Perguntas para Teórica

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Correias

Quando que se usa um elemento flexível? O que ele tem de característica diferente?

Usa para transmitir potência quando a distância entre eixos é muito grande. O que ele tem de
diferente seria que ele amortece vibração, fusível mecânico, padronizado, facil manutenção,
econômico.

Como que você aumenta a capacidade de uma correia? Como que ela aguenta mais esforços?

Existe 2 maneiras de aumentar a capacidade de carga de uma correia.

1) Aumentar a seção da correia pois haverá mais material para resistir o esforço.
2) A segunda maneira seria aumentar o número de correias para dividir os esforços.

Quais os tipos de correia que existem?

Como que uma polia é capaz de transmitir potência? Qual o princípio de funcionamento?

Em uma correia para transmissão de potência, existe sempre um ramo frouxo (pouco tensionado)
e um ramo tenso (mais tensionado). A transmissão de potência ocorre, pois, essa diferença de
força entre os ramos faz uma força resultando girar a polia.

Qual a principal característica da correia que se diferencia dos outros elementos mecânicos
flexíveis?

A transmissão de potência ocorre por atrito.


O que é creep ou fluência elástica e como ela ocorre? Porque ela ocorre nas correias e
não em outros elementos mecânicos flexíveis? Qual a consequência de sofrer o creep? Esse
efeito é significante na prática?

Como existe uma diferença de forças entre o ramo tenso e frouxo, à medida que se caminha
do ramo frouxo para o ramo tenso pela polia, a força vai aumentando exponencialmente até
maximizar com o valor da força do ramo tenso. Cada elemento que está em contato com a polia e
correia sofre deformações diferentes devido a essa variação de força. Essa variação de deformação
provoca um deslizamento natural na correia chamado creep ou fluência elástica.

O creep é algo único das correias pois ela só ocorre devido a transmissão ser por atrito. Essa
diferença de forças causado pelo atrito não é observada nos cabos de aço nem nas correntes.

A consequência principal do creep é que ela provoca uma variação da relação de


transmissão, apesar de ela ser pequena. Se o i for 2, ele varia entre 1,99 e 2,01.

Dependendo da aplicação, o creep é significante sim. Por exemplo, nos casos em que se
deseja sincronismo, a correia não serve (motor de combustão, leitor de vídeo-cassete) pois a
variação do i compromete esse sincronismo.

O creep é a única forma de ocorrer deslizamento entre a polia e a correia? Se não, qual o outro
tipo e como ela ocorre?

O creep não é o único modo, existe o deslizamento causado quando a tensão inicial aplicada é
muito pequena. Ela ocorre quando a força de compressão da correia sobre a polia é insuficiente,
não desenvolvendo o atrito necessário entre elas para transmitir a potência do melhor modo
possivel.

Compare as 2 formas de ocorrer deslizamento.

Ambos os efeitos diminuem o rendimento da transmissão.

O creep é inevitável, pois é consequência da elasticidade do material da correia, porém a perda


decorrente é pequena e não afeta de modo sensível a transmissão.

O deslizamento, quando excessivo, além de diminuir apreciavelmente o rendimento da transmissão,


gera calor capaz de danificar a superfície da correia. O deslizamento é evitado com a aplicação de
uma tensão inicial adequada.
Qual a importância de aplicar a pré-carga na correia?

Lembrando da equação de Euler, você precisa aplicar uma pré-carga para conseguir transmitir
torque (ter atrito). Sem ela, não tem torque. Maior o torque que quero transmitir implica maior pré-
carga e maior diferença de forças.

Além disso, a aplicação correta da pré-carga evita o deslizamento,

Quais são os fatores que podem afetar a vida útil de uma correia plana:

- A severidade do flexionamento na polia e seu efeito na vida da correia são refletidos em um fator
de correção de polia Cp. MAIS IMPORTANTE
- Velocidade em excesso a 3 m/s e seu efeito na vida da correia são refletidos em um fator de
correção de velocidade Cu. MAIS IMPORTANTE
- Condições de Operação (fator de serviço)
- Ambiente (abrasivo ou corrosivo)

Qual a vantagem de usar uma correia, de modo geral?

