Proteção Elétrica Por Aterramento e Por Interruptor DR

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Proteção Elétrica por Aterramento e por Interruptor DR -

Preparando a Instalação Residencial para os Veículos


Elétricos
Eu poderia desejar dizer que, uma das maiores boas razões para se trocar o sistema de aquecimento de água
para chuveiros, de principio de funcionamento elétrico para o de funcionamento a gás, seria por questão da
segurança e que os chuveiro elétricos não são tão seguros mas, isso não seria uma verdade.
Tecnicamente falando, por definição de normas, um chuveiro elétrico é um aparelho elétrico de aquecimento
instantâneo de água, aberto, instalado em um ponto de utilização cujo sub-ramal hidráulico contém um registro de
pressão para controle de vazão.
Ainda segundo as normas, o ponto de tomadas de energia elétrica para instalação de um chuveiro elétrico, é
considerado um Ponto de Tomada de Uso Específico (PTUE).
Vale lembrar também, que a instalação da tomada de energia para chuveiros elétrico, em geral, não é a única PTUE
em nas residência: torneiras elétrica e secadores de roupas, por exemplo, também o são, de modo que, a quantidade
de PTUEs deve ser determinada de modo planejado, de acordo com o número de aparelhos de utilização que
poderão estar fixos em uma dada posição no ambiente.
A ligação destes aparelhos deve ser realizada de modo direto, sem a utilização de tomadas de corrente removíveis,
mas podendo ser utilizados conectores fixos adequados e, aos PTUEs, devem ser atribuídas as potências nominais
específicas do tipo de aparelho que sera alimentado que, no caso do chuveiro elétrico é recomendado considerar
algo entre 4500W e 5600W para o circuito de alimentação exclusivo do chuveiro.
Sem dúvida, nos padrões de consumo residenciais atuais, o chuveiro elétrico ainda é o aparelho de maior consumo
de energia e o correto dimensionamento da sua instalação, salvaguarda o imóvel de um risco de acidente que pode
resultar em incêndio.
A instalação de circuitos para alimentação de outros aparelhos eletrodomésticos, hoje comum nas residências, tais
como os fornos de micro-ondas e máquinas de lavar podem, e devem, devido a sua elevada potência que, em geral,
supera 1000W, ser considerados também Pontos de Tomada de Uso Específico, muito embora a indústria tem
praticado produzir os mesmos dotados de cabos com plugues para tomadas removíveis.
É importante que uma instalação elétrica seja dividida em circuitos elétricos parciais para facilitar a inspeção e a
manutenção, além de reduzir as quedas de tensão e aumentando a segurança pois, assim, a proteção poderá ser
melhor dimensionada.
A mesma consideração pode ser feita, ainda como pontos de tomadas específicos para condicionadores de ar e,
mais ainda, secadores de cabelo, normalmente ignorado pelos projetistas de instalações elétricas, mas não pelas
belas mulheres brasileiras que, costumam ligar tais aparelhos, cuja potência gira em torno de 1800W, por um tempo
relativamente longo, inadvertidamente, em qualquer tomada da residência.
A Norma ABNT NBR 5410 : 2004 Versão Corrigida: 2008 – “Instalações Elétricas de BaixaTensão”, além de
determinar que sejam separados os circuitos elétricos de Tomadas de Uso Geral e o de Iluminação e determina
ainda que deverá ser previsto um circuito elétrico, também separado, para cada equipamento elétrico cuja corrente
nominal seja superior a 10 A.
A norma NBR 6151 classifica os equipamentos elétricos (eletrodomésticos e eletroprofissionais) quanto à proteção
contra choques elétricos, em cinco classes e a tônica desta classificação é, antes de tudo, a de recomendar a
possibilidade, ou mesmo exigir a necessidade, de uma proteção complementar, que pode ser obtida pela ligação do
terminal de aterramento a um terra adequado.
Assim sendo, para se evitar riscos de acidentes com o chuveiro elétrico, é importante, antes de tudo, que a instalação
da alimentação elétrica esteja feita de maneira correta, principalmente com o condutor de aterramento do
equipamento devidamente conectado diretamente ao aterramento da residência e que o aterramento elétrico da
residência, também esteja correto, desde a partir da entrada de energia, que foi construída segundo o padrão de
ligação de energia elétrica de uma dada concessionária de distribuição de energia. Mas o que é um padrão de
ligação de energia elétrica?
O padrão de ligação de energia elétrica é composto por poste, caixa para medidor, eletrodutos, cabos condutores,
fusíveis e disjuntor. É por meio dele que a energia distribuída pela concessionária chega ao seu imóvel. Sua
instalação deve, antes de tudo, ser dimensionada de acordo com a carga consumidora de energia que será utilizada
e, para construí-la com a devida segurança, requer a contratação do serviço de um eletricista qualificado, para
garantir que o padrão de ligação respeite todas as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
O desenho ao lado representa um modelo de padrão de entrada para ligação de energia elétrica residencial individual
simples (bifásico), exigido pela concessionária AES Eletropaulo, que opera na região metropolitana de São Paulo.
Neste caso, o eletroduto que pode ser observado na parte inferior da caixa (7) é, justamente, por onde passa(m)
o(s) cabo(s) condutor(es) de ATERRAMENTO (9). Note que “parece” que são dois os cabos condutores de
aterramento mostrados (cabos com isolação plástica na cor VERDE): um deles terá uma de suas extremidade ligada
junto ao condutor NEUTRO de entrada (que deve ter isolação na cor AZUL clara), a outra extremidade deste, segue
pelo referido eletroduto até a chegar a Haste de Aterramento (10), ou eletrodo de ateramento, que é de
aço cobreado, de ø=16mm x 2,40m de comprimento, e que se encontra verticalmente enterrada, enfiada no solo,
dentro da área do terreno do imóvel.
A conexão de contato elétrico entre o condutor de aterramento e a haste, é feito na extremidade superior da haste,
que deve estar descoberta, a poucos centímetros acima do solo e isto deve ser acessível de ser feito e vistoriado por
meio de uma caixa de inspeção (8). Note que a Eletropaulo exige a instalação de apenas uma única haste de
aterramento, deste modo, o segundo cabo condutor verde (de aterramento), se realmente existir, será conectado a
esta mesma haste, e retorna, pelo mesmo eletroduto, de volta, para dentro da caixa de ligação de entrada.
O desenho da Eletropaulo não mostra, nem mesmo sugere, para onde segue esse condutor de aterramento. mas
esse segundo condutor do aterramento convém que seja passado para dentro da residência, devendo chegar
até o quadro de distribuição pois, ele é a base para um aterramento que garante uma maior segurança e
proteção, ou seja, este é o seu Condutor de Proteção (PE, acrônimo do Inglês "Protective Earth") .
Se você não levar o condutor de Proteção
(PE), desde a entrada de energia, através do
circuito de distribuição, até o seu Quadro de
Distribuição e efetivamente empregá-lo, para
prover a sua proteção, a haste (eletrodo) que
você instalou (10) para aterramento de
entrada servirá, tão somente, para proteger o
equipamento da concessionária, o
transformador que está no poste da rua.
De fato, a Norma ABNT NBR 5410 : 2004
Versão Corrigida: 2008 em seu item 5.4.3.6
diz: "Em toda edificação alimentada por linha
elétrica em esquema TN-C, o condutor PEN
deve ser separado, a partir do ponto de
entrada da linha na edificação, ou a partir do
quadro de distribuição principal, em
condutores distintos para as funções de
neutro e de condutor de proteção. A
alimentação elétrica, até aí TN-C, passa
então a um esquema TN-S (globalmente, o
esquema é TN-C-S)." 
No contexto da Instalação Elétrica Residencial, você pode entender esquema TN-C como sendo "Terra e Neutro
Combinados" e esquema TN-C-S como sendo "Terra e Neutro Combinados e Separados". O esquema TN-C-S
recomendado pela norma, então, implica em condutor NEUTRO e condutor de PROTEÇÃO derivem em dois
condutores distintos, a partir de algum ponto, logo em seguida ao ponto de ATERRAMENTO. O esquema TN-C-
S fica, então, conforme diagrama a seguir:

O Quadro de Distribuição de Circuitos (QDC) é o centro de distribuição dos circuitos de consumo de energia


elétrica de toda uma residência e, ao chegar ao quadro de distribuição, é o condutor PE (e NUNCA o condutor
NEUTRO), que deverá ser utilizado para distribuir a necessária proteção por aterramento.

