é necessário que o tempo seja por volta de
210 segundos, ou 3 minutos e meio.

Exercício 08. O autor nos informa que a meia-vida do


Estrôncio-90 é de 28 dias. Se uma amostra inicial é de 50mg se
pede:
a) a massa de Estrôncio-90 em função do tempo t em dias;
b) a massa de Estrôncio-90 após 40 dias;
c) tempo necessário para que a amostra inicial se reduza para
apenas 2mg.
d) Esboce o gráfico de seu modelo de decaimento radioativo
para essa situação.

Resolução (primeira maneira).


Vamos considerar o modelo exponencial Q(t ) = Q0e− kt .
A meia-vida é de 28 dias, então:

[email protected] Página 175


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1 1
Q(28) = Q0 ⇔ Q0e −28k = Q0 ⇒ e−28k = 0.5 ⇔
2 2

 −1 
⇔ −28k = ln 0.5 ⇔ k =   ln 0.5 ⇒ k ≅ 0.024755 .
 28 

Assim, podemos modelar o decaimento radioativo com a


função Q(t ) = 50e−t (0.024755) .

b) Após 40 dias, haverá aproximadamente

Q(40) = 50e−40(0.024755) ≅ 18.575 miligramas.

c) Para saber quando haverá 2 mg fazemos:

1
2 = 50e − t (0.024755) ⇔ ln = −t (0.024755) ⇔
25

−1
t= ln 0.04 ≅ 130.029 .
0.024755

Haverá apenas 2 mg de Estrôncio-90 aproximadamente após


130 dias.

d) O gráfico do modelo de decaimento é mostrado a seguir.

[email protected] Página 176


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Resolução (primeira maneira).


Segunda maneira de abordar o problema.
Meia-vida é o tempo no qual certa quantidade de material se
reduz pela metade.
Então podemos perceber o decaimento pelas divisões por 2 na
seguinte tabela.

t 0 28 56 84 112 ... n
mg 50 25 12.5 6.25 3.125 ... ?

Na primeira linha escrevemos o tempo em dias, na segunda


linha a quantidade em miligramas.

a) O problema nessa situação é descobrir o padrão para que


saibamos quantas miligramas restarão após um número n
qualquer de dias.

[email protected] Página 177


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A quantidade inicial é Q0 = 50 . A base da exponenciação será


1
igual a .
2

t
1
Mas não podemos escrever que Q(t ) = 50   . Veja que
2
assim, após apenas 1 dia estaremos dividindo a quantidade
inicial por 2. Mas essa divisão por 2 deverá ocorrer só no
t
vigésimo oitavo dia, então, o expoente deverá ser .
28

A expressão matemática que modela o decaimento é:

t
 1  28
Q(t ) = 50   . Esta é a resposta do item a.
2

Não há nenhum problema em relação à resolução feita


anteriormente, nela a expressão que modela o problema é dada
por Q(t ) = 50e−t (0.024755) . Nesta, a base da exponencial é um
número maior de 2.718 e o sinal do expoente é negativo, para
tornar a função decrescente. Na resolução atual temos a base
igual a 0.5 com expoente positivo, já que a função de base 0.5 á
é decrescente.

t
 1  28
b) A massa após 40 dias pode ser obtida de Q(t ) = 50   por
2
substituição de t por 40.

[email protected] Página 178


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40
 1  28
Q(40) = 50   ≅ 18.574928 miligramas.
2

Percebe-se, então, que a aproximação dada pela expressão


desta segunda maneira de resolução é igual, por aproximação, à
aproximação dada pela primeira maneira de resolução, 18.575
miligramas.

c) Para saber quando haverá 2 mg fazemos:

t
 1  28 t
1 t
50   = 2 ⇔ ( 0.5 ) 28 = ⇔ ln ( 0.5 ) = ln ( 0.04 ) ⇔
2 25 28

t ln ( 0.04 )
⇔ = ⇔ t ≅ 130.027973 dias.
28 ln ( 0.5 )

Resposta: Haverá apenas 2 mg de estrôncio em


aproximadamente 130 dias. (Também de acordo com a
primeira resolução).

d) O gráfico desse modelo de decaimento é mostrado a seguir.