Econômica

1) Padronizado (fácil de achar)

2) Facil montagem

3) Facil manutenção. Como é fácil de achar uma correia padronizada, é fácil trocá-la também

4) Não necessita de lubrificação porque a transmissão é por atrito (o lubrificante ia atrapalhar o


atrito)

Segurança

1) Reduzem choques e vibrações


2) Atuar com fusível mecânico
3) Silencioso

Versatilidade

1) Permitem grandes variações de velocidade

2) Possibilitam a rotação no mesmo sentido ou sentidos opostos dependendo da configuração


Qual a vantagem e desvantagem de usar correia plana, V e
dentada?

Correia Plana:

Vantagem: Silenciosas, eficientes em altas velocidades e podem transmitir grandes quantidades de


potência entre centros a grandes distâncias.

Desvantagem: Desgaste maior, creep

Correia V:

Vantagem

- Várias correias trapezoidais podem ser usadas em uma única roldana, perfazendo assim um
acionamento múltiplo

- Redução do atrito (menos desgaste), com isso, ganho de capacidade

- Menos ruído e menores cargas

Desvantagem:

1) Um pouco menos eficiente do que a correia plana


2) Fabricados em comprimentos padrão enquanto a correia plana pode ser fabricada com
qualquer comprimento
3) Alinhamento das polias é mais crítico no caso da correia em V
4) O efeito da força centrífuga é mais pronunciado na trapezoidal devida a sua maior
espessura. Isso é um fator limitador para a velocidade
5) Por causa da maior espessura, o efeito da flexão é mais pronunciado
6) Distância entre centros mais curto do que a correia plana porque a vibração excessiva do
lado frouxo encurtará a vida da correia materialmente.
Correia Dentada / Sincronizadora:

Vantagem:

–Não há deslizamento entre a correia e a polia; (combinam as características de leveza e velocidade


das correias planas e V, com as características de correntes, sendo sincronizadas)

–Não sofrem alongamento (Ocorre na correia em V, gerando creeping);

–Não sofrem efeito poligonal (transmissão a velocidades constantes) (Já na corrente, como há uma
variação de velocidade na saída, isso ocorre);

–Não necessitam de lubrificação (Correntes precisam);

–Seu funcionamento não depende de tensão inicial; (Temos a transmissão por engrenamento,
assim, diferente das correntes, não precisamos daquela grande tensão inicial, MAS não pode ficar
frouxa na polia, porque se não pularia dentes transmitindo. Assim, uma tensão mínima inicial é
necessária, para que ocorra esse engrenamento)

–Utilização em amplas faixas de velocidades (Nas correntes por exemplo, se utilizarmos em alta
velocidades temos muito ruído);

–Transmitem grandes torques a altas velocidades;

–Produzem pouco ruído (Não acontece o choque que ocorre na corrente);

–Alta eficiência, entre 97% e 99%;

–Podem ser utilizadas para acionar várias polias (Também ocorre nas correntes);

–Resistentes à corrosão;

–Resistentes à abrasão;

Desvantagem:

- Muito mais caro

- Em casos de alta potência em baixas velocidades, ela pode não atender enquanto a corrente
poderia

- A distância entre centros é limitada quando comparado ao cabo de aço por exemplo.

- Dificuldade de especificar em relação as correias normais

- Limitação de tamanho
Quais as diferenças entre dentes trapezoidais e curvilíneo na correia sincronizadora?

O perfil curvilíneo apresenta caraterísticas desejáveis e superiores ao trapezoidal

–Maior profundidade do dente, diminuindo a chance de perda de posição relativa (ou seja diminui
a chance dele pular);

–Construção mais leve;

–Menor concentração de tensão no dente, uma vez que a área de contato é maior;

–Maior resistência ao cisalhamento devido a mais área transversal;

–Com uma mesma largura, operam a cargas mais altas, diminuindo o custo;

- O curvilíneo transmite 30% mais potência comparado com a correia sincronizadora

- Mais caro

Qual o material utilizado em cada correia?

Uma correia em V é feita de tecido ou corda, usualmente algodão, raiom ou náilon e impregnada
com borracha.

Correias planas são feitas com uretano e também de tecido impregnado de borracha reforçado
com fio de aço ou cordas de náilon para absorver a carga de tração

Correias sincronizadoras são feitas de um material emborrachado e fio de aço (para resistir altas
cargas de tensão). Eles possuem um revestimento de náilon na região dos dentes para ter
resistência à abrasão durante o engrenamento.

Observe as 2 imagens abaixo. Qual a principal diferença entre esses gráficos e porque ela ocorre?
As trações em correias planas mostradas na figura a esquerda ignoraram a tração induzida
por flexão da correia ao redor das polias. Esta é mais pronunciada com correias em V, como mostra
os picos de tensão na figura da direita.
Esse pico ocorre nas correias em V porque a maior espessura dela faz com que o efeito da
flexão seja mais pronunciado.

O que influencia a vida da correia em V? O que você considera ao calcular essa vida da correia?
Quais os fatores?

Quando você for calcular a vida da correia em V, é preciso ter em mente que além da tensão de
tração, existe agora uma tensão de flexão a ser considerada.

1) Diâmetro da polia: se o diâmetro for muito


pequeno, você está impondo uma curvatura mais
severa na sua correia V, aumentando a tensão (tração
em um lado e compressão no outro) e diminuindo a
vida útil.
2) Tensão de Montagem / pré-carga: se tiver
subtracionada, haverá deslizamento e geração de calor
devido ao atrito entre a correia e a polia. Se tiver
supertracionada, diminui a vida das correias e dos
mancais
3) Fator de ângulo de abraçamento / arco de
contato: maior o ângulo, mais contato, portanto
distribuição mais uniforme de forças e maior a vida útil
4) Fator de comprimento: menor o comprimento,
menor a vida útil
5) Velocidade: 5m/s < e >25m/s não é recomendado
por causa da força centrifuga alta e mais vibrações
6) Polias Tensionadoras: também chamado de esticador, ela é usada quando a distancia
entre centros é muito pequena, quando a correia é muito comprida ou quando um lado
está muito frouxo. Ela faz com que a correia exerça o seu movimento corretamente nesses
casos mais severos. Em alguns casos, uma polia intermediária ou polia tensionadora pode
ser utilizada para evitar ajustes de distância entre centros que se fazem necessários,
normalmente, por causa da idade ou instalação de novas correias.
Se for instalado errado, ela pode causar desalinhamento e mudanças no ângulo de
contato, diminuindo a vida útil. Além disso, se estiver mais tensionada que o devido, o
torque fica em excesso e acaba reduzindo a vida útil estimada. Deve-se então utiliza-la com
uma tensão pré-determinada, que não esteja tão alta, mas que seja suficiente para dar o
atrito necessário para funcionamento.
7) Picos de tensão e flexão
Qual o motivo de você preferir uma correia sincronizadora? Quais são alguns exemplos de
utilização para usar correia sincronizadora?

Você usa a correia sincronizadora quando você necessita de movimento preciso, de sincronia, ou
sistema mais leve e eficiente. Alguns exemplos de aplicação são reômetros, robôs quanto se trata
do posicionamento e na própria impressora 3d do PET.

Em relação a corrente, quais as DESVANTAGENS dela em relação a correia sincronizadora? Em


termos de manutenção, tem alguma diferença? Em relação a eficiência tem alguma diferença?

Na correia, se tiver velocidade alta não haverá ruído, enquanto na corrente haverá. A correia
desse tipo não precisa de lubrificação. A correia sincronizadora é mais eficiente que a corrente

Por que a velocidade é uma característica crítica na transmissão por correias?

Porque a transmissão é feita por atrito, dessa forma, a velocidade tem um limite a fim de evitar o
deslizamento e superaquecimento. A velocidade ideal da transmissão por correia é 20m/s, mas
existem correias com velocidades de 5 a 25 m/s. Valores abaixo e acima deles dao problema.
Características da corrente do tipo Galle.

São correntes mais simples, de difícil utilização. Elas são compostas por placas laterais e pinos, sendo
que as placas laterais são as principais responsáveis por resistir os esforços. Quanto maior as placas,
maior a capacidade de carga.

Essa corrente é sujeito a muito desgaste e fadiga pois toda a carga é absorvida pelas placas e pinos.
Além disso, o pino se choca diretamente com a engrenagem de corrente, desgastando e fadigando
também.

Ex: Portões e transmissão de pequenas potências em baixas rotações. (0.5 m/s)

Características da corrente Lamelar ou Zobel

Tem reforços nas placas laterais, possuindo mais superfície de contato, aumentando a capacidade
de carga quando comparado ao tipo Galle. Pinos podem ser oco, reduzindo o peso, podendo ser
utilizada em velocidades maiores. As limitações ainda são os pinos/placas.

O que é o efeito poligonal?

É um efeito que ocorre devido a diferença de posição entre o dente da roda dentada e o rolete no
desengrenamento. Essa diferença de posição faz com que o valor do raio do elo varie à medida que
o contato é perdido. Como v = w*r sendo w constante, a velocidade tangencial da corrente varia.
Essa variação da velocidade da saída pode aumentar a fadiga e o desgaste da corrente.
O que causa e como resolver o efeito poligonal?

O efeito poligonal gera vibração e variação de altura e velocidade. Para atenuar o efeito
poligonal, deve-se aumentar o número de dentes. A variação da velocidade cordal (tangencial)
vai de 20% entre 0 e 10 dentes, para tendência a 0% com 30 dentes.

Características da corrente de Rolos

É a mais utilizada. Composta por diversos elos sendo cada um deles composto de placas, roletes,
grampos ou anéis e pinos. Os dentes das engrenagens se acoplam com os roletes rotativos, onde o
desgaste do pino é reduzido, pois acontecem contato do tipo deslizante e rolante, suavizando o
contato, diminuindo atrito aumentando capacidade de carga. Componentes: Placas laterais, roletes,
grampo ou anel, bucha e pino.

Características da corrente silenciosa

Placas laterais fabricadas em formas de dentes invertidos (ao invés do dente ser para fora, ele é
para dentro) que se acoplam com os dentes da engrenagem, ocorrendo o engrenamento. Esse
engrenamento é mais suave, tendo menor vibração e choque e podendo ser usado em velocidades
maiores. Suportam maiores cargas devido a maior quantidade material que às outras, tendo maior
quantidade de pinos. No entanto é mais cara de fabricar.
Vantagens e Desvantagens da transmissão por corrente em relação à transmissão por correias:

Vantagens
• Transmissão de maior potência/torque EM VELOCIDADES BAIXAS
• Permite a variação do comprimento, com a remoção ou adição de elos;
• Menor carga nos mancais, já que não necessita de uma carga inicial;
• Não há deslizamento já que a transmissão é por engrenamento;
• Bons rendimentos e eficiência, equivalente a correia (98%)
• Longa vida, equivalente a correia;
• Permite grandes reduções (i<7)
• São mais tolerantes em relação ao desalinhamento de centros;
• Transmissão sincronizada pois não tem creep
• Mais tolerante a condições severas de operação (umidade, aspersão de óleo);

Desvantagens
• Articuladas em apenas um plano, não sendo possível configurar fechada;
• Desgaste devido a fadiga e tensão superficial;
• Não absorvem os choques na transmissão (as vezes impõe choques na transmissão);
• Geram ruídos e vibrações em velocidades elevadas; Não usa em altas velocidades
• Necessitam de lubrificações;
• Necessidade de proteção contra poeira e sujeiras;
• Menor velocidade de operação devido a questão da vibração;
• São mais pesadas;

Quais elementos compõem a corrente de rolos e sua principal função.


Cite 4 Recomendações básicas de projeto.

• A relação de transmissão não deve ultrapassar 7 (i ≤ 7).


• O nº de dentes do pinhão deve, sempre que possível, ser maior do que 17, para minimizar
o efeito poligonal.
• O nº de elos da corrente não deve ser múltiplo do no de dentes pinhão nem da coroa, para
evitar que um determinado dente e um rolete específico se encontrem com frequência,
prevenindo o desgaste.
• Podem ser utilizados estiradores, tensores para compensar o alongamento e/ou a
diminuição do espaço, mas nunca no ramo tenso da corrente.
• Armaduras e proteção são frequentemente utilizados e fortemente recomendados.

Quais são os fatores que afetam a vida de uma corrente e como?

Fator de número de correntes: mais correntes, divide melhor os esforços


Fator número de dentes: mais dentes, menor o efeito poligonal: Maior vida útil.

Qual a diferença do lubrificante manual e o por gotejamento?

A lubrificação manual é feita frequentemente, a partir de uma operação manual, realizada por
alguém, que adiciona óleo lubrificante ao sistema de corrente. Já a lubrificação por
gotejamento, é realizada de maneira periódica, automaticamente, na qual um reservatório de
óleo lubrificante, fornece o óleo para o sistema de correntes na forma de gotas, que “caem”
sobre a corrente de maneira periódica.

Qual a importância da lubrificação nas correntes? Por que utilizar?

As correntes apresentam diversas partes com movimento relativo entre as mesmas e que para
diminuir o desgaste e o aquecimento necessitam de lubrificação. Além da redução do desgaste, a
lubrificação protege a corrente de partículas provenientes do desgaste e do ambiente externo, além
de proteger contra a corrosão.

Cabos de Aço

Quais são os critérios para retirada de serviço de um cabo de aço?


Esmagamento, diminuição do diâmetro, quebras de arames concentrado, deformações
consideráveis, colapso da alma, evidências de queimaduras de solda ou de dano causado por
excesso de temperatura ou se houver contato com linhas de alta tensão.

Quais os tipos de cargas que cabos de aço estão sujeitos a resistir?


As situações mais comuns de carregamento em cabos de aço podem ser resumidas em:

•tração simples;

•tração dinâmica;

•tensão de flexão devido ao dobramento em torno da polia;

•verificação de fadiga em cabos de aço

•alongamento.

O que os números 22x6x19 representam?


Diâmetro de 22mm, número de pernas = 6, número de arames por perna = 19
Qual a relação entre o número de arames por fio, resistência e flexão?

1. A flexibilidade de um cabo de aço é inversamente proporcional ao diâmetro dos arames


externos do mesmo.
2. A resistência à abrasão é diretamente proporcional a este diâmetro.

Composição com arames externos mais finos quando prevalecer o esforço de fadiga de
dobramento;

Composição de arames externos mais grossos quando as condições de trabalho exigirem grande
desistência à abrasão.

Quanto maior o número de arames, mais finos estes são, proporcionando maior flexibilidade

Cite os dois tipos de sentidos enrolamento e sua relação entre flexão e resistência.

TORCEDURA REGULAR ou CRUZADA - os fios de arame e as pernas são torcidos em sentidos opostos;
são mais fáceis de manusear e são mais flexíveis, porém menos resistentes à tração e ao desgaste.

TORCEDURA PLANA, LANG ou PARALELA - os arames e as pernas são torcidos no mesmo sentido;
porém menos flexíveis e mais difíceis de manusear.

Cite 3 Composições de Alma

•Alma de Fibra – AF: Composto por fibras vegetais naturais (sisal, rami, cânhamo) embebidos em
óleo (redução do desgaste e proteção contra corrosão e desgaste);

•Alma de Fibras Artificiais – AFA: Composto de fibras artificiais, geralmente de polipropileno. Não
deterioram em contato com a água ou substâncias corrosivas.

•ALMA DE AÇO – AA, formada por uma perna do próprio cabo de aço.

-ALMA DE AÇO DE CABO INDEPENDENTE – AACI, formada por um cabo de aço independente.
Combina as características de flexibilidade e resistência à tração.
Fabricação de Engrenagens

Qual o principal problema quanto aos defeitos superficiais na fabricação de engrenagens, como
por exemplo, a rugosidade?

Desgaste. Mas pode citar um pouco de concentrações de tensões também

Qual a diferença de fabricação de engrenagem por conformação e metalurgia do pó.

Na metalurgia do pó, metais em pó são prensados em cavidade metálica e pré-aquecidos


(sinterizados) para aumentar a resistência. Método utilizado para engrenagens de pequeno
tamanho, possui precisão similar às engrenagens de moldes fundidos. Além disso, A fabricação
de engrenagens de grandes dimensões é dificultada devido às limitações das prensas de
compactação e à dificuldade de comprimir uniformemente um grande volume. As propriedades
são controladas pela mistura de vários pós metálicos.

Já na conformação temos a característica de fabricar utilizando esforços diretos para a


modelagem dos dentes, podendo ser utilizado para fabricação de grandes peças.

Qual a diferença entre o processo de geração e de formação de engrenagens?

No de formação empregamos uma ferramenta que transmite a forma do seu perfil à peça com os
movimentos normais de corte e avanço, não ocorrendo um engrenamento. A ferramenta tem o
formato do espaço que deve ser usinado (vão do dente), portanto para este processo a usinagem,
na maioria das vezes, é feita dente a dente

Para o processo de geração, o blanque (engrenagem) e ferramenta de corte são continuamente


“engrenadas”, ou seja, conjugadas entre si e, portanto, a forma do dente da engrenagem é gerada
pela ferramenta.

Quais são os 4 tipos de processos de fabricação de engrenagens e como se diferencia esses 4?

Existe a Usinagem, Conformação, Metalurgia do Pó e Fundição.

• A usinagem se baseia na perda de material / formação de cavaco (tensão maior que a tensão
de ruptura).
• A conformação se baseia em aplicar tensões abaixo do limite de ruptura, mas acima da
tensão de escoamento, deformando o material.
• Em Metalurgia do Pó, você aplica temperaturas abaixo da temperatura de fusão, porém
altos. Os metais em pó são prensados em cavidade metálica e preaquecidos (sinterizados)
para aumentar a resistência.
• Fundição se baseia em fundir o material e colocá-lo em um molde com a forma de
engrenagem

Cite alguns exemplos de fabricação de engrenagem por formação e diferencie-os

Aplainamento, Fresamento, Brochamento

Brochamento: Ferramenta de corte que tem o formato do espaço de dentes total da engrenagem.
Ela entra no furo da peça removendo o material, formando dentes internos ou externos. Processo
mais rápido.

• Aplainamento: a engrenagem vai imprimir o formato do dente a partir de vários passos.


Ocorre a retirada do sobremetal por um movimento linear e o corte é feito em um único
sentido

Como o passo é irregular, temos um erro natural devido ao processo de fabricação. Além disso,
na zona de primeiro impacto não temos um acabamento tão bom. Processo lento, mas de baixo
custo)

• Fresamento: Os dentes são cortados progressivamente na peça por uma série de cortes
feitos por uma ferramenta de corte chamada de Caracol.

Quais são os 2 processos de geração de engrenagens? Diferencie e caracterize-os.

Os processos de geração seriam o de fresagem pelo processo Renânia e pelo processo Fellows.

• Processo Renânia: A característica principal desse processo é o movimento sincronizado de


giro entre a peça e a ferramenta, a fresa caracol. A vantagem do movimento sincronizado é
que ele possibilita maior produção de peças bem como exatidão em suas medidas.
Acabamento superficial bom.
Não fabrica dente interno, nem dente escalonado e espinha de peixe. Um excelente
acabamento superficial pode ser conseguido por este método, e é um dos mais usados para
a produção de engrenagens.

• Processo Fellows: O aspecto construtivo da fresa mais os movimentos que ela executa,
constituem uma das vantagens do processo Fellows, pois são eles que permitem fresar
engrenagens com dentes escalonados internos ou externos em um mesmo eixo. Custo
mais alto. Qualidade superficial boa já que não tem um choque entre ferramenta e peça.