Caso o Condutor PE não chegue até o seu Quadro de Distribuição de Circuitos (como acontece em muitas
residencias com instalação elétrica antiga) mas, somente chegue o condutor Neutro (mas, que neste caso, mais
apropriadamente, deve ser denominado e Condutor PEN, acrônimo do inglês "Protective Earth and Neutral", pois ele
está aterrado na entrada da residência, desde que você se assegure de que o seu aterramento de entrada esteja
funcionando perfeitamente, com um haste integra, não corroída pelo tempo de exposição ao solo e com o conector
que prende o condutor PEN a haste esteja firme, garantindo um bom contato elétrico, então você pode optar em
derivar o Condutor PE, apenas a partir dali, do Quadro de Distribuição, para o restante da instalação da casa.
Mas o ideal, mesmo, é trazê-lo desde a entrada.
Fazendo  isso, você estará convertendo o seu esquema de instalação elétrica da residência, de TN-C para TN-C-S.
Muito embora muitas residências ainda disponham apenas de antigas pontos de tomada bipolares (sem ponto e
ligação do condutor de de terra), num sistema TN-C, a "função de condutor de proteção" deveria ter, sempre,
prioridade sobre a "função neutro". Em especial, o condutor PEN deveria ser sempre ligado ao terminal de ligação à
terra (massa) das cargas (dos equipamentos elétricos consumidores utilizados nas residências) e uma ligação em
ponte ser usada para conectar este terminal para o terminal de neutro.
Infelizmente, por várias décadas, na prática, quase ninguém entendeu assim e, ainda hoje, um grande número de
instalações elétrica residenciais não utiliza aterramento nos pontos de tomada de energia dos equipamentos. 
A norma NBR 5410 no seu item 5.1.2.2.4.2 é clara em dizer que, no esquema TN-C não podem ser
utilizados dispositivos DR para seccionamento automático, para uma melhor proteção contra choques
elétricos. Para poder usar DR você deve modificar a sua instalação elétrica, no mínimo, convertendo o seu esquema
de instalação elétrica da residência, de TN-C para TN-C-S.
Por definição de norma, o condutor utilizado unicamente como o condutor de Proteção (seja PE ou PEN) não deve
ser considerado como carregado, todavia, o condutor NEUTRO é um condutor carregado e quando eles são
combinados em comum, num único condutor, este condutor será, de fato, carregado.
Na instalação de as Tomadas de Uso Geral em uma instalação elétrica residencial, a recomendação e para se
empregar aquelas do tipo 2P + T, ou seja, para conter os Condutores de Fase, de Neutro e também o de Proteção
(PE), se for de 127V, ou então para conter os condutores de Fase 1, Fase 2 e o de Proteção (PE), se for de 220V.
Eu não vou entrar aqui, em muitos detalhes sobre o porque as Empresas Concessionárias de Distribuição de Energia
Elétrica não fornecem, elas próprias, um condutor especifico para proteção (PE) já devidamente aterrado e
separado do Neutro, que pode ser ainda mais reforçado com o aterramento próprio no terreno das residências, como
acontece na maioria dos países civilizados (pelo menos na Suécia e Japão como eu visitei e pude testificar isso).
O fato é que a própria norma brasileira vigente, que trata de “Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão
Secundária Rede de Distribuição Aérea - Edificações Individuais”, ao definir os “Tipos de Fornecimento” a partir das
“Classificação das Unidades Consumidoras”, não se prestou a exigir isso das concessionárias, em favor dos com
sumidores, dai a inexistência dessa responsabilidade que, obviamente, incidiria em elevados custos para as
concessionárias.
Assim, ao construir ou reformar a instalação elétrica de qualquer imóvel residencial, é de fundamental importância
que se atente em inserir na distribuição da instalação elétrica interna do imóvel o(s) condutor(es) PEN / PE, ligados
a(s) haste(s) de aterramento de entrada pois, só assim, no caso de um acidente que resulte em danos materiais ou
em danos a saúde de alguém, você, não só estará protegendo a si e aos outros, fisicamente, como usuário dos
servições da concessionária, estará se salvaguardado, diante das normas vigentes, contra qualquer demanda legal.
Considere que o sistema TN-C requer um ambiente eficaz de equipotencial dentro da instalação elétrica da
residência, com eletrodos de terra dispersos, espaçados tão regularmente quanto possível, uma vez que o condutor
PEN é tanto o condutor neutro e, ao mesmo tempo que transporta correntes de fase de desequilíbrio, bem como as
correntes harmônicas de ordem 3 (e seus múltiplos), muito embora, em geral, em cada residência, apenas uma haste
de aterramento seja exigida pelas concessionárias.

Uma outra opção a ser considerada, ainda, é você


instalar uma segunda haste de aterramento na entrada
e tornar esta totalmente independente do aterramento
do Neutro da entrada, levando o condutor PE, que está
conectado a esta nova haste, pelo circuito de
distribuição, para dentro da residência, até do quadro
de distribuição, a fim de usá-lo como proteção. No
contexto das instalações elétricas da residência, isso é
caracterizado pela adoção denominado "Esquema TT",
em que as massas da instalação são ligadas a
eletrodos de aterramento eletricamente distintos do
eletrodo de aterramento da alimentação.

Esta solução, empregando uma segunda haste de


aterramento, não dispensa o uso da primeira haste, que
é a exigida pela concessionária, até mesmo por que, no
caso de uma descarga atmosférica (descarga elétrica
de origem atmosférica entre uma nuvem e a terra
consistindo em um ou mais impulsos de vários milhares
de ampères), um aterramento multiponto, provido pelo
condutor NEUTRO de entrada propositadamente
aterrado nas residências é muito mais eficaz termos de
segurança para proteger o equipamento dela.
O chuveiro elétrico, assim como todos os demais
aparelhos eletroeletrônicos da residência, está ligado à
rede elétrica que alimenta a residência e se um raio cair
próximo ou sobre a mesma poderemos ter o
aparecimento de surtos de tensão violentamente
elevados e perigosos na fiação e a pessoa que estiver
tomando banho, neste momento, pode tomar um
choque elétrico e nos vivemos no país com um dos
maiores níveis ceráunicos do planeta.

