Mono Retificada. MARIO
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Mono Retificada. MARIO
Agradecimentos ......................................................................................................................... iv
Dedicatória.................................................................................................................................. v
Resumo ...................................................................................................................................... ix
Abstract ....................................................................................................................................... x
APÊNDICE ............................................................................................................................. 51
Eu, Mário José Carlos, declaro por minha honra que, esta Monografia com o tema As
estratégias didácticas para minimização das dificuldades encaradas pelos alunos da 10 a
classe na aprendizagem de Teoria de Conjuntos: estudo na escola Secundária de
Machanga é o resultado da minha pesquisa e sob orientações do meu supervisor Msc. Inácio
Xavier Bute. Doravante, conteúdo deste trabalho é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente citadas no texto, nas notas e nas referências bibliográficas.
Declaro ainda que, dantes, este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra
instituição para, totalmente nem parcialmente, obtenção de qualquer grau académico.
__________________________________________
iii
Agradecimentos
Inicialmente, expresso minha gratidão a Deus pela saúde, vitalidade e sabedoria que
me permitiu superar diversos desafios. Aos meus pais e irmãos por seus valiosos
ensinamentos; obrigado por sempre acreditarem em mim.
Toda obra tem seu pilar, e eu, sendo uma obra de Deus, tenho o meu: minha família.
Eles entendem minha ausência física, oferecem apoio constante, conforto nas dificuldades e
são o motivo de lutar por minhas crenças, incluindo a formação conquistada com esforço,
sintetizada neste trabalho.
À minha esposa, Cristina Filipe Manama, quero expressar meu profundo apreço de
maneira especial. Sendo a luz que ilumina minha jornada, a constante companheira que
preenche meus dias com alegria e significado, sua presença é meu refúgio; suas palavras, o
conforto que supera todas as dificuldades. Em meio aos desafios e conquistas, sempre
inspirou cada passo do meu caminho.
Ademais, agradeço por ser a base sólida da nossa família, por compreender minha
ausência física e por ser o alicerce que sustenta nossos sonhos compartilhados. Este trabalho
não estaria completo sem mencionar o papel fundamental que desempenha em minha vida e
na realização de minhas aspirações. Meu KHANIMAMBO é dedicado a ti, por ser a melodia
da minha vida e, aos nossos filhos, Ivo Mário Carlos e Joca Mário Carlos, por serem o motivo
do meu sacrifício.
Estendo meu sincero agradecimento aos Tutores da Universidade Católica de
Moçambique, especialmente ao meu orientador, Msc. Inácio Xavier Bute, cujas contribuições
foram essenciais para viabilizar este trabalho.
Na academia e na sociedade, encontramos uma família chamada amigos e/ou
colegas, a quem também devo agradecer pela aprendizagem, discussões e debates que
enriqueceram o meu conhecimento, além de ensinar-nos a convivermos na sociedade.
Agradeço à galeria académica e à estrutura social da escola onde desenvolvi a
pesquisa. Eles proporcionaram uma compreensão prática do terreno e da escola.
A todos que acreditaram e contribuíram para a conclusão deste curso, MUITO
OBRIGADO.
iv
Dedicatória
v
“Todo trabalho árduo traz proveito, mas o só falar leva a pobreza.”
vi
Lista de Abreviaturas e Siglas
vii
Lista de ilustrações
Figuras
Tabelas
Ilustrações
viii
Resumo
Este trabalho investiga e analisa a eficácia das estratégias didácticas usadas pelos professores
para superar dificuldades enfrentadas pelos alunos da 10ª classe no estudo da Teoria de
Conjuntos. Para tal, o estudo busca responder a seguinte pergunta: "Quais estratégias
didácticas podem ser adoptadas para minimizar as dificuldades enfrentadas pelos alunos da
10ª classe na aprendizagem da Teoria de Conjuntos na Escola Secundária de Machanga,
visando promover uma melhor compreensão dos conceitos matemáticos e melhorar o
desempenho académico dos alunos?". O estudo concentrou-se na Escola Secundária de
Machanga, utilizando uma abordagem qualitativa e, contou com a participação de todos
professores de Matemática daquela escola. A metodologia abrangeu a colecta de dados por
meio de questionário e observação directa, proporcionando uma análise aprofundada das
estratégias usadas pelos professores. Os encontros feitos com os professores duravam em
média 45 minutos e decorreram em 10 dias úteis. O foco principal dos encontros era de
avaliar a eficácia de diferentes estratégias didácticas usadas pelos professores daquela escola a
fim de minimizar as dificuldades enfrentadas pelos alunos no estudo da Teoria de Conjuntos.
Buscou-se, nos encontros, perceber o potencial dos alunos e as limitações dos mesmos no
estudo da teoria de conjunto, por meio de observação directa. Entretanto, o foco era de
descrever as técnicas que os professores usam para eliminar as limitações encaradas pelos
alunos na sala de aula, bem como incentivar o potencial dos alunos que não apresentam
muitas dificuldades. Doravante, espera-se que este estudo contribua para selecção de melhores
técnicas didácticas, por parte dos professores, para minimizar as dificuldades enfrentadas
pelos alunos na Teoria de Conjuntos e que sirva de alavanca para as demais investigações que
poderão ser feitas nesta área de saber.
ix
Abstract
This work investigates and analyzes the effectiveness of teaching strategies used by teachers
to overcome difficulties faced by 10th grade students in the study of Set Theory. To this end,
the study seeks to answer the following question: "What teaching strategies can be adopted to
minimize the difficulties faced by 10th grade students in learning Set Theory at Machanga
Secondary School, aiming to promote a better understanding of mathematical concepts and
improve students' academic performance?" The study focused on Machanga Secondary
School, using a qualitative approach and with the participation of all Mathematics teachers at
that school. The methodology covered data collection through questionnaires and direct
observation, providing an in-depth analysis of the strategies used by teachers. Meetings with
teachers lasted an average of 45 minutes and took place over 10 working days. The main
focus of the meetings was to evaluate the effectiveness of different teaching strategies used by
teachers at that school in order to minimize the difficulties faced by students in studying Set
Theory. In the meetings, we sought to understand the students' potential and their limitations
in the study of set theory, through direct observation. However, the focus was to describe the
techniques that teachers use to eliminate the limitations faced by students in the classroom, as
well as encourage the potential of students who do not present many difficulties. From now
on, it is expected that this study will contribute to the selection of better teaching techniques,
by teachers, to minimize the difficulties faced by students in Set Theory and that it will serve
as a lever for other investigations that may be carried out in this area of knowledge.
x
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.3 Relevância
De modo lacónico, Kunen (2009, p. 14) afirma que “a teoria dos conjuntos é a teoria
de tudo”, pois todos os objectos matemáticos usuais podem ser definidos como conjuntos e
suas propriedades usuais podem ser provadas como teoremas da teoria dos conjuntos. Kunen
(2009) justifica a importância de estudarmos a teoria de conjunto: “estudamos teoria dos
conjuntos primeiro porque ela é o fundamento de tudo” (p. 7).
Diante das ideias desse autor, compreende-se que o estudo da teoria de conjuntos é
imprescindível na matemática. Conforme diz Moschovakis (2006, p. vii) “a teoria dos
conjuntos é a linguagem oficial da matemática, exactamente como a matemática é a
linguagem oficial da ciência”.
A compreensão da Teoria de Conjuntos não se restringe apenas ao âmbito
académico, uma vez que esses conceitos estão presentes em diversas situações do quotidiano,
seja na tomada de decisões, na resolução de problemas práticos ou na compreensão de
fenómenos do mundo real, por exemplo,
[…] Em Informática e Ciência da Computação, a Teoria de Conjuntos apresenta-se
das mais diversas formas: como fundamento para a construção das Álgebras
Booleanas, cerne da Computação Digital; como fundamento teórico para o
desenvolvimento e validação da Teoria de Bancos de Dados; como fundamento
teórico para o desenvolvimento de Linguagens Formais, etc. (Vaccaro & Canto, 2001,
p. 1).
13
Do ponto de vista científico, a Teoria de Conjuntos é a base para muitos outros
conceitos matemáticos, como a teoria das probabilidades, a álgebra e a teoria dos números,
constituindo-se como um pilar fundamental da matemática. Um sólido entendimento da
Teoria de Conjuntos é essencial para o avanço em disciplinas mais complexas e para o
desenvolvimento de novos conhecimentos matemáticos. Assim, compreende-se a relevância
da escolha do tema e de poder prosseguir com o estudo.
Terminada a apresentação da justificativa e relevância, segue-se a problematização e
a questão do estudo.
1.4 Problematização
16
CAPÍTULO II: MARCOS TEÓRICOS
Neste capítulo, foram destacados e analisados, de uma forma sintetizada, algumas
pesquisas já feitas e que, por sua vez, têm a ver com o tema em estudo. Todavia, esses
estudos, de algum modo, facilitam a compreensão desta pesquisa e como não bastasse ainda
enfatizam a problematização, fazendo com que se evite a duplicação de trabalhos. E foram
expostas linhas gerais sobre o tema “conjuntos”.
Dentre muitos trabalhos já feitos sobre o tema em estudo, achou-se, então, pertinente
o texto (Monografia) de Patrícia Souto Araújo Guido e a Monografia de Suely Correia de
Almeida.
17
Matemática na vida e na escola, volume 1 de Ana Lúcia Bordeaux, Cléa Rubinstein,
Elizabeth França, Elizabeth Ogriari e Gilda Portela de 2007.
Em sua análise, Guido (2010) encontra:
[…] Uma variação no conteúdo matemático escolhido, na forma de ensinar o tema, na
busca do contrato didático entre professor e aluno, na busca de provar um processo
lógico matemático e absoluto, o que faz com que a ciência matemática seja
considerada exata. (p. 42-43)
E, portanto, chega a seguinte conclusão:
[…] O tema “conjunto” era ensinado até os anos de 1980, como um tema auxiliar para
os alunos, mas a partir dos anos de 1990 há uma mudança grande, onde o tema
começa a ser extinto dos livros e dos currículos escolares. (p. 43)
De ressaltar que achamos pertinente a pesquisa de Guido (2010) porque relata uma
evolução histórica da matemática, em particular o tema “Conjuntos”. Pois, de acordo com
D`Ambrósio (1999), a introdução da história da matemática para o ensino da própria
matemática pode ser considerado como um elemento motivador e, até mesmo, para esclarecer
ideias matemáticas, incluindo-as em um movimento sócio histórico.
18
[…] os alunos possuíam dificuldades relativas aos conteúdos de Matemática no
Ensino Fundamental, de forma que o nível de alunos que responderam referente ao
Ensino Médio foi maior comparado ao Fundamental. (p. 61)
O autor aponta como causas dessas dificuldades, o déficit nos conteúdos básicos por
grande parte dos alunos, método de ensino do professor, bem como a falta de interesse do
aluno. E, por outro lado, referente a mini teste, Almeida (2022) constatou que 4 estudantes
acertaram mais da metade da prova, 70 alunos acertaram 1questão e 55 acertaram 2 questões,
21 alunos acertaram 3 questões, 14 alunos acertaram 4 questões e 36 alunos não conseguiram
acertar nenhuma questão.
E, portanto, Almeida (2022) chegou a seguinte conclusão:
[…] Os alunos sentem sim dificuldades com relação ao conteúdo de Conjuntos. Vimos
no Capítulo 2, na seção 2.2 que os alunos consideram a Matemática, de forma geral,
uma das disciplinas mais difíceis e que não possuem desempenho consideravelmente
satisfatório (ALVES, 2021). Assim, de acordo com os resultados do questionário
aplicado a respeito do conteúdo de Conjuntos que de certa forma é um conteúdo
básico e importante para tratar-se de conteúdos posteriores, os alunos tiveram um
desempenho também insatisfatório […] (p. 62)
A seguir, são expostas linhas gerais de conteúdos de teoria de conjuntos segundo os
livros didácticos.
19
Até cerca de 1870, de acordo com Dieudonné (1990, cit. por Junqueira, Pereira, &
Sá, 2020), entendia-se por conjuntos uma colecção de objectos matemáticos, tais como
números, figuras geométricas, funções, etc.; mas a partir dos últimos anos do século XIX, os
conjuntos e seus elementos eram considerados como objectos primitivos de uma teoria
axiomática.
Segundo Junqueira et. al (2020, p. 10), Cantor definiu conjunto como “Um
agrupamento num todo de objectos bem distintos da nossa intuição ou do nosso pensamento”.
A história de teoria de conjuntos é fundamentada por dois períodos marcantes que
culminaram com os conceitos usados actualmente. No primeiro período, a Teoria de
Conjuntos recebeu nome de Teoria Ingénua de Conjuntos e no segundo período, a Teoria
Axiomática de Conjuntos. Segundo Halmos (2001, cit. por Junqueira et. al, 2020, p. 10), a
teoria dos conjuntos seria melhor descrita por teoria axiomática dos conjuntos sob um ponto
de vista ingénuo. “É axiomático no sentido que alguns axiomas são estabelecidos e usados
como suporte para todas as provas subsequentes. É ingénua no que diz respeito à linguagem e
notação usual da matemática informal”.
20
Tabela 1: Relação de Pertinência
Escrita Leitura
∈ O elemento x pertence ao conjunto A
∉ O elemento x não pertence ao conjunto A
Fonte: Adaptado (Kirilov, 2017)
Exemplo:
Dado conjunto V = {a, e, i, o, u}. Então:
a) a ∈ V b) s ∉ V
21
conjuntos infinitos.
Fonte: Autor (2024)
c) Por Diagrama de Venn
Manjate (2017, p. 16) diz que Diagrama de Venn “consiste em representar um dado
conjunto por meio de um recinto plano limitado por uma curva fechada”.
Figura 1: Representação de conjunto por Diagrama de Venn.
22
Figura 2: Representação do conjunto Universo.
Durante a educação escolar é frequente a seguinte questão dos pais: “Filho, o que
aprendeste hoje na escola?” E, a resposta começa, às vezes, da maneira seguinte: “hoje
estudamos…e o professor disse…”. Diante dessas ideias, fica claro que, o ensino e
aprendizagem são dois processos diferentes, mas relacionados. Moreira e Massoni (2015, p.
5) narram que “a aprendizagem não é uma consequência natural do ensino. O objectivo do
ensino é a aprendizagem, mas se esta não ocorre, não se pode dizer que houve ensino” e “só
há ensino quando há aprendizagem”.
26
Do ponto de vista desses autores, nota-se que a finalidade do ensino é a
aprendizagem, então é necessário que se busque meios na parte dos educadores pelo acto de
ensinar de modo que haja a aprendizagem.
No que diz respeito ao ensino de Matemática, Rocha (2021) disse:
O ensino e aprendizagem de Matemática propõe desafios tanto para o professor quanto
para os alunos, pois é um caminho a ser percorrido através de dinâmicas e
provocações, além de ajudar tanto no ensino quanto na aprendizagem, estimulando a
criatividade e o raciocínio. (p. 20)
Neste ensino, os conceitos tratados são abstractos e difíceis de serem perceptíveis, e
que exigem um determinado nível de escolaridade e atenção para compreendê-los. Sendo
assim, o papel do professor é de estimular o interesse dos alunos nesse ensino, por meio de
estratégias didácticas adequados.
D´Ambrósio (2012, cit. por Fereira, 2022, p. 38) crê que “ [...] a matemática que se
ensina hoje nas escolas é morta” pois os conteúdos da actualidade outrora foram problemas
próprios de outras épocas.
Sendo assim, D’Ambrósio (1986, cit. por Fereira, 2022, p. 38), sugere que seja
mudada a estrutura de ensino de Matemática, conforme apresenta:
[...] atacar directamente a estrutura de todo o ensino, em particular a estrutura do
ensino de matemática, mudando completamente a ênfase do conteúdo e da quantidade
de conhecimento que a criança adquira, para uma ênfase na metodologia que
desenvolva atitude, que desenvolva a capacidade de matematizar situações reais, que
desenvolva capacidade de criar teorias adequadas para situações mais diversas [...] ”
(D’Ambrósio, 1986, pp. 14-15)
Fereira (2022), citando D’Ambrósio (2012, p. 73), contou que, para futuro da
formação de educação Matemática:
[…] O professor tem que rever o seu espaço no processo de ensino, abandonando o
papel de transmissor de conhecimento, assumindo e se adaptando o papel de
gerenciador e facilitador da aprendizagem, dentre outras coisas ser necessário “ [...]
interagir com o aluno na produção e na crítica de novos conhecimentos”. (p. 38)
Algumas teorias e aprendizagem são fundamentos do desse estudo.
27
[…] estão interligados entre si, sendo que, a aprendizagem de operações, factos,
acções, procedimentos práticos ou leis da natureza dependem do nível cognitivo do
sujeito, quer dizer, que o grau de desenvolvimento é decisivo e torna inexequível uma
nova aquisição a um indivíduo que não está capacitado para ela, porque a
compreensão de problemas somente é possível no momento evolutivo adequado. (p.
41)
Segundo Prass (2012):
Piaget concebeu o desenvolvimento intelectual como processo contínuo de
organização e reorganização de uma estrutura, cada nova organização integrando a
anterior e si mesma. Embora esse processo seja contínuo, seus resultados são
descontínuos: são qualitativamente diferentes, de tempos em tempos. Por isso, Piaget
resolveu dividir o curso total do desenvolvimento em unidades chamadas “períodos”,
“subperíodos" e “estágios". Entretanto, observa-se, cuidadosamente, que cada um
desses cortes transversais do desenvolvimento é descrito em termos do “melhor" que a
criança pode fazer, na época (p. 17).
Então, ficou claro, como diz Francisco (2023, p. 42), que “muitos dos
comportamentos aprendidos anteriormente (em outro momento passado), ocorrerão mesmo
que a criança seja capaz de interiorizar novos comportamentos”.
Todavia, na concepção de Vygotsky, segundo Nogueira (2007, cit. por Francisco,
2023, p. 43):
[…] O princípio básico para a educação é: quem sabe, faz junto com quem não sabe,
mostrando, explicando, perguntando, propondo problemas, estimulando o aluno a
investigar para que, de maneira gradativa, este vá adquirindo uma autonomia teórica
que lhe dê segurança para realizar todo o processo sozinho. (p. 43)
A concepção de Vygotsky resume-se na seguinte frase, segundo Silveira (2018, p.
23): “na ausência do outro, o homem não se constrói homem”.
Isto é, segundo Francisco (2023):
O progresso da criança dentro deste processo é construído por meio de intermediações
de outra pessoa experiente, realizando tarefas por meio de representações e
experimentos compartilhadas, na qual a representação simbólica entre o imaginário e o
real é construído de maneira significativa com a criança. (p. 43)
Mas, David Ausubel acredita que, segundo Chamussola (2023, p. 29 “tanto por
recepção como por descoberta, atribuição de significados a novos conhecimentos depende da
existência de conhecimentos prévios especificamente relevantes e de interacção com eles”.
28
Apoiando concepção de Ausubel, Moreira (2006) frisa que o “subsunçor” é um
conceito, uma ideia, uma proposição já existente na estrutura cognitiva, capaz de servir de
“ancoradouro” a uma nova informação de modo que esta adquira, assim, significado para o
indivíduo. Portanto, convém que o professor seja capaz de criar estratégias didácticas que
possam emergir os seus alunos nos novos conceitos tendo como base os conceitos do dia-a-
dia dos alunos.
Nessa perspectiva, Francisco (2023) sita dois momentos que devem ocorrer para que
haja uma aprendizagem segundo Ausubel:
Subordinação: pode acontecer segundo duas formas: Derivativa (o que se aprende é
mais um exemplo daquilo que já se sabe, não trazendo nenhuma alteração para a ideia
mais geral à qual está relacionado) e Correlativa (a nova ideia que se aprende é um
exemplo que alarga o sentido ou o sindicado de algo mais amplo que já se sabe).
Superordenação: ocorre quando a nova ideia que se aprende é mais geral do que uma
ou um conjunto de ideias que já se sabe. (pp. 44-45)
Prass (2012) concorda com Ausubel, pois em torno das suas ideias, é mais fácil para
o ser humano aprender por subordinação do que por superordenação.
Prass (2012) disse:
A estrutura cognitiva de cada indivíduo é extremamente organizada e hierarquizada,
no sentido que as várias ideias se encadeiam de acordo com a relação que se
estabelece entre elas. Além disso, é nesta estrutura que se ancoram e se reordenam
novos conceitos e ideias que o indivíduo vai progressivamente internalizando,
aprendendo. (p. 28)
Doravante, importa entender como essa “hierarquia” é vista pelo Ausubel. Deste
modo, ao serem consultados, Borssoi e Almeida (2004) disseram:
Para Ausubel, a estrutura cognitiva tende a ser organizada de forma hierárquica, onde
conceitos e proposições mais inclusivos, com maior poder de generalização, ficam no
topo da hierarquia e abrangem proposições e conceitos menos inclusivos, com menor
poder de generalização (Moreira,1997). Assim, a organização do material de ensino,
das aulas, deve considerar dois princípios: a diferenciação progressiva – princípio
segundo o qual as ideias mais gerais e inclusivas da disciplina devem ser apresentadas
no início e logo sendo diferenciadas em função dos detalhes e da especificidade; e a
reconciliação integradora – princípio segundo o qual programar o ensino implica a
realização de esforços sérios e explícitos para explorar as múltiplas relações entre
conceitos parecidos, destacando as semelhanças e as diferenças importantes, de
maneira tal que possam esclarecer as inconsistências reais ou aparentes (pp. 91-121)
29
Na teoria de Ausubel, não é apenas o professor que deve orientar correctamente os
alunos a atingir os seus objectivos, o aluno precisa estar disposto a aprender para que haja a
aprendizagem significativa (processo de motivação).
Francisco (2023), citando Borssoi e Almeida (2004), identifica três condições básicas
para proporcionar esta aprendizagem significativa:
A utilização de um material potencialmente significativo nas actividades de ensino; a
existência, na estrutura cognitiva do aluno, de conhecimentos prévios que permitam o
relacionamento do que o aluno já sabe com os conhecimentos novos, e um dos
principais factores é a disposição do indivíduo que está a aprender. (p. 45)
Diferentemente de outros autores como Piaget, por exemplo, cujo foco principal de
sua pesquisa era o desenvolvimento cognitivo, Ausubel concentrava-se principalmente numa
proposta concreta para o dia-a-dia escolar.
Diante dessas concepções, o pesquisador acredita no valor da aprendizagem por descoberta,
porém, louva a importância do modelo expositivo de aula.
30
CAPÍTULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA
Neste capítulo são apresentados detalhes que respondem às questões “como, onde,
quando e com quem foi realizada esta investigação?” para assim se adquirir os resultados ou
dados e fazer-se também a análise dos mesmos.
Conforme Gonçalves (2019),
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção
desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de
pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc.), do tempo previsto, da equipe
de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados,
enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. (p. 44).
Ou seja, é neste campo onde são apresentados os pormenores metodológicos nos
quais essa pesquisa se sustenta.
31
já ministraram aulas sobre teoria de conjuntos. Trata-se de 6 professores de matemática que
fizeram parte da amostra desse estudo.