A fresa parece uma engrenagem de dentes retos, mas os dentes têm um formato de cunha.
Sobre qualidade, quais são os parâmetros que se olha para verificar essa qualidade do dente? Ou
seja, onde que se pode ver essas falhas de qualidade?

Desvio de passo individual, acumulado e total: esse erro


pode gerar choques, interferência

Desvio do perfil: se a curva não for bem envolvente, a força mudará pontualmente, criando choques
e fadiga maior. Ocorre se molde tiver errado ou ferramenta empenada.

Desvio da linha de flanco: Se a linha desviar muito de uma reta, gera-se concentradores de tensão
(área de contato menor), gerando fadiga superficial e crateramento.
Erro de concentricidade: Os círculos primitivos se distanciam e se
aproximam, gerando concentradores de tensão e mais desgaste.

O que a escolha no acabamento final interfere na engrenagem?

No efeito dinâmico, qualquer defeito se propaga de forma mais intensa.

Se pegamos uma engrenagem fabricada sem um acabamento final adequado, vemos que o
acabamento superficial traz certa imperfeição à face. Tal fato faz que a linha de ação, os círculos
primitivos, não se encostem por completo como deveriam, encostando apenas alguns pontos,
concentrando tensão e reduzindo a vida útil.
Sem-fim e coroa

O que acontece com a velocidade da coroa se aumentar o número de entradas do sem-fim?

A velocidade aumenta, porque com o aumento de entradas você diminui a razão de


transmissão. Além disso o avanço aumenta, já que é o número de entradas X passo axial.

Qual a diferença de simples envolvimento e duplo envolvimento?

No duplo envolvimento o sem-fim é abaulado, o que faz com que mais dentes fiquem em contato
com a coroa.

Quais as vantagens e desvantagens do coroa sem fim?


Vantagens: Simplicidade, baixo custo, altas reduções, fácil manutenção, baixa capacidade térmica
(armazenar calor).

Desvantagens: Baixa eficiência a reduções altas e com angulo de hélice pequenos.

Redutores

Quais as características dos redutores cilíndricos?

São simples, tem médio custo, transmitem grandes torques, são pesados e tem alta eficiência.

Quais as características dos redutores planetários?

R: podem ter grandes reduções num pequeno espaço, são eficientes, porém tem custo elevado
devido a sua fabricação.

Rolamentos

Quais tipos de rolamento utilizados quando há desalinhamento?

Rolamento autocompensador de esferas ou autocompensador de rolos.

Quanto a fixação nos eixos, como um par de mancais devem ser fixados? Cite brevemente a
função e diferencie eles em relação aos esforços suportados.

Na montagem dos eixos, geralmente são requeridos dois rolamentos para suportar e fixar o eixo
radialmente e axialmente em relação ao alojamento estacionário. Estes dois rolamentos são
denominados de rolamentos do "lado fixo" e do "lado flutuante".

Lado FIXO: O rolamento do lado fixo "fixa" ou controla os movimentos do eixo axialmente em
relação ao alojamento

Lado FLUTUANTE: O rolamento do lado flutuante se movimenta ou "flutua" axialmente em relação


ao alojamento e por isto é capaz de aliviar a fadiga causada pela expansão e contração do eixo em
função da variação da temperatura, e permite desalinhamentos causados por erros de fixação.
O rolamento do lado fixo tem a capacidade de receber cargas axiais e radiais, e por este motivo deve
ser selecionado um rolamento capaz de controlar movimentos nos dois sentidos.

O rolamento do lado flutuante recebe unicamente cargas radiais (move axial livre), e por esta razão
os mais indicados são os rolamentos que permitem movimento axial livre, ou rolamentos com anéis
internos ou externos separáveis.

Quais são as diferenças entre os rolamentos de esferas e de rolos?

