Efai Reg AP 5ano 1bi LP Web
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Realização
LIVRO DO PROFESSOR
5° ANO ENSINO FUNDAMENTAL 1 O BIMESTRE
LIVRO DO PROFESSOR
5° ANO ENSINO FUNDAMENTAL 1 0 BIMESTRE
Querido(a) professor(a),
Este material nas suas mãos é especial. Ele concretiza nosso desejo de apoiar
sua prática e é a maneira que encontramos de estar sempre ao seu lado. Do pla-
nejamento individual às reflexões depois de cada aula, você não está só.
Estão com você os mais de 600 professores e especialistas que contribuíram
para a criação das propostas dos projetos dos Planos de Aula Nova Escola e do
Material Educacional Nacional e 18 educadores de diversos municípios amapaen-
ses, que trouxeram suas experiências e histórias para adaptar as aulas à identida-
de cultural do estado e ao Referencial Curricular Amapaense (RCA).
O conteúdo foi feito de professor para professor porque, para nós da Nova
Escola, são esses os profissionais que entendem como criar situações e ativi-
dades ideais de ensino e aprendizagem. Temos em comum o mesmo objetivo:
fazer com que todos os alunos amapaenses, sem exceção, aprendam e tenham
a mais bonita trajetória pela frente. Vamos juntos encarar esse desafio diário
e encantador.
Matemática
A proposta de trabalho com a Matemática contempla as cin- Ciências
co Unidades Temáticas previstas no RCA – Números, Álgebra, A rotina didática sugerida para os capítulos de Ciências da
Geometria, Grandezas e medidas, Probabilidade e estatística – Natureza está organizada de modo que permita aos estudantes
integradas às outras áreas de conhecimento. A concepção de interpretar seu cotidiano social à luz dos fenômenos científicos,
ensino de Matemática leva em conta a resolução de problemas descobrindo na ação a importância do fazer Ciência, conforme
como eixo condutor das atividades, visando ao letramento ma- a demanda do RCA.
temático. O material foi cuidadosamente elaborado envolvendo Os capítulos estão organizados em unidades que levam ao
o contexto regional, de modo que os alunos se identifiquem com desenvolvimento das habilidades previstas no RCA: iniciam-se
as situações de aprendizagem propostas e possam desenvolver com um momento de contextualização, no qual os estudantes
o pensamento matemático por meio da resolução de problemas vão mobilizar seus conhecimentos prévios e refletir sobre per-
ligados ao seu cotidiano. guntas ou situações relacionadas ao tema da aula (aqui acon-
Ao longo de todo o processo, os alunos discutem e validam tece o levantamento de hipóteses); na sequência, a seção Mão
ideias e estratégias de resolução para as atividades propostas, na massa é a oportunidade de construir, de agir, de realizar
refletem sobre as possíveis soluções e fazem registros, num am- uma ação relacionada aos conhecimentos identificados na fase
biente de aprendizagem que valoriza e estimula a participação anterior, colocando à prova as hipóteses levantadas; por fim, o
ativa dos estudantes, buscando, assim, desenvolver habilidades Retomando é o momento de relacionar as reflexões e ações ao
e competências. conteúdo científico, apropriando-se dele.
ÍCONES
Indicam como as
atividades
devem ser realiz
adas.
Atividade oral
Atividade em dup
la
Atividade em gru
p o
Atividade com ane
xo
Atividade de reco
rte
Atividade no cad
erno
SEÇÕES
Indicam a etapa do capítulo.
PRATICANDO
Nestas seções, os alunos realizam
atividades de prática em individuais
ou em grupo.
MÃO NA MASSA
Língua Portuguesa 9
Atividades permanentes.....................................................................................................10
Unidade 1 – Contos populares afro-brasileiros.............................................................. 26
1 Histórias que atravessaram o tempo....................................................................................................... 30
2 O que sabemos sobre contos afro-brasileiros? ................................................................................... 34
3 Conhecendo contos afro-brasileiros ...................................................................................................... 38
4 Vamos conhecer melhor o conto “Histórias do candomblé”? ........................................................ 42
5 Descobrindo quem conta a história......................................................................................................... 46
6 Explorando as diferentes maneiras de contar histórias .................................................................... 50
7 Mudando o foco: quem conta a história? .............................................................................................. 54
8 Descobrindo as vozes do conto .............................................................................................................. 58
9 Diferentes formas de marcar as vozes ................................................................................................... 62
10 Variando as emoções dos personagens ............................................................................................... 66
11 Ouvir histórias com palavras, cores e sons ........................................................................................... 70
12 Preparando um reconto ..............................................................................................................................74
13 Agora é sua vez: vamos recontar! ........................................................................................................... 78
14 Mural interativo: vamos planejar um novo final? ................................................................................. 82
15 Escrevendo um novo final para a história ............................................................................................. 86
16 Fazendo os últimos ajustes para publicar a história no mural interativo ...................................... 90
17 Finalizando o mural: identidade quilombola ......................................................................................... 94
Matemática 109
Unidade 1 – Comparando números naturais e resolvendo problemas..................... 110
1 Sistema de Numeração Decimal e as fichas sobrepostas..................................................................111
2 Situações-problema do campo aditivo ...................................................................................................115
3 Situações-problema do campo multiplicativo ......................................................................................118
4 Situações-problema com várias operações ..........................................................................................121
Ciências 223
Unidade 1 – Projeto 1 – Agentes transformadores do futuro: reciclagem............... 224
1 Uso consciente dos materiais .................................................................................................................225
2 Propriedades físicas dos materiais ........................................................................................................229
3 Uso e reúso: construindo um consumo consciente .........................................................................233
Anexo 230
HABILIDADES DO RCA
EF15LP04 Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.
Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e interpretando recursos
EF15LP14
gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias).
Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de
EF15LP15
encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma,
EF15LP16
textos narrativos de maior porte, como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.
Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de sentido criados pelo formato do texto na página, pela
EF15LP17
distribuição e pela diagramação das letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais.
EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível
EF35LP01
de textualidade adequado.
Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para
EF35LP02
leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.
Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas, identificando características regionais,
EF35LP11 urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como características do uso da língua por
diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos linguísticos.
Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem
EF35LP21
ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o
EF35LP22
uso de variedades linguísticas no discurso direto.
Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de divisão de versos,
EF35LP23
estrofes e refrões e seu efeito de sentido.
10 5 o ANO
Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens
EF35LP27
poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.
EF35LP31 Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.
Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados, de acordo com
EF05LP02 o contexto de uso), comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científicas com esses
mesmos termos utilizados na linguagem usual.
Ler e compreender, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana,
EF05LP10
de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
PRÁTICAS DE LINGUAGEM
• Leitura/escuta (compartilhada e autônoma).
• Performances orais.
• Decodificação.
• Fluências de leitura.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
• Formação do leitor.
• Formação do leitor literário.
• Estratégias de leitura.
• Leitura colaborativa e autônoma.
• Apreciação estética/Estilo.
• Leitura multissemiótica.
• Contagem de histórias.
• Decodificação.
• Fluência de leitura.
• Declamação.
• Variação linguística.
• Forma de composição de textos poéticos.
• Polissemia.
PERIODICIDADE
Semanal.
PASSO A PASSO
Selecione uma obra literária que seja adequada à faixa etária da turma, que apresente elementos multissemióticos e
proporcione a análise dos efeitos de sentido decorrentes da relação entre linguagem verbal e linguagem não verbal.
Esclareça aos alunos que eles devem escolher um livro para transformar em filme. Instrua-os a pensar nos elementos
do texto escolhido que poderiam ajudar a transformá-lo em formato visual, como: personagens principais, cenário/
ilustrações ou descrições de espaço, partes da narrativa (começo, clímax e desfecho) etc.
Esta atividade se organiza nas seguintes etapas:
1. Sensibilização: reconhecimento da dimensão lúdica do texto literário.
2. Organização do espaço de leitura com exposição oral das histórias lidas.
3. Mapeamento de expectativas sobre a leitura.
4. Leitura e discussão.
5. Registro das impressões.
11 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
• S elecionar com antecedência os livros a serem utilizados na atividade. Para a roda de leitura, pode-se criar uma
cenografia que represente a história para que sejam criadas expectativas de leitura e para que os alunos vejam
ideias de adaptações de obras literárias para o cinema. Uma sugestão é transformar uma parte da sala em uma
espécie de estúdio de gravação, para que os alunos compartilhem informações em voz alta.
• F alta de motivação para realizar as leituras ou participar das discussões coletivas, seja por falta de hábito de leitura
e/ou problemas relacionados à interação e comunicação com os colegas e com os professores. Recomenda-se a
realização de sondagem acerca de tais dificuldades antes da proposição de atividades de leitura e debates coletivos.
• Dificuldade para decodificar o texto.
• Dificuldade para expor oralmente as impressões sobre a leitura realizada, seja por insegurança, problemas na
fala ou na organização das ideias. Também pode ser ocasionada por falta de prática ou de identificação com as
ideias presentes no texto lido. É possível antecipar-se a tal dificuldade realizando sondagem prévia, junto aos
próprios alunos e no diálogo com o setor pedagógico e com as famílias. Recomenda-se ainda atenção na seleção
de leituras adequadas à faixa etária, nas quais o aluno possa reconhecer elementos de seu cotidiano e referências
ao seu conhecimento de mundo.
• B RAUN, P.; VIANNA, M. M. Rodas de Leitura como Estratégias de Ensino e Aprendizagem. In: PLETSCH, M. D.; RIZO, G.
(org.). Cultura e formação: contribuições para a prática docente. Seropédica (RJ): Editora da UFFRJ, 2010. p. 59-66.
• COSSON, R.; SOUZA, R. J. Letramento literário: uma proposta para a sala de aula. Caderno de Formação: formação
de professores, didática de conteúdos, São Paulo, Cultura Acadêmica, v. 2, p. 101-108, 2011. Disponível em: http://
www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40149/1/Caderno_Formacao_bloco2_vol2.pdf. Acesso em: 30
ago. 2021.
12 5 o ANO
13 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
HABILIDADES DO RCA
Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos
EF35LP17
que circulam em meios impressos ou digitais.
Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizados por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema
EF35LP18
e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
EF35LP19 Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e palestras.
Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama,
EF35LP20 tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação
comunicativa.
Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando os
EF15LP08
recursos multissemióticos disponíveis.
Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor
EF15LP09
e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
EF15LP10
esclarecimentos sempre que necessário.
Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos,
EF15LP12
movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões,
EF15LP13
informar, relatar experiências etc.).
PRÁTICAS DE LINGUAGEM
• Oralidade; leitura/escuta (compartilhada e autônoma).
• Análise linguística/semiótica.
14 5 o ANO
PERIODICIDADE
Mensal.
PASSO A PASSO
A prática de gêneros orais oportuniza aos alunos organizar uma apresentação com base em pesquisa prévia sobre
um tema escolhido e o uso de textos multissemióticos. O trabalho deverá ser feito em grupos, com produção de
recursos visuais, a fim de compartilhar conhecimentos e de trabalhar a oralidade em minisseminários. Para este
trabalho, faz-se necessária uma preparação prévia. Dessa maneira, além de orientar as demandas da oralidade,
considerando a interação entre apresentador e ouvinte, elementos paralinguísticos, como riso, gestos, mímica, entre
outros recursos da oralidade, deve-se também considerar o tipo expositivo de textos, combinando a oralidade com
recursos visuais, como imagens, gráficos, tabela, infográficos etc.
MATERIAIS
• F olhas de papel cartolina; canetas hidrográficas; revistas diversas; computadores conectados à internet; recursos
digitais de apresentação multimídia, como o PowerPoint ou Google Slides.
15 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
16 5 o ANO
17 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
HABILIDADES DO RCA
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da
função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse
EF15LP02 texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados
da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de
textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
EF15LP04 Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.
Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
EF15LP10
esclarecimentos sempre que necessário.
Identificar gêneros do discurso oral utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos e suas características
EF35LP10 linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas
no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).
Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade,
EF35LP15 utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/
assunto do texto.
Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas de
EF35LP16 reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e a diagramação específicas de cada um desses
gêneros, inclusive em suas versões orais.
EF35LP19 Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e palestras.
EF05LP05 Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo.
Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual é mais confiável
EF05LP16
e por quê.
Analisar a validade e a força de argumentos em argumentações sobre produtos de mídia para público infantil (filmes,
EF05LP20
desenhos animados, HQs, games etc.) com base em conhecimentos sobre eles.
PRÁTICAS DE LINGUAGEM
• Leitura/escuta (compartilhada e autônoma).
• Oralidade.
18 5 o ANO
PERIODICIDADE
Quinzenal.
PASSO A PASSO
Medeie os processos interacionais presentes no desenvolvimento da roda de notícias, para melhor compreensão das
atividades propostas durante a aula. Providencie para este momento, se for possível, o acesso à internet, para que os
alunos possam explorar as notícias, os elementos gráficos e a estrutura do blog. A atividade deverá ser organizada
nas seguintes etapas:
1. Averiguação dos conhecimentos prévios sobre as notícias em blogs.
2. Organização do espaço físico para o desenvolvimento da roda de notícias.
3. Identificação, leitura e escuta de notícias.
4. Apresentação de notícias.
5. Construção do “Jornal de Parede”.
MATERIAIS
• R
ecortes de notícias publicadas em blogs; projetor; papel pardo; régua; canetas hidrográficas; envelopes coloridos;
computador; fita adesiva.
19 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
20 5 o ANO
HABILIDADES DO RCA
Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor
EF15LP09
e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
EF15LP10
esclarecimentos sempre que necessário.
Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos,
EF15LP12
movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar
EF15LP13
opiniões, informar, relatar experiências etc.).
Identificar gêneros do discurso oral utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos e suas características
EF35LP10 linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas
no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e na TV, aula, debate etc.).
Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema
EF35LP18
e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
EF35LP19 Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e palestras.
PRÁTICAS DE LINGUAGEM
OBJETOS DE CONHECIMENTO
PERIODICIDADE
Quinzenal.
21 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
Nesta dinâmica, propõe-se a realização de assembleias periódicas na escola, com a participação efetiva dos alunos
em todas as etapas, como sensibilização; elaboração da pauta; organização do espaço; revisão dos combinados;
leitura, discussão e conclusão/sugestão de pautas; votação e registro das conclusões; finalização e leitura da ata; e
apresentação do novo grupo organizador.
MATERIAIS
• Cartolina ou papel kraft; canetas hidrográficas; folha de papel de sulfite ou papel pautado.
• É possível que alguns alunos se sintam desmotivados e desinteressados pela função da assembleia e até mesmo
que não queiram participar das reuniões. Também é comum que alguns alunos apresentem timidez ou receio de
apresentar suas ideias ou, ainda, que, pela falta de experiências prévias com atividades como esta, apresentem
dificuldade em organizar, coordenar e sintetizar ideias, opiniões, fatos e decisões. Por essas razões, é importante
observar e mediar as atividades, de modo a descentralizar a discussão e envolver todos os alunos na proposta,
orientando-os a respeitar turnos de falas, a evitar o uso de linguagem inadequada e a respeitar os colegas.
• A RAUJO, D. D. Debate regrado. In: MENDONÇA, M. (Coord.). Diversidade textual: propostas para a sala de aula. Recife:
MEC: CEEL, 2008. p. 239-252. Disponível em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/35.pdf.
Acesso em: 27 nov. 2021.
• ARAÚJO, U. F. Autogestão na sala de aula: as assembleias escolares. São Paulo: Summus, 2015.
• JEONG, C. Y.; YEONG, K. S. Fugindo das garras do gato. São Paulo: Callis, 2009.
• PUIG, J. M. Democracia e participação escolar: proposta de atividades. São Paulo: Moderna, 2005.
22 5 o ANO
23 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
24 5 o ANO
ANOTAÇÕES
25 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
HABILIDADES DO RCA
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que
foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma
e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e
EF15LP02 recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos
gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas
antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
Analisar os textos regionais: como lendas, contos, cordéis, músicas, reportagens e notícias retratando a vida,
EF15LP-AP03
o convívio e o cotidiano as comunidades indígenas e quilombolas do Amapá.
Ler, compreender e interpretar textos dos mais variados gêneros textuais considerando seus suportes, estrutura,
EF15LP-AP04
características e principalmente sua função social.
Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
EF15LP05 (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto
e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à
produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando
EF15LP07
for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar
EF15LP13
opiniões, informar, relatar experiências etc.).
EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
Ler, compreender e interpretar textos dos mais variados gêneros textuais considerando seus suportes, estrutura,
EF35LP-AP02
características e principalmente sua função social (funcionalidade).
Reconhecer que existem formas gráficas que são utilizadas para distinguir as entonações e expressividades
EF35LP-AP03
necessárias na construção dos sentidos na língua escrita.
EF35LP05 Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos)
EF35LP06 ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para
a continuidade do texto.
26 5 o ANO
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo
EF35LP09
com as características do gênero textual.
Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas
características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica,
EF35LP10
entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos
no rádio e TV, aula, debate etc.).
Promover e proteger a memória cultural, por meio de contação de histórias, usando representações do mundo
EF35LP-AP10 por paisagens culturais, monumentos e sítios históricos, que são muito reconhecidas, porém não são somente
os aspectos físicos que se faz a cultura de um povo.
Respeitar as variações linguísticas reconhecendo-as como forma de expressão dos diversos grupos nas diferentes
EF35LP-AP11
situações de comunicação rejeitando o preconceito e a desigualdade social.
Produzir textos do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características
linguístico-expressivas e composicionais nas variações linguísticas específicas da região do Amapá, bem como
EF35LP-AP17
o registro das conversações espontâneas das comunidades ribeirinhas, quilombolas e dos índios das várias
etnias do estado.
Recontar Tradição Oral oralmente, literatura em culturas orais com e sem apoio de imagem, textos literários
EF35LP-AP22
locais de cada comunidade indígenas e quilombolas lidos pelo professor.
Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens
EF35LP25
apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.
Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens,
EF35LP26 observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção
do discurso indireto e discurso direto.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com base
EF35LP29
no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação e
EF35LP30
explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Reconstrução das condições de produção e recepção de textos; estratégias de leitura; compreensão em leitura; forma
de composição de narrativa; discurso direto e indireto; relato oral; registro formal e informal; forma de composição
de gêneros orais; contação de histórias; performances orais; planejamento de texto; escrita colaborativa; forma e
composição de textos; coesão e articuladores; construção do sistema alfabético; convenções da escrita; planejamento
de textos; escrita autônoma e compartilhada; revisão de textos; edição de textos.
27 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
As narrativas quilombolas têm como objetivo oferecer possibilidades para a utilização de elementos do patrimônio
material e imaterial quilombola nas aulas do ensino híbrido. A educação quilombola é amparada em valores da
oralidade que orientam e dão sentido à vida em comunidade. Por isso, é possível considerar o patrimônio material e
imaterial quilombola como detentores de uma dimensão didática, enquanto instrumentos de transmissão de cultura,
história e tradições, cujo conhecimento, além de ser imprescindível no diálogo intercultural, pode contribuir para a
melhoria da qualidade do sistema educacional, oferecendo novos recursos pedagógicos, pensados a partir de rea-
lidades particulares passados de geração por geração (Narrativas Quilombolas, 2007).
As narrativas apresentadas nesta unidade são contos africanos, afro-brasileiros e amapaenses apresentados em
comunidades quilombolas. Uma característica marcante desses contos é a transcrição de quando alguém escuta
outra pessoa falando (pode ser ao vivo ou em uma gravação) e transforma o que está sendo dito em um texto escrito
permitindo acesso de outras pessoas. Aquele que escreve esse texto é chamado de transcritor, e as transcrições
pretendem manter todos os elementos estruturantes e literários de seu formato original, o oral.
Algumas intenções pedagógicas que podem ser desenvolvidas a partir das narrativas são:
• Noção de memória individual e coletiva.
• Constituição da identidade de um grupo social, étnico e/ou religioso.
• Importância da cultura e religiosidade para a constituição de coletividade.
• Pertencimento e territorialidade como um direito e um dever.
PRÁTICAS DE LINGUAGEM
• A BÍLIO, E. C.; MATTOS, M. S. Letramento e leitura da literatura. In: CARVALHO, M. A. F.; MENDONÇA, R. H. (org.).
Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006.
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28 5 o ANO
29 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
UNIDADE 1
Heloisa Pires Lima
CONTOS POPULARES
Estudou Psicologia na PUC e Ciências Sociais na USP, onde também concluiu mestrado em
Antropologia (2000) e doutorado em Antropologia Social (2005). Heloisa é também educa-
dora. Após constatar a ausência ou inadequação de personagens negros no universo da
AFRO-BRASILEIROS literatura, começa a pesquisar acerca desses personagens e, mais tarde, passa à criação.
Além disso, coordena uma coleção de títulos infanto-juvenis protagonizados por persona-
gens afrodescendentes em uma editora do Rio de Janeiro. Em 1998, publicou Histórias da
Preta pela editora Companhia das Letrinhas: um compêndio que aborda os vários aspectos
da história de uma construção da identidade de uma menina negra. Foi responsável pela
criação do Selo Negro Edições, do Grupo Summus Editorial, além de ter atuado como editora
1. Histórias que atravessaram o tempo entre 1999 e 2000.
[...] O pátio estava lotado. As pessoas batiam palmas ritmadas, acompanhando o som dos três atabaques
PRATICANDO
que vinha lá do fundo do quintal. Meu corpo queria começar um movimento dançante que acompanhasse
aquela música. Tinha uma letra que eu não entendia muito, mas que foi crescendo na voz de um grupo de 1. O que já sabemos sobre contos?
mulheres que foram para o centro do lugar, formando uma roda. Elas dançavam e cantavam e vestiam rou-
pas rendadas impecavelmente brancas. a. Quais são os contos que você se lembra de ter ouvido?
Havia também alguns homens mas nenhum deles se comparava ao que entrou sozinho. Alto magro, ágil,
com gestos rápidos seguia os passos da cantoria e foi chegando perto [...].
Esse dia era também meu aniversário, e foi assim, como um presente dos céus que conheci o candomblé.
Os africanos, quando vieram para o Brasil, trouxeram sua religiosidade [...] geralmente, quando se é criado
numa religião, aprende-se a evitar as outras.
Das religiões de origem africanas sempre me chegavam informações muito preconceituosas. Sempre
b. Como os contos geralmente começam?
punham medo na gente [...]. Eu também tinha medo e nunca tinha chegado perto de batuques. Só depois
dessa primeira festa é que fui a muitas outras festas de candomblé [...].
Nem todas as pessoas negras são adeptas do candomblé: elas podem ser protestantes, católicas, islâmi-
c. Os contos geralmente são longos ou curtos? Têm muitos ou poucos personagens?
ca, budistas [...]. Os iorubás chamam suas divindades de orixás [...] Exu [...] Olodumaré [...] Odudua [...] Oxum
é uma divindade ligada a água [...].
Enfim, todas as casas de candomblé, os ilês, têm um sacerdote ou sacerdotisa. Chamados de pai-de-san-
to ou mãe-de-santo, são pessoas de grande influência sobre os que frequentam a casa, exatamente como os d. Como os contos normalmente terminam?
sacerdotes das igrejas católicas, das sinagogas, dos templos budistas, das mesquitas e dos demais centros
de religiosidade. Tive o privilégio de conhecer um ilê muito bonito. E acho que consegui aprender bastante.
LIMA, Heloisa Pires. Histórias do candomblé. In: LIMA, Heloisa Pires. Histórias da Preta.
Ilustrações de Laurabeatriz. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2005. p. 54-59. 2. Vamos ler um trecho de um conto amapaense.
⊲ O que você acha que significam os termos a seguir? Rio acima Mar abaixo
As crianças, alvoroçadas, regressavam da pescaria. Para elas não tinha coisa melhor do que tarrafear
Iorubás Exu nos rios. Tagarelavam, alegres, a barriga estufada com as tainhas miúdas que haviam assado em fogueiras
improvisadas sob a luz dos últimos raios de sol.
As cascas de coco usadas para atear as chamas tinham ficado para trás, lançadas às águas. Uma após outra,
Olodumaré Odudua
elas formavam uma trilha incandescente, que ia desaparecendo aos poucos nas entranhas da noite. Aos olhos
da meninada, reluziam como as canoas iluminadas com lâmpadas de azeite de peixe-boi na Festa do Divino.
⊲ Qual é a origem das palavras destacadas? Você já tinha ouvido essas palavras? O agitado grupo tinha pressa de chegar à Vila do Curiaú, um antigo quilombo habitado por descendentes [...].
⊲ O trecho lido pertence a que gênero textual? Você conhece outros textos desse De longe, já dava para ouvir o som dos tambores feitos do tronco de uma árvore chamada macaqueiro,
mesmo gênero? O que você sabe da religião citada no texto? revestidos de couro de veado-campeiro.
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[...] os preparativos do festejo mais popular do Amapá: o Marabaixo, tradição dos negros com origem
celebrada a partir do domingo de Páscoa. Além das missas e novenas em louvor ao Divino Espirito Santo e à
Santíssima Trindade, a festa tem muita dança e cantoria. Época de bailar e de ouvir os ladrões, rimas impro-
RETOMANDO
visadas pelos cantores que ecoam pelas ruas enfeitadas com galhos de murta.
Não há quem não entre na roda. Todos se entregam ao ritmo contagiante do Marabaixo, embalados pela 1. Memória de aula: entendendo o conto popular afro-brasileiro.
gengibirra, cachaça e açúcar. As moças, vestindo blusa de renda e saia estampada, são um espetáculo à par-
te, inspiradoras de versos apaixonados:
“[...] Eu não sei ler nem escrever, Conto 1 Conto 2
Nem também tocar viola.
