Cópia de Cuidados Paliativos TCC

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UNIVERSIDADE PAULISTA
BACHARELADO EM ENFERMAGEM

INGRID SHEILA DA SILVA


IARINE FREITAS DOS SANTOS
JULIANA DE OLIVEIRA CADIDE

ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM CUIDADOS PALIATIVOS AO PACIENTE


ONCOLÓGICO

PORTO VELHO
2024
2

INGRID SHEILA DA SILVA


IARINE FREITAS DOS SANTOS
JULIANA DE OLIVEIRA CADIDE

ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM CUIDADOS PALIATIVOS AO PACIENTE


ONCOLÓGICO

Projeto de pesquisa apresentado como


requisito para a conclusão da disciplina de
Projeto Técnico Científico Interdisciplinar do
Curso de Bacharelado em Enfermagem da
Universidade Paulista - Pólo Porto Velho.

Orientação: Profª. Esp. Ana Elisa Menezes Rodrigues de Melo

PORTO VELHO
3

2024
4

RESUMO

Os cuidados paliativos (CP) consistem na assistência que promove a qualidade


de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças graves que ameaçam a
continuidade da vida. Assim, este estudo terá como objetivo analisar a assistência de
enfermagem em cuidados paliativos oncológicos e de forma específica apresentar
evidências científicas sobre: a definição dos cuidados paliativos; princípios e
caracterização dos cuidados paliativos na oncologia e finalmente apresentar os
desafios e possibilidades da enfermagem nos cuidados paliativos oncológicos. Refere-
se a um estudo do tipo revisão integrativa de literatura em que se configura pela
investigação sistemática e abrangente de estudos técnicos, tendo em vista
proporcionar uma produção referente ao conhecimento sobre a temática tratada. À face
do exposto, espera-se que esta revisão possa contribuir para novas pesquisas, no
intuito de que seja viável entender melhor o campo de estudo do cuidado paliativo na
oncologia.Essa pesquisa será desenvolvida de Janeiro a Dezembro de 2024 para a
coleta de informações será utilizada uma pesquisa biográfica em artigos e jornais.

Palavras-chave: Enfermeiro. Cuidados Paliativos. Câncer. Assistência.


5

SUMÁRIO

1. Introdução.........................................................................................................5
1.1. Justificativa............................................................................................7
1.2. Objetivos................................................................................................8

1.2.1 Objetivos Geral........................................................................................8

1.2.2 Objetivos específicos...............................................................................8

2 Evolução histórica e a importância dos cuidados paliativos...............................8

2.1 A fisiopatologia e manifestações clínicas do


câncer.......................................11

3. Cuidados de enfermagem ao paciente oncológico com ênfase na assistência de

enfermagem...........................................................................................................16

4.Principais tipos de câncer....................................................................................20

5. Considerações
finais...........................................................................................21
6

1 INTRODUÇÃO

Os cuidados paliativos se originaram na antiguidade, meados do século XVII, com


as primeiras definições sobre cuidar. Eram abrigadas em monastérios todas as
pessoas que necessitavam de cuidados especiais. Esta forma de hospitalidade tinha
como característica o acolhimento, o alívio do sofrimento, a proteção, mais do que a
busca pela cura (HERMES; LAMARCA, 2013).

Porém, de acordo com a Abrale – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia –


os cuidados paliativos na contemporaneidade foram pensados apenas para o
tratamento oncológico, mas atualmente abrange qualquer doença que ameace a vida
por ser progressiva ou até mesmo incurável. Outro fato importante para a Abrale, é a
desmistificação da ideia de que, cuidados paliativos só devem ser empregados, usados
quando não há mais possibilidade de tratamento e o paciente estiver em estado
terminal. Isto não é verdade, uma vez que seu principal objetivo é promover a
qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares por meio de prevenção e alívio do
sofrimento (ABRALE, 2020).

O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e já está entre as


quatro principais causas de mortes na maioria dos países. A mortalidade por câncer
vem crescendo gradualmente, em partes pelo envelhecimento, pela expansão
populacional, como também na prevalência dos fatores de risco do câncer,
relacionados principalmente às condições e desenvolvimentos socioeconômicos. Os
hábitos e estilo de vida, também, é um fator importantíssimo para o desenvolvimento
neoplásico, como a alimentação inadequada, o sedentarismo, entre outros (INCA,
2020).

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (2020), há fatores internos e


externos que contribuem para o seu crescimento, entre 80% (oitenta por cento) e 90%
(noventa por cento) estão associados a causas externas. Significa que atualmente o
câncer está diretamente relacionado ao ambiente vivido e o estilo de vida que levamos.
7

A neoplasia surge a partir de uma mutação genética, ocorrendo assim, o


crescimento anormal do número de células. Esse aumento celular foge do controle do
organismo, causando consequências graves. O câncer pode ser denominado maligno e
benigno. A neoplasia benigna é de crescimento lento e organizado, representado por
células semelhantes presentes no tecido normal, já a neoplasia maligna tem seu
crescimento rápido, composto por células diferentes do tecido, podendo assim causar
metástase, que é quando o tumor se desprende do tecido primário e entrar na corrente
sanguínea, circulando pelo organismo e se estabelecer em outros órgãos (INCA, 2019).

