E01706 Construindo Tradues e Interculturalidade Revisado
E01706 Construindo Tradues e Interculturalidade Revisado
E01706 Construindo Tradues e Interculturalidade Revisado
Ricardo Vieira
Agregado em Antropologia da Educação, ESECS.IPLeiria e CICS.NOVA.IPL
E-mail: [email protected]
ISSN 2447-9837
VIEIRA, Ricardo; VIEIRA, Ana Maria; MARQUES, José Carlos
RESUMO:
Ensinar e aprender implicam uma comunicação intercultural, uma comunicação entre
diferentes. O insucesso decorre, muitas vezes, da não contextualização e da não tradu-
ção entre margens culturais, da ausência de uma mediação intercultural e sociopeda-
gógica que permita que a novidade faça sentido para os aprendentes. A aprendizagem
implica uma mediação intercultural ou mesmo intrapessoal, materializável numa media-
ção sociopedagógica a partir das margens culturais donde provêm os educadores e os
educandos, tornando cada self menos monocultural e, pelo contrário, mais completo
e mestiço de si e dos outros. Por isso, mais intercultural. No âmbito deste argumento,
este texto pretende apontar reflexões e modelos de ação para a construção de peda-
gogias mediadoras e interculturais como socioantropologias aplicadas à educação, seja
esta escolar ou não escolar, ilustrados com contextos portugueses particularmente li-
gados à integração de imigrantes na sociedade portuguesa.
PALAVRAS-CHAVE:
Mediação intercultural. Mediação sociopedagógica. Tradução. Interculturalidade.
ABSTRACT:
Teaching and learning imply intercultural communication, communication between
different people. Failure often stems from the non-contextualization of non-transla-
tion between cultural margins, the absence of an intercultural and socio-pedagogical
mediation that allows the novelty to make sense for learners. Learning implies an in-
tercultural or even intrapersonal mediation, materialized in a socio-pedagogical media-
tion from the cultural margins from which educators and students come, making each
self less monocultural and, on the contrary, more complete and mestizo of itself and
others. So, more intercultural. Within the scope of this argument, this text intends to
point out reflections and action models for the construction of mediating and inter-
cultural pedagogies as socio-anthropologies applied to education, be it school or non-
-school, illustrated with Portuguese contexts particularly linked to the integration of
immigrants in Portuguese society.
KEYWORDS:
Intercultural mediation. Socio-pedagogical mediation. Translation. Interculturality.
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Construindo traduções e interculturalidade entre margens culturais distintas:
a mediação sociopedagógica como socioantropologia aplicada ao ensino e à aprendizagem
RESUMEN:
Enseñar y aprender implica comunicación intercultural, comunicación entre diferentes
personas. El fracaso muchas veces proviene de la no contextualización de la no traduc-
ción entre márgenes culturales, la ausencia de una mediación intercultural y sociope-
dagógica que permita que la novedad cobre sentido para los educandos. El aprendi-
zaje implica una mediación intercultural o incluso intrapersonal, materializada en una
mediación sociopedagógica desde los márgenes culturales de donde provienen edu-
cadores y educandos, haciéndose cada uno menos monocultural y, por el contrario,
más completo y mestizo de sí mismo y de los demás. Entonces más intercultural. En el
marco de esta argumentación, este texto pretende señalar reflexiones y modelos de
acción para la construcción de pedagogías mediadoras e interculturales como socioan-
tropologías aplicadas a la educación, sea escolar o no escolar, ilustrada con contextos
portugueses particularmente vinculados a la integración. de los inmigrantes en la socie-
dad portuguesa.
PALABRAS CLAVE:
Mediación intercultural. Mediación sociopedagógica. Traducción. Interculturalidad.
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a mediação sociopedagógica como socioantropologia aplicada ao ensino e à aprendizagem
[...] sem educação não há cidadão e a cidadania global não se constrói dis-
criminando os grupos sociais subalternizados, violando os direitos políticos
e civis, económicos e sociais, ambientais, todos eles interdependentes e a
necessitarem de políticas que os legitimem (Peres, 2002, p. 4).
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Por isso, é preciso saber interpretar culturas (Geertz, 1989), traduzi-las bilate-
ralmente e buscar pontos de entendimento, o que seria o resultado de um processo
de mediação intercultural. E tal não é fácil, como veremos. Pensando particularmente
sobre o trabalho educativo/social com imigrantes, com vista à sua integração (assun-
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e acordos em discussão. Mas este processo não é linear e nem sempre tem finais
de história felizes, tal como nos filmes românticos. Os choques de cultura e os cho-
ques interpessoais, que não deixam de ser, também, choques culturais, estão sem-
pre eminentes como hipótese presente e futura. Por isso é importante refletir sobre
os choques de cultura presentes na própria interação pessoal. Eles dependem dos
indivíduos que interagem, cada um com a sua história de vida, daí resultando ora pro-
cessos de interação de forma mais dialogante, intercultural, mediadora, criadora e
transformadora, ora, pelo contrário, mais acentuadores e vinculadores de fronteiras
pessoais e sociais que se transformam em etnoculturais e, por isso, mais monocultu-
rais (Barth, 2004).