Seja como for, para proteção da vida, todo equipamento elétrico deve, por razões de segurança, ter o seu
corpo (parte metálica) aterrado, com na ligação à Terra através do condutor de Proteção (PE), de todas as
massas metálicas (chuveiros elétricos, carcaças de motores, caixas metálicas, equipamentos e mesmo as
tomadas de uso geral.
Também os componentes metálicos das instalações elétricas, tais como, as caixas metálicas dos Quadros de
Distribuição, os eletrodutos que forem metálicos, caixas de derivação metálica, enfim, tudo que for partes metálicas
expostas ao contato humano, deve ser corretamente aterradas. A presença de água ou umidade em um ambiente
torna o aterramento ainda mais necessário, de modo que o aterramento acaba por ser distribuído para todas as
dependências de uma residência.

Em geral, na distribuição, o condutor de aterramento (por onde, em condições normais de operação nunca circula
corrente elétrica) deve ter a mesma seção (bitola) dos demais condutores do circuito ao qual eles estão associados,
desde 1,5 mm2 até 16 mm2, porém, em circuitos que exijam condutores carregados com seção maiores, de 20mm 2 a
35 mm2 o condutor de aterramento pode permanecer com seção de apenas 16 mm 2. A cor da isolação plástica do
cabo condutor de proteção PE ou PEN deve ser VERDE ou mesclado VERDE-AMARELO, diferenciando do
condutor NEUTRO é sempre de cor AZUL clara.
Repetindo o que já foi dito antes, com a proteção por aterramento, quando vem a ocorrer algum problema ou defeito
na parte elétrica de um equipamento que está corretamente aterrado, a corrente elétrica escoa para o solo (Terra)
evitando o choque elétrico. Alguns tipos de solos, são melhores condutores de corrente elétrica, pois têm uma menor
Resistividade Elétrica. A Resistividade é em função do tipo de solo, umidade e temperatura. A concentração de sal no
solo, por exemplo, aumenta a condutividade, favorecendo um melhor aterramento.

Todas as tomadas de uso geral devem ser do tipo para plugue de tomada com três pinos (2P + T), sendo um dos
pinos apropriado para a conexão do aterramento do aparelho a ela conectado. Inadvertidamente, as pessoas
costumam colocar um adaptador que elimina o pino de aterramento, mas se esquecem que, fazendo assim, eliminam
a proteção do aparelho a ele conectado, colocando em risco a vida dela e de outras pessoas, pela falta do
aterramento, muitas vezes sem sequer estar consciente disso.
Conclusão: Na situação da primeira figura, o chuveiro não está aterrado, estando portanto, as
pessoas sujeitas a tomar choques elétricos . Já, na situação da segunda figura, como o chuveiro
está aterrado através do Condutor de Proteção (PE), as pessoas não estão sujeitas a tomarem
choques elétricos.

“Não estão sujeitas a tomarem choques elétricos” mas … será que é mesmo verdade? Existe ainda o risco de
acidentes por choque elétrico nos chuveiros elétricos, mesmo com a instalação em ordem e o sistema
aterrado? A resposta é sim!

Proteção Elétrica por Interruptor DR:


Ainda que remotamente, até os chuveiros elétricos que usam resistências blindadas oferecem esse risco. Essa foi
uma das razões que levou a ABNT a adotar os dispositivos de controle de fuga de corrente (DR – que é um acrônimo
para Diferencial Residual). A instalação do circuito elétrico para a ligação de um chuveiro elétrico é um dos casos
em que o uso de dispositivo diferencial residual de alta sensibilidade, ou seja, sensível a uma pequena corrente, deve
ser empregado como proteção adicional obrigatória.
Assim, quando e se o aterramento falhar e uma descarga elétrica se precipitar através no chuveiro, o dispositivo DR
se encarrega de acusá-la e de e Desligar a Carga do sistema, evitando o choque. O DR não substitui um disjuntor,
pois ele não protege contra sobrecargas e curto-circuitos. Estas proteções devem-se ser obtidas por se utilizar o DR
em associação com o disjuntor.

O dispositivo DR é capaz de detectar qualquer fuga de corrente. Quando isso ocorre, o circuito é automaticamente
desligado. Como o desligamento é instantâneo, a pessoa não sofre nenhum problema físico grave decorrente do
choque elétrico, como parada respiratória, parada cardíaca ou queimadura.
A norma NBR 5410 no seu item 5.1.2.2.4.3 é clara em tornar OBRIGATÓRIO o uso de proteção por dispositivo
DR, pelo menos no caso de esquema TT de aterramento de instalação elétrica de residencia. Neste
caso dispositivos DR devem ser empregados no seccionamento automático, para melhor proteção contra choques
elétricos.
O dispositivo DR (diferencial residual) não dispensa o disjuntor. Os dois devem ser ligados em série, pois cada um
tem sua função. A norma NBR 5410 recomenda o uso do dispositivo DR (diferencial residual) em todos os
circuitos, principalmente nas áreas frias e úmidas ou sujeitas à umidade, como cozinhas, banheiros, áreas de serviço
e áreas externas (piscinas, jardins). Assim como o disjuntor, ele também pode ser desligado manualmente se
necessário.
A sensibilidade do interruptor varia de 30 a 500 mA e deve ser dimensionada com cuidado, pois existem perdas para
terra inerentes à própria qualidade da instalação elétrica. Além do mais o uso do DR não isenta a necessidade do
condutor de proteção de aterramento, ao contrário, passa a exigir ainda mais pois, na verdade, Aterramentos
Elétricos podem ocorrer por dois motivos:
a. Aterramento do equipamento por razões de proteção e segurança: neste caso, o Aterramento protege as
pessoas e/ou animais domésticos contra os choques elétricos.
b. Aterramento por razões funcionais: o Aterramento é necessário para que o equipamento elétrico funcione
corretamente;
O DR é um dispositivo que só poderá ser aplicado onde existe a presença do condutor de
proteção PE. Sem ele, o DR sequer poderia funcionar, mesmo que o condutor PE não seja
diretamente conectado a ele.
Além do mais, em redes elétricas TN-C (terra e neutro combinados (PEN) no contexto da
instalação elétrica residencial), dispositivos de corrente residual (interruptores DR) são muito
menos propensos a detectar um defeito de isolamento, com o agravante, ainda de ser muito
vulnerável a disparos indesejados de contato entre os condutores de terra de circuitos em
interruptores DR diferentes com aterramento local. Além disso, os interruptores DR geralmente
isolam o centro neutro e, uma vez que é inseguro fazer isso em um sistema TN-C, IDRs em
sistemas TN-C devem ser ligados, apenas, para interromper os condutores vivos. A somatória
destes motivos acaba por tornar impraticável o uso de IDRs em sistema TN-C.

