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MATERIAL DE ESTUDO PRELIMINARES

METODOLOGIA DO ENSINO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA

ENSINO DOS EXERCÍCIOS FUNDAMENTAIS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA

A Ginástica Artística é uma atividade repleta de desafios, que possibilita


superações cotidianamente e se apresenta para todos como uma forma de expressão
corporal humana através da arte de realizar movimentos.

A facilitação da aprendizagem dos exercícios é uma tarefa relativamente


complexa, que engloba várias possibilidades pedagógicas. A objetividade na formação
dos hábitos motores globais e da aprendizagem das ações motoras específicas é
determinada pelos caminhos oferecidos aos praticantes. Na aprendizagem e no
desenvolvimento das tarefas motoras é aconselhável que os praticantes sejam orientados
considerando três importantes aspectos:
1 - Percepção global da tarefa proposta;
2 - Aprendizagem, aperfeiçoamento e consolidação dos gestos motores da tarefa
proposta;
3 - Aprimoramento e manutenção constante da forma de execução da tarefa proposta;
Posturas básicas da Ginástica Artística

Posturas básicas são as posições que o corpo pode assumir na realização dos exercícios
da Ginástica Artística, sendo determinantes na execução das tarefas, influenciando a
mecânica das mesmas, além de poderem definir o nível de dificuldade do exercício.

As ações motoras da Ginástica Artística podem ser executadas em diferentes situações,


variando a postura, a combinação, a direção, os planos onde são realizadas e os eixos de
giro. Portanto, é importante que tanto os professores quanto os alunos tenham bem claro
todas estas possibilidades da movimentação humana.
1- POSTURAS BÁSICAS

a- Estendida - O tronco, braços e pernas unidas estão totalmente estendidos sobre


postos numa linha reta do corpo.

b- Grupada - As pernas estão flexionadas com os joelhos próximos ao tórax a


formar um formato arrendado do corpo da ponta dos pés a cabeça flexionada
com o queixo próximo ao peito.

c- Carpada - As pernas estão estendidas, unidas ou afastadas com o tronco fletido


em nível do quadril aproximando as coxas do peito ou vice-versa.
d- Afastada- Quando as pernas estão estendidas e afastadas com o tronco
flexionado ou ereto entre elas e os braços elevados ao lado da cabeça.

e- Selada- é a hiperextensão da coluna vertebral. Normalmente, esta não é uma


postura correta.

f- Mista - A realização de alguns exercícios da Ginástica Artística nem sempre há


definição de uma postura específica, podendo haver a adoção de uma ou duas
posturas simultaneamente.
Planos e Eixos Corporais

A realização dos movimentos humanos se dá de forma tridimensional. Para


descrever estes movimentos é utilizado um sistema de planos e eixos fundamentais.
Estes planos imaginários cruzam o corpo humano formando ângulos retos entre si,
dividindo o corpo pela metade, de forma que a sua interseção se dê no Centro de
Massa do corpo.

O movimento em um plano fundamental sempre acontece em torno de um


eixo fundamental que passa perpendicularmente ao referido plano, podendo, na
Ginástica Artística, haver a realização de movimentos combinados, com execução
em mais de um eixo simultaneamente.

Nesse sentido pode-se classificar o grau de complexidade dos movimentos


da Gin Artística, os quais atualmente são apresentados no Código de Pontuação –
CP, desenvolvido por um Comitê Técnico de especialista na modalidade, masculino
e feminino, de modo a classificar os elementos da modalidade em valores e
classificações.
Valor de Dificultad
Difficulty Value
· A = 0.10
· B = 0.20
· C = 0.30
· D = 0.40
· E = 0.50
· F = 0.60
· G = 0.70
· H = 0.80
· I = 0.90

Organização no CP da Classificação dos movimentos na GA

– 101 a 199 = Dificultad-A


– 201 a 299 = Dificultad-B
– 301 a 399 = Dificultad-C
– 401 a 499 = Dificultad-D
– 501 a 599 = Dificultad-E
– 601 a 699 = Dificultad-F
– 701 a 799 = Dificultad-G
São três os Planos Fundamentais:
∙ Plano Frontal - divide o corpo nas metades anterior e posterior.
∙ Plano Sagital - divide o corpo nas metades direita e esquerda.
∙ Plano Transverso - divide o corpo nas metades superior e inferior.

