Coletâmea - Emp Cav
Coletâmea - Emp Cav
Coletâmea - Emp Cav
EXÉRCITO BRASILEIRO
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS
(ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO)
COLETÂNEA DE MANUAIS
DE
EMPREGO DA CAVALARIA
2017
Observações:
ÍNDICE DE ASSUNTOS
Pag
1. GENERALIDADES............................................................................................................5
2 OPERAÇÕES BÁSICAS..................................................................................................24
3.1 Generalidades...................................................................................................................47
4.1 Introdução............................................................................................................................55
6 ORDENS FRAGMENTÁRIAS................................................................................................93
7. AÇÕES COMPLEMENTARES..............................................................................................97
7.1 Blindagen.............................................................................................................................97
1- GENERALIDADES
b. A evolução da Cavalaria
É provável que o guerreiro montado tenha surgido por volta do século X AC,
como resposta à conveniência de se obter uma posição dominante sobre o adversário,
na luta corpo a corpo. A vantagem da posição garantia nos primórdios dos tempos,
uma maior facilidade para derrotar o oponente.
Essa categoria especial de guerreiros adquiriu ao longo dos séculos, a par da
vantagem da dominância, extraordinária mobilidade e potência de choque. Utilizando
inicialmente plataformas empurradas por guerreiros a pé e mais tarde carros de
guerra, elefantes, camelos, cavalos, engenhos blindados e aéreos, esses guerreiros
especializados vêm se constituindo, por mais de três mil anos, em parte indispensável
dos exércitos.
A história da Cavalaria constitui-se numa longa série de adaptações às
mutáveis condições da guerra. Essa evolução de meios e de formas de emprego
utilizados pela Cavalaria, representa o grande esforço despendido para a manutenção
de sua mobilidade, poder de choque e flexibilidade, permitindo o seu emprego em
uma grande variedade de missões.
Desde os tempos mais remotos, os exércitos organizaram suas forças a cavalo em
unidades leves e pesadas, buscando uma maior flexibilidade para o cumprimento das
missões inerentes à Cavalaria. As unidades leves eram empregadas na busca de
informações sobre o inimigo, na perseguição do inimigo batido ou para cobrir a retirada
do grosso do exército no caso de um insucesso. As unidades pesadas eram colocadas
nas alas da força de infantaria, com a finalidade de atuarem sobre os flancos e
retaguarda do inimigo ou contra a sua Cavalaria. Na GRÉCIA antiga, os cavaleiros
das unidades pesadas eram denominados catafratas e os das unidades leves
sarissóforos. Esta organização da Cavalaria, com unidades leves e pesadas,
atravessou os séculos e perdura até os dias atuais.
c. A Cavalaria no Brasil
a. Missões da Cavalaria
b. Característica da Cavalaria
a. Possibilidades
b. Limitações
a. Generalidades
b. Organização da Cavalaria
a. Generalidades
b. Reconhecimento em Força
c. Ataque
d. Aproveitamento do Êxito
e. Perseguição
b. Envolvimento
No envolvimento, a força atacante contorna, por terra e/ou pelo ar, a principal
força inimiga, para conquistar objetivos profundos em sua retaguarda, forçando-a a
abandonar sua posição ou a deslocar forças ponderáveis para fazer face à ameaça
envolvente. O inimigo é, então, destruído em local e em ocasião de escolha do
atacante.
O Envolvimento difere do desbordamento por não ser dirigido para destruir o
inimigo em sua posição defensiva. A força envolvente fica normalmente fora da
distância de apoio de qualquer outra força terrestre atacante, devendo ter mobilidade
e poder de combate suficientes para executar operações independentes.
c. Penetração
d. Infiltração
e. Ataque Frontal
a. Combate de Encontro
b. Incursão
a. Defesa em Posição
b. Movimento Retrógrado
a. Defesa de Área
b. Defesa Móvel
c. Retraimento
d. Ação Retardadora
e. Retirada
b. Dispositivo de Expectativa
c. Defesa Avançada
d. Defesa Elástica
e. Defesa em Contraencosta
j. Defesa Linear
a. No território nacional
b. No exterior
3.1 GENERALIDADES
3.2.1 RECONHECIMENTO
3.2.2 VIGILÂNCIA
a. Responsabilidades de SEGAR
c. Controle de Danos
4.1. INTRODUÇÃO
a. Inimigo
1) Ataque aéreo
- Particularmente vulnerável aos ataques aéreos pela dificuldade em camuflar
suas Vtr. É fundamental, em combate, a adoção de medidas passivas de defesa
contra aeronave.
2) Minas e armas anti-carro (AC).
Campos minados retardam a progressão do Pel, particularmente quando uma
Vtr é destruída, interditando o eixo. As armas AC constituem uma ameaça para todas
as frações pelo alto poder de penetração apresentado pelo armamento moderno.
b. Terreno
Terrenos arenosos, montanhosos, pedregosos, cobertos, lamacentos e
pantanosos dificultam ou até mesmo impedem o deslocamento de Vtr, obrigando o
Pel a desbordar por uma via de acesso de melhor trafegabilidade.
d. Meios
1) Ruído e poeira
O ruído, particularmente dos blindados e à noite, pode ser ouvido a longa
distância. Nas estradas de terra, a poeira é a grande vulnerabilidade, possibilitando a
fácil identificação do Pel.