De maneira geral, Dispositivos Diferenciais de Corrente Residual funcionam com um sensor


que mede as correntes que entram e saem do circuito pelos condutores carregados (Fase +
Neutro, ou Fase + Fase). Essas duas corrente devem ser sempre, exatamente de mesmo
valor, porém de direções contrárias em relação à carga. Se chamarmos a corrente que entra
na carga de I+ e a que sai de I- (1), logo a soma das correntes (corrente resultante) será igual
a zero (2). A soma só não será zero se houver corrente fluindo para o Terra, (3), através do
condutor de proteção, como no caso de um choque elétrico. Dai o DR atua.
Assim, o Interruptor DR mede, permanentemente, a soma vetorial das correntes que
percorrem os condutores de um circuito. Se o circuito elétrico estiver funcionando sem
problemas, a soma vetorial das correntes nos seus condutores é praticamente nula.
Ocorrendo uma falha de isolamento em um equipamento alimentado por esse circuito,
irromperá uma corrente de falta à terra.
Quando isto ocorre, a soma vetorial das correntes nos condutores monitorados pelo IDR não é
mais nula e o dispositivo detecta justamente essa diferença de corrente. Da mesma forma, se
alguma pessoa vier a tocar uma parte viva do circuito protegido, a corrente irá circular pelo
corpo da pessoa, provocando igualmente um desequilíbrio na soma vetorial das correntes.
Este desequilíbrio será também detectado pelo IDR tal como se fosse uma corrente de falta à
terra.
A NBR 5410 também prevê, ainda, a possibilidade de se optar pelo emprego de um único
disjuntor + DR (ou mesmo apenas do DR), na proteção geral (ao invés de na proteção de cada
circuito terminal). Do ponto de vista dos custos, esta pode ser a opção mais inteligente (mas a
segurança não é a melhor), podendo se optar por DR de sensibilidade maior, como 100mA (ao
invés dos mais sensíveis de 30 mA).
Legendas:
DTM = Disjuntor Termomagnético;
IDR = Interruptor DR.
No caso de instalação de interruptor DR na proteção geral, a proteção de todos os circuitos terminais pode ser feita
com o uso de disjuntores termomagnéticos. Isso é representado no desenho ao lado.

Seja como for, a instalação do DRs deve ser sempre feita no quadro de Distribuição dos Circuitos (ou em quadros
dedicados de proteção e manobra extra) e, deve ser sempre precedida por proteção geral contra sobre corrente e
curto circuito.
Casos em que o dispositivo DR é obrigatório:
De acordo com o item 5.1.3.2.2 da norma NBR 5410, o dispositivo DR é obrigatório desde 1997 nos seguintes casos:
1. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que contenham chuveiro ou banheira;
2. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas externas à edificação;
3. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos
na área externa;
4. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas, lavanderias, áreas
de serviço, garagens e demais dependências internas normalmente molhadas ou sujeitas a lavagens.
A exigência de proteção adicional por dispositivo DR de alta sensibilidade se aplica às tomadas de corrente nominal
de até 32 A; Quanto ao item 4, admite-se a exclusão dos pontos que alimentem aparelhos de iluminação
posicionados a pelo menos 2,50 m do chão; O dispositivo DR pode ser utilizado por ponto, por circuito ou por grupo
de circuitos.

Se você estiver interessado em aprender a fazer a "Proteção de um circuito passo a passo", ou seja como
dimensionar  e instalar Interruptores DR, eu recomendo que você baixe o arquivo (PDF) do "Manual-Guia do
Eletricista Residencial Schneider" e o estude com atenção a partir da página 3/9. Existem outros mas, esse é um
ótimo material.

Equipamento de Carregamento de Veículo Elétrico (ECVE):


Como foi dito anteriormente, o aterramento elétrico é feito para proteger, mas, também existe, em alguns casos, por
motivos funcionais: alguns dispositivos precisam do aterramento para poder funcionar e, um desses equipamentos e
o que eu chamarei aqui de Equipamento de Carregamento de Veículo Elétrico (ECVE), para este equipamento
funcionar corretamente, a existência do condutor de aterramento elétrico, também é obrigatório.
Um ECVE, que pode ser chamado também, simplesmente, de estação de carga, é o equipamento utilizado para se
“carregar” as baterias dos Veículos Elétricos (VEs), e é para onde o foco desta dissertação se encaminhará daqui em
diante, muito embora, ambos, tanto os VEs quanto os ECVEs, infelizmente, ainda não estejam efetivamente
disponíveis ao consumidor residente no Brasil.

Mas para os VEs chegarem aqui, é só uma questão de tempo, de bem pouco tempo. Todavia … se você ainda não
cogitou ter um VE na sua garagem, mesmo assim, com respeito a proteção por aterramento e interruptor DR na
instalação elétrica da sua residência, evite incidentes e não perca tempo, chame logo um eletricista certificado e peça
uma avaliação, o mais breve possível. A saúde e segurança das pessoas e do patrimônio é o mais importante!

Dai em diante, nunca mais utilize adaptadores que inutilizem o sistema de aterramento, quando usados para conectar
aparelhos. Certifique-se que o aterramento esteja presente em todas as suas tomadas, conforme a norma NBR
5410. Prepare a instalação elétrica da sua casa para receber o Veículo Elétrico em breve.

Se você estiver trocando o sistema de aquecimento da água do seu banho, de chuveiro elétrico para o aquecimento
a gás, saiba que cada um dos circuitos da sua instalação elétrica que passam a ficar em disponibilidade com a
mudança, serão cruciais para que você possa instalar, futuramente, um ECVE, sem precisar gastar tanto.

Se desejar saber mais sobre:


Instalação Elétrica Residencial - Critérios Técnicos para Dimensionamento de
Condutores e Proteção Elétrica para Tomada de Energia para EVSE, ou ...
ou sobre:
Solução para Carregamento de VEs em Garagens Residenciais
e todas as demais, futuras e atuais postagens deste blog. Obrigado!
Notas:

1. MEDIDOR MONOFÁSICO DE 2 FIOS O CONDUTOR DE NEUTRO (resposta ao leitor Doug Gudows):

Postado por André Luis Lenz às 23:04 


58 comentários:
1.
ekossel27 de janeiro de 2013 20:57
Era o que estava precisando para me aprimorar no entendimento de circuitos e instalações
Respostas

1.
André Luis Lenz28 de janeiro de 2013 01:59
Então, só espero que divirta-se enquanto se aprimora aqui, ekossel! Seja bem vindo!
2.
Ensino de História17 de maio de 2013 11:14
muito bom! Parabéns!Tirei dúvidas enormes! Gente como você é que o mundo precisa.
Respostas
1.
André Luis Lenz10 de junho de 2013 17:44
Obrigado, colega e irmão em Cristo! Seu incentivo é o que me ajuda e gratifica!
3.
Xan12 de junho de 2013 10:08
Parabéns pela matéria, estou fazendo um curso de eletricista e me ajudou e muito...
Respostas

1.
André Luis Lenz18 de junho de 2013 19:32
Fico Feliz que tenha sido útil, Xan. Sua gratidão me estimula a continuar! Obrigado!
4.
Tom15 de junho de 2013 21:38
Eu tinha mtas. duvidas sobre o DR,mas depois desta otima materia esclarecedora,estou mais
ciente.Obs: foi a melhor que li,parabéns.
Respostas

1.
André Luis Lenz18 de junho de 2013 19:31
Fico Feliz que tenha sido útil, Ton. Sua gratidão me estimula a continuar!
5.
Anônimo8 de julho de 2013 20:00
como tem residência com insegurança no brasil; e o pior e que as autoridades só bla bla bla; pois
investimentos em segurança e economia na saúde
Respostas

1.
André Luis Lenz8 de julho de 2013 23:51
Infelizmente, fato!
6.
Unknown12 de julho de 2013 23:19
Na minha região/estado é 220V, então só vem do poste publico 2 fios, o fase o neutro, então, o fio
neutro passa pelo medidor de energia elétrica? Ele é computado?
Respostas

