Artigo Corrigido. PARA SELMA
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Resumo
PALAVRAS-CHAVE
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Este artigo apresenta alguns dos elementos estudados no Curso de Especialização Docência do Ensino
Superior e foi apresentado como requisito parcial de conclusão do curso sob a orientação do Prof. MS.
Washington Lopes da Silva
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Professora da Rede Municipal de Educação do município de Feira de Santana, Ba. Coordenadora
Pedagógica do Estado da Bahia. Pedagoga formada pela Universidade Estadual de Feira de Santana.
Especialista em Coordenação Pedagógica. Email : [email protected]
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1 INTRODUÇÃO
Sabe-se que o processo de ensinar não é tarefa fácil, pois exige do profissional
docente constantes atualizações e a busca em conhecer cada vez mais o campo de trabalho,
entretanto, como em qualquer outra profissão assim como o cientista precisa conhecer novas
formulas e substâncias, o médico pesquisa sobre as novas doenças, o advogado pesquisa sobre
as resoluções de suas causas. Assim, também é o profissional docente que precisa
constantemente se atualizar para sua prática diária.
séries iniciais”. O foco desta pesquisa é buscar subsídio para ressignificar a prática de ensino
do Pedagogo em busca do saber fazer uma prática de ensino mais voltada para cada realidade,
dentro desta proposta, será delimitada apenas nas series iniciais. Buscando responder a
pergunta norteadora da pesquisa “De que maneira a formação continuada pode contribuir para
a prática docente dos professores da rede Municipal de Feira de Santana?”
Com base na definição do autor é necessário que o educador esteja atento as nuanças
da prática, tendo em vista que nem sempre o que se planeja é realizado com sucesso. Por isso,
o processo da autoavaliação dos acertos e erros bem como da ação-reflexão fazem parte do
trajeto para alcançar os objetivos almejados. Além, disso ter a flexibilidade no seu
planejamento, traçar um segundo plano se for necessário, tentar adequar a aula as nuanças do
cotidiano e futuros imprevistos.
Sabe-se que o professor não é apenas aquele que transmite o conhecimento, como foi
acreditado por muito tempo nas tendências pedagógicas tradicionais as quais tinham “aulas de
memorização de conteúdo (retirados dos livros), em que os alunos eram considerados como
um papel em branco, nos quais era impresso o conhecimento, cabendo a eles concordar com
tudo sem questionar” (QUEIROZ e MOITA ,2007, p.09). Mas, esse profissional é um
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Com isso, podemos ressaltar dentre algumas definições sobre ensino, a de Freire
(1996) que segundo ele “ensinar não é transferir conhecimentos, nem formar é ação pela qual
um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado” (FREIRE,
1996, p. 23). Ou seja, conforme o autor, o professor deve criar possibilidades para que o
educando construa seu conhecimento e não apenas ensinar de maneira passiva, mas apresentar
o saber de forma a ter um sentido para a vida do educando.
Por isso, o aprendizado do aluno, não envolve apenas a “boa vontade” ou didática
do professor, apesar de também influenciar no processo, mas depende da vontade do aluno em
querer aprender, bem como os fatores que os motiva, ambiente externo entre outras questões.
Apesar disso, se faz necessário discutir sobre a didática do profissional, pois, pode ter seus
impactos na vida de um educando podendo ser positiva ou negativa. Alguns depoimentos de
alunos em pesquisas mostram que existem professores que impactam positivamente na vida
de um estudante que este pode até mesmo, mudar rotas de sua vida, tais como definir carreiras
profissionais etc. Existem também os aspectos negativos, aos quais a falta de identificação
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com a disciplina, ou com o professor podem gerar frustações, capazes de gerar consequências
como a desistência da escola, curso entre outros.
Desta forma, o professor não pode deixa de lado a sua didática, a qual é essencial
nesse processo, pois, poderá impactar diretamente na aprendizagem do aluno.