Nas últimas décadas o câncer vem se disseminando em uma velocidade


assustadora. O INCA estima que no ano de 2020 foram mais de 700.000 pessoas,
homens e mulheres, diagnosticadas com a doença no Brasil. Esses dados alarmantes
são de pesquisas realizadas pela Coordenação de Prevenção e Vigilância/Divisão de
vigilância e Análise de Situação do próprio Instituto (INCA, 2019).

O câncer é uma doença crônica que acarreta dor, sofrimento e diversos


transtornos aos pacientes e seus familiares. Uns números grandes de pessoas, de
todas as idades e de ambos os sexos, têm sido acometidas por este mal. Por se tratar
de uma doença ativa, progressiva e ameaçadora, podendo levar à morte, causa
sentimentos de medo, insegurança e não aceitação (INCA, 2012).

Segundo Teixeira e Fonseca (2007), por muito tempo o câncer foi visto de
diversas formas, e sua história foi marcada pelo incessante esforço de entendê-la e
controlá-la. Entretanto sua complexidade e suas várias formas mostraram-se como
limitadoras, dificultando a ação terapêutica e consequentemente uma cura definitiva
para este mal que há séculos aflige a humanidade.

Segundo informações do INCA nos dias de hoje o câncer é uma das maiores
causas de morte do mundo, mais de 12 milhões de pessoas são diagnosticadas todo
ano com câncer e cerca de oito milhões morrem. No Brasil, o INCA estimou em 700 mil
novos casos da doença para 2020. Se medidas efetivas não forem tomadas, haverá 26
milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por ano no mundo em 2030 (BRASIL,
2011).
8

Porém, segundo Barreto e Trevisan (2015), aconteceram diversos avanços para o


tratamento do câncer. De modo geral, radioterapia, quimioterapia e cirurgia são os
meios mais comuns de tratamento utilizados. Entretanto a Hormonioterapia e a
imunoterapia também são utilizadas para o tratamento de alguns tipos de tumores.
Essas técnicas podem ser empregadas separadamente ou em uso combinado, levando
em consideração que a opção de tratamento deve ser estabelecida segundo o tipo de
câncer e o estágio da doença, a fim de assegurar melhores resultados.

Apesar dos avanços da medicina no sentido de oferecer mais opções de


tratamento, o índice de mortalidade por câncer tem aumentado bastante nas últimas
décadas. Porém, ainda que esta realidade traga muito medo e insegurança, morrer é
um processo natural e com os muitos progressos da medicina a tendência é prorrogar
este momento (BRASIL, 2009).

As ações do enfermeiro são compreender todo o processo de assistência ao


paciente oncológico, levando em consideração os múltiplos aspectos de complexidade
como: físicos, psicológicos, sociais, culturais, espirituais e econômicos. A equipe de
Enfermagem é o maior elo direto com o paciente durante o tratamento oncológico, o
enfermeiro deverá trabalhar em conjunto com os demais profissionais a fim de
promover um atendimento integral, seguro e humanizado para o paciente e para a
família.

O tema abordado é de grande magnitude para a pesquisa apresentada, pois, os


casos neoplásicos vêm crescendo de forma significante, segundo o Instituto Nacional
de Câncer (2019), sendo, uma das principais causas de mortalidades entre homens e
mulheres.

Os cuidados paliativos são primordiais no estágio final de um paciente neoplásico,


a equipe de Enfermagem atua no modo interdisciplinar, visando reduzir o sofrimento e
promover conforto e dignidade humana ao paciente oncológico e sua família. O
enfermeiro demonstra um compromisso em prol de um cuidar que tem a qualidade de
vida como objetivo principal, afim de, oferecer uma vida melhor a curto prazo, ao invés
de prolongar o sofrimento (ANCP,2012).
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1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Compreender os cuidados da Enfermagem realizados a pacientes oncológicos em


estágio final priorizando uma assistência de qualidade.

1.2.2 Objetivos específicos

1. Apresentar a evolução histórica e a importância dos cuidados paliativos;

2. Descrever a fisiopatologia as manifestações clínicas da evolução do câncer;

3. Definir os cuidados de Enfermagem ao paciente oncológico com ênfase na


assistência de Enfermagem

2.1 Evolução histórica e a importância dos cuidados paliativos.

De acordo com pesquisas os Cuidados Paliativos surgiram para amenizar a dor


daqueles que sofriam de dores e não tinham cura de suas doenças. Com base em
dados históricos, os cuidados paliativos não eram tidos como uma prática comum.
Pesquisadores informam que era tida como uma prática que desagradava a Deus.
Neste sentido Capelas et al. (2014) afirmam:

Até o século IV a.C. não se considerava tratar o doente durante o seu processo
de morte. Os médicos tinham medo de fazê-lo, pelo risco de serem castigados
por estarem a desafiar as leis da natureza. Após a propagação do Cristianismo,
estabelece-se a necessidade de ajudar estas pessoas, surgindo a primeira
instituição para ajudar os desprotegidos, doentes e moribundos em Roma, por
Fabíola, como resultado do seu compromisso cristão (CAPELAS et al.
(2014,p.8).

As pesquisas apontam que os cuidados paliativos surgiram na antiguidade, com o


objetivo de amenizar a dor e o sofrimento das pessoas atormentadas por dores físicas.
As pessoas que se dispõe a cuidar na maioria das vezes não tinham conhecimento
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técnico, tinham apenas compaixão pelo próximo. Coli (2020), transcreve que o início
dos cuidados paliativos se deu no decorrer das Cruzadas na Idade Média, onde era
comumente encontrado lugares denominado hospícios, que tinham como propósito
acolher doentes, pessoas com fome, mulheres com dores de parto, pessoas em
condições de miserabilidade, os conhecidos como leprosos e órfãos.

É claro e notório que os responsáveis pelo pioneirismo com os cuidados paliativos


objetivavam amenizar o sofrimento dos doentes, sejam dores físicas ou psicológicas. A
evolução histórica dos cuidados paliativos a nível internacional teve seu marco,
segundo Capelas et al. (2014), na década de 1960 com a psiquiatra suíça Elizabeth
Kübler-Ross pioneira da Tanatologia (estudo da morte), e a inglesa Dame Cicely
Saunders (enfermeira, assistente social e médica oncologista), que levantaram a
bandeira do cuidado (humanismo) diante do sofrimento do outro.

. De acordo com Figueiredo (2011), o pioneirismo no Brasil nasceu em Porto Alegre


(RS), com a Profa. Dra. Miriam Martelete, anestesiologista, que no ano de 1979
instituiu o Serviço de Dor no Hospital de Clínicas, e no ano de 1983 o Serviço de
Cuidados Paliativos. Logo depois, foi a vez da cidade de São Paulo (SP), com o
médico fisiatra Dr. Antônio Carlos Camargo de Andrade Filho instituindo o Serviço de
Dor da Santa Casa no ano de 1983 e no ano de 1986 fundou o Serviço de Cuidados
Paliativos. Em seguida no Rio de Janeiro, no ano de 1989, foi a vez do Instituto
Nacional do Câncer com o GESTO (Grupo Especial de Suporte Terapêutico
Oncológico).

Portanto, com base nas datas, é possível afirmar que os cuidados paliativos são
recentes no Brasil. De acordo com Figueiredo (2011), foi na direção de José Serra que
o Ministério da Saúde publicou a Portaria 3535/1998, determinando a obrigatoriedade
dentro das unidades de Centro de Alta Complexidade em Oncologia - CACON de
qualquer categoria, a celebrarem contratos de terceirização com o Sistema Único de
Saúde - SUS, para prestarem um Serviço de Dor e Cuidados Paliativos.

Carvalho e Parsons (2012), observam que o Cuidado Paliativo no Brasil iniciou na


década de 1980 e cresceu significativamente a partir do ano 2000, consolidando
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cuidados já existentes, pioneiros e com a criação de outros não menos importantes.


Atualmente surgem iniciativas novas a todo o momento em todo o Brasil.

Apesar de recente aqui no Brasil, o cuidado paliativo é de suma importância para


todas aquelas pessoas que estão passando por momentos difíceis e dolorosos em sua
vida. Figueiredo (2011) traz a seguinte informação:

O Instituto Nacional do Câncer – INCA, calculou que a mortalidade por câncer


em 2010 fosse de 319.596 doentes por todo o país. Ora, a Organização
Mundial da Saúde – OMS calcula que 70% a 80% dos doentes que falecem por
câncer, o fazem com sofrimento insuportável. Usando no caso do Brasil o
índice menor, isto é 70%, vê-se que 111.858 doentes morreram com intenso
sofrimento! Supondo que existiriam 100 unidades de Serviço Paliativo em 2010
em todo o país, que cada uma delas tivesse capacidade para um atendimento
anual de 200 pessoas, seriam 20.000 doentes. Subtraindo esse último número
de 111.858 ficamos com 91.858 doentes morrendo miseravelmente! E some-se
a isso, que o crescimento anual de câncer diagnosticado no Brasil é de 2% ou
pouco mais (FIGUEIREDO, 2011, p.2).

É por meio do cuidado paliativo que é possível ouvir para cuidar melhor. Entender
a dor para amenizá-la. Neste sentido Andrade; Costa e Lopes (2013, p.2526), abordam
que é “no momento que o profissional se comunica com o paciente, vivencia a
terminalidade de maneira adequada, fortalece o vínculo, adquire confiança e quase
sempre, consegue decifrar informações essenciais e amenizar lhe ansiedade e a
aflição”.

