Bullying
Bullying
Bullying
COMPORTAMENTO AGRESSIVO
ENTRE ESTUDANTES
Coordenação Técnico-Científica:
Aramis Antonio Lopes Neto
Lauro Monteiro Filho
Lucia Helena Saavedra
APRESENTAÇÃO
CONCEITUAÇÃO
O que é Bullying?
Seja qual for a atuação de cada aluno, algumas características podem ser
destacadas, como relacionadas aos papeis que venham a representar:
alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem BULLYING;
alvos/autores de Bullying - são os alunos que ora sofrem, ora praticam
BULLYING;
autores de Bullying - são os alunos que só praticam BULLYING;
testemunhas de Bullying - são os alunos que não sofrem nem praticam
Bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.
E para os autores?
Aqueles que praticam Bullying contra seus colega poderão levar para a vida
adulta o mesmo comportamento anti-social, adotando atitudes agressivas no seio
familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho.
Estudos realizados em diversos países já sinalizam para a possibilidade de
que autores de Bullying na época da escola venham a se envolver, mais tarde, em
atos de delinqüência ou criminosos.
E quanto às testemunhas?
ESTUDOS INICIAIS
Um breve histórico
Programas propostos
a) A maior parte dos alunos entrevistados diz nunca ter sofrido situações de
BULLYING na escola;
b) A maioria dos agressores encontra-se na própria sala das vítimas,
principalmente nas séries iniciais;
c) Os meninos tendem a ser agredidos principalmente por meninos, enquanto
que as meninas por ambos os sexos. Os meninos também admitem agredir
mais do que as meninas;
d) As agressões ocorrem principalmente durante os recreios e na sala de aula;
e) A metade dos alunos entrevistados espera que o professor intervenha nas
situações de agressão na sala de aula.
f) Entre os alunos que se dizem agredidos, 50% admitem que não informam o
ocorrido nem aos professores e nem a seus responsáveis.
Uma vez analisados os resultados, todo o corpo docente deve ser informado
e incentivado a discutir suas implicações, definindo que estratégias devem ser
utilizadas durante o processo de divulgação e sensibilização dos alunos.
- Terceira etapa: FORMANDO UM GRUPO DE TRABALHO
Objetivos específicos
Escolas participantes
População alvo:
Conhecendo a realidade
A captação dos dados para a pesquisa foi feita por meio de um instrumento,
cuja elaboração teve como referência o "Questionário sobre Bullying - Modelo TMR",
adaptado por Ortega, Mora-Mérchan, Lera, Singer, Smith, Pereira & Menesini
(1999), a partir do questionário original de Dan Olweus (1989).
Esse instrumento foi respondido pela totalidade dos alunos de 5a a 8a séries,
presentes no dia de sua aplicação em cada escola.
As escolas foram orientadas a aplicar o questionário em todas as turmas de
cada turno, simultaneamente, evitando-se, dessa forma, a possibilidade de haver
cruzamento de informações entre as turmas, ou de atos de intimidação entre os
alunos.
A tabulação das respostas do questionário foi realizada pelo IBOPE e a análise dos
dados feita pela coordenação do projeto.
CONSELHOS AOS PAIS E EDUCADORES
Se seu filho (filha), apresenta alguns dos sinais descritos acima, pode ser que
ele (ela) esteja sendo alvo de Bullying.
Tente conversar com ele sobre o assunto e, caso ele confirme sua suspeita,
procure o professor e/ou a direção da escola para ajudarem a solucionar o
problema.
Não exija dele o que ele não se sinta capaz de realizar!
Não o culpe pelo que está acontecendo!
Elogie sua atitude de relatar o que o está atormentando!
Aos pais
Se vocês desejam reduzir o Bullying dentro das escolas , aqui vão alguns
conselhos para lidar com isso.
Desde o primeiro dia de aula, avisem aos alunos que não será tolerado
Bullying nas dependências da escola. Todos devem se comprometer com
isso: não o praticando e avisando à direção sempre que ocorrer um fato
dessa natureza.
Promovam debates sobre Bullying nas classes, fazendo com que o assunto
seja bastante divulgado e assimilado pelos alunos.
Estimulem os estudantes a fazerem pesquisas sobre o tema na escola, para
saber o que alunos, professores e funcionários pensam sobre o Bullying e
como acham que se deve lidar com esse assunto.
Convoquem assembléias, promovam reuniões ou fixem cartazes, para que os
resultados da pesquisa possam ser apresentados a todos os alunos.
Facultem a oportunidade de que os próprios alunos criem regras de disciplina
para suas próprias classes. Essas regras, depois, devem ser comparadas
com as regras gerais da escola, para que não haja incoerências.
Da mesma maneira, permitam que os alunos busquem soluções capazes de
modificar o comportamento e o ambiente.
Sempre que ocorrer alguma situação de Bullying, procurem lidar com ela
diretamente, investigando os fatos, conversando com autores e alvos.
Quando ocorrerem situações relacionadas a uma causa específica, tentem
trabalhar objetivamente essa questão, talvez por meio de algum projeto que
aborde o tema. Evitem, no entanto, focalizar alguma criança em particular.