Só desejo aprender, Transmitir valores, crenças e Transmitir valores, crenças e
Função tradições culturais para outras tradições culturais para outras
Ó menina, na vossa escola!”
gerações. gerações.
Mas o que a garotada gostava mesmo era das histórias contadas pelo Velho Julião, o mais antigo morador
da comunidade, defensor dos costumes e das tradições de sua gente, sabedor dos segredos da manipulação A autora do texto é negra e se O autor do texto é pardo e escreveu
Autor
das ervas e raízes da floresta. O contador já esperava as crianças, como sempre, sentado em uma das redes identifica assim – Heloisa Pires. muitos contos regionais.
espalhadas pela ampla varanda de sua casa de madeira [...].
Lembranças do autor que remetem à
Fatos da cultura afro-brasileira/
BARBOSA, Rogério Andrade. Rio acima mar abaixo. Ilustrações de Nelson Cruz. São Paulo: Melhoramentos, 2005. Tema identidade e à cultura do Marabaixo
A História do candomblé.
no Amapá.
Responda às questões e compartilhe com os colegas.
Expressões próprias da cultura Expressões próprias da cultura
Linguagem
afro-brasileira. amapaense.
a. Que momentos significativos o conto “Rio acima Mar abaixo” consegue descrever?
Revela uma dimensão religiosa ou Revela uma dimensão ideológica do
Lugar de ideológica do negro como sujeito em negro como sujeito, buscando manter
enunciação uma atitude compromissada com sua ativas sua identidade e suas crenças
cultura, religião e equidade. na cultura amapaense.
b. Que características em comum podem ser destacadas nos dois contos lidos?
A partir das características dos contos lidos, é possível identificarmos elementos relati-
vamente comuns a qualquer conto.
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Os pigmeus que habitam a floresta de Ituri, na República Democrática do Congo, sobrevivem, há séculos, a. Quais são os contos que você se lembra de ter ouvido com essa temática?
em perfeita sintonia com a exuberante natureza que os cerca.
A imagem de um jogo praticado por suas crianças tornou-se difundida no mundo inteiro, causando ad-
miração, tal beleza da brincadeira denominada Osani, plena de significados e conhecimentos milenares.
Em sua sociedade, a criançada tem um lugar reservado só para ela, afastado do acampamento familiar. b. Como os contos geralmente começam? O conto “Osani” é igual aos contos que
É nesse espaço exclusivo, o “Bopi”, que os pequeninos filhos da floresta, como eles mesmos se denominam, você já leu ou ouviu?
reúnem-se para brincar.
Para realizar o Osani, as crianças agrupam-se, sentadas, bem juntas umas das outras, com as pernas
espichadas para o centro da roda. Os pés, alinhados simetricamente, formam uma muralha protetora. Em
seguida, cada criança tem de dizer o nome de uma coisa que seja redonda: c. Vamos relembrar algumas características: são longos ou curtos? Têm muitos ou
– Olho! Diz um garoto. poucos personagens? De que trata o enredo? Qual é o principal con�ito?
– Lua! Fala outro.
– Sol! Lembra uma menina.
Quem não consegue dar uma resposta correta é excluído automaticamente do jogo. A criança que fica
por último é a campeã. d. Qual é o fato principal da história (clímax) e como ela termina?
ANDRADE, Rogério Barbosa. Kakopi, Kakopi!Brincando e jogando com as crianças de vinte países africanos.
Ilustrações de Marília Pírilo. São Paulo: Melhoramentos, 2019.
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b. Que características em comum podem ser destacadas nos dois contos lidos? Como Conto 1 Conto 2
são os lugares dos dois contos? Descreva-os explicitando uma característica mar- Transmitir valores, crenças e Transmitir valores, crenças e
Função
cante de cada lugar. tradições culturais tradições culturais regionais
social para outras gerações. para outras gerações.
Brincadeiras coletadas com Relato de uma personalidade da
estudantes de várias partes do cultura quilombola sobre as vivências
Mensagem continente africano por Korir e em família, a cultura da plantação e
Chental, duas crianças de uma da criação de animais e a identidade
c. O que mais você sabe sobre esse tipo de texto? Qual é a mensagem que devemos escola queniana. regional no texto.
observar em um conto africano e um amapaense? Em que ambiente eles ocorrem? Lembranças do autor que remetem
Fatos da cultura africana, identidade,
Como costuma ser o enredo? Escreva um pequeno texto contando o que você já à identidade, à cultura familiar e ao
Tema diversidade e ludicidade por meio de
sabe sobre esse tipo de texto e considerando a vivência familiar em um quilombo, cotidiano de quilombo do Curiaú do
jogos dos países africanos.
qual sua mãe fazia parte.
brincadeiras e jogos de origem africana e amapaense.
Expressões próprias da cultura Expressões próprias da cultura
Linguagem
africana. amapaense.
⊲ Crie um conto amapaense que tenha como tema uma brincadeira popular. Insira
personagens, ações, lugar, clímax e desfecho.
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Rogério Reis/Pulsar
PRATICANDO
1. A história da apresentação de Preta e do conto “Histórias do Candomblé” está
no anexo 1 do seu livro, mas fora da sua ordem original. Vamos organizar essa
história?
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LIMA, Heloisa Pires. Histórias do candomblé. In: LIMA, Heloisa Pires. Histórias da Preta.
Ilustrações de Laurabeatriz. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2005. p. 54-59.
RETOMANDO
1. Memória da aula: o que aprendemos hoje em relação a uma das religiões de ma-
triz africana e ao preconceito?
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“A festa foi como uma flecha que me atirou para dentro de um mundo desconhecido. Até eu cres-
c. Esse é um conto afro-brasileiro? Quais características demonstram isso?
cer, eu havia estudado em escolas de freiras católicas, e, geralmente, quando se é criado numa religião,
aprende-se a evitar as outras. Das religiões de origem africanas sempre me chegavam informações muito
preconceituosas.”
Como podemos explicar que a festa foi “como uma flecha que me atirou para dentro de
um mundo desconhecido”?
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Agora é com você! Por meio das perguntas abaixo, descubra o que diz o texto. 12. De acordo com o texto, por que Odudua criou a Terra?
7. Marque com um X a alternativa que apresenta as duas palavras do título que nos
ajudam a confirmar a relação entre as artes e a religião de matriz africana.
13. Leia o seguinte trecho: “Os iorubás chamam suas divindades de orixás. E os can-
domblés brasileiros também cultuam os orixás. Já os fons chamam os voduns suas
a. ( ) Ilê e médico.
divindades, e entre os inúmeros bantos (que tanto desconhecemos) há os que cha-
b. ( ) Candomblé e dança.
mam suas entidades espirituais de inquices”. Nesse trecho, quais palavras fazem
c. ( ) Atabaque e ervas.
referência à religião Candomblé?
d. ( ) Africana e dono.
8. Marque com um X como eram as palavras que a personagem Preta sempre escu-
tava em relação à religião candomblé.
14. No final do texto, o personagem afirma: “Enfim, todas as casas de Candomblé – ou ilês
a. ( ) Eram sempre negativas. – têm um sacerdote ou sacerdotisa. Chamados de pai de santo ou mãe de santo, são
b. ( ) Contavam sobre visitas feitas à Africa. pessoas de grande influência sobre os que frequentam a casa, exatamente como os
c. ( ) Descreviam as danças da religião. sacerdotes das igrejas católicas, das sinagogas, dos templos budistas, das mesquitas
e dos demais centros de religiosidade. Tive o privilégio de conhecer um ilê muito boni-
9. Leia o seguinte trecho: to. E acho que consegui aprender bastante”. Use sua imaginação e levante hipóteses
sobre o que ela quis dizer com isso.
“O pátio estava lotado. As pessoas batiam palmas ritmadas, acompanhando o som dos três atabaques
que vinha lá do fundo do quintal. Meu corpo queria começar um movimento dançante que acompanhasse
aquela música. Tinha uma letra que eu não entendia muito, mas que foi crescendo na voz de um grupo de
mulheres que foram para o centro do lugar, formando uma roda. Elas dançavam e cantavam e vestiam rou-
pas rendadas impecavelmente brancas”.
RETOMANDO
Os pronomes destacados se referem a qual personagem do conto? 1. Memória de aula: como reconheço um conto popular afro-brasileiro?
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Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
Analisar os textos regionais: como lendas, contos, cordéis, músicas, reportagens e notícias retratando a
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vida, o convívio e o cotidiano as comunidades indígenas e quilombolas do Amapá.
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
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(a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, retratam os povos e comunidades tradicionais.
Ler, compreender e interpretar textos dos mais variados gêneros textuais considerando seus suportes,
EF35LP-AP02
estrutura, características e principalmente sua função social (funcionalidade).
Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou
EF35LP05
do texto.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por
EF35LP06 sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que
contribuem para a continuidade do texto.
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Mario Friedlander/Pulsar
1. Vamos ler juntos o conto “Oxum e a cura da tia Maria da Fé”.
MOURA, Gloria (org.). Estórias quilombolas. MOTA, Juliane; DIAS, Paulo. (pesq.). Brasília, DF: MEC,
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2010. (Coleção Caminho das pedras, v. 3).
Andre Dib/Pulsar
Agora, compartilhe com os colegas:
PRATICANDO
1. Agora, vamos ler com atenção outro conto afro-brasileiro, chamado “O cágado e
O Lagarto que, entretanto tinha conseguido sair do buraco, foi queixar-se ao responsável da aldeia:
o lagarto”.
— O Cágado cortou-me o rabo. Mande-o chamar para ele dizer por que é que me cortou o rabo.
O responsável convocou o Cágado e perguntou-lhe:
O cágado e o lagarto — É verdade que tu cortaste o rabo ao Lagarto?
Num ano em que havia pouca comida, o Cágado pegou no dinheiro que tinha economizado e foi a O Cágado, que era muito esperto, disse:
— É verdade que eu encontrei um rabo perto de um buraco e o levei para casa para comer, mas não era
Nanhagaia, onde comprou um saco de milho.
de ninguém. Eu não vi mais nada senão o rabo.
Quando voltava para casa, viu, a certa altura, um tronco de árvore atravessado no caminho. Como não
— Mas o rabo era meu — gritou o Lagarto — tens de o pagar.
conseguia passar por cima dele, atirou o saco de milho para o outro lado e depois foi dar a volta.
O Cágado respondeu:
Quando estava a dar a volta, ouviu uma voz a gritar:
— Não, não pago. Eu fiz o mesmo que tu fizeste ontem. Tu ontem encontraste o meu saco de milho e
— Viva, viva, tenho um saco de milho que caiu lá de cima.
comeste-o. Eu hoje encontrei o teu rabo e comi-o. Agora estamos pagos. O responsável achou que ele tinha
Era o Lagarto, que segurava o saco que o Cágado tinha atirado. razão e mandou-os embora.
O Cágado protestou:
— Não. O saco é meu. Comprei-o agora e vou levá-lo para casa. O LAGARTO e o cágado. In: CONTOS AFRICANOS. Florianópolis: UFSC, [s. d.]. p. 9.
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2. Releia o texto com seu grupo e indique os elementos do conto que você leu, pre-
enchendo o quadro a seguir. RETOMANDO
Título do conto afro-brasileiro: 1. Releia os textos apresentados nesta aula e reflita: na composição da narrativa,
que elementos dos contos populares não podem faltar?
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Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
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base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
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ANOTAÇÕES
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contar histórias Daí foi que vim a saber o motivo da alvorada e ter também me lembrado o que abaixo vou contar.
Há vinte e oito anos passados, no dia de hoje, eu estava em São Gonçalo do Retiro, na roça do Opô Afonjá,
pois já tinham começado as festas da Água de Oxalá.
1. Vamos relembrar os elementos que À noite eu e vários camaradas que estavam por lá resolvemos brincar de picula e, com uma algazarra
Como começa amarelo
danada, começamos a gritar:
formam o conto? Leia com atenção Personagens azul — Nêgo fugido, capitão do mato, arreda que lá vai o gato.
o conto “O homem que virava onça” Cenário vermelho Quando a brincadeira estava bem animada, lá por volta das nove horas, minha mãe, juntamente com as
e pinte-o conforme a legenda da Conflito verde dos outros camaradas, nos fizeram acabar com a brincadeira a toque de caixa.
tabela. Resolução rosa Nisso fomos todos pra sala da casa grande, junto no quarto do Peji de Oxalá, fazer nossas camas para dormir.
Uns choravam, outros resmungavam, até que uma senhora, já bem velhinha, filha de africanos, por
Como termina laranja
nome Caetana, que estava sentada na referida sala fumando seu charutinho, disse pra nós:
— Nun fica ai assim periado, vae tudo deitá, eu vai contá um cazo pra ocê tudo uvir e drumi.
O homem que virava onça Aí ela perguntou:
— Qui dia é hoji?
Na comunidade Kalunga contam que havia um homem que de noite virava onça. Uma vez, era uma noite
Um disse é domingo, outro disse é 27, ela então disse:
de lua cheia, ele virou onça e matou uma novilha na fazenda do próprio filho.
— Num é isso que eu qué sabê qui santo é o do dia de hoji?
Quando viu a novilha morta, o filho pensou:
Ninguém respondeu.
– Isso é coisa de onça. Vou ficar aqui de tocaia para pegar essa onça.
Ela então foi dizendo:
Ele passou o dia e a noite esperando a onça aparecer novamente. De repente, ele ouviu um barulho de — Hoji é dia di Orixá Beiji (Cosme e Damião), õcês saibi qui era Cosme e Damião?
mato amassado. Era a onça que vinha devagarinho. Ele se preparou, armou a espingarda, mas quando a Todos responderam por uma boca só:
onça chegou perto ele percebeu que era seu pai e não atirou. A onça fugiu espantada. — Foram dois meninos.
Quando o filho chegou em casa, o pai já estava lá. Ele disse: Ela disse:
– Pai, o senhor tem de parar com essa estória de virar onça. Hoje eu quase atirei no senhor. Foi por pou- — Tá tudo erádo, Cosme e Damião éra menino cumo ocês tudo é, mai moreu feito. Preste atenção: Cosme
co. Eu sou um bom caçador de onça e quase matei o senhor. O senhor mata minhas novilhas quando está e Damião naceu in Larubáwa (Arábia), foi dôs irmão mabáço, todo dôs éra doutô, curava gente, gostava muito
virado em onça e me dá prejuízo. Vamos numa rezadeira para o senhor ficar livre desse encanto. do pobre, dava muita esmola e num ligava prá dinheiro, até qui um dia levantarun farço a ele e o Rei daquela
Assim fizeram. A rezadeira quebrou o encanto e o pai nunca mais virou onça. téra mandô cortá a cabeça de todo dôs. Dipôs côpo deles tudo foi pra Roma, lá todo dôs virô santo e teve um
casa cum nome Igrejá (Ilê Orixá Ibeji – Casa dos Santos Dois Dois). Daí pur diante, no dia de hoji, todu mundu
MOURA, Glória (org.). Estórias quilombolas. MOTA, Juliane; DIAS, Paulo (pesq.). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2010. 98 p. il. color. (Coleção Caminho das pedras; v. 3). bancu, nêgo, mulatu, todu, raçá de gente faz caruru, cfó, acarajé, abará e chama gente conhecida pra cumê,
e diz tá fazendo festa pra minino Cosme e Damião. Só nós Omo Ketu, qui só faz brigação dele dia da festa de
Agora, reflita sobre as questões abaixo com a ajuda de um colega. Oxun purque mai véiu dizia qui Eledá, o Criador dele, foi Oxun purisso inté hoje se diz qui mãe do orixá Beji
é Oxun. Há... só assim esse cambada tudo drumia pra discançá e pintá o sete ameihã di novo.
Nisso a turma gritou:
⊲ Como os contos geralmente começam: no passado ou no futuro? — Não estamos dormindo ainda, tia Caetana, conte mais…
⊲ O narrador está em primeira ou em terceira pessoa? O que confirma sua resposta? Ela disse:
⊲ Que elementos são necessários para contar a história? — Deita, cambada, vae drumi, num chega qui pinta dia tudo, eu vae cuntá êse só:
— Eu cunhici um homem qui chamava Ambrózo, gustava muito de jogá carta, mai éra muito bom homem;
um dia de vespera da festa de Ibeji ele tava cum um mucado de camarado cunversando em porta de seu casa,
quano chega um homem chorano dizeno qui seu muié moreu i num tinha dinnêra pra fazê intêro dela. Tudo ficô
PRATICANDO cum pena de home, Ambrózo tirô cemirés e deu a ele, home chorô inda mai agradeceu i foi imbora. Num outro
dia Ambrózo era costumado paciá incavalo dia di dumingo cun seu camarada tudo, sahiu pra paciá quano paça
por um roça viu zuada de festa, chamô camarada tudo prá espiá; quano ele chega perto de casa da festa, viu um
1. Leia com atenção o conto “Orixá Ibeji, Cosme e Damião”, escrito por Mestre Didi. muié cantando bonito e quano ele chegô na casa ficou assustado quem tá cantando é muié qui moreu. Na casa
tava mesa posta cum muita comida, muita bebida, cum muita gente dansano e home qui tomô cemirés tava
tocano violão fazeno festa, quano viu Ambrózo ficô todo trapaiado sem podê se movê do lugá. Ambrózo, com a
“Orixá Ibeji, Cosme e Damião”
bondade qui tinha, num se zangô, inda judô home qui tinha inganado ele dizeno prus camarado: esse casa é da
Hoje, às quatro horas da manhã, fui acordado por uma grande e ensurdecedora alvorada de foguetes, gente vamo fazê festa pra São Cosme e Damião e difunta qui já moreu e viveu. Cun essa brincadêra Ambrózo
foguetões, bombas etc. cuns camarada brincô dôs dia nêsa casa e discontô bem cemirés qui deu pra intêro di muié de dona da casa.
Levantei-me da cama um bocado aborrecido devido a ser ainda muito cedo, mesmo assim me preparei, Daí por diante não sei contar mais nada, pois só acordei no outro dia, segunda-feira, às seis horas da
tomei café, terminei de ler um trecho do livro Os velhos marinheiros, do nosso grande amigo Jorge Amado, manhã, com minha mãe me chamando, que estava na hora de me preparar para ir trabalhar.
depois saí para o meu trabalho.
SANTOS, D. M. Contos negros da Bahia e contos de Nagô. Prefácio de Jorge Amado. Salvador: Corrupio, 2003.
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“Há vinte e oito anos passados, no dia de hoje, eu estava em São Gonçalo do Retiro, na
roça do Opô Afonjá, pois já tinham começado as festas da Água de Oxalá.” a. Nesse trecho, quem participa da história?
Agora responda:
b. Quem curava gente, gostava do pobre e dava muita esmola? Dona Caetana ou ( 1 ) Narrador-personagem. ( 4 ) Contos populares.
os irmãos Cosme e Damião? ( 2 ) Narrador-observador. ( 5 ) Contos quilombolas amapaenses.
( 3 ) Contos.
c. Dona Caetana conta duas histórias. Quais são elas? ( ) Têm uma linguagem própria da cultura africana (Orixá, Beiji, Oxun, Festa das
Águas de Oxalá).
( ) Tempos verbais e pronomes na terceira pessoa; conta o que viu ou o que sabe
d. Quando dona Caetana conta essas histórias, quem é o narrador? sobre a história sem participar dela.
( ) São antigos, passados de geração em geração inicialmente de maneira oral e,
por isso, o autor é desconhecido.
e. Nessa parte do texto, o narrador participa das histórias que conta? ( ) Utiliza tempos verbais e pronomes na primeira pessoa; participa da história.
( ) Histórias curtas com personagens, cenário, conflito, resolução e ponto de vista.
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ANOTAÇÕES
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1. Leia dois trechos de contos populares escritos por Fernando Canto. Em seguida, 1. Desafio: vamos brincar de autor?
responda às questões.
Que tal mudar o foco narrativo de um conto? Vamos ver um exemplo?
Trecho 1:
Texto 1
A cidade encantada sob a pedra
Ao chegarmos na superfície não vimos nossa canoa nem o marinheiro. Era noite. Chibante nos disse
Ao chegarem na superfície não viram a canoa nem o marinheiro. Era noite. Chibante dis-
para esperarmos o dia clarear, despediu-se mergulhando como sempre com sua lamparina na direção da
se a eles para esperarem o dia clarear, despediu-se mergulhando como sempre com sua
pedra do Guindaste. Era a mesma pedra que há tempos servia para sustentar uma grande alavanca que
lamparina na direção da pedra do Guindaste.
tirava dos navios do atracadouro animais e cargas pesadas, mas que depois deixou de ser utilizada. Quase
não dormimos, só cochilamos na praia até o dia raiar.
CANTO, Fernando. Mama Guga: conto da Amazônia. Paka-Tatu: Belém, 2017. v. 1. p. 104.
Texto 2
Trecho 2:
Ao chegarmos na superfície não vimos nossa canoa nem o marinheiro. Era noite.
A imperatriz de Mazagão Velho
Chibante nos disse para esperarmos o dia clarear, despediu-se mergulhando como sempre
A vila de Mazagão Velho, distante cerca de 60 quilômetros de Macapá, é um dos lugares mais pródigos de com sua lamparina na direção da pedra do Guindaste.
manifestações culturais do Amapá. Traz uma tradição de 17 festas anuais somente no ciclo santoral. Uma
das mais expressivas é a do Divino Espírito Santo, que ocorre com intensidade nos dias 23 e 24 de agosto
com diversos quadros durante a sua programação.
CANTO, Fernando. Mama Guga: conto da Amazônia. Paka-Tatu: Belém, 2017. v. 1. p. 104.
O que mudou?
Fernando Canto boiou lá nas bandas do estreito do rio Amazonas, em Óbidos Narrador − 3ª pessoa
(PA). Foi para Macapá ainda criança, onde estudou até ir para Belém fazer
Acervo Fernando Canto
Sociologia na UFPA. Músico e compositor, publicou 16 livros (poesia, contos, Verbos que concordam com a 3ª pessoa: chegarem, viram, disse, despediu-se.
crônicas e estudos científicos) e recebeu premiações importantes na área li-
terária e musical. Publica artigos e crônicas em jornais, blogs e sites. Sobre si,
Pronomes em 3ª pessoa: seu, sua, ele, ela, se, o, a, lhe.
Fernando Canto diz: “Meio petulante, acha que tem muita água para navegar
sob o signo do sol do Equador, neste quadrante em que medra o fantástico e
o encantamento da lua cheia”. “Chibante disse a eles para esperarem o dia clarear.”
Narrador − 1ª pessoa
⊲ O primeiro trecho está em primeira pessoa ou terceira pessoa? Verbos que concordam com a 1ª pessoa: chegarmos, vimos, esperarmos.
Agora é sua vez! Reescreva os dois trechos do conto “O homem que virava onça” apre-
⊲ Que elementos de uma narrativa não aparecem nos trechos lidos?
sentados a seguir, seguindo as orientações do foco narrativo sugerido.
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CONTEXTUALIZANDO
PRATICANDO
Expectativas de resposta
1. Espera-se que os alunos percebam que o primei- Expectativas de resposta
ro trecho está em primeira pessoa e o segundo 1. Desafio 1:
trecho, em terceira pessoa. “Vou contar uma história Tucuju, daquelas que
Os elementos que auxiliam na identificação do ninguém não vai esquecer nunca e que aconteceu
narrador são os verbos em primeira pessoa ou comigo, na época em que os bichos falavam! Um
terceira pessoa, respectivamente. dia, eu estava indo meu rumo para o Quilombo
Não aparece o conflito, por meio do qual a história do Pirativa (Santana) quando desviei do caminho
se desenvolve. e parei no Quilombo do Curiaú (Macapá) aciden-
talmente. Encantei-me por uma árvore diferente,
Orientações ela estava coberta de teias e vi que morava nesta
Peça aos alunos que leiam os trechos apresenta- árvore várias aranhas de várias cores, chamadas
dos e que, em seguida, leiam as questões propostas de marabaixeiras”.
e busquem encontrar individualmente as respostas. Desafio 2:
Depois, promova um momento de interação para que “O boto desculpou-se porque não tinha visto a
compartilhem suas respostas com os colegas. O foco aranhazinha. Perguntou se precisava de alguma
para as respostas deve estar direcionado para as ca- coisa, E fez um biquinho como se fosse beijar a
racterísticas que indicam o narrador-personagem (nar- miúda aranha! A aranha retrucou para deixá-la pois
rador em 1a pessoa) ou narrador-observador (narrador estava trabalhando”.
em 3a pessoa).
Caso os alunos sintam dificuldades em se expres- Orientações
sar oralmente, auxilie-os na elaboração das frases e Apresente a proposta da atividade. Individualmente,
verifique se seus conhecimentos prévios estavam de os alunos modificarão trechos de um conto popular
acordo com a identificação esperada do conto. afro-brasileiro e um conto quilombola amapaense,
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1. Leia o trecho do conto “O ouro enterrado” e, em seguida, responda às questões. 1. Escute com atenção a leitura do conto realizada pelo professor.
O ouro enterrado ⊲ Agora, analise o texto a seguir e complete com os sinais de pontuação e os ver-
Zélia teve um sonho maravilhoso. Ela sonhou que seu padrinho Zelão tinha encontrado muito ouro e bos que faltam.
que tinha enterrado esse ouro perto da gruta. Mas ele tinha morrido antes de poder usufruir a riqueza. No
sonho, ele oferecia o ouro para Zélia e dizia: A onça
— Esse ouro me tirou o sossego, não tenho mais paz. Quero que o ouro seja seu. Você vai encontrá-lo Era uma noite de lua cheia. Estávamos em família apreciando o luar. De repente, ouvimos os bois correndo
perto da gruta, embaixo de um ipê amarelo. É só cavar que você vai encontrar o ouro. Que esse tesouro lhe
no curral, os cachorros latindo e os cavalos relinchando.
traga alegria e felicidade. [...]