É por esta e muitas outras razões que o cuidado paliativo é considerado como
uma melhora na qualidade de vida do doente, seja em estado terminal ou em um
estado difícil, não importa o estágio da doença. O objetivo é oferecer uma humanização
ao seu tratamento. Para Coli (2020), o tratamento paliativo necessita ser iniciado
simultaneamente ao tratamento curativo, aplicando dessa forma todos os esforços
necessários para melhor compreender e controlar os sintomas do doente. Os cuidados
paliativos têm que ser vistos como parte da assistência completa à saúde, no
tratamento de todas as doenças crônicas, e em programas de atenção aos idosos.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer - INCA – o câncer é a


segunda causa que mais mata no Brasil. Se trata de uma doença progressiva e
12

crônica, provocando em inúmeras pessoas muitas dores e em seus familiares muita


angústia e tristeza. E o cuidado paliativo é um meio de amenizar e demonstrar que os
funcionários da saúde sentem empatia e compaixão pelo seu estado (ANCP, 2012).

Silva e Hortale (2006, p. 2059), asseguram que “os cuidados paliativos podem e
devem ser oferecidos o mais cedo possível no curso de qualquer doença crônica
potencialmente fatal, para que esta não se torne difícil de tratar nos últimos dias de
vida”.

Dado a sua importância e necessidade, o cuidado paliativo tem objetivo a


alcançar. No site do Instituto Nacional do Câncer é apresentado o objetivo dos
cuidados paliativos como sendo promover a qualidade de vida do paciente e de seus
familiares através da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce de
situações possíveis de serem tratadas, da avaliação cuidadosa e minuciosa e do
tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais
(ANCP, 2012).

A conceituação de cuidado paliativo é apresentada pela Organização Mundial de


Saúde. E é transcrita por Silva e Hortale (2006), da seguinte maneira:

"Cuidados paliativos é uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos


pacientes e seus familiares frente a problemas associados à doença terminal,
através da prevenção e alívio do sofrimento, identificando, avaliando e tratando
a dor e outros problemas, físicos, psicossociais e espirituais” (SILVA;
HORTALE, 2006, p. 2059).

Portanto o cuidado paliativo é um conjunto de condutas realizado pelos


profissionais de saúde com o objetivo de amenizar e melhorar a dor e o sofrimento do
paciente e de sua família, uma vez que o câncer em seu estágio terminal é muito
sofrido e doloroso.

2.2 A fisiopatologia e manifestações clínicas do câncer.


13

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (2012), o vocábulo câncer vem do grego


karkínos, e quer dizer caranguejo, e foi Hipócrates (viveu entre 460 e 377 a. C.), o pai
da medicina quem mencionou tal palavra pela primeira vez. O que deixa evidente que
não se trata de uma doença nova. Pois foi diagnosticada em múmias egípcias
comprovando sua existência há pelo menos 3 (três) mil anos antes de Cristo. Na
atualidade, o câncer nominal é utilizado de forma geral para nominar o conjunto de
mais de 100 doenças, com características comuns do crescimento desordenado de
células com tendência de invasão de tecidos e órgãos vizinhos.

Bastos (2014), afirma que o câncer tem como principal característica o


crescimento descontrolado de células que passaram por mutações de genes que
comandam o crescimento e a mitose celular. Constituindo basicamente uma
enfermidade nas células que não apresentam mecanismos de desvios de controle
responsáveis pela proliferação e diferenciação celular.

Figura 1 – Célula cancerígena


14

Fonte – Instituto Nacional de Câncer – INCA, 2022.

Portanto a Fisiopatologia do câncer é apresentada por esta multiplicação celular


descontrolada, ou seja, enquanto uma célula normalmente tem seu crescimento
controlado por meio do equilíbrio entre fatores estimulantes e fatores inibidores, as
células propensas ao câncer rompe este equilíbrio, e inicia-se então um processo de
proliferação celular desordenado, com o surgimento de células com propensão ao
crescimento e divisão anômalos, insensíveis aos mecanismos reguladores normais,
que levam ao surgimento de neoplasias (BRASIL, 2008).

De acordo com Hermes; Lamarca (2013), para que as células tumorais sejam
geradas, é necessário que aconteça um processo denominado de oncogênese,
também conhecido como carcinogêneas. A oncogênese tem como característica
alterações que ocorrem no DNA celular por meio de mutações de genes responsáveis
por controlar o crescimento e a mitose celular. Esses genes mutantes são conceituados
de oncogênese. E para que a célula seja considerada cancerosa é preciso dois ou mais
oncogênese presentes em sua composição. Ressalvando que uma única mutação,
raramente procede na formação de um tumor. E para que aconteça o câncer são
necessárias várias mutações efetivando a modificação genética celular, que
progressivamente irá interferir nos mecanismos responsáveis pela proliferação,
diferenciação celular.

Para os pesquisadores a principal diferença entre as células saudáveis e as


doentes são que as normais morrem enquanto que as cancerígenas não morrem.

O crescimento das células cancerosas é diferente do crescimento das células


normais. As células cancerosas, em vez de morrerem, continuam crescendo
incontrolavelmente, formando outras novas células anormais. Diversos
organismos vivos podem apresentar, em algum momento da vida,
anormalidade no crescimento celular – as células se dividem de forma rápida,
agressiva e incontrolável, espalhando-se para outras regiões do corpo –
acarretando transtornos funcionais. O câncer é um desses transtornos (Brasil,
2011, p. 18).

Santos; Gonzaga (2018), afirmam que o câncer representa um conjunto de mais


de cem doenças e é qualificado por ser uma enfermidade complexa com potencial
15

mutacional, proliferativo, com crescimento celular descontrolado e atípico, em que as


células neoplásicas podem invadir tecidos e órgãos adjacentes, com capacidade
migratória para regiões distantes do organismo definindo o conceito de metástase.

Com base em dados do Instituto Nacional de Câncer (2012), é possível afirmar


que os efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos ou carcinógenos são os
responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor. A carcinogêneas é
determinada pela exposição a esses agentes, em uma dada frequência e em dado
período de tempo, e pela interação entre eles. Devendo ser consideradas, no entanto,
as características individuais, que facilitam ou dificultam a instalação do dano celular.

A estimulação para que haja o crescimento se inicia com a liberação de fatores


de crescimento que se ligam às membranas celulares por meio de receptores
dos fatores de crescimento desencadeando ativação de uma cascata de
proteínas transdutoras de sinais. Após a ligação do fator de crescimento a um
receptor específico, ocorre a ativação do mesmo por meio da proteína
transmembrana responsável por ativar proteínas transdutoras de sinais
presentes, tais proteínas ficam localizadas no citoplasma e é efetivada através
do domínio interno do receptor (Bastos, 2014, p.8/9).

O processo de iniciação da carcinogênese é dividido em três estágios: estágio de


iniciação: onde os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que provocam
modificações em alguns de seus genes. Estágio de promoção: as células
geneticamente alteradas, sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como
oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e
gradual. Porém para o acontecimento desta modificação, é preciso extenso e contínuo
contato com o agente cancerígeno promotor. A interrupção do contato com agentes
promotores muitas vezes suspende o processo neste estágio. Alguns ingredientes de
determinado alimento, exposição demasiada e prolongada a hormônios são exemplos
de fatores que proporcionam a transformação de células iniciadas em malignas.
Estágio de progressão: é caracterizado pela multiplicação descontrolada e irreversível
das células alteradas. Nesta fase, o câncer já está hospedado, pronto para progredir
até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Os produtores que
propiciam a iniciação ou progressão da carcinogênese são denominados agentes
16

oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um agente carcinógeno completo, pois


possui componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese (INCA, 2012).

Para que um tumor maligno seja detectado é necessário que o mesmo alcance até
1 cm de diâmetro, tornando-se detectável por meio dos métodos diagnósticos, devendo
conter aproximadamente 10º células alteradas. Não sabendoao certo, o período de
tempo necessário para que o tumor atinja este tamanho, podendo levar anos para que
tal evento aconteça (BARRETO; TREVISAN, 2015).

Os tumores malignos apresentam duas propriedades peculiares: invasão dos


tecidos circunvizinhos e comprometimento à distância (metástase).

A metástase é definida como o comprometimento à distância, por uma parte do


tumor que não guarda relação direta com o foco primário. A disseminação
tumoral é um processo complexo e não de todo esclarecido, que pode ser
dividido em cinco etapas:

1) Invasão e infiltração de tecidos subjacentes por células tumorais, dada a


permeação de pequenos vasos linfáticos e sanguíneos;

2) Liberação na circulação de células neoplásicas, tanto isoladas como na


forma de pequenos êmbolos;

3) Sobrevivência dessas células na circulação;

4) Sua retenção nos leitos capilares de órgãos distantes;

5) Seu extravasamento dos vasos linfáticos ou sanguíneos, seguido do


crescimento das células tumorais disseminadas (BRASIL, 2008, p. 67).

O diagnóstico vem na maioria das vezes quando o paciente procura o médico com
sintomas diversos, a depender da localização da neoplasia. De acordo com dados do
INCA, existem descoberta no estágio bem inicial, de pacientes que foi ao consultório
fazer exames de rotina, estes são raros, mas acontecem; bem como de pacientes que
apesar de sintomas, não busca ajuda médica a tempo e acaba recebendo o
diagnóstico tardio, dificultando o tratamento (BASTOS, 2014).

De acordo com as pesquisas um câncer é considerado em estágio avançado ou


terminal quando as avaliações diagnosticam que sua proliferação atingiu o órgão em
quase sua totalidade ou quando os tratamentos e medicações não surgem os
17

resultados esperados, não responde ao tratamento e a neoplasia continua a disseminar


por outros órgãos, não sendo possível seu controle. Neste caso os médicos
recomendam os cuidados paliativos para amenizar a dor e sofrimento (BRASIL, 2019).