2) Limitada capacidade de transposição de curso d’água
Somente a VBTP tem ilimitada capacidade de transposição de curso d’água,
obedecidas as prescrições relativas à velocidade da correnteza e inclinação das
margens.
3) Manutenção permanente das Vtr
As tropas mecanizadas necessitam de equipes altamente especializadas na
manutenção de 1º e 2º escalão de Vtr a diesel e a gasolina.
4) Alta necessidade de Sup classe III e V
Pelas longas distâncias percorridas pela tropa mecanizada, é grande a
necessidade de Sup Cl III (combustíveis, óleos e lubrificantes), o que acarreta grande
necessidade de coordenação entre o Pel, os trens da subunidade e os trens do
regimento, visando reabastecer as Vtr sem que haja interrupção na operação que está
sendo realizada.
A característica predominantemente ofensiva das operações levadas a efeito
pelo Pel C Mec tem por conseqüência um grande consumo de Sup Cl V (armamento
e munição), havendo uma igual necessidade de coordenação para o seu
ressuprimento.
5.1.1 INTRODUÇÃO
Tabela 1
a. No Reconhecimento
No Rec Zona, o grosso do Pel avança pelo melhor eixo, progredindo em coluna,
enquanto o grupo de exploradores reconhece outros eixos, caminhos carroçáveis,
trilhas e dobras do terreno, dentro da zona de ação atribuída.
No Rec de zona, quando o terreno permitir, o GExp progride pelos flancos da
mesma.
No Rec de área, o Pel se desloca pelo eixo mais favorável até a área a ser
reconhecida. Ao chegar à área designada, executa o Rec da mesma maneira que num
Rec de zona, ou por meio do deslocamento do GExp diretamente para um ou mais
postos de observação previamente selecionados, dos quais toda a área possa ser
observada. Esses PO podem ser reforçados por Patr a pé ou embarcadas.
(1) Na Vigilância
(2) Na Proteção
a) Vanguarda
Opera de maneira semelhante ao reconhecimento de eixo.
b) Flancoguarda e Retaguarda
Protegem o flanco da posição de bloqueio ou retardamento, estabelecendo PO
e realizando patrulhas.
(3) Na Cobertura
Quando o ataque for feito a pé, o GExp integra o escalão de ataque atuando
como GC.
GExp, sendo a fração que na maior parte das vezes desloca-se à testa do Pel
e por não possuir blindagem, está freqüentemente sujeito ao fogo direto do inimigo.
Impõe-se a necessidade de um máximo aproveitamento do terreno, particularmente
na ocupação de postos de observação, cobertas e abrigos. Seus integrantes devem
estudar minuciosamente, a partir de um PO, todo o compartimento à frente, buscando
indícios sobre o Ini, para que evitem ser surpreendidos durante o seu deslocamento.
Caso isto ocorra, cobertas e abrigos já devem estar previamente selecionados,
visando a proteção do fogo Ini
GExp deslocar-se-á em movimento contínuo nas situações em que não houver
possibilidade de atuação do inimigo. A partir do momento em que o inimigo tiver
possibilidade de atuar sobre o pelotão, mesmo de forma remota, os movimentos se
a. Lanço Sucessivo
b. Lanço Alternado
(2) Ataque a Pé
- Neste caso, o GExp atua como GC, adotando suas mesmas formações e
técnicas de progressão. O Cmt do GExp acumula a função de Cmt do GC e também
da 1ª Esq e o Cb Aux do GExp comanda a 2ª Esq.
5.2.1 INTRODUÇÃO
A Seç VBR está apta a executar ações de defesa, segurança, Rec embarcado,
atuar com seus canhões em base de fogos e principalmente, realizar a assalto,
formando o combinado Seç VBR/GC, onde utiliza na plenitude sua ação de choque, a
fim de cerrar rapidamente sobre o inimigo e destruí-lo pelo fogo e movimento.
a. NO RECONHECIMENTO DE EIXO
b. NO RECONHECIMENTO DE ZONA
1) A Seç VBR progride junto ao grosso do Pel, pelo melhor eixo, na parte central
da zona de ação, em condições de apoiar as ações de reconhecimento do GExp.
c. NO RECONHECIMENTO DE ÁREA
(1) Vigilância
A Seç VBR ocupa uma posição central, juntamente com a peça de apoio, em
condições de apoiar a atuação de algum elemento do Pel. Poderá também ocupar
PO, normalmente localizados em uma posição central e direcionados para a melhor
via de acesso para blindados inimigos.
(2) Proteção
a) Vanguarda
- Empregada de forma semelhante às operações de reconhecimento.
b) Flancoguarda
- Enquadrada no Pel testa, atua de forma semelhante às Op de Rec.
- Durante a ocupação de posições de bloqueio, constitui o núcleo do Pel,
posicionando-se frente à melhor via de acesso para blindados inimigos e orientando,
desta forma, o posicionamento das outras frações.
c) Retaguarda
- Empregada como nas operações de movimento retrógrado.
a. Entrada em posição
b. Graus de desenfiamento
3) Desenfiamento de Torre
Neste tipo de desenfiamento, toda a VBR deverá estar protegida contra os tiros
diretos do inimigo. O chefe da Vtr deverá ter condições de observar o terreno à frente,
embora a VBR não esteja exposta à observação inimiga. É empregado para a
observação do terreno e escolha de alvos. A Mtr da torre deve ter condições de
executar o tiro.
c. Posições de tiro
1) Posição Principal
O Cmt da VBR seleciona uma posição da qual a sua Vtr tenha as melhores
condições de cumprir missão, tanto do ponto de vista do desenfiamento, quanto dos
campos de tiro. Esta posição é chamada posição principal de tiro.
