Origem e Evolucao de CC

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HISTÓRIA DE ORIGEM E EVOLUÇÃO DE CARROS DE

COMBATE

1. ANTIGUIDADE

O Carro de Combate não foi obra do acaso, surgiu da necessidade do combatente se


proteger dos golpes do inimigo, de ter um meio de se deslocar no campo de batalha e
utilizar melhor as suas armas. À sua origem não está alheia a percepção, por parte do
combatente, das vantagens do combate se travar às alturas.

Nos tempos mais remotos o homem utilizava, para se


proteger, escudos feitos de madeira, couro ou ferro. A
necessidade de se obter maior rapidez levou-o à
utilização do cavalo como meio de obter maior
ímpeto no combate. O desenvolvimento das armas
levou a que tanto o cavaleiro como o cavalo usassem
protecções couraçadas.
O combate a partir
de uma posição elevada permite ao cavaleiro a
percepção de se obter maior comando e pode desferir
golpes com maior facilidade. Permite também obter
maior mobilidade, o que se traduz numa maior
oportunidade de intervenção e numa maior dificuldade
por parte do inimigo para o atingir; e por fim, permite
uma maior protecção, materializada numa menor
vulnerabilidade por estar menos tempo exposto e por
usar armadura, escudo e couraças.

É claro que esta trilogia tem subjacente uma interdependência em que o desenvolvimento
de um dos factos provoca, necessariamente, a evolução dos outros.

A utilização de plataformas móveis no campos de batalha foi,


desde muito cedo empregue, permitindo aos seus utentes a
vantagem de combater de cima para baixo.
Também o seu emprego com o fim de anular ou reduzir essa
natural vantagem ao inimigo, foi explorado, especialmente, nos
cercos a cidades ou fortificações, com o uso de pesadas máquinas
de guerra – as helepolis na antiga Grécia – construídas de
propósito para esse fim.

Ao longo da história houve muitos exemplos do uso de carros de tracção animal, para se
obter vantagem sobre o inimigo. No séc. XVIII A.C, os faraós egípcios utilizavam carros
de guerra construídos em madeira e couro e que transportavam um condutor e um
combatente armado de lança ou arco. No séc. XII A.C, os chineses usavam carros de
quatro rodas que transportavam sob uma cobertura de couro quatro guerreiros.

Os persas e os assírios utilizavam o carro de


guerra com o intuito de obterem vantagem sobre
os seus inimigos. Alguns desses carros tinham
uma guarnição de 4 homens em que só um
combatia. Os outros desempenhavam as seguintes
funções: 1 condutor e os outro 2 manuseavam os
escudos de protecção. Os persas chegaram a
adaptar lâminas afiadas aos eixos, por baixo e na traseira dos seus carros.

Os elefantes do general cartaginês Aníbal foram usados pela primeira vez e como arma
da decisão na batalha de Cannas, no ano de 216 A.C.
O elefante, com a sua pele rija conferia protecção.
Também possibilitava a mobilidade, o comando e a
acção de choque.
A utilização de armaduras que conferissem maior
protecção ao cavaleiro e à sua montada,
começaram a prejudicar a mobilidade e a rapidez
do combate.
A evolução da protecção impunha e imprimia um desenvolvimento da mobilidade.

NA IDADE MÉDIA

A necessidade de levar rapidamente o combate até ao inimigo,


usando as armas perto deste, mas de uma forma que conferisse
maior protecção e maior eficácia, não se compadecia com o
embaraço provocado pelo peso das armaduras e pela
impossibilidade do cavaleiro poder usar as duas mãos enquanto
combatia.
Leonardo da Vinci engendrou em 1482 um carro blindado,
accionado a manivelas e que utilizava um sistema de transmissão
muito análogo ao que ainda hoje se utiliza – o veio dentado. No fim do século XV
começaram a surgir unidades de Cavalaria dotadas com armas de fogo, confirmando a
crescente importância destas no campo de batalha.

