Calculo Integral RN
Calculo Integral RN
Calculo Integral RN
Cálculo Integral em R2 e R3
Notas de apoio
Integral duplo
3
4 CAPÍTULO 1. INTEGRAL DUPLO
de área ∆x∆y.
Em cada retângulo Rij escolha-se um ponto arbitrário Pij∗ = (x∗ij , yij∗ ). O
volume Vij do paralelepı́pedo de base Rij e altura f (x∗ij , yij∗ ) é
As somas
m X
X n
f (x∗ij , yij∗ )∆x∆y
i=1 j=1
Z b
Sabemos que A(x)dx nos dá o volume do sólido de base R = [a, b] ×
a
[c, d] e limitado superiormente pelo gráfico de f :
Z bZ d
V = f (x, y)dy dx.
a c
ZZ
Mas vimos anteriormente que o integral duplo f (x, y)dxdy nos dá o
R
mesmo volume. Donde, podemos concluir que
ZZ Z bZ d
f (x, y)dxdy = f (x, y)dy dx.
R a c
1.1. INTEGRAL DUPLO SOBRE REGIÕES RETANGULARES. 7
tem-se ZZ ZZ
∗∗
f (x, y)dxdy = f ∗ (x, y)dxdy
R0 R
∗ ∗∗
uma vez que tanto f como f se anulam no exterior de D.
1.2. INTEGRAL DUPLO SOBRE UMA REGIÃO PLANA LIMITADA 9
ZZ
∗
Vimos anteriormente que se f (x, y) ≥ 0, ∀(x, y) ∈ R, f ∗ (x, y)dxdy
R
representa o volume do sólido de base R e limitado superiormente pelo gráfico
de f ∗ . Uma vez que f ∗ se anula nos pontos de R\D e coincide com f nos
pontos de D, o volume deste sólido coincide com o volume V do sólido de
base D e limitado superiormente pelo gráfico de f ,
Assim, ZZ
V = f (x, y)dxdy,
D
Região Simples
Seja f uma função contı́nua numa região R do plano xOy que, em coor-
denadas polares, é dada por
{(r, θ) ∈ R+
0 ×] − π, π] : a ≤ r ≤ b, α ≤ θ ≤ β}.
ZZ Z bZ β
f (x, y)dxdy = f (r cos θ, r sin θ) rdθ dr
R a α
Z β Z b
= f (r cos θ, r sin θ) rdr dθ.
α a
se tem ZZ Z β Z h2 (θ)
f (x, y)dxdy = f (r cos θ, r sin θ) rdr dθ.
D α h1 (θ)
{(r, θ) ∈ R+
0 ×] − π, π] : a ≤ r ≤ b, g1 (r) ≤ θ ≤ g2 (r)},
ZZ Z bZ g2 (r)
f (x, y)dxdy = f (r cos θ, r sin θ) rdθ dr.
D a g1 (r)
Neste caso, podemos fazer uma mudança de variáveis no integral duplo desde
que sejam satisfeitas algumas condições:
∂x ∂x ∂y ∂y
• se as derivadas parciais , , e são contı́nuas,
∂u ∂v ∂u ∂v
• se o determinante
∂x ∂x
∂(x, y) ∂u ∂v
= ,
∂(u, v) ∂y ∂y
∂u ∂v
ZZ ZZ
∂(x, y)
f (x, y)dxdy = f (x(u, v), y(u, v)) dudv,
D D(u,v) ∂(u, v)
1.4. APLICAÇÕES DO INTEGRAL DUPLO 15
cos θ −r sin θ
∂(x, y)
= = r(cos2 θ + sin2 θ) = r.
∂(r, θ)
sin θ r cos θ
Como r ≥ 0,
∂(x, y) ∂(x, y)
= =r
∂(r, θ) ∂(r, θ)
e recuperamos a fórmula (1.1).
V = (Área de D) × 1 = Área de D.
16 CAPÍTULO 1. INTEGRAL DUPLO
Integral triplo
17
18 CAPÍTULO 2. INTEGRAL TRIPLO
ZZZ Z bZ d Z s
f (x, y, z)dxdydz = f (x, y, z)dzdydx (2.1)
E a c r
Z d Z sZ b
= f (x, y, z)dxdzdy (2.2)
c r a
= ··· (2.3)
Vejamos agora como calcular um integral triplo sobre certos tipos de região.