2) Posição de Muda
Posições de muda devem ser reconhecidas, para que sejam ocupadas quando,
por questões de segurança, a posição principal não puder mais ser utilizada ou para
ludibriar o inimigo, atirando alternadamente em uma ou outra posição. As posições de
muda devem ter condições de bater os mesmos alvos batidos pela posição principal.
3) Posição Suplementar
Considerando a possibilidade de o inimigo atacar por outras vias de acesso que
não a principal, o Cmt da VBR deve prever também posições suplementares, a fim de
poder engajar alvos que não seriam possíveis de serem batidos da posição principal.
Normalmente, as posições suplementares cobrem os flancos da posição do Pel.
a. Lanços
As VBR progridem por lanços de forma semelhante ao GExp, sendo que cada
VBR comporta-se como se fosse uma Patr. Não há, para a Seç VBR, a imposição feita
para o GExp quando uma Patr se desloca isoladamente. Os deslocamentos da Seç
VBR podem ser tanto sucessivos quanto alternados.
b. Apoio mútuo
Para que as VBR apoiem-se mutuamente pelo fogo durante um ataque, será
dado o seguinte comando pelo Cmt da seção:
- “Fogo e movimento até tal ponto!
- Lanços de tantos metros!
- 1ª (2ª) VBR à frente!”
A VBR designada abandona o seu abrigo e progride o mais rapidamente
possível até um novo local (posição com desenfiamento), a uma distância aproximada
à indicada no comando. A segunda VBR, mediante comando de tiro de seu Cmt, abre
- Aeronaves.
- Vtr não blindadas ou levemente blindadas.
- Armas anti-carro ou automáticas.
b. Metralhadora Coaxial
c. Canhão 90 mm
- Outras VBR.
- Carros de combate.
- VBTP.
- Fortificações
- Armas anti-carro.
- Armas automáticas fora do alcance das Mtr.
5.3.1 INTRODUÇÃO
a. Obstáculos Naturais
b. Obstáculos Artificiais
- Abatises: A VBR é retardada por abatises. A brecha deve ser aberta pelo
GExp ou GC, com emprego de explosivos, se possível, para poupar a munição dos
canhões.
1) Armadilhas.
3) Campo de minas AP: os Fzo podem empregam sua VBTP para ultrapassar
o campo.
d. O Cmt Seç VBR deverá atribuir setores de vigilância para cada VBR durante
o movimento. O canhão deverá estar apontado para o centro do setor durante o
deslocamento. O comandante e o atirador receberão um setor para observação aérea.
a. Interferência Inimiga
Se o inimigo estiver equipado somente com armas AC de curto alcance, tais como
granadas de bocal e lança rojões, os Fzo poderão seguir as VBR mais próximos do
que quando o inimigo possui armas AC de grande calibre, longo alcance e de trajetória
tensa.
c. Tipo de terreno.
A VBTP é concebida para proporcionar mobilidade tática aos Fzo, com um grau de
proteção contra fragmentos de artilharia e fogos de armas automáticas. Sua perda
reduz rapidamente a mobilidade dos Fzo. O comandante não deve expô-la
desnecessariamente aos efeitos dos fogos AC inimigos.
Há dois métodos gerais para o emprego das VBR e Fzo Bld juntos no ataque:
- As VBR devem ser empregadas de modo que a máxima utilização seja feita de sua
mobilidade tática, potência de fogo protegida por blindagem e velocidade.
A força atacante possa deslocar-se para a frente, na velocidade das VBR
e VBTP, para cerrar sobre o inimigo e destruí-lo.
a. Generalidades
No ataque por um único eixo, toda a força atacante utiliza a mesma via de
acesso para o objetivo.
O GC poderá operar tanto embarcado como a pé, usando formações variadas em sua
progressão.
b. Vantagens
Este método facilita a coordenação e o controle, uma vez que toda a força
atacante se desloca numa única direção e sobre o mesmo eixo. O apoio mútuo é mais
cerrado entre os elementos da força atacante.
d. Condições favoráveis
- Após o desembarque, a VBTP deve seguir logo atrás dos fuzileiros, para estar
prontamente disponível quando necessário para prosseguir no ataque embarcado ou
para auxiliar na consolidação do objetivo. Poderá progredir por lanços ou seguir a
força atacante em movimento continuo.
- A existência de obstáculo que impeça o movimento das VBR no ataque. Neste caso,
o objetivo deve ser conquistado antes da remoção do obstáculo.
Este é o método menos desejável dos três e deverá ser empregado somente
quando necessário. Embora a ação de choque das VBR não seja aproveitada, seu
apoio de fogo auxilia o GC. Tão logo os obstáculos sejam rompidos ou uma via de
acesso adequado seja liberada, as VBR deslocam-se rapidamente para juntar-se aos
Fzo Bld no objetivo.
5.4.1 INTRODUÇÃO
5.4.2 ORGANIZAÇÃO
Composição Armamento
1ª Esq Sd At FAP
E1 FAL
E2 FAL/AT-4
2ª Esq A2 FAP
E3 FAL
E4 FAL/AT-4
Tabela 2
a. Generalidades
A formação a ser adotada e as distâncias e intervalos entre os homens e
esquadras são função da situação e do terreno. No entanto, pode-se considerar como
normais as distâncias e intervalos de 10 passos entre os homens e de 20 a 50 m entre
as esquadras.
Nas formações escalonadas em profundidade, a primeira esquadra será a base à
frente; nas escalonadas em largura, será a base à esquerda.
O adequado aproveitamento do terreno é mais importante do que a posição exata que
cada homem deve ocupar no dispositivo. O Cmt GC, além de incutir em seus homens
a importância desta prioridade, deve ele também observá-la, colocando-se onde
melhor possa controlar sua fração.
É a formação mais comumente adotada pelo GC; qualquer outra formação será
usada por imposição da situação ou do terreno, e logo que cessem tais imposições, o
grupo retornará à formação por esquadras sucessivas. Adequada aos
reconhecimentos, à aproximação e sempre que haja necessidade de uma esquadra
apoiar a outra durante o deslocamento.
Proporciona boa dispersão, bom controle, bom volume de fogos à frente e nos
flancos, grande flexibilidade e apoio mútuo entre as esquadras.
Cada esquadra deverá adotar a sua formação básica, em cunha, só a
modificando temporariamente e por imposição da situação e do terreno.
O Cmt Esq é o vértice da cunha, o que lhe permite servir de base para a sua
esquadra e comandá-la pelo exemplo.
A distância entre os homens é da ordem de 10 passos e entre as esquadras de
20 a 50m
Figura 9 – Em Linha
3. Generalidades
b. Comandos
3) Seqüência
5.4.7 ALTOS
A fim de deter o movimento do GC, seu Cmt comandará “GRUPO, ATENÇÃO! ALTO!”
OU “GRUPO, ATENÇÃO! DEITAR!”. Será feito alto ou se deitará rapidamente,
aproveitando o terreno e cobrindo-se face às direções de onde possa partir qualquer
ameaça.
OBSERVAÇÃO E CONTROLE
Estas atividades serão desenvolvidas seja com o grupo em movimento, seja parado,
tanto longe como perto do inimigo.
a. Em movimento longe do inimigo - nesta situação, o GC se deslocará, normalmente,
em coluna e a observação será atribuída apenas ao Cmt do GC e aos exploradores
que se deslocarem à frente; contudo, os demais homens procurarão ampliar a
observação geral do grupo, particularmente quanto à presença de aviação, carro de
combate e agente QBN.
b. Em movimento perto do inimigo - cada homem receberá um setor de observação
de modo a cobrir todas as direções. Não deverá, no entanto, ser abandonada a
observação contra a aviação e a presença de agentes QBN. O Cmt do GC não terá
um setor fixo de observação, ficando livre para fazê-la em qualquer direção e para
controlar seus homens. Aos Cmt de esquadra compete, além do setor que lhes for
atribuído, manter ligação pela vista com o Cmt do GC.
c. Mecanismo da observação em movimento - para observar, os homens deverão ter
o cuidado de manter a direção de progressão, não sendo necessário efetuar paradas.
De acordo com o terreno, percorrerão uma determinada distância observando os
setores respectivos, voltando-se para a frente primitiva nos intervalos entre as
observações.
d. Observação durante os altos - será feita nos mesmo moldes da observação em
movimento perto do inimigo. O controle continuará a cargo do Cmt do GC, que poderá
exercê-lo pela vista ou através da enunciação de funções.
a. Generalidades
1) Ao pressentir a possibilidade de ação do inimigo, o GC adotará a formação que lhe
permite, além de melhor observação, fugir às vistas do inimigo e progredir em
segurança, pronto para intervir rapidamente; nesta ocasião, o Cmt GC dará o
comando de: “GRUPO, ATENÇÃO! PREPARAR PARA O COMBATE!”.
2) A esse comando, todos os homens carregarão e travarão suas armas que devem
ser conduzidas de maneira a permitir a sua rápida utilização.
3) Uma vez sob as vistas e fogos do Ini, o GC passará a progressão por lanços e seu
Cmt determinará as formações adequadas à situação e ao terreno.
4) Os lanços podem ser executados por todo o grupo, por esquadras ou homem a
homem e em qualquer destes processos, em marche-marche, passo normal,
engatinhando ou rastejando.
5) Os lanços cessam ao comando de alto ou deitar, ou ao atingir uma linha ou ponto
determinado; os homens devem, ao término do lanço, ocultar-se ou abrigar-se
automaticamente, aproveitando ao máximo o terreno.
6) Estando o GC parado sob as vistas e fogos do inimigo, antes que qualquer de seus
elementos possa se deslocar, deverá receber o comando: “GRUPO, ATENÇÃO!
PREPARAR PARA PARTIR!
- TODA ESQUADRA!
- COMIGO!
A esquadra seguirá seu comandante na execução do lanço.
c. Manobras elementares
1) Em combate, as frações freqüentemente enfrentam situações imprevistas. Para
reagir rápida e corretamente ante uma situação desta natureza, sem ter que emitir
ordens demasiadamente longas, o Cmt GC emprega manobras elementares, que são
a seguir mostradas.
2) A manobra a ser empregada em cada caso é função da decisão do Cmt GC e se
baseia no seu rápido estudo da situação.
3) Basicamente, existem três tipos de manobras, que podem ser executadas a partir
de qualquer uma das formações do GC:
a) Manobra de frente
b) Manobra pela esquerda
c) Manobra pela direita
d. Erros a evitar na execução dos lanços
1. Preparação do lanço perceptível pelo inimigo.
2. Partida não simultânea dos homens de uma fração que deve executar o lanço num
só bloco.
3. Partida de uma fração antes do movimento oportuno, estando a precedente ainda
no curso do lanço.
4. Excesso de deslocamento no âmbito de uma fração.
5. Homens muito próximos uns dos outros.
6. Aproveitamento incorreto do terreno, deixando de ocupar cobertas ou abrigos
disponíveis.
e. Fogo de assalto
1) O assalto só será realizado se conseguir superioridade local de fogos sobre o Ini.
Enquanto este se mantiver forte, a abordagem de sua posição deverá ser feita
mediante fogo e movimento.
2) Para realizar o assalto, o grupo de combate deverá adotar a formação em linha e
o deslocamento dos homens deverá ser feito em passo vivo.
Figura 10 - O GC no assalto
4) O registro de segurança dos FAL deverá estar em “R”; apenas os FAP realizam o
tiro automático.
5) Para fins de adestramento, ensina-se aos homens armados de FAL a disparar um
tiro cada vez que o pé esquerdo tocar o solo (para os atiradores, uma rajada de 2 a 3
tiros). Durante o combate pode não ser praticável disparar com esta freqüência, mas
deve-se fazê-lo tão freqüentemente quanto possível.
6) Os comandantes de esquadra e esclarecedores atiram contra as posições inimigas
localizadas nas partes do objetivo que correspondem às suas posições na formação.
7) Os atiradores atiram contra as posições inimigas localizadas nos setores de suas
esquadras, dando prioridade às armas automáticas do inimigo.
a. Advertência - serve para fazer com que os homens fiquem alerta para
receber instruções. O Cmt GC pode alertar todo o grupo ou parte dele.
b. Direção - o Cmt GC indica a direção geral do alvo; em alguns casos poderá
indicar a localização exata. Além disso, define as extremidades e o centro dos
objetivos em largura ou em profundidade.
c. Distância - dada em metros; o Cmt GC deve enunciá-la por algarismos.
d. Natureza do alvo - descrição sumária do alvo; tipo de alvo. Sendo bastante
nítido, não precisa ser descrito.
e. Condições de execução - incluem os dados necessários para assegurar o
lançamento de fogo eficaz sobre todo o alvo. Constam da designação dos membros
do grupo que vão atirar e o consumo de munição. Se os homens que vão atirar forem
os mesmos colocados em alerta, o Cmt grupo não precisa dizer quem atira.
f. Execução - comando para que os homens iniciem o disparo.
g. Exemplos de comandos de tiro
1) - GRUPO, ATENÇÃO!
- UMA HORA!
- DOIS - CINCO - ZERO
- TROPA EM LINHA!
- CINCO TIROS!
- AO MEU COMANDO! (faz a seguir uma pequena pausa)
- FOGO!
2) - GRUPO, ATENÇÃO!
- FRENTE, REFERÊNCIA CASA BRANCA, DIREITA DOIS DEDOS!
- TRÊS - ZERO - ZERO!
- ARMA AUTOMÁTICA!
- ATIRADORES, UM CARREGADOR! (só os atiradores atiram)
- FOGO!
5.4.14 DESEMBARQUE
a. Prescrições gerais
1) Em situações de combate, o Cmt do GC será o primeiro a desembarcar.
2) Antes do comando para o desembarque, o Cmt grupo deverá orientar o GC quanto
à formação que será adotada e a ação a ser realizada em seguida ao desembarque.
Se nada for determinado, os homens adotarão a formação de esquadras sucessivas.
3) Para o desembarque, sempre que possível, a viatura deverá voltar a frente para
onde está o inimigo, a fim de facilitar a orientação do grupo. Para isto, o processo mais
usado é o do relógio, sendo a linha 6-12 horas o comprimento da viatura,
considerando-se 12 horas a frente da mesma.
4) O desembarque poderá ser feito por esquadras simultâneas, sucessivas ou
intercaladas.
5.5.1 INTRODUÇÃO
5) Soldado Municiador/motorista
Obs.: os integrantes da Pç Ap deslocam-se em uma Vtr 3/4 Ton, até que seja
disponível Vtr Bld. Em algumas unidades, é utilizado o URUTU. Quando se tratar de
um blindado, o motorista é um “cabo”.
a. Cmt Pç Ap:
1) Supervisiona, coordena e controla o emprego da peça em combate, os
deslocamentos para os locais determinados, a preparação das posições de tiro e sua
camuflagem, a disciplina e execução do tiro.
2) Dirige a instalação da peça.
3) Fiscaliza o trabalho da Guarnição da Peça, em especial o do atirador.
4) Emite os comandos de tiro para a sua peça.
5) Inspeciona a munição na posição da peça.
6) Inspeciona a manutenção da peça.
7) Redistribui as funções decorrentes das baixas em combate.
(Manual de ensino/Emprego da Cavalaria.................................................................................86/124)
b. Atirador:
1) Opera o aparelho de pontaria, registra os dados de tiro, nivela e aponta o morteiro.
2) Repete para o chefe da peça os dados de tiro fornecidos por ocasião do comando
emitido.
3) Por ocasião do tiro, observa e certifica-se de que a munição abandonou o tubo.
Caso a munição não saia do tubo ou saia com alteração informa ao Ch Pç.
c. 2º Municiador /motorista
1) Durante o aprestamento auxilia o Sgt Adj no recebimento, inspeção e distribuição
da munição e do explosivo.
2) É responsável por dirigir, manutenir e camuflar a Vtr.
3) Auxilia o Adj Pel no remuniciamento, fazendo o transporte da munição.
d. Auxiliar do atirador
1) Auxilia o atirador em seu trabalho de apontar o morteiro.
2) Anota os dados de tiro fornecidos por ocasião do comando emitido e repete-os para
o Ch Pç.
3) Realiza a limpeza do tubo a cada cinco tiros e/ou nos intervalos entre diferentes
missões de tiro.
4) Auxilia eventualmente o municiador em seu trabalho.
5) Introduz a granada no tubo por ocasião do comando de “fogo”.
e. O 1º municiador
1) Crava baliza, por ocasião da entrada em posição.
2) Repete os comandos de tiro referentes à munição.
b. Nesses locais será feita a locação dos alvos, utilizando-se um código numérico ou
alfanumérico estabelecido na nga do pelotão.
c. É provável que, durante o cumprimento da missão, surjam alvos não previstos
inicialmente pelo comandante da peça de apoio. Nesse caso, a NGA do pelotão
deverá prever uma forma padronizada de transmitir a localização do alvo via rádio.
Uma maneira que pode ser utilizada de forma eficiente é a seguinte:
1) Marca-se com letras a parte superior do mosaico de cartas e uma de suas
laterais, não necessariamente ordenadas.
Ao ser utilizada a tela código, verifica-se que o ponto “H” localiza-se nas
coordenadas “alfa-oscar-meia- quatro” (AO64). Este processo permite a locação de
pontos com erros de, no máximo, 50 m.
3. Ligações
O Cmt Pel C Mec e o seu Cmt Pç Ap devem se manter, de alguma forma, em constante
ligação. Dentro do teatro de operações podem acontecer imponderáveis diversos,
quando então o tiro da Pç Ap será fundamental. O Cmt Pç Ap também deve ter ligação
direta com o GExp, o qual normalmente vai corrigir o tiro do morteiro.
O movimento contínuo do Pel empregado quando o contato com o Ini ainda não
foi obtido e quando há premência de tempo. Possui as seguintes características:
- O Pel não desdobrará seus meios, a não ser que haja interferência do Ini ou cesse
o motivo do deslocamento do Pel:
- O responsável pela manutenção da velocidade de Rec perante o Cmt será o Cmt do
GExp.
- Todas as Vtr deslocar-se-ão por lanços, cuja extensão variará com o terreno,
mantendo contato visual com as Vtr próximas e em condições de sempre apoiar pelo
fogo a Vtr que precede.
- O GExp liderará a progressão, movimentando-se por lanços sucessivos ou
alternados, conforme a situação.
- A peça de apoio não entrará em posição ao término de cada lanço, a menos que o
Pel faça alto.
- O movimento por lanços do Pel é empregado quando o contato com o Ini é iminente
ou já foi realizado ou quando a segurança é fator preponderante. Possui as seguintes
características:
1) O Pel entrará em posição ao término de cada lanço, em posições
anteriormente escolhidas na carta.
2) A peça de apoio será instalada durante a deslocamento do Pel de uma
posição para outra.
3) O GE ou grupamento composto pela seção VBR e GC poderão liderar a
progressão.
4) Todas as Vtr deslocar-se-ão por lanços, exceto a da peça de apoio, que entre
as posições de tiro deslocar-se-á o mais rápido possível.
5) O responsável pela manutenção da velocidade do Rec será o Cmt do Pel,
que determinará quando avançar para nova posição.
6) A extensão do lanço do Pel não deverá exceder ao alcance de apoio da peça
de apoio.
A progressão do Pel durante a realização dos lanços será idêntica à executada
no progresso anterior, com a diferença de que o elemento de manobra (Sec VBR e
GC) poderá liderar a progressão. Ao término do lanço os exploradores apearão e
entrarão em posição nos flancos, a uma distância que não prejudique a retomada do
movimento normalmente (no máximo 400m). A seção de carros instalar-se-á a
cavaleiro do eixo, em condições de bater a direção de marcha. O GC desembarca e
protege os carros.
A duração do alto dependerá da situação. Em principio não deverá exceder o
tempo para que a peça de apoio cerre e se instale na nova posição.
A peça de apoio será instalada no terreno para apoiar a progressão entre as
posições escolhidas. As concentrações serão fornecidas pelo Cmt de Pel ao Cmt da
peça ao término de cada lanço, quando a peça se deslocar para a posição da qual
apoiará o lanço seguinte, Pos esta normalmente próxima à ocupada pelo restante do
a. Conceito
Ordens fragmentárias são intervenções de comando que alteram o
planejamento inicial, conferindo nova orientação ao desenrolar das ações. Elas foram
desenvolvidas como uma ferramenta do Cmt para acompanhar o ritmo do combate
blindado, que se caracteriza por constantes alterações na situação tática. As O Frag,
ressalte-se bem, não substituem, de forma alguma, o planejamento do Cmt SU mas
sim, constituem-se em valiosíssimo instrumento para que este possa agir face às
manobras inimigas.
b. Vantagens:
1) Aceleram o ritmo das operações militares; e
2) Aceleram a flexibilidade para o comando.
c. Desvantagens:
1) Vulnerável às ações de guerra eletrônica;
2) Possibilidade de não compreensão pelos escalões subordinados; e
3) Necessidade de adestramento do comandante e da tropa.
d. Metodologia
1) Ao emitir uma ordem fragmentária, deve-se um tempo de retardo entre o
alerta e a situação. Assim que as frações escutarem o alerta de ordem fragmentária,
deverão desdobrar no terreno, apanhar material de anotação e acompanhar a decisão
de seu comandante.
Na emissão da ordem fragmentária, segue-se a mesma seqüência da ordem
de operações, sendo que os parágrafos 4° e 5° serão omitidos. Os parágrafos 1°, 2°
e 3° são imprescindíveis, porém não há necessidade de repetição de comandos
anteriores. Dados importantes quanto à situação inimiga (tipo de viaturas, quantidade,
localização e atitude) não devem ser omitidos.
A fim de facilitar a transmissão da ordem pelo meio rádio, deve-se maximizar o
emprego de normas gerais de ação, bem como adotar sistemas de tela código para
transmissão de posições.
IMPORTANTE: não há uma padronização rígida para este tipo de ordem, o mais
importante é o entendimento mútuo. Deve-se ter o cuidado para não esquecer
nenhum elemento da subunidade ou pelotão (no caso do Esqd, é comum o Cmt
esquecer da Seç Cmdo e do OA),
A emissão de boas ordens fragmentárias é uma habilidade difícil. Como tal,
deve ser objeto de treinamento constante por parte dos Cmt SU. Como metodologia
de instrução, a manobra mais simples de aprendizado é o caixão de areia. Nele, o
Cmt SU deve reunir seus Cmt de fração, criar situações e emitir ordens. Em um
primeiro estágio, em claro e sem preocupação com a concisão (palavras e expressões
repetidas ou inúteis). O importante é não esquecer nenhuma fração e certificar-se de
que todos entenderam o que fazer. Nesta primeira fase, as NGA devem ser
padronizadas
Num segundo momento, o Cmt deve preocupar-se em torná-la mais concisa,
eliminando palavras redundantes ou desnecessárias, além de adequar-se ao tempo
7.1 BLINDAGENS
7.1.1 INTRODUÇÃO
e. Blindagem Composta
A blindagem contra projetis de alta velocidade precisa ser dura para quebrar o
projetil e resistir à penetração, e precisa ser tenaz para absorver a energia transmitida
no impacto. A solicitação do material do alvo, na região do choque, varia de
compressão para tração, como conseqüência do carregamento verificado por efeito
da propagação das ondas de choque. Como não existe nenhum material que
apresente uma combinação ótima de todas estas propriedades, utiliza-se um conjunto
de materiais que tenham as características requeridas. Os materiais cerâmicos
apresentam elevada rigidez, dureza e abrasividade em relação ao projétil que os ataca
e, por isto, têm sido utilizados em blindagens compostas, combinados com materiais
conjugados constituídos de uma matriz de resina reforçada com fibra que pode ser de
vidro, nylon, kevlar, boro ou carbono.
As primeiras blindagens deste tipo utilizaram alumina em placas, passando-se
posteriormente a se usar carboneto de silício, nitreto de silício, óxido de berílio e
carboneto de boro. Os melhores resultados foram obtidos com carboneto de boro
numconjugado de fibra de vidro e resina, fabricado pela Norton Company of
Worcester, quase 20% mais leves que os compostos semelhantes.
Dentro do grupo de blindagem composta poderíamos incluir a chamada
blindagem Chobham, capaz de oferecer proteção contra carga oca. Este tipo de
blindagem é consideravelmente mais eficaz que as outras existentes e é facilmente
adaptada em qualquer parte do carro, dentro da tendência atual de utilização de
blindagens adicionais. Os detalhes de sua fabricação permanecem em segredo,
embora estejam sendo utilizadas nos carros ingleses Vickers Valiant, nos carros
alemães Leopard-2, nos carros franceses AMX-42, nos carros americanos Abraham
M-1, nos carros israelenses Merkava e, talvez, nos carros russos. O Grupo de Estudo
de Blindagem do Centro Tecnológico do Exército tem alcançado alguns resultados
positivos neste campo, sendo capaz de produzir já uma blindagem eficiente contra
cargas ocas.
f. Blindagem Reativa
Um elemento de blindagem reativa consiste numa composição em que se
intercala uma camada de explosivo entre duas placas metálicas. Quando o jato
metálico produzido pela carga oca colide com o elemento reativo, ele inicia a explosão
resultando numa interação de ondas de choque, causando assim uma perturbação no
jato metálico. Estudos conduzidos pelo Centro de Balística Rafael, em Haifa,
demonstraram que as blindagens reativas são altamente efetivas na redução da
vulnerabilidade de carros de combate em reação à Carga oca.
Muita pesquisa tem sido feita em torno do comportamento dos metais sob o
efeito de explosões e sob impacto balístico, pesquisa esta sempre estimulada e
7.1.3 CONCLUSÕES
Tabela 4
Existem vários métodos para detecção de alvos, como por exemplo o olho nu.