Meu filho sai para ver o que era e ele :
DIAS, Paulo; MOTA, Juliana (pesq.); MOURA, Glória (org.). Estórias quilombolas. Brasília: Ministério da Educação, Meu Deus! Pai, é uma onça. Chamo pelo meu compadre, que logo veio atender com
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2010. p. 98. (Coleção Caminho das Pedras; v. 3)
uma carabina nas mãos. Sem saber o que era, o compadre perguntou:
O que é compadre
a. O narrador está em primeira ou terceira pessoa? Justifique. Eu respondi:
É uma onça. Ela estava sentada comendo minha criação e, ao ver a cena, me arrepiei de medo.
Chamo pelo meu compadre, que logo veio atender com sua carabina nas mãos. Sem saber o que era, o
compadre perguntou
o que é compadre?
b. Quem são os personagens desse conto? Eu respondi:
É uma onça. Ela estava sentada comendo minha criação e , ao ver a cena, me arrepiei
de medo
Gritei pelo meu filho:
c. Que sinais de pontuação aparecem nesse trecho? João, Diga à sua mãe para não chamar a televisão, que a onça vamos matar e não vamos
deixar ela acabar com a nossa criação.
Jamais sabia que minha cunhada estava ouvindo tudo no portão; e ela saiu para dentro de casa com o te-
lefone na mão, dizendo:
2. Complete os organogramas a seguir, relembrando as duas posições que podem Mande a televisão para cá, aqui próximo de casa estão caçando uma onça.
ser assumidas pelo narrador e como as ideias e vozes dos personagens podem ser Quando olhamos para a estrada, um camburão e atrás dele a equipe de televisão. Logo
apresentadas na narrativa. depois, a juíza ambiental, que veio fazer a averiguação, queria me levar para a prisão. Ficamos todos assusta-
dos e saímos rumo à mata para nos esconder atrás da moita. Jamais pensamos que a onça também estava lá.
O susto foi tão grande que um homem se borrou, a caça virou contra o caçador. Quando a onça esturrou. Os
latidos dos cachorros até se afinaram
Narrador
Esmeraldina dos Santos
Acervo Esmeraldina Santos
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RETOMANDO
Criaú, lugar bonito para criar o Ú. O Ú quer dizer "o boi".
Era assim que os nossos antepassados falavam. Aqui, no Criaú, é um verdadeiro paraíso, uma
natureza rara cheia de árvore, pássaros e muitos outros animais com o seu esplendor. Um lugar 1. O que aprendemos hoje? Sistematize no quadro abaixo o que você aprendeu.
de muitas alegrias, fé, amor, respeito, amizade, reconhecimento e muito rico em cultura com fes-
tas tradicionais. As mais prestigiadas e respeitadas são o Batuque e o Marabaixo assim como as
Discurso direto Discurso indireto
ladainhas e as folias rezadas em latim.
Hoje o chamamos o quilombo de Curiaú.
SANTOS, Esmeraldina dos. A onça. Ilustrações de Lane. Brasília: Editora da autora, 2020.
Quem fala?
3. O que mudou em relação aos sinais de pontuação? Por que não utilizamos os
2. Use o espaço a seguir para tomar notas sobre as aprendizagens feitas até o
travessões?
momento.
b. O que ainda é confuso para você sobre a estrutura do gênero narrativo conto?
Quais estratégias você pode usar para auxiliá-lo com suas dúvidas?
5. Qual é a diferença entre discurso direto e discurso indireto?
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CONTEXTUALIZANDO Orientações
Leia com os alunos o trecho do conto “O ouro
Expectativas de resposta enterrado”. Reflita com a turma sobre as questões
1. a. Espera-se que os alunos respondam que está norteadoras, relembrando os aspectos da narrativa
na terceira pessoa, pois o narrador está fora analisados nos capítulos anteriores.
dos fatos narrados, ou seja, ele observa e conta Relembre dois dos elementos da narrativa: ponto
a história. de vista e personagem.
b. Os personagens são Zélia e o seu padrinho, Apresente os organogramas e converse com a
Zelão. turma, solicitando que falem sobre o que se lem-
c. Dois-pontos, ponto final, vírgula e travessão. bram. Se tiverem dificuldade, ajude-os com uma pro-
2. blematização: Como chamamos quem narra, quem
conta a história? Precisa ser alguém que participa
Que participa da história dela ou pode ser alguém que observa? Em seguida,
Narrador apresente o resumo nas demais caixas de texto que
Que não participa da história sintetizam o tipo de narrador. Faça o mesmo com
os personagens: Todos os personagens podem falar
Suas falas são apresentadas na história? E todos falam? Há diferença quando é
diretamente na história o personagem que conta a história ou quando é o
narrador? Em seguida, apresente as caixas de texto
Personagem que resumem essa retomada.
Suas ideias são apresentadas
pela voz de narrador
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( ) Apesar da idade avançada e da fadiga diária, a senhora octogenária era muito 9. Observe as partes 6, 7 e 8 e responda: quem é o narrador e quem são os perso-
gentil, agradável, brincalhona e expressava sempre um largo sorriso. Para ela não existia nagens que falam no conto?
tempo ruim e fazia questão de descrever com riqueza de detalhes os seus causos aos mora-
dores ou visitantes do distrito de Anauerapucu em Santana/AP.
NESCAL, Fábio. Anauerapucu, a origem do nome. Amapá: Filos, 2021. p. 106.
10. Nas partes 9 e 10, seguem os diálogos. Existe verbo dicendi nesses trechos?
2. A quarta parte termina com um verbo dicendi (diz). Os verbos de dizer podem anun- 13. O final do conto é bem regional: fala das tradições populares do município de
ciar a fala do personagem, como nesse exemplo. O que virá depois desse verbo? Anauerapucu, em Santana/AP, com a medicina caseira e passada de geração para
geração. De quem é esse ponto de vista: da anciã ou do moço que narra a história?
3. Na parte 1, não temos o verbo dicendi. Esse discurso é direto ou indireto? Além de
não ter verbo dicendi, o que falta no texto e que nos leva a essa conclusão?
RETOMANDO
1. O que aprendemos? Pinte a tabela abaixo para indicar quais fragmentos do texto
4. O verbo dicendi só aparece na parte 4. Qual é esse verbo? No final dessa parte, há apresentam discurso direto, discurso indireto e discurso misto.
outro verbo dicendi.
Partes do texto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Discurso direto
5. Na parte 5, que expressão precisamos procurar para combinar com esse verbo dicendi? Discurso indireto
Misto (direto
e indireto)
6. Observe a parte 4 e reflita: se a fala da idosa não fosse direta e o narrador contas-
se a sua ação, teria o mesmo sentido?
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RETOMANDO
Expectativas de resposta
1.
Partes do texto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Discurso direto
Discurso indireto
Misto (direto e indireto)
Orientações
Explique que os contos amapaenses podem ter partes com discurso direto, partes
com discurso indireto e partes com discursos direto e indireto, em que ora o perso-
nagem fala e ora o narrador conta a ação que foi desenvolvida pelo personagem.
Sistematize o que exercitaram na aula, retomando quais partes do texto estão
caracterizadas como discurso direto e indireto.
Peça a atenção dos alunos para os vocabulários regionalizados e foque na im-
portância de reconhecê-los e onde, nos discursos diretos e indiretos, eles poderão
ser empregados: ”porronca”, “tiriça”, “presepada”, “estrambólico”, “tô”, “arruma-
ção”, “porruda”, “malacafenta”, “afobada”, “embrenhou” e “aperreada”.
Depois de ler as palavras para os alunos, pergunte o significado de cada uma.
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1. Leia o trecho do conto “O cachorro e a boa menina” e depois reflita com os colegas. 1. Leia outro trecho do conto “O cachorro e a boa menina”.
No outro dia pela manhã bem cedo, a menina se preparou, tomou a bênção à sua mãe e foi para a casa
Existiu em uma cidade da África, da nação Grúncis, uma senhora que tinha duas filhas. Uma delas, a ca-
da tia. Passou todo o dia lá. Na hora do almoço, a tia chamou ela para almoçar e perguntou onde botava o
çula, criava um cachorro grande e bonito por nome Kubá. Ela tinha muito cuidado com o cachorro a ponto
almoço do cachorro. Ela disse para a tia que o cachorro costumava sempre comer junto com ela na mesa e
de só fazer as refeições junto com ele sentado na mesa, como se fosse uma pessoa.
assim foi feito. Depois saíram e foram para o terreiro brincar. De tardezinha, a menina se despediu da tia e
SANTOS, Deoscóredes M. dos. Contos negros da Bahia e contos de Nagô. Salvador: Corrupio, 2003.
voltou para a casa da mãe.
SANTOS, Deoscóredes M. dos. Contos negros da Bahia e contos de Nagô. Salvador: Corrupio, 2003.
a. Qual é o discurso empregado nesse trecho: direto ou indireto?
⊲ Reescreva esse trecho seguindo as orientações a seguir.
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Desafio 2
Permanecendo no discurso indireto, reescreva o trecho de forma que o narrador apresente RETOMANDO
uma menina triste e sem animação. Para isso, você deve acrescentar palavras que tragam esse
sentido, como adjetivos, ou retirar expressões que demonstrem alegria e entusiasmo.
1. Do que não devemos nos esquecer ao escrever um conto?
3. Pinte o quadro abaixo de acordo com o seu desenvolvimento acerca dos seguintes
temas estudados:
Elementos comuns nos contos africanos Quanto à primeira reescrita produzida por você:
Os contos populares africanos fazem parte de uma cultura que envolve crianças e adultos, Utilizei expressões, interjeições Utilizei algumas expressões, Não utilizei expressões,
usando história, fábula e ilustrações vibrantes. Um ponto forte em vários enredos é que a boa e vocativos carinhosos interjeições e vocativos interjeições e vocativos
vontade deve prevalecer sobre o mal. Claro, eles também são uma forma de orientar crian- seguidos das pontuações carinhosos seguidos das carinhosos seguidos das
adequadas. pontuações adequadas. pontuações adequadas.
ças, pelo entretenimento, sobre o ambiente material e social. [...]
As histórias com animais costumam ser voltadas para o entretenimento, embora tragam ensi-
namentos morais e de sobrevivência. Nelas, os animais falam e cada espécie tem virtudes e Quanto à segunda reescrita produzida por você:
defeitos humanos, como ganância, ciúme e solidão. Na verdade, os personagens podem ser
animais, humanos ou uma combinação dos dois. Registrei corretamente partes Registrei parcialmente partes Não registrei corretamente
do texto com discurso direto, do texto com discurso direto, partes do texto com discurso
FONTES, Rosa Maria Miguel. Como surgiram os contos africanos. Conta uma história, 5 maio 2021. partes com discurso apenas partes com discurso apenas direto, partes com discurso
Disponível em: https://contaumahistoria.com.br/2021/05/como-surgiram-os-contos-africanos/. Acesso em: 10 out. 2021. indireto e partes com discursos indireto e partes com discursos apenas indireto e partes com
direto e indireto. direto e indireto. discursos direto e indireto.
Materiais
• Cartolina (uma para o professor); folhas de papel
A4 (quatro para cada grupo); lápis de cor.
CONTEXTUALIZANDO PRATICANDO
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ANOTAÇÕES
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Ronaldo Picanço
Há muitos e muitos anos, o Sol e a Água eram grandes amigos e viviam juntos na Terra. O Sol sempre vi-
sitava a Água, que nunca retribuía suas visitas. Um dia o Sol perguntou à amiga por que ela nunca o visitara
em sua casa. A Água respondeu que a casa do Sol era muito pequena e que ela e seu povo não caberiam lá.
E disse ainda:
— Se você quer que eu o visite, construa uma grande aldeia. Terá de ser realmente imensa. Meu povo é
numeroso e ocupamos muito espaço.
O Sol prometeu construir um grande complexo. Em seguida, voltou para sua casa. Sua esposa Lua o re-
cebeu com um sorriso assim que ele entrou pela porta. O Sol contou sobre sua promessa para a Água e, no
dia seguinte, começou a construção da aldeia para receber a visita de sua amiga.
Assim que a aldeia ficou pronta, o Sol convidou a Água para se hospedar lá.
Antes de entrar, a Água perguntou se o local era de fato seguro para ela e seus familiares.
— Claro. Entre, minha amiga — respondeu o Sol.
A Água então começou a correr para dentro da aldeia, acompanhada pelos peixes e outros animais
aquáticos.
Logo tudo ficou coberto por um metro de Água,
Ronaldo Picanço
então ela perguntou:
— Posso chamar o resto da minha família?
Sem se darem conta da situação, Sol e Lua res-
ponderam que sim. A Água continuou entrando até
que os donos da casa tiveram de subir no telhado.
A Água perguntou mais uma vez ao Sol, que rei-
PICANÇO, Ronaldo. Belezas e Encantos do Amapá, 2019. terou sua permissão. Cada vez mais água e animais
aquáticos foram entrando até que o telhado tam-
⊲ O que você observa nessa imagem? bém ficou submerso. O Sol e a Lua acabaram força-
⊲ dos a subir ao céu, onde vivem desde então.
Você sabe as diferenças entre um conto de tradição oral e um de tradição escrita?
⊲ Na sua opinião, que elementos são necessários para recontar oralmente uma DAYRELL, Elphinstone; BATEMAN, George W.; NASSAU, Robert
história que foi escrita? Registre-os a seguir. Hamill. Por que o Sol e a Lua vivem no céu. Disponível em: https://
literaturalivre.sescsp.org.br/ebook/contos-folcloricos-africanos-vol-1.
Acesso em: 5 dez. 2021.
Ronaldo Picanço
Acervo Ronaldo Picanço
BURACO
Amapaense, negro, servidor público federal, graduado em Administração, pós-
-graduado em Gestão Pública e autodidata nos campos do desenho livre ana-
lógico e digital, define-se como pós-moderno e ultramoderno, usando platafor-
ma e ferramentas tecnológicas no processo criativo.
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Você gosta de ouvir e contar histórias? Que tal fazermos isso agora?
Agora, vamos refletir sobre o conto que ouvimos. RETOMANDO
1. Qual é o propósito de contar uma narrativa escrita por meio da dramatização?
O que aprendemos hoje?
4. Agora, destaque os principais acontecimentos do conto “Por que o Sol e a Lua vivem
no céu”.
Desfecho
Que tal organizarmos uma dramatização desse conto? Junte-se com seu grupo e vamos lá!
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Orientações
Oriente os alunos para que observem a imagem PRATICANDO
e reflitam sobre o que está sendo ilustrado. Eles po-
dem refletir e comparar com situações em que são Expectativas de resposta
representadas rodas de histórias orais, sejam as que 1. Espera-se que eles compreendam que, na con-
já tenham visto em livros, filmes ou séries, sejam as tação, são trabalhadas outras linguagens, como
que vivenciaram pessoalmente. a corporal e a das ilustrações e desenhos. Além
Solicite aos alunos que tracem a identidade cultu- disso, ampliamos a compreensão sobre o conto,
ral amapaense da imagem, bem como a história do porque, ao contar/encenar uma história, o narra-
Amapá inserida no contexto. dor exprime afetividade e emoções que, muitas
Questione os alunos sobre as diferenças entre as vezes, a forma escrita não possibilita transmitir
duas tradições. Lembre-os de que a origem dos contos na mesma intensidade.
quilombolas amapaenses é predominantemente oral 2. Na encenação da história.
e que eles fazem parte da cultura de cada povo, sen- 3. Nos risos, na mudança de voz, nos gestos, na
do repassados de geração para geração, enquanto postura do corpo quando os personagens demons-
a tradição escrita, muitas vezes, buscava documen- travam medo, felicidade, impaciência, tristeza e
tar esses contos orais para as próximas gerações ou alegria, entre outros sentimentos.
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ANOTAÇÕES
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1. Observe a imagem com os colegas e depois reflitam sobre ela. 1. E lá vem o conto... A história que o professor irá ler é um conto especial da comu-
nidade quilombola. Vamos acompanhar a leitura?
Ronaldo Picanço
São Pedro e Nosso Senhor
Jair contava que um dia São Pedro e Nosso Senhor desceram à Terra,
Reprodução/MEC
em um Domingo de Aleluia, para visitar o mundo.
Passaram por um homem que estava cavando, cavando, cavando e
plantando uma roça num terreno muito fértil. O homem se chamava
Tomé. O sol estava quente, quente mesmo, e Tomé cavava um bocadi-
nho e plantava, cavava um bocadinho e plantava.
Aí Nosso Senhor, que ia passando, perguntou a Tomé:
– Ô Sinhô! O que está plantando aí?
O homem com muito mau humor respondeu:
– Tô plantando pedra. Quando eu colher o milho não vou vender
PICANÇO, Ronaldo. Meu pra ninguém, somente quando eu tiver vontade.
Mercado Central, 2020. Nosso Senhor comentou:
– Pedra se colhe!
⊲ Onde as pessoas da imagem estão reunidas? Você conhece esse lugar? Eles seguiram em frente e, logo adiante, outro homem semeava
em uma beirada de terra da pior qualidade. Ele cavava e plantava,
⊲ O que você acha que elas estão fazendo? cavava e plantava. Nosso Senhor o vê e pergunta:
– Ó Sinhô! O que está plantando aí?
O homem respondeu:
⊲ Na sua opinião, por que é importante a transmissão dos contos de geração para
– Ah, se Deus quiser eu estou plantando aqui uma covinha de milho. Na fé de Deus eu vou colher
geração? muito milho.
– Que assim seja!, abençoa Jesus.
2. Observe a imagem a seguir. Você conhece esse lugar? Qual é a relação dele com São Pedro perguntou pra Nosso Senhor:
a imagem anterior? Converse com o professor e os colegas a respeito disso. – Senhor, como é que Senhor fala uma coisa dessa? Aquele homem plantando na beira do morro, a roça
dele pode dar bom milho?
Nosso Senhor disse:
Maksuel Martins
SÃO Pedro e o Nosso Senhor. MOURA, G. (org.). MOTA, J.; DIAS, P. (pesq.). Estórias Quilombolas. Brasília, DF: MEC, 2010. v. 3.
(Coleção Caminho das Pedras). Disponível em: http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/estorias_quilombola_miolo.pdf.
Acesso em: 15 jul. 2021.
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a. Esse texto que ouvimos é um conto popular. Você se lembra o que é um conto
popular?
RETOMANDO
b. A história apresenta elementos de um texto narrativo: cenário, personagens, en-
redo e ponto de vista? Agora é sua vez de recontar!
1. Está pronto para recontar a história? O que falta e em que pode melhorar? Aponte
três aspectos para serem ajustados até o dia da apresentação oficial.
d. Vamos imaginar que o narrador é uma pessoa que conhece bem as histórias da
comunidade. Na sua opinião, essa pessoa é jovem?
e. A história fala de uma visita ao mundo. Quem veio visitar o mundo? E o que os
visitantes encontraram?
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CONTEXTUALIZANDO Orientações
Oriente os alunos a observar a imagem e refletir
Expectativas de resposta sobre o que está acontecendo nela. Explique que as
1. • Espera-se que o aluno identifique que o cenário comunidades quilombolas são formadas por pessoas
é um mercado central. No caso, o mercado descendentes de africanos escravizados que formaram
central de Macapá. essas povoações, conhecidas também por quilombos.
• É esperado que o aluno identifique que as É importante enfatizar que “os quilombos se constituí-
pessoas estão festejando, dançando e tocando ram a partir de uma grande diversidade de processos,
instrumentos musicais. que incluem as fugas com ocupação de terras livres
e geralmente isoladas, mas também a conquista de
• Resposta pessoal.
terras por meio de heranças, doações, pagamento
2. Resposta pessoal.
por serviços prestados ao Estado, a compra e ainda
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1. Faça anotações sobre a apresentação oral do conto. O que foi mais interessante?
13. Agora é sua vez: vamos recontar! O que poderia ser aprimorado?
1. Estamos prontos para o reconto? Vamos fazer um checklist do que não pode faltar
na contação de histórias da sua turma.
PRATICANDO
Chegou a hora da performance oral do conto “São Pedro e Nosso Senhor”. Luz, câmera
e ação!
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novo final?
nha acontecido. A irmã mais velha que era muito orgulhosa, não
querendo ficar inferior à outra, disse que também ia visitar a tia.
A mãe dela apresentou um bocado de motivos para ela desistir,
porém foi inútil. No outro dia ela se preparou, chamou o cachor-
1. Vamos relembrar o conto “O cachorro e a boa menina”. ro e foi a para casa da tia.
Chegou cedo, brincou bastante e na hora de almoçar a tia cha-
O cachorro e a boa menina mou ela, botou o almoço e perguntou onde botava o do cachorro.
– No chão – disse ela – em qualquer lugar ele come.
Existiu em uma cidade da África, da nação Grúncis, uma senhora que
A tia botou a comida embaixo da mesa, no chão; o cachor-
tinha duas filhas. Uma delas, a caçula, criava um cachorro grande e bo-
ro não tocou na comida e saiu para rua, deixando ela almoçar
nito por nome Kubá. Ela tinha muito cuidado com o cachorro a pon-
à vontade. De tardinha ela despediu da tia e voltou para casa;
to de só fazer as refeições junto com ele sentado na mesa, como se
quando ia chegando na entrada do caminho esquisito, lembrou-
fosse uma pessoa.
-se do cachorro; foi justamente a hora em que o bicho apareceu e
A mãe dela não se incomodava, pois gostava também do ca-
foi fazendo as mesmas perguntas que tinha feito à sua irmã. Por
chorro, porém a irmã mais velha odiava e maltratava o pobre
fim o bicho disse:
bichinho. Aconteceu que elas tinham uma tia que morava um
– Chame a gente que eu quero ver. Ela se cansou de cantar
pouco distante dali. A menina dona do cachorro, um dia de sá-
chamando o cachorro.
bado, lembrou-se da tia e disse à mãe dela:
– Kubá Kubá Kubá...
– Mamãe, amanhã vou passar o dia com minha tia.
O bicho não vendo ninguém engoliu ela. Nisto Kubá chegou
– Sozinha? — perguntou a mãe, e disse:
em casa sozinho. A mãe dela, juntamente com a outra garota e
– Lembre-se que neste caminho sempre acontece desa-
os vizinhos saíram para procurar a menina. Quando chegaram
parecer pessoas.
no lugar em que o bicho tinha engolido a menina, a irmã foi logo
– Eu vou com Deus e Kubá – disse a menina.
reconhecendo o lugar, dizendo para o pessoal:
No outro dia pela manhã bem cedo, a menina se
– Foi aqui que encontrei o bicho. Começaram a procurar e
preparou, tomou a bênção à sua mãe e foi para a casa
foi quando encontraram a cestinha que ela carregava, um pé de
da tia. Passou todo o dia lá; na hora do almoço, a tia
sapato, pedaços de pano do vestido e mais para dentro do mato
chamou ela para almoçar e perguntou onde botava
viram o enorme bicho que dormia a sono solto. Mataram o bicho
o almoço do cachorro. Ela disse para a tia que o ca-
e depois, procurando saber por qual motivo uma das meninas ti-
chorro costumava sempre comer junto com ela na
nha sido salva e a outra devorada pelo bicho, a tia das meninas
mesa e assim foi feito. Depois saíram e foram para o
disse o seguinte:
terreiro brincar.
– Fazer o bem, não se olhar a quem. Fazendo a quem se lhe faz
De tardezinha, a menina se despediu da tia e vol-
não é pecado e só tem o que se merece.
tou para a casa da mãe. Quando ia passando por um
lugar onde o caminho era muito esquisito por só se
ver mato e já estar escurecendo, apareceu um bicho SANTOS, Deoscóredes M. dos. Contos negros da Bahia e contos de Nagô.
Salvador: Corrupio, 2003.
enorme e perguntou a ela:
– De onde vens e para onde vais?
– Vim da casa de minha tia e vou para casa de mi- Reflita sobre as questões a seguir com os colegas.
nha mãe.
– Com quem tu vais? ⊲ Quais são os elementos da narrativa?
– Chame a gente que eu quero ver. Ela, com muito
medo, olhou para um lado e para o outro e, não vendo o ⊲ Qual foi a resolução do conflito da história?
cachorro, cantou:
– Kubá Kubá Kubá Bá Durubi, Kubá Kubá Dan Durubi
⊲ Seria possível construir outro final para o
Nanã Tapemá Durubi (Encontrei a morte, corre, estou aqui, o
bicho quer me matar.). conto lido?
O cachorro, quando ouviu o cântico da menina, veio feito uma
fera em cima do bicho, que fugiu apavorado, deixando o caminho li- ⊲ Quais características de um conto africano
vre para eles passarem. Em casa, a velha já preocupada devido às horas, são mais evidentes nesse conto?
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PRATICANDO
Quem terá voz no discurso direto? Aqui,
1. Vamos construir um mural interativo? Para isso, elabore, em duplas, um novo final vamos lembrar de usar os verbos dicendi.
para o conto “O cachorro e a boa menina”. Não se esqueça de, ao refazer o final,
colocar nele algum elemento que, para você, represente o Amapá.
Vamos planejar o texto? Com sua dupla, pense em como será a escrita do final do
conto, preenchendo o quadro a seguir. Lembre-se de que esse final ficará exposto
Qual é a moral que queremos passar com o
no mural interativo e que os alunos de outras turmas da escola poderão ler e votar novo final?
no final de conto mais interessante.