Rolamento de Esferas: Superfície de contato Oval. Há pouca resistencia ao giro. Recomendado para
baixos torques e altas velocidades. Pouca capacidade de carga, porém resiste cargas axiais e radiais

Rolamentos de Rolos: Superfície de contato retangular. Resiste torques de rotação maiores. Maior
capacidade de carga. Necessita de conicidade, caso seja solicitado esforços axiais.

Cite 3 falhas dos mancais e suas causas.

Descascamento:

• Excesso de carga, manejo inadequado ou fadiga normal da vida;


• Montagem inadequada
• Precisão incorreta no eixo ou alojamento
• Folga insuficiente
• Queda da dureza em razão de temperaturas altas anormais

Manchas:

• Lubrificação inadequada
• Presença de partículas estranhas
• Afinamento das pontas dos corpos rolantes
• Ruptura da película lubrificante na borda devido ao excesso de cargas axiais
• Deslizamento excessivo dos corpos rolantes

Travamento:
• Folga insuficiente
• Lubrificação insuficiente ou imprópria
• Cargas excessivas
• Corpos rolantes afinados nas extremidades

Cite brevemente sobre rolamentos cônicos.

Os rolamentos de rolos cônicos são construídos de tal forma que as linhas centrais das pistas dos
rolos convergem para um ponto comum. Usado em transmissão de cargas combinadas.

Quais parâmetros estipulam a vida útil de um mancal de rolamento?

• Tipo de rolamento
• Capacidade de carga dinâmica
• Carga dinâmica equivamente
• Velocidade de rotação

Quais são as Características do mancal de deslizamento?

- Atrito menor do que o de rolamento. Se o mancal for bem dimensionado, não haverá contato
metal-metal, o eixo fica suspenso numa película finíssima de fluido.

- Invés de ter elementos rolantes, ele tem um elemento de baixo atrito chamado bucha / bronzina/
casquilho. Superfície onde vai ficar o lubrificante que impede o contato do eixo com a carcaça

- Como não há contato, teoricamente, metal-metal, a confiabilidade dele é altíssima (99,9%).

- Se parar o giro, o eixo assenta na bucha. Até voltar a ficar suspenso quando girar, ocorre contato
metal-metal e aumenta o desgaste. Por isso não é bom ligar e desligar o carro ou o rolamento.

- Se o seu processo precisa parar e recomeçar continuamente, é melhor não usar um mancal de
deslizamento

Compare os mancais de rolamento com os de deslizamento

Comparando com os mancais deslizantes, todos os rolamentos apresentam as seguintes vantagens:

1) O coeficiente de atrito estático é menor e há uma pequena diferença entre este e o


coeficiente de atrito dinâmico
2) São de fácil lubrificação e consomem pouco lubrificante
3) Como regra geral, um rolamento pode suportar cargas simultaneamente em ambos os
sentidos, radial e axial enquanto o de deslizamento não
4) Podem ser utilizadas em aplicações de alta e baixa temperatura. O deslizante não pode
porque pode mudar as propriedades do lubrificante

Como que funciona um mancal de deslizamento e onde que usa?

O funcionamento de um mancal de deslizamento depende da formação de uma película de


lubrificante (contato eixo x mancal), a qual somente será formada a partir do movimento relativo
de escorregamento entre as partes do mancal e eixo. Tal condição se traduz em coeficientes de
atrito sensivelmente mais elevados e um elevado consumo de lubrificante.
São usados em máquinas pesadas ou equipamentos de baixa rotação pois a baixa velocidade
evita superaquecimento dos componentes expostos.

Como que funciona um mancal de rolamento e onde que usa ele?

O mancal de rolamento é um elemento de máquina que fornece suporte ao eixo, utilizando


esferas ou cilindros de metal para transmitir a carga para a pista que suporta a carga. Esse mancal,
através do efeito de rolagem, permite o movimento relativo controlado entre 2 ou mais partes.
Compreende os chamados corpos rolantes, os anéis que constituem os trilhos de roladura,
diminuindo o atrito de um eixo giratório em sua base fixa

Quando necessitar de mancal com maior velocidade e menos atrito, o mancal de rolamento é o
mais adequado.

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