São três os Eixos Fundamentais:


∙ Eixo Antero-posterior (“A”) - atravessa o corpo da frente para trás, perpendicular ao
Plano Frontal.
∙ Eixo Látero-lateral (“B”) - atravessa o corpo da direita para a esquerda , perpendicular
ao Plano Sagital.
∙ Eixo Longitudinal (“C”) - atravessa o corpo de cima para baixo, perpendicular ao
Plano Transverso.
COMBINAÇÕES DE AÇÕES MOTORAS
SOLO- ESPECÍFICAÇÕES TÉCNICAS DA PROVA

A prova de solo é executada em um espaço de 12m x 12m, constiduido por


molas, tábuas de madeiras, espuma de polietileno e carpete. Tal estrutura, favorece ao
ginasta desempenhar suas acrobacias de maneira mais favorável, evitando dessa forma
lesionar seu aparelho ostéo-muscular ao longo dos treinos e competições favorecidos
pelos impactos constantes dos exercícios.

O tempo de série para o setor masculino dura no mínimo 50”(segundos) e no


máximo 70”(segundos), enquanto no setor feminino, 70”(segundos) mínimo e 90” no
máximo, sendo acompanhada por música instrumentral ou orquestrada não tendo voz.
ELEMENTOS BÁSICOS DE INCIAÇÃO NA
GINÁSTICA

1- ROLAMENTOS (FRENTE E TRÁS)


2- PARADA DE MÃOS
3- ESTRELA
4- PONTES
Elementos Básicos

1-ROLAMENTO PARA TRÁS GRUPADO

Pode ser executado na postura grupado ou carpado(com pernas afastadas ou


juntas)

Partindo da posição de cócoras, de costas para o colchão semifletido e juntos,


tronco inclinado, ventre contraido, queixo contra o peito. Os cotovelos estão elevados,
fletidos, antebraços paralelos, pulso em hiperextensão, palmas das mãos voltadas para
trás, pontas dos dedos próximo aos ombros. O executante deverá rolar sobre as costas
até que a nuca atinja o colchão. Ao colocar as palmas das mãos no solo, dever estender
vigorosamente e impulsionar para cima e para trás, quando o quadril passar da vertical
invertida, de modo que os braços possam sustentar todo o peso do corpo. Ao termino,
apoiar as pontas dos pés no colchão e assumir a posição em pé.

Erros mais comuns:


. Rolar somente sobre um ombro;
. Não grupar o corpo suficientemente;
. Lançar as pernas atrás, muito longe dos pés;
. Girar muito lentamente;
. Finalizar ajoelhado e não na posição de cócoras;
. Dorso reto, hiperextensão da cervical;
. Olhar voltado para cima.

PROCESSOS PEDAGÓGICOS

Canoinha = O executante partindo da posição sentado no solo com as pernas


flexionadas, as mãos colocadas acima dos ombros, com os polegares voltados para os
ouvidos e os braços paralelos, impulsionar o corpo grupado para trás até as mãos
tocarem o solo, e dai retomar à posição anterior.
Erros típicos:
. Não manter os braços paralelos;
. Afastar as mãos dos ombros ao apoiá-las no solo;
. Não manter o corpo grupado ao realizar o balanço para trás;
. Lançar a cabeça para trás ao realizar o balanço;
. Inclinar, ou girar a cabeça para o lado;
. Estender prematuramente as costas e ou os braços.

Plano Inclinado = Sentado na extremidade de um plano inclinado, pés no solo(ou em


suspensão , joelhos flexionados. O tronco deverá deitar em decúbito dorsal com as mãos
apoiadas no plano seguido de uma flexão a nível do quadril (aproximação dos joelhos
ao peito). Em seguida executar uma extensão do cotovelo mantendo o corpo grupado,
finalizando em posição agachado no final do plano inclinado.
Obs: Para aumentar a dificuldade do processo, o plano deve ser rebaixado até um plano
horizontal.¬

Erros mais comuns:


. Idem ao anterior.