[email protected] Página 179


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Observe que o traçado do gráfico é bem semelhante ao traçado


do gráfico da função utilizada na primeira resolução.

Exercício 09. O autor nos informa que a meia-vida do Césio-


137 é de 30 anos. Se uma amostra inicial é de 100mg se pede:
a) a massa de Césio em função do tempo t em anos;
b) a massa de Césio após 100 anos;
c) tempo necessário para que a amostra inicial se reduza para
apenas 1mg.

Resolução (primeira maneira).


Vamos considerar o modelo exponencial Q(t ) = Q0 e− kt .
A meia-vida é de 30 anos, então:

1 1
Q(30) = Q0 ⇔ Q0 e −30 k = Q0 ⇒
2 2

[email protected] Página 180


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1 1 1
Q(30) = Q0 = Q0e −30 k ⇒ k = − ln   ≅ 0, 0231 .
2 30  2 

Assim, Q(t ) = 100e−t (0,0231) .

Em 100 anos restarão ainda:


Q(100) = 100e−100(0,0231) = 100e−2,31 ≅ 9,926 miligramas.

Para determinar quando restarão apenas 1mg calculamos:


 1 
1 = 100e−t (0,0231) ⇒ −0, 0231t = ln   ⇒ t ≅ 199,53 .
 100 
Restarão apenas 1mg após aproximadamente 2 séculos.

Resolução (segunda maneira).

t
 1 k
Vamos considerar o modelo exponencial Q(t ) = Q0   .
2
A meia-vida é de 30 anos, e a massa inicial é 100, então:
t
 1  30
Q(t ) = 100   . Usaremos a unidade de tempo “ano” e a
 2
unidade de massa miligramas.

Em 100 anos restarão ainda:

100
 1  30
Q(100) = 100   ≅ 9.921256 miligramas.
2

[email protected] Página 181


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Para determinar quando restarão apenas 1mg calculamos:

t t
1 t
1 = 100 ( 0.5 ) 30 ⇔ = ( 0.5 ) 30 ⇔ ln ( 0.01) = ln ( 0.5 ) ⇔
100 30

ln ( 0.01)
⇔ t = 30 ≅ 199.31567 .
ln ( 0.5 )

Restarão apenas 1 mg após aproximadamente 199 anos e 4


meses, quase dois séculos depois.

Exercício 10. Uma amostra do material chamado trítio-3


depois de um ano está com 94.5% da massa inicial. Determine:
a) A meia-vida do Trítio-3;
b) Quanto tempo é necessário para que a amostra decaia para
20% da quantidade inicial da massa.

Resolução.
Vamos considerar o modelo exponencial Q(t ) = Q0e− kt .
Vamos trabalhar com a unidade de tempo “ano”. A informação
que se tem é que para t = 1 existem 94.5% da massa inicial Q0 .
Vamos considerar o modelo exponencial Q(t ) = Q0e− kt .
94.5
Então temos a equação Q(1) = Q0 .
100

94.5
Q(1) = Q0 ⇔ Q0e− k = ( 0.945) Q0 ⇔ −k = ln 0.945 ⇒
100

k ≅ −0.056570 .

[email protected] Página 182


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O modelo matemático para esse decaimento é:

Q ( t ) = Q0e −0.05657 t .

Para determinarmos a meia-vida devemos resolver a equação


1
Q ( t ) = Q0 .
2

1
Q ( t ) = Q0 ⇔ Q0 e −0.05657 t = (0.5) Q0 ⇔ e −0.05657 t = 0.5 ⇔
2

−1
⇔ −0.05657t = ln 0.5 ⇔ t = ln 0.5 ≅ 12.2529 .
0.05657

Então, a meia-vida do trítio-3 é de aproximadamente 01 ano e


03 meses.

b) Para determinar o tempo para que haja um decaimento para


20% da quantidade inicial devemos resolver:

20 −1
Q0 e −0.05657 t = Q0 ⇔ e −0.05657 t = 0.2 ⇔ t = ln 0.2 ⇒
100 0.05657

⇒ t ≅ 28.4503 .

Ou seja, deve-se atingir uma massa igual a 20% da massa


inicial depois de aproximadamente 28 anos e meio.