Se f é contı́nua em E,
!
ZZZ ZZ Z u2 (x,y)
f (x, y, z)dV = f (x, y, z)dz dxdy.
E D u1 (x,y)
Se f é contı́nua em E,
!
ZZZ ZZ Z u2 (y,z)
f (x, y, z)dV = f (x, y, z)dx dydz.
E D u1 (y,z)
(III) Uma região do espaço R3 é de tipo III se existir uma região D do plano
xOz tal que
Se f é contı́nua em E,
!
ZZZ ZZ Z u2 (x,z)
f (x, y, z)dV = f (x, y, z)dy dxdz.
E D u1 (x,z)
Temos então
e p y
r= x2 + y 2 , ,
tan θ = z = z.
x
As coordenadas cilı́ndricas são as mais adequadas para definir superfı́cies
cilı́ndricas.
O cilindro circular reto da figura em cima tem por equação r = c. Por outro
lado, fixando a variável θ no valor c, a equação θ = c representa o semi-plano
da figura seguinte:
z
vê-se que cos φ = , se ρ 6= 0. Donde,
ρ
z
arccos p , se (x, y, z) 6= 0
φ= x2 + y 2 + z 2
0, se (x, y, z) = 0.
z = ρ cos φ
e ainda que r = ρ sin φ, com r a coordenada polar do ponto (x, y) ≡ (x, y, 0).
Como x = r cos θ e y = r sin θ, temos
π
(iii) semi-superfı́cie cónica dada por φ = c, com φ ∈]0, [
2
26 CAPÍTULO 2. INTEGRAL TRIPLO
π
(iii) semi-superfı́cie cónica dada por φ = c, com φ ∈] , π[
2
Neste caso, podemos fazer uma mudança de variáveis no integral triplo, desde
que sejam satisfeitas algumas condições. Se as derivadas parciais de primeira
ordem de x, y e z em ordem a u, v e w são contı́nuas, se o determinante
∂x ∂x ∂x
∂u ∂v ∂w
∂(x, y, z) ∂y ∂y ∂y
= ,
∂(u, v, w) ∂u ∂v ∂w
∂z ∂z ∂z
∂u ∂v ∂w
a que se dá o nome de Jacobiano da mudança de variáveis, não se anula
e se a mudança de variáveis x = x(u, v, w), y = y(u, v, w), z = z(u, v, w) é
injetiva, então
ZZZ
f (x, y, z)dxdydz
E
ZZZ
∂(x, y, z)
= f (x(u, v, w), y(u, v, w), z(u, v, w)) dudvdw,
E(u,v,w) ∂(u, v, w)
x = r cos θ, y = r sin θ e z = z,
cos θ −r sin θ 0
∂(x, y, z)
= sin θ r cos θ 0 = r ≥ 0.
∂(r, θ, z)
0 0 1
Assim, dada f contı́nua em E ⊂ R3 ,
ZZZ ZZZ
f (x, y, z)dxdydz = f (r cos θ, r sin θ, z) r drdθdz,
E E(r,θ,z)
∂(x, y, z)
Como φ ∈ [0, π], tem-se sin φ ≥ 0 e, portanto, ≤ 0. Assim, dada f
∂(ρ, θ, φ)
contı́nua em E ⊂ R3 ,
2.5. APLICAÇÕES DO INTEGRAL TRIPLO 29
ZZZ ZZZ
f (x, y, z)dxdydz = f (ρ sin φ cos θ, ρ sin φ sin θ, ρ cos φ) ρ2 sin φ dρdθdφ,
E E(ρ,θ,φ)
!
ZZZ ZZ Z h2 (x,y)
1dV = dz dxdy
E D h1 (x,y)
ZZ
= h2 (x, y) − h1 (x, y) dxdy
D
= volume de E,
Integral Curvilı́neo
~r : I ⊂ R → R3
t 7→ ~r(t) = (f (t), g(t), h(t))
33
34 CAPÍTULO 3. INTEGRAL CURVILÍNEO
x = x(t)
Às equações y = y(t) chamamos equações paramétricas
z = z(t) , t ∈ I,
da curva C.