Carro hipo da guerra dos 30 anos (1618-1648)

Até nos princípios do século XVII a Cavalaria perde


a sua tradicional vantagem de mobilidade a favor das outras
unidades providas de armas de fogo (Infantaria e
Artilharia). Foi com Gustavo Adolfo (rei da Suécia) que a
Cavalaria reencontrou a sua essência de emprego no
campo de batalha, através de missões de reconhecimento,
segurança e perseguição.
Durante a “guerra dos 30 anos (1618 – 1648 na Europa)”,
surgiram carros armados de espingardas e canhões movimentados por cavalos.

Em pleno século XVII, Frederico II acabou com as acções de fogo a cavalo e fixou a
missão dos cavaleiros, considerando-os “olhos e ouvidos” do exército prussiano.

Napoleão, desenvolveu o mesmo principio empregando a Cavalaria para missões de


reconhecer, cobrir, explorar, perseguir e envolver.

DURANTE E APÓS A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Com o advento da máquina a vapor, James Cowan desenhou em 1854 um vagão de


batalha sob a forma de um capacete. Mas foi talvez com o aparecimento do motor a
explosão que surgiu a maior evolução do CC. O motor em questão era capaz de
desenvolver elevadas potências de tracção, aumentando a mobilidade dos veículos, e
permitindo que se pudesse aumentar a protecção conferida pelas blindagens.
Assim, em 1898 o TCOR Davidson, do exército dos EUA, criou um veículo movido a
motor a explosão e armado com uma metralhadora Colt.

Apesar da grandes potência de tracção desenvolvida por estes motores, esta potência
continuava a não ser suficiente para rebocar a blindagem do veículo desenhado em 1903
por Daimler (Austria). O desenvolvimento dos motores abria portas à concepção de
outros protótipos como; Renault MGE BRN, o veículo francês Charron, Girardot et Voigt
e etc.
Surge, então, a guerra de 1914-18. Esta guerra caracterizava-se por um predomínio das
armas automáticas e que interditavam a manobra apeada; por combates estáticos onde se
procurava o desgaste inimigo; e pela inoperância da artilharia face à guerra das
trincheiras. Cada vez mais se sentia a necessidade de se ultrapassar toda esta estaticidade
para se obter a decisão.

Foi então que o TCor Ernest Swinton


projectou um veículo blindado com a
capacidade de todo o terreno adaptando um
tractor agrícola Holt Catterpiller, conferindo-
lhe capacidade de fogo (2 canhões 57 mm).
Este CC de nome little willie deslocava-se a
uma velocidade máxima de 5,6 km/h, não tendo, contudo, sido aprovado nos ensaios.
Trouxe a vantagem, porém, de incentivar o pensamento de utilizar as lagartas nas viaturas
blindadas.

Em 1916 cria se um CC capaz de ultrapassar vários obstáculos. Por uma questão de


segurança este CC foi empacotado e enviado para França com o rótulo “Tanque para
àgua com destino à Mesopotânia”. Este CC recebeu o nome de Mark 1 - Mother, também
conhecido, inicialmente, por little Willie. Entrou no combate na batalha de Somme no dia
15 de Setembro de 1916. Existiram nove versões destes CC.
MISSÔES DE CARROS BLINDADOS NA BATALHA DE SOMME

15 de Setembro de 1916
 Apoiar a infantaria;
 Destruir as fortificações do inimigo;
 Realizar perseguição do inimigo em retirada.
Foram a locados da seguinte maneira:
-4o Exercito
 XIV corpo -17 tanques
 XV corpo – 17 tanques
 III corpo – 7 tanques
-Exercito da reserva
 Corpo canadiano – 6 tanques

10 Tanques destruídos pela


artilharia
3a fase
4 7 Tanques avariados
km 1 Tanque sobrevivido

Linha defensiva
alemã

2a fase 14 Tanques destruídos e


avariados

Ofensiva 1a fase 17 Tanques destruídos e avariado

britânica
(Sem representação da
infantaria)
Batalha de Somme: 15 de Setembro de
1916
Esquema 1
1917 – SAINT-CHAMOND
1916 - MARK IV

1918 – A7V 1918 – RENAULT FT 17

19

1917 - LANCIA 1918 – WHIPPET TANK

1918 – LK 2 1918 – FORD M

20
EVOLUÇÃO DE CARROS DE COMBATE DEPOIS DE I GUERRA E DURANTE
A II GUERRA MUNDIAL

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