O paciente em estado terminal senti sintomas comuns, que podem ser tratados,
controlados ou aliviados pelos cuidados paliativos. Os sintomas comumente são: dores,
problemas respiratórios, perda de apetite, perda de peso, fadiga, depressão e
ansiedade, confusão, náuseas e vômitos, Constipação. Todavia nem todos os
pacientes vão sentir todos os sintomas. Podendo sentir alguns dos sintomas que
normalmente ocorre quando o câncer avançado atinge diferentes partes do corpo
(INCA, 2012).

As recomendações médicas é de que a qualquer suspeita procure um médico, pois


quanto antes o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Existem câncer raro e
muito agressivo, mas como informado raro, a maioria consegue um resultado
satisfatório quando detectado em fase inicial (BRASIL, 2008).

2.3 Cuidados de enfermagem ao paciente oncológico

O Conselho Internacional de Enfermagem (CIE), declara que “uma pronta


avaliação, a identificação e a gestão da dor e das necessidades físicas, sociais,
psicológicas, espirituais e culturais” é capaz de amenizar o sofrimento e melhorar, de
fato, a qualidade de vida dos pacientes de Cuidados Paliativos e de seus familiares
(ANCP, 2009).

Atender pacientes com câncer requer muito mais que só cuidados. O profissional
de enfermagem se torna uma presença indispensável, seja para medicar ou só mesmo
para ouvir e acalmar. Silva e Cruz (2011, p. 181), afirma que:

Perceber o paciente com câncer traz significados diversos, mudanças de


valores, crenças e atitudes que demandam intervenções apropriadas e
individualizadas, para minimizar a ameaça à sua integridade física e psíquica, o
que leva a enfermeira, e demais profissionais de sua equipe, a confrontarse
18

com sua própria vulnerabilidade e finitude. Assistir ao paciente com câncer vai
além de uma prescrição de cuidados: envolve acompanhar sua trajetória e de
sua família, desde os procedimentos diagnósticos, tratamento, remissão,
reabilitação, possibilidade de recidiva e fase final da doença, ou seja,
vivenciando situações do momento do diagnóstico à terminalidade (Silva e
Cruz, 2011, p. 181).

De acordo com Gutierrez (2001), a terminalidade da vida, acontece no momento


que exaurem todas as possibilidades de cura de uma certa doença e a morte se torna
inevitável. E é neste momento crucial que o cuidado humanizado ao paciente terminal e
seus familiares é de uma importância ímpar.

No Manual de Cuidados Paliativos é apresentado diversas técnicas que o


profissional de Enfermagem deve possuir para melhor atender o paciente em estado
terminal. Dentre elas estão: de cunho pragmático, domínio da técnica de
hipodermóclise, curativos nas lesões malignas cutâneas – frequentemente ditas
“feridas tumorais” – técnicas de comunicação terapêutica, cuidados espirituais, zelo
pela manutenção do asseio e da higiene, medidas de conforto e trabalho junto às
famílias. São considerados requisitos essenciais para a melhor atuação do Enfermeiro
em Cuidados Paliativos (ANCP, 2009).

Além das técnicas citadas acima, existem várias outras como: Nasoentérica -
Troca de sonda, higienização e fixação; Traumáticas e pós-operatórias - Manter o leito
da ferida limpo, livre do risco de infecção, e com curativos diários ou conforme
necessidade; Feridas com presença de infecção ou inflamação - Remover ou reduzir a
infecção e inflamação, controlar a dor, orientar o cuidador quanto aos cuidados com 24
a contaminação e manuseio com o paciente; Hipodermóclise - Higienização e curativo;
Nutrição enteral - Cuidados no preparo da dieta, higienização, administração e
orientações aos familiares e cuidador etc. Porém são usadas caso a caso, dependendo
do paciente e de suas necessidades (BASIL, 2013).

Conforme afirma Silva e Cruz (2011), o câncer evidencia mais que uma dor física
e um desconforto. Ele prejudica os objetivos de vida do paciente, de sua família, seu
trabalho e renda; sua mobilidade, sua imagem corporal, e seu estilo de vida podem ser
drasticamente alterados. Onde tais modificações podem ser transitórias ou definitivas,
19

produzindo consequências que prejudicam a todos, incluindo os profissionais


responsáveis pela assistência, pois cada pessoa tem maneiras ímpar de enxergar o
mundo, e, por conseguinte de enfrentar a doença.

Maciel (2008), afirmar quão é importante amenizar o sofrimento que precede a


morte, oferecendo cuidados paliativos a pacientes e familiares que se deparam com a
ameaça à continuidade da vida.

