Avaliação Do Processo Ensino Aprendizagem
Avaliação Do Processo Ensino Aprendizagem
Avaliação Do Processo Ensino Aprendizagem
AVALIAÇÃO DO PROCESSO
ENSINO APRENDIZAGEM
Apresentação................................................................................................................................... 3
Programa da Disciplina ................................................................................................................ 6
Espero que você interaja com o material aqui disponibilizado e que este
possa auxiliá-lo no seu processo de ensino aprendizagem durante o curso e futura
atuação profissional.
3
A avaliação está presente em todo momento de nossas vidas, valendo-se
de julgamentos pré-determinados e alicerçados aos nossos valores.
comparação, apenas para chegar a uma conclusão, ou para tomar uma decisão
com base em critérios sistematizados. Até mesmo na execução das ações mais
Scriven, em 1967, em relação aos currículos, antes de ser estendida aos estudantes
por Bloom em 1971. Portanto, a comunidade educativa e ou pelo menos uma
parcela significativa desta almeja uma avaliação que se consagre como auxílio nas
melhorias e acompanhamento das aprendizagens, capaz de orientar o aluno para
Nessa perspectiva, o erro não seria uma falta a ser reprimida, mas uma
fonte de informação e isso tanto para o professor, cujo dever é analisar a
produção e, através dela, a situação do aluno, como para o aluno, que precisa
compreender seu erro para não mais evidenciá-lo em outras situações,
5
Programa da Disciplina
Conteúdos
- Avaliação Institucional.
- Regulação do Estado e mecanismo de avaliação.
6
METODOLOGIA
3) Trabalhos de pesquisa.
7
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Libertad, 2008.
Bibliografia Complementar
8
UNIDADE 01 - O CONCEITO DE AVALIAÇÃO E A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA
ESTUDANDO E REFLETINDO
“A melhor maneira que a gente tem de fazer possível amanhã
alguma coisa que não é possível de ser feita hoje, é fazer hoje
aquilo que hoje pode ser feito. Mas se eu não fizer hoje o que
hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que hoje não pode ser
feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude
fazer”. Paulo Freire
9
Em nossa sociedade, de um modo geral, ainda é bastante comum as
pessoas entenderem que não se pode avaliar sem que os estudantes recebam
uma nota pela sua produção. Avaliar, para o senso comum, aparece como
BUSCANDO CONHECIMENTO
Avaliar com eficácia e eficiência: análise dos vários instrumentos de avaliação sob
uma nova perspectiva pedagógica
O papel da escola esse sentido vai além disso, a escola tem que preparar atores
10
transformadores de sociedade. Dentro dessa concepção, Vasco Pedro Moretto
formula o princípio:
“Uma função social da escola: ajudar a formar gerentes de informação e não meros
acumuladores de dados”.
Vamos analisar cada componente da afirmação:
1. Função social - A escola é uma das muitas estruturas que visa, explicitamente, à
socialização do sujeito. Existe uma realidade construída, isto é, um conjunto de
2...ajudar a formar... - A ajuda que o professor pode dar é planejar sua intervenção
pedagógica visando a facilitar a aprendizagem. Esse planejamento deve levar em
Nesse processo o aluno aprende quando ele se engaja nele, e cabe ao professor
criar um contexto para facilitar a sua aprendizagem. O aluno é um elemento ativo
11
que “as verdades” estabelecidas não podem ser negociadas. O que se negociam
verdade, as teses dos alunos eram simplesmente ignorados pelo professor, pois
este tinha a verdade, que seria transmitida ao aluno que tinha a obrigação de
aprendê-la e depois repeti-la numa prova exatamente como havia sido ensinada.
Sabemos, que quando o professor não usa uma metodologia dialética, o que
Por essa razão, a função do sujeito é muito mais no sentido de ser o gerente
desses dados. Quais seriam as funções do gerente? A ele cabe detectar uma
políticos e os éticos.
É nesse sentido que enfocamos o papel da escola hoje e que se diferencia do
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alcançá-los. O objetivo da nova proposta para o ensino é desenvolver a
contextualizados e sua relevância reconhecida tanto por quem ensina como por
quem aprende.
Conteúdos procedimentais
Antoni ZABALA (1998) apresenta com bastante clareza o que se entende por
conteúdos procedimentais:
“Um conteúdo procedimental - que inclui entre outras coisas as regras, as técnicas,
Conteúdos atitudinais
A escola forma para a vida e para a vivência plena da cidadania. Nessa afirmação
13
“Compreender a cidadania como participação social, assim como exercício de
de cumprir a determinação, pode-se afirmar que a avaliação foi eficaz, pois ela
atingiu o objetivo proposto. No entanto, a eficiência foi pouca se considerarmos
que estes conhecimentos não são relevantes no contexto dos alunos e o processo
de aprendizagem não foi racional, pois aprenderam “de cor” e/ou de forma
isolada.
Algumas características das provas na linha tradicional
comum diante desse tipo de questão: Professor, o que você quer mesmo nessa
questão? Veja que ele não diz: O que diz a questão 5.
dada em aula e tem certeza de que o aluno “sabe o que ele quer como resposta”, e
é isso que irá exigir na correção.
abelhas numa colméia, pois cada grupo de elementos da colméia tem uma
função específica, para que o todo funcione em harmonia. Partindo desta
idéia:
• Descreva a função de, ao menos, quatro grupos de elementos da colméia;
bom contexto.
Questão
o barco onde estava Lars Grael, disse ontem não ter visto o Tornado a tempo de
desviar. (Folha de São Paulo, 10 de setembro de 1998)
no dia do acidente.
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O exame etílico consiste na determinação do teor de álcool etílico (etanol)
encontrado no sangue.
Quantos carbonos, hidrogênios e oxigênios são, respectivamente, encontrados em
b) 2, 5, 1
c) 3, 6, 1
d) 3, 6, 2
Comentário
formulada.
d) Proposições de questões operatórias e não apenas transcritórias
estudo e não um acerto de contas” como nos aconselha Vasco Pedro Moretto em
seus livros citados abaixo.