Planejamento
Que características de um conto
amapaense estão presentes no novo final?
Quais são os personagens da história? O final que escolhemos para o conto… Sim Não
Qual é o final na história original? Dá voz a algum personagem para fazer uso de discurso direto
(que terá verbos dicendi e pontuação própria desse discurso),
além do indireto?
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1. Vamos colocar em prática o planejamento da escrita? Antes, porém, retome o qua- 1. Antes de iniciar a escrita, preste atenção às questões do quadro a seguir e assi-
dro do capítulo anterior e reflita sobre as questões abaixo com o colega. nale “Sim” para os itens que não precisam ser revistos e “Não” para aqueles que
precisam de uma reavaliação.
a. O planejamento precisa ser alterado?
Sim Não
Há discurso indireto?
Há discurso direto?
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RETOMANDO
1. Ler o rascunho também é aprender a escrever. Como se trata de uma narrativa que
tem elementos de oralidade, é preciso ver se ela funciona em voz alta. Neste mo-
mento, você vai se tornar ouvinte, e o colega da dupla passará a ler o texto em voz
alta a fim de perceber como ficou a escrita. Depois, o contrário: você lê o seu texto
para o colega escutar. Troquem opiniões sobre o rascunho antes de entregá-lo para
o professor. Usem os espaços a seguir para tomar notas.
Meu texto:
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Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografa, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
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anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Respeitar as variações linguísticas reconhecendo-as como forma de expressão dos diversos grupos nas
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diferentes situações de comunicação rejeitando o preconceito e a desigualdade social.
Produzir textos do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas
características linguístico-expressivas e composicionais nas variações linguísticas específicas da região
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do Amapá, bem como o registro das conversações espontâneas das comunidades ribeirinhas, quilombolas
e dos índios das várias etnias do estado.
Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos
EF35LP25 e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de
personagens.
Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens,
EF35LP26 observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a
construção do discurso indireto e discurso direto.
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16. Fazendo os últimos ajustes para publicar a ⊲ No final produzido por você e pelo colega de dupla, há uma moral ou um ensina-
história no mural interativo mento, como na história original, que termina com o seguinte provérbio popular:
“Fazer o bem, não se olhar a quem. Fazendo a quem se lhe faz não é pecado e só
tem o que se merece.”?
1. Vamos revisar em duplas? O professor irá entregar o rascunho de um colega. Leia-o
e reflita sobre os pontos a seguir.
⊲ Os discursos diretos são antecipados pelos verbos dicendi (verbos que expressam
PRATICANDO
declarações – por exemplo, “falou”, “disse”, “afirmou” etc.)?
1. O que pode ser melhorado no rascunho feito por você e pelo colega de dupla?
Vamos revisar o texto, respondendo às perguntas a seguir. Devemos analisar o que
⊲ Há dois-pontos depois dos verbos dicendi?
escrevemos e só depois marcar sim ou não.
Aspectos a analisar:
⊲ O discurso indireto, que é contado pelo narrador, tem verbos no passado?
⊲ O final manteve o cenário da história original (o caminho esquisito entre a casa da
mãe e a casa da tia que a menina foi visitar) para garantir a coerência?
⊲ Há alguma palavra cuja grafia você não conhecia e precisou buscar o significado?
⊲ O final combina com o enredo da história original (uma menina que sempre tratava
bem o cachorro da família e ele a ajudou em um momento de necessidade enquan- ⊲ No final reescrito, foram inseridos elementos de identidade do Amapá, como as
to sua irmã o tratava mal e não teve o mesmo auxílio quando precisou)? tradições e a indicação ao pertencimento local?
⊲ Os personagens foram todos identificados ou algum personagem aparece sem ser Agora, reescrevam as partes para as quais responderam não. Depois, leiam a nova ver-
anunciado pelo narrador? são e, ao finalizarem, passem a limpo.
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O que está com os olhos vendados, orientando-se pelo soar do Tum Tum, encaminha-se com as mãos
17. Finalizando o mural: identidade quilombola esticadas em direção ao colega que ele supõe estar batendo o pilão.
Imagine a expectativa da criançada enquanto o coleguinha sai tateando em busca do tocador. Se ele atin-
ge o objetivo, tira a venda e os dois trocam de lugar.
1. Reflita sobre os seguintes itens para analisar o final do seu conto. ANDRADE, Rogério Barbosa. Kakopi, Kakopi! Brincando e jogando com as crianças de vinte países africanos.
Ilustrações de Marília Pírilo. São Paulo: Melhoramentos, 2019.
⊲ Foram abordadas a cultura, a tradição e a identidade quilombola?
⊲ Quais ações no conto propõem um final de reconhecimento local e de valores Estação 2: Memorial da identidade
voltados ao pertencimento do quilombo do Curiaú? Vamos assistir ao vídeo As tias do Marabaixo: Tia Chiquinha. Depois de assistir ao vídeo,
⊲ Ao término do conto, é possível entender a mensagem de forma clara e as ca- você, junto com o grupo, vai identificar as características do conto quilombola amapaense em
racterísticas regionalizadas de forma positiva? relação às tradições culturais. O grupo deverá anotar os argumentos e as reflexões.
2. O conto será revisado mais uma vez, com foco na observação dos itens a seguir. Rio acima Mar abaixo
As crianças, alvoroçadas, regressavam da pescaria. Para elas não tinha coisa melhor do que tarrafear
a. Aspectos para refletir antes de reescrever o final: identidade, cultura, tradições nos rios. Tagarelavam, alegres, a barriga estufada com as tainhas miúdas que haviam assado em fogueiras
e local. improvisadas sob a luz dos últimos raios de sol.
As cascas de coco usadas para atear as chamas tinham ficado para trás, lançadas às águas. Uma após outra,
elas formavam uma trilha incandescente, que ia desaparecendo aos poucos nas entranhas da noite. Aos olhos
b. Os grupos deverão passar por algumas “estações” antes de reescrever ou ajus-
da meninada, reluziam como as canoas iluminadas com lâmpadas de azeite de peixe-boi na Festa do Divino.
tar o final do conto.
O agitado grupo tinha pressa de chegar à Vila do Curiaú, um antigo quilombo habitado por descendentes [...].
De longe, já dava para ouvir o som dos tambores feitos do tronco de uma árvore chamada macaqueiro,
Estação 1: Fortalecendo as raízes revestidos de couro de veado-campeiro.
Leremos o texto “Tum Tum” (conto africano) para comparar semelhanças e diferenças [...] os preparativos do festejo mais popular do Amapá: o Marabaixo, tradição dos negros com origem
culturais e identidades com o conto “A resenha do boto e a aranha no Curiaú” (conto quilom- celebrada a partir do domingo de Páscoa. Além das missas e novenas em louvor ao Divino Espírito Santo e à
bola amapaense). O grupo deverá anotar as argumentações e reflexões. Santíssima Trindade, a festa tem muita dança e cantoria. Época de bailar e de ouvir os ladrões, rimas impro-
visadas pelos cantores que ecoam pelas ruas enfeitadas com galhos de murta.
Não há quem não entre na roda. Todos se entregam ao ritmo contagiante do Marabaixo, embalados pela
TUM TUM!
gengibirra, cachaça e açúcar. As moças, vestindo blusa de renda e saia estampada, são um espetáculo à par-
Este é um jogo que as professoras nos jardins de infância do Togo empregam para testar, de modo diver- te, inspiradoras de versos apaixonados:
tido, a capacidade auditiva das crianças. “[...] Eu não sei ler nem escrever,
Para isso, é necessário um pilãozinho. Nem também tocar viola.
Importa saber que pilões de madeira ainda são usados para esmagar grãos e tubérculos em muitos luga- Só desejo aprender,
res na África. Alguns deles, altos e pesados, alcançam a cintura das mulheres. O seu bate-bate característico Ó menina, na vossa escola!
ecoa, desde tempos remotos, por aldeias distantes dos grandes centros urbanos.
A brincadeira funciona assim:
Uma turma de alunos, acomodados em cadeiras dispostas uma do lado da outra ou apertados em um Mas o que a garotada gostava mesmo era das histórias contadas pelo Velho Julião, o mais antigo morador
banco comprido, se posicionam de frente para um coleguinha que se mantém de pé. da comunidade, defensor dos costumes e das tradições de sua gente, sabedor dos segredos da manipulação
Esse menino ou menina deve ter uma venda nos olhos, impedindo-o de ver o que está acontecendo. das ervas e raízes da floresta. O contador já esperava as crianças, como sempre, sentado em uma das redes
Um dos alunos, ao sinal da professora, começa a socar, em intervalos regulares, o pilãozinho que ele espalhadas pela ampla varanda de sua casa de madeira [...].
segura na mão. BARBOSA, Rogério Andrade. Rio acima Mar abaixo. Ilustrações de Neuso Cruz. São Paulo: Melhoramentos, 2005.
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RETOMANDO
⊲ Escolha um modelo para seu mural: os modelos podem ser estruturados como gra-
des, prateleiras, linhas do tempo ou até mesmo como salas de conversa.
⊲ Convide os colegas de turma para colaborar: você poderá convidá-los para a cons-
trução, postando cartões que podem conter imagens, vídeos, texto, links, gravações
de áudio e outros formatos de arquivo.
⊲ Insira o final do texto e espere os colegas das outras salas lerem e escolherem o
melhor final.
⊲ Use o espaço a seguir para planejar e registrar suas ideias.
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HABILIDADES DO RCA
Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de palavras
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com relações irregulares fonema-grafema.
OBJETO DE CONHECIMENTO
• O
verbete de dicionário é um gênero textual de caráter informativo, ou seja, fornece informações sobre os sentidos,
a classe gramatical e as características fonéticas de palavras. Devido a seu contexto de produção e de circulação
e a seu propósito comunicativo, a linguagem que o constitui é uma linguagem formal e impessoal. Na BNCC, o
gênero é mencionado como parte do campo das práticas de estudo e pesquisa, relativo à participação em situa-
ções de leitura/escrita que possibilitem conhecer os textos expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas
relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica.
PRÁTICAS DE LINGUAGEM
• B RASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Com direito à palavra: dicionários em sala de aula.
Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/
index.php?option=com_docman&view=download&alias=12059-dicionario-em-sala-de-aula-pnld-pdf&Itemid=30192.
• FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio século XXI escolar: o minidicionário da língua portuguesa.
4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
• OLIVEIRA, Dalcimary Almeida de. In: SOUSA, Ivaldo (org.) de. A beleza de ser negro: elevando a autoestima e a
subjetividade do ser. Macapá: Impressão Gráfica e Editora Cromosete, 2021.
• SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Aprender os padrões da
linguagem escrita de modo reflexivo no Ciclo II. Secretaria Municipal de Educação. São Paulo: SME/DOT, 2011.
Disponível em: http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/16469.pdf. Acesso em: 12 jul. 2021.
• VICHESSI, Beatriz. Qual a utilidade do dicionário, além de mostrar o significado das palavras? Nova Escola, 1o mar.
2009. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2545/qual-a-utilidade-do-dicionario-alem-de-mostrar-o-
significado-das-palavras. Acesso em: 12 jul. 2021.
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UNIDADE 2
PRATICANDO
PROCURANDO NO 1. Alguma vez, você já utilizou um dicio-
DICIONÁRIO
istetiana/Moment/Getty Images
palavras são escritas e o que elas significam.
A-ça-í: sm:1. Palmeira de grande porte (Euterope oleracea), nativa da região amazônica,
que produz pequenos frutos roxo-escuros de polpa comestível; açaí-do-pará; açaizeiro, co-
queiro-açaí, pina, tucaniei, uaçaí.
Ba-cu-ri: sm: 1. Árvore de grande porte (Platonia esculenta), da família das gutíferas, nativa das
Guianas e do Norte e Nordeste (MA, PI) do Brasil, de folhas lanceoladas, coriáceas, flores rosadas
INGREDIENTES: e bagas globosas, com polpa amarelada, usada para a produção de doces, compotas e refrescos.
2 xícaras de água, 1 colher (chá) de Os frutos, cascas e resinas têm ação digestiva, diurética e cicatrizante, e sua madeira é própria
gengibre ralado, 1/2 xícara de hortelã. para a construção naval, civil e carpintaria; bacurizeiro, ibacupari, ibacuri, ibacurupari, landirana.
MODO DE PREPARO:
Cu-pu-a-çu: sm.1. Árvore elegante (Theobroma grandiflorum), da família das estercu-
1. Ferva a água em uma panela.
liáceas, originária da Amazônia, de ramos compridos, folhas lanceoladas e ferrugíneas na
2. Apague o fogo e acrescente o gengibre
parte inferior e flores vermelhas, frutos capsulares grandes, ovoides, lisos e comestíveis.
e a hortelã.
Fornece madeira clara e compacta, ainda pouco utilizada; cupu, cupuaçueiro, cupuaçuzeiro.
3. Deixe a panela tampada por 5 minutos.
4. Coe e sirva. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio século XXI escolar: o minidicionário da língua portuguesa.
5. Se desejar, adoce com mel. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
FERREIRA, Isadora. Chá de hortelã e gengibre refrescante. TUDO GOSTOSO. Disponível em: https://www.tudogostoso.com.br/receita/
308475-cha-de-hortela-e-gengibre-refrescante.html. Acesso em: 12 jul. 2021. 2. Agora é a sua vez! Procure no dicionário a palavra “pitiú” e registre aqui seu
verbete.
Observe as seguintes palavras: chá, gengibre, hortelã, desejar.
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3. Folheie o dicionário, observando sua organização. Reflita sobre como você o utili- 5. Finalizado o circuito de palavras, responda às questões a seguir e, depois, compar-
zou para localizar a palavra “pitiú”. Em seguida, responda ao que se pede. tilhe suas respostas com os colegas.
a. Como você realizou a busca da palavra no dicionário? a. Quais foram suas hipóteses de escrita das palavras?
b. A forma escrita das palavras é semelhante aos sons que ouvimos? Que diferen-
ças você encontrou?
b. Como as palavras são organizadas?
c. Há regras que nos ajudem a decidir qual é a letra correta para a grafia de pa-
lavras com relações fonema-grafema irregulares? Como podemos esclarecer
c. De que maneira o dicionário o ajudou a conhecer a escrita de palavras? nossas dúvidas nesses casos?
4. Agora que conheceu um pouco mais sobre o verbete e percebeu a importância do di-
cionário para eliminar dúvidas na escrita correta das palavras, aplique o que aprendeu.
Você ouvirá uma lista de palavras com relações irregulares entre fonemas (sons) e RETOMANDO
grafemas (letras), que deverá registrar no quadro a seguir.
1. Vamos relembrar o que aprendemos sobre o verbete de dicionário? Preencha o
Hipótese de escrita Escrita correta Som da letra quadro a seguir com suas observações sobre como o dicionário está organizado,
como podemos localizar palavras nele e como os verbetes são estruturados. Use
uma linha para cada característica que identificar.
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100 5 o ANO
101 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
ANOTAÇÕES
102 5 o ANO
g com som “gê” ss com som “cê” ch com som “xê” s com som “zê”
E lá vão as canoas para o rio Pedreira, E lá vão tantos anos que já se passaram
Buscar pedras para a construção. E a Fortaleza continua de pé.
Misturada com sangue, suor e sofrimento Sempre vigilante para o rio Amazonas,
Dos índios, escravos, irmãos. Com a proteção de São José.
OLIVEIRA, Dalcimary Almeida de. In: SOUSA, Ivaldo (org.). A beleza de ser negro: elevando a autoestima
e a subjetividade do ser. Macapá: Impressão Gráfica e Editora Cromosete, 2021. p. 156.
com g sem h com x com z
2. Você já observou que em muitos livros de Língua Portuguesa, logo após um texto,
2. Você já ouviu ou leu esse poema? O que achou dele? aparece um boxe com o vocabulário? A intenção desse boxe é ampliar o repertório
de palavras do leitor, mencionando vocábulos que talvez lhe sejam desconhecidos
3. Que assunto o poema aborda? ou pouco familiares.
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Releia o poema e verifique se há nele palavras que você não conhece. Registre
essas palavras no espaço a seguir e consulte o dicionário para descobrir o que A Fortaleza de São José de Macapá é uma das principais edificações militares existentes no
significam. Como uma palavra pode ter mais de um significado, observe qual seria Brasil e um dos mais importantes monumentos do século XVIII. Erguida com o propósito de de-
o mais adequado, considerando o contexto em que aparece no texto. fender a Amazônia, em especial diante da perspectiva de uma invasão francesa, ocupa uma ex-
tensa área na margem esquerda da foz do Rio Amazonas. Fundada em 1758, poucos antes do iní-
cio da construção do marco arquitetônico e histórico que hoje é um dos seus principais pontos
Palavra Significado
turísticos. [...] Porém, não chegou a ver ou defender combate algum. Do período colonial ao Brasil
Império, a Fortaleza foi ocupada por pelotões das guardas portuguesa e imperial, porém, com
a proclamação da República em novembro de 1889, a Construção perdeu sua função principal.
RETOMANDO
104 5 o ANO
105 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
ma-ni-ço-ba
Eduardo Zappia
3. Tenho três sílabas, uma das minhas letras não possui som e, geralmente,
sou uma narrativa. Iguaria preparada com as folhas tenras da
mandioca ou maniva, trituradas e acrescidas
de carne suína e temperadas geralmente
com alho, sal, louro, pimenta.
4. Tenho três sílabas, uma das minhas letras tem som “zê” e represento a
nacionalidade de uma mulher nascida na França.
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4. Leia as seguintes frases e ligue a palavra destacada em cada frase ao seu significa-
RETOMANDO do correto.
a. Formigamento, coceira. O shopping parecia um formigueiro hoje.
Chegamos ao fim desta unidade. Vamos relembrar o que aprendemos?
b. Toca feita e habitada pelas formigas. O paciente relatou sentir um formigueiro
1. Preencha as lacunas e complete as palavras a seguir. Utilize o dicionário para tirar nas mãos.
c. Multidão, aglomeração.
dúvidas sobre a escrita das palavras.
Hoje, na aula de Ciências, observamos
um formigueiro.
⊲ ti ela
⊲ ferru em 5. Faça um desenho para cada significado da palavra “formigueiro” da atividade
⊲ nobre a anterior.
⊲ calabre a
⊲ umildade a.
⊲ era (tipo de planta)
⊲ ma a
⊲ ca o
⊲ a ado
1 2
b.
po.lui.ção sf. 1. Ato ou efeito de poluir. 2. Contaminação e consequente degradação
do meio natural causadas por agentes químicos, detritos domésticos, industriais etc.
3 3. Degradação do meio ambiente por um ou mais fatores prejudiciais à saúde, ao equi-
líbrio emocional etc. [PL: -ções.]
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio século XXI escolar: o minidicionário da língua portuguesa.
4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. p. 459.
Legenda:
1
2 c.
3
3. Observe, ao final do verbete, a seguinte informação: [PL: -ções.]. O que isso significa?
107 LÍ N G UA PO RT U G U E SA
ANOTAÇÕES
108 5 o ANO
2.
HABILIDADES DO RCA
Ler, escrever e ordenar números naturais até a ordem das centenas de milhar com compreensão das principais
EF05MA01 características do sistema de numeração decimal, para composição e decomposição de um número natural
pela representação de cada algarismo como um número múltiplo de uma potência de base dez, por exemplo.
Resolver e elaborar problemas de adição e subtração com números naturais e com números racionais significativos
EF05MA07 ou não, cuja representação decimal seja finita, utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa,
cálculo mental e algoritmos.
Resolver e elaborar problemas de multiplicação e divisão com números naturais e com números racionais
EF05MA08 significativos ou não, cuja representação decimal é finita (com multiplicador natural e divisor natural e diferente
de zero), utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo mental e algoritmos.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Sistema de numeração decimal: leitura, escrita e ordenação de números naturais (de até seis ordens); problemas:
adição e subtração de números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita; problemas: multi-
plicação e divisão de números racionais cuja representação decimal é finita por números naturais.
UNIDADE TEMÁTICA
Números.
RASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. PNAIC: Operações na resolução de problema.
• B
Brasília, DF: MEC: SEB, 2014.
• SOARES, Wellington; SANTOMAURO, Beatriz. Seus alunos sabem interpretar problemas? Nova Escola, 1o ago. 2012.
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2073/seus-alunos-sabem-interpretar-problemas. Acesso em:
18 out. 2021.
110 5 o ANO
UNIDADE 1
3. Assinale a alternativa que mostra corretamente o valor posicional do algarismo 3
COMPARANDO NÚMEROS
em cada um dos números escritos pela professora de Matemática na lousa.
NATURAIS E RESOLVENDO
PROBLEMAS
Você já aprendeu muitas coisas sobre os números! Use seus conhecimentos e responda
às questões a seguir. MÃO NA MASSA
1. O Estado do Amapá tem uma extensão territorial de aproximadamente 142 815 km².
Jogo das fichas sobrepostas
a. Quantos algarismos o número 142 815 tem?
Material necessário: Fichas do anexo.
Objetivo: Escrever números de até seis ordens e reconhecer o valor posicional de cada
algarismo que compõe o número.
b. Qual é o valor posicional de cada algarismo desse número? Jogadores: Grupos com quatro ou cinco jogadores.
Regras do jogo:
1. As fichas de cada ordem (centena de milhar, dezena de milhar, unidade de milhar,
c. Qual é o valor relativo do número 8 na 3ª ordem? centena, dezena e unidade) deverão ser embaralhadas e colocadas no centro do
grupo, formando seis montes com as faces voltadas para baixo.
2. A cada rodada, os jogadores do grupo pegam, individualmente, seis fichas aleató-
rias: uma de cada ordem (centena de milhar, dezena de milhar, unidade de milhar,
d. Escreva o número por extenso. centena, dezena e unidade).
3. O professor dá o comando e os jogadores devem formar um número com suas fichas,
usando uma, duas, três, quatro, cinco ou seis fichas, ou seja, quantas fichas desejar.
2. Utilizando as fichas abaixo, ajude Lucas a formar o número de 5 algarismos: 4. Ganha um ponto o jogador que con-
PeopleImages/E+/Getty Images
seguir atender ao comando do pro-
0 7 2 9 1 3 fessor.
5. Depois disso, as fichas são nova-
a. mais próximo de 90 000. mente embaralhadas e ocorre uma
nova escolha de seis fichas para
cada jogador, para assim iniciar a
nova rodada.
b. mais próximo de 70 000. 6. Ganha o jogo o jogador que, ao fim
de 10 rodadas, tiver o maior número
de pontos.
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b. O comando dado pela professora foi que os jogadores formassem o número mais
DISCUTINDO próximo de 100 000. Escreva cada número formado e explique quem marcou o ponto.
Roberta Daniel
RETOMANDO
Carolina Cauê
a. Nessa partida, a professora de Roberta pediu aos jogadores que formassem o 1. Procure no dicionário o significado dos termos “compor”
e Source/Getty Images
maior número possível utilizando as seis fichas que sortearam. Sendo assim, e “decompor” apreendidos neste capítulo.
quem marcou o ponto?
Escreva o significado deles.
Imag
b. Se fosse pedido o menor número possível utilizando as seis fichas que sortea-
ram, quem teria marcado o ponto?
90 5 o ANO 91 M AT E M ÁT ICA
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111 M AT E M ÁT I CA
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112 5 o ANO
113 M AT E M ÁT I CA
114 5 o ANO
1. Bruno e seu pai gostam de jogar peteca aos sábados. Ele começou o jogo com 32 1. Os alunos do 5o ano estavam se organizando para realizar uma festa. Para isso, a
pontos, mas, no final da primeira partida, ficou com apenas 18. Quantos pontos ele turma foi dividida em dois grupos. O grupo 1 ficou responsável pelos salgados, e o
precisa ganhar na próxima partida para ficar com a mesma quantidade que tinha grupo 2 pelos doces. Leia o que ocorreu no dia da festa e responda às questões.
no início do jogo?
⊲ O grupo 1 trouxe 75 quibes, 89 esfirras de frango e 116 empadinhas de camarão.
⊲ O grupo 2 trouxe 92 bombons de cupuaçu, 105 brigadeiros e 77 cajuzinhos.
andreswd/E+/Getty Images
Para a festa, os alunos do 5o ano vão levar mais doces ou salgados? Em que quan-
tidade? Registre sua resposta a seguir.
92 5 o ANO 93 M AT E M ÁT ICA
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DISCUTINDO
\ RETOMANDO
A seguir vamos discutir a respeito das duas atividades que você resolveu na seção Mão
na massa. Neste capítulo, aprendemos a utilizar diferentes estratégias para resolver problemas
envolvendo adição e subtração de números naturais. Aprendemos também que diferentes
Atividade 1 caminhos podem ser seguidos ao se resolver um problema. Quais foram as suas principais
Observe uma representação das quantidades de itens que cada grupo trouxe: estratégias? Converse com os colegas.
75 quibes
Grupo 1 89 esfirras de frango
RAIO X
116 empadinhas de camarão
Para saber qual grupo trouxe mais itens, basta verificar o total que o grupo 1 trouxe, Modalidade esportiva preferida pelos alunos
adicionando a quantidade de cada tipo de salgado, e, depois, o total que o grupo 2 trouxe,
Modalidade Quantidade de alunos
adicionando a quantidade de cada tipo de doce:
Futebol 537
Grupo 1 ⊲ 75 + 89 + 116 = 280
Basquete 329
Grupo 2 ⊲ 92 + 105 + 77 = 274
Voleibol Demais alunos
Portanto, há mais salgados do que doces. Para saber quantos salgados há a mais do
Fonte: Anotações da professora de Educação Física.
que doces, podem-se contar quantos doces faltam para chegar a 280, que é a quantidade
total de salgados.
a. Qual é a quantidade de alunos que gostam de voleibol?