Para iniciar esse estudo, é preciso definir o que é a didática, pois “o saber fazer e
como fazer tem seu sentido vinculado ao para que fazer” o qual caracteriza também a didática
que é indispensável no ofício da docência. (FARIAS,2011, p.10). Segundo Martins “a didática
é usualmente vista como sinônimo de métodos e técnicas de ensino e, mais que isso, que a
escola é tida como a instituição que transmite conhecimentos” (2006, p. 75-76). Dessa forma,
o professor tem um papel fundamental nesse processo, pois é através da maneira como ele
ensina irá conquistar seu educando. Existem muitas formas de saber fazer uma aula para que o
aluno aprenda de forma lúdica, ou se torne mais significativo para sua realidade. Cabe ao
professor analisar se sua didática está adequada para a realidade da sua turma. Por exemplo
ensinar crianças da zona urbana é diferente da zona rural, ou ensinar turmas de Jovens e
Adultos é completamente destoante de crianças. Além disso, é necessário considerar a cultura
local, as diversidades, região, idade-série, modalidades de ensino, Ead (Ensino à distância), se
existem crianças especiais na sala (Pessoas com necessidades especiais). Esses, são apenas
alguns fatores a serem considerados no plano de ensino do professor e também na sua
didática.
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres se
encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando,
procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me
indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e
me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou
anunciar a novidade (FREIRE, 1996, p. 32).
Além disso, percebe-se que cada educando aprende de forma diferenciada, cada
um possuem suas singularidades e por isso, o docente não pode utilizar um mesmo método
para o ensino. Ou seja, é preciso diversificar suas aulas a depender da idade da turma, é
necessário investigar qual se adequa melhor a realidade da escola e da sala de aula. O que o
educador não pode perder de vista é sua inquietação em buscar melhorar a aprendizagem do
seu aluno, não se acomodar e buscar novos ressignificados para sua prática diária, fazendo e
refazendo caminhos.
Entretanto, falta profissionais tais como: psicopedagoga para atender os alunos com
necessidades especiais, monitores de pátios, coordenador pedagógico entre outros.
Após, isso, ela introduz o assunto do dia com uma indagação que envolve a turma,
entretanto, alguns alunos estão ainda finalizando a correção da atividade. A P1 também
separou a turma para auxiliar melhor os alunos que não sabem ler ainda e que tem maior
dificuldade, e coloca alguns monitores que a auxiliam na aula. Interrogada o porquê da
divisão da turma, a professora relatou que percebeu que na classe haviam diferentes níveis de
alfabetização e por isso, teve que criar uma estratégia para que os alunos mais avançados não
ficassem entediados e que os outros menos avançados, não se sentissem excluídos. Além
disso, explanou que faz várias pesquisas em busca de alguns métodos e decidiu experimentar
desta forma.
Ela também disse que foi bastante desafiador, mais que aos poucos os alunos
estavam se adaptando. Relatou também que um dos seus maiores desafios é ter alunos com
necessidades especiais na sala de aula e não ter uma auxiliar. Pois, existem alunos com
paralisia cerebral, autismo e imperatividade aos quais precisam que as atividades sejam
diferenciadas bem como de um maior acompanhamento na realização das mesmas, o qual
dificulta esse processo. A turma descrita é composta por 26 alunos. Outro fator importante a
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se considerar é que são feitas reuniões para tomadas de decisão, mas não com caráter
formativo, pois, segundo a professora não existem coordenador na escola e a diretora e vice
gestora acabam acumulado esse papel. Desta forma, percebe-se que existem muitas
dificuldades e imprevisto em exercer a profissão, desta forma para:
Já na outra turma da professora (P2) da escola E2, tem menos crianças na sala
cerca de 15 alunos e a escola trabalha de forma diferenciada das demais escola da rede, pois é
uma escola básica dentro de uma comunidade acadêmica, com um público que se divide em
filhos de funcionários da universidade e alunos da comunidade local. A escola é menor que a
da E1, entretanto, com alguns diferenciais: área verde, parque, uma secretária, uma diretoria,
uma cantina pequena, salas de aulas pequenas, biblioteca pequena, sala pequena, mas muito
bem equipada, um pátio, uma sala de vídeo. Apesar de a escola ser menor comparada a E1,
ela se encontra em um espaço acadêmico e tem auxílio da universidade. Além disso, a escola
trabalha por projetos, ou seja, não são disciplinas separadas, mas sim projetos estruturados, ao
longo dos semestres, alguns deles serão relatados neste trabalho, entretanto vale ressaltar que
a observação foi feita em período de estágio, porém a cada ano são inseridos novos projetos e
reformulados os já existentes. Outro fator diferenciado é que trabalham duas professoras por
turmas, para dividir o trabalho, em regra são regulamente do quadro efetivo da Rede
Municipal, e poucos estagiários.