Referência Bibliográfica
Moretto, Vasco Pedro. Prova - um momento privilegiado de estudo - não um
Disponível em:
http://www.fundacaoromi.org.br/fundacao/nei/projetos.php?p=enc_educ&id_sub
=14
17
UNIDADE 02 - CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO E PROCESSOS DE APRENDIZAGEM
Fundamental.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Educação e Ensino.
década de 1940, com as devidas contribuições aos estudos de Ralph W. Tyler, cujo
princípio é que educar consiste em transformar padrões antigos ou criar novos
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do currículo e do ensino como os objetivos visados constituem
em produzir certas modificações desejáveis nos padrões de
comportamento do estudante, avaliação é o processo mediante o
qual determina-se o grau em que essas mudanças de
comportamento estão realmente ocorrendo (Tyler, 1975,p. 99).
metodologia da época, pois, nesse período, o sistema escolar era tido como
principal responsável pela baixa qualidade de profissionais, pelo despreparo das
19
afastamento essencial, permitindo olhar de longe e focalizar, criticamente, as
BUSCANDO CONHECIMENTO
vestibular"
20
Cipriano Carlos Luckesi é um dos nomes de referência em avaliação da
avaliação escolar: "Um juízo de qualidade sobre dados relevantes para uma
tomada de decisão". Portanto, segundo essa concepção, não há avaliação se ela
1970 em Salvador, apontam para a superação de toda uma cultura escolar que
ainda relaciona avaliação com exames e reprovação. "Estamos trilhando um novo
caminho, que precisa de tempo para ser sedimentado", diz. Luckesi, que é
professor aposentado, orientador de pós-graduandos e integrante do Grupo de
em quem aprende.
Que métodos devem ser usados?
Nós, educadores do início do século 21, somos herdeiros do século 17. O modelo
atual foi sistematizado na época da emergência da burguesia e da sociedade
"não estudam", "não têm interesse" etc. Muitas outras razões, além do próprio
aluno, podem conduzir ao fracasso escolar, como as políticas públicas que
teste: "Quais os números menores de 200 múltiplos de 4 e de 6?" A parte que fala
em "menores de 200" só está lá para confundir o aluno e complicar a questão.
são atendidos meninos que não conseguiram aprender a ler e escrever em até
seis anos. Com uma abordagem correta, alfabetizaram-se em seis meses. Eu
público de fornecer ensino universitário para quem quer estudar. Agora, todo o
ensino, desde o Fundamental, está comprometido com o vestibular. É por isso
que é tão comum a adoção de testes que não medem o aprendizado, mas
treinam para responder perguntas capciosas. Eu proponho que as escolas
cursinho.
O que é preciso para planejar a avaliação de um determinado período letivo?
uma distorção: tomar o livro didático como roteiro de aulas e considerar essencial
o que está ali como ilustração, curiosidade, entretenimento.
muitos, e por anos a fio. O que ocorreu historicamente é que notas ou conceitos
passaram a ser a própria avaliação, o que é uma distorção. Se os registros tiverem
escolhido. Avaliação não precisa ser por observação direta, mas por instrumentos
como teste, questionário, redação, monografia, participação em uma tarefa,
diálogo. Em uma classe numerosa, não posso usar entrevistas de meia hora para
cada aluno. Vou produzir questionários de perguntas fechadas e trabalhar mais de
comprometido com o que acredita, e isso é uma atitude subjetiva, não tem jeito.
Outro aspecto é psicológico e exige autotrabalho para não deixar que questões
424733.shtml
25
UNIDADE 03 - A AVALIAÇÃO NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
ESTUDANDO E REFLETINDO
sucesso.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Afinal, o que o aluno deve aprender?
27
O acompanhamento e a reorganização do processo de ensino e
professor para que este possa colocar em prática seu planejamento de forma
adequada às características de seus alunos.
propostas, perdendo o escasso e precioso tempo escolar de que dispõe. Pode ser
realizada no interior mesmo de um processo de ensino e aprendizagem, já que os
percorrido pelo aluno e o produto por ele realizado, observamos, também, suas
atitudes e comportamentos: participação, interesse, iniciativa, autonomia,
28
Essas manifestações devem ser avaliadas?
notas?
Até que ponto a avaliação formal desses
parte do docente.
A atribuição de notas, além de não ajudar os alunos a desenvolver atitudes
29
UNIDADE 04 - AS PROVAS COMO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ESTUDANDO E REFLETINDO
podem estar relacionados a outros fatores, que nada têm a ver com a maior ou
menor apropriação dos conhecimentos testados e analisados: falta de
ciência do que acertou e errou, o porquê e quais as providências que devem ser
tomadas para promover melhorias no resultado e aquisição do conhecimento.
pelos alunos ao final de um período de trabalho, seja este determinado pelo fim
de um bimestre, ou de um ano, seja pelo encerramento de um projeto ou
sequência didática.
Na realidade, a avaliação contínua do processo acaba por subsidiar a
aprendeu sobre os conteúdos trabalhados. Tais momentos, por outro lado, são
importantes por se constituírem boas situações para que alunos e docentes
31
BUSCANDO CONHECIMENTO
Uma reunião de formação vai ajudar os professores a elaborar exames cada vez
mais eficientes para a avaliação dos alunos
Cinthia Rodrigues
Temida pelos alunos e questionada quanto aos resultados, a prova deixou de ser
o único instrumento de avaliação usado pelo professor. Hoje, ele dispõe de outras
pode ser uma ótima aliada para produzir um bom diagnóstico do que a turma
aprendeu. O resultado de uma prova vai servir de parâmetro para que o professor
aprimore seu planejamento e seu trabalho em sala de aula. Para que seja
eficiente, porém, ela precisa ser preparada com cuidado e o coordenador
pedagógico pode ajudar muito a equipe (veja os pontos que devem ser levados em
consideração na elaboração de uma prova nos infográficos do último quadro).
terá sua importância", afirma Jussara Hoffmann, autora de livros sobre o tema e
uma das críticas dos testes feitos apenas para atribuir um conceito aos alunos.
abaixo).
Pauta da reunião
Oficina de prova
- Marque com os professores um encontro de formação para falar sobre os
métodos de avaliação e o papel da prova escrita. Para que haja exemplos, peça ao
grupo um exame elaborado com base no caderno de um aluno.
aprenderam.
