2014 TCC Msmpeixoto
2014 TCC Msmpeixoto
2014 TCC Msmpeixoto
FORTALEZA
2014
MARIA SIMONE MENDES PEIXOTO
FORTALEZA
2014
MARIA SIMONE MENDES PEIXOTO
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
Profª. Dra. Patrícia Guimarães Pimentel (Orientadora Pedagógico)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_____________________________________________________
Prof. Dr. José Antonio Delfino Barbosa Filho
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_____________________________________________________
Mayara Silva de Araújo (Mestranda)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Aos meus pais, Carlos Peixoto e Maria do
Socorro.
Agradeço a DEUS, por ter me concedido a vida e estar ao meu lado em todos os momentos.
À MINHA MÃE, Maria do Socorro, mulher mais forte que já conheci, pelo exemplo de
generosidade e amor ao próximo, pessoa pela qual tanto amo e me orgulho.
À MINHA VÓ, Carmelita Mendes, com sua fé imensurável dedicou-se a mim de forma a
exercer o papel de mãe, amiga e protetora em todos os sentidos, que me apoiou nos momentos
mais difíceis da minha vida e me ajudou no fortalecimento da fé em Deus.
À MINHA FAMÍLIA, como um todo, pelo carinho, especialmente às minhas tias Anaélia e
Flaviana (In Memoriam). Aos MEUS IRMÃOS amados, Carlinhos e Davi, que sempre se
preocuparam comigo e sempre me apoiaram. Ao MEU PAI, Carlos Augusto Pinheiro Peixoto,
que apesar da distância, ofereceu a mim amor, carinho e confiança.
Ao amigo e namorado, Victor Pinheiro Giffoni, por todo o carinho, amor, compreensão e
dedicação, que tornaram os meus obstáculos mais fáceis de serem superados. Agradeço pela
presença constante nos momentos mais importantes da minha vida.
Aos AMIGOS inesquecíveis e que fizeram parte da minha jornada: Rê (In Memoriam),
Tâmara, Thalita, Elane, Léa, Yunisson, Cássio, Renata, Marrala, Raquel, Rafaella, Vanessa,
Elaine, Aline, Carlos e Bruno.
Ao colega Maciano Bezerra, pelo apoio e ensinamentos durante a etapa do estágio na Valle
Verde Agropecuária.
(Epicuro)
RESUMO
Figura 28 – Pastejo rotacionado de uma propriedade assistida pelo Leite Ceará ........... 47
Figura 42 – Presença de milho nas fezes de vacas e fragmentação das partículas corretamente
.................................................................................................................................................. 59
Tabela 2 – Estrato de produção diária das fazendas atendidas pelo Leite Ceará ....................44
Tabela 3 – Gestão empresarial dos produtores atendidos pelo Leite Ceará ............................ 44
Tabela 9 – Fazendas que utilizam o touro para concepção das fêmeas .................................. 56
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 15
5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 67
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 68
ANEXOS...........................................................................................................................
16
1 INTRODUÇÃO
extensas áreas de terra, de forma que contribui na formação da renda do setor, bem como da
renda nacional, além de gerar grandes contingentes de mão de obra, fornecimento de matéria-
prima para as indústrias de laticínios e alimento de alto valor nutritivo para a população.
Apesar do potencial do Brasil em elevar os índices produtivos da atividade
leiteira, o trabalho de assistência técnica ainda é bastante reduzido, ou ainda, bastante ausente,
em muitas propriedades do País. Segundo Zoccal et al. (2004) o conhecimento é primordial
para que ocorra o processo de adoção de tecnologia por parte dos produtores, e essa carência
limita a modernização da atividade. Segundo esses autores, o trabalho de assistência técnica
precisar ser intensificado junto aos produtores, de maneira que os detalhes da tecnologia
sejam transmitidos a estes.
Os profissionais que exercem esse tipo de atividade devem trabalhar
implementando técnicas que elevem o nível produtivo dos estabelecimentos atendidos,
almejando a rentabilidade da atividade, a segurança alimentar dos produtos de origem animal
e vegetal produzidos e a sustentabilidade do sistema como um todo (SOARES, 2014).
O último Censo Agropecuário (2006) revelou que no País, entre os
estabelecimentos agropecuários que recebem orientação técnica, 43% destes obtêm este
serviço de programas governamentais. No Ceará, 82% da orientação técnica que atende aos
estabelecimentos agropecuários é de origem governamental, no entanto, apenas 12% do total
dos estabelecimentos recebem algum tipo de assistência, enquanto no Brasil esse número é de
22% (IBGE, 2006).