1.
André Luis Lenz13 de julho de 2013 16:10
Os tipos de fornecimento de energia elétrica, seus limites e os valores de tensão
podem ser diferentes, conforme a região. Essas informações são obtidas com a
companhia de eletricidade de sua cidade. Os exemplos citados a seguir são
meramente ilustrativos e não devem ser utilizados como referência. Consulte sempre a
companhia de eletricidade local antes de começar o projeto de sua instalação.
O Tipo de fornecimento de energia elétrica Monofásico, feito a dois fios, onde um Fase
e um outro é Neutro, com tensão C.A. de 110 V, 127 V ou 220 V, normalmente, é
utilizado nos casos em que a potência ativa total da instalação seja inferior a 12 kW. As
normas técnicas de instalação do padrão de entrada, assim como outras informações
desse tipo (como o sistema de aterramento mais adequado), devem ser obtidas na
agência local da companhia de eletricidade.
MEDIDOR MONOFÁSICO DE 2 FIOS O CONDUTOR DE NEUTRO, PRECISA, SIM,
SER CONECTADO AO MEDIDOR. INTERNAMENTE, UM MEDIDOR DE ENTRADA
TRABALHA COM DUAS BOBINAS DE MEDIÇÃO: uma que mede a Corrente Elétrica
e uma outra que mede a Tensão Elétrica. Assim, o condutor NEUTRO não participa da
medição de corrente mas, participa, sim, da medição de tensão, por isso ele precisa
"passar", sim, pelo medidor. Mas cuidado, pois, neste caso, os terminais do medidor se
tornam específicos e não pode se inverter entre Fase e Neutro nestes terminais.

2.
André Luis Lenz13 de julho de 2013 16:38
Ver figura nota 1
3.
Unknown13 de julho de 2013 22:48
Eu vi que passa pelo medidor, mas no que isso influencia na medição?
4.
André Luis Lenz14 de julho de 2013 19:19
Os medidores eletromecânicos utilizados com a finalidade de faturamento do consumo
de energia de uma instalação residencial são normalmente da classe 2, ou seja,
possuem erro máximo de ±2,0% do valor indicado para sua faixa nominal de operação,
dentro do tempo de vida previsto para seu funcionamento.
Embora este seja um valor relativamente alto, considerando as perdas que podem
onerar tanto o fornecedor, quanto o consumidor de energia elétrica, ele torna-se
aceitável quando se considera o acréscimo de custos que representaria a utilização
massiva de instrumentos com uma faixa de precisão mais elevada.
Assim, nas residências são comumente utilizados medidores de classe 2 (erro relativo
percentual de ±2,0%), e isso não é afetado em nada, por se tratar de um sistema
monofásico (a dois fios) ou bifásico (a três fios).
Já, os medidores eletrônicos de energia são construídos normalmente na classe classe
de precisão de 1% (ou mesmo de 0,8%). A facilidade em se obter instrumentos de
precisão mais elevada decorre principalmente do fato de inexistir limitações mecânicas
nos elementos envolvidos no processo de medição e registro, e também da
possibilidade de se empregar sensores de maior precisão.
A utilização de medição digital da energia elétrica é cada vez mais evidente no Brasil.
O setor alvo até pouco tempo, o industrial, esteve na ponta de utilização de medidores
digitais, porém o uso em escala residencial se mostra favorável. Hoje, mais de 90% do
parque nacional ainda é de medidores analógicos e o principal entrave à entrada do
produto eletrônico no Brasil era o seu alto preço, inviável para o mercado residencial.
Instalação dos sistemas de medição é responsabilidade das distribuidoras e é regido
pelo Decreto 41.019 de 1957 e pela Resolução ANEEL 456 de 2000.
Entre as obrigações das distribuidoras (Resolução ANEEL 456/2000) está o de
instalar, as suas expensas, os medidores e demais equipamentos de medição (art. 33).
O consumidor poderá exigir aferição dos medidores a qualquer tempo (art. 38
Resolução ANEEL 456/2000), e a concessionária deverá informar a data da aferição
com 3 dias de antecedência (art. 38, parágrafo 1º ) e encaminhar laudo técnico da
aferição ao consumidor (art. 38, parágrafo 2º).

5.
André Luis Lenz14 de julho de 2013 19:37
Segundo a ANEEL (Estudo de Vida Útil Econômica e Taxa de Depreciação, em
Anexos da Audiência pública 012/2006), os medidores eletromecânicos possuem uma
vida útil econômica estimada em 25 anos, porém não existe na literatura estudos que
determinem a vida útil metrológica dos medidores, isto é, estudos que apontem
quantos anos os medidores conseguem medir corretamente a energia, dentro de sua
classe de exatidão.
7.
Anônimo9 de janeiro de 2014 10:59
Moro em apartamento e minha instalação é DR, não consigo ligar o Microondas,o mesmo,
desarma.O que faço?
Respostas

1.
André Luis Lenz9 de janeiro de 2014 17:43
Lembre-se, sempre, do fato (que foi explicado em meio a postagem) de que o
interruptor DR, APENAS, NÃO SUBSTITUI um disjuntor, pois o DR não protege contra
sobrecarga e curto-circuito.
A proteção provida por disjuntor, contra sobrecarga e curto-circuito, é tão importante e
prioritária quanto a proteção do DR. Assim, estas proteções devem-se ser obtidas por
se utilizar o DR em associação com o disjuntor (conforme figura mostrada na
postagem).
Além do mais, a tomada de alimentação para um micro-ondas deve ser exclusiva,
apenas, para este fim (ligar o micro-ondas). utilize apenas esta tomada exclusiva para
ligar o seu micro-ondas, não o ligue em nenhuma outra tomada qualquer e não utilize
extensores ou conectores tipo T (benjamin).
Disjuntor(es) deverá(ão) estar protegendo, como foi dito, EXCLUSIVAMENTE, o Ponto
de Tomada de Uso Específico (PTUE) onde deve ser ligado apenas o forno de micro-
ondas, assim, é de se esperar que a instalação possua tal(is) disjuntor(es)
termomagnético(s) exclusivo(s) para a proteção do circuito da alimentação microondas.
Normalmente, no projeto elétrico de um apartamento, o(s) disjuntor(es) exclusivo(s) de
proteção do circuito de alimentação do microondas já deve(m) se encontrar presente(s)
no interior QDC (Quadro de Distribuição dos Circuitos).
Em geral, para microondas alimentados em 127 Volts, utiliza-se um disjuntor de 20
Ampère (associado a um DR), instalado dentro do QDC para interromper a fase. Já,
para microondas alimentado em 220V (o que é recomendável para micro-ondas de
maior porte), utiliza-se um disjuntor BIPOLAR de 15 Ampère para ambas as fase (ou
um disjuntor separado de 15 A em cada fase) e, em ambos os casos, associado a
interruptor DR.
Isso posto, então agora surge a pergunta: O micro-ondas, ao entrar em operação, está
desarmando, realmente, o DR (por causa de uma fuga de corrente ao terra), ou será
que ele estaria, de fato, desarmando o disjuntor (por causa de sobre-carga) ?????
Essa questão precisa ser respondida e, se você mesmo não puder dar uma resposta,
eu aconselho que você chame um eletricista sério, para fazê-lo.

2.
André Luis Lenz9 de janeiro de 2014 18:01
A todos os demais eu recomendo:
Se você ainda não possuir um terra em sua residência ou tiver dúvidas, chame um
eletricista de sua confiança para executar o serviço. Um bom aterramento é segurança
e coisa séria. Além do mais, existe uma forte tendência para um futuro próximo de
certos aparelhos elétricos domésticos virem a rejeitar entrar em operação onde houver
falta de aterramento.
Nunca ligue o fio terra do microondas ao neutro da rede elétrica, ao fio de pára-raios, a
tubulações de gás ou a partes metálicas de janelas a estrutura de sua residência ou na
terra de vasos de flores. (acreditem, eu já vi isso tudo).
3.
Anônimo10 de janeiro de 2014 10:44
Se o sistema de aterramento for o TN-C tecnicamente o Terra não estaria conectado
ao Neutro antes do IDR+DTM principal no quadro de distribuição?
E qual seria o mA recomendado do IDR usado como chave principal? lembrando que
para o chuveiro será utilizado um IDR somente para esse circuito especifico.