Exemplos
(
x2 + y 2 = 1
3. Considere-se a curva C dada por .
y+z =2
f : D ⊂ R2 → R, com C ⊂ D.
e formemos a soma n
X
f (x∗i , yi∗ )∆si .
i=1
Tem-se,
Z
área de S = f (x, y) ds.
C
F~ : D ⊂ R3 → R3
(x, y, z) → F~ (x, y, z) = M (x, y, z), N (x, y, z), P (x, y, z) ,
F~ : D ⊂ R2 → R3
(x, y) → F~ (x, y) = M (x, y), N (x, y) .
Exemplos
2. F~ (x, y, z) = z k̂ = (0, 0, z)
∇f : R3 → R3
∂f ∂f ∂f
(x, y, z) → ∇f (x, y, z) = (x, y, z), (x, y, z), (x, y, z) .
∂x ∂y ∂z
F~ : D ⊂ R3 → R3
(x, y, z) → F~ (x, y, z) = M (x, y, z), N (x, y, z), P (x, y, z) ,
_
Seja ∆si o comprimento do arco Pi−1 Pi . Em cada arco escolhamos um
_
ponto arbitrário Pi∗ ∈ Pi−1 Pi , com Pi∗ = (x∗i , yi∗ , zi∗ ) e
~ ∗ r~0 (t∗i )
T (ti ) =
kr~0 (t∗i )k
e formemos a soma
n
X
F~ (Pi∗ ) . T~ (t∗i ) ∆si .
i=1
Se existir
lim ~ ∗ ~ ∗
F (Pi ) . T (ti ) ∆si ,
n→+∞
Interpretação fı́sica
−→
com α o ângulo entre os vetores
Z F~ e P Q.
Voltemos à definição de F~ . d~r.
C
42 CAPÍTULO 3. INTEGRAL CURVILÍNEO
_
Supondo que o campo de forças F~ é constante ao longo do arco Pi−1 Pi ,
com valor F~ (Pi∗ ), e substituindo o trajeto ao longo do arco pelo segmento
orientado de comprimento ∆si e com direção e sentido de T~ (t∗i ), o produto
escalar
F~ (Pi∗ ) . ∆si T~ (t∗i ))
_
dá-nos um valor aproximado do trabalho Wi de F~ ao longo do arco Pi−1 Pi ,
~ ∗ ~ ∗
F (Pi ) . ∆si T (ti )) ≈ Wi .
Temos então Z Z b
F~ . d~r = ~ 0
F (~r(t)) . ~r (t) dt.
C a
Z Z
Notação: Em vez de F~ . d~r também se escreve M dx + N dy + P dz.
C C
Z
Prova-se que a definição de F~ . d~r não depende da parametrização es-
C
colhida para a curva C (ver demonstração na bibliografia de apoio).
n
[
Se a curva C é a união (finita) de arcos Ci suaves e regulares, C = Ci ,
i=1
define-se integral curvilı́neo de F~ ao longo de C pondo
Z Xn Z
~
F . d~r = F~ . d~r.
C i=1 Ci
(i) Se C é o segmento de reta que une (−1, 1) a (1, 1), uma parametrização
de C é
~r(t) = t ı̂ + ̂, t ∈ [−1, 1]
e Z Z 1 Z 1
2
y dx + x dy = (1, t) . (1, 0) dt = 1 dt = 2.
C −1 −1
(ii) Se C é o arco de parábola y = x2 que une (−1, 1) a (1, 1), uma para-
metrização deste arco é
e
Z Z 1 Z 1
2 4 26
t4 + 2t2 dt = .
y dx + x dy = (t , t) . (1, 2t) dt =
C −1 −1 15
Temos então,
Z Z Z
F~ . d~r = F~ . d~r + F~ . d~r
C
ZC1 ZC2
= F~ . d~r − F~ . d~r.
C1 −C2
Como C1 e −C2 são duas curvas com os mesmos pontos inicial e final, tem-se
Z Z
~
F . d~r = F~ . d~r
C1 −C2
e, portanto, Z
F~ . d~r = 0.
C
Z
Suponhamos agora que F~ . d~r = 0, para toda a curva fechada C contida
C
em D. Pretendemos mostrar que o integral curvilı́neo é independente do
caminho.