Objetivou-se por meio do estágio supervisionado, acompanhar a dinâmica das
atividades de uma empresa de consultoria e assessoria zootécnica, assim como os trabalhos de
assistência técnica na área da bovinocultura leiteira no estado do Ceará.
18
5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
5.1 Escritório
Figura 2 - Apresentação em uma das estações Figura 3 - Capim sob irrigação com pivô central
Fonte: Leite & Negócios Consultoria. Fonte: Leite & Negócios Consultoria.
.
No período de 11 a 14 de agosto de 2014, ocorreu na cidade de Fortaleza - CE, o
curso “Fundamentos da nutrição de bovinos – I Curso DSM | TORTUGA”. A iniciativa
surgiu de uma parceria da Gerência Executiva do Leite Ceará com a empresa DSM | Tortuga,
no intuito de promover a capacitação dos profissionais do Programa (Figura 4). O curso foi
composto por 10 módulos, ministrados por meio de seminários, que abordaram diversos
assuntos relacionados à alimentação de bovinos.
25
Figura 10 – Fazenda assistida pelo Programa Leite Ceará Figura 11 – Bezerreiro da fazenda visitada
Por último, os alunos visitaram a Valle Verde Agropecuária, onde foi possível
conhecer um pouco sobre a produção de palma forrageira irrigada. O proprietário realizou um
breve comentário sobre o histórico da empresa, em seguida falou-se sobre algumas variedades
de palma forrageira cultivadas na propriedade (Figura 16). Ressaltou-se ainda, alguns
aspectos relacionados ao custo inicial para implantação da palma para a área de um hectare,
onde foi demonstrado pelo proprietário, o sistema de irrigação por gotejamento utilizado em
uma área da propriedade (Figura 17).
400 a 800 mm anuais de chuva, umidade relativa acima de 40% (Viana, 1969) e temperatura
diurna/noturna de 15 a 25ºC (NOBEL, 1995).
Águido (2013) salienta que os baixos custos da tonelada são conseguidos a partir
de sistemas intensivos de plantio, nos quais se alcançam produtividades maiores que 400
toneladas por hectare. Este autor relata, portanto, que é um grande erro pensar que a palma é
uma cactácea pouco exigente em fertilidade, sendo que a escolha de solos férteis, adubações
(orgânica e química) e irrigação devem ser levadas em consideração, uma vez que apresentam
excelente resultado.
Segundo Lopes et al., (2007), a palma se consolidou, no semiárido nordestino,
como forrageira estratégica fundamental nos diversos sistemas de produção animal, no
entanto, é uma planta de grande potencial produtivo e de múltiplas utilidades, podendo ser
usada na alimentação humana, na produção de medicamentos, cosméticos e corantes, na
conservação e recuperação de solos, cercas vivas, paisagismo, além de uma infinidade de
usos.
33
Fonte: A autora.
35
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
36
hectares de área plantada até o ano de 2015. Com isso, acompanhou-se o trabalho de
preparação de uma área para plantio na propriedade, em que a abertura dos sulcos foi
realizada por meio de um trator agrícola (Figura 23).
Fonte: A autora.
Segundo Donato (2011), para minimizar os riscos com erosão na área do palmal,
recomenda-se que o sulco seja aberto em função do espaçamento escolhido para plantio e
contrário à declividade do terreno.
5.2.4.2 Plantio
Alguns aspectos devem ser considerados para a escolha das raquetes para o
plantio, como: idade da planta, características da variedade escolhida, ausência de praga e
doenças, dentre outros.
Após adquirir as variedades IPA-Sertânia e Orelha de elefante por meio de fontes
idôneas, o proprietário, Maciano Bezerra optou por cultivar essas duas variedades em uma
área de viveiro, com o intuito de protegê-las das condições de elevadas temperaturas (Figura
24). Essa proteção foi permitida com o uso de tela de sombreamento (50% de interceptação da
radiação solar).
Acompanhou-se o corte das raquetes do viveiro para o plantio na propriedade.
Segundo o proprietário, com aproximadamente 80 dias após o plantio, as mudas são colhidas.
Nas situações em que as mudas são jovens, o plantio é realizado 4 a 5 dias após o corte,
enquanto que para raquetes adultas, esse tempo entre o corte e o plantio é empregado entre 15
a 20 dias.
38
Fonte: A autora.