Ao interpretarmos uma cultura diferente a partir dos nossos códigos, exem-
plo perfeito do etnocentrismo, estamos a usar a língua apenas do ponto de vista
meramente instrumental para comunicar, e como se as palavras tivessem um mesmo
significado cultural para quem interage. De facto, pode-se falar a mesma língua sem
perfeita compreensão, porque as referências simbólicas não são as mesmas, e cada
palavra pode ter significados diferentes nas realidades culturais de cada sujeito im-
plicado. Se o antropólogo ou um interventor social e educativo não estiver atento a
estas diferenças de significados culturais, ele acaba por, sem consciência de tal, estar
a ser etnocêntrico e não multiparcial (Torremorell, 2008) para captar empaticamente
os sentidos de cada uma das partes envolvidas, promovendo uma efetiva tradução
cultural e uma real mediação intercultural.
Trata-se, no fundo, de buscar entendimentos multitópicos (Vieira, 2013) em si-
tuações variadas entre interlocutores que não partilham a mesma cultura, ou, recor-
rendo a Camilleri e Cohen-Emerique (1989), de como construir algo comum a partir
da alteridade, da diferença entre imigrantes e sociedade de acolhimento, buscando a
valorização e não o esvaziamento ou o deficit cultural.
No caso do imigrante, este procura construir o seu novo eu, situado entre a cul-
tura de origem e a cultura de chegada, separando esses dois mundos, conciliando-os
ou construindo uma terceira dimensão identitária, procurando a via mais segura do
ponto de vista ontológico (Camilleri; Cohen-Emerique, 1989; Serres, 1993). Falamos,
portanto, da complexa questão das estratégias que os sujeitos adotam para gerir os
múltiplos contextos culturais de uma forma que aqueles entendem menos invasiva
na edificação permanente da sua identidade pessoal e social, de modo a evitar a crise
identitária à qual estão particularmente sujeitos na situação de processo migratório.
A gestão das identidades apresenta-se como um terreno dilemático e conflitu-
oso, de negociação incessante entre as condições objetivas e subjetivas. O conceito
de estratégia identitária indica que o indivíduo possui margem de manobra para se
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(re)inventar diferente (Camilleri et al., 1990). É através destas estratégias que a iden-
tidade se constrói ao longo da vida, ainda que nem sempre estas sejam utilizadas de
forma consciente. As reconfigurações identitárias vão depender, assim, dos lugares
estruturais e das possibilidades de agenciamento que neles vão encontrar (Vieira;
Marques; Margarido, 2013).
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de formação, sem dúvida que podem ser úteis, mas não são suficientes. Trata-se da
interiorização de uma dimensão exterior no interior, o que implica aprender a escutar
os silêncios, a tentar traduzir os gestos e as subtilezas das palavras e o sentido que
elas têm para o outro.
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[...] a integração cultural não pode ser mais considerada como um fenóme-
no sui generis, fechado e apertado da vida comum do homem no mundo
lógico próprio. [...] Os elementos da própria negação da cultura são, com
maior ou menor intensidade, incluídos na própria cultura [...]. Os sistemas
não precisam ser interligados exaustivamente para serem sistemas (Ge-
ertz, 1989, p. 180).
Foi por isso que usámos, atrás, o conceito de integração plural [intercultural]
para permitir idealizar um modelo sistémico com diversidade na identidade. De facto,
os portugueses não são todos iguais; não gostam todos da mesma gastronomia, mú-
sica, literatura ou do mesmo modo de vida quotidiano. Idem para os franceses, ale-
mães, americanos, chineses ou outros. Só são iguais no estereótipo. Foi por isso que
a colega de quarto de Chimamanda, escritora nigeriana que emigrou para os Estados
Unidos, ficou abismada quando a ouviu falar inglês, de modo perfeito, e ficou confu-
sa quando Chimamanda explicou que a língua oficial da Nigéria era o inglês. Perante
a busca do exotismo, a colega pediu para ouvir a música tribal e ficou dececionada
quando Chimamanda, então com 19 anos, lhe mostrou música de Mariah Carey. Nas
suas próprias palavras:
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Numa época como a nossa, ninguém ignora que a resolução pacífica dos
conflitos constitui um dos grandes desafios da sociedade actual. Por outro
lado, as instituições educativas sentem, cada vez com maior premência, a
necessidade de dispor de técnicas e processos eficazes, de modo a pode-
rem dar resposta a uma crescente diversidade de personalidades com dife-
rentes interesses, desejos e necessidades, que dão origem a uma multipli-
cidade de situações de divergência interpessoal (Seijo-Torrego, 2003, p. 4).
E gerir essas diferenças de modos de ver, pensar, agir, gerir essas tensões de
forma a transformar o conflito num elemento enriquecedor para as partes “requer
a utilização de certas competências e procedimentos, entre os quais a mediação”
(Seijo-Torrego, 2003, p. 5).
Gerir essas diferenças, de forma não desigual, é implicarmo-nos num trabalho
de negociação que denominamos aqui de mediação escolar e/ou sociopedagógica:
“Por vezes, os professores, ao terem de trabalhar com todos os alunos numa sala de
aula, sentem dificuldade em comunicar com eles. Foi esta realidade que deu origem
ao regresso do método tutorial ao cenário educativo” (Baudrit, 2009b).
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Nos anos 1960, nos Estados Unidos, a atenção à imigração levou a que os pro-
fessores americanos se vissem confrontados com alunos provenientes de culturas
muito diversas, e que nem sequer falavam a “língua da escola”:
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