APLICAÇÃO DA SEGURANÇA:
A segurança deve ser feita em nível do abdomem e no quadril. No abdomem a
segurança deve exercer uma pressão em posição ao corpo do ginasta(peso), exercida
sobre a região escapular e cervical, facilitando com isto a extensão do cotovelo do
executante, no quadril o segurança deve manter o nível de rotação com o corpo grupado
para que o ginasta não faça a hiperextensão do corpo, também pode ser uma das mãos
na parte posterior das coxas, impedindo assim a extensão das pernas.
Posicionamento do segurança:
Deve estar ao lado do executante de forma que sua posição fique no ponto de
apoio de maior pressão de execução do exercício. Uma mão deve posicionar-se a nível
do abdomem fazendo uma pressão contrária a carga sobre as escápulas e a região
cervical evitando com isso uma pressão sobre esta região. A outra mão do segurança
deve ser colocada na parte posterior do quadril objetivando a manutenção da rotação do
movimento.

ROLAMENTO PARA FRENTE GRUPADO

Para a realização deste rolamento é necessário uma postura inicial adequada,


onde se começa agachado, de frente para o colchão, ponta dos pés com joelho entre os
braços, as mãos devem estar espalmadas no solo correspondendo à largurados ombros.
A cabeça deve estar inclinada até que o queixo toque o esterno.
O rolamento, propiamente dito, é iniciado com a elevação do quadril a uma
altura superior à da cabeça. Com a ajuda das pernas, dá-se impulsão para rolar a frente,
mantendo o queixo colado ao peito e não permitindo que a cabeça toque o chão.

Durante o movimento manter o corpo como uma bola e as pernas unidas e


flexionadas até o término do rolamento, somente as costas devem tocar o colchão.

A conclusão do movimento deve ser feita com as pernas encolhidas e tocando o


solo com os calcanhares, estendendo os braços à frente para auxiliar na finalização do
movimento, que termina na posição inicial.
Variação do Rolamento p/ Frente
. Carpado (pernas unidas e pernas afastadas)

. Rolamento para Frente com pernas afastadas

Partindo da posição de pé, com as pernas unidas, desequilibrando


suavemente o corpo para frente, com ligeira impulsão das pernas, o executante
deverá apoiar as mãos no solo, ligeiramente distantes dos pés, e rolar para frente,
mantendo os joelhos estendidos, com as pernas unidas, afastando-as momentos
antes de se elevar, apoiando ambas as mãos no solo entre as coxas, próximas à
região pubiana, finalizando na posição de pé com as pernas afastadas.

Erros Básicos do Rolamento


. Apoiar as mãos com os dedos unidos;
. Elevação do queixo;
. Afastar os cotovelos;
. Afastar as coxas do peito no final do rolamento;
. Colocar os pés longes das nádegas.

Processos Pedagógicos:
a) O executante em apoio de frente sobre o solo com um auxiliar entre suas pernas,
segurando-o pelas coxas desloca-se sobre as mãos com os braços estendidos auxiliado
pelo companheiro (carrinho de mãos). (desenho p.31)

Erros Típicos:
. O auxiliar não segurar o executante pelas coxas;
. O executante deslocar-se flexionando os braços;
. O auxiliar empurrar o executante com força demasiada.

Segurança:
A nível das coxas, facilitando com isso o deslocamento do executante. Vale lembrar que
a medida que os pontos de apoio da segurança proximar-se do Centro de Gravidade do
executante como também do segurança, acarretará uma facilitação na execução do
movimento.

Posicionamento do Segurança:
De pé, com os pés em posição ântero-posterior, colocando as coxas do executante
próximo de seu quadril.

b) Ajoelhado sobre um plano mais elevado apoiar as mãos no solo, próxima ao plano
elevado, flexionar a cabeça trazendo o queixo ao peito e deixar-se rolar para frente.
(desenho p.32)
Erros Típicos:
. Apoiar as mãos muito longe do plano elevado;
. Deixar de encostar o queixo no peito;
. Não flexionar os braços.

Segurança:
. É feita a nível da região cervical, facilitando a flexão do pescoço (arredondamento da
coluna vertical) do executante, como também protegendo de impactos contra o colchão.
Também intenção de manter o corpo em posição grupada (arredondado) e para manter o
nível de rotação para frente. A outra mão do segurança deve ser colocada na parte
posterior das coxas objetivando o arredondamento da coluna vertebral.

Posicionamento do Segurança:
. O segurança deve estar posicionado ao lado do ponto de apoio(mãos) do executante,
com objetivo de facilitar sua postura durante a execução da segurança. Deve ser
observado a posição que o segurança estabelece para exercer sua função, ressaltando
que um má posicionamento deverá trazer danos na estrutura corporal do segurança por
exemplo: sobre carga na região lombar, na cervical, na parte posterior das coxas, etc.