Para que haja uma melhor fixação das mudas recém-implantadas, estas devem ser
enterradas no solo cerca de um terço ou metade do seu comprimento, evitando-se assim o
tombamento devido ao crescimento da planta. As raquetes a serem plantadas podem ser
colocadas na posição vertical ou inclinada (DONATO, 2011).
O fato da empresa produzir mudas para venda comercial fez com que o produtor
passasse a utilizar os métodos de fileira simples e fileira dupla para o plantio da palma
forrageira, pois essa questão está relacionada muitas vezes com o planejamento do tempo de
corte das mudas. Nas situações em que objetiva-se fazer um corte ao ano, o uso do método de
fileira simples torna-se mais interessante, pois permite que a planta ocupe o maior espaço para
o seu crescimento na área implantada, enquanto que o uso de fileira dupla é utilizado quando
se objetiva realizar mais de um corte ao ano.
Após o plantio, é importante observar se a palma fixou corretamente ao solo, pois
no período de 15 a 20 dias, as raquetes já precisam estar enraizadas.
Fonte: A autora.
5.2.4.3 Adubação
reposição de 100 kg de esterco para cada tonelada de matéria verde de palma colhida, a fim de
manter a fertilidade do solo.
Outra opção é o uso de adubos minerais, como os nitrogenados (ureia, sulfato de
amônio etc.), fosfatados (superfosfatos simples e triplo, fostatos monoamônico - MAP e
diamônico – DAP), potássicos (cloreto de potássio, sulfato de potássio, nitrato de potássio,
etc.) e fontes de micronutrientes (FTE BR-10, BR-12, etc.), uma vez que podem apresentar
maior eficiência de utilização pela planta e imprimir maiores produtividades no curto prazo.
As recomendações de adubação seguidas na propriedade Valle Verde
Agropecuária são efetivadas durante o momento do plantio (adubação de fundação) e após o
plantio (adubação de manutenção).
Na adubação de fundação, são incorporados ao solo 22 toneladas de adubo
orgânico por hectare, sendo que 12 toneladas são incorporadas no momento do plantio, e 10
toneladas após 30 dias do plantio. Além do adubo orgânico, adicionam-se micronutrientes e
superfosfatos.
A distribuição do esterco e do adubo químico (nitrogênio, fósforo, potássio e
boro) deve ser realizada dentro do sulco de plantio, podendo ser incorporado ao solo com o
auxílio de implemento tratorizado, de tração animal ou de enxada, se for manual (DONATO,
2011). A adubação de manutenção utilizada pela propriedade é realizada a partir da 3º
semana, com uso de fertirrigação, a cada 3 dias.
Cândido et al. (2013) ressalta que quanto aos sistemas mais intensivos, no que se
refere àqueles empregados em cultivos adensados, é necessária a adubação completa,
incluindo macro e micronutrientes, com destaque para adubação nitrogenada, visto a
importância do nitrogênio para o crescimento e produtividade da palma forrageira. Assim, um
programa de adubação deve ser traçado ao longo dos ciclos de cultivo, com o propósito de se
manter a perenidade do palmal em sistemas de cultivos adensados.
5.2.4.4 Colheita
A prática de colheita da palma forrageira pôde ser feita durante todo o período de
estágio na Valle Verde Agropecuária. Assim como o momento da colheita, fez-se o
acompanhamento das etapas de contagem de raquetes e armazenamento destas em caminhões
para venda (Figura 26).
Fonte: A autora.
fibra (FDN e FDA) têm importante papel na manutenção das condições normais do rúmen
(MELO, 2006).
A palma possui baixos teores de matéria seca (MS) e proteína bruta (PB), fazendo
que a quantidade de ingestão desse alimento pelos animais torne-se mais elevada para que
sejam atendidas as necessidades nutricionais destes. Além disso, é importante ressaltar os
cuidados ao utilizar elevadas quantidades de palma na dieta, uma vez que essa prática
comumente ocasiona distúrbios digestivos (diarreia nos animais), o que, provavelmente, está
associado à baixa quantidade de fibra dessa forrageira. Em função disso, recomenda-se
complementar a dieta com volumosos ricos em fibra, a exemplo de silagens, fenos e capins
secos (ALBUQUERQUE, 2002).
Os cuidados quanto ao excesso de palma na dieta dos animais está relacionado,
sobretudo, aos aspectos de digestibilidade da referida forrageira. Segundo Silva et al. (1997),
um fator importante da palma, é que diferentemente de outras forragens, esta apresenta alta
taxa de digestão ruminal, sendo a matéria seca degradada extensa e rapidamente, favorecendo
maior taxa de passagem e, consequentemente, consumo semelhante ao dos concentrados.
Segundo Ferreira (2005), um erro muito comum cometido por produtores e
técnicos, quando utilizam a palma na dieta de vacas de leite, é o fornecimento da mesma
como concentrado, na base de 1 kg para cada 3 kg de leite produzidos, considerando-se que a
maioria dos concentrados comerciais para vacas em lactação contém variação protéica de 20 a
24%, enquanto que o teor médio de proteína bruta da palma é considerado baixo, em torno de
4,22%.
Muitos estudos estão sendo desenvolvidos no intuito de aprofundar os
conhecimentos sobre a utilização da palma na alimentação de bovinos leiteiros. Contudo, os
produtores de leite ainda necessitam de orientações direcionadas para a utilização desta
forrageira. Neves et al. (2010), relatam que:
“Apesar da necessidade de associação da palma forrageira
com fontes de fibra efetiva, na prática, a forma mais comum de
fornecimento é picada no cocho, sem a mistura de qualquer
outro alimento, e o concentrado, quando utilizado, é oferecido
no momento da ordenha. No entanto, a melhor maneira de
fornecimento deve ser na forma de mistura completa, onde as
fontes de fibra (silagens, fenos, etc), concentrados e a palma
serão oferecidas juntas, proporcionando consumo adequado de
nutrientes, sem comprometer o desempenho e a composição do
leite.”
43
5.3.1 Caracterização geral dos produtores assistidos pelo Programa Leite Ceará
Tabela 2 – Estrato de produção diária das fazendas atendidas pelo Leite Ceará
Fonte: A autora, com dados cedidos pela Leite & Negócios Consultoria (2014).
Fonte: A autora, com dados cedidos pela Leite & Negócios Consultoria (2014).
Fonte: A autora.
Figura 33 – Bezerreiro
Fonte: A autora.
É importante ressaltar ainda que a sanidade nos bezerreiros não se atribui apenas à
responsabilidade com as práticas de manejo, pois os aspectos construtivos do bezerreiro
contribuem diretamente para o favorecimento da saúde dos animais, bem como a facilidade de
higienização do ambiente.
Dessa forma, foi possível observar durante as visitas o quanto que a instalação
destinada aos bezerros impacta na sanidade destes. Sendo assim, observaram-se situações
como: baias pouco ventiladas e possivelmente com umidade do ar elevada, orientação
inapropriada, animais doentes e sadios no mesmo ambiente, acúmulo de moscas, dentre
outras.
Figura 34 – Bezerreiro de uma propriedade visitada
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
Quanto aos aspectos construtivos dos bezerreiros observados nas fazendas, foi
possível encontrar diferentes tipos de instalações utilizadas pelos produtores. Foram
observados bezerreiros do tipo argentino, assim como bezerreiros coletivos construídos de
alvenaria e/ou madeira. Encontrou-se ainda, bezerreiros com e sem material de cobertura para
proteção contra as intempéries climáticas.
Fonte: A autora.
54
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
bom escore de condição corporal (ECC) e que se encontrem em uma faixa de idade que a
permita assegurar a gestação, pois estas devem apresentar condições anatômicas e fisiológicas
satisfatórias.
Ao visitar as propriedades assistidas pelo Programa Leite Ceará, observou-se
algumas situações em que as novilhas apresentaram problemas ao parto, devido ao fato destas
terem sido cobertas muito novas. Com isso, foi possível acompanhar o trabalho de orientação
técnica do zootecnista do programa, Gabriel Bandeira, quanto a estes cuidados com as
novilhas de primeira cria.
Fonte: A autora.
a Tabela 8, 71,3% dos produtores não utiliza inseminação artificial. Dentre as propriedades
que utilizam inseminação artificial, 45,16% realizam o procedimento no rebanho inteiro,
enquanto que 54,84% utilizam em parte do rebanho.
Ração Nº de fazendas %
Utiliza 100 92,59%
Não Utiliza 8 7,41%
Total 108 100%
Fonte: O autor, com dados cedidos pela Leite & Negócios Consultoria (2014).
Figura 42 – Presença de milho nas fezes de vacas e fragmentação das partículas corretamente
Fonte: A autora.
Figura 43 – Ordenha mecânica sem o bezerro Figura 44 – Ordenha mecânica com o bezerro
Figura 45 – Ordenha manual Figura 46 – Ordenha mecânica em sala de ordenha com fosso
Quanto ao número de ordenhas realizadas por dia nas fazendas, 87,04% realizam
duas ordenhas ao dia (Tabela 15).