4.
André Luis Lenz10 de janeiro de 2014 17:27
Quanto a pergunta: Se o sistema de aterramento for o TN-C tecnicamente o Terra não
estaria conectado ao Neutro antes do IDR+DTM principal no quadro de distribuição?
A resposta é SIM. Todavia, não se esqueça que no esquema TN-C a proteção provida
pelo interruptor DR é MENOS GARANTIDA do que no esquema TN-C-S. Portanto, se
você puder optar, opte pelo esquema TN-C-S ou mesmo pelo TT.
Já, quando se emprega interruptor DR na proteção geral (ou como chave principal),
nos casos em que a instalação elétrica é um pouco mais complexas, ou seja, nos
casos em que, a partir do geral se derivar para muitos circuitos, se você optar por
empregar DR mais sensível (os de 30 mA), pode ocorrer uma alta incidência de
desarmes do DR, sem que haja uma real necessidade. Dai, neste caso de aplicação
(proteção geral), recomenda-se o emprego de DR menos sensível (ou seja, os de 100
mA).
8.
ninanice18 de janeiro de 2014 17:44
otimo minhas duvidas foram tiradas obrigado
Respostas

1.
André Luis Lenz19 de janeiro de 2014 15:43
Ótimo, ninanice, era esse o objetivo a ser atingido, que pôde fazer valer a pena o
tempo investido aqui!
9.
Anônimo21 de janeiro de 2014 11:31
André, ultimamente tenho lido dezenas de teorias a respeito de aterramento, e que agora chama-se
tambem TN, TT, TN-C, TN-S e etc, bom não queria saber mais de teoria e sim de prática, pois bem
veja minha situação:
Meu hobby é áudio e tenho uma sala de som dedicada, fui orientado por um engenheiro de som e
especialista em eletrica a fazer um aterramento no meu quintal do tipo TT, e que eu tenho ate hoje e
meus aparelhos nunca sofreram nenhum dano, porem agora esse mesmo engenheiro todos os
demais condenam esse tipo de aterramento e sugerem o do tipo TN, tudo bem vou mudar, todos
recomenda interligar meu terra do quintal no neutro da caixa de entrada de minha energia, ate ai tudo
bem, e como fica o terceiro pino(terra) da minha tomada principal da minha sala de som? antes ele
recebia o fio verde que vinha de meu terra do quintal e agora que vou levar esse fio terra para o o
neutro da caixa de entrada esse pino vai ficar vazio?
Agradeceria sua resposta e por favor, só a prática.
Obrigado
Edson
Respostas

1.
André Luis Lenz21 de janeiro de 2014 14:18
Prezado Edson:
Além do aterramento que você implementou especialmente para a sua sala de som
(estou entendendo que você foi e instalou uma haste enterrada especificamente para
isso, e dela puxou o tal "fio verde" de terra), lembre-se que, lá na frente da sua casa,
próximo à caixa de entrada, deve existir, também, mais uma haste enterrada, onde
deve estar conectado o condutor de Neutro que chega da concessionária. (Está
correto, sempre fio verde ou verde e amarelo como condutor de terra).
Assim, a sua sala de som é realmente aterrada no sistema TT, porém, o resto da casa,
se é que nele existe fio terra disponível nas tomadas, chegando daquela outra haste de
aterramento próximo a entrada, já deve estar no esquema TN-S ou TN-C-S.
Deste modo, para atender à solicitação dos engenheiros, você deve prover um cabo
extra, que deverá interligar as duas hastes de aterramento existentes, apenas isso, e
continuar usando, normalmente, o terceiro condutor, condutor de terra, nas tomadas
em que houver (seja na sala de som ou nas demais dependências).
Todavia, se nas demais dependências (fora a sala de som) não houver o terceiro
condutor de terra nas tomadas, então você deverá (recomendação) incluir mais um fio
condutor, a partir da haste da entrada (ou de do terminal de conexão TN que existe
dentro da caixa de entrada) e trazer esse condutor para dentro da casa para distribuir
aterramento pelas tomadas.
Você pode, inclusive, adicionar ainda mais hastes de aterramento, se quiser,
melhorando o sistema. Não existe norma que se oponha a "excesso de aterramento".
A norma estabelece tão somente os requisitos mínimos recomendáveis (que são
tornados obrigatórios no âmbito da relação consumidor-concessionária).
Assim, se de fato já existe a haste de aterramento da entrada (exigida pela
concessionária), na verdade, você não precisa fazer (obrigatoriamente) mais nada, e o
seu esquema TT para a sala de som não pode ser condenado de modo algum,
podendo deixar tudo como está.
10.
Anônimo24 de janeiro de 2014 13:36
Obrigado andré, assim fico mais tranquilo. Minha energia é trifásica e sim existe um outro
aterramento no poste da entrada da minha caixa de energia que inclusive foi uma das exigências da
concessionária de energia da minha cidade e tambem corre um fio verde(terra) tambem em todas as
tomadas da minha residência. Agora entendi o que está acontecendo, alguns especialistas em
elétrica estão condenando o aterramento TT mas se esquecem desse detalhe que voce falou "se
existe aterramento no poste(poste da residência e não o da rua)" então não haveria necessidade de
interconectar o meu aterramento do quintal ao Neutro do poste de entrada(este por sua vez já
estando aterrado) a não ser que a diferença entre neutro x fase e terra x fase(da entrada da
residencia) seja superior a 1V, estou correto? Caso contrário eu posso deixar meu TT somente para
a minha sala de som, estou correto mais uma vez?
11.
Anônimo24 de janeiro de 2014 13:54
E só complementando, é que há outro fato que é a perda do neutro, segundo alguns especialis em
elétrica, a perda do neutro é crucial para que ocorra pane em equipamentos de audio, no entanto se
o neutro estiver devidamente aterrado, se houver a perda do neutro pela concessionáris, não haverá
danos pois o terra substitui o neutro, ok?
Respostas

