infeccao em uti

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1.

Infecções do Trato Respiratório (pneumonia associada à ventilação mecânica)

Motivo: Quando os pacientes estão em ventilação mecânica, um tubo é inserido na traqueia, o que pode
introduzir bactérias diretamente nas vias respiratórias, aumentando o risco de infecção pulmonar.

Prevenção: A prevenção inclui cuidados rigorosos com a higiene oral, técnicas adequadas de aspiração das
vias aéreas, controle da umidade do ar nos circuitos de ventilação e a utilização de ventilação mecânica
apenas quando necessário, além de elevar a cabeceira da cama para reduzir o risco de aspiração.

Infecções do Trato Urinário (ITU associada a cateteres urinários)

Motivo: O uso de cateteres urinários (sondas vesicais) é um fator de risco para infecção urinária,
especialmente em pacientes críticos.

Prevenção: O uso de cateteres urinários deve ser restrito ao mínimo necessário, e sempre que possível,
deve-se usar cateteres de material que reduza o risco de infecção, como os cateteres impregnados com
agentes antimicrobianos. A manutenção da higiene e a troca regular dos cateteres também são
fundamentais.

Infecções na Corrente Sanguínea (bacteremia associada a cateteres)

Motivo: Os cateteres venosos centrais (CVC) são frequentemente utilizados em pacientes críticos para
administração de medicamentos, fluidos e monitoramento hemodinâmico, sendo uma via direta para
bactérias entrarem na corrente sanguínea.

Prevenção: Para prevenir infecções relacionadas a cateteres centrais, é essencial seguir protocolos de
inserção estéril, trocar cateteres conforme recomendado, e desinfetar adequadamente as mãos e os
dispositivos antes de qualquer manuseio. O uso de cateteres impregnados com substâncias antimicrobianas
e a minimização do tempo de permanência dos cateteres também são estratégias de prevenção eficazes.

Outros Fatores Comuns em Todas as Infecções Relacionadas a Cateteres

Prolongamento do uso do cateter: Quanto mais tempo um cateter permanece no paciente, maior a chance
de ocorrerem infecções. Isso acontece devido à formação de biofilmes que protegem as bactérias da ação
do sistema imunológico e de antibióticos.

Higiene inadequada: A manipulação inadequada do cateter durante inserção, manutenção ou troca pode
introduzir patógenos, levando a infecções.

Sistema imunológico comprometido: Pacientes em UTI geralmente estão imunocomprometidos devido à


doença subjacente, uso de medicamentos imunossupressores ou ao próprio estresse fisiológico do
organismo.

Colonização de superfícies externas e internas dos cateteres: Quando não são limpos ou mantidos
adequadamente, os cateteres podem se tornar superfícies propícias à colonização de microrganismos.

2. Medidas de Prevenção:

Adoção de práticas de higiene rigorosas: Como lavagem das mãos e uso de luvas durante manuseio de
cateteres.

Uso de técnicas estéreis durante a inserção e manutenção dos cateteres.

Treinamento de equipes de saúde para garantir a adesão aos protocolos de prevenção.

Uso de cateteres impregnados com agentes antimicrobianos, quando possível.


Limitação do tempo de uso dos cateteres, sempre que possível.

3. Infecção na Corrente Sanguínea. A bacteremia pode rapidamente se espalhar pelo corpo e levar a
complicações graves, como septicemia, falência de múltiplos órgãos e até a morte. A infecção pode afetar
qualquer órgão e causar um quadro de resposta inflamatória sistêmica, prejudicando a função de órgãos
vitais como os rins, fígado e pulmões.

4.Infecção na Corrente Sanguínea (Bacteremia associada a cateteres)

Antibióticos Empíricos (início imediato, antes de identificar o patógeno):

Vancomicina ou Linezolida (para Staphylococcus aureus resistente à meticilina - MRSA).

Piperacilina-tazobactam, Meropenem, ou Cefepime (para cobertura de gram-negativos e algumas infecções


polimicrobianas).

Ceftriaxona ou Cefotaxima (para infecções por enterobactérias, como E. coli).

Tobramicina ou Gentamicina (em associação com outros antibióticos para Pseudomonas aeruginosa ou
Enterococcus).

Após Identificação do Patógeno (tratamento dirigido):

Staphylococcus aureus (não resistente): Cloxacilina ou Nafcilina.

MRSA: Vancomicina ou Daptomicina.

Pseudomonas aeruginosa: Ceftazidima, Piperacilina-tazobactam, ou Meropenem.

Escherichia coli e outras enterobactérias: Ciprofloxacino ou Ceftriaxona.

Infecção Respiratória (Pneumonia associada à ventilação mecânica)

Antibióticos Empíricos (tratamento inicial, antes de cultura):

Vancomicina ou Linezolida (para cobertura de MRSA).

Piperacilina-tazobactam, Cefepime, ou Meropenem (para gram-negativos, incluindo Pseudomonas


aeruginosa).

Levofloxacino ou Ciprofloxacino (como opção para Pseudomonas aeruginosa e outros patógenos


respiratórios gram-negativos).

Após Identificação do Patógeno (tratamento direcionado):

MRSA: Vancomicina ou Linezolida.

Pseudomonas aeruginosa: Ceftazidima, Cefepime, Piperacilina-tazobactam, ou Meropenem.

Klebsiella pneumoniae ou Escherichia coli: Ceftriaxona, Ciprofloxacino, ou Meropenem.

Infecção Urinária (Infecção do trato urinário associada a cateteres urinários)

Antibióticos Empíricos (início imediato, antes de cultura):

Ceftriaxona, Ciprofloxacino ou Levofloxacino (para cobertura de E. coli e outras enterobactérias).


Piperacilina-tazobactam ou Meropenem (para cobertura de gram-negativos resistentes ou Pseudomonas
aeruginosa).

Ampicilina ou Amoxicilina (para infecções por Enterococcus).

Após Identificação do Patógeno (tratamento direcionado):

Escherichia coli e outras enterobactérias: Ciprofloxacino, Ceftriaxona, ou Nitrofurantoína (para infecções


urinárias não complicadas).

Pseudomonas aeruginosa: Piperacilina-tazobactam, Ceftazidima, ou Meropenem.

Enterococcus spp: Ampicilina ou Vancomicina.

Considerações Importantes:

Escolha do antibiótico: A escolha do antibiótico pode ser alterada conforme o perfil de resistência local
(antibiograma) e as características do paciente. O uso de antibióticos deve ser ajustado após os resultados
das culturas e testes de suscetibilidade para garantir eficácia e evitar o uso excessivo de antibióticos de
amplo espectro, o que pode contribuir para a resistência bacteriana.

Duração do tratamento: A duração do tratamento depende da resposta clínica, do tipo de infecção, da


gravidade do quadro e da resposta ao antibiótico. Para infecções associadas a cateteres, pode ser
necessário um tratamento prolongado e até a remoção do cateter infectado.

Considerações de resistência: Em ambientes hospitalares, as bactérias resistentes (como MRSA e


Pseudomonas aeruginosa) são preocupações comuns, e o tratamento pode precisar de antibióticos mais
potentes ou de segunda linha.

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