33
O principal problema destacado por especialistas é a falta de conexão entre as
provas e o dia a dia da sala de aula. "As práticas pedagógicas estão mais
diversificadas. Contudo, na hora de avaliar, os professores dão para o aluno uma
folha com questões que não têm nenhuma relação com as atividades que ele está
habituado a fazer", afirma Jussara .
O correto é tomar como base não apenas o conteúdo ensinado em sala mas
também a forma como ele foi apresentado. Se uma turma trabalhou em duplas
nas aulas e explorou as possibilidades de respostas de forma colaborativa, por
exemplo, o mesmo método pode ser adotado no exame. "Não há motivo para
fazer da prova uma surpresa para o grupo", afirma Beatriz Cortese, formadora do
possíveis para preparar uma boa prova, o coordenador pode avaliar uma cópia do
exame antes de ele ser dado aos alunos, observando se as atividades conferem
fazer? Pegadinhas ou enigmas são inúteis, pois a equipe não terá condições de
avaliar se o estudante não sabia o conteúdo ou se não entendeu o que foi pedido.
destaca também a importância de entregar aos estudantes provas que não sejam
muito fáceis nem difíceis demais. "O nível do desafio não deve ser nem tão alto
que frustre o aluno, nem tão baixo que o torne desmotivado", explica. O ideal é
34
que o exame não seja muito extenso porque a capacidade de concentração dos
concentração em uma só atividade por cerca de uma hora", afirma Lea. Para evitar
o cansaço, oriente os professores a mesclar perguntas objetivas e dissertativas e a
35
UNIDADE 05 - A AVALIAÇÃO MEDIADORA
ESTUDANDO E REFLETINDO
36
Tal referencial: avaliação mediadora se opõe ao paradigma sentencioso e
37
Fonte: Jussara Hoffmann. Avaliação Mediadora: Uma Relação Dialógica na
BUSCANDO CONHECIMENTO.
Entrevista: Jussara Hoffmann
[...]
Pode-se dizer que, atualmente, a avaliação é a maior preocupação dos
professores?
Posso dizer que acompanho essa preocupação das escolas e professores ao longo
ficaram mais pobres, com salários piores, piores leitores, oriundos de cursos de
formação muito menos exigentes.
38
[...]
para que o aluno aprenda mais e melhor, todos os dias. Isso é avaliar.
[...]
Dentro do sistema tradicional, crianças que não atingem notas altas se sentem
diminuídas frente aos colegas. Esse dano à auto-estima das crianças pode ser
irreversível?
A comparação é injusta quando as oportunidades e a ajuda são desiguais. A
participar de uma atividade com todo o empenho que poderiam. Mas quando
entra arbitrariedade nesse julgamento, eles não aceitam. Os alunos são diferentes.
professor é cuidar para que os que não escrevem tão bem sejam mais cuidados
do que aqueles que já escrevem bem. O que se faz, entretanto? Apenas se
para avançarem naquelas áreas. Com certeza, esses que não escrevem bem, por
exemplo, também são melhores em outros aspectos da escola ou da vida. Muitas
vezes são jovens que têm de trabalhar para sustentar a família, são ótimos
músicos, são excelentes jogadores de futebol. E a escola tende a desconsiderar
essas áreas como de menor valor. Não são! Trata-se de pessoas diferentes, só
isso! Nem piores, nem melhores, diferentes, especiais, todos. A comparação é
[...]
muitas vezes nas escolas e que se denomina de “processo avaliativo”? Uma soma
de tarefas que resulta numa soma de notas ou conceitos. Ora, o conhecimento
não é linear e muito menos calculável - uma etapa que se soma à outra e da qual
se calcula um resultado.
40
Avaliar é interpretar um percurso de vida do aluno durante o qual ocorrem
de aprender.
Promover significa proporcionar, oferecer, propiciar diferentes oportunidades.
e/ou construídas.
Construção do conhecimento envolve uma visão epistemológica muito diferente
defendidos, tal como a visão que se tem sobre a construtividade do erro e das
concepções prévias dos educandos. Sem tais fundamentos, não se concebe, de
[...]
hoffmann
42
UNIDADE 06 - A AVALIAÇÃO CRÍTICA E CONSTRUTIVA
ESTUDANDO E REFLETINDO
interativo;
b) Organização e integração de novo material na estrutura cognitiva.
BUSCANDO CONHECIMENTO
44
Recentemente, tenho acompanhado crianças que saíram de uma escola
crianças em suas falas e em suas crenças sobre o que, nesse espaço de ensino,
denominamos de avaliação.
valores, assim como sua expressão. Antes, eu ouvia as crianças dizendo --- “Hoje,
tivemos uma atividade legal na escola”, agora, ouço-as dizendo: “Tirei 3.2, valendo
5”; “Tirei 2, valendo 3”; “Tirei 7. Graças a Deus, já passei nessa unidade; com isso é
mais fácil chegar ao final do ano com 28 pontos, necessários para a aprovação”;
“Amanhã é dia de prova. Todos, na escola, vão fazer prova e vai ser com fiscal”.
Meu Deus, do dia para a noite, os conceitos e os valores deram um salto, para
pior, acredito eu! Neste momento do ano escolar, estamos vivendo os primeiros
dias do mês de maio, portanto a dois meses do início do ano letivo, e, nesse curto
espaço de tempo, as crianças mudaram sua linguagem e seu modo de ser, vivido
durante os longos anos da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino
sinalizando a diferença entre avaliar e examinar. Parece que ela tem sido
compreendida conceitualmente, mas, de fato, não tem gerado condutas novas
uma escala de conceitos, que pode conter cinco ou mais graus. Ao ato de
examinar não importa que todos os estudantes aprendam com qualidade, mas
resultado. Produto, por sua vez, significa o resultado final ao qual chegamos e, na
escola, infelizmente, admitimos que ele é o suficiente do “jeito que ele se
manifesta”.
46
Se, dessa forma, investimos no produto, qualquer resultado está bom, pois
que dizemos que o estudante foi responsável por obter somente a nota que tirou,
e acreditamos que ela expressa o que ele aprendeu e que ele não consegue
mesmo ir para além disso; por isso, damos por encerrado o processo.
Não importa se o resultado foi satisfatório ou insatisfatório, importa que foi
esse o obtido pelo estudante. Se, por outro lado, investimos no processo, o
resultado da aprendizagem, manifestado pelo estudante vai se qualificado em
dependem da concepção que temos sobre o ser humano e sua trajetória na vida,
ou seja, dependem da teoria pedagógica e do projeto pedagógico, que temos.