[email protected] Página 183


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Exercício 11. O autor explica a técnica de datação por


Carbono-14.
A Terra é constantemente bombardeada por raios cósmicos e
estes transformam o Carbono-14 da atmosfera superior em
outro elemento. Sabe-se que o Carbono-14 tem meia vida de
5730 anos. A vegetação da Terra absorve o Carbono-14 e
através da cadeia alimentar os seres vivos assimilam esse
elemento. Quando o vegetal ou o animal morrem, ele para de
repor o Carbono-14 em seus tecidos e este começa a decair
exponencialmente. Admita que um pergaminho (feito de pele
de cabra) seja encontrado hoje num sítio arqueológico. Admita
que investigações no laboratório detectem que esse pergaminho
possui 74% do Carbono-14 encontrado atualmente em seres
vivos. Utilize modelo exponencial e estime a idade do
pergaminho.

Resolução.
Como conhecemos a meia-vida, podemos determinar a taxa de
decaimento.
1 1
Q(5730) = Q0 = Q0e− k 5730 ⇒ −5730t = ln   ⇒
2 2

1
⇒k =− ln ( 0.5) ≅ 0, 0001209 .
5730

Em quantos anos se tem 74% do que se tem hoje?

74 1  74 
Q = Qe −t (0,0001209) ⇒ t = − ln   ≅ 2490 .
100 0, 0001209  100 

Resposta: O pergaminho tem aproximadamente 2490 anos.

[email protected] Página 184


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Exercício 12. Considere que para certa curva se tem que:


i) A curva passa pelo ponto ( 0,5 ) ;
ii) A inclinação m da curva em qualquer ponto P = ( a, b ) é
igual a m = 2b .
Pede-se: Qual é a equação da curva?

Resolução.
Vamos considerar que a curva seja o gráfico de uma função
y = f ( x ) . Então se tem que f ' ( x ) = 2 ⋅ f ( x ) para todo x.
Vamos considerar que a função seja uma exponencial do tipo
f ( x ) = a ebx .

Assim, f ' ( x ) = aebx (b) = ( ab ) ebx .

A informação f ' ( x ) = 2 ⋅ f ( x ) torna-se:


( ab ) ebx = 2aebx ⇔ b = 2 .

A informação de que a curva passa por ( 0,5) torna-se


f ( 0 ) = 5 , isto é, 5 = f ( 0 ) = aeb (0) = a .

Se a = 5 e b = 2 tem-se f ( x ) = 5 e(
2) x
.

Verificação:
f ( 0 ) = 5e( )( ) = 5e0 = 5 ⇒ ( 0,5) ∈ Graf ( f ) .
2 0

f ' ( x ) = 5e( 2 ) x ( 2 ) = 2 5e( 2) x  = 2  f ( x )  .

Então a curva é definida por y = 5e2 x .


[email protected] Página 185
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Exercício 13. O autor nos diz que um peru assado foi retirado
do forno quando sua temperatura era de 185º F e colocado
numa sala com temperatura constante de 75º F. Após meia hora
a temperatura do peru caiu para 150º F. Pede-se:
a) Qual será a temperatura do peru após 45 minutos de sua
retirada do forno?
b) Quando o peru estará a temperatura de 100º F?

Resolução:
Para efeito de comparação, a transformação de graus
Fahrenheit graus Celsius é dada pela equação:
o
F − 32
o
C= .
1,8
Se aplicarmos essa transformação aos dados do enunciado,
teremos aproximadamente as seguintes igualdades:

185o F = 85o C , 75o F = 23,9o C , 150o F = 65,5o C e


100 F = 37,8 C .
o o

Vamos adotar como unidade de tempo o minuto.


A lei de Resfriamento de Newton diz que a taxa de variação
instantânea da temperatura do corpo colocado em meio
isotérmico é proporcional à diferença de temperatura entre eles.

d
T = k (T − Tamb ) .
dt

A temperatura ambiente do problema é 75º F.


dy
Se chamarmos y = T − 75 , poderemos escrever que: = k ( y)
dt
com y(0) = 185 − 75 = 110 graus.

[email protected] Página 186


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Disso podemos modelar o problema pela equação: y(t ) = y0e− kt


.
Ou seja, y(t ) = 110e− kt .

