A Aviação Embarcada
A Aviação Embarcada
A Aviação Embarcada
1 – Introdução
Ainda hoje, essa capacidade se mantém como sendo o mais poderoso argumento
em defesa dos porta-aviões, especialmente nesse tão volátil mundo pós Guerra
Fria, onde os interesses políticos e econômicos são ameaçados em várias partes
do globo, e em áreas onde a utilização de bases terrestres de nações amigas
não pode ser garantida. Mesmo se essas bases fossem disponíveis, elas talvez
não pudessem acomodar aeronaves suficientes para atender às demandas das
operações militares, e aí mais uma vez os porta-aviões completam essa lacuna.
E mais, os porta-aviões representam uma camuflada e bem defendida base,
menos sujeita a ataques do que uma base convencional.
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Entretanto, essas duas nações tinham razões para continuarem a desenvolver e
a operar os porta-aviões: a necessidade de se estabilizar um mundo de pós-
guerra, a volatilidade natural do extremo oriente e o crescimento do
comunismo. No final dos anos 40 as intenções expansionistas soviéticas
ficaram muito claras; as dos britânicos estavam voltadas para as colônias; a
França também desejava restaurar o orgulho nacional e reafirmar o seu
controle sobre suas colônias, e assim a aviação naval tornou-se uma ferramenta
de política externa. E nações do Commonwealth, como Canadá e Austrália,
também adotaram os porta-aviões como armas de poder, sob o patrocínio da
Grã-Bretanha.
A idéia de que a 2ª Guerra Mundial havia sido a guerra para terminar todas as
guerras, logo ficou para trás, quando a Guerra da Coréia começou em 1950. As
operações aéreas à partir dos porta-aviões suplantaram em muito as das
aeronaves baseadas em terra (com exceção das operações de superioridade
aérea executada pelos Sabres F-86), e demonstraram mais uma vez o poder
dos porta-aviões, sendo crucial para o andamento daquela guerra. A Guerra da
Coréia reativou também a construção de novos porta-aviões, tanto nos Estados
Unidos como na Grã-Bretanha.
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introdução dos SSBN (Nuclear-powered ballistic missile-armed submarines)
soviéticos. Os porta-aviões também passaram a ser plataforma de lançamento
de operações com helicópteros, e por isso mais tarde, belonaves especiais para
esse tipo de ação passaram a ser construídas.
Mas tudo isso mudaria em 1982. A recaptura das Ilhas Falklands ou Malvinas
pela Grã-Bretanha, teria sido impossível sem a utilização dos porta-aviões e
logicamente da aviação embarcada, já que a base inglesa mais próxima da
região do conflito ficava a quatro mil milhas. O curioso é que quatro anos antes,
a Grã-Bretanha havia acabado com os porta-aviões convencionais. Entretanto,
esse conflito demonstrou ao mundo que, mesmo porta-aviões leves podem ser
decisivos em batalhas, onde as aeronaves baseadas em terra não podem operar
ou que podem, mas no limite de seu alcance.
3 – A revolução vertical
A principal arma aérea da vitória inglesa foi o Sea Harrier, um pequeno, mas
versátil caça que podia aterrisar ou decolar verticalmente. Essa aeronave havia
se materializado no início da década de 70 e, já nesta época, era um potencial
candidato às operações navais. Para os Estados Unidos, o Harrier era uma óbvia
solução para os problemas existentes com a necessidade de aeronaves de asa
fixa em suporte aos Marines (Fuzileiros Navais) em suas operações anfíbias.
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equipados com aeronaves V/STOL, foram feitas nos Estados Unidos, mas
sempre rejeitadas em favor dos super porta-aviões, que alcançaram seu ápice
com o Nimitz de 100 mil toneladas, e hoje representam o máximo dos projetos
navais, sendo os maiores navios já construídos.
Embora os Estados Unidos tivessem decidido que a única opção para sua
necessidade militar fosse o superporta-aviões nuclear, equipado com aeronaves
de decolagem e pouso convencional, outras nações, com menores ambições
militares e menos verba, encontraram no porta-avião STOL a solução ideal. A
Itália, a Espanha e a Tailândia optaram por essas belonaves menores e
equipadas com Harriers. A Índia também adotou a mesma solução.
4 – O futuro do porta-aviões
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porta-aviões em um futuro não muito distante, sendo que foi publicado na
imprensa que o incompleto Varyag, vendido como hotel e cassino flutuante, vai
de fato, ser concluído como porta-aviões.