Caso assumamos uma teoria que compreende o ser humano como “pronto”,
somente desejamos olhar para o produto, qualquer produto, atitude expressa
pela frase: “caso tenha atingido o nível esperado, está bem; caso, não tenha
chegado a esse produto, a questão é do estudante”. Porém, se, pelo contrário,
ela qual for; a pedagogia que sustenta o ato de avaliar não se contenta com
qualquer resultado, mas somente com o resultado satisfatório.
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Mais que isso: não atribui somente ao educando a responsabilidade pelos
resultados insatisfatórios; investiga suas causas, assim como busca e realiza ações
curativas. O ato de avaliar dedica-se a desvendar impasses e buscar soluções.
Qual será a pedagogia que está por detrás da atividade escolar que se
centra na preparação dos estudantes quase que exclusivamente para o vestibular,
que é um exame?
Óbvio que é uma pedagogia que não investe no educando como um ser
histórico, inacabado, como dizia Paulo Freire, mas somente como um ser que
deve apresentar produtos, segundo os parâmetros esperados por aquela escola.
nossos adolescentes.
Deixemos os exames para as situações de exames (concursos); na sala de
de coleta de dados para avaliação terão que ser estruturados como instrumentos
para investigação sobre o desempenho de nossos educandos e não como “cascas
aprendido; todavia, devem estar focados sobre todo o essencial ensinado, ou seja,
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tudo o que é essencial deve ser investigado, pois que, se é essencial, deve ser
buscado.
Um teste, um questionário (com perguntas abertas e fechadas), uma
assim que age qualquer investigador que tem a intenção clara de produzir um
diagnóstico e uma conseqüente ação eficaz sobre alguma coisa.
Um médico não pode, sob pena de não atingir a sua meta, que é garantir
melhoria de saúde para seu cliente, usar como critério para escolher os exames a
serem realizados no cliente “os que ele mais gosta de fazer” ou “os que mais
fazem o cliente sofrer”; diversamente disso, ele seleciona todos os recursos
Isso é investir no processo, o que, por sua vez, produzirá o melhor produto para
todos. E, então, nossas crianças e nossos adolescentes criarão para si mesmos
valores, que os orientarão na vida para dar o melhor de si naquilo que fazem, com
cuidado e com alegria, muito além do cumprimento de uma tarefa para somente,
49
no cotidiano das nossas salas de aulas. Não bastam somente bons discursos,
Bahia, e-mail: [email protected]. Este material foi obtido através do website de Cipriano Carlos Luckesi.
Website:www.luckesi.com.br / e-mail:[email protected]
50
UNIDADE 07 - AS DIFERENTES VISÕES QUE INFLUENCIAM NA AVALIAÇÃO DO
aprendizagem
ESTUDANDO E REFLETINDO
Concepção de educação tradicional:
No século XIX o estudo era concebido como forma de ascensão
social e estava voltado para o controle dos processos de
certificação. Nesta concepção o ensino tinha caráter verbalista,
extremamente autoritário, inibidor da ação ativa por parte do
aluno, não permitia o desenvolvimento da iniciativa ou
espontaneidade na realização de qualquer criação dele. O ensino
era centrado no professor que apresentava os conteúdos
totalmente desvinculados da realidade, não havendo nenhuma
articulação com o contexto social ou com o momento histórico
que estava sendo vivenciado (BACKES, 2010, p.4).
51
Concepção qualitativa de avaliação:
A característica marcante desta concepção está na busca de se
compreender o significado dos resultados imediatamente e
durante todo o processo de ensino e aprendizagem, os quais se
expressam de diferentes formas, não só no desempenho
quantitativo do aluno, mas também em fenômenos perceptíveis
ou não. Isso exige outra postura profissional de todos envolvidos
no processo ensino aprendizagem (Apud, 2010, p.8).
BUSCANDO CONHECIMENTO
Observe os três quadros que podem ilustrar bem as diferentes visões que
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Obedecem a Seguem fielmente Operacionalizados e São definidos pelas
sequência lógica dos ao desenvolvimento categorizados a partir necessidades
conteúdos. Não são psicológico do das classificações: concretas do
Objetivos
53
Privilégio das Democrática Sociedade É muito importante e
camadas mais midiatizada: deve ser de boa
Escola
Escola
Tradicional Tecnicista
Nova/Renovada
Professor como
referência para a
Centro Aluno Técnica
aquisição do
conhecimento
Professor é considerado
Agente ativo Aluno Técnica
enciclopedista
Aluno, função: Facilitador- professor,
Agente passivo Professor/aluno
obedecer. porém controlador.
O livro didático é o que
Conteúdo Pré - determinado O aluno programa deve ser seguido
fielmente.
Metodologia Expositiva Descoberta Didática instrumental
Exame, classificatória- Discriminadora, punitiva
Avaliação Classificatória
Aprovado/Reprovado. e seletiva.
54
Missão Seletiva Para poucos-elitizada Exclusão das massas
Anula o compromisso
Métodos de
político do
Observações Conservadora Aprendizagem da Escola
professor=neutro.
Behaviorista
Evasão escolar.
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AVALIAÇÃO NAS PERSPECTIVAS CONSERVADORA E PROGRESSISTA
Professor
Professor Aluno
QUEM AVALIA
Comunidade
Pais
Aluno
Professor
QUEM É AVALIADO Aluno Processo ensino/aprendiz.
Currículo
Escola
Classificar Diagnosticar
Sentenciar Acompanhar
PARA QUE AVALIAR Aprovar Retomar
Reprovar Informar
Verificar o que foi retido Avançar
Todos os dias
Periodicamente
Todos os momentos
QUANDO AVALIAR No final do mês / bimestre
Ao longo do processo
(momentos formais)
Ao completar o ciclo docente
Observação e registro
Provas Valorização da aprendizagem diária
COMO AVALIAR Atribuição de notas, Construção passo a passo
conceitos, menções dos resultados Instrumentos e situações
variadas
Questionamento da prática
Destaque negativo
CONCEPÇÕES E Reorientação do processo
Rotulação
ensino/aprendiz.