Fernandes et al., (2013, p. 2590) apresentam os cuidados paliativos como sendo


um “ato de cuidar é uma atividade eminentemente humana que visa promover o bem-
estar do ser fragilizado. O cuidado é parte integrante da vida; sem ele, o ser humano
não conseguiria sobreviver”. E os autores continuam afirmando a importância da
relação entre doente e paciente como “uma relação de afetividade que se configura
numa atitude de responsabilidade, atenção, preocupação e envolvimento com o
cuidador e o ser cuidado”

Os cuidados paliativos proporcionados aos pacientes terminais não antecipam e


nem retardam a morte, eles aliviam a dor e o sofrimento, propiciando melhor qualidade
de vida, até que aconteça de forma natural a morte. Estes cuidados começam com o
diagnóstico da doença e se estendem até o luto. É imprescindível uma equipe
multiprofissional qualificada, com preparo suficiente para que haja interação e muita
dedicação aos pacientes para alcançar os resultados pretendidos (BRASIL, 2008).

De acordo com a prática dos Cuidados Paliativos, a Enfermagem é apresentada,


no contexto humano, como uma resposta consoladora, confortadora de uma pessoa
para outra, em uma fase de necessidade, com vistas ao desenvolvimento do bem-estar
e do vir-a-ser. Nesse cenário, a presença é a qualidade de estar aberto, receptivo,
pronto, disponível para a outra pessoa de modo recíproco (SANTOS, PAGLIUCA;
FERNANDES, 2007).

Assim sendo, de acordo com Andrade; Costa e Lopes (2013, p. 2524):

Os Cuidados Paliativos constituem uma modalidade terapêutica integrada e


multidisciplinar ao portador de câncer em fase avançada, sem possibilidade
terapêutica de cura. Essa possibilidade, descrita como de baixa tecnologia e de
alto contato, busca evitar que os últimos dias do paciente se convertam em dias
20

perdidos, oferecendo um tipo de cuidado apropriado às suas necessidades


(SANTOS; PAGLIUCA; FERNANDES, 2007, p. 351).

Conforme Fernandes et al., (2013), particularizam que neste modelo de cuidar, o


profissional de Enfermagem torna-se capaz de enxergar o mundo e doar seus
fundamentos e práticas essenciais para amparar, cuja prioridade é utilizar-se de
habilidades profissionais para amenizar o sofrimento do paciente em todas as suas
formas. Todavia, para alcançar esses propósitos é de suma importância que este
profissional promova uma assistência pautada no respeito, na humanização e no
acolhimento.

Santos, Pagliuca e Fernandes (2007), asseguram que na equipe de Cuidados


Paliativos, o profissional de Enfermagem exerce um papel ímpar, cujo cuidado inclui
uma visão humanística que considera não somente a dimensão física, mas também as
preocupações psicológicas, sociais e espirituais do paciente.

O profissional de Enfermagem é quem acolhe, ouve, orienta, acalma e que


sempre está por perto. É o primeiro a chegar próximo do paciente acamado. E durante
os Cuidados Paliativos o enfermeiro é considerado o curinga da equipe, sem
desmerecer a importância de toda e equipe multidisciplinar. E compactuando com 26
todas as informações, Santos, Lattaro e Almeida (2011), asseguram que o profissional
de Enfermagem deve respeitar as limitações dos pacientes, possibilitando-lhes
autonomia para o desempenho de ações que dignificam a vida; incentivar a capacidade
do auto cuidado; incluir o paciente e a família nas decisões e cuidados até a sua
finitude; oportunizar condições de planejar e controlar sua vida e doença; e finalmente,
aliviar e fiscalizar os sintomas, especialmente a dor e o desconforto.

A Enfermagem precisa orientar os familiares do paciente e dar suporte


relacionado a dúvidas do tratamento, procedimentos e até mesmo quanto tempo o ente
querido tem. A dor é inevitável, mas o profissional da Enfermagem por meio das
conversas, vai conscientizar os familiares, de modo especial aquele que tem uma
relação mais próxima com o paciente de que a morte é menos dolorosa para ele do
que continuar vivo, porém com muitas dores. É sempre uma conversa difícil, mas
necessária. Também é orientado a família a se alimentar bem, fazer as refeições
21

normais, cuidar dos sentimentos, uma vez que, o paciente já se encontra em


sofrimento, e não deve sentir o sofrimento da família. Eles precisam estar fortes para
ajudar e confortar o acamado. A família necessita entender que com os sentimentos
nos lugares poderão enfrentar melhor os altos e baixos da doença e principalmente
saberão lidar com a depressão, tristeza e angústia do parente doente (BRASIL, 2019)

2.4 Principais tipos de câncer

Guerra, Bustamante, Corrêa, Abreu, Curado, Mooney, Naghavi, Teixeira,


França, Malta (2015). Os principais tipos de câncer em homens são próstata, câncer
de pele e intestino. Nos idosos com câncer observasse maiores prevalência de
hipertensão arterial, doenças do coração, pressão e doenças respiratórias crônicas.