3.3 Instrumento de recolha de dados
Para a produção de dados e alcançar o objectivo dessa pesquisa, usou-se, como
instrumento:
a) Questionário
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 176), questionário é uma “série ordenada de
perguntas, respondidas por escrito sem a presença do pesquisador”; o que facilita a
compilação e comparação das respostas escolhidas, além de assegurar o anonimato ao
interrogado.
Desse modo, o questionário elaborado, nele continha 30 questões (das quais 23
fechadas e 7 abertas) sobre seguintes aspectos: perfil académico e dados pessoais, o hábito de
rever ou estudar a matemática, dificuldade de compreensão dos conteúdos da matemática, em
particular de teoria de conjuntos, procedimentos mais praticados no ensino de teoria de
conjuntos, estratégias de aprofundamento desses conteúdos, técnicas de avaliação de
aprendizagem e a satisfação em relação aos resultados das avaliações, estudo de tópicos
relativos aos conjuntos e os materiais didácticos usados para o ensino da matemática, em
particular de teoria de conjuntos.
32
Com essa técnica, o foco principal era perceber, no ensino de teoria de conjuntos,
quais as estratégias que os professores usam na introdução das suas aulas e no esclarecimento
das dúvidas dos alunos. Foi possível usar a observação directa em todos períodos de aulas
existentes naquela escola (manhã, tarde e noite).
33
f) Reformulação do questionário: foi possível reformular algumas questões com base nas
opiniões e sugestões dadas pelos professores e estudantes que tiveram acesso ao
questionário na fase de validação.
g) Pedido de autorização: essa etapa caracterizou a primeira presença do pesquisador no
campo. A autorização foi cedida pela Direcção Administrativa da Escola depois da sua
apreciação à finalidade da pesquisa. Por sua vez, a direcção apresentava os professores
de matemática ao pesquisador, dentre os quais, assinavam seus nomes, de livre
consentimento e esclarecido, aqueles que aceitavam participar.
h) Aplicação do questionário: foram distribuídas cópias do questionário da pesquisa aos
professores que assinaram seus nomes no primeiro e segundo encontro (detalhes no
Apêndice 2). Cada professor tinha prazo de 5 dias para responder o questionário,
contando a partir do dia em que recebeu o mesmo. Como forma de compensação aos
professores que trabalhavam em, quase, todos turnos (manhã, tarde e noite), o prazo
estendeu-se até 6 dias.
i) Observação directa não-participante: foi usando essa técnica em quatro encontros
consecutivos com objectivo de vivenciar a atmosfera das aulas de alguns professores
face às suas estratégias didácticas no ensino da matemática, em especial, conteúdos
sobre conjuntos (detalhes no Apêndice 2).
j) A sistematização das informações de cada questão do questionário foi feita por meio de
gráficos ou tabelas isolados, onde foram representadas as percentagens de frequência de
cada resposta, facilitando assim a análise e interpretação dos dados.
O oitavo e nono encontro deram-se com intuito de recolher as cópias dos
questionários dados aos participantes da pesquisa. E o décimo encontro foi marcado pela
conversação de agradecimento a direcção da escola com objectivo de anotar as críticas,
sugestões e opiniões da mesma sobre atitudes e a postura do pesquisador, durante todo
período de colecta de dados (os objectivos de cada encontro estão descritos no Apêndice 2).
3.6 Técnica de análise de dados
A análise dos dados é uma das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir
dela, é que serão apresentados os resultados e a conclusão da pesquisa, conclusão essa que
poderá ser final ou apenas parcial, deixando margem para pesquisas posteriores (Oliveira,
2011, p. 46).
Neste estudo usou-se a análise de conteúdo que é a técnica mais adequada para uma
abordagem qualitativa. Pois, segundo Oliveira (2011, p. 46), essa técnica “tem por objectivo
34
enriquecer a leitura e ultrapassar as incertezas, extraindo conteúdos por trás da mensagem
analisada”. Ainda salienta o mesmo autor que, “a análise de conteúdo é um método que pode
ser aplicado tanto na pesquisa quantitativa, como na investigação qualitativa” (p. 46).
A pesquisa decorreu no mês de Fevereiro de 2024 e que contava com duração de 45
minutos, em média, por cada encontro.
Tendo apresentado os procedimentos metodológicos que foram os caminhos
adoptados para recolha das informações necessárias para responder a questão do problema
deste estudo, a seguir, no próximo capítulo, são apresentados os resultados obtidos, suas
análises e as devidas interpretações.
35
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
De acordo com Lakatos e Marconi (1992), a análise dos resultados é uma das fases
mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é que serão apresentados os resultados e a
conclusão da pesquisa, conclusão essa que poderá ser final ou apenas parcial, deixando
margem para pesquisas posteriores.
37
Ilustração 2: Questões da Secção II do Questionário
100%
83%
67%
50%
33%
17%
0%
39
Nesse contexto, alguns autores condenam essa versão pedagógica:
[…] mesmo tendo a disposição tantas inovações pedagógicas advindas de variadas
versões progressivas e emancipatórias, muitos professores não conseguem, ainda,
modificar sua conduta no referente à prática pedagógica da avaliação escolar.
(PACHECO, MELO, & SILVA, 2017, p. 68)
Usada a observação directa não-participante durante a pesquisa, constatou-se que,
em relação às dúvidas apresentadas pelos seus alunos na sala de aula, as técnicas que os
professores para eliminar essas dúvidas são dar um exemplo do dia-a-dia que pode auxiliar o
aluno na contextualização e repetir a exp osição directa da aula.
Antes de introduzir novos conteúdos, muitos professores, segundo os dados obtidos,
mandam seus alunos fazerem revisão oral da aula passada. Porém, alguns professores
relataram, no espaço de comentários (Apêndice 1), que muitos alunos não conseguem formar
ideias de como começar e terminar o discurso relativamente o que já aprenderam
anteriormente. Deste modo, esses professores optam por fazer perguntas aleatórias sobre
matérias já dadas, indicando cada aluno para responder ou uma breve revisão expositiva
sobre a aula passada.
No que se refere a falta de recursos materiais de ensino, o gráfico seguinte ilustra os
métodos que os professores adoptam para facilitar os seus alunos a alcançar os objectivos
esperados no ensino de Conjuntos e na matemática em geral.
Essa sistematização mostra que um pouco de empenho de alguns professores pode
ser valioso para os seus alunos, pois para improvisar um material de ensino com base nos
recursos caseiros requer criatividade.
Ilustração 5: Sobre materiais didácticos usados pelos professores.
100%
83%
67%
50%
33%
17%
0%
Improvisar Fazer uma Distribuir fichas Meios Orientar alunos Nao
material exposição teóricas tecnológicos a improvisar especificado
caseiro apenas pessoais materiais
40
[...] utilizar recursos didáticos no processo de ensino- aprendizagem é importante para
que o aluno assimile o conteúdo trabalhado, desenvolvendo sua criatividade,
coordenação motora e habilidade de manusear objectos diversos que poderão ser
utilizados pelo professor na aplicação de suas aulas. (pp. 112-113)
Os dados revelaram que todos professores olham para fichas teóricas como meios
mais adequados quando a escola não possui recursos necessários. Isso se deve ao facto de,
segundo Nicola e Paniz (2016, p. 357), “(…) medo do novo ou até mesmo por alguns padrões
estabelecidos dentro do sistema educacional que não permitem o professor de utilizar tais
recursos”.
Conforme dito anteriormente, improvisar um material caseiro, segundo Nicola e
Paniz (2016, p. 359), “é necessário um planejamento crítico, para que o professor saiba e
consiga usar de forma que seus objetivos sejam alcançados e o aluno consiga atrelar teoria e
prática”.
41
Ilustração 6: Questões da secção II do Questionário
42
10. Diferença de Conjuntos. 100 0 0 5 1 0 0
11. Propriedades da diferença. 83 17 0 5 1 0 0
12. Complementar de um
100 0 0 5 1 0 0
Conjunto.
13. Propriedades do
100 0 0 5 1 0 0
Complementar.
14. Problemas contextualizados
que calcula o número de
50 50 3 2 1 0 0
elementos da União e/ou da
intersecção dois conjuntos.
15. Problemas contextualizados
que calcule o número de
elementos que estão em 50 50 4 2 0 0 0
somente um dos dois
conjuntos.
16. Problemas contextualizados
que calcule o número de
elementos do 50 50 4 2 0 0 0
complementar da união de
dois conjuntos.
17. Problemas contextualizados
que calcule o número de
elementos da União e/ou da 50 50 5 1 0 0 0
intersecção de três
conjuntos.
18. Problemas contextualizados
que calcule o número de
elementos que estão em 50 50 4 0 0 0 0
somente um dos três
conjuntos.
19. Problemas contextualizados
que calcule o número de
elementos do 50 50 3 0 0 0 0
complementar da união de
três conjuntos.
20. Aplicação de teoria de
Conjuntos na resolução de 83 17 6 0 0 0 0
problemas da vida real.
44
CAPÍTULO V: CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES
Esse estudo possibilitou avaliar por meio das informações sistematizadas que os
professores enfrentam algumas dificuldades para o ensino de matemática, em particular,
ensino de teoria de conjuntos.
Embora notou-se uma mistura de estratégias usadas pelos professores, o método
tradicional é o mais predominante. O ensino da Teoria de Conjunto ainda é mecanizado
muitas vezes no uso de método expositivo, eis a razão de alguns professores afirmarem que os
seus alunos não conseguem desenvolver um discurso lógico do início ao término de uma
revisão oral de aula já dada.
Em relação a fichas de exercícios que os alunos são dados para praticarem
individualmente como forma de fixação dos conteúdos já dados, os alunos são muito
limitados nas suas resoluções porque os professores, nas salas de aulas, priorizam a exposição
directa. Conforme dizem Rocha e Sá (2017):
Esse tipo de aula é muito questionado por pesquisadores da educação matemática, pois
o aluno se vê como um mero receptor de informações, este é moldado a ser um mero
reprodutor de informações, com o tempo o individuo deixará de questionar, aceitando
que existe uma única verdade a do professor, quando ficar adulto acreditara no que a
grande mídia divulgar assim como o que o governo propor sem questionar,
professores que sustentam sua prática por meio desta metodologia o fazem por
conveniência ou são vítimas desse processo, reproduzido apenas o que aprenderam em
sua vida escolar e académica. (p. 638)
Doravante, ficou claro que um número considerável de professores não trabalha com
questões contextualizadas sobre conjuntos em sala de aula, será falta de estratégias didácticas
eficazes para fazerem entender aos seus alunos esses conteúdos? Ou apenas acham que os
alunos são incapazes de atingir os objectivos esperados diante desses tipos de questões?
As estratégias didácticas usadas pelos professores da ESM precisam serem
melhoradas em paralelo a realidade dos alunos. Isto é, é preciso um pouco mais de empenho e
de criatividade, por parte de professores, na elaboração de novos meios e técnicas didácticas
que tornam as suas aulas interactivas, onde todos alunos possam participar efectivamente sem
servir de receptores apenas.
Nicolas e Paniz (2017, p. 359) exortam também a criatividade dos professores,
quando dizem que “para que os alunos demonstrem maior interesse pelas aulas, todo e
45
qualquer recurso ou método diferente do habitual utilizado pelo professor é de grande valia,
servindo como apoio para as aulas”.
E, conforme D’ambrósio (2012), é o “interesse” que gera a motivação para
aprendizagem.
Visto que nenhum dos professores participantes dessa pesquisa lecciona em mais de
uma escola ou com mais de quatro turmas, então, acredita-se que o tempo para pensar em algo
novo para cada aula seria mais positivo para os seus alunos. Embora os alunos tendem a se
agitar para cada algo novo que aparece, como dizem Nicolas e Paniz (2017), essa agitação
pode ser transformada de interacção e, por sua vez, culminará com aprendizagem.
Recomenda-se que os professores de matemática que busque estratégias que torna a
matemática mais interessante aos alunos, eliminando assim, na mente dos alunos, a ideia de
que a matemática é um “Bicho-de-sete-cabeças”.
46
CAPÍTULO VI: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
47
Programa de Pós-graduação em Processos de Ensino, Gestão e Inovação da
Universidade de Araraquara – UNIAR.
15. Fonseca, R. V., & França, A. S. (2011). Pré-cálculo. Belém: UEPA / Centro de Ciências
Sociais e Educação.
16. Francisco, S. C. (2023). Proposta didáctica: aplicação de sistema de equações na
determinação dos coeficientes da lei de formação de uma função quadrática a partir de
coordenadas lidas no gráfico. Dondo, Sofala: Unilicungo/FCT.
17. Gil, A. C. (2002). Como elaborar projectos de pesquisa (4 ed.). São Paulo: Atlas.
18. Guido, P. S. (2010). Conjuntos Numericos: sua Trajetoria em livros didaticos. São
Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
19. Halmos, P. R. (2001). Teoria ingénua dos conjuntos. Rio de Janeiro: Editora Ciência
Moderna Ltda.
20. Junqueira, C. M., Pereira, D. C., & Sá, P. F. (2020). Ensino de Conjuntos por Atividades.
Belém – PA: PPGEM/UEPA.
21. Kirilov, A. (2017). Introdução a Teoria de Conjuntos. São Paulo: USP.
22. Kunen, K. (2009). The Foundations of Mathematics. (C. Publications, Ed.) Obtido em
Janeiro de 2024, de http://www.math.wisc.edu/kunen/notes_post.ps (versão parcial)
23. Kusaka, S., Nhêze, I. C., & Baba, T. (2021). Analysis of the intended mathematics
curriculum revision process in Mozambique from the perspective of relevance, 53.
(Jounal of Curriculum Studies) Obtido em Janeiro de 2024, de
https://doi.org/10.1080/00220272.2020.1855256
24. Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (1992). Fundamentos de Metodologia Cientifica (4
ed.). São Paulo: Atlas.
25. Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (2005). Fundamentos de metodologia científica. São
Paulo: Atlas.
26. Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (2007). Fundamentos de metodologia científica (6
ed.). São Paulo: Atlas.
27. Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (2017). Fundamentos de metodologia científica. São
Paulo: Atlas.
28. Langa, H. (2017). Matemática 10 Classe. Maputo: Plural editores.
29. Lima, G. d., & Souza, G. S. (2011). Didática Especial para o Ensino de Ciências e
Biologia II. São Cristóvão/SE: Universidade Federal de Sergipe, CESAD.
30. Maddy, P. (1997). Naturalism in Mathematics. Oxford: Oxford University Press.
48
31. Manjate, G. (2017). Matemática 10a Classe (Modulo 5 ed.). Maputo: CEMOQUE/
Instituto de Educacao Aberta e a Distancia (IEDA).
32. Moreira, M. A. (2006). A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação em
sala de aula. Brasília.
33. Moreira, M. A., & Massoni, N. T. (2015). Interfaces entre teorias de aprendizagem e
ensino de ciências/física (Vol. 26). Porto Alegre: Instituto de Física/UFRGS.
34. Moschovakis, Y. (2006). Notes on Set Theory. (Dokumen.PUB, Editor) Obtido em
Janeiro de 2024, de https://dokumen.pub/notes-on-set-theory-2ndnbsped-
9780387287225-9780387287323.html
35. Nicolas, J. A., & Paniz, C. M. (2016). A importância da utilização de diferentes recursos
didáticos no ensino de biologia. São Paulo: NEaD-Unesp.
36. Nogueira, C. M. (2007). As teorias de aprendizagem e suas implicações no ensino de
Matemática (Vol. 29). Brasil: Universidade Estadual de Maringá.
37. Oliveira, M. F. (2011). Metodologia científica: um manual para a realização de
pesquisas em administração. Obtido em 18 de Fevereiro de 2024, de
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/10458/10458_4.PDF
38. Pacheco, A. R., Melo, M. L., & Silva, A. K. (2017). O ensino de medidas de
comprimento a partir da opinião de estudantes. Belém: EPM.
39. Prass, A. R. (2012). Teorias de Aprendizagem. Obtido em 30 de Jan de 2024, de
ScriniaLibris.com: https://www.docsity.com/pt/teorias-de-aprendizagem-3/7170756/
40. Rocha, A. A., & Sá, P. F. (2017). O Ensino de Conjuntos do ponto de vista de
professores do Marajo. In Pesquisa em Educacao Matematica: Experiencias e
Perspectivas (pp. 627-638). Pará: SCEM-UEP.
41. Rocha, M. F. (2021). Estudo da função quadrática: uma proposta utilizando
investigação Matemática. Rio grande, Brasil: FURG.
42. Santos, C. F. (2013). Uma reflexão sobre o papel fundacional da teoria dos conjuntos na
matemática (Vol. 05). Peri: UFSC.
43. Silva, C. X., & Filho, B. B. (2005). Matematica: Aula por Aula (Minas Gerais ed., Vol.
Unico). (G. d. estado, Trans.) FTD.
44. Silva, H. M., Sá, P., & Silva, M. (2015). Atendimento educacional: a opinião de
professores sobre o ensino de matemática para alunos surdos. (Vol. Especial). Revista
Cocar (UEPA).
49
45. Silveira, L. F. (2018). Resolução de problemas no ensino de sistemas de equações
linerares: um olhar sob as teorias de aprendizagem na realidade da escola
contemporânea. . Brasil: UESB - Vitória da Conquista/BA .
46. Souza, S. E. (2007). O uso de recursos didáticos no ensino escolar. I ENCONTRO DE
PESQUISA EM EDUCAÇÃO, IV JORNADA DE PRÁTICA DE ENSINO, XIII
SEMANA DE PEDAGOGIA DA UEM. Obtido em Fevereiro de 2024, de
http://www.pec.uem.br/pec_uem/revistas/arqmudi/volume_11/suplemento_02/
artigos/019.df
47. Vaccaro, G. L., & Canto, E. A. (2001). Estruturas Algébricas: Teoria de Conjuntos
(1.3.5 ed.). Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
48. Waldemar, P. J., Pereira, V. L., & Filho, H. V. (2007). Pesquisa científica sem tropeços:
abordagem sistêmica. Brasil - São Paulo: Atlas.
50
APÊNDICE
51
Apêndice 1
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
Prezado (a),
Estamos realizando um estudo que busca a melhoria do processo de ensino e aprendizagem
da Matemática, em particular Ensino de Teoria de Conjuntos. Para tal, necessitamos de sua
colaboração respondendo as questões abaixo para o êxito deste trabalho. Desde já
agradecemos sua colaboração.
O questionário contém 30 perguntas, dais quais 7 são abertas e as restantes, fechadas.
a) Género Sexual
i. Masculin ii. Feminino iii. Prefiro não dizer
d) Grau de escolaridade
i. Licenciado/a (___) ii. Especialista (___) iii. Mestre (___)
e) Em quantas escolas lecciona? _____ Escolas públicas e ____ Escolas
Privadas.
____________________________________________________________________.
h) Há outras actividades remuneradas que você exerce? Sim (___). Não (___).
Se Sim, quais são?
_____________________________________________________________________
____________________________________________________________________.
abaixo indicadas.
Se, das opções dadas, nenhuma delas diz respeito a metodologia do participante, então,
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
3. Em relação as estratégias utilizadas pelos professores para ajudarem os alunos a
fixar os conteúdos aprendidos, assinale com X a(s) opção(ões) que diz(em) respeito à sua
estratégia.
Se, das opções dadas, nenhuma delas diz respeito a metodologia do participante, então,
comente resumidamente a sua metodologia para auxiliar os seus alunos na fixação dos
conteúdos.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
4. Sobre as formas de avaliação usadas pelos professores, quais delas tem usado? Pode
marcar com X mais de uma opção uma vez que no processo avaliativo em geral é usado
xi. Desafios em jogos matemáticos (___). xii. Nenhuma dessas formas (___).
5.1. Como são os resultados desse intercâmbio nas salas de aulas? A resposta
6.1. Qual é a estratégia didáctica que usa para facilitar a aprendizagem dos seus
alunos com NEE? A resposta dessa questão depende da opção que escolheste no
número 6.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________________.
7. Sobre as questões (dúvidas) apresentadas pelos seus alunos na sala de aula, qual é a
(__).
(__).
iv. Mandar o aluno ler outras fontes para de seguida voltar a discutir do mesmo
assunto (__).
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________.
8. Qual é a sua técnica para introduzir uma aula nova sobre teoria de conjuntos mas
que possui uma ligação da aula já dada no encontro anterior com seus alunos? (Por
Exemplo quer introduzir Operações com Conjuntos, sendo a aula passada ensinaste sobre
Relações entre Conjuntos?
i. Mandar alunos fazerem revisão da aula anterior (__).
ii. Fazer questões aleatórias sobre aula dada, indicando cada aluno para responder
(__).
iii. Fazer uma breve revisão expositiva sobre a aula passada (__).
8. Qual é o método que usa para ministrar as suas aulas de teoria de conjuntos se a
escola não possui materiais didácticos (ou meios didácticos) necessários? (Por exemplo,
(__).
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
DA TEORIA DE CONJUNTOS.
O quadro abaixo resume questões sobre conteúdos da teoria de Conjuntos. Apenas
Marque com X todas as opções que dizem respeito a realidade das suas experiências na
sala de aula.
Regular
Fácil
Fácil
Muito
1. Noção de Conjuntos.
2. Noção de elemento.
3. Relação de pertinência.
4. Conjunto Vazio.
5. Conjunto Unitário.
6. Subconjuntos.
7. Relação de Inclusão.
Intersecção.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Obrigado!
Apêndice 2
PLANO DE ACTIVIDADES DE RECOLHA DE DADOS
Instrumento
Recursos ou
Encontro Descrição Objectivos de recolha de
Materiais
dados
- Obter autorização da Carta formal
Pedido de Direcção Administrativa da Papel e
10 e/ou tomada
autorização. Escola para realização de Caneta.
de nota.
pesquisa.
Alistamento dos
- Conhecer os professores Papel e Tomada de
20 professores
participantes. Caneta. nota.
interessados.
- Conhecer o perfil dos
professores participantes;
Aplicação do - Obter informações sobre
Questionário aspectos pedagógicos de cada
(distribuição do professor participante; Papel e
30 - Conhecer o grau de Questionário.
questionário aos Caneta.
dificuldade dos alunos na
professores aprendizagem sobre a teoria
interessados). de conjuntos, segundo a
perspectiva de cada professor
participante.
Tomada de
- Observar e anotar as Lápis, Papel, notas dos
Observação nas estratégias didácticas usadas
40, 50, Caneta e procedimentos
salas de aulas. pelos professores nas salas de
60 e 70 Borracha. dos
aulas.
professores.
Recolha de - Obter as informações
questionário necessárias para atingir o Questionário e
objectivo desse trabalho; Papel e
distribuído aos Tomada de
- Sistematizar as informações Caneta.
80 e 90 professores nota.
obtidas de cada professor
interessados. participante.
- Saber a opinião da Direcção
100 Conversação com Papel e Tomada de
Administrativa da Escola
60
a Direcção sobre o desenvolvimento da Caneta. nota.
Administrativa da pesquisa, bem como críticas e
sugestões sobre as atitudes do
Escola.
pesquisador.
61