Porém, durante combates noturnos e longas distancias, o olho humano não é
suficiente. O desenvolvimento da tecnologia possibilitou utilizar outras formas de
detecção, sendo integradas à armas. Em contrapartida, também possibilitou a
diminuição das assinaturas.
b. Assinatura radar
a. Tela-código
a. Princípios básicos
b. Formas de emprego
c. Medidas contra-caçadores
São aquelas executadas pela tropa amiga para reduzir a eficácia das ações
dos caçadores inimigos. Sabendo-se que existem caçadores inimigos que poderão
atuar contra a tropa amiga, deve-se adotar as seguintes medidas passivas:
1) evitar a reunião de grupos de pessoas fora de locais cobertos e abrigados,
tanto de dia quanto à noite;
2) estocar suprimentos em locais cobertos e abrigados;
3) evitar o uso de insígnias, uniformes vistosos e diferenciados, armamentos e
a outros itens que destaquem o indivíduo do restante do grupo;
4) evitar prestar continência e outros sinais de respeito em locais abertos;
5) evitar procedimentos autoritários;
6) usar capacetes e coletes à prova de balas;
7) sempre que possível, locomover-se em veículos blindados;
8) destruir ou ocupar, quando possível, as edificações que possibilitem aos
caçadores inimigos instalar boas posições finais de tiro
9) cortar ou queimar a vegetação que possa dar cobertura aos caçadores
inimigos;
10) usar, intensivamente, sacos de areia e outros meios que possam proteger
o pessoal e o material;
11) usar equipamentos e barreiras que dificultem a aproximação dos caçadores
inimigos;
12) utilizar radares de vigilância terrestre nos possíveis itinerários de infiltração
dos caçadores;
13) patrulhar ou ocupar P Vig nos acidentes capitais que facilitem a ação dos
caçadores inimigos; e
14) proteger os equipamentos sensíveis que possam ser danificados por fogos
realizados por caçadores inimigos dotados de fuzis calibre .50.
Medidas ativas são as ações executadas pela tropa amiga com o objetivo de
eliminar os caçadores inimigos.
i. Fontes de informes
7.5.1 INTRODUÇÃO
a. Visão Geral
Os IED com Comando Fio (CWIED) demandam mais tempo para seu
lançamento. O fio (cabo de detonação, fio de comando) que liga o dispositivo ao
acionador geralmente está oculto, podendo ser de qualquer cor ou tamanho,
chegando a ter mais de 1000 metros. O local de acionamento é fixo, o que facilita a
determinação das possíveis posições de acionamento por parte da tropa (estudo do
terreno). Geralmente utilizam um ponto de referência para o acionamento sobre alvos
móveis (no caso da figura 5, o poste).
Fio de comando do IED enterrado na estrada. Fios levando para a direita, para
o ponto de acionamento.
Figura 21: local de uma VOIED. Felizmente, as duas vacas acionaram o dispositivo
d. Veículo IED
e. Projétil Explosivo
Os ataques por Projétil Explosivo (PFE) têm uma alta taxa de danos. A ameaça
EFP é extremamente difícil de combater, sendo o tipo de ataque com a maior eficácia
global na atualidade.
A energia explosiva é liberada diretamente para fora da superfície da carga
explosiva, podendo ser direcionada. Quando detonado, o PFE libera uma onda de
choque a uma velocidade muito alta, capaz de penetrar diversos tipos de proteção e
blindagem.
Para uma avaliação eficaz, toma-se por base as quatro regras “TFLD”:
- Tamanho.
- Forma.
- Localização.
- Detalhes.
a. Tamanho
c. Localização
d. Locais
antes depois
Figura 32: limpeza da área
- Mentalidade ofensiva.
- Desenvolver e manter a consciência situacional.
- Evitar padrões definidos.
- Segurança 360º.
- Manter distância de segurança (standoff).
- Manter a dispersão.
- Usar a proteção blindada.
- Conhecer as capacidades próprias.
a. Mentalidade ofensiva
d. Segurança 360º
Sempre que possível, manter uma distância segura dos locais mais propensos
a esconder um IED, por exemplo, acostamento de estradas, veículos parados ao
longo de um eixo, etc.
f. Manter a dispersão
A proteção blindada salva vidas, mas não estão vinculadas à ela. Aproveite as
oportunidades para desembarcar quando a situação permitir. Os atiradores das
viaturas devem permanecer na torre, tanto quanto possível.
a) CONFIRMAR
- tentar confirmar (observação) de uma distância segura.
- usar a proteção blindada quando disponível.
- com o número mínimo de pessoal.
- observe os indicadores:
b) LIMPAR
- evacuar uma distância segura em função dos fatores MITeMeTe-C.
- distância mínima de segurança de 300 metros (as distâncias variam, não definir
padrões).
- procurar IEDs secundárias (de 5 a 25m da principal).
- ao responder um IED, considere limpar uma área de 500m (MITeMeTe-C).
c) INFORMAR
- Informar a tropa.
- Informar ao escalão superior.
- Solicitar evacuação (SFC).
d) ISOLAR
- Estabelecer uma área de isolamento em torno do local IED com base nos fatores
MITeMeTe-C.
- Concentrar-se para fora (buscar o homem com o gatilho).
- Verifique pessoas deixando a área para:
e) CONTROLAR
- Só permitir pessoal autorizado dentro da área de isolamento.
- Desviar o tráfego civil (SFC).
- Estabelecer uma área para primeiros socorros (SFC).