Sabemos que após 30 minutos temos a temperatura do peru


igual a 150 graus.

Temos a diferença 150 − 75 = 75 , logo:


 75 
y (30) = 75 = 110e− k (30) ⇒ −k (30) = ln  ⇒
 110 

1  75 
⇒k =− ln   ≅ 0, 012766 .
30  110 

O modelo matemático que rege o decaimento da diferença de


temperatura entre o peru e o meio ambiente é:

y (t ) = 110e − t (0,012766) .

Para responder ao item a, calculamos y(45) .

y (45) = 110e −45(0,012766) ≅ 61, 930 .

A diferença de temperatura entre o peru e o meio ambiente é de


aproximadamente 61,9 graus.
Como o meio é de 75 graus, a temperatura do peru será de
aproximadamente:

T = 75 + 61,93 =136,93º F.

[email protected] Página 187


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O autor nos pergunta quando é que o peru estará a 100 graus.


Como o meio ambiente está a 75 graus, devemos encontrar a
quantidade de minutos para a qual a diferença de temperatura
entre o peru e o meio ambiente é de 25 graus.

25 = 110e −t (0,012766) ⇒ −t (0, 012766) = ln 


25 
⇒
 110 

1  25 
⇒t =− ln   ≅ 116, 058 .
0, 012766  110 

116,058
Dividindo por 60: ≅ 1,934 .
60

Obtemos que o peru atingirá a temperatura de 100º F


aproximadamente depois de duas horas.

Exercício 14. Considere que você investiga um assassinato e


detectou que o corpo estava com temperatura de 32.5 graus
Celsius às 13h30min. Depois de uma hora, às 14h30min a
temperatura do corpo era de 30.3 graus Celsius. Se a
temperatura do ambiente era de 20 graus Celsius e a
temperatura do assassinado era de 37 graus no momento do
crime, determine quando foi realizado o crime.

Resolução.
Vamos adotar como unidade de tempo a hora e considerar que
o início da situação é às 13h30min.

[email protected] Página 188


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A lei de Resfriamento de Newton diz que a taxa de variação


instantânea da temperatura do corpo colocado em meio
isotérmico é proporcional à diferença de temperatura entre eles.

d
T = k (T − Tamb ) .
dt

dy
Se chamarmos y = T − 20 , poderemos escrever que: = k ( y)
dt
com y ( 0) = 32.5 − 20 =12.5 graus.

O modelo que iremos utilizar é y ( t ) = 12.5 e − k t .


Sabemos que uma hora depois a temperatura do corpo era 30.3
graus.

 10.3 
10.3 = y (1) = 12.5 e − k ⇔ k = − ln   ≅ 0.193584 .
 12.5 

O modelo é y ( t ) = 12.5 e(
−0.193584) t
.

Devemos procurar o tempo para o qual a temperatura é


37 − 20 = 17 .

 17 
17 = 12.5 e( −0.193584) t ⇔ ln   = ( −0.193584 ) t ⇔
 12.5 

−1  17 
⇔t = ln   ≅ −1.5883 .
0.193584  12.5 

[email protected] Página 189


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Então o assassinato ocorreu aproximadamente uma hora e 35


minutos antes das 13h30min. Ou seja, a hora aproximada do
assassinato foi 11h55min.

Exercício 15. Podemos dar a seguinte versão para o problema


15: Uma garrafa de cerveja foi retirada do refrigerador na
temperatura de 5 ºC e colocada sobre uma mesa dentro de uma
sala de temperatura constante de 20 ºC. Após 25 minutos a
temperatura da garrafa aumentou para 10 ºC. Pergunta-se:
a) Qual a temperatura da garrafa depois de 50 minutos?
b) Em que instante a temperatura da garrafa será de 15 ºC?

Resolução.
Vamos considerar a unidade de tempo como o “minuto”.
d
Vamos considerar y = T − Tamb . Assim temos y =k y.
dt
No instante inicial, y (0) = 5 − 20 = −15 .
No instante t = 25 minutos temos T = 10 , logo
y (25) = 10 − 20 = −10 .
 10 
Então −10 = −15e− k 25 ⇒ ln   = −k 25 ⇒
 15 

1  10 
⇒k =− ln   ≅ 0, 0162 .
25  15 

O modelo que rege o evento é y (t ) = −15e−0,0162t .

