Declaração Profissional Adinelma 2
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Para que o bullying ocorra algumas pessoas tem que estar envolvidas, e
quando esse fenômeno ocorre cada uma dessas pessoas é conhecido por uma
nomenclatura especifica as quais serão explicadas a seguir: O agressor, a
pessoa que provoca o bullying, responsável pelas atitudes agressivas é
chamado de bully; o coletivo desses agressores, que é o grupo de pessoas
que provocam esse fenômeno, são chamadas de bullies e por fim, tem a
vítima, aquela pessoa que está sofrendo com isso.
O perfil das vítimas pode ser dividido em três categorias: a primeira categoria
são as vítimas típicas, normalmente são crianças retraídas, tímidas,
introvertidas e com repertório de habilidades sociais fracas, além disso,
características físicas também complementam esse perfil, como altura, peso,
uso de óculos e/ou aparelho, espinhas deficiência física e qualquer outro
aspecto que possa fugir “do padrão de beleza”, além disso apresentam pouca
habilidade social.
Este tipo de ameaça, realizadas pelos professores não tende a ser física,
porém é invasivo e muito poderoso, afinal ele é a figura de poder/autoridade
presente na sala, o adulto a quem o aluno “deve respeitar”, e já que o adulto
está falando tal coisa, ou fazendo algo com ele é porque “ele merece”,
pensamento esse que muitas crianças que passam por situações como essas
acabam acreditando serem culpadas e merecedoras de tais ataques.
Atos como imitar a voz do aluno em tom alto, rebaixando-o perante a classe e
ofendendo sua autoestima, manipular a classe contra um único aluno, o
expondo a humilhação, questionar alguns assuntos somente com ele,
principalmente quando percebe que o mesmo não tem domínio sobre o
assunto, rigidez na correção das provas e atividades são alguns exemplos de
bullying realizados do professor contra o aluno.
O professor deve ser o primeiro a mostrar respeito e com isso dar o exemplo,
ele pode ser a autoridade da sala, mas essa autoridade só é realmente
reconhecida entre os alunos de uma boa forma quando há uma relação de
respeito mútuo entre eles, não minimizando a importância dos acontecimentos
e dando atenção a criança quando ela chega com alguma queixa, ou até
mesmo prestando atenção na dinâmica da sala.
Como a realidade do bullying está muito presente nas escolas, surgiu em nós
uma grande preocupação, e por isso a criação deste projeto como meio de
estratégia para lidar com esse fenômeno. Será aplicado em turmas de ensino
fundamental, de escolas particulares.
Até pouco tempo, o que hoje é chamado de Bullying, era visto com outro olhar,
outra perspectiva, “briguinhas de criança”, e normalmente família e escola não
tomavam atitude nenhuma a respeito desse fator. Desse modo, no Brasil, o
tema tem despertado uma atenção crescente, mas os governos ainda não
foram sensibilizados para a necessidade do desenvolvimento de políticas
públicas específicas, além disso, há discussões sobre a prática do bullying nas
escolas brasileiras.
"O bullying tem sérias consequências tanto para o agressor quanto para a
vítima. Tanto aqueles que praticam o bullying quanto as vítimas são mais
propensas a faltar às aulas, abandonar os estudos e ter piores desempenhos
acadêmicos que aqueles que não têm relações conflituosas com os colegas",
diz o estudo, que acrescenta que nesses adolescentes estão também mais
presentes sintomas de depressão, ansiedade, baixa autoestima e perda de
interesse por qualquer atividade.
Além do Pisa, outras pesquisas foram feitas para identificar o fator Bullying nas
escolas brasileiras, como por exemplo, uma pesquisa do IBGE realizada
também em 2015 com estudantes do nono ano do Ensino Fundamental de
escolas públicas ou privadas das capitais dos estados e do Distrito Federal,
onde acendeu a luz de alerta para o problema do bullying nas escolas
brasileiras.
Embora feito essas pesquisas, o Brasil ainda não tem um diagrama sobre a
dimensão desse tipo de violência dentro das escolas. Não há estudos intensos
sobre essa questão e isso acaba dificultando uma intervenção adequada para
o problema.
Muitas vezes essa temática acaba gerando um problema ainda maior, como
por exemplo, uma publicação feita pela Folha de São Paulo onde relata que um
estudante de 14 anos do 8º ano atirou contra colegas de sala em uma escola
particular de Goiânia. Ele deu 11 tiros mais uma pessoa especifica era seu
alvo.
Outro exemplo disso é a série "13 ReasonsWhy" que ficou muito popular entre
os jovens, a série conta sobre a história de uma menina que se suicidou por
vários motivos, e um dos principais motivos foi o bullying que sofria na escola
com bastante frequência.