Outra estratégia que pode ser utilizada é subtrair 274 de 280:
7 1
280
– 27 4
006
Portanto, haverá seis salgados a mais do que doces na festa.
Atividade 2
Algumas possíveis ações que a professora poderia fazer:
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CONTEXTUALIZANDO basta fazer uma adição e que o valor que faltará para
comprar o instrumento poderá ser obtido por subtração.
Expectativas de resposta
1. 14 pontos.
2. a. O valor arrecadado é de 510 reais. MÃO NA MASSA
b. Faltarão 90 reais.
Expectativas de resposta
Orientações 1. Na festa haverá mais salgados, sendo seis a mais
Incentive os alunos a resolver os problemas de dife- do que os doces (280 – 274 = 6).
rentes maneiras, seja utilizando a operação de adição, 2. Resposta pessoal.
seja utilizando a subtração. Note que, por exemplo, os
alunos podem chegar à resposta da atividade 1 adicio- Orientações
nando as quantidades de pontos até chegar a 32, e a Organize os alunos em duplas. Em seguida, proponha
resposta seria a quantidade de pontos que ele adicio- que resolvam o primeiro problema, estimulando-os a
nou. Na atividade 2, espera-se que os alunos consigam analisar os dados para que decidam a melhor estratégia
identificar que, para calcular a quantidade arrecadada, a ser utilizada para a resolução.
116 5 o ANO
117 M AT E M ÁT I CA
1. Ajude as crianças a responder às questões abaixo. A seguir vamos discutir a respeito das duas atividades que você resolveu na seção Mão
na massa.
Na Semana das Crianças, a A professora da escola onde Veja como Maria pensou para dividir igualmente as garrafas de mel nas prateleiras.
professora de Matemática estudo trouxe 92 bombons
da escola onde estudo vai para serem distribuídos Atividade 1
distribuir quatro bombons aos alunos do 5o ano B.
para cada um dos 25 alunos Ela também vai distribuir
da turma do 5o ano A. Quantos exatamente quatro bombons
bombons ela terá de levar? para cada um. Será que é
possível calcular o total de
alunos do 5o ano B a partir
dessas quantidades? De que
maneira podemos fazer isso?
Como ela precisava dividir igualmente as 228 garrafas de mel em 12 prateleiras, seria
1. O pai de Maria é apicultor do Quilombo de Mel da Pedreira, na zona rural de
necessário utilizar a operação de divisão para calcular a quantidade de garrafas que ficaria
Macapá. Maria está ajudando o pai a organizar 228 garrafas de mel em 12 prate-
em cada prateleira:
leiras. De que maneira ela pode calcular a quantidade de garrafas que cada pra-
teleira vai comportar? Represente no espaço a seguir.
228 ÷ 12 = 19
12 × = 228
2. Thiago foi à Feira do Produtor para comprar farinha de mandioca, conforme mostra a
imagem a seguir. Ele deseja comprar 15 quilogramas de farinha e só tem cédulas de Assim:
20 reais em sua carteira. Se o preço do quilograma da farinha custa 8 reais, quantas
⊲ se fizesse 12 × 10 = 120, ela obteria 10 garrafas por prateleira, o que não seria sufi-
cédulas de 20 reais serão necessárias para pagar pela compra dos 15 quilogramas?
ciente;
⊲ se fizesse 12 × 15 = 180, ela obteria 15 garrafas por prateleira, o que não seria sufi-
Fabio Colombini
ciente;
⊲ se fizesse 12 × 18 = 216, ela obteria 18 garrafas por prateleira, o que não seria sufi-
ciente;
⊲ se fizesse 12 × 19 = 228, ela obteria 19 garrafas por prateleira, o que seria a quanti-
dade adequada para dividir igualmente as 228 garrafas entre as 12 prateleiras.
R$ 8,00
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Atividade 2
Vamos pensar sobre como Thiago poderá pagar utilizando as cédulas de 20 reais que RAIO X
tem na carteira. Podemos fazer esse cálculo de duas maneiras diferentes.
8× = 120 8 × 7 = 56 8 × 11 = 88 8 × 15 = 120
8 × 4 = 32 8 × 8 = 64 8 × 12 = 96
8 × 5 = 40 8 × 9 = 72 8 × 13 = 104
8 × 6 = 48 8 × 10 = 80 8 × 14 = 112
2a maneira:
Podemos dividir 120 por 8:
120 ÷ 8 = 15
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5 o ANO
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119 M AT E M ÁT I CA
120 5 o ANO
1. O professor de Matemática fez um jogo de perguntas sobre tabuada de multiplica- Nossa turma tem 27 alunos,
ção e divisão. Como premiação ele dava um selo colecionável a cada resposta cor- incluindo nós dois. A professora
reta e tirava um a cada resposta errada. Os alunos quiseram verificar com quantos disse que cada aluno deve comer
selos terminaram: 4 sanduíches.
Você consegue descobrir com quantos selos Jéssica e Fernando ficaram ao final do jogo?
DISCUTINDO
A seguir, vamos discutir a respeito das duas atividades que você resolveu na seção Mão
MÃO NA MASSA na massa.
Inicialmente, é necessário calcular a quantidade total de passageiros que vão viajar nos
ônibus escolares – 185 alunos e 11 professores:
185 + 11 = 196
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No dia a dia, nos deparamos com situações que podem ser resolvidas com o uso de di-
196 ÷ 7 = 28
ferentes estratégias. Algumas dessas estratégias requerem mais de um procedimento, como
foi visto nos problemas que estudamos neste capítulo.
Logo, 28 passageiros vão viajar em cada ônibus.
Dessa maneira, aprendemos que, para solucionar alguns problemas, muitas vezes é
necessário utilizar mais de um raciocínio, o que pode envolver mais de uma operação, de
Atividade 2
adição, subtração, multiplicação ou divisão.
Veja como Mariana e Bruno pensaram para calcular a quantidade de pacotes de pão
de forma que será necessária comprar para preparar os sanduíches.
⊲ Mariana:
Pensei da seguinte RAIO X
Se são 27 alunos e cada um deve comer qua-
maneira:
tro sanduíches, posso fazer o seguinte cálculo:
1. João e seu familiares fazem parte da Associação de Catadores de Macapá. Eles
27 × 4 = 108 coletam latinhas e outros materiais para reciclagem.
Em uma semana, João e seus familiares conseguem coletar, em média, 6 700 la-
Assim, vamos precisar de 108 sanduíches para tinhas. Sabendo que, para formar um quilograma desse produto, são necessárias
alimentar a turma. aproximadamente 67 latinhas, responda às perguntas a seguir.
Se com cada pacote de pão de forma dá para montar 9 sanduíches, então posso usar a. Quantos quilogramas de latinha a família de João consegue coletar em uma se-
uma divisão para calcular o total de pacotes de pão de forma: mana? Se o valor do quilograma da latinhas é 6 reais, qual é o valor arrecadado
com a venda dessas latinhas?
108 ÷ 9 = 12
⊲ Bruno:
Pensei de uma Se cada um dos 27 alunos comer apenas um
maneira diferente: b. Em um mês, quantos reais a família de João ganha com a venda dessas latinhas?
sanduíche, podemos calcular a quantidade total de
pacotes fazendo:
27 ÷ 9 = 3
4 × 3 = 12
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122 5 o ANO
123 M AT E M ÁT I CA
ANOTAÇÕES
124 5 o ANO
1; 3.
HABILIDADE DO RCA
Reconhecer, nomear e comparar polígonos, considerando lados, vértices e ângulos, e desenhá-los, utilizando
EF05MA17
material de desenho ou tecnologias digitais.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Classificar triângulos em isósceles, equilátero e escaleno; identificar ângulos reto, agudo e obtuso; classificar
triângulos em acutângulo, retângulo e obtusângulo; distinguir polígonos e não polígonos.
• U NIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB). LEMAT-Unb. Solução das atividades com mosaicos. Brasília: UnB, [s.d.]. Disponível
em: https://mat.unb.br/lemat/wp-content/uploads/2015/09/06SOLUC%C3%83O-DAS-ATIVIDADES-COM-MOSAICOS.pdf.
Acesso em: 31 ago. 2021.
• UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB). LEMAT-Unb. Mosaicos. Brasília: UnB, [s.d.]. Disponível em: https://mat.unb.br/
lemat/wp-content/uploads/2015/09/06APRESENTACAO.pdf. Acesso em: 31 ago. 2021.
125 M AT E M ÁT I CA
UNIDADE 2
MÃO NA MASSA
FIGURAS PLANAS E 1. Faça o que se pede a seguir.
c. Analise cada um dos triângulos e escreva quantos lados iguais cada um deles tem.
1. Explorando o triângulo
W
Y
B C
triângulo e o triângulo .
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DISCUTINDO RAIO X
Observe as medidas dos triângulos da seção Mão na massa e pense em uma maneira Régua em mãos e vamos medir!
de separar esses triângulos em grupos, considerando os valores das medidas dos lados de
cada triângulo. G
A B
1. Agora, nas linhas abaixo, escreva o nome dos triângulos de cada grupo que você
criou e descreva as características comuns que você observou.
C
H I
M O
N E F
RETOMANDO P
S
Os triângulos podem ser classificados e nomeados de acordo com as medidas de
seus lados.
Q R V T
Isósceles Equilátero Escaleno
KYW PLK ORS
L K c. GHI é .
R
Y W d. MNO é .
⊲ Equilátero: todos os lados têm a mesma medida, como o triângulo PLK. e. PQR é .
⊲ Isósceles: apenas 2 lados têm a mesma medida, como o triângulo KYW.
⊲ Escaleno: todos os lados têm medidas diferentes, como o triângulo ORS. f. STV é .
106 5 ANO
o
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CONTEXTUALIZANDO Orientações
Neste momento, procure identificar potencialidades
Expectativas de resposta e fragilidades nas aprendizagens, reconhecendo tanto
1. a. Triângulo é uma figura geométrica plana que os conhecimentos prévios, bem como as lacunas de
possui três lados e três ângulos internos. aprendizagem que os alunos apresentam em relação
b. Os vértices do triângulo vermelho são A, B e C, aos triângulos, provocando reflexões e discussões sobre
e os vértices do triângulo verde são K, Y e W. seus elementos (lados e vértices).
c. ABC e KYW.
127 M AT E M ÁT I CA
128 5 o ANO
ANOTAÇÕES
129 M AT E M ÁT I CA
1. Analise os ângulos a seguir no que se refere à sua abertura. Verifique qual delas 1. Faça o que se pede a seguir.
é maior, menor ou igual às do ângulo reto. Em seguida, classifique os ângulos em
reto, ângulo agudo ou ângulo obtuso. a. Nomeie os vértices dos triângulos.
b. Com um transferidor, meça os três ângulos de cada triângulo e escreva as me-
a. didas obtidas.
c. Analise cada um dos triângulos e verifique se os ângulos são agudos, obtusos
ou retos.
b.
90°
c.
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DISCUTINDO RAIO X
Observe as medidas dos ângulos dos triângulos da seção Mão na massa e pense em Este é meu veleiro. Eu curto tanto Matemática que coloquei o nome dele de TriÂngulos.
uma maneira de separar esses triângulos em grupos, considerando os valores das medidas
dos ângulos de cada triângulo. 1. Meça os ângulos dos triângulos e classifique-os quanto às medidas dos ângulos.
1. Agora, utilize as linhas abaixo para escrever o nome dos triângulos de cada grupo
que você criou e descrever as características comuns entre eles.
RETOMANDO TriÂngulos
A S
 Ŝ
J
Ĵ
Ê E
G
Ĝ
a. A embarcação tem o formato de um triângulo com um ângulo . Logo,
Ĉ
C é um triângulo .
Û
H Ĥ Î I U
b. A vela tem o formato de um triângulo com um ângulo .
⊲ Retângulo: tem um ângulo reto, como o triângulo ACE (Â mede 90º). Logo, é um triângulo .
⊲ Obtusângulo: tem um ângulo obtuso, como o triângulo GHI (Ĝ mede mais que 90º).
⊲ c. O leme tem o formato de um triângulo com os três ângulos .
Acutângulo: tem três ângulos agudos, como o triângulo JSU (Ŝ, Ĵ e Û medem menos
que 90º). Logo, é um triângulo .
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131 M AT E M ÁT I CA
132 5 o ANO
ANOTAÇÕES
133 M AT E M ÁT I CA
Ei! Finalmente
1. Construam um jogo da memória para brincar na escola. Para construir esse jogo,
encontrei o meu par! vocês vão precisar de uma folha de cartolina, lápis, borracha, lápis de cor, caneti-
nha, régua e transferidor.
Você está falando
Claro! Você é muito comigo?! Jogo da Memória de Triângulos
parecido comigo! Atente que são seis tópicos, o que significa que o jogo terá, ao todo, 12 peças. Desse
Tem dois lados
iguais, é isósceles. modo, prepare seis pares de peças e siga as orientações a seguir.
1. O que caracteriza um triângulo: Desenhe aqui Escreva aqui o conceito de Triângulo Acutângulo
um Triângulo
a. isósceles? Acutângulo
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DISCUTINDO RAIO X
1. Com base nas propriedades e nas classificações dos triângulos, vamos refletir Adivinhando triângulos!
sobre as seguintes situações:
A
Ŝ
 Eu sou o ABC, tenho um
Ĵ ângulo de 40° e dois lados
de mesma medida.
Û Ô
Ĝ
c. Por que não é possível obter as medidas dos ângulos do triângulo escaleno? 1. Atente à apresentação de cada um dos triângulos para classificá-los.
a. Sou o DEF e tenho um ângulo de 60º e outro de 70º. Em relação à medida dos
meus ângulos, sou .
b. Sou o GHI e tenho um ângulo de 30º e outro de 20º. Em relação à medida dos
RETOMANDO
meus ângulos, sou .
Vamos relembrar algumas características dos triângulos! c. Sou o JKL e tenho dois ângulos de 60º cada um. Em relação à medida dos
⊲ Todo triângulo equilátero tem os três ângulos de mesma medida (60º).
meus ângulos, sou . Em relação à me-
⊲ Todo triângulo equilátero é isósceles.
⊲ Todo triângulo isósceles tem dois ângulos de mesma medida. dida dos meus lados, sou .
d. Sou o MNO, tenho um ângulo de 110º e dois lados de mesma medida. Em rela-
E quanto à classificação dos triângulos: ção à medida dos meus ângulos, sou .
Em relação à medida dos meus lados, sou .
Quanto à medida dos lados: Quanto à medida dos ângulos:
⊲ equilátero – três lados de mesma medida; ⊲ acutângulo – três ângulos agudos; e. Sou o PQR, tenho um ângulo reto e os outros dois ângulos medem 30º e 60º.
⊲ isósceles – dois lados de mesma medida; ⊲ retângulo – um ângulo reto; Em relação à medida dos meus ângulos, sou .
⊲ escaleno – três lados de medidas diferentes. ⊲ obtusângulo – um ângulo obtuso.
Em relação à medida dos meus lados, sou .
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5 o ANO
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CONTEXTUALIZANDO
MÃO NA MASSA
Expectativas de resposta
1. a. Tem dois lados iguais. Expectativas de resposta
b. Tem três lados iguais. 1. O aluno deve buscar parceiros para a constru-
c. Tem três lados diferentes. ção de um jogo da memória de 12 peças, cujos
conteúdos e desenhos são construídos por eles
mesmos, com base em seus conhecimentos sobre
Orientações
classificação de triângulos quanto à medida dos
Neste momento, procure identificar potencialida-
lados e quanto à medida dos ângulos.
des e fragilidades nas aprendizagens, reconhecendo
tanto os conhecimentos prévios, bem como lacunas de Orientações
aprendizagem que os alunos apresentam em relação Organize a turma em duplas ou trios e explique
aos conceitos envolvendo classificação de triângulos que farão uma atividade em que as ideias deverão
quanto às medidas dos lados. ser compartilhadas. Em seguida, observe os alunos
Realize discussões e reflexões acerca das proprieda- confeccionando o jogo. Deixe que discutam suas ideias
des gerais do triângulo, já estudadas, como: quantidade enquanto verificam as maneiras de organizá-lo e, as-
de vértices, lados e ângulos, e as classificações quanto sim, possam levantar hipóteses e analisar diferentes
à medida dos lados. estratégias, sistematizando seus conhecimentos.
135 M AT E M ÁT I CA
136 5 o ANO
Sabemos que o polígono é uma figura geométrica plana, fechada, formada por segmen- 1. Imagine a fachada de uma casa ou de um prédio qualquer. Siga as orientações a
tos de reta. seguir para desenhar essa fachada.
1. Abaixo, há figuras planas que são polígonos e outras que não são. Identifique e a. Primeiro, desenhe no espaço indicado a casa ou o prédio que você imaginou, de
contorne as figuras planas que são polígonos. modo bem detalhado, isto é, caprichando nos detalhes.
b. Depois, identifique os polígonos e não polígonos, e desenhe o polígono ou não
polígono identificado nos espaços indicados à figura isolada.
Não polígonos
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DISCUTINDO RAIO X
2. A professora do quinto ano pediu aos alunos que identificassem se as figuras são Polígono: é ou não é?
ou não polígonos. Observe as respostas dadas e diga se elas estão corretas.
1. Considere as oito figuras abaixo e seus conhecimentos sobre polígonos para
preencher o quadro.
1 2 3 4
a. A figura azul é um polígono que tem quatro lados, não são todos iguais, são
iguais dois a dois. Ela também tem quatro ângulos retos.
c. A figura alaranjada não é um polígono. Alguns lados são formados por segmen-
tos de reta.
1
RETOMANDO
2
Polígonos são figuras geométricas planas e compostas de linhas fechadas, formadas
apenas por segmentos de reta.
3
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CONTEXTUALIZANDO Orientações
Neste momento, procure identificar potencialida-
Expectativas de resposta des e fragilidades nas aprendizagens, reconhecendo
1. tanto os conhecimentos prévios como as lacunas de
aprendizagem que os alunos apresentam em relação
aos conceitos envolvendo as características de um
polígono, em vias de distingui-lo de um não polígono.
Durante a resolução da atividade, verifique como
investigam os dados e lidam com a análise de polígo-
nos e não polígonos. Promova discussões e reflexões
com foco nas características gerais dos polígonos. Faça
intervenções, ponderando as mais relevantes ao seu
contexto, no momento: O que é uma linha fechada pelos
138 5 o ANO
DISCUTINDO
Expectativas de resposta
1. a. A resposta está correta.
139 M AT E M ÁT I CA
140 5 o ANO
2; 3.
HABILIDADES DO RCA
Concluir, por meio de investigações, que a relação de igualdade existente entre dois membros permanece
ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir cada um desses membros por um mesmo número (incluindo a
EF05MA10
combinação dessas operações), para construir a noção de equivalência, em uma situação em que os dois
termos de uma igualdade mantêm a igualdade verdadeira.
Resolver e elaborar problemas (contextualizados ou não) cuja interpretação envolva conversão em sentença
EF05MA11
matemática que seja uma igualdade com uma operação em que um dos termos é desconhecido.
OBJETO DE CONHECIMENTO
UNIDADE TEMÁTICA
Álgebra.
• L ONGATO, S. Álgebra nos anos iniciais do EF: como significar seu desenvolvimento? Mathema, 8 jan. 2021. Disponível em:
https://mathema.com.br/artigos/algebra-nos-anos-iniciais-do-ef-como-significar-seu-desenvolvimento-com-os-estudantes/.
Acesso em: 30 jul. 2021.
141 M AT E M ÁT I CA
UNIDADE 3
MÃO NA MASSA
PROPRIEDADES DA
IGUALDADE E NOÇÃO 1. Duas amigas, Cidinha e Eliane, estão fazendo uma batalha de cozinheiras. No
desafio desta semana, elas vão fazer rocambole salgado. Os ingredientes devem
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DISCUTINDO RETOMANDO
RAIO X
160 + ? = 76 + 90
3. Escreva uma igualdade para representar as quantidades quando foi acrescentada
a porção de azeitonas na receita e a quantidade total de ingredientes foi alterada 160 + ? = 70 + 6 + 90
para 1 500 gramas.
160 + ? = 160 + 6
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5 o ANO
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143 M AT E M ÁT I CA
144 5 o ANO
145 M AT E M ÁT I CA
1. Joana estava resolvendo algumas contas no caderno quando percebeu que: 1. Três amigos foram passear de bicicleta em uma pista circular em frente ao aero-
porto de Macapá. Essa pista foi sinalizada por placas com distância de 130 metros
24 ÷ 4 = 6 2×3=6 uma da outra.
24 ÷ 4 = 2 × 3 = 6
7 × 5 5 × 4
100 ÷ 5
b. Por quantas placas de sinalização Miguel passou? Qual foi a distância que ele
percorreu?
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DISCUTINDO RAIO X
Vamos estabelecer algumas relações? 2. Uma caixa contém 3 pacotes de livros.
RETOMANDO
Neste capítulo, vimos que uma igualdade não se altera ao multiplicar ou dividir seus
dois membros por um mesmo número.
1. Escreva ou sistematize os principais aprendizados deste capítulo e, se possível, d. Escreva uma igualdade que represente a quantidade de livros que Ana leu.
elabore exemplos.
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5 o ANO
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147 M AT E M ÁT I CA
RAIO X
DISCUTINDO
Expectativas de resposta
Expectativas de resposta 1. a. Na caixa há 48 livros.
1. 130 × 12 × 1 = 1 560 b. Ana leu 24 livros.
130 × 12 × 3 = 1 560 × 3 ou 130 × 12 × 3 = 4 680 ou c. 3 × 16 × 48
1 560 × 3 = 4 680 d. 3 × 16 ÷ 2 = 48 ÷ 2
148 5 o ANO
ANOTAÇÕES
149 M AT E M ÁT I CA
1. Marcelo e Ana estão organizando uma gincana e pretendem formar equipes com 1. Marcos e Daniel estão comprando brinquedos para distribuir para as crianças em
os 36 colegas de classe que participarão. uma campanha de Natal solidário. Marcos comprou algumas caixas com 20 brin-
quedos cada. Daniel encontrou uma promoção de 5 caixas com 12 brinquedos em
Podemos, sim! As duas cada e resolveu levar o dobro dessa quantidade.
Será que podemos maneiras para formar as
formar 2 equipes com equipes estão corretas, pois:
18 colegas ou 3 equipes a. É possível calcular quantas caixas de brinquedos Marcos comprou, sabendo
2 × 18 = 36 e 3 × 12 = 36
com 12 colegas? que ele comprou a mesma quantidade de brinquedos que Daniel?
Logo, 2 × 18 = 3 × 12 = 36.
Existem outras maneiras de formar equipes com essa turma, sabendo que as equipes
devem ter a mesma quantidade de pessoas? Se a resposta for sim, escreva como seriam es-
sas equipes.
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DISCUTINDO RAIO X
1. Vamos estabelecer algumas relações? 1. Uma doceria está promovendo uma degustação saudável e produziu 48 doces de
cada tipo de fruta; em seguida, os colocou em embalagens diferentes.
a. Que estratégia você utilizou para descobrir a quantidade de caixas que Marcos
comprou? Escreva uma igualdade para representar essa situação. Veja no quadro a quantidade de doces de cada tipo em cada embalagem:
Manga 12
Açai 8
Zoe Go / EyeEm/Getty Images
RETOMANDO
Neste capítulo, recordamos que duas multiplicações são equivalentes quando têm o b. Se, na próxima degustação, for produzido o quádruplo da quantidade de cada
mesmo produto e podem constituir uma igualdade. tipo de doce e forem mantidas as mesmas embalagens, quantas embalagens
As multiplicações 5 × 12 e 6 × 10 resultam no mesmo valor: 60. Então, concluímos que serão utilizadas? Escreva uma igualdade que represente essa situação.
são equivalentes. Logo:
5 × 12 = 6 × 10
Também relembramos que podemos multiplicar o mesmo valor nos dois membros da
igualdade e, assim, mantemos a ideia de equivalência.
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5 o ANO
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151 M AT E M ÁT I CA
152 5 o ANO
153 M AT E M ÁT I CA
1. João foi com sua mãe ao supermercado. Chegando lá, ele pegou um panfleto de 1. A E.M.E.F. Elita Nunes Melo quer levar todos os alunos dos 4° e 5° anos para visitar
promoção: uma exposição de Arte. As turmas do 5° ano totalizam 336 alunos, já as turmas do
4° ano têm a metade dessa quantidade. Pensando nisso, o coordenador da escola
consultou uma empresa especializada em transportes escolares.
Kit Leite Gostoso
Veja, no quadro a seguir, informações sobre o tipo de transporte e a lotação máxima
por veículo:
26 REAIS
Veículo Quantidade de passageiros
Ônibus 42
6 caixas de leite (3 reais cada)
4 achocolatados (2 reais cada) Van 14
b. Como você calculou o valor da compra da mãe de João? a. Se o coordenador escolher o ônibus como meio de transporte, quantos serão
contratados? Caso seja escolhida a van como meio de transporte, quantas serão
contratadas?
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DISCUTINDO RAIO X
1. Vamos discutir os resultados obtidos na atividade da seção Mão na massa e esta- 1. Carla foi à Feira do Produtor e verificou que 2 melancias e 4 mangas custam 30 reais.
belecer algumas relações?
DircinhaSW/Moment/Getty images
Nesta aula, relembramos que, em uma igualdade, os termos devem ser equivalentes,
2. Escreva no espaço a seguir como você esquematizou seu pensamento e escreva as
ou seja, as operações em cada membro da igualdade deve resultar no mesmo valor.
igualdades para cada situação.
Vimos também que uma igualdade não se altera ao dividir seus dois membros por um
mesmo número diferente de zero.
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5 o ANO
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CONTEXTUALIZANDO Orientações
Retome alguns conceitos importantes sobre a ideia
Expectativas de resposta de equivalência nas igualdades e busque construir sig-
nificado para a situação apresentada. Veja se os alunos
1. a. 13 reais.
compreenderam o que acontece quando multiplicamos
b. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos perce- ou dividimos os dois membros de uma igualdade por um
bam que metade do kit não custa metade do valor mesmo número. Busque informações junto à turma sobre
do kit fora da promoção. qual a familiaridade deles com igualdades de multiplicação
155 M AT E M ÁT I CA
DISCUTINDO
156 5 o ANO
• (EF05MA10) Concluir, por meio de investigações, que a relação de igualdade existente entre dois membros
permanece ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir cada um desses membros por um mesmo número
(incluindo a combinação dessas operações), para construir a noção de equivalência, em uma situação
em que os dois termos de uma igualdade mantêm a igualdade verdadeira.
• (EF05MA11) Resolver e elaborar problemas (contextualizados ou não) cuja interpretação envolva conversão
em sentença matemática que seja uma igualdade com uma operação em que um dos termos é desconhecido.
• (EF05MA-AP01) Resolver e elaborar expressões numéricas envolvendo as operações fundamentais de
adição, subtração, divisão e multiplicação com números racionais, contribuindo para o uso das linguagens
algébrica e algorítmica e suas relações.
( ) 5,0 ( ) 4,0 ( ) 3,0 ( ) 2,0 ( ) 1,0
Identifica as ope- Identifica as ope- Precisa de ajuda Identifica as ope- Precisa de aju-
rações, realiza cál- rações, mas realiza para identificar as rações, mas realiza da para identificar
culos corretamente, apenas parte dos operações, realiza apenas parte dos as operações, não
esquematiza suas es- cálculos corretamen- cálculos corretamen- cálculos correta- realiza cálculos,
tratégias e constrói te, esquematiza suas te ao identificá-las, mente e apresenta apresenta dificulda-
igualdades. estratégias e constrói esquematiza suas dificuldades em es- des em esquemati-
igualdades. estratégias e cons- quematizar e cons- zar estratégias e não
trói igualdades. truir igualdades. constrói igualdades.
157 M AT E M ÁT I CA
1; 2; 4.
HABILIDADE DO RCA
Resolver e elaborar problemas envolvendo medidas das grandezas comprimento, área, massa, tempo, temperatura
EF05MA19
e capacidade, recorrendo a transformações entre as unidades mais usuais em contextos socioculturais.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Medidas de comprimento e área: utilização de unidades convencionais e relações entre as unidades de medida mais
usuais.
UNIDADE TEMÁTICA
Grandezas e medidas.
158 5 o ANO
UNIDADE 4
TEMPO E MASSA tização do autismo. O professor de Matemática pegou o quebra-cabeça (símbolo do autismo),
que tem a forma de quadrado em papel (com 1 metro de lado), para trabalhar o significado
das cores e a medida de área da figura.
1. Medindo área
1. Jorge vai construir uma casa na comunidade do São João do Matapi. Ele já tem o
projeto definindo a medida da área de cada cômodo. Observe:
3m 2m
2m
Banheiro
Cozinha
3m
4m
2,5 m
Quarto
1. O professor usou uma trena e constatou que o mural tinha 3 metros de comprimen-
Sala
4m
to e 2 metros de largura.
Quarto
2,5 m
a. Você sabe o que significa o símbolo m² (metro quadrado) escrito na planta da casa
de Jorge?
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1. Marcinha é diretora da escola Nova Vida. Ela deseja colocar cerâmica em duas sa-
las de aula e no corredor de circulação, representadas na figura abaixo. O pedreiro
contratado para realizar a obra mediu as salas 1 e 2 e o corredor de circulação e
constatou que elas têm o formato retangular. Se Marcinha resolver comprar blocos
de piso no formato quadrado, de 1 metro de largura e 1 metro de comprimento (1 m2),
quantos blocos ela deverá comprar para realizar o serviço?
9m 9m
c. O papel usado como referência para medir o mural tem 1 m de cada lado.
Dizemos então que sua área mede 1 m². Qual é a medida do mural, em metros 4m
quadrados?
8m Área de 2m 8m
circulação
DISCUTINDO
No desenho do mural, você pôde utilizar 1 centímetro da régua para cada metro do
mural, por exemplo, estabelecendo a quantidade de espaços na largura e no comprimento.
Dessa maneira, o desenho fica proporcional ao que seria no tamanho real.
Você encontrou alguma dificuldade para determinar a quantidade de quadrados de
papel que caberia no mural?
RETOMANDO
Para calcular a medida da área de uma figura, como a do mural utilizada para o mês
de conscientização do autismo, basta multiplicar a medida do comprimento pela medida
da largura.
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159 M AT E M ÁT I CA
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160 5 o ANO
161 M AT E M ÁT I CA
Você sabia que, na cidade de Macapá, existe uma praça que tem dois lagos? 1. Sabendo que cada quadradinho representa 1 m², qual dos seguintes lagos tem a
maior medida de área? Faça uma estimativa e justifique sua resposta.
A Praça Floriano Peixoto, localizada na área central de Macapá, faz parte do contexto
histórico e cultural dessa cidade, bem como da história de vida das pessoas. Além de ser um Lago 1
local de lazer, ela também é utilizada como espaço para realização de eventos, programas e
projetos sociais. Um exemplo é a programação do Dia do Trabalhador, com realização de diver-
sas atividades, entre elas pescaria em sua maior lagoa, cuja área aproximada mede 4 047 m2.
Maksuel Martins
Lago 2
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DISCUTINDO RAIO X
Nas figuras irregulares, a malha quadriculada é muito importante, porque permite que
se contem o máximo e o mínimo da medida de área que a figura ocupa possibilitando esti-
mativas mais precisas.
Maksuel Martins
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5 o ANO
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163 M AT E M ÁT I CA
DISCUTINDO
Orientações
Promova a discussão com os alunos. Faça o ma-
peamento das estratégias utilizadas por eles e socia-
lize com os demais.
RETOMANDO
Orientações
Retome e, de preferência, deixe exposta na sala a
unidade de medida padrão de superfície. É importante
que os alunos compreendam o que ela significa.
Discuta sobre a possibilidade de os quadradinhos
da malha representarem outros valores que não ape-
nas o metro quadrado.
164 5 o ANO
ANOTAÇÕES
165 M AT E M ÁT I CA
GPS é uma sigla em inglês que significa Sistema de Posicionamento Global. O GPS
utiliza um satélite para mapear localização, de uma forma geral. Para localizar endereços, há
variados aplicativos que utilizam o GPS para facilitar a vida dos usuários e possibilitar, inclu-
sive, verificar a ocorrência de congestionamento e alteração de rota. Praticamente todos os
celulares e tablets já vêm equipados com essa tecnologia, além de muitos veículos. Quando
estamos perdidos no meio da cidade, basta uma rápida consulta a esse instrumento e, em
instantes, já conseguimos obter alternativas para chegar ao destino desejado.
⊲ Você acha que o GPS foi uma boa invenção? Por quê?
MÃO NA MASSA
b. Qual é a diferença de altura entre o Pico da Neblina e o Monte Everest, que tem
8 848 m de altura?
André Dib/Moment/Getty Images
Pico da Neblina.
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DISCUTINDO
fotoVoyager/E+/Getty Images
Lembre-se de que, para operar com dados referentes a medidas, como o de comprimen-
to, usado para estabelecer as diferentes alturas do Pico da Neblina, é necessário realizar a
conversão para a mesma unidade de medida de comprimento. Assim, convertendo 152 cm
em metros, ficaria 1,52 m.
RETOMANDO
⊲ Em 45,62 km temos 45 km e 620 m. 1. Qual é a diferença, em centímetros, entre as medidas da altura das pedras do
⊲ Em 132,8 m temos 132 m e 80 cm. Parque Arqueológico do Solstício e das pedras de Stonehenge?
RAIO X
Megalítico
São conjuntos de construções milenares feitas com toneladas de blocos de pedras. Elas
existem em diferentes partes do mundo, mas o que poucos sabem é que existe uma estrutu-
ra megalítica em terras amapaenses, na região de Calçoene. A estrutura, chamada Parque
Arqueológico do Solstício, é considerada uma construção autêntica do povo da Amazônia. As
pedras de granito, dispostas de modo circular, chegam a até 4 m de altura. Ele foi comparado
ao Stonehenge, na Inglaterra, que tem pedras de até 5,49 metros de altura.
Ricardo Azoury/Pulsar
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5 o ANO
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Orientações DISCUTINDO
Faça uma roda de conversa para tratar do tema. Traga
novas informações para adicionar à discussão. Os alu- Orientações
nos podem conhecer aplicativos como Waze ou Google Esta dica é importante porque os alunos podem
Maps, que fazem mapeamento de endereços, e essa é apresentar dificuldades ou mesmo não atentar para a
uma ótima oportunidade para ampliar as discussões. necessidade de conversão. Pode-se converter também
tudo em centímetros. Essa deve ser uma escolha de
cada aluno.
MÃO NA MASSA
167 M AT E M ÁT I CA
ANOTAÇÕES
168 5 o ANO
3; 4; 5; 7.
HABILIDADES DO RCA
Interpretar dados estatísticos apresentados em textos, tabelas e gráficos (colunas ou linhas), referentes a outras
EF05MA24 áreas do conhecimento ou a outros contextos, como saúde e trânsito, e produzir textos com o objetivo de sintetizar
conclusões.
Realizar pesquisa envolvendo variáveis categóricas e numéricas, organizar dados coletados por meio de tabelas,
EF05MA25 gráficos de colunas, pictóricos e de linhas, com e sem uso de tecnologias digitais, e apresentar texto escrito sobre
a finalidade da pesquisa e a síntese dos resultados.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Leitura, coleta, classificação, interpretação e representação de dados em tabelas de dupla entrada, gráfico de
colunas agrupadas, gráficos pictóricos e gráfico de linhas.
UNIDADE TEMÁTICA
Probabilidade e estatística.
• BRASIL. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Caderno 7 – Educação Estatística. Brasília, DF: MEC,
2014. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/obeducpacto/files/2019/08/Unidade-7-3.pdf. Acesso em: 13 nov. 2021.
• SALLA, Fernanda. Gráficos e tabelas para organizar informações. Nova Escola, 7 mar. 2018. Disponível em: https://
novaescola.org.br/conteudo/163/graficos-tabelas-organizar-informacoes. Acesso em: 21 set. 2021.
169 M AT E M ÁT I CA
UNIDADE 5
MÃO NA MASSA
TABELAS E GRÁFICOS Você gosta de ler? Vamos investigar um pouco mais seus hábitos de leitura e dos cole-
DIVERSOS gas. Para isso, responda às questões a seguir.
Agora que você já respondeu ao questionário, compartilhe suas respostas com o pro-
fessor e os colegas. Em seguida, após reunir as respostas da turma, organize as informações
em tabelas ou gráficos.
Sim
Resposta
Não
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3 ou mais livros
8
7 Manga 18
6
Cupuaçu 21
5
4 Açaí 33
3
2 Murici 12
1
Tapioca 15
0
Poemas Narrativas Textos Histórias em Outros
científicos quadrinhos
Fonte: Pesquisa realizada com os clientes da sorveteria.
Gênero textual
Fonte: Pesquisa realizada com alunos do 5º ano. a. Com base na tabela, represente os dados dessa pesquisa em um gráfico de
barras ou colunas.
Sabores mais votados
DISCUTINDO
150 5 ANO
o
151 M AT EM ÁT ICA
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5 o ANO
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CONTEXTUALIZANDO
MÃO NA MASSA
Expectativas de resposta
1. Espera-se que o aluno relembre as formas de tratar
Expectativas de resposta
dados, que podem ser organizados em tabelas
1. Resolução para exemplificar, pois é necessário
e/ou gráficos.
se adaptar às situações de cada turma, levando
2. Para representar as informações temos: gráfico
em conta a quantidade de alunos e as respostas
de barras e colunas (ou barras verticais), picto-
obtidas no questionário.
gramas e outros.
A leitura é um hábito prazeroso e divertido para você?
Orientações
Retome alguns conceitos importantes sobre a elabo-
ração e as etapas de pesquisa, relembrando as diferen- Sim
tes formas de tratar os dados de pesquisas estatísticas.
Discuta com a turma quais os procedimentos que devem
Não
ser feitos após o levantamento de dados de uma pes-
quisa e quais as ideias da turma em relação à organi-
zação dos dados obtidos. Faça questionamentos sobre 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Quantidade de alunos
situações de pesquisa já vivenciadas pelos alunos e as
formas de registro e síntese das informações realizadas. Fonte: Pesquisa realizada com alunos do 5º ano.
171 M AT E M ÁT I CA
10 quantitativa.
5
RAIO X
0
Poemas Narrativas Textos Histórias em Outros
científicos quadrinhos Expectativas de resposta
Gênero textual
1. Soluções que podem ser apresentadas pelos alunos.
Fonte: Pesquisa realizada com alunos do 5o ano.
30
Orientações
É o momento de promover discussões referen- 20
tes às estratégias apresentadas pelos alunos. Inicie
solicitando a eles que exponham suas resoluções. 10
composição de tabela de frequências das informações Fonte: Pesquisa realizada com os clientes da sorveteria.
172 5 o ANO
ANOTAÇÕES
173 M AT E M ÁT I CA
A turma do 5º ano da E.M.E.F. Vera Lúcia Pinon ficou impressionada com as informa- Vamos analisar as informações de alguns gráficos de setores.
ções de uma pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil sobre o desperdício de água Animais preferidos pelas crianças
potável no Brasil, que revelou que em Macapá cerca de 74% da água potável produzida é 20%
desperdiçada. Os alunos, então, resolveram sensibilizar sua comunidade sobre isso. Veja o 20% 10% 10%
cartaz que eles elaboraram. Cachorro
10% 10%
Cachorro
Gato 50%
OOdesperdício
desperdíciode
deágua
águana
nacidade
cidadede
deMacapá
Macapá
Gato 10% 50%
Peixe 10%
26%
Fonte: Alunos do 5º ano.
Água desperdiçada 3. A que conclusão você pode chegar após a leitura do gráfico? Explique.
Água consumida
Fonte: Instituto Trata Brasil. 4. Qual é a porcentagem de crianças que preferem gato e peixe? Faça uma compara-
ção dessa porcentagem com a porcentagem de preferência por cachorro.
Após a leitura do gráfico, responda às questões a seguir.
1. Você considera que o gráfico elaborado pela turma para apresentar a pesquisa foi
adequado? Por quê?
Para resolver as questões a seguir, observe o gráfico abaixo.
Votação da reforma da escola
Votação da reforma da escola
Votação da reforma da escola
Cobertura da quadra
2. O que representa o valor de 74% no gráfico? O que podemos fazer para diminuir 30%
de esportes
Cobertura da quadra
esse percentual? 30% 70% de esportes
Reforma do parquinho
70%
Reforma do parquinho
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Gato 10%
10% 50%
Gráficos de setores, circular e de pizza são maneiras de representar dados de uma pes-
Peixe 10% 10%
quisa. Cada setor ou espaço do gráfico corresponde a uma parte das informações coletadas.
30% 10%
Veja um exemplo abaixo. 10%
Meiode
Meio detransporte
transporte dos
dosprofessores
professores
10%
RAIO X
Apé Legenda
20%
Carro Olívia está elaborando um gráfico para resolver a atividade solicitada por seu profes-
50% sor sobre os estilos de filme favoritos da turma. Ela já construiu o círculo com setores, mas
Moto
esqueceu alguns elementos.
Transporte público
20%
Dados expressos
em porcentagem Fonte: Professores de escolas públicas e privadas.
Esse tipo de gráfico é muito utilizado para analisar informações, comparando cada con-
junto de dados com o total. Para isso, ele deve conter alguns elementos fundamentais, como
título, legenda e indicação das respectivas porcentagens de cada setor.
1. Observe o gráfico de Olívia e indique o que falta nele para que possa representar
1. Em quais situações podemos usar gráficos como este? as informações solicitadas pelo professor.
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175 M AT E M ÁT I CA
176 5 o ANO
16 ⊲ A partir do gráfico preelaborado, você pode fazer alterações nos rótulos e no título
14 da construção. A escala também poderá ser redimensionada de modo a colaborar
12
10 para a compreensão dos dados.
8
6
4
2
0
DISCUTINDO
2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020
Ano
Vamos acompanhar o passo a passo da construção do gráfico de linhas proposto na
Fonte: Amazonia.org. seção Mão na massa?
De acordo com o gráfico, responda às questões a seguir. 1. Transpor os dados da tabela para o edi- 2. Utilizar as ferramentas de construção
tor de planilha eletrônica. gráfica disponíveis no editor de planilhas.
1. Em quais anos ocorreram a maior e a menor área desmatada? 2º Clicar em
inserir gráfico 3º Selecionar
gráfico de linhas
Média de idade 45,5 48,0 52,5 57,6 62,5 66,9 73,9 75,2 76,3 76,6 76,9
título, legenda, linhas de
grade e rótulos de dados.
Estilo de Gráfico
Veja algumas dicas para utilizar planilhas eletrônicas e construir gráficos de linhas.
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1. Represente em uma tabela os dados da pesquisa feita pela turma de Gael sobre
RETOMANDO temperatura.
Neste capítulo, trabalhamos com representações gráficas dos dados na forma de grá-
fico de linhas. Os gráficos de linhas representam uma série de dados, ligados por uma linha
que mostra a frequência de valores, tendências ou alterações. Esses gráficos são utilizados
para representar grandes quantidades de dados que ocorrem em um determinado período.
Desmatamento na Amazônia
16
14
Área de desmatamento em mil km2
12
10
0
2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2. Usando a tabela da atividade anterior, represente os dados em um gráfico de linhas
Ano no espaço a seguir.
Fonte: Amazonia.org.
Assim como as outras representações gráficas, esse tipo de gráfico também tem ele-
mentos importantes que auxiliam na identificação e compreensão da informação: título do
gráfico, títulos dos eixos fonte, valores e legenda.
RAIO X
⊲ Segunda-feira: 28 ºC
⊲ Terça-feira: 25 ºC
⊲ Quarta-feira: 25 ºC
⊲ Quinta-feira: 22 ºC
⊲ Sexta-feira: 26 ºC
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178 5 o ANO
MÃO NA MASSA
RAIO X
Orientações
Organize a turma em duplas ou trios para que dis- Expectativas de resposta
cutam juntos. Nessa atividade será possível observar Com base no que aprenderam na seção Retomando,
como os alunos articulam seus conhecimentos e ex- os alunos devem construir uma tabela com os dados
ploram planilhas eletrônicas para construir gráficos da pesquisa. De posse da tabela, devem criar um
de linhas. Neste processo, discuta algumas questões gráfico de linhas, com o uso de planilha ou ma-
com os alunos: Quais são as etapas de construção de nualmente, sobre as temperaturas em cinco dias
um gráfico utilizando planilhas eletrônicas? Poderíamos de certa semana, sempre às nove horas da manhã.
representar esses dados por meio de outras represen-
tações gráficas? Temperatura registrada pelos alunos durante
Caso não seja possível utilizar um computador para cinco dias, às nove horas da manhã
mostrar as etapas de criação de gráfico utilizando a Dia da semana Temperatura (ºC)
planilha eletrônica, faça a etapa em um vídeo gravando
o passo a passo. Segunda-feira 28
Terça-feira 25
DISCUTINDO Quarta-feira 25
Quarta-feira 22
Orientações
Sexta-feira 26
É o momento de promover discussões referentes às
etapas de construção de um gráfico de linhas com o Fonte: Pesquisa dos alunos do 5º ano.
uso de recursos tecnológicos. Inicie solicitando à turma
que exponha suas impressões.
Durante o desenvolvimento da atividade e da apre- Temperatura registrada em cinco dias,
sentação das conclusões, peça que observem alguns às nove horas da manhã
elementos que devem ser comuns a todos os gráficos
28
Temperatura (°C)
179 M AT E M ÁT I CA
181 H I STÓ R I A
POVOS E CULTURAS
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC
1; 6; 10.
HABILIDADES DO RCA
EF05HI01 Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.
Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou
EF05HI02
de outras formas de ordenação social.
Identificar os processos de produção, hierarquização e difusão dos marcos de memória e discutir a presença
EF05HI07
e/ou a ausência de diferentes grupos que compõem a sociedade na nomeação desses marcos de memória.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
O que forma um povo: do nomadismo aos primeiros povos sedentarizados; as formas de organização social e
política; a noção de Estado; as tradições orais e a valorização da memória; o surgimento da escrita e a noção de
fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias.
UNIDADE TEMÁTICA
• A RQUEÓLOGOS estudam a transição da vida nômade para o sedentarismo. Jornal da USP, 25 maio 2017. Disponível
em: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-exatas-e-da-terra/arqueologos-estudam-a-transicao-da-vida-nomade-para-
o-sedentarismo/. Acesso em: 10 nov. 2021.
• BRINCADEIRAS. Povos Indígenas no Brasil Mirim. Disponível em: https://mirim.org/pt-br/como-vivem/brincadeiras.
Acesso em: 23 out. 2021.
• BRINQUEDOS indígenas: conheça, aprenda como usar e onde comprar. Solo Infantil. Disponível em: https://soloinfantil.
com/brinquedos/brinquedos-indigenas/. Acesso em: 23 out. 2021.
• HISTÓRIA da Humanidade/As Civilizações dos Grandes Rios. Wikilivros, [s. d.]. Disponível em: https://pt.wikibooks.org/
wiki/Hist%C3%B3ria_da_Humanidade/As_Civiliza%C3%A7%C3%B5es_dos_Grandes_Rios. Acesso em: 18 dez. 2018.
• LUNA, Suely. Sobre as origens da agricultura e da cerâmica pré-histórica no Brasil. CLIO. Série Arqueológica (UFPE),
Recife, v. 1, n. 16, p. 67-78, 2003. Disponível em: https://www3.ufpe.br/clioarq/images/documentos/2003-N16/2003a4.pdf.
Acesso em: 27 ago. 2021.
• MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo: do Neolítico à crise contemporânea.
Trad. Cláudia F. Falluh Balduíno Ferreira. São Paulo: Unesp; Brasília/DF: NEAD, 2010.
• RIOS. Visite o Brasil. Disponível em: https://www.visiteobrasil.com.br/norte/amapa/belezas-naturais/conheca/rios.
Acesso em: 23 out. 2021.
• SANTOS, A. B.; NASCIMENTO, F. S. Transformações ocorridas ao longo da evolução da atividade agrícola: algumas
considerações. Enciclopédia Biosfera, v. 5, p. 1-9, 2009. Disponível em: https://pt.wikibooks.org/wiki/Hist%C3%B3ria_
da_Humanidade/As_Civiliza%C3%A7%C3%B5es_dos_Grandes_Rios. Acesso em: 27 ago. 2021.
182 5 o ANO
UNIDADE 1
B
Agricultor de produtos
1. Plantar, cuidar e colher orgânicos.
a. O que é possível observar na imagem? 3. Você acha possível um povo praticar a agricultura e, ao mesmo tempo, estar sem-
pre em migração? Converse com os colegas e o professor e registre suas conclu-
sões abaixo.
b. Você acha possível viver sem moradia fixa? Mencione uma dificuldade que você
teria se vivesse desse modo.
c. Você conhece outro povo que vive sem se fixar em único lugar? Qual?
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PRATICANDO RETOMANDO
Leia o texto a seguir. 1. Considerando o que você estudou, responda:
É possível afirmar que a mudança do estilo de vida nômade para o sedentário ocorreu
Os seres humanos que viveram há milhares de anos eram nômades, isto é, deslo- com todos os povos do planeta, fazendo com que o nomadismo desaparecesse por comple-
cavam-se em vastos territórios procurando pelos melhores meios de sobrevivência. Não to? Justifique sua resposta.
vivendo em um lugar fixo, os grupos humanos aproveitavam uma região até que esta es-
tivesse com os recursos naturais esgotados e, então, se mudavam para outra área. Mas
2. Leia o texto.
nem sempre as ocupações ocorriam até o esgotamento dos recursos. Há grupos, por
exemplo, que vivam um nomadismo cíclico, ocupando áreas em determinadas épocas do
ano e retornando a elas depois de um tempo.
Foi no período Neolítico, aproximadamente em 8 000 a.C., que a temperatura do Os primeiros habitantes da Amazônia
planeta Terra aumentou e o derretimento do gelo que cobria o solo permitiu o crescimen- [...] A hipótese mais aceita atualmente entre os historiadores é a de que o ho-
to da vegetação em diversas áreas antes permanentemente congeladas. mem chegou às Américas há mais de 20 mil anos pelo estreito de Bering. Essa
Essa mudança climática favoreceu o desenvolvimento de sementes de frutas e de conexão terrestre estava exposta durante as últimas glaciações (100.000 –
cereais que viraram brotos nas áreas onde nossos antepassados despejavam restos de 10.000), quando o nível do mar era mais baixo. Isso permitiu a travessia a pé
alimentos. Essa observação possibilitou o controle e o cultivo das plantas. de populações por uma ponte natural ligando o continente asiático à América
O cultivo de plantas fez com que os grupos desenvolvessem técnicas agrícolas do Norte.
e ferramentas mais elaboradas, feitas de pedras e de metais. A necessidade de arma- O período pré-colombiano (ou seja, antes da chegada de Cristovão Colombo
zenar os produtos colhidos e as sementes fez com que esses grupos começassem a às Américas, em 1492) divide-se em três fases: paleoindígena, arcaica e pré-
fazer cestos de palha e vasilhas de barro, que deram origem à cerâmica (uma técnica -histórica tardia.
especial de queima do barro moldado que tornava os utensílios mais resistentes). Na FASE PALEOINDÍGENA, a população era pouco numerosa, dispersa, nô-
Todas essas mudanças contribuíram para que os grupos humanos tivessem aces-
made e estava baseada na coleta de frutas e moluscos, na pesca e na caça.
so a mais alimentos e para que fixassem moradia em uma região, uma vez que não
Acredita-se que a ocupação paleoindígena da Amazônia tenha ocorrido por
precisavam mais sair à procura de alimentos com tanta frequência e precisavam se de-
volta de 11,2 mil anos.
dicar ao cuidado das plantações. Afinal, é necessário plantar, regar e cuidar para que
os animais fiquem longe das plantas para que fosse possível fazer as colheitas. Na FASE ARCAICA, por volta de 8 mil a 3 mil anos, as populações indígenas
estabelecidas ao longo do rio Amazonas começaram a fabricar cerâmica. As
Texto produzido especialmente para esta obra.
técnicas utilizadas para decorar as peças de cerâmica eram as de pintura e
incisão. Algumas dessas peças apresentavam figuras geométricas nas cores
vermelha e branca. [...]
1. Leia as sentenças a seguir e assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para No início da FASE PRÉ-HISTÓRIA TARDIA (3 mil anos a mil anos), desenvolvem-
as falsas. -se as culturas dos construtores de aterros artificiais em áreas inundáveis (te-
sos) na Amazônia. Em seguida, aparecem sociedades ainda mais complexas e
( ) Os primeiros grupos humanos eram nômades, sobreviviam da caça e da coleta hierarquizadas que fabricavam um tipo de cerâmica muito refinado. Diversas
e, por isso, se deslocavam frequentemente pelo território. culturas são destacáveis pela qualidade artística de suas produções, tais como:
( ) A descoberta da agricultura não apresenta relevância para as sociedades Cunani, Maracá, Miraranguera e as culturas de Marajó e de Santarém [...].
atuais, já que hoje temos os alimentos industrializados. IAMAZON. A floresta habitada: história da ocupação humana na Amazônia. Imazon, 3 set. 2015. Disponível em:
( ) Com a descoberta da agricultura, os grupos humanos não dependiam mais ape- https://imazon.org.br/a-floresta-habitada-historia-da-ocupacao-humana-na-amazonia/. Acesso em: 10 out. 2021.
nas da coleta e podiam cultivar os alimentos necessários para sua sobrevivência.
( ) Os seres humanos sempre conheceram a agricultura.
( ) É possível plantar e ter um estilo de vida integralmente nômade. ⊲ Fontes históricas são os vestígios do passado que resistem ao tempo e possibilitam
( ) Os povos caçadores-coletores são nômades. ao historiador investigar outras épocas.
( ) Não existem povos nômades na atualidade. Mencione uma fonte histórica, citada no texto, que permite aos historiadores conhe-
( ) Os povos que habitam as cidades não são nômades, mas, sim, sedentários. cerem a cultura dos primeiros povos da Amazônia.
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184 5 o ANO
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186 5 o ANO
1. Observe a imagem e leia o texto a seguir. Leia os textos com os colegas, re�itam e, depois, troquem ideias sobre eles.
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Vamos brincar!
5. Escreva alguns nomes de povos indígenas que vivem no estado do Amapá. Se ne-
cessário, realize uma pesquisa.
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188 5 o ANO
Orientações RETOMANDO
Nesta etapa, os alunos vão conhecer a dinâmica de
ocupação do território pelos primeiros ocupantes do Expectativas de resposta
Brasil. Peça a eles que façam a leitura do texto sobre 1. Resposta pessoal.
os modos de ocupar o território. Estabeleça a melhor
estratégia de leitura de acordo com o perfil da turma: Orientações
leitura individual, em voz alta, em pequenos grupos ou Converse com os alunos sobre o brinquedo indígena
em um grande grupo, e auxilie-os com o vocabulário. É apresentado no Livro do Aluno e sobre o grupo indígena
um bom momento para fazer uso do dicionário. Galibi do Oiapoque. Questione-os se já conhecem e
Após a leitura, os alunos devem responder às per- sabem brincar com o pião dos Galibi.
guntas sobre o texto. Circule pela sala de aula e Cite outros brinquedos e brincadeiras indígenas e
auxilie-os para que todos compreendam que houve diga aos alunos que a pesquisa pode ser realizada com
mudanças no modo de vida dos povos indígenas tendo conversas com outras pessoas ou na internet.
em vista o contato com os não indígenas, mas também
permanências, uma vez que parte dos povos indígenas Nas últimas décadas, em novos cenários políticos,
conseguiu preservar suas formas de interagir com o os movimentos sociais com diferentes atores con-
território, mesmo que de forma mais restrita. Retome quistaram e ocuparam seus espaços, reivindicando
a metáfora guarani da abertura da aula, explicando o reconhecimento e o respeito às socio diversidades.
189 H I STÓ R I A
ANOTAÇÕES
190 5 o ANO
O nome Mesopotâmia foi criado pelos antigos gregos para designar a “terra
O
entre rios”, pois a região se localizava entre os rios Tigre e Eufrates, que ga-
NIL
Egito:
Mesopotâmia:
Primeira
Catarata
b. A área do mapa pintada de rosa é chamada Crescente Fértil. Por que você acha
EGITO Antigo. In: WIKIPÉDIA. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Egito_pt.svg. Acesso em: 12 dez. 2021. que ela recebeu esse nome?
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As cidades sumérias também ficaram conhecidas por suas obras para o melhor apro-
veitamento dos rios: barragens, canais de irrigação, reservatórios etc. Alguns historiadores
afirmam que os sumérios foram responsáveis pela criação da roda.
O desenvolvimento das técnicas agrícolas e o crescimento das cidades levaram ao
desenvolvimento do comércio. A necessidade de registrar as atividades como as colheitas e
acordos comerciais estimulou a criação de uma das primeiras formas de escrita da humani-
dade, conhecida como escrita cuneiforme.
O desenvolvimento da agricultura, as construções de templos e o desenvolvimento da
escrita fizeram do povo sumério uma civilização que nos deixou um importante legado cultural.
Escrita suméria
By Marie-Lan Nguyen (2009), CC BY 2.5
( ) A localização próxima aos rios favoreceu a fixação dos grupos em um território. 2. Por que esse rio é importante para os habitantes da região em que você vive?
( ) As cidades sumérias estavam localizadas entre os rios Tigre e Eufrates, no Egito.
( ) Os sumérios eram organizados em grupos nômades e tribais, mas dominavam
a agricultura.
( ) A escrita cuneiforme foi utilizada para registrar as atividades comerciais e
agrícolas.
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192 5 o ANO
193 H I STÓ R I A
ANOTAÇÕES
194 5 o ANO
CULTURAS E PODER
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC
1; 3; 10.
HABILIDADE DO RCA
Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou
EF05HI02
de outras formas de ordenação social.
OBJETO DE CONHECIMENTO
UNIDADE TEMÁTICA
• A NAIS do V REA e XIV REABANE: direitos diferenciados, conflitos e produção de conhecimentos. Maceió, 19 a 22 de
julho de 2015 / Siloé Soares de Amorim, coord. Maceió: EDUFAL, 2015. On line. Disponível em: https://evento.ufal.
br/anaisreaabanne/fotos/pgfoto10.php#:~:text=Hoje%20Igarap%C3%A9%20das%20Mulheres%20%C3%A9,dos%20
primeiros%20bairros%20do%20Estado. Acesso em: 27 set. 2021.
• BEZERRA, Juliana. Pólis grega. TodaMatéria, 2020. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/polis-grega/.
Acesso em: 27 set. 2021.
• FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Editora Contexto, 2018.
• SILVÉRIO, Valter Roberto. História geral da África. Brasília, DF: Unesco: MEC, 2013. Disponível em: https://unesdoc.
unesco.org/ark:/48223/pf0000227008?posInSet=88&queryId=b6e89f14-1984-495a-b2d1-544effee9d0a. Acesso em:
27 set. 2021.
• SOUSA, Rainer Gonçalves. Reino de Gana. História do mundo. Disponível em: https://www.historiadomundo.com.
br/idade-media/reino-de-gana.htm. Acesso em: 28 set. 2021.
• TORRES, Juan. Mais poderosa civilização da África por mais de 400 anos: o poderoso Reino de Gana. Aventuras
na História, 2021. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-o-que-foi-o-
reino-de-gana.phtml. Acesso em: 27 set. 2021.
195 H I STÓ R I A
UNIDADE 2
PRATICANDO
CULTURAS E PODER 1. Observe a fonte histórica. A partir de seus conhecimentos, identifique se as pesso-
as representadas possuíam hábitos nômades ou sedentários. Converse a respeito
com a turma.
Por Maler der Grabkammer des Menna - The Yorck Project (2002)
1. Poder nas cidades
1. A palavra “cidadania” surgiu de civitas, expressão em latim que quer dizer cidade.
Os antigos romanos foram os primeiros a utilizar esse termo tão antigo. Colheita no Egito Antigo,
aprox. 1550 a.C.-1295 a.C.
⊲ Para você, o que é cidadania?
⊲ Quem pode exercê-la? A organização das primeiras cidades
⊲ A cidade é um espaço onde podemos praticar a cidadania? Explique. A descoberta da agricultura pelos povos proporcionou mudanças em seu estilo de vida e
a relação de trocas de objetos entres grupos deram origem ao comércio. Assim, era necessário
2. Vamos entender um pouco mais sobre a cidadania atualmente. Com um colega, que houvesse líderes nas aldeias para administrar os recursos disponíveis. Em algumas comu-
leia o texto a seguir e identifique os direitos e deveres de um cidadão. nidades da Antiguidade, a liderança natural era exercida pelos mais velhos e sábios.
Além do desenvolvimento da agricultura, as técnicas de trabalho com metais, ouro, prata
É muito importante entender o que é cidadania. Trata-se de uma palavra usada todos os dias, com e bronze se desenvolveram com rapidez, e as pessoas se especializaram em trabalhos espe-
vários sentidos. [...] Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem cíficos, como joalheiria e metalurgia, e contribuíram para transformar as aldeias em cidades.
quiser sem constrangimento. [...] De praticar uma religião sem ser perseguido. As sociedades se tornaram maiores e com organização social mais complexa, e as pe-
Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal ver- quenas vilas cresceram em tamanho e em população. As primeiras cidades surgiram, de acor-
melho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comporta- do com as informações que temos até os dias de hoje, entre 3 500 e 3 000 a.C., no vale dos rios
mento está o respeito à coisa pública.
Nilo, no Egito, e Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia.
DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de papel – A infância, a adolescência e os Nas cidades, as pessoas passaram a ser classificadas de acordo com a sua função, incluin-
Direitos Humanos no Brasil. São Paulo: Ática, 1994. p. 22.
do os sacerdotes, os escribas, os mercadores, os artesãos, os soldados, os camponeses, os es-
cravizados domésticos e os estrangeiros. A divisão do trabalho e as desigualdades de riquezas
⊲ Agora preencha os espaços com exemplos:
entre os cidadãos criaram a necessidade de regras e de forças capazes de fazer cumprir as leis.
A liderança natural do grupo cedeu lugar ao governo de um só homem, geralmente o principal
Direitos do cidadão Deveres do cidadão administrador do templo ou um grande chefe guerreiro, surgindo assim a cidade-Estado.
Os gregos antigos se organizavam em cidades-Estado, chamadas de pólis. As mais co-
nhecidas foram Atenas e Esparta, que, durante séculos, tinham grande participação no comér-
cio no mar Egeu e em parte do mar Mediterrâneo, deixando como importante legado aspectos
filosóficos, políticos (democracia), jurídicos, militares e artísticos.
Esparta se desenvolveu com base em um formato de educação rígida e com bases milita-
res. A sociedade era oligárquica, ou seja, havia a concentração de terras nas mãos de poucos,
que eram os que tinham também acesso às decisões políticas. Já em Atenas, as instituições se
preocupavam em desenvolver, para aqueles que eram considerados cidadãos, um equilíbrio
entre mente e corpo e o debate filosófico. Embora também houvesse concentração de terras,
a democracia fez surgir a possibilidade de participação política entre os cidadãos comuns (ho-
mens, com pai e mãe atenienses).
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⊲ Domesticaram os camelos.
b. Pesquise e descubra as principais funções atuais dos poderes legislativo e judi-
⊲ Comercializavam ouro.
ciário em uma cidade.
⊲ Praticavam várias religiões.
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5 o ANO
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198 5 o ANO
Museu Imperial/Ibram/MinC
lítica. Poderiam, por exemplo, eleger seus próprios governantes.
A república é a forma de governo adotada até hoje no Brasil.
Monarquia
O cargo do monarca é vitalício (ou enquanto tiver condições de governar).
O Rei que está no poder não responde pelos atos políticos perante o povo que é governado.
A sucessão monárquica é hereditária, ou seja, é um dos descendentes do monarca que vai
assumir o trono.
República
O presidente da República exerce a sua função durante um mandato que tem a duração
Dom Pedro II, então imperador do Brasil, e a família imperial, em 1889. estipulada na constituição do país em questão (em muitos casos são 4 anos) [...].
Fonte: CUBAS, Marina Gama. Comparando a Monarquia e a República. Nova Escola.
Agora, converse com os colegas e faça uma descrição guiada sobre a imagem. Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/qEESbcuzDTdvCjPq9QBMHKY62Ru4
bpAcNsg9hXjBBfvzvma5jDPSAT8wBX9U/ef107set20box046-independencia-c3-download-2.pdf?utm_
source=nova-escola-box&utm_medium=botao&utm_campaign=download-pdf.
⊲ Como são as roupas das pessoas? Acesso em: 16 jul. 2021.
⊲ Como estava a expressão das pessoas?
⊲ Qual é a classe das pessoas retratadas?
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PRATICANDO RETOMANDO
1. Observe as bandeiras do Brasil em duas épocas históricas diferentes, durante a 1. Faça uma pesquisa e desenhe uma linha do tempo com o nome dos presidentes do
Monarquia e a bandeira adotada após a proclamação da República. Depois, com- Brasil e dos governadores do Amapá ao longo da história da república brasileira.
pare-as e aponte as semelhanças e diferenças existentes entre elas.
1889
Brasil Amapá
Creative Commons
Kypros/Moment/Getty Images
1890
1900
Nesses anos
o Amapá fazia
1910
parte do território
do Pará.
1920
1930
Semelhanças Diferenças
1940
1950
1960
1970
2. Se você fosse convocado a apresentar uma proposta de bandeira para o Brasil 1980
contemporâneo, como ela seria? Faça a seguir o registro de sua criação.
1990
2000
2010
2020
Hoje
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200 5 o ANO
201 H I STÓ R I A
1; 2.
HABILIDADES DO RCA
Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações
EF05GE01
entre migrações e condições de infraestrutura.
Entender os impactos causados pelos fluxos migratórios ao Estado do Amapá nos contextos ambiental, social,
EF05GE-AP01
econômico (ocupação de áreas de ressaca, desemprego e renda, disparidades sociais.
Compreender as dinâmicas social e econômica que possibilitam as transformações nas paisagens dos municípios
EF05GE-AP12
amapaenses.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Dinâmica populacional.
UNIDADE TEMÁTICA
• C AVALCANTI, L.; OLIVEIRA, T.; MACEDO, M. Imigração e Refúgio no Brasil. Relatório Anual 2020. Série Migrações.
Observatório das Migrações Internacionais. Ministério da Justiça e Segurança Pública/Conselho Nacional de Imigração
e Coordenação Geral de Imigração Laboral. Brasília, DF: OBMigra, 2020. Disponível em: https://portaldeimigracao.
mj.gov.br/images/dados/relatorio-anual/2020/OBMigra_RELAT%C3%93RIO_ANUAL_2020.pdf. Acesso em: 17 set. 2021.
• IBGE. Idade da população. IBGE Educa. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/criancas/brasil/2848-nosso-
povo/19623-idade-da-populacao.html. Acesso em: 17 set. 2021.
• IBGE. O que é Censo? Arquivo IBGEM, 11 fev. 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fR6sFLQg7OU.
Acesso em: 17 set. 2021.
• IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios: síntese de indicadores 2015. Rio de Janeiro: IBGE/Coordenação
de Trabalho e Rendimento. 2016. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98887.pdf. Acesso
em: 17 set. 2021.
• IBGE. População. IBGE Educa. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/criancas/brasil/2848-nosso-povo/19631-
caracteristicas-da-populacao.html. Acesso em: 17 set. 2021.
204 5 o ANO
UNIDADE 1
PRATICANDO
POPULAÇÃO: 1. Contar o número de alunos de algumas turmas da escola e conhecer um pouco da
CONTAR E CONHECER vida deles não é difícil. Mas e se a tarefa for quantificar o número de habitantes do
Amapá ou do Brasil? É um trabalho muito mais difícil, não é mesmo?
1. População amapaense
2. Em 2020, o Brasil tinha a sexta maior população absoluta mundial. Observe no
1. O começo do ano é um momento de expectativas e ansiedade, não é mesmo? quadro a seguir.
Quem serão os colegas de sala de aula? Quem será o professor? O que aprende-
remos de novo? Reflita sobre as questões a seguir.
Colocação País Total de habitantes em 2020
John Pacheco/G1
1a China 1 439 323 774
5a
Paquistão 220 892 331
2. Você acha importante o professor conhecer um pouco da vida dos alunos? Por quê? 3. Em trios, leiam o texto a seguir sobre o Censo Demográfico. Após a leitura, você e
os colegas deverão conversar sobre o que entenderam e explicar com uma frase
de até 12 palavras o que é o Censo Demográfico. Lembre-se: a frase deve fazer
sentido e conter as partes mais importantes do texto lido.
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Você sabe o que é o Censo? b. O Amapá é, relativamente, um estado muito ou pouco populoso? Explique.
[...]
O Censo Demográfico é realizado pelo IBGE para saber quantos somos, como somos e onde vivemos.
São coletadas informações em todos os domicílios de todos os municípios do Brasil. No Censo, são feitas
diversas perguntas sobre temas variados como educação, trabalho, deficiência, cor ou raça, características
dos domicílios, entre outras.
c. Qual é o município mais populoso do estado do Amapá?
Essa é a pesquisa mais abrangente do IBGE e gera informações para todos os municípios do Brasil.
O Censo serve para retratar o Brasil e, assim, contribuir para que melhores decisões possam ser tomadas
para o nosso país. [...] Afinal, um país que se conhece só tem a ganhar.
IBGE. Você sabe o que é o Censo? IBGE Educa. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/criancas/brasil/atualidades/
21056-o-ibge-esta-se-preparando-para-a-realizacao-do-censo-2020.html. Acesso em: 5 out. 2021.
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Mais de 100
95 a 99
90 a 94
85 a 89
80 a 84
75 a 79 Ce�te�ários co�ta� co�o é viver e e�vel�ecer e� Macapá;
70 a 74
65 a 69 capital co�e�ora 261 a�os
60 a 64
55 a 59 Relação com a cidade se mistura com a história de Isabel de Sena, Tia Zefa e Tio Biluca.
50 a 54
45 a 49
40 a 44 Juntos eles têm 316 anos de vida. Além disso, alimentam a paixão por Macapá, única capital bra-
35 a 39
30 a 34 sileira acima da Linha do Equador [...]. Isabel de Sena, Josefa Lina, a “Tia Zefa” e Benedito Lino da
25 a 29 Silva, o “Tio Biluca”, são centenários que escolheram a capital do meio do mundo para envelhecer,
20 a 24
15 a 19 ou melhor, viver.
10 a 14
5a9 [...]
0a4
Isabel da Sena completou 111 anos em junho de 2018. [...] “Eu gosto [de viver em Macapá]. Gosto
8 7 6 5 4 3 2 1 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8
de ficar olhando, às vezes meus netos me levam para passear. Gosto de passear, pegar um vento na
% %
beira. São 111 anos vivendo ainda aqui, fico feliz por isso, vivendo devagar...”, relatou a centenária.
IBGE. Censo 2010. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide. Ali pertinho, no bairro Laguinho, [...] vive o laguinhense Benedito Lino da Silva, o “Tio Biluca”, de
php?ano=2000&codigo=16&corhomem=88C2E6&cormulher=F9C189&wmaxbarra=180. Acesso em: 7 out. 2021.
103 anos.
Amapá: distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade (2010) [...]
Amapá: Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade (2010) O gosto por viver na capital de Biluca tem relação direta com o samba porque ele foi um dos fun-
Homens Anos Mulheres dadores da escola de samba Boêmios do Laguinho há mais de 60 anos.
DACOSTA MAPAS
Mais de 100 “Lá era só festa, samba, marabaixo, batuque. Gostava muito mesmo.
95 a 99
90 a 94 [...]
85 a 89
80 a 84 Ainda no bairro moreno da cidade, outra figura tradicional e histórica contou, e muito, sobre sua
75 a 79
70 a 74 relação com Macapá. Josefa Lina, a “Tia Zefa”, de 102 anos, é quase unanimidade quando o assunto é
65 a 69 história. Ela é uma das pioneiras da cultura local do marabaixo e batuque.
60 a 64
55 a 59 [...]
50 a 54
45 a 49 “Desejo muitas felicidades e que todos que tenham amor pela cidade sejam muito felizes. Quero
40 a 44
35 a 39 viver sempre em Macapá, daqui [Laguinho] para o Curiaú e do Curiaú para cá”, disse, brevemente, Zefa.
30 a 34 [...]
25 a 29
20 a 24 PACHECO, John. Centenários contam como é viver e envelhecer em Macapá: capital comemora 261 anos.
15 a 19 Relação com a cidade se mistura com a história de Isabel de Sena, Tia Zefa e Tio Biluca. G1, 4 fev. 2019. Disponível em:
10 a 14 https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2019/02/04/centenarios-contam-como-e-viver-e-envelhecer-em-macapa-capital-
5a9
0a4 comemora-261-anos.ghtml. Acesso em: 7 out. 2021.
8 7 6 5 4 3 2 1 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8
% %
IBGE. Censo 2010. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.
Diante dos depoimentos dos três centenários que escolheram a capital Macapá para vi-
php?ano=2010&codigo=16&corhomem=88C2E6&cormulher=F9C189&wmaxbarra=180. Acesso em: 7 out. 2021. ver, re�ita: o envelhecimento da população amapaense gera consequências para o estado?
Justifique sua resposta do espaço a seguir.
a. Descreva o que houve com a população entre 0 e 19 anos (jovens) e entre aque-
les acima de 50 anos (idosos) durante os períodos analisados.
b. Converse com os colegas e formule hipóteses sobre o que pode ter causado as
mudanças observadas.
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5 o ANO
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209 GEOGRAFIA
210 5 o ANO
Jorge Abreu/G1
Adneison Severiano/G1 AM
Mais de 160 mil pessoas que moram no Amapá nasceram no Pará, diz IBGE
Paraenses são 20% da população e maranhenses, 3,6%. Dados de migração são de 2015, última
pesquisa realizada pelo órgão sobre o tema.
A fisioterapeuta Silvia Tuani, de 33
Rogério Reis/Pulsar
anos, chegou ao Amapá faz 13 anos para
acompanhar o marido e acabou ficando.
Ela construiu lar, família e trabalha em
Macapá, de onde diz não pretender mais
sair. Silvia é uma das 160 mil pessoas que
deixaram o estado vizinho Pará, para mo-
rar em terras amapaenses.
Segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), os paraenses
são os principais responsáveis pelo movi-
Crianças vivem sem condição adequada de saúde, infraestrutura Venezuelanos são imigrantes que mais chegaram a Manaus (AM) mento migratório no estado, representan- Venda de pescado no mercado da Rampa de Santa Inês na
e educação. em 2017. do 20,76% dos moradores. Os amapaenses margem do Rio Amazonas, conhecido também por Rampa do
natos são maioria, 72,73% da população. Açaí, em Macapá (AP).
a. Por que as pessoas estão nessa situação? [...]
TORRINHA, Rita. Mais de 160 mil pessoas que moram no Amapá nasceram no Pará, diz IBGE. G1, 26 mar. 2018. Disponível em:
https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/mais-de-160-mil-pessoas-que-moram-no-amapa-nasceram-no-para-diz-ibge.ghtml.
Acesso em: 7 out. 2021.
c. Quais dificuldades poderão encontrar no novo lugar que escolheram para viver?
2. Observe os quadros e responda às questões a seguir. 3. Imagine uma pessoa que tenha de mudar de município. Que dificuldades você
acredita que ela encontraria em seu novo destino?
Migrantes por estado brasileiro (2010)
Número de migrantes Estado
3 149 520 São Paulo
1 425 170 Minas Gerais
958 602 Paraná
863 843 Bahia
843 259 Rio de Janeiro
RETOMANDO
165 980 Piauí
146 316 Sergipe
1. Leia o texto a seguir.
60 107 Amapá
45 032 Acre
44 500 Roraima
[...]
Delfim Martins/Pulsar
Fonte: IBGE. Cidades. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ap/pesquisa/23/24007?detalhes=true&tipo=ranking. A primeira grande onda de aumento populacional ma-
Acesso em: 7 out. 2021.
capaense foi em 1940 com a implantação de projetos de
exploração mineral na região. O processo tomou outras
Migrantes por município amapaense (2010) dimensões em decorrência da sua transformação de ter-
Número de migrantes Municípios ritório para unidade federativa em 1988 e com a criação
da área livre de comércio de Macapá e Santana. A grande
29 866 Macapá
onda migratória veio majoritariamente da população em
7 383 Santana busca de novas condições de vida vinda do Nordeste, da
4 573 Laranjal do Jari Amazônia e do Pará, fazendo com que na década de 1990,
3 280 Oiapoque a ocupação da cidade, especialmente para a população
mais pobre, tomasse formas dramáticas. Assim como no
3 118 Porto Grande
restante do Brasil, a supervalorização das terras nos cen-
764 Serra do Navio tros urbanos, que favorece os grandes grupos econômi-
560 Cutias cos atuantes no espaço, direciona a população da classe
532 Pracuúba Palafitas do Laranjal do Jari (AP). baixa e classe média baixa a procurar locais afastados do
447 Itaubal setor de serviços públicos e privados.
Estes migrantes, em sua maioria desprovidos de qualificação profissional, foram atraídos pela
354 Amapá
esperança de trabalho e melhores condições de vida, mas depararam-se com uma realidade com-
Fonte: IBGE. Cidades. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ap/macapa/pesquisa/23/24007?detalhes=true&tipo=ranking. pletamente diferente, ficando sem amparo, emprego e recursos financeiros, restando como alter-
Acesso em: 7 out. 2021. nativa de moradia a ocupação das áreas de ressaca, que são espaços desprovidos de infraestrutura
capaz de suprir as necessidades básicas de saúde e habitação da população. A respeito destas ocu-
a. Qual estado tem o maior número absoluto de migrantes? pações escrevem Ferreira e Uemura:
“Instalarem-se — não sem o apoio muitas vezes irresponsável dos próprios políticos — nas úni-
cas áreas onde, por lei, nem o Estado nem o mercado imobiliário podem atuar: as áreas de proteção
ambiental, beiras de córregos, mananciais, encostas de florestas protegidas foram pouco a pouco
sendo ocupadas, sob a benevolência do Estado e de toda a sociedade (Ferreira e Uemura, 2011, p. 16)”.
b. Comparado aos outros estados da tabela, o Amapá apresenta um número gran-
[...]
de ou pequeno de migrantes? CORREA, Ana Luiza; MORAES, Carolina. Outras formas de morar. Ocupações informais em áreas de ressaca em Macapá – AP. Outras
formas de morar, 1o dez. 2020. Disponível em: https://formasdemorar.escoladacidade.edu.br/2020/12/01/ocupacoes-informais-em-
areas-de-ressaca-em-macapa-ap/. Acesso em: 7 out. 2021.
c. Qual município amapaense apresenta o maior e o menor número de migrantes? Em grupo, reflita sobre o texto e anote, no caderno, suas conclusões sobre a migração
no estado do Amapá e a formação de áreas de ressaca.
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211 09/12/2021 13:57:53 GEOGRAFIA
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212 5 o ANO
Expectativas de resposta
2. a. São Paulo. RETOMANDO
b. O Amapá, quando comparado aos outros es-
tados brasileiros, apresenta pequeno número Expectativas de resposta
de migrantes. 1. Espera-se que, neste momento, os alunos enten-
c. Maior: Macapá. Menor: Amapá. Explique que há dam que as áreas de ressacas são formadas em
um município com o mesmo nome do estado. lugares de preservação ambiental, porém, com a
chegada de migrantes que não têm onde morar,
Orientações casas são construídas na região. Na maioria das
Faça a leitura dos quadros com os alunos e cer-
vezes, as moradias não têm saneamento básico,
tifique-se de que eles entenderam as informações
facilitando a proliferação de doenças e outras
apresentadas.
vulnerabilidade.
Expectativas de resposta Orientações
3. Espera-se que os alunos citem, entre outros fa-
A atividade da seção pode compor uma avaliação
tores, a falta de empregos e de moradia.
diagnóstica, já que sugere a reflexão e a síntese
Orientações do tema trabalhado. O texto é extenso e apresenta
Na atividade 3, conduza os alunos a refletir sobre alguns termos que podem ser desconhecidos dos
as consequências da migração, dos problemas que alunos, portanto, é importante realizar a leitura con-
os migrantes enfrentam quando mudam de estado junta com a turma e dar espaço para que perguntem
ou município, como falta de emprego e de moradia. o significado de eventuais trechos que não consigam
Neste momento, você pode abrir um espaço e comen- compreender. Explique que as pessoas habitam essas
tar sobre as áreas de ressaca do Amapá. Explique áreas vulneráveis não porque desejam, mas porque
que o termo “ressaca” significa “áreas encaixadas acabam têm dificuldades financeiras para residirem
em terrenos quaternários que se comportam como em áreas formais, onde o governo e o mercado imobi-
reservatórios naturais de água, caracterizado como liário atuam. É relevante, ainda, ter cuidado para que
um ecossistema complexo e distinto, sofrendo os efei- a abordagem não acabe marginalizando pessoas
tos das marés, por meio da rede formada de canais que residam nessas áreas, visto que é possível haver
e igarapés e ciclos sazonais da chuva” (PORTILHO, alunos que morem nelas.
213 GEOGRAFIA
DESIGUALDADE SOCIAL
1; 9; 10.
HABILIDADES DO RCA
Entender as diferentes formas de ocupação do espaço por diferentes grupos sociais e de suas manifestações
EF05GE-AP02
culturais nos seus territórios de vivência.
Debater acerca dos problemas e soluções dentro da comunidade e municípios do Estado do Amapá e
EF05GE-AP20
discutir as soluções apresentadas por órgãos federais, estaduais e municipais.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADE TEMÁTICA
214 5 o ANO
UNIDADE 2
PRATICANDO
DESIGUALDADE SOCIAL No Brasil, há muita diferença na condição de vida dos grupos sociais que compõem a
população. Por isso, dizemos que há grande desigualdade social e econômica no país. Há
pessoas que vivem em bairros com boa infraestrutura, enquanto outras vivem em bairros pre-
cários, como você viu nas imagens da página anterior.
Um dos elementos que revelam a desigualdade social no Brasil é a grande diferença
entre os salários dos trabalhadores.
1. O que é desigualdade? 1. Em duplas, analisem o gráfico a seguir com os dados sobre a diferença salarial por
escolaridade.
1. Observe as imagens a seguir.
Salário médio por escolaridade* no Brasil em 2019
1
Zig Koch/Natureza Brasileira
Total R$ 2.308
2
Ensino médio incompleto
R$ 1.368
Zig Koch/Pulsar
ou equivalente
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1. Realize um debate com os colegas sobre a seguinte questão: O que precisa ser fei-
to para que as desigualdades sociais sejam superadas ou, pelo menos, reduzidas
em nosso país?
e. Troque informações com os colegas e o professor sobre as diferenças entre os 2. Analise atentamente a charge a seguir.
salários dos diversos níveis de instrução da população. Anote nas linhas a se-
guir as conclusões a que chegaram sobre essas diferenças.
Arionauro
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216 5 o ANO
217 GEOGRAFIA
ANOTAÇÕES
218 5 o ANO
1. Observe com atenção as fotografias a seguir. De acordo com o IBGE, o número de pessoas em situação de pobreza aumentou. Sobre
esse assunto, leia um trecho da reportagem a seguir.
Maksuel Martins
Fabiana Figueiredo/G1
Palafitas no Amapá.
Maksuel Martins
Quase 46% da população do AP vive em situação de pobreza, diz IBGE; índice aumentou em 1 ano.
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3. A desigualdade social pode ser percebida em nosso dia a dia. Quando a população ⊲ Médio:
de um lugar tem uma expectativa de vida elevada, é alfabetizada e tem uma boa
renda, é possível dizer que nesse local há um alto desenvolvimento humano. Nos
lugares onde as condições de vida são precárias, dizemos que o desenvolvimento ⊲ Alto:
humano é baixo. Analise o mapa de desenvolvimento humano do Amapá e, depois,
responda.
Muito alto (nenhum município) Construir um estado mais justo, ou seja, menos desigual, é uma tarefa que exige esforço.
Alto (2 municípios)
Calçoene: 0,643 1. Analise a charge a seguir. Ela apresenta uma situação de desigualdade social.
Médio (11 municípios)
Arionauro
Baixo (3 municípios)
Tartarugalzinho: 0,592
Amapá: 0,642
Itaubal: 0,576
Ferreira Gomes: 0,656 Porto Grande: 0,640
Santana: 0,692
N ARIONAURO Cartuns.
Desigualdade social. Jun. 2016.
Laranjal do Jari: 0,665 Mazagão: 0,592
a. Qual é a mensagem da charge?
50 km Vitória do Jari: 0,619
ATLAS do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br/. Acesso em: 8 out. 2021.
b. Em sua opinião, o que o poder público poderia fazer para reduzir a desigualda-
de social no Amapá?
⊲ Baixo:
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GEOGRAFIA
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220 5 o ANO
221 GEOGRAFIA
ANOTAÇÕES
222 5 o ANO
1; 2; 3; 4; 5; 7; 10.
HABILIDADES DO RCA
Explorar fenômenos da vida cotidiana que evidenciem propriedades físicas dos materiais – como densidade,
EF05CI01 condutibilidade térmica e elétrica, respostas a forças magnéticas, solubilidade, respostas a forças mecânicas
(dureza, elasticidade etc.), entre outras.
Construir propostas coletivas para um consumo mais consciente e criar soluções tecnológicas para o descarte
EF05CI05
adequado e a reutilização ou reciclagem de materiais consumidos na escola e/ou na vida cotidiana.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADE TEMÁTICA
Matéria e energia.
• COUTELLE, José Eduardo. O uso da reciclagem na construção civil. Recicla, 32007. Disponível em:
https://recicla.wordpress.com/2007/11/29/o-uso-da-reciclagem-na-construcao-civil/. Acesso em: 15 jul. 2021.
• ENTENDA o impacto ambiental do lixo plástico para a cadeia alimentar. Ecycle, 2 fev. 2018. Disponível em:
https://www.ecycle.com.br/impacto-ambiental-do-lixo-plastico/. Acesso em: 15 jul. 2021.
• UPCYCLING: o que é e como aderir à ideia. Ecycle, 2010. Disponível em: https://www.ecycle.com.br/upcycling-
upcycle/. Acesso em: 15 jul. 2021.
224 5 o ANO
UNIDADE 1
TRANSFORMADORES DO 1. Na seção Retomando, a turma vai participar de uma brincadeira. Para isso, prepa-
re-se realizando a atividade a seguir.
FUTURO: RECICLAGEM ⊲ Reúna-se com alguns colegas. Você e seu grupo devem relacionar alguns mate-
riais que são utilizados para a fabricação de objetos e listar o que é possível fazer
com eles após serem reciclados. Para isso, preencha as fichas a seguir com as
informações solicitadas.
1. Uso consciente dos materiais
Material:
1. Observe a imagem a seguir.
Como ele é?
1. 2.
3. 4.
Objetos em que pode ser usado após a reciclagem
1. 2.
3. 4.
Material:
Como ele é?
⊲ Muito do lixo produzido por nós acaba sendo confundido com alimento pelos 3. 4.
animais. O que você sabe sobre esse assunto? Objetos em que pode ser usado após a reciclagem
⊲ O que você faria para que isso não acontecesse?
1. 2.
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Alexmia/iStock / Getty Images Plus
RETOMANDO
1. Que tal compartilhar com o restante da turma o que vocês descobriram? Para isso,
vamos fazer uma brincadeira.
Material:
Cada grupo vai apresentar um dos materiais pesquisados aos colegas. A cada material
Como ele é? apresentado, o grupo ganha 5 pontos. Os demais grupos devem tentar descobrir as
características desse material e preencher o restante da ficha, ganhando 1 ponto para
Tempo de vida: Reciclável ( ) Sim ( ) Não cada acerto. Na rodada seguinte, é a vez do próximo grupo, que deve apresentar outro
tipo de material, ainda não apresentado, e assim por diante. Vence o grupo que fizer
Objetos em que é usado
mais pontos. Utilize o espaço abaixo para somar os pontos obtidos pelo seu grupo.
1. 2.
3. 4.
Objetos em que pode ser usado após a reciclagem
1. 2.
3. 4.
Material:
Como ele é?
1. 2.
3. 4.
Objetos em que pode ser usado após a reciclagem
1. 2.
3. 4.
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226 5 o ANO
227 C I Ê N C I AS
ANOTAÇÕES
228 5 o ANO
Vamos conhecer os objetos que vocês trouxeram para a aula? 1. É possível controlar o calor?
1. Preencha o quadro abaixo com os seguintes pontos de observação. Reúna-se com alguns colegas para resolver um desafio. Cada grupo vai receber uma
pedra de gelo e deve mantê-la tão inteira quanto possível até o final da aula. Vamos lá!
Propriedades que o Propriedades que o a. Vocês terão 10 minutos para definir qual estratégia vão utilizar e procurar pela
Objeto É feito de...
material possui material não possui
escola os materiais de que vão precisar. Caso a pedra de gelo do seu grupo
derreta antes do final da aula, anote na linha abaixo quanto tempo ela demorou
para derreter completamente. Depois, descreva a estratégia escolhida para evi-
tar o derretimento da pedra de gelo.
b. Caso a pedra de gelo do seu grupo derreta antes do final da aula, anote na linha
abaixo quanto tempo ela demorou para derreter completamente.
2. Vamos pesquisar!
Você sabia que todo material possui características chamadas propriedades da maté-
ria? Faça uma pesquisa sobre uma dessas propriedades e registre no espaço a seguir o que
é, como funciona, como se manifesta, que uso costumamos dar a ela etc. Depois, apresente
as informações à turma.
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2. Converse com os outros grupos sobre as estratégias que foram utilizadas por eles
e sobre como as propriedades da matéria que foram estudadas ajudaram vocês
no desafio.
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1. Reúna-se com alguns colegas. Vocês deverão selecionar três objetos de sua prefe-
rência e pensar em como reutilizá-los considerando as propriedades dos materiais
de que são feitos. Lembre-se do princípio do upcycling: transforme os objetos dei-
xando-os incríveis! Utilize o espaço a seguir para fazer um rascunho de seu projeto.
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1. Com seu grupo, apresente para a turma os objetos selecionados por vocês e como
pensaram a sua reutilização. Anote as críticas e as sugestões do professor e da
turma no espaço abaixo, reescrevendo o projeto rascunhado na seção Mão na
massa. Em seguida, faça um desenho do produto final idealizado pelo seu grupo.
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CONTEXTUALIZANDO
MÃO NA MASSA
Expectativas de resposta
1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos Expectativas de resposta
relacionem as imagens à reutilização do pneu, 1. Respostas pessoais.
destacando algumas propriedades desse ma-
terial que permitem que ele seja reutilizado Orientações
para esse fim, como o formato, a flexibilidade, Leia para os alunos o significado do termo “upcycling”
a rigidez e a impermeabilidade. Também se es- e sua pronúncia (“uhp·sai·kuh·luhng”). Peça então que
pera que eles apontem outros tipos de materiais observem as imagens e identifiquem o uso primário
que poderiam ser utilizados para a confecção desse objeto e como ele foi reutilizado. Organize a turma
da cama (espuma, madeira, caixas de papelão, em grupos e leia a proposta da atividade 1. Oriente-
suportes de plástico, entre outros), identificando -os a selecionar objetos que possam ser reutilizados
as vantagens e desvantagens associadas a esses em projetos inovadores e a dar preferência para a
outros materiais. diversidade de materiais que eles podem explorar, ou
seja, selecionar objetos feitos de materiais diferentes.
É importante chamar a atenção dos alunos para as
Orientações
propriedades dos materiais que foram selecionados
Leia a proposta da atividade com os alunos e faça os
e como elas poderão determinar a reutilização do
questionamentos relacionados. Permita que expressem
objeto. Em seguida, peça que pensem em uma forma
suas opiniões e observe os conhecimentos prévios que de apresentar para o restante da turma suas ideias de
eles possuem sobre o tema. Relembre com os alunos reutilização desses objetos, desenhos ou esquemas.
as propriedades dos materiais que eles já conhecem Você também pode pedir a eles que transformem esses
e os diversos usos que se fazem deles. objetos de acordo com o que pensaram. Circule pelos
Leia a questão disparadora e deixe que os alunos grupos e observe se os alunos estão explorando todas
expressem suas ideias iniciais, destacando alguns as potencialidades do material selecionado. Ajude-os a
exemplos conhecidos por eles. perceber que uma caixa de papelão, por exemplo, pode
Espera-se que os alunos levantem algumas hipóte- ser desmontada ou recortada devido à flexibilidade
ses de reaproveitamento dos materiais, como reutilizar desse material, podendo ser utilizada de outras formas
embalagens plásticas para armazenar alimentos ou e não somente como caixa. Caso possuam acesso à
caixas de papelão para guardar objetos. internet, você poderá propor uma atividade alternativa
234 5 o ANO
235 C I Ê N C I AS
236 5 o ANO
1; 2; 7.
HABILIDADES DO RCA
Aplicar os conhecimentos sobre as mudanças de estado físico da água para explicar o ciclo hidrológico e analisar
EF05CI02 suas implicações na agricultura, no clima, na geração de energia elétrica, no provimento de água potável e no
equilíbrio dos ecossistemas regionais (ou locais).
Selecionar argumentos que justifiquem a importância da cobertura vegetal para a manutenção do ciclo da água,
EF05CI03
a conservação dos solos, dos cursos de água e da qualidade do ar atmosférico.
Identificar os principais usos da água e de outros materiais nas atividades cotidianas para discutir e propor formas
EF05CI04
sustentáveis de utilização desses recursos.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADE TEMÁTICA
Matéria e energia.
237 C I Ê N C I AS
UNIDADE 2
TRANSFORMADORES DO 1. Nesta atividade, você e seu grupo vão realizar uma experiência muito interessante.
Para isso, separem os seguintes materiais:
FUTURO: MANUTENÇÃO ⊲ Pote transparente de plástico, com aproximadamente um palmo de altura e, se
DO CICLO DA ÁGUA ⊲
possível, com tampa transparente;
Plástico filme ou prato pequeno transparente de plástico (se o pote não tiver tampa);
⊲ Água quente (para manipular a água quente com segurança, peça a um adulto
que a coloque em uma garrafa térmica);
⊲ Pedras de gelo.
1. De onde vem a água?
Agora, com todo cuidado, encha o pote transparente com aproximadamente um dedo
de água e cubra o recipiente com o plástico filme ou com o prato. Não estique muito o plás-
1. Veja abaixo a manchete de uma notícia sobre o aquecimento global. Você já ouviu
tico, mas certifique-se de que ele está vedando o pote. Agora, coloque as pedras de gelo
falar desse problema?
sobre o plástico e aguarde.
a.
b.
AQUECIMENTO global: Brasil não detalhou metas para Acordo de Paris e desmatamento está longe de zero. G1, 9 ago. 2021. Disponível em: c.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2021/08/09/aquecimento-global-brasil-nao-detalhou-metas-para-o-acordo-de-paris-e-desmatamento-
esta-longe-de-zero.ghtml. Acesso em: 21 nov. 2021.
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transpiração
precipitação evaporação
3 neve e gelo
2020
NASA
1 oceanos,
e rios
lagos
2 lençóis de água
Pense sobre a experiência realizada na seção Mão na massa e elabore uma associa-
ção das imagens da atividade 1 às informações adquiridas para responder à questão. Depois,
compartilhe com o restante da turma.
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239 C I Ê N C I AS
240 5 o ANO
Vamos investigar!
a. Onde há água?
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Sólido.
Gasoso.
Passagem do estado
líquido para o estado sólido:
Líquido.
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C I Ê N C I AS
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Aplicar os conhecimentos sobre as mudanças de estado físico da água para explicar o ciclo hidrológico e
EF05CI03 analisar suas implicações na agricultura, no clima, na geração de energia elétrica, no provimento de água
potável e no equilíbrio dos ecossistemas regionais (ou locais).
Identificar os principais usos da água e de outros materiais nas atividades cotidianas para discutir e propor
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formas sustentáveis de utilização desses recursos.
242 5 o ANO
Expectativas de resposta
1.
Passagem do estado sólido para Passagem do estado líquido Passagem do estado gasoso
o estado líquido: para o estado gasoso: para o estado líquido:
fusão vaporização condensação
Passagem do estado sólido para Passagem do estado líquido Passagem do estado gasoso
o estado gasoso: para o estado sólido: para o estado sólido:
sublimação solidificação condensação em sólido
Orientações
Leia com os alunos a atividade da seção Retomando neve aparecem na coluna “Água no estado sólido”.
do Livro do Aluno e o texto que a acompanha. Leia e O vapor da chaleira ou no espelho do banheiro serão
releia lentamente, certificando-se de que os alunos colocados na coluna “Água em estado gasoso”. Depois,
conseguem identificar todas as informações contidas peça aos alunos que, individualmente, preencham
nele. Na coluna do meio, eles deverão colocar os o quadro. Após a aula, proponha uma construção e
exemplos mencionados na seção Mão na massa, distri- apresentação, por meio de fotos, pinturas, colagens
buindo-os segundo os estados físicos da água. Exemplo: dos estados físicos da água em transformação: líquido,
a água que bebemos, a chuva, um rio, aparecem na gasoso e sólido e suas respectivas passagens de um
coluna “Água no estado líquido”. O gelo do copo e a estado para o outro.
243 C I Ê N C I AS
244 5 o ANO
ANEXO 1
Unidade 1 – Capítulo 3 – Seção Praticando
O pátio estava lotado. As pessoas batiam palmas ritmadas, acompanhando o som dos três Havia também alguns homens, mas nenhum deles se comparava ao que entrou sozinho. Alto
atabaques que vinha lá do fundo do quintal. Meu corpo queria começar um movimento dançante que magro, ágil, com gestos rápidos seguia os passos da cantoria e foi chegando perto. As pessoas beijavam
acompanhasse aquela música. Tinha uma letra que eu não entendia muito, mas que foi crescendo na sua mão, que no gesto seguinte parecia abençoar a todos. Foi se aproximando e meus olhos entraram
voz de um grupo de mulheres que foram para o centro do lugar, formando uma roda. Elas dançavam e nos dele, e uma emoção brotou, jorrando de um amor profundo. Era a festa do caboclo.
cantavam e vestiam roupas rendadas impecavelmente brancas.
Nem todas as pessoas negras são adeptas do candomblé: elas podem ser protestantes, católicas, A festa foi como uma flecha que me atirou para dentro de um mundo desconhecido. Até eu crescer,
islâmicas, budistas. Existem negros Judeus e de muitas outras religiões. Já ouvi dizer que o candomblé eu havia estudado em escolas de freiras católicas, e, geralmente, quando se é criado numa religião,
é uma religião que nem o próprio africano conhece, ou que só conheceram quando os brasileiros a aprende-se a evitar as outras.
levaram para lá. É uma religião tecida no Brasil.
Enquanto isso, Odudua que também queria criar a Terra, fez as oferendas a Exu e alcançou
Obatalá. Vendo-o dormir, achou que ele iria se atrasar muito, pegou o saquinho e foi ele mesmo criar a
Terra. E criou. Os Iorubas chamam suas divindades de orixás. E os candomblés brasileiros também cultuam
Oxum é uma divindade ligada à água. Água doce do rio. E são muitos tipos de Oxum. É como se os orixás. Já os fons chamam os voduns suas divindades, e entre os inúmeros bantos (que tanto
cada uma delas (Oxum é do gênero feminino) tivesse as características de cada parte do rio. Tem o fundo desconhecemos) há os que chamam suas entidades espirituais de inquices.
calmo do rio, o agitado das ondas, o lugar onde o rio tem cachoeira e cai. Tem nascente do rio. É, o rio
tem mesmo muitos jeitos.
Enfim, todas as casas de candomblé, os ilês, têm um sacerdote os sacerdotisa. Chamados de Conta um mito que Olodumaré que é o Deus Ioruba, quis criar a Terra e deu um punhado dela,
pai-de-santo ou mãe-de-santo, são pessoas de grande influência sobre os que frequentam a casa, num saquinho, para Obatalá ir criá-la. Antes de ir, Obatalá, que é muito velho, esqueceu e foi andando,
exatamente como os sacerdotes das igrejas católicas, das sinagogas, dos templos budistas, das andando devagarinho, e sentiu sede. Então viu uma árvore, dessas que tem água dentro, e parou, abriu
mesquitas e dos demais centros de religiosidade. a planta e bebeu. Só que era uma bebida que dava um pouco de tontura, e então ele deitou debaixo da
Tive o privilégio de conhecer um ilê muito bonito. E acho que consegui aprender bastante. árvore e acabou dormindo.
A1 LÍ NG UA PORTU G U E SA A3 L Í N G UA P O RT U G U ESA
ANEXO 2
Unidade 1 – Capítulo 1 – Seção Mão na massa
Fichas sobrepostas
Eu também tinha medo e nunca tinha chegado perto de batuques. Só depois dessa primeira festa
é que fui a muitas outras festas de candomblé. Mas quem Cresceu dentro do candomblé conheceu muito
4 000 000 400 000 40 000 4 000 400 40 4
antes a beleza desse modo de ver o mundo e a vida.
A5 LÍ NG UA PORTU G U E SA A7 M AT EM ÁT I CA
246 5 o ANO
247 A N OTAÇ Õ E S
248 5 o ANO
LIVRO DO PROFESSOR
5° ANO ENSINO FUNDAMENTAL 1 O BIMESTRE