ESTRELA
Partindo da posição de pé, com os braços elevados, dar um passo à frente, flexionar a
perna de impulsão, apoiar as mãos no solo na mesma direção do pé que está à frente,
formando uma linha imaginária entre eles.
Ao apoiar as mãos no solo, o executante deverá impulsionar a outra perna (perna de
impulsão), passando pelo apoio invertido, mantendo as pernas afastadas, girando em
torno do eixo ântero-posterior até a perna de elevação tocar o solo, ligeiramente
flexionada. Imediatamente a perna de impulsão se aproxima do solo, enquanto as mãos
perdem contato com o mesmo o exercício será finalizado de pé com os braços elevados
e pernas afastadas.

Progressão Pedagógica:
a) O executante deverá ultrapassar um plano elevado apoiando as mãos sobre mesmo
com os braços estendidos e passando por sobre este as pernas alternadamente.

Erros Típicos:
. Flexionar os braços;
. Manter as pernas unidas;
. Deixar os ombros avançar para frente;
. Não elevar o quadril até a vertical.

b) O executante deverá ultrapassar um colchão no sentido transversal em duas linhas


paralelas traçadas no solo, apoiando as mãos entre os limites e lançando alternadamente
as pernas sem pisar nos mesmos, mantendo os braços estendidos e as pernas afastadas.

Erros Típicos:
. Os mesmos citados anteriormente.

c) O executante coloca-se de pé sobre um círculo no solo, devendo apoiar as mãos


neste, impulsionar as pernas retirando o apoio dos pés, procurando girar o corpo em
torno do eixo ântero-posterior até finalizar novamente de pé sobre o círculo. O
executante deve posicionar-se de maneira que sua parte frontal fique de frente para o
interior do círculo.

Eros Típicos:
. Os mesmos citados nos processos anteriores.

Segurança da Estrela:
Deve ser feita a nível do quadril, onde o segurança deve posicionar-se ao lado da perna
de impulsão do executante (pelas costas do executante).

PARADA DE MÃOS
É o elemento que mais favorecerá o executante nos elemntos mais complexos ao longo
da carreira gímnica. A parada de maõs dá ao executante condições de executar todos os
elementos, que envolvam mudança de direção dos movimentos.

OBS: Não basta só a parada de maõs, os atletas devem desenvolver os giros, em torno
do eixo longitudinal e transversal do corpo, para terem maior noção do corpo no espaço,
durante a movimentação, reforçando que estes elementos trabalhados de forma
simutânea facilitará o executante desenvolver suas funções de equilíbrios nas posições
invertidas, seja elas estáticas ou dinâmicas.

VARIAÇÃO DA PARADA DE MÃOS

1-Parada de três apoios


2-Parada de dois apoios
3-Parada de um apoio

1- Envolve o equilibrio por meio do auxilo de três apoios, ou seja, as mãos e a cabeça.
Para se obter um bom equilibrio, é necessário que a base seja forte e real, assim
colocaremos as mãos e a cabeça em forma de um triangulo. É interessante conseguir
cada vez mais equilibrio, na posição grupada:

* Grupada simples
* Grupada com joelhos acima dos cotovelos

É importante o auxilio do professor, no sentido de conseguir a vertical do corpo do


aluno,para que não sofra uma forte queda ao desequilibrar-se.

2-Neste tipo de equilibrio, usamos só as mãos e a força dos braços para nos mantermos
na posição invertida.

- Como conseguir colocar o aluno na posição invertida ?


Com alguns exercícios conseguiriamos isso; assim utilizariamoso auxilio de dois
colegas; o auxilo do plinto ou cavalo; auxilio da parede; auxilio do professor (quando se
quiser conseguir ); tentativa de equilibrio isolado.

OBS: A palma da mão e a movimentação dos dedos iram influir na conquista do


equilibrio e mantê-lo por um periodo maior.
(figura)

3-É uma variação do anterior. Depois do aluno já ter dominadoa parada de mãos, irá
transferir seu peso para um dos braços, simultaneamente e irá retirando o apoio do
outro braço, tentando o equilibrio sobre um braço apenas . Nesse momento ele poderá
optar pelo afastamenta das pernas ou não.
(figura)

PROGRESSÃO PEDAGOGICA
1- A ginasta deverá apoiar as mãos no solo, com os braços estendidos, retirando
ligeiramente o apoio dos pés e elevado o quadril. Sendo que não devem elevar os
calcanhares em vez do quadril e flexionar os braços.
( figura)

2- Em seguida o ginasta procurará bater com os pés um no outro.


(figura)
3- Com o auxilio da parede = O executante estará agachado com as mãos na solo, de
costas para a parede. Deverá apoiar os pés na parede subindo por ela e simultaneamente,
aproximar as mãos desta, uma de cada vez, com os braços estendidos até que todo o
corpo esteja na vertical e a região frontal do tronco esteja encostado a parede.

Segurança:
Deve ser feita a nível das coxas ou do quadril, enquanto que o joelho do segurança deve
ficar no ombro do executante impedindo que este passe a frente acarretando uma queda
do ginasta.
(figura)

4-Com o auxilio de dois colegas = O executante estará agachado com dois auxiliares
colocados um de cada lado; segurando-o com as duas mãos no quadril e impedindo-o
com os joelhos que os ombros se projetem para frente. Os auxiliares elevarão o quadril
do executante e este estenderá as pernas, levando-as à vertical
(figura)

5- O executante deverá estar com uma perna à frente e a outra ligeiramente atrás.
Deverá apoiar as mãos no solo, com os braços estendidos e desta posição realizar o
lançamento alternado das pernas para cima até a vertical.Os dois auxiliares deverão
permanecer um de cada lado do executante, com um dos seus joelhos impedindo a
projeção dos ombros do executante para frente no momento do lançamento das pernas.

6- Sobre um plinto, de mais ou menos cinco caixas, o executante deita em decúbito


ventral, de modo que apenas suas pernas fiquem em cima da tampa do plinto e seu
tronco em posição invertida com as mãos apoiadas no colchão. O executante deverá
elevar as pernas juntas ou separadas, posicionando na parada de mãos.

Segurança:
Deve ser feita nas coxas ou no quadril. Deve ser feita uma intervenção no ombro do
executante de modo que fixe a manutenção do tronco, ombro e braços numa posição de
alinhamento desses segmentos.

SALTO na MESA
* Aspectos Específicis do Aparelho

1-Diferenças da MESA para masculino e feminino:

. A MESA deve posicionar-se a uma altura de 1,35m. no setor MASCULINO e no


FEMININO com altura de 1,25m.
Para execução dos mais diversos saltos o(a) ginasta se utiliza de um trampolim para
impulsão dos mesmos. O trampolim atualmente é feito de fibra de vidro com bases de
madeira ou todo em madeira. Geralmente são utilizados seis molas (modelo nacional)
ou até oito molas no modelo internacional. Sobre a superficie de apoio dos pés é
colocada uma camada de espuma de polietileno seguida de um carpete ante-derrapante

Para efeito deste estudo, analizar-se-á apenas as fases do salto sob a MESA, como
também, os saltos básicos à iniciação da prática deste aparelho, dessa forma o estudo
apresentar-se-á na seguinte forma :

a) Fase do salto sob Mesa-Plinto e suas características


b)Sugestões de atividades para cada fase do salto
c)Análise do salto grupado ( hock )
d)Análise do salto afastado ( grastche )
e)Análise do salto reversão ( Uberschlagen )

Embora os saltos de pernas grupadas e afastadas não posuam valores técnicos de grande
relevância em relação aos grupos de saltos de grande valores. Acredita-se que suas
partes essenciais ( corrida, impulsão, 1º vôo, repulsão, 2º võo e aterrisagem)
contribuirão para o desenvolvimento dos treinos de saltos mais complexos.

MEIOS AUXILIARES PARA APRENDIZAGEM DE SALTO SOBRE O CAVALO

Ao iniciar qualquer salto sob a MESA deve ser dado condições facilitadoras ao aluno
para que ele sinta-se em condições de executar o proposto. Assim, pode ser utilizado
recursos auxiliares como: mini-trampolim, plintos, fosso de espuma, banco sueco,
colchões de diferentes espessuras e densidades, etc.

Para melhor analisar o salto sob MESA, este é dividido em fases de forma que
possamos de maneira analítica entedermos o global.

Fase 1 Corrida
Fase 2 Impulsão (sub-dividido em Pré-chamada e chamada)
Fase 3 1º Vôo
Fase 4 Apoio e Repulsão
Fase 5 2º Vôo
Fase 6 Aterrisagem

Fase 1 - Corrida

É a fase inicial do salto, devendo ser vigorosa, veloz e controlada, devendo ser a mais
rápida possível, pois quanto mais veloz for a velocidade, mais forte será a rotação para a
impulsão.

Fase 2 Impulsão (sub-dividido em Pré-chamada e chamada)


2.1 - Pré-chamada: É a ultima passada antes do contato dos dois pés sobre o trampolim.
Ela deve ser longa e rasante, o máximo possível para poder colocar o corpo numa
posição favorável à impulsão sem frear a velocidade de impulso.

2.2 - O toque com os dois pés sobre a parte mais arqueada do trampolim. O
alongamento das pernas vai acentuar a pressão da parte semi-rígida do trampolim para
dela utilizar a elasticidade. Essa pressão sobre o trampolim será intensificada pelo
abaixamento dos braços ao longo do corpo, em seguida eles serão lançadas para frente e
para o alto, tornando assim mais eficiente a impulsão e a elevação. O alinhamento dos
pés, do quadril e dos ombros sobre um mesmo eixo favorece mais a eleveção do corpo.
Quanto mais esse alinhamento se aproximar da vertical.

Fase 3 - 1º Vôo

É a trajetória do corpo que vai da colocação dos pés sobre o trampolim até a colocação
das mãos sobre o cavalo. A altura e o comprimento do 1º vôo depende da posição do
ginasta na chamada. A ação da abertura permite acentuar a rotação para frente e
recolocar o corpo no alinhamento pernas-tronco-braços antes da colocação das mãos
sobre o cavalo. Essa ação de abertura deve ser breve rigorosa, seguida de uma postura
alongada ao nível do quadril. A cabeça deve esta elevada e o olhar dirigido para o
cavalo.

Fase 4 - Apoio e Repulsão

É a ação dos braços sobre o cavalo, no qual permitirá o executante elevar a trajetória do
segundo vôo e efetuar a segunda reversão. Os braços devem ser mantidas alinhadas com
o tronco, estendidos e unidos. Para que haja um melhor apoio e repulsão(braços), é
preciso que o corpo esteja na posição oblíqua quando as mãos tocarem o cavalo. O
corpo deve girar deslocando-se para frente.

Fase 5 2º Vôo

É nesta fase do salto que pode-se dizer qual o tipo de salto ( grupo estrutural ) e o valor
do movimento segundo CP-FIG. Atualmente alguns saltos já são caracterizados já à
partir do 1º vôo (Yutchenkos).

Geralmente neste momento do salto o ginasta de categoria nacional e internacioal


executa uma rotação no sentido eixo transversal e/ ou eixo longitudinal do corpo. Para
ser considerado um salto de boa qualidade, é necessário que apresente amplitude
considerável com boa postura corporal em sua execução.

A trajetoria desta fase depende essencialmente da corrida e da repulsão dos braços,


ressaltando que o adequado desempenhodos ginastas nas fases anteriores como nesta
necessita de uma boa qualidade de força e flexibilidade corporal do atleta.

Fase 6 Aterrisagem
Fase final do salto, fazendo-se sobre os dois pés, de forma que as pernas cheguem a
posição de semi-flexão dos joelhos e báscula do quadril em ante-versão seguindo
rapidamente de retroversão.

Com relação ao posicionamento dos braços irão variar dependendo do tipo de salto a ser
executado bem como da posição de aterrissagem do corpo em relação a vertical
aparente.

Para um bom desempenho desta etapa do salto, é preciso que desde cedo, na iniciação à
ginástica seja desenvolvidas quedas com as crianças em diferentes densidade de
colchões, alturas e sentidos possibilitando desde cedo um conhecimento corporal mais
aprimorado de suas possibilidades.

PROCESSOS PEDAGÓGICOS

1ª Fase: Nesta fase deve-se trabalhar as corridas diversificadas com características a


sprint. Ex: Corridas de estafetas, brinacadeiras de pegas, barra-bandeiras, etc.

2ª Fase: deve ser trabalhada em conjunto com a primeira fase (corrida).


Ex: . Correr, impulsionar no trampolim e salta com corpo estendido;
. Correr, impulsionar no trampolim e salta com corpo grupado;
. Correr, impulsionar no trampolim e salta com corpo carpado com perna unidas;
. Correr, impulsionar no trampolim e salta com corpo carpado com pernas afastadas;
. Correr, impulsionar no trampolim e salta com corpo executando pirueta no eixo
longitudinal;
. Correr, impulsionar no trampolim e salta para executar o rolamento no plano alto.