1.
André Luis Lenz24 de janeiro de 2014 22:51
Prezado Edson, antes de tudo, preciso lhe explicar que a resposta que eu te dei, foi
dada assumindo que que a instalação em questão, seja uma instalação residencial,
mas confesso que me estranho que consumidores residenciais sejam servidos com
entrada de rede trifásica, pelo menos na área da minha concessionária, a Eletropaulo.
Apesar de existirem no mercado KIT Padrão ELETROPAULO para 1 Medidor Trifásico
- Categoria C3 (cabo de 10mm² - 50A), que seriam ideais até para casas pequenas,
para se conseguir uma ligação trifásica em residências aqui (exceto no caso de
apartamentos em edifícios de construção mais recente) é necessário especificar nos
dados do cliente a finalidade comercial ou industrial para o imóvel, e não apenas
residencial. Quanto as exceções, no caso dos apartamentos novos, com ligação
trifásica a concessionária lucra com a não utilização da energia, por cobrar uma taxa
adicional minima, o que tem sido motivo de reclamações por parte dos consumidores.
Como consumidor residencial, você pode manter o seu sistema TT. Mas caso você
considere interligar os aterramentos, o que acabaria com a preocupação com
problemas de equipotencial, que você mencionou, eu recomendo que considere
conectar diretamente entre as hastes, com um cabo curto tanto quanto possível, e
grosso, e não a outro ponto qualquer do aterramento, nem mesmo ao ponto de
conexão TN (Terra-Neutro) que existe dentro da caixa de entrada (como costuma-se
recomendar). A não ser num caso pouco provável em que a haste de aterramento de
entrada esteja mais bem distante que caixa de entrada. O problema de equipotencial
só ocorre se o tipo de composição do solo do terreno sobre qual o imóvel está
construído for "ruim de condução" ou, se o distanciamento entre as hastes for muito
longo. Mas lembre-se que, se o seu imóvel, mesmo sendo uma casa, estiver
cadastrado junto a concessionária com outra finalidade se não meramente residencial,
você pode estar sujeito e norma diferenciada, podendo, inclusive, ser obrigado a fazer
a tal interligação, ou mesmo ter que implementar um SPDA que significa Sistema de
Proteção contra Descargas Atmosféricas. Quanto a questão de o condutor de Terra
fazer o papel de Neutro quando ocorre seccionamento do condutor Neutro, isso ocorre,
sim, mas não aonde existe a proteção por interruptor DR. Ao romper-se o Neutro e ao
menor surto de corrente pelo condutor de Terra, o DR deve desarmar, protegendo toda
a instalação que perdeu o Neutro.
12.
Anônimo29 de janeiro de 2014 10:49
Obrigado mais uma vez Andre, sim sou consumidor como tido "Residencial" procurei a
concessionaria para trocar de mono para trifasico devido procurar uma maneira de melhorar meu
sistema som, que tambe é somente hoby, e estando lá fui submetido a uma entrevista e mais tarde
foi uma equipe ca concessionária na minha residência para fazer a devida comprovação, enfim aqui,
para voce ter uma rede trifasica basta comprovar que tem muitos equipamentos eletro-eletronicos
como Ar Condicionado, Micro-ondas, Máquida de Lavar e etc, bemo como demonstrar nas ultimas
contas um valor alto de consumo de energia o que comprova que além de ter todos os produtos em
casa eles estão tambem em pleno uso, minha conta conta de luz na época beirava os R$ 400,00 hoje
caiu significativamente mas em mes que uso muito o AR chega a quase R$ 300,00. Então como me
considero e sou relamente um consumidor residencial vou continuar utilizando meu aterramento TT.
13.
Anônimo29 de janeiro de 2014 10:51
E não uso DR, uso fusíveis do tipo Siemens Tamanho 000., para as três fases.
14.
Marcelo Macedo19 de fevereiro de 2014 19:51
Excelente texto! Parabéns pela ótima descrição e qualidade alta de escrita.
Respostas

1.
André Luis Lenz20 de fevereiro de 2014 17:39
Obrigado, Marcelo. O seu prestígio é o que faz valer a pena continuar compartilhando
conhecimento. Valeu. Abraços e, volte sempre! Tem muitos artigos neste blog que
podem ser interessantes, que vão até um pouco além do tema dos VEs.
15.
Anônimo20 de fevereiro de 2014 10:36
André Luiz, parabéns, seu artigo é sensacional!
Só tenho um ponto de reflexão: Meu nome é Tiago e trabalho com projetos de CFTV, eu sempre
mando construir um circuito elétrico só para CFTV, e este mesmo com um aterramento exclusivo
para aquele circuíto.
O CFTV analógico em especial, tem grandes problemas de captação de ruído, por isso faço um
aterramento só para ele.
Vc diz no texto que o aterramento da eletropaulo deve ser conectado na caixa de distribuição, porém,
o aterramento do CFTV também está conectado nessa mesma caixa de distribuição, portanto, 2
aterramento ligados juntos (imagino eu) , os ruídos causados pelo transformador externo podem
passar para o aterramento do CFTV, gerando imagens com interferência. Isso que eu afirmo
procede?
Outra coisa, se um transformador pega um raio, a sobretensão pode passar para o quadro e ter um
retorno para o neutro, procede?
16.
André Luis Lenz11 de março de 2014 14:36
Prezado anônimo, você tocou em uma questão nova e interessante: aterramento com a finalidade de
blindagem (o foco aqui nesta postagem foi aterramento com a finalidade de proteção). Sim, é preciso,
sim, separar as duas coisas.
Todavia, eu peço desculpas por eu estar sem tempo, no momento, para emitir uma resposta como eu
gostaria e, assim, eu vou te remeter a um outro sítio, que apresenta essa abordagem:
http://www.mecatronicaatual.com.br/educacao/2440-como-a-blindagem-pode-ajudar-a-minimizar-
ruidos
Respostas
1.
Anônimo12 de março de 2014 20:00
Obrigado Luiz, vou ler o seu link com muita atenção.
Outra coisa, eu fiz uma planilha que vc digita a corrente elétrica e a distância, a
planilha faz um calculo de perda de tensão para varias bitolas de fio (eu escolhi de
0,2mm até 2,5mm) para tensões 12V, que é usado em CFTV.
Eu não sou engenheiro, por isso, se te interessar, eu gostaria do seu obter seu email
para que vc verificasse o trabalho, e se vc da aula, até seria um material didático para
o Sr. Meu nome é Tiago e email é: [email protected]
Mais uma vez muito obrigado!

2.
André Luis Lenz13 de março de 2014 18:07
Valeu, Tiago, quero apreciar o seu trabalho, sim e, prometo um posterior retorno de
avaliação (nem que seja pelo menos uma linha escrita). Eu sei o quanto é importante
para o homem que tem espírito altruísta e de projetista, poder contar com alguém para
opinar ou avaliar alguns dos seus trabalhos. Eu também sou assim.
17.
Unknown24 de abril de 2014 17:55
Parabéns Luiz e a paz do Senhor, eu estou maravilhado com seu blog, muita instrução, eu estou
construindo um barco tipo trawler e vou fazer a motorização com dois motores elétricos, acredito que
vai ser um dos primeiros barcos elétrico do nordeste.
Se você puder colaborar com seu conhecimento eu ficarei muito grato
Respostas

1.
André Luis Lenz24 de abril de 2014 22:17
Bem, ao prosseguir a leitura do seu comentário, preocupei-me um pouco pois, é pela
primeira vez, em toda a minha vida, que eu lia o termo "TRAWLER". Deste modo,
primeira coisa, fui procurar pesquisar e aprender a novidade.
O pouco que sei sobre propulsão de embarcações é apenas teórico, não tendo tido
oportunidade de me envolver com tal assunto na prática e, o que estudei, foi por
curiosidade própria.
Não agora, porém mais adiante, amanhã mesmo, talvez, eu pretendo falar um pouco
sobre o assunto e sobre o que eu possa contribuir nele.
Um abraço, até breve!

2.
André Luis Lenz24 de abril de 2014 22:38
A propósito, eu não sei em que localidade do nordeste o Sr. se encontra, todavia, eu
tenho alguns conhecidos que se encontram trabalhando e estudando na Universidade
Federal do Ceará, em um grupo especialmente voltado a pesquisa de veículos a tração
elétrica. Creio que eles, também, poderão ser de alguma boa ajuda. Se o Sr. tem perfil
no Facebook, por favor procure aderir a esse grupo que eu estou indicando no linque,
para facilitar contato: https://www.facebook.com/groups/466743986678545/
18.
Anônimo25 de setembro de 2014 12:38
André Luis ! Obrigado pela sua iniciativa e parabéns pela ótima aula ! Moro em uma residencia
alugada, sem instalação do terra (tomadas simples) e achei que poderia instalar um terra junto à
geladeira e maquina de lavar. Mas após ler atentamente seu material percebi que a "coisa é mais
embaixo". Agora, fico com a duvida: Adianta alguma coisa enterrar uma barra de metal de 1m no
chão junto à tomada da geladeira e ligar o terceiro pino nela, ou isso é o mesmo que nada? Paulo
Rodrigues - SP
19.
Anônimo2 de dezembro de 2014 15:19
Recebo no quadro de distribuição 3p+t, ou seja, TN-C. Quero instalar um DPS qual o melhor sistema:
Transforma-ló em TN-C-S (colocando uma haste terra e barramento conectando neutro e terra) ou
sistema TT? Em tempo, parabéns pela aula.
20.
Sabrina17 de maio de 2015 20:59
Este comentário foi removido pelo autor.
21.
Sabrina17 de maio de 2015 21:01
Amigo, parabéns pelo artigo. Gostaria de tirar uma dúvida contigo. Supondo uma casa residencial.
Se for fazer o esquema de Aterramento TN-S como fica a conexão na haste de aterramento na
origem da instalação: os dois condutores, o PE e o condutor que aterra o neutro, eles são fixados
através de um mesmo conector ou são utilizados dois conectores separados presos nesta haste, o
que a concessionária sugere na prática? E a outra dúvida: supondo o esquema TN-C-S onde o
condutor PEN é separado no quadro de distribuição em Neutro e PE através do barramento.
Utilizando nos dois esquemas citados os mesmos dispositivos de segurança, inclusive o DR, protetor
de surto e o PE em todas as tomadas e massas da instalação Na sua opinião qual dos dois
esquemas você acha mais seguro? Obrigada pela atenção. Sabrina-BA
22.
Unknown14 de janeiro de 2016 12:21
Muito Bom,Parabéns.
23.
Unknown18 de fevereiro de 2016 22:56
O aterramento da minha residência é TN-S(o neutro e o terra se separam a partir do padrão de
entrada e segue para o QDC),porém à profissionais que falam, que esse tipo de aterramento não é
seguro por causa do neutro e o terra dividirem a mesma haste, que o aterramento seguro seria o
esquema TT, mas também a profissionais que falam que o sistema TN-S é mais seguro que o TT.
essa questão de aterramento é muito complexa, qual sistema de aterramento e melhor?
Respostas

1.
André Luis Lenz15 de abril de 2016 19:42
O inseguro mesmo é não ter nenhum sistema de aterramento, ou, tendo aterramento,
não empregá-lo, efetivamente, nos dispositivos em que ele deve ser ligado para prover
proteção.

Também, fato é que nada impede que você coloque mais hastes de aterramento
interligadas, seja próximo à entrada (e, assim, continua sendo ou sistema TN-C, ou
sistema TN-C-S), ou múltiplas hastes de aterramento interligadas, mas em dois grupos
separados (e continua sendo sistema TT).
Não há, por exemplo, nenhuma norma que recomende, com uma escavadeira remover
mais profundamente a terra que ficará ao redor do haste eletrodo, e mistura-lá com
carvão vegetal em pó, e depois de reposta no local, molha-la com bastante aguá
saturada de sal grosso, antes de compactá-la, mas nós sabemos que essa pode ser
uma ótima prática, que ajudará a prover um ótimo aterramento por décadas,
principalmente se o tipo de solo for mesmo pouco condutivo.

2.
André Luis Lenz15 de abril de 2016 19:46
A propósito, solo de condutividade ruim é o que pode tornar, de fato, o sistema TT
pouco seguro.
24.
Unknown14 de abril de 2016 23:30
Fiz as instalações novas em minha residência com dispositivo DR mas ele desarma sempre que
aciono o interruptor. A fuga se deve porque ainda não "liguei" a haste de aterramento lá fora??? Por
não ter concluído o aterramento meu DR vive desarmando?
Respostas

1.
André Luis Lenz15 de abril de 2016 19:57
Sem um prévio sistema de aterramento, ou seja, sem ter ainda instalado haste de
aterramento alguma, você não terá sucesso em colocar o seu IDR em devida
operação;
Depois que houver o sistema de aterramento já instalado, ai, então, é hora de se
preocupar com a SENSIBILIDADE do IDR.
Quando se emprega interruptor DR na proteção geral (ou como chave principal), nos
casos em que a instalação elétrica é um pouco mais complexa, ou seja, nos casos em
que, a partir do geral se derivar para muitos circuitos, se você optar por empregar DR
mais sensível (os de 30 mA), pode ocorrer uma alta incidência de desarmes do DR,
sem que haja uma real necessidade. Dai, neste caso de aplicação (proteção geral),
recomenda-se o emprego de DR menos sensível (ou seja, os de 100 mA).
25.
Anônimo4 de julho de 2016 13:10
Excelente texto sobre aterramento! Parabéns! Sou eletricista e fui chamado pra fazer a instalação de
um sistema de energia solar fotovoltaica, disseram que eu deveria fazer um aterramento especifico
pro sistema com outra haste, interligando os mesmos, mas acabei utilizando o único aterramento que
vem do padrão. Acabou tudo funcionando corretamente e a concessionária nem questionou nada,
mas fiquei com dúvida sobre alguma norma que eu desconheço. Existe alguma norma pra isso?
Desde já agradeço!
Respostas

1.
André Luis Lenz15 de julho de 2017 11:31
Antes de todas, colega anônimo, a Norma é mesmo a NBR 5410, mas, uma norma
específica está em desenvolvimento e é baseada na IEC/TS 62548:2013 –
Photovoltaic (PV) arrays – Design requirements Ed.1 (07/2013), estabelecendo os
requisitos de projeto das instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos, incluindo
disposições sobre o cabeamento em c.c., os dispositivos de proteção elétrica, os
dispositivos de chaveamento e o aterramento e o equipotencial do arranjo fotovoltaico.
Um requisito exemplar da norma em desenvolvimento é que condutor de aterramento
das molduras dos módulos deve ter bitola mínima de 6 mm2.
26.
romario3 de janeiro de 2017 11:29
Muito bom mesmo. Li muito sobre o assunto na internet, mas esse seu post é com certeza o mais
amplo e mais didático. Parabéns e obrigado.
Respostas

1.
André Luis Lenz15 de julho de 2017 11:32
Obrigado pela sua elogiosa avaliação, Romário.
27.
Anônimo17 de abril de 2019 14:41
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
28.
Jorge luiz24 de setembro de 2019 22:35
Belo artigo meu amigo.
Parabéns!
Existem muitos eletricista que desconhecem à importância do aterramento, quanto mas o cliente.
Dominar teoria é fundamental para que possamos cada vez mais fazer os trabalhos de acordo com
as normas nbr.
Muito útil.
Respostas

1.
André Luis Lenz14 de novembro de 2019 17:53
Valeu, Estamos juntos, Jorge Luiz.
29.
Unknown28 de outubro de 2019 22:40
Foi muito bom artigo
Respostas

1.
André Luis Lenz14 de novembro de 2019 17:54
Obrigado, amigo. O seu retorno é o que faz valer a pena.

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