Quando se passarem 50 minutos:


y(50) = −15e−0,0162(50) = −15e−0,81 ≅ −6, 67 .

[email protected] Página 190


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Então, T = 20 − 6, 67 = 13,3 . Aos 50 minutos a temperatura da


garrafa será de aproximadamente 13,3 ºC.

Quando a temperatura da garrafa chegar a 15 ºC, teremos a


diferença 15 − 20 = −5 .
 5
Logo, −5 = −15e −0,0162 t ⇒ −0, 0162t = ln   ⇒
 15 

ln (1 / 3)
⇒t =− ≅ 67,81 .
0, 0162

Ou seja, a temperatura da garrafa será de 15 ºC após


aproximadamente 67 minutos.

Exercício 16. Considere que um café expresso recém-tirado da


máquina tem temperatura de 95 graus Celsius e foi colocado à
temperatura ambiente de 20 graus Celsius. Quando a
temperatura do café for 70 graus, ele estará se resfriando a uma
taxa de 01 grau por minuto. Em que instante isso ocorre?

Resolução.
Vamos considerar a unidade de tempo como o “minuto”.
d
Vamos considerar y = T − Tamb . Assim temos y =k y.
dt
No instante inicial, y (0) = 95 − 20 = 75 .

Quando T = 70 , tem-se T − 20 = 50 .

Como y ( t ) = 75e− k t equacionamos:

[email protected] Página 191


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 50   50 
50 = 75e − k t ⇒ ln   = −k t ⇒ k t = − ln   ( E1) .
 75   75 

A taxa de variação instantânea é y ' ( t ) = −75k e − k t .


Equacionamos:

−1  −1 
1 = −75k e − k t ⇔ = e− k t ⇔ kt = − ln   ( E 2) .
75k  75k 

De E1 e E 2 concluímos que:

 50   −1  50 −1
− ln   = − ln  ⇔ = ⇔
 75   75k  75 75k

1
⇔ (50)75k = −75 ⇔ k = − .
50

Então, E1 implica que:

−1  50   50 
t = − ln   ⇒ t = −50 ⋅ ln   ≅ 20.27325 .
50  75   75 

Assim o instante procurado pode ser encontrado como:

Tp − 20 ≅ 20.27 ⇒ Tp ≅ 40.27 .

Resposta. O instante no qual a temperatura do café é de 70


graus Celsius e a taxa de resfriamento é de 1 grau por minuto é
aproximadamente o instante 40 minutos.

[email protected] Página 192


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Exercício 17. O autor nos informa que a taxa de variação da


pressão atmosférica P em relação à altitude é proporcional à P
se a temperatura for constante. Na temperatura constante de
15ºC a pressão é de 101,3 kPa (quilo pascal) ao nível do mar e
é de 87,14 kPa na altitude de 1000m. Pergunta-se:
a) Se a temperatura for a mesma, 15 ºC, qual será a pressão
atmosférica a uma altitude de 3000m?
b) Qual será a pressão atmosférica no topo do monte McKinley
que tem altitude de 6187m?

Resolução.
d
Como P = kP podemos modelar a situação por
dh
P(h) = P0e − kt .
Temos P(0) = P0 = 101,3 e P(1000) = 101,3e− k (1000) .
 87,14 
Então, 87,14 = 101,3e− k (1000) ⇒ −k (1000 ) = ln  ⇒
 101,3 
 87,14 
ln 
 101,3 
⇒k =− ≅ 0, 0001505 .
1000

O modelo é: P(h) = 101,3e−0,0001505t .


A título de verificação:
87,14 = P(1000) = 101,3e−0,0001505(1000) = 101,3e−0,1505 ≅ 87,14 ok.

Temos na altitude 3000m:


P(3000) = 101,3e−0,0001505(3000) = 101,3e−0,4515 ≅ 64, 49 kPa.
Na altitude 6187m:

[email protected] Página 193


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P(6187) = 101,3e−0,0001505(6187) = 101,3e−0,931145 ≅ 39,92 kPa.

§§§§§

Versão de 22 de agosto. (sem revisão!)

[email protected] Página 194

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