3ª Fase: Deve ser trabalhada em conjunto com a fase subsequente e as fases anteriores.
O primeiro vôo é considerada uma fase difícil de estabelecer um conjunto de ações que
possam favorecer sua evolução quando trabalhado de forma analítica, direta no próprio
salto. Geralmente, esta fase é mais trabalhada nos execícios de condicionamento físico,
exercícios que desenvolva os músculos das costas, das escápulas, do quadril, estes
responsável pela abertura do corpo (hiperexternsão do corpo) quando em ação.

Ex: . Apoiado no plinto, saltar três vezes no trampolim, impulsiona as pernas afastadas
para apoiar no plinto;
. Apoiado no plinto, saltar três vezes no trampolim, impulsiona as pernas grupadas para
apoiar no plinto;
. Da corrida curta, impulsionar no trampolim, apoiando as mãos no plinto seguido de
apoio das pernas afastadas no plinto;
. Da corrida curta, impulsionar no trampolim, apoiando as mãos no plinto seguido de
apoio das pernas grupadas no plinto;

SEGURANÇAS
. Deve ser feita no braço e nas pernas para o salto de pernas afastadas, ficando o
segurança ao lado do plinto.
. Para o salto de pernas grupadas, a segurança deve ser feita a nível do braço mantendo
este apoiado no plinto, e das coxas objetivando a elevação do quadril.

4ª Fase: Além do trabalho de preparação física para os ombros e braços, além do


trabalho para os músculos auxiliares ao movimento, deve-se ser dado alguns exercícios
para desenvolver o hábito de repulsionar o cavalo (plinto).
Ex: . Repulsão na parede;
. Caminhar em carrinho de mãos;
. Caminhar na parada de mãos;
. Trabalhos de flexão dos braços em geral.

5ª Fase: Esta fase é uma das mais difíceis de ser treinada, porém vale reforçar que os
pressupostos de execução neste momento, são os elementos como posturas básicas do
solo aos elementos acrobático.

6ª Fase: deve ser trabalhado atividades generalizadas de aterrissagem.


Ex: . Saltar de um plano mais alto para o colchão;
. Saltar para frente a para o alto, finalizando com flexão das pernas ( ± 70º de flexão a
nível dos joelhos);
. Trabalhos de pliometria em profundidade.

SEGURANÇA DO SALTO SOBRE CAVALO

. A segurança do salto sobre cavalo varia dependendo do tipo do salto que o ginasta
executa. As intervenções podem ser feitas desde uma simples ajuda através do toque a
um aviso auditivo para o executante.

Para o Salto de Pernas Afastadas (Gretchen)


. Quando executado de forma global o segurança deve fazer a intervenção nos braços de
forma que o segurança possa manter o executante em sua trajetoria do salto. O ajudante
deve ficar na parte contrária ao lado que o trampolim esta localizado.

Para o Salto de Pernas Grupadas (Hock)


. Pode ser feita do lado do trampolim e/ou do outro lado do plinto. Para o primeiro caso
o executante ainda apresenta dificuldades na elevação do quadril, bem como, o apoio do
quadril. Já para o segundo caso, o executante faz o salto com um nível de repulsão
considerável e com uma postura correta.

EXERCÍCIO DE SALTO SOBRE CAVALO

Os exercício de Salto s/ cavalo geralmente se inscreve nas seguintes categorias:


1-Rotativo Individual: Como o salto da vertical sobre as mãos em que a rotação sobre o
cavalo e do cavalo vá em mesma direção(Readhead,1993).
2- Contra-Rotativo ou Contramovimento: Em que a direção da suspenção(apoio) do
cavalo, é oposta a rotação da suspenção sobre o cavalo, como por exemplo os saltos
grupados,(Readhead,1993).

As Fases do Salto Sobre Cavalo

Para Readhead(1993) é importante descrever as fases constituinte de cada salto para


compreender as técnicas diferenciadas de cada um deles em seus diferentes grupos
estruturais segundo o Código de Pontuação ciclo Olímpico 1993-1996. A partir de
Readhead(1993) classificamos em sete fases para melhor compreensão do salto e com
isso haver as possivéis modificações na estruturação metodológicas na construção dos
saltos.

1ª Fase ou Corrida:
O objetivo da corrida é desenvolver uma velocidade horizontal controlada e impulso
graças a uma aceleração gradual em um espaço consistente e medido.