Nas mulheres são câncer de mama, ele e intestino ouve aumento em cânceres de
pulmão em mulheres e de colo de reto em homens.

Monica soldan (2017) A maioria dos diagnósticos ocorre entre os 50 anos de


idade um pico de incidência em torno dos 70 aos 75 anos e mais frequente em
homens. Fatores de risco relacionados ao câncer de pâncreas são: tabagismo,
pancreatite crônica, cirrose, obesidade, sedentarismo, dieta rica em gordura e
colesterol.

Teixeira; Araújo (2020), segundo, No século xx com clareza, para entender a


transformação e evoluçãdo câncer de mama, de agravo inespecífico, incurável e de
baixa incidente, ele se transformou num mal cada vez mais conhecido pela população
em geral, vários fatores contribuíram para mudanças; o desenvolvimento do
conhecimento médico, novas tecnologias, avanço de tecnologia diagnóstico,
terapêuticos, avanço da urbanização e industrializado, especialização médica etc.

Rodrigues; Cruz e Paixão (2015), afirmam que o câncer de mama atinge toda as
nações, transformando em uma pandemia, as grandes taxas de mulheres com o
tumor maligno mamário, ocorre em países em grande desenvolvimento, e com isso o
diagnóstico e precoce e avançando para um tratamento imediato, diminuindo os
22

números de mortalidade. O câncer de mama é um crescimento


descontrolado de células (células dos lobos, células produtoras de
leite, ou dos ductos, por onde é drenado o leite), que adquirem
características anormais, causadas por uma ou mais mutações no
seu material genético.

A doença ocorre quase que exclusivamente em mulheres, mas os homens


também podem ter câncer de mama. Santos(2023), O câncer de mama é um problema
de saúde pública, pois é o tipo de câncer mais incidente e que mais leva ao óbito as
mulheres brasileiras. Existem vários fatores de risco para o câncer de mama e, um
deles, presente em cerca de 10% dos casos diagnosticados é a mutação em genes de
predisposição ao câncer de mama e ovário.
Segundo o inca os óbitos por câncer de mama ocupam o primeiro lugar no país,
representando 16,3% do total. Sudeste (17,2%) e Centro-Oeste (16,8%), seguidos pelo
Nordeste (15,6%) e Sul ( 15,5%).

SARRIS, CANDIDO, Pucci FILHO, STAICHAK, TORRANI,SOBREIRO. Próstata


é uma glândula presente em homens, cuja principal função é facilitar a fecundação. O
câncer de próstata é o segundo tumor mais comum em homens no Brasil e o segundo
em termos de mortalidade por câncer. Tem Diversos fatores de risco estão ligados ao
desenvolvimento do câncer de próstata: etnia negra, idade avançada, histórico familiar
positivo para esse tipo de câncer, exposição à testosterona e outros hormônios
similares, tabagismo, obesidade, entre outros

O câncer de próstata (CaP) é uma doença altamente prevalente no mundo inteiro.


O seu rastreamento é preconizado através do toque retal e dosagem do PSA em
homens a partir dos 50 anos ou a partir dos 45 anos de idade, caso haja a presença de
fatores de risco.

REFERENCIAL TEÓRICO
23

Cuidados paliativos é uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos


pacientes e seus familiares frente a problemas associados à doença terminal, através
da prevenção e alívio do sofrimento, identificando, avaliando e tratando a dor e outros
problemas, físicos, psicossociais e espirituais. RIBEIRO, Júlia Rezende; POLES, Kátia
(2019).

A abordagem ao paciente e à família é feita por equipe multiprofissional composta


por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais,
psicólogos, fonoaudiólogos e farmacêuticos, em atividades diretamente ligadas às
necessidades biopsicossociais. Entretanto, administrativos, motoristas, capelães,
voluntários e cuidadores também acompanham e apoiam os membros da família e da
equipe em prol do bem-estar do paciente.

Hospital do Amor da Amazônia é referência no estado de Rondônia. O Hospital do


Amor da Amazônia funciona com consultas, exames e quimioterapia, radioterapia,
cirurgias e atendimentos 24 horas na emergência. Em 2022, o Hospital de Amor (HA)
realizou 1.673.441 atendimentos (entre consultas, procedimentos e exames) nas
nossas unidades de prevenção, tratamento e reabilitação espalhadas pelo Brasil. Isso
dá uma média de 4.585 atendimentos por dia, 191 por horas e quase 3 atendimentos a
cada minuto.

DELINEAMENTO METODOLÓGICO

Será feito uma pesquisa do tipo bibliográfica por meio de revisão exploratória da literatura.
De acordo com a citação do autor. Para a coleta utilizado no material na revisão bibliográfica
realizada nesse trabalho. Foram utilizadas as seguintes bases de dados; Google acadêmico,
Google Scholar, INCA, SciELO. Pubmed.

Fonte: Autoria Própria, 2024

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
24

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que você precisa saber sobre. São Paulo, 2020.

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