USOS DO ERRO Intimidação
Erro como hipótese do aluno
Punição
Sintoma de dúvida do aluno
56
UNIDADE 08 - ASPECTOS METODOLÓGICOS DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
ESTUDANDO E REFLETINDO
informação que se pretende aprender, para estabelecer relações entre ela e o que
já se sabe, para esclarecer e detalhar os conceitos.
aprendizagem.
Nesta situação, a intenção limita-se a preencher os requisitos da tarefa;
57
considerará relevante e situações similares. O interesse é deslocado do centro
BUSCANDO CONHECIMENTO
Como se pode observar, as diferenças não são desprezíveis. De uma forma
ou outro enfoque na aprendizagem? O que faz com que um aluno mostre maior
ou menor disposição para a realização de aprendizagem significativa?
58
Falando inicialmente, essas causas são variadas e, além disso, aparecem
em que era necessário até mesmo adotar uma postura corporal e mental
diferente das aulas ditas normais: sentar-se direito, não conversar com os colegas,
não olhar para os lados, não permitir que suas respostas fossem observadas.
Também, por vezes, os lugares habituais dos alunos eram alterados, a
auxiliares. Nessas ocasiões, ao contrário da maioria das aulas, não era possível se
estender além do momento do sinal. Ressalte-se que ocorria outra mudança
respostas.
Essas situações de mudança das práticas habituais de sala de aula
sala de aula. Quais perspectivas apresentam e quais concepções forma para poder
entender, avaliar e apresentar condições para que as aprendizagens sejam
60
UNIDADE 09 - A FORMAÇÃO DOCENTE E A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
ESTUDANDO E REFLETINDO
para quem é o professor que atua na sala de aula. Por essa razão, foi selecionado
um artigo para que você acadêmico possa ter acesso a mais um material
Espera-se que com isso, você possa refletir uma pouco mais sobre a
importância e influência da ação docente, das suas concepções e crenças na
BUSCANDO CONHECIMENTO
“Formação Docente e a Nova Visão da Avaliação Educacional” – Parte I
*ANA MARIA PORTO CASTANHEIRA
*MARY ROSANE CERONI
[...]
INTRODUÇÃO
Pesquisas realizadas sobre a importância da formação de professores do
61
docentes, evidenciam, ainda, como predominantes, os currículos organizados por
educacionais e sociais.
Essas oportunidades implicam valorizar o seu trabalho ao criar condições
comunitárias.
Ao mesmo tempo, deve-se garantir, por meio de processos avaliativos
capaz de indicar caminhos e rever processos. Mais que medir índices de crítica e
satisfação, ela está comprometida com a real reflexão acerca de todos os
professor, mas construída na ação conjunta entre ele e o aluno. Masetto (1998,
2003), entre outras ponderações relativas às mudanças no ensino superior, alerta
64
Na verdade, o ato de avaliar está incorporado de forma intuitiva e
sua complexidade.
A avaliação da aprendizagem é a mais estudada; no entanto, cada vez mais
gestão científica.
A avaliação era técnica com seus testes de verificação, mensuração e
conceito até então utilizado nas indústrias. Ela passa a ser o instrumento para
diagnosticar a eficiência da escola e dos processos pedagógicos e administrativos.
66
decorrer do processo com intervenções imediatas) e a somativa (realizada
fenomenológicos qualitativos.
O paradigma positivista é questionado e o enfoque qualitativo é
67
é vista como um processo exterior; são os participantes que melhor conhecem os
Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Essa lei, em seu art. 11,
previu que cada instituição pública ou privada deveria constituir uma Comissão
68
• Avaliar a articulação entre professores das diferentes disciplinas, dos
69
UNIDADE 10 - A FORMAÇÃO DOCENTE E A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
ESTUDANDO E REFLETINDO
classificatória.
BUSCANDO CONHECIMENTO
idéias.
A questão necessária à identificação das competências pertinentes à
72
Para Masetto (2003), a docência na universidade exige competências
[...]
seus comentários:
5.1- Avaliação do curso: nível de satisfação
estavam motivados.
Para uma participação de caráter mais qualitativo, foram propostas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
74
Analisando-se os resultados da avaliação do curso de Didática oferecido,
75
UNIDADE 11- O PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO ENTRE ALUNOS E PROFESSORES
ESTUDANDO E REFLETINDO
Para sentir interesse, deve-se saber o que se deseja e sentir que isso
não pode relacionar esse propósito à compreensão daquilo que implica a tarefa e
às suas próprias necessidades, muito dificilmente poderá realizar aquilo que o
favorecer a dependência dos alunos; é importante dar conta de que eles não
precisam preocupar-se muito com o compreender o que fazem, pois, ao seguirem
para prosseguir na tarefa. Assim, questiona-se: Até que ponto esse tipo de
atividade promove o aluno à aquisição do conhecimento para uma aprendizagem
significativa?
76
Situação parecida é quando o aluno passa de um professor para outro e de
uma disciplina para outra, sem solução de continuidade, situando-se cada hora no
âmbito de um conhecimento com pouca ou nenhuma relação aparente com o
âmbito anterior ou posterior, e ocupando boa parte dos seus esforços para
conhecer e adaptar-se às distintas exigências, estilos diferentes de trabalhos de
cada professor.
BUSCANDO CONHECIMENTO
avaliação. O avaliador é o adulto da relação de avaliação, por isso ele deve possuir
a disposição de acolher. Ele é o detentor dessa disposição. E, sem ela, não há
avaliação. Ou seja, não é possível avaliar um objeto, uma pessoa ou uma ação
caso ela seja recusada ou excluída, desde o início, ou mesmo julgada previamente.
Que mais, se pode fazer com um objeto, ação ou pessoa que foram recusados,
desde o primeiro momento? Nada, com certeza!
em sua base, o julgamento prévio. Este julgamento, por sua vez, está sempre na
defesa ou no ataque, nunca no acolhimento. A disposição para julgar previamente
79
UNIDADE 12- DIAGNOSTICAR E DECIDIR: PROCESSOS ARTICULADOS E
INDISSOCIÁVEIS
ESTUDANDO E REFLETINDO
possibilidade de avaliação sem constatação. Esta por sua vez, oferece a base
material para a segunda parte do ato de diagnosticar, que é qualificar, ou seja,
qualidade.
80
Entretanto, essa qualificação não ocorre do nada. Ela é estabelecida, a
circunstâncias onde esteja a cadeira, com suas propriedades específicas, ela será
qualificada como satisfatória para um determinado ambiente, mas insatisfatória
negativa, que por sua vez, conduz a uma tomada de decisão. Caso um objeto seja
qualificado como satisfatório, o que fazer com ele? Caso seja qualificado como
81
as decisões da vida, em todas as áreas, a qualidade se dá em função de análise
construtivo. Desse modo, a avaliação é um auxiliar de uma vida melhor, mais rica
e mais plena, em qualquer de seus setores, desde que constata, qualifica e orienta
disponível para acolher seja lá o que for que estiver acontecendo. Isso não quer
dizer que o que está acontecendo, seja o melhor estado da situação avaliada.
BUSCANDO CONHECIMENTO
82
Acolher o educando, eis o ponto básico para proceder as atividades de
avaliação, segundo Luckesi, 2002, assim como para proceder a toda e qualquer
prática educativa. Sem acolhimento, temos a recusa. E a recusa significa a
recusando alguém.
No entanto, existem modos sutis de recusar, tal como o exemplo seguinte:
só para nós, em nosso interior, sem dizer nada para ninguém, julgamos que um
aluno X é do tipo que dá trabalho e que não vai mudar. Esse juízo, por mais
silencioso que seja em nosso ser, está lá colocando esse educando de lado, o que
o faz estar fora do nosso círculo de relações. Acolhê-lo significa estar aberto para
tudo que vem do educando. Acolher, neste caso, significa a possibilidade de abrir
espaço para a relação que, por si mesma, terá confrontos que poderão ser de
acolher é um ato amoroso, que traz para dentro, para depois e, somente depois,
verificar as possibilidades do que fazer.
diagnosticar, que implica, como seu primeiro passo, coletar dados relevantes, que
configurem o estado de aprendizagem do educando ou dos educandos. Para
tanto, necessita-se de instrumentos. Aqui, três pontos básicos devem ser levados
em consideração: 1- dados relevantes, 2- instrumentos, 3- utilização dos
instrumentos.
83
Cada um desses pontos merece atenção. Os dados coletados para a prática
sobre essa aprendizagem devem ser coletados, e não outros de qualquer outra
área do conhecimento. Dados essenciais são aqueles que estão definidos nos
84
UNIDADE 13 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: CARACTERÍSTICAS E
POTENCIALIDADES
ESTUDANDO E REFLETINDO
Os instrumentos de avaliação da aprendizagem também não podem ser
que os instrumentos:
1- Sejam adequados ao tipo de conduta e de habilidade que se esta avaliando;
a ele.
4- Sejam adequados ao processo de aprendizagem do educando, pois um
BUSCANDO CONHECIMENTO
do grupo estudado.
2- Pré-teste: teste aplicado para averiguar pré-requisitos na aquisição de novos
conhecimentos.
3- Autoavaliação: instrumento capaz de conduzir o educando a uma modalidade
86
aprendizagem, pois só assim este se sentirá seguro, confiante
e manifestará autenticidade (SANT’ANNA, 1995, P.94).
ordenação.
6- Inquirição- questionar o outro sobre o que realmente sabe, sobre o que ficou,
87
a- Determinar os objetivos.
b- Selecionar os itens.
c- Selecionar as informações.
B- Planejamento do trabalho.
88
C- Investigação do problema.
D- Exposição do informe.
E- Organização do informe.
F- Controle do informe
G- Modificação do estudo.
H- Preparação final.
Cabe, aqui, outra consideração sobre o uso dos instrumentos. Como nós
pois nossos educandos são seres humanos e, nessa condição, estão submetidos a
múltiplas variáveis intervenientes em nossas experiências de vida.
Logo após, coletados dados através dos instrumentos, como são utilizados
pelo docente educador? Os dados coletados devem retratar a situação de
dessa exigência.
Assim, para qualificar a aprendizagem de nossos educandos, importa, de
um lado, ter clareza da teoria que se utiliza como suporte da prática pedagógica;
de outro, o planejamento de ensino que se estabelece como guia para a prática
90
UNIDADE 14 - EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS VIGENTES EM AVALIAÇÃO
EDUCACIONAL.
educacional.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Os instrumentos de avaliação têm predominado nas escolas de todo o país,
também são utilizados em larga escala, os conhecidos, testes objetivos, que por
sua vez muito utilizados em processos seletivos: concursos e vestibulares, em que
o aluno tem que optar pela resposta diante de algumas alternativas oferecidas.
Tanto em um caso como em outro, o que se procura verificar é a
91
aprendizagem e seja significativa esta aprendizagem, como estar então
BUSCANDO CONHECIMENTO
Na medida em que a Educação Básica e, dentro dela, a escola vai se
organizando, inserem-se, em seu contexto, práticas de reorganização do trabalho
92
aluno. Novos modelos de registro burocrático então são criados para sustentar
definições, segue-se rumo ao pensar quais deverão ser os instrumentos que darão
conta das dimensões do conteúdo escolar entendido em sua tipologia, como
atitudes?
Passa-se, daí para frente, a elaborar os suportes da implantação e os
de avaliar é a outra fase da Ação Avaliativa. Compõe a ação, mas não a esgota.
Os professores e alunos vivenciam com a maior ou menor participação da
93
desta Ação Avaliativa. Algumas escolas já desenvolvem conselhos de ciclo, com
pensar como será o seu registro burocrático, aquelas informações sobre a vida
escolar do aluno que serão importantes administrativamente: boletim ou portfólio,
dados que auxiliem em uma nova forma de trabalhar a avaliação rumo ao sucesso
do aprendizado do aluno e sucesso no trabalho do professor. A ação avaliativa
94
UNIDADE 15 - A DIMENSÃO ATITUDINAL DA AVALIAÇÃO.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Dimensão Atitudinal
formação mais ampla em outros espaços da sociedade, sendo complexa por seus
componentes cognitivos (conhecimentos e crenças), afetivos (sentimentos e
precisa ser amplamente entendida à luz dos valores que a escola considera
formadores. A aquisição de valores é alcançada através do desenvolvimento de
95
têm delas mesmas e do mundo. E delas mesmas em relação ao mundo. As
situações sociais. Portanto, são desenvolvidas nas interações, nas relações, nos
debates, nos trabalhos em grupos, o que indica uma natureza do planejamento
observação e autoavaliação.
Para uma avaliação completa (envolvendo fatos, conceitos, procedimentos
BUSCANDO CONHECIMENTO
96
SUGESTÕES DE AVALIAÇÃO INICIAL / CAMPO ATITUDINAL
O que apreciam?
Quais seus interesses?
O que valorizam?
O que fazem quando não estão na escola?
formação dos alunos na adolescência. Para mudança de atitudes é que são feitos
os projetos.
Valores são princípios ou ideias éticas que permitem às pessoas emitir juízo
sobre as condutas e seu sentido. Ex: a solidariedade, a responsabilidade, a
combinados.
Normas são padrões ou regras de comportamentos que a pessoas devem
PROCEDIMENTOS
escolar
ESTUDANDO E REFLETINDO
A dimensão procedimental
BUSCANDO CONHECIMENTO
Para ajudar na compreensão dos procedimentos para aprendizagem veremos um
[...]
99
1 - APRENDIZAGEM ESCOLAR E CONSTRUÇÃO DE SIGNIFICADOS
Falar de aprendizagem significativa equivale, antes de tudo, a pôr em relevo o
nem o mesmo poder explicativo para ambos, que não podem utilizá-los ou
aplicá-lo em igual extensão e profundidade ??? não possui para eles a mesma
100
deve agir para que os alunos aprofundem e ampliem os significados que
1983, Novak, 1982). Segundo estes autores, construímos significados cada vez que
somos capazes de estabelecer relações "??? e não arbitrárias" entre o que
significados ao que observa, mas estes significados têm uma amplitude e uma
natureza nitidamente distinta.
prévios. Num caso extremo, o que não podemos assimilar a qualquer esquema
prévio carece totalmente de significado para nós. A experiência cotidiana informa-
nos que podemos estar em contato com uma variedade de fatos, de fenômenos e
de situações que praticipam e não existem para nós, que não significam nada até
que a sua realização exige nem sempre são fáceis de cumprir. Ausubel e seus
colaboradores insistiram em inúmeras ocasiões sobre as exigências que a
amplamente realçada (Pla, 1987). Mas não é suficiente que o conteúdo possua
significância lógica. Requer-se ainda uma segunda condição para que um aluno
que este, o aluno, tenha uma atitude favorável para aprender significativamente.
Este requisito, em geral esquecido nas discussões sobre o tema que nos ocupa, é
O que já foi dito até aqui é suficiente para se dar conta de que a aprendizagem
significativa de um conteúdo qualquer implica inevitavelmente em sua
uma aprendizagem útil, uma aprendizagem que pode ser utilizada com relativa
facilidade para gerar novos significados.
Dois últimos comentários para terminar com esta seção. Em primeiro lugar, o
conceito de aprendizagem significativa, tal como aparece nas formulações de
etc.
105
UNIDADE 17 - ORIENTAÇÕES PARA CONHECER A APRENDIZAGEM DE
CONCEITOS E FATOS.
aprendizagem escolar
ESTUDANDO E REFLETINDO
A dimensão conceitual
ideias.
106
Outra boa alternativa é propor aos alunos situações-problema para
exercícios em sala, nas questões levantadas, nas dúvidas que persistem, nas
interpretações inadequadas, no que parece ainda não saber. Só que a observação
numérica que não envolvem cálculos, apenas memorização. Para isso, usa-se a
repetição, buscando mesmo a automatização da informação.
as suas palavras.
Tal processo de construção conceitual não é estanque, ele está em
107
POZO (2000) chama a atenção para a distinção entre os princípios, ou conceitos
cultura são princípios das áreas de humanas, eles devem referenciar o trabalho
nos conceitos específicos.
Será preciso esclarecer as características dos fatos e dos conceitos como objetos
de conhecimento.
BUSCANDO CONHECIMENTO
http://www.pbh.gov.br/smed/cape/artigos/textos/cesar
[...]
mediador do ensino.
A construção de significados implica o aluno em sua totalidade e não só nos
Ainda que neste momento tenhamos uma compreensão muito limitada dos
processos psicológicos mediante os quais os alunos atribuem um sentido às
e complexos e que, neste ponto como em tantos outros, convêm fugir das
explicações simples e excessivamente esquemáticas. Éntwistle e seus
colaboradores, por exemplo, colocaram em relevo que existe uma certa relação
entre o tipo de motivação e os enfoques de aprendizagem que os alunos adotam
necessário indagar. Apelar para a motivação sem mais nada não oferece uma
111
explicação satisfatória. A maneira como o professor apresenta a tarefa e
sobretudo, a interpretação que o aluno faz disto em função de fatores tais como o
autoconceito acadêmico, os seus hábitos de trabalho e de estudo, os seus estilos
de aprendizagem, etc., são, sem dúvida alguns dos elementos - chave a levar em
conta. O fato importante a destacar, no entanto, é que esta interpretação tem um
caráter dinâmico, não vem dada de uma vez por todas, mas é forjada e
modificada no próprio decorrer de aprendizagem. Isto quer dizer que o sentido
112
UNIDADE 18 - AVALIAÇÃO DE RESULTADOS – COMO O ESTADO AVALIA
ESTUDANDO E REFLETINDO
A forma como a sociedade se organiza e define suas demandas
básica;
• Oferecer ás administrações públicas de educação informações técnicas e
BUSCANDO CONHECIMENTO
115
questionário socioeconômico, os estudantes fornecem informações sobre fatores
Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=210&It
emid=324
Provinha Brasil
Aplicada duas vezes ao ano (no início e no final), a avaliação é dirigida aos alunos
que passaram por, pelo menos, um ano escolar dedicado ao processo de
Leitura e de Matemática.
A Portaria Nº 867, de 4 de julho de 2012, instituiu o Pacto Nacional pela
ensino fundamental, conforme uma das metas previstas pelo Plano de Metas
Compromisso Todos pela Educação, utiliza a Provinha Brasil como meio de aferir
os resultados.
A Provinha Brasil é elaborada e distribuída pelo Inep, para todas as secretarias de
de cada rede de ensino. A novidade deste ano de 2013 é que, por conta das ações
do PNAIC, o Inep está desenvolvendo um Sistema online para apoiar as redes de
ensino que queiram lançar seus resultados da Provinha Brasil, gerar relatórios e
117
analisar os dados de forma mais sistematizada. O referido sistema está em fase de
Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=183&It
emid=310
ESTUDANDO E REFLETINDO
sistema, tendo o olhar para o interior do sistema. A escola está contida no sistema
escolar e, esse, está contido no super sistema escolar, que por sua vez esta
contidos na sociedade.
Meneses (2001) considera que sistema de ensino é uma denominação
119
dizer sistema escolar, porque abrange a educação dada na escola, e que
trabalho.
• Recursos financeiros: os sistemas escolares absorvem parcela dos
BUSCANDO CONHECIMENTO
120
Seria difícil justificar a existência de um sistema escolar brasileiro no sentido
que Lalande dá à palavra sistema. Há uma série de dificuldades que debilitam esta
noção de sistema como “conjunto de elementos que formam um todo
modalidades de ensino.
as seguintes características:
a) Do ponto de vista das entradas para o sistema (inputs):
suas atribuições.
• Índices satisfatórios de desempenho dos estudantes, respeitadas as
sistema.
O sistema educacional vincula-se à formação formal, informal e não formal.
122
currículo, disciplinas, metodologias, objetivos, avaliação e planejamento. O corpo
senso comum.
O sistema de ensino brasileiro está organizado em séries anuais, períodos
123
UNIDADE 20 - A NECESSIDADE DE MUDANÇAS NA AVALIAÇÃO.
ESTUDANDO E REFLETINDO
De acordo com o que estudamos até o momento foi possível perceber que
BUSCANDO CONHECIMENTO
Texto: Avaliar significa identificar o que o aluno sabe, o que ele não sabe e os
diferentes fatores que contribuem para os resultados observados
125
O primeiro ponto de mudança exige uma postura pedagógica do educador
na qual ele reconheça que a sua função é assegurar ao aluno condições reais que
lhe possibilitem aprender e conhecer. Para isso, é importante que ele analise
algumas questões:
1. Quem é o aluno?
3. Aprendizagem e avaliação
Como todo ser humano, o aluno é um projeto em construção, portanto sua
ações escolares fazem com que alunos diferentes tenham também ritmo diferente
de desenvolvimento.
Na educação formal, cabe à escola esse papel, a ser exercido principalmente pelo
professor, como mediador/catalizador que organiza atividades propiciadoras de
construções do aluno.
A aprendizagem resulta de um processo interativo e dinâmico que ocorre
de aula.
O segundo momento é de busca e investigação. Constitui uma
128
discutem idéias para criarem estratégias e atividades de ensino que experimentam
129
significados com as aprendizagens anteriores. O "não aprendido" precisa de maior
organização do conteúdo?
4. O conteúdo trabalhado estava adequado ao nível de desenvolvimento do
aluno?
5. A lógica do raciocínio desenvolvido foi coerente?
o que ele não sabe e os diferentes fatores que contribuíram para os resultados
observados.
6. Avaliação diagnóstica
O objetivo da avaliação da aprendizagem é o desenvolvimento do aluno,
do professor precisa se concentrar nesse espaço de interações para que ele possa
ser elemento efetivamente mediador de aprendizagens.
130
A avaliação diagnóstica consiste na investigação de qual é o "patamar" de
132
Por exemplo: se um aluno tem dificuldades especialmente em Matemática
a aula? de que maneira a aula poderia se orientar pelo foco do seu interesse?
como a criança interage com o grupo de colegas? como participa dos projetos?
Em muitas situações, um resultado escolar pode ser uma questão que ultrapassa o
âmbito da sala de aula e a responsabilidade não é apenas do professor. Envolve o
cotidiano escolar;
b) a dos resultados mais amplos que apontam comportamentos gerais,
sala de aula, mas sem perder de vista o horizonte maior que a educação busca, ou
seja, a formação contínua do cidadão.
se sobre "o que" deve ser avaliado. Essa definição, de fato, antecede o momento
específico da avaliação da aprendizagem e se reporta à demarcação de quais são
educação escolar.
Definir quais são as competências básicas configura um momento em que,
temporais", seus interesses, seus valores, seus desejos, suas expectativas refletindo
o "que são". O professor vai além, ao que "deverão ser". "O que os alunos são"
significa a realidade imediata e concreta; "o que os alunos deverão ser" significa
135
os objetivos educacionais, os resultados que a escola busca. No atual contexto da
O espaço entre "o que os alunos são" e "o que deverão ser" é o espaço do
ensino e da aprendizagem, para o qual o currículo é organizado. O professor deve
tempos diferenciados, que sejam capazes de propiciar condições para que todos
possam atingir um desenvolvimento melhor.
Projetos de Aula:
1. Eles atendem às peculiaridades avaliadas anteriormente?
geral do aluno?
6. Os avanços observados permitem concluir que os alunos estão se
desenvolvendo?
Essa avaliação pode ser feita por meio de instrumentos como a observação
137
Aliás, o papel do Para Casa é extremamente importante, desde que seja
contexto sociofamiliar e aos recursos materiais de que dispõe. Dessa forma, tanto
a pesquisa extra-escolar quanto o Para Casa requerem do professor um trabalho
constante de ação/avaliação.
Os resultados só são importantes porque apontam em que aspectos a ação
138
necessidades e/ou dificuldades dos aprendizes e orientam o atendimento a ser
precisam ter clareza sobre quais são as ações e operações pertinentes que
indicam progresso do aluno.
139
Os indicadores de progresso são demonstrativos que dão visibilidade às
construções do aluno e constituem evidências de que ele está ampliando sua rede
de significados em patamares mais amplos e aprofundados. São indicadores de
aprendizagem os comportamentos dos alunos que indicam, por exemplo: que ele
capta informações do seu meio; que ele dá sentido às informações que capta; que
140
POLOS EAD
Av. Ernani Lacerda de Oliveira, 100 Rua Américo Gomes da Costa, 52 / 60
Bairro: Pq. Santa Cândida Bairro: São Miguel Paulista
CEP: 13603-112 Araras / SP CEP: 08010-112 São Paulo / SP
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