2ª Fase ou Pré-Chamada:
O salto prévio ou pré-chamada é a fase que se traduz a força da corrida com o contato
com o trampolim com um grande impulso horizontal para cima. Durante as últimas
passadas da corrida os braços se colocam para trás do corpo para ajudar a dirigir-se para
frente do trampolim. O impulso para o trampolim deve ter uma trajetória baixa e para
conseguir mellhores resultados a distância deve ser de aproximadamente 1 vez 1/2 o
comprimento do corpo. Esta distância nos saltos com alta complexidade motora variara
de acordo com os objetivos de performances que se quer conseguir.

3ª Fase ou Apoio ao Trampolim:


Durante o salto com o trampolim é pressionado primeiro o trampolim pelo impulso para
frente e a trajetória do apoio, seguidamente os braços se dirigem para fernte e o corpo
girara pelos pés. Se combinará a inclinação adiante do corpo, a direção dos braços em
direção para frente e para baixo e a força de retorno do trampolim para desenvolver o
impulso e a rotação para frente na subida.

4ª Fase ou Primeiro Vôo:


Esta é a fase que inclue a saida do trampolim e o impulso inicial sobre o cavalo. Deve
adverti-se que uma vez o pé deixa o trampolim o corpo girará alredor do centro de
gravidade do corpo mas que também o grau de rotação requerido para as diferentes
categorias dos saltos variará. A forma do corpo e o ângulo de contato com o cavalo
também variará de acordo com o tipo de salto a ser execultado.

5ª Fase, Apoio no Cavalo ou repulsão:


Para que o impulso do corpo não se perca, a velocidade de repulsão deve ser rápida.
Este requer uma correta tensão corporal e que as partes superior do corpo, os ombros e
os braços sejam resistente para criar a potente velocidade de saida para a altura correta e
a rotação nos saltos que utililizam tais estruturas.

6ª Fase ou 2º Vôo:
O trajeto do centro de gravidade durante o segundo vôo será estabelecido durante a fase
de velocidade de saida desde o cavalo; a altura, a distância e o tempo de vôo variará de
acordo com o tipo de salto que se execute. O segundo vôo contém a esséncia do salto
em que a postura do corpo e a consciência espacial são as características predominantes.
O grau de rotação pode ser afetado durante a suspensão no ar até o ponto que uma
redução do comprimento do corpo incrementará a rotação enquanto que o corpo estirado
girará mais devagar.

7ª Fase ou Chegada:Durante a chegada do ginasta deve reduzir gradualmente o impulso


para frente e a rotação do corpo para conduzir o corpo a que aterrise seguro e em uma
poição estendida controlada. É essencial que o contatos dos pés co a superfície de
aterrisagem frente ao corpo e pernas absorva gradualmente o impulso do corpo
produzindo uma posição semi-flexionada e controlada enquanto que a parte superior do
corpo se atrasa através da elevação dos braços, para frente e para os lados para produzir
uma posição estável.

FORMAS DE INTERVENÇÃO

Atualmente a segurança de um ginasta é de fundamental importância, considerando a


complexidade dos elementos dessa modalidade. Pode-se observar que à partir dessa
preocupação os materiais vem sofrendo constantes modificações na tentativa de facilitar
e melhorar o desempenho do ginasta nos treino e competições. Mas não pode-se deixar
de frisar a importância do professor como orientador no controle da segurança do
material como de sua intervenção na execução de elementos ainda em fase de
construção.

É importante enfatizar que a aprendizagem é composta de diferentes fases para sua


evolução e que cada uma delas fornece diferentes sensações ao aluno, seja através do
método global ou com a ajuda de material pedagógico. Assim, entende-se que a
intervenção durante a execução dos elementos, seja com maior ou menor influência vai
desempenhar um papel importante nas diversas fases da aprendizagem.

Para alguns autores a intervenção pode ser feita através de três formas fundamentais:
. Com ajuda de aparelhos (através dos processos metodológicos);
. Com intervenção verbal (num dos momentos cruciais);
. Com uma intervenção manual (que pode ser realizada nas três formas seguintes -
manipulação, ajuda e parada).

Muitas vezes é difícil definir e estabelecer a fronteira dos três tipos de intervenção
(manipulação, ajuda e parada), porém tentar-se-á dar uma linha orientadora as formas de
interveção.

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