Como o tema está sendo debatido cada vez mais, foram criadas medidas para
atuar de maneira efetiva contra esse mal que se difunde nas escolas de
Salvador, como por exemplo, em 2007, a coordenadora Marilena Ristum,
professora do Instituto de Psicologia da UFBA iniciou uma pesquisa nas
escolas de Salvador sobre “Bullying Escolar: práticas e significações de alunos
e professores de escolas públicas e particulares”. Por meio dessa pesquisa
pôde-se perceber que nas escolas públicas e privadas de Salvador a violência
física foi à forma de bullying mais apontada. Nas escolas públicas as principais
causas indicadas pelos professores foram à falta de limites e problemas na
estrutura familiar. Já nas escolas privadas o tipo de bullying avaliada como
menos grave foi à violência verbal, entretanto tendo também como violência
física a mais comum. Foi possível verificar também, por meio desse estudo,
que a maior parte dos entrevistados não conhecia o termo bullying, nem o seu
significado.
Essa lei é conhecida como “lei antibullying”. Foi sancionada pela ex-presidente
Dilma Roussef em novembro de 2015 e entrou em vigor a partir do dia 06 de
fevereiro de 2016. A mesma, determina que seja feita a capacitação de
docentes e equipes pedagógicas para implementar ações de prevenção e
solução do problema, assim como a orientação de pais e familiares, para
identificar vítimas e agressores. Também estabelece que sejam realizadas
campanhas educativas e fornecida assistência psicológica, social e jurídica às
vítimas e aos agressores.
Além dessa lei, foi realizada em 2016, uma pesquisa Pelo Ministério Da
Educação em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais
(Flacso) e Organização dos Estados Interamericanos (OEI). Essa pesquisa
apontou Salvador como sendo a 3ª capital brasileira com maior índice de
violência em escolas públicas. Esses Dados afirmam que 40% dos alunos já
sofreram algum tipo de violação, como discriminação social, racial, por
orientação sexual, cyberbullying e ainda roubo/furto.
Para mais, ainda neste ano, foi instituído no calendário oficial de eventos do
município de Salvador o "março laranja", mês de prevenção e combate ao
bullying escolar. O prefeito de Salvador sancionou a lei nº 8996/2016 que deixa
claro no artigo 1º que o "Mês de Prevenção e Combate ao Bullying Escolar"
deve ser celebrado anualmente no mês de março. E no artigo 2º traz o objetivo
dessa lei, que “visa promover, no âmbito escolar e na sociedade, o debate
sobre o bullying nas escolas, estimulando campanhas educativas e
informativas, bem como a sensibilização, o diagnóstico e a prevenção desse
tipo de violência, envolvendo a comunidade, os pais, professores e outros
profissionais que atuam nas áreas de educação e de proteção à criança e ao
adolescente”.
No Colégio da Polícia Militar, foi proposto pela professora de ciências que seus
alunos do 6º ano do ensino fundamental pesquisassem sobre o bullying.
Através disso, uma aluna relatou já ter sido vítima de bullying e sentiu na pele
que se a brincadeira não diverte a todos, não deve ser feita por ninguém.
Já a RSB-Escolas foi criada uma cartilha que tem o intuito de ajudar as escolas
na prevenção e no combate ao bullying. Essa cartilha procura responder as
questões mais oportunas sobre o tema e ajudar na construção e na
preservação de um ambiente escolar permeado pela cultura do respeito, da
alegria e da paz.
O bullying tem sido classificado em diferentes tipos que incluem o físico, verbal,
relacional e eletrônico (Berger, 2007). O tipo físico envolve socos, chutes,
pontapés, empurrões, bem como roubo de lanche ou material. A tendência é
que este tipo de ataque diminua com a idade. O tipo verbal inclui práticas que
consistem em insultar e atribuir apelidos vergonhosos ou humilhantes (Berger,
2007; Rolim, 2008). Esta forma é mais comum do que o tipo físico,
principalmente com o avanço da idade. O tipo relacional é aquele que afeta o
relacionamento social da vítima com seus colegas. Ocorre quando um
adolescente ignora a tentativa de aproximação de um colega deliberadamente.
Este tipo se torna mais prevalente e prejudicial a partir da puberdade, uma vez
que as crianças aprimoram mais suas habilidades sociais e a aprovação dos
pares se torna essencial (Berger, 2007). O tipo eletrônico, ou cyberbullying,
ocorre quando os ataques são feitos por vias eletrônicas. Esta forma inclui
bullying através de e-mail, mensagens instantâneas, salas de bate-papo, web
site ou através de mensagens digitais ou imagens enviadas pelo celular
(Berger, 2007).
O bullying é a forma de violência que está mais presente no dia a dia da vida
estudantil. Esse fator é visto como um mal aparentemente invisível que em
geral só é identificado quando se está atento aos seus sinais. Trata-se de um
tema crescente, porém ainda pouco explorado.