Figura 47 - Lavagem inapropriada dos equipamentos Figura 48 - Lavagem correta dos equipamentos
Fonte: A autora.
Apesar dos cuidados dos produtores com os demais aspectos do manejo das vacas
leiteiras, observa-se pouca atenção com a qualidade do leite, sendo que os procedimentos de
higiene devem ser seguidos rigorosamente com o intuito de fornecer um bom produto para a
indústria. Dessa forma, é possível afirmar que mobilizar gastos com manejo alimentar,
sanitário, e reprodutivo, etc., passa a não ser interessante quando a propriedade não adota
medidas de higienização do ambiente de ordenha, bem como à higiene dos próprios
funcionários.
Os parâmetros físico-químicos, microbiológicos e higiênico-sanitários são
utilizados pelas indústrias para verificar e determinar a qualidade do leite, como por exemplo,
a contagem de células somáticas, a contagem de microrganismos psicrotróficos e resíduos de
antibióticos, os quais estão sendo cada vez mais exigidos como parâmetros de qualidade
(SANTOS e FONSECA, 2001).
64
Quanto aos aspectos construtivos da sala de ordenha, foi possível visitar fazendas
que adotaram projetos não muito interessantes, do ponto de vista da ambiência animal, bem
como com relação à facilidade da ordenha e segurança do ordenhador. Em muitas situações, a
instalação não pode ser refeita, havendo a necessidade de realizar alguns ajustes de manejo,
como alternativa. Porém, sabe-se que nesse sentido, o trabalho de assistência técnica realizado
pelos profissionais do Programa, acaba por limitar as recomendações de manejo diante dos
projetos de instalações inadequado.
Em geral, as propriedades apresentam salas de ordenha possuindo pé direito
abaixo do ideal para as condições climáticas do semiárido; beiral estreito; declividade do piso
inapropriada, e condições desfavoráveis para a segurança dos trabalhadores.
Quanto aos materiais de cobertura da sala de ordenha, foram encontradas
instalações com diferentes tipos de telhas, a citar pelas figuras abaixo, telhas de fibrocimento,
galvanizadas e de cerâmica. Este último tipo, por sua vez, consistiu no material de cobertura
mais observado nas propriedades visitadas durante o estágio.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
Figura 56 – Tanque comunitário em local aberto Figura 57 – Tanque próprio na sala de ordenha
Figura 58 – Tanque em local fechado sem azulejos Figura 59 – Tanque em local fechado com azulejos
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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para o semiárido. Artigos técnicos, Minas Gerais. 2013. Disponível em <
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Fora: Embrapa Gado de Leite, 2004.
ANEXOS
Fazenda:
Proprietário:
Téc. Responsável:
Veterinário responsável:
Zootecnista/ Agrônomo:
Visita Número: Data: Tempo da visita:
Recomendações
Observações:
Ração balanceada Mineralização do Rebanho Manejo pré e pós parto Ordenha higiênica do leite Cole. de solo para análise
Vacinas Arraçoamento do rebanho Alteração de animais por lote Controle leiteiro Recomen. de adubação
Implantação de Palma forrageira sequeiro Cana de açúcar sequeiro Capim elefante sequeiro Pastejo rotacionado sequeiro Sorgo para silagem
suporte
Palma forrageira irrigada Cana de açúcar irrigada Capim elefante irrigado Pastejo rotacionado irrigado Milho para silagem
forrageiro:
Exames sanitários: Brucelose Tuberculose Teste da Mastite Controles: Endoparasitas Ectoparasitas
Vacinas: Febre Aftosa Clostridiose Raiva Brucelose Mastite Leptospirose IBR/ BVD Pneumoenterite
Ordenha mecânica instalada Tanque de resfriamento instalado Touro raça pura adquirido Touro mestiço melhorado
1ª Via - Produtor
EVENTOS NO REBANHO
Fazenda __________________________________________________ Período ______________________
PARTO
DATA ANIMAL - Nº
TIPO SEXO PESO OBSERVAÇÃO
COBERTURA
DATA ANIMAL - Nº
NUM. COBERTURAS TIPO TOURO INSEMINADOR
SECAGEM
DATA ANIMAL - Nº
TIPO PRODUÇÃO ECC OBSERVAÇÃO
DESMAMA
DATA ANIMAL - Nº
TIPO PESO ECC OBSERVAÇÃO
OUTROS
DATA ANIMAL - Nº