Nos casos de ocorrência de Bullying, conversem com os alunos envolvidos e
digam-lhes que seus pais serão chamados para que tomem ciência do
ocorrido e participem junto com a escola da busca de soluções.
Interfiram diretamente nos grupos, sempre que isso for necessário para
quebrar a dinâmica de Bullying. Façam os alunos se sentarem em lugares
previamente indicados, mantendo afastados possíveis autores de Bullying, de
seus alvos.
Conversem com a turma sobre o assunto, discutindo sobre a necessidade de
se respeitarem as diferenças de cada um. Reflita com eles sobre como
deveria ser uma escola onde todos se sentissem felizes, seguros e
respeitados.
Diga NÃO para o Bullying
Resultados Parciais de Pesquisa
realizada no período de novembro de 2002 e março de 2003.
Internacionalmente são estudadas duas formas de bullying: o bullying praticado na escola (school place
bullying) e aquele praticado no ambiente de trabalho (work place bullying / assédio moral).
Há muitos anos já é intenso o trabalho desenvolvido sobre o bullying, em vários países, por instituições
privadas e governamentais.
No Brasil as pesquisas e a atenção ao tema ainda se dão de forma incipiente.
A ABRAPIA se dedica a estudar, pesquisar e divulgar o bullying desde 2001, tendo a partir de 2003
implantado um programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes, em escolas do Rio.
Bullying – Pesquisa
Com o apoio financeiro da Petrobras e em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) e a
Secretaria de Educação do Município do Rio de Janeiro, a ABRAPIA realizou uma pesquisa no período de novembro e dezembro de
2002 e março de 2003, através de questionários distribuídos a alunos de 5ª a 8ª série, de 11 escolas, sendo 9 públicas e 2
particulares. Alguns resultados dessa pesquisa estão divulgados abaixo. A íntegra foi publicada no livro “Diga Não ao Bullying”,
editado pela ABRAPIA em 2003 e de autoria de Aramis Lopes Neto e Lucia Helena Saavedra.
Diga NÃO para o Bullying
Resultados Parciais de Pesquisa
realizada no período de novembro de 2002 e março de 2003.
População Alvo
8.000
7.000
População
N° %
6.000 Estimada 7.757 100%
Atingida 5.875 75,7%
5.000
Analisada 5.482 70,7%
4.000
3.000
2.000
1.000
0
Estimada Atingida Analisada
Houve um pequeno predomínio do sexo masculino (50,5%) sobre o sexo feminino (49,5%).
Dos 5.482 alunos participantes, 40,5% (2217) admitiram ter tido algum tipo de envolvimento direto na prática do
bullying no ano de 2002, seja como alvo do bullying e/ou como autor.
Diga NÃO para o Bullying
Resultados Parciais de Pesquisa
realizada no período de novembro de 2002 e março de 2003.
Participantes do Bullying
Alvos de Bullying:
16,9%
Alvos/Autores de
Bullying: 10,9%
Testemunhas de
Bullying: 57,5%
Autores de Bullying:
12,7%
Participantes do Bullying
Alvos de Bullying 16,9%
Alvos/Autores de Bullying 10,9%
Autores de Bullying 12,7%
Testemunhas de Bullying 57,5%
Diga NÃO para o Bullying
Resultados Parciais de Pesquisa
realizada no período de novembro de 2002 e março de 2003.
70,00%
60,00%
50,00%
Masculino
40,00% Feminino
30,00%
Tipos de Bullying
20,00% Geral Masculino Feminino
Apelidar 54,2% 50,4% 64,0%
10,00% Agredir 16,1% 27,2% 7,9%
Difamar 11,8% 6,4% 12,3%
0,00% Ameaçar 8,5% 8,9% 7,8%
Pegar/Quebrar pertences 4,7% 2,2% 4,2%
Apelidar
Agredir
Difamar
Pegar/Quebrar pertences
Outros
Não opinou
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Locais de Bullying
Sala de aula Recreio Portão Corredores
Sala de aula 60,2%
Recreio 16,1%
Portão 15,9%
Corredores 7,8%
Total 100%
Diga NÃO para o Bullying
Resultados Parciais de Pesquisa
realizada no período de novembro de 2002 e março de 2003.
Reações dos alunos alvos de bullying
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
s
da
u
di
e
i
la
re
re
ro
ss
o
n
co
ju
ho
in
no
fe
ut
ra
ia
es
op
de
O
/ig
pa
ão
ão
Pe
i
M
fu
N
nç
iq
ão
te
/N
Pe
de
gi
35,00%
30,00%
Me senti triste
Não me incomodou
Me senti bem
comigo
agressor
Diga NÃO para o Bullying
Resultados Parciais de Pesquisa
realizada no período de novembro de 2002 e março de 2003.
30,0%
25,0%
20,0%
15,0%
dir/prof/func visse
Foi engraçado
mereciam o castigo
Eu senti pena do
Não opinou
Eu me senti mal
Preocupado se
Senti que eles
colega
Não opinou 2,2%
comigo
Total 100%