Diante do exposto, pode-se comparar essas duas realidades e suscitar a fala das
professoras nas entrevistas em que se deparam com diferentes cenários e públicos diferentes.
Assim, diante dos relatos e as experiências esplanadas, a esse saber, Souza (2007)
afirma que:
As perguntas feitas foram (anexo I), a primeira pergunta foi sobre as concepções das
educadoras com relação a formação continuada as duas educadoras relatam ser muito
importante para suas práticas o que ficou evidente na resposta da P2:
P1 “Falta pessoas para auxiliar as turmas, principalmente para os alunos com necessidades
especiais, falta de parceria da família turmas cheias “
P2 “Falta de tempo para planejar as aulas, falta de estrutura adequada para os alunos com
necessidades especiais “.
Diante das dificuldades esplanadas pelos educadores, percebe-se que o maior desafio, não
se encontra apenas na formação inicial, continuada, ou falta dela. Mas, adentra outras questões que
envolvem ações políticas fatores que influenciam na prática docente, tais quais:
as políticas educacionais postas em ação, o financiamento da educação
básica, aspectos das culturas nacional, regionais e locais, hábitos
estruturados, a naturalização em nossa sociedade da situação crítica das
aprendizagens efetivas de amplas camadas populares, as formas de estrutura
e gestão das escolas, formação dos gestores, as condições sociais e de
escolarização de pais e mães de alunos das camadas populacionais menos
favorecidas (os “sem voz”) e, também, a condição do professorado: sua
formação inicial e continuada, os planos de carreira e salário dos docentes da
educação básica, as condições de trabalho nas escolas. (GATTI. P. 1359)
Com isso, percebe-se que são uma serie de fatores que interferem em uma
aprendizagem significativa. Entretanto, na análise dos questionários os educadores atribuem
concepções parecidas sobre a formação continuada, valorizando e dando real importância
sobre a pesquisa e a prática diária.
No próximo capítulo será feita uma analisa com maior detalhamento dos resultados
com uma proposta de solução levantada no início da presente pesquisa.
Retomando a questão de pesquisa que nortearam o presente artigo, serão feitas análise
da observação descrita anteriormente, bem como das entrevistas realizadas empenhando-se
em responder “De que maneira a formação continuada pode contribuir para a prática docente
dos professores da rede Municipal de Feira de Santana?” Conforme a interrogativa decorrem
os seguintes objetivos deste estudo, o qual se debruça em analisar as concepções dos
professores em duas escolas da rede municipal de Feira de Santana das series Iniciais do
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Desse modo, pode-se analisar conforme descrição da observação que as duas escolas
apesar de serem da mesma rede de ensino possui diferenças e singularidades. A escola E1,
apesar de ter uma infraestrutura adequada e ampla, o que contribui bastante para o
aprendizado do aluno, não possui mão de obra suficiente para garantir um bom
funcionamento da escola bem como a falta de um coordenador segundo relatos da professora
também compromete o trabalho, consequentemente também contribui na formação dos
educadores, pois, os encontros e reuniões coletivas não são de cunho formativo. Ou seja,
segundo autores e pesquisas quando a formação continuada acontece no próprio ambiente
escolar, percebe-se um maior comprometimento no nível da qualidade da educação. O qual é
evidenciado na escola E2 em que acontecem encontros formativos semanais e entre outros
fatores contribuem para a qualidade da educação local, o qual pode ser comprovada através
dos índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) em que a escola lidera o rank
dentre as demais da rede municipal. Sabe-se que existem outros fatores os quais auxiliam no
bom desempenho da escola, entretanto, percebe-se que o comprometimento formativo é um
fator muito importante sendo colocado pelas educadoras como primordial para um bom
desempenho pedagógico, no questionário da entrevista foi perguntado sobre as concepções
acerca da formação continuada, de que maneira a formação se faz necessária? A P2
respondeu: “Faz necessária na prática do educador, principalmente quando se depara com
situações que não conseguem resolver rapidamente, então, busca-se meios através da
pesquisa e cursos os quais podem auxiliar no trabalho”.
Com isso:
Isso deve ao fato de conhecer a realidade e o contexto do dia a dia, ou seja, a formação
enquanto continuada não deve ser descontextualizada de sua prática além disso, os cursos
oferecidos pelos órgãos públicos são limitados e não são continuum e muitas vezes mal
planejados, não partem dos problemas vivenciados pelos professores Freitas e Pacífico
(2018). Segundo evidenciado na pergunta 7(ver anexo), o qual apenas uma das professoras
respondeu e mesmo assim o curso foi ofertado pela outra Rede o qual ela trabalha, especificou
também que a Secretária Municipal tem encontros com os professores por série uma vez ao
mês, porém não se trata de um curso, são encontro e oficinas que segundo a professora “não
contempla a realidade da escola “.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conceito tear foi bastante utilizar ao longo dos capítulos deste artigo, como um
sinônimo de ser trabalhoso e precisar da paciência em ser feito a passos lentos a qual foi
equiparado inicialmente a profissão do educador em que precisa destas e outras qualificações
para superar os desafios propostos pela educação. A luz da temática “A formação do
pedagogo em busca do saber fazer: tecendo práticas de ensino nas séries iniciais”. Desta
forma, buscou-se responder a problemática “De que maneira a formação continuada pode
contribuir para a prática docente dos professores da rede Municipal de Feira de Santana?
Assim, foram suscitados pontos importantes discutido com base em teóricos,
ressaltando o grande desafios e possibilidades na profissão docente. Ao longo do artigo foi
destacado e discutidos os requisitos para que a prática Docente seja sinônimo de qualidade,
através da formação continuada, bem como a importância de um planejamento coerente com a
sua realidade, a importância em traçar e refazer caminhos por meio da ação-reflexão.
Conforme objetivo principal foi sendo explanados conceitos fundamentados os
quais suscitaram uma analisar acerca das concepções dos professores em duas escolas da rede
municipal de Feira de Santana das series Iniciais do Ensino Fundamental I, e também sobre a
importância da formação continuada, e seus principais desafios na prática pedagógica. Assim,
percebeu-se por meio das entrevistas e observação a importância em ter uma formação de
qualidade que contemple as maiores dificuldades dos educadores bem como, em ter um
espaço de formação no próprio ambiente escolar. Também, foram detectados os maiores
desafios relatados pelos educadores na escola E1 os quais são as salas cheios e falta de mão de
obra para auxiliar no trabalho com a docente, bem como na escola como um todo. Já na escola
E2 a falta de infraestrutura.
Com isso este estudo levantou as principais concepções dos professores sujeitos
da pesquisa acerca da formação continuada. Promovendo uma analisar através dos
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REFERÊNCIAS
ANEXOS
1. Explique suas concepções acerca da formação continuada, em sua visão de que maneira a
formação se faz necessária?
2.você considera a formação continuada como uma ferramenta importante para o trabalho
docente? Por quê?
3.Quais seus maiores desafios como educador da rede municipal de Feira de Santana?
4. Como acredita que a formação continuada pode auxiliar a melhorar esses desafios? Por
quê?
5. De que maneira a formação continuada poderia ser conduzida na rede municipal de Feira
de Santana, de forma efetiva na sua visão?
6. Você já fez algum curso de aperfeiçoamento? Qual? Ele contribuiu de alguma maneira em
sua prática pedagógica?
7. A rede municipal já ofereceu algum curso de aperfeiçoamento para sua prática? Se sim, foi
pertinente para a sua prática?
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8. Existe alguma pós graduação ou curso de aperfeiçoamento que você gostaria de fazer?
Qual? Por que ainda não fez?