3.4. INTEGRAL CURVILÍNEO DE CAMPO DE VETORES 47
e concluı́mos que Z Z
F~ . d~r = F~ . d~r,
Σ1 Σ2
∂M ∂N
(x, y) = (x, y), ∀(x, y) ∈ D.
∂y ∂x
∂f ∂f
Prova. Se F~ é conservativo, existe f tal que F~ = ∇f = , , e
∂x ∂y
∂f ∂f
portanto M = eN= . Tem-se então,
∂x ∂y
∂M ∂ 2f ∂N ∂ 2f
= e = .
∂y ∂y ∂x ∂x ∂x ∂y
curvas simples
(in J. Stewart, Calculus 7Ed, pág.1102)
Seja D uma região do plano limitada por uma curva C, fechada e simples.
A curva C tem orientação positiva se, para um observador que se desloque
sobre C, a região D está sempre à sua esquerda.
50 CAPÍTULO 3. INTEGRAL CURVILÍNEO
Prova. A prova será feita apenas para regiões D que são simultaneamente
horizontal e verticalmente simples.
Mostremos, separadamente, que:
(i) Z ZZ
∂M
M dx = − (x, y) dxdy.
C D ∂y
(ii) Z ZZ
∂N
N dy =(x, y) dxdy.
C D ∂x
Z ZZ
∂M
(i) Comecemos por mostrar que M dx = − (x, y) dxdy com
C D ∂y
D : a ≤ x ≤ b , g1 (x) ≤ y ≤ g2 (x).
3.5. TEOREMA DE GREEN 51
Tem-se
ZZ Z bZ g2 (x)
∂M ∂M
− (x, y) dxdy = − (x, y) dy dx
D ∂y a g1 (x) ∂y
Z b
=− M (x, g2 (x)) − M (x, g1 (x)) dx
a
Z b
= M (x, g1 (x)) − M (x, g2 (x)) dx.
a
Z Z 4 Z
X
M dx = M dx + 0 dy = M dx.
C C i=1 Ci
Assim, tem-se
Z Z b
M dx = M (t, g1 (t)) dt
C1 a
Z Z g2 (b)
M dx = M (b, t) × 0 dt = 0
C2 g1 (b)
Z Z b Z Z b
M dx = M (t, g2 (t)) dt ⇒ M dx = − M (t, g2 (t)) dt
−C3 a C3 a
Z Z g2 (a) Z
M dx = M (b, t) × 0 dt = 0 ⇒ M dx = 0
−C4 g1 (a) C4
e concluı́mos que
Z Z b
M dx = M (t, g1 (t)) − M (t, g2 (t)) dt,
C a
pelo que Z ZZ
∂M
M dx = −
(x, y) dxdy. (3.1)
C D ∂y
Considerando uma região horizontalmente simples D, por raciocı́cinio
análogo prova-se (ii),
Z ZZ
∂N
N dy = (x, y) dxdy. (3.2)
C D ∂x
∂N ∂M
derivadas parciais de primeira ordem contı́nuas e = em D, então F~
∂x ∂y
é conservativo.
Seja D uma região plana, limitada por uma curva C, com D e C nas
condições do teorema de Green. Usando o teorema de Green, existem muitos
campos de vetores F~ que permitem calcular a área A(D) de D através de
um integral curvilı́neo. Por exemplo,
Z Z
A(D) = x dy ou A(D) = −y dx.
C C
Tem-se então
ZZ ZZ ZZ
∂N ∂M ∂N ∂M ∂N ∂M
− dxdy = − dxdy + − dxdy
D ∂x ∂y D0 ∂x ∂y D00 ∂x ∂y
Z Z
= M dx + N dy + M dx + N dy
C0 C 00
Z
= M dx + N dy
0 00
ZC ∪C
= M dx + N dy,
C1 ∪C2
Integral de Superfı́cie
As equações
x = x(u, v)
y = y(u, v) , (u, v) ∈ D,
z = z(u, v)
55
56 CAPÍTULO 4. INTEGRAL DE SUPERFÍCIE
é o cilindro de equação x2 + z 2 = 4.
x(u, v) = 2 cos u
As equações paramétricas são, portanto, y(u, v) = v .
z(u, v) = 2 sin u
~r(φ, θ) = (a sin φ cos θ, a sin φ sin θ, a cos φ), φ ∈ [0, π], θ ∈ [0, 2π].
Seja ∆Sij a área de Sij . Em cada Sij escolhamos um ponto Pij∗ e formemos
as somas n X m
X
f (Pij∗ )∆Sij .
i=1 j=1
Se existir !
n X
X m
lim f (Pij∗ )∆Sij ,
m,n→+∞
i=1 j=1
Vejamos como calcular ∆Sij , para deduzirmos uma fórmula para o cálculo
do integral de superfı́cie.
4.2. INTEGRAL DE SUPERFÍCIE DE FUNÇÃO ESCALAR 59
Se na parametrização de S,
Vamos agora obter uma aproximação da área ∆Sij , tomando Pij = ~r(u∗i , vj∗ ),
com (u∗i , vj∗ ) no canto inferior esquerdo do retângulo Rij .
∂~r ∗ ∗ ∂~r ∗ ∗
∆u (u , v ) ≡ ∆u ~r ∗u e ∆v (u , v ) ≡ ∆v ~r ∗v ,
∂u i j ∂v i j
com ∆u e ∆v os comprimentos dos lados do retângulo Rij .
Tem-se então,
n X
X m n X
X m
f (Pij∗ )∆Sij ≈ f (~r(u∗i , vj∗ ))||~ru∗ × ~rv∗ || ∆u∆v
i=1 j=1 i=1 j=1
e, neste caso,
∂~r ∂g ∂~r ∂g
= 1, 0, e = 0, 1, .
∂x ∂x ∂y ∂y
Como
∂~r ∂~r ı̂ ̂ k̂
× = 1 0 gx = −gx ı̂ − gy ̂ + k̂,
∂x ∂y
0 1 gy
obtemos
∂~r ∂~r
q
k × k= (gx )2 + (gy )2 + 1.
∂x ∂y
Temos então
ZZ ZZ q
f (x, y, z) dS = f (x, y, g(x, y)) (gx (x, y))2 + (gy (x, y))2 + 1 dxdy,
S D
ZZ ZZ ZZ
∂~r ∂~r
F~ . dS
~= (F~ .n̂) dS = F~ (~r(u, v)) . × dudv.
S S D ∂u ∂v
64 CAPÍTULO 4. INTEGRAL DE SUPERFÍCIE
Interpretação fı́sica
ZZ
(F~ .n̂)dS
S
ZZ
(−gx (x, y),−gy (x, y),1)
q
= ~
F (x, y, g(x, y)). q (gx (x, y))2 +(gy (x, y))2 +1dxdy
D (gx (x, y))2 +(gy (x, y))2 +1
ou seja,
ZZ ZZ
(F~ .n̂) dS = F~ (x, y, g(x, y)).(−gx (x, y), −gy (x, y), 1) dxdy.
S D
66 CAPÍTULO 4. INTEGRAL DE SUPERFÍCIE
Capı́tulo 5
Teoremas de Stokes e da
divergência
ı̂ ̂ k̂
∂ ∂ ∂
∇ × F~ =
∂x ∂y ∂z
M N P
67
68 CAPÍTULO 5. TEOREMAS DE STOKES E DA DIVERGÊNCIA
∇ × F~ = rot F~ .
∂ ∂ ∂
rot F~ = rot (∇f ) = ∂x ∂y ∂z
∂f ∂f ∂f
∂y ∂z ∂x
2
∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f
2
∂ 2f
∂ f ∂ f
= − ı̂ − − ̂ + − k̂.
∂y∂z ∂z∂y ∂x∂z ∂z∂x ∂x∂y ∂y∂x
Se f tem derivadas parciais de 2a ordem contı́nuas, pelo teorema de Clairaut
os três parêntesis são nulos. Assim, concluı́mos que
Interpretação fı́sica
5.1.2 Divergência
Seja F~ (x, y, z) = M (x, y, z)ı̂ + N (x, y, z)̂ + P (x, y, z)k̂ um campo de vetores
em R3 .
A divergência de F~ é uma função escalar dada por
∂M ∂N ∂P
div F~ = + + .
∂x ∂y ∂z
A divergência de F~ pