Bullying

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Bullying

Bullying: um problema grave que acontece em todo o mundo, principalmente


nas escolas. Alguns dizem que é um sintoma da geração moderna,
outros dizem que ele já existe há muito tempo, afetando a vida de milhares de
crianças e adolescentes. Mas o que é o bullying e como ele pode atrapalhar o
dia a dia desses jovens na escola? Quais são as consequências desse mal?
Quais as causas? Só existe um tipo de bullying? Essas são algumas perguntas
que vamos responder hoje.

O que é bullying?
A palavra bullying vem do verbo em inglês to bully, que significa intimidar,
oprimir ou amedrontar. Esse termo é utilizado para caracterizar situações em
que uma pessoa agride a outra de forma intencional. Essas agressões podem
ser praticadas tanto verbalmente (através da fala, com insultos, chacotas)
quanto fisicamente e são feitas frequentemente, com o intuito de deixar a
vítima vulnerável e humilhada. Xingamentos, piadas, fofocas, comentários
maldosos a respeito de tal pessoa são considerados bullying quando ocorrem
com frequência, como empurrões, tapas, chutes e outros tipos de violência
física.

O bullying pode ocorrer em qualquer ambiente onde há convívio coletivo,


porém, a escola é onde ocorrem os casos mais preocupantes. Quem passa por
essa experiência tende a não ter mais desejo de estudar ou ir à escola, se isola
e muda de comportamento até mesmo na própria casa. Casos mais graves
podem acontecer, como o trauma profundo, levando a depressão crônica e até
ao suicídio.

De acordo com pesquisas do IBGE sobre a saúde do estudante brasileiro,


quase a metade dos alunos entrevistados já sofreu algum tipo de bullying e se
sentiu humilhado pelos próprios colegas da escola. Destes, 7,4% dos alunos
disseram que isso acontece com frequência e entre os principais motivos
estão a aparência ou por serem diferentes em algum aspecto, como a timidez,
a gagueira, a língua presa, o uso de óculos ou aparelho nos dentes, etc.

Qualquer pessoa pode sofrer bullying. Basta ser alguém que não se encaixa
em um determinado grupo.

O que NÃO é bullying?


“Todo bullying é uma agressão, mas nem toda agressão é classificada
como bullying.”
Nem tudo pode ser considerado bullying. Discussões ou brigas entre os
estudantes não podem ser consideradas bullying, conflitos entre professor e
aluno. Para que seja bullying, o ato deve acontecer entre pares, ou seja,
colegas de sala, por exemplo, e ter uma certa certa frequência. 

Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional, para ser bullying, a


violência física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do
autor em ferir o alvo; a repetição da agressão; a presença de um público
espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. ''Quando o alvo
supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do
autor'', explica a especialista.

Quais os tipos de bullying?


O bullying nas escolas pode acontecer diretamente: com agressão moral ou
física; ou indiretamente, com furtos, fofoca, entre outros. Há também o
cyberbullying, praticado pela internet que é um dos tipos mais recorrentes
atualmente por conta do uso de redes sociais por jovens e pela velocidade do
campartilhamento.

Muitas vezes o bullying pode começar presencialmente e evoluir para o


ambiente virtual, se espalhando com maior facilidade e devastando ainda mais
a vida do estudante. Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de
Valência, na Espanha, entre 25% e 29% dos adolescentes sofrem bullying via
celular ou internet. E evidentemente isso não acontece só lá fora, não. O Brasil
também se encaixa no alerta do ciberbullying.

Um estudo realizado pela Intel Security em 2015 revela que a maioria dos


jovens brasileiros já presenciou casos de agressões nas mídias sociais. Cerca
de 21% afirmaram que já sofreram bullying pela internet e grande parte das
vítimas tem entre 13 e 16 anos. Para você ver que esse é um problema
global que, inclusive, é bem mais complicado de combater do que os casos
presenciais por seu caráter virtual e solitário - muitas vezes os pais não sabem
o que os filhos fazem na web e os agressores não se identificam.

Por que o bullying é praticado?


Pais, escolas e a própria sociedade se chocam com os casos de bullying que
aparecem nos jornais ou na internet. No entanto, poucos sabem o motivo que
os levam a pratica-lo. Entre um dos motivos está o desejo de querer ser mais
popular, sentir-se poderoso, rebaixar os outros para se sentir melhor, obter
uma boa imagem de si mesmo ou até descontar a raiva e outros sentimentos
negativos. Todos esses motivos levam uma criança ou adolescente se tornar
um autor de humilhações ou depreciações aos colegas.

Normalmente, são pessoas que não conseguem enxergar a tristeza do outro e


que ficam felizes com a opressão da vítima. Muita gente pensa que elas fazem
isso por algum distúrbio de personalidade e que elas nunca mudarão.
Realmente, muitos autores de bullying podem crescer imaginando que essas
atitudes são normais e continuar fazendo isso. Porém, é importante saber que
com os cuidados devidos, eles podem perceber que o que fazem é errado e
mudar de atitude a tempo. Isso pode ser feito com a ajuda não só da escola,
mas também dos pais e de psicólogos.

Quais as consequências do bullying?


Os alunos que sofrem ofensas, sobretudo aqueles que não pedem ajuda,
enfrentam várias dificuldades no período escolar. Geralmente eles
sentem medo e vergonha de ir à escola, chegando a reduzir seu desempenho
e até a abandonar os estudos.

 Resistência a ir à escola;

 Tendência ao isolamento;

 Queda no desempenho escolar;

 Mudança brusca de comportamento;

 Agressividade;

 Dor de cabeça, febre e taquicardia momentos antes de sair de casa;

 Perda de apetite e insônia;

 Crises de choro na volta da escola;

 Pensamentos suicidas;

 Paranoias;

 Depressão;

 Transtornos alimentares.

Além de promover uma série de problemas na época em que as agressões


acontecem, os traumas podem perpetuar até a vida adulta.

É importante saber que assim como a vítima, o agressor também pode se


prejudicar em sua jornada escolar, já que passará maior tempo distraído. No
futuro, ele pode continuar com condutas não aceitáveis para a sociedade e não
conseguir se estabelecer em faculdades, trabalhos e até na própria família.

Como identificar alvos de bullying na escola?


Os alvos de bullying nas escolas brasileiras e de todo o mundo são
facilmente identificáveis. É comum que sejam crianças ou adolescentes com
autoestima baixa, tímidos ou retraídos tanto no ambiente escolar quanto em
casa. Por apresentarem essas características, se tornam mais vulneráveis e
dificilmente conseguem reagir quando são violentados. Assim, tornam-se
vítimas constantes e não pedem ajuda.
As agressões também podem abordar aspectos culturais, étnicos e
religiosos. O autor do livro "Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil",
Guilherme Schelb exemplifica : "Também pode ocorrer com um novato ou com
uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas.

Como a escola pode ajudar os alunos afetados?


Primeiramente, a escola deve se conscientizar de que o bullying existe em
qualquer instituição de ensino e que ela deve estar preparada para solucionar
problemas relacionados. Depois, é necessário expandir o olhar para os
diversos tipos de bullying, pois muitas vezes o erro das escolas é acreditar que
a violência física é pior do que as agressões verbais. Muitas vezes, uma
situação de exclusão ou piada é tão dolorida quanto um puxão de cabelo ou
até mais.

Com isso, surge a alta necessidade das escolas brasileiras se adequarem


para reduzir o bullying, valorizar a diversidade e atender todos os alunos. Um
dos fatores que agrava ainda mais o problema é a omissão de professores no
ambiente estudantil, portanto, deve-se utilizar instrumentos de conhecimento
como os cursos EAD para vetar comportamentos errados dos profissionais de
educação. Percebendo a gravidade dessa prática, a intervenção poderá ser
muito mais rápida. 

Reconheça algumas atitudes para a manutenção de um ambiente escolar


saudável:

 Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou


sugestões.

 Estimular os estudantes a informar os casos.

 Reconhecer e valorizar as atitudes deles no combate ao problema.

 Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos.

 Focar em valores essenciais, como o respeito às diferenças e inclusão.

 Fortalecer a autoestima dos alunos.

 Oferecer um ambiente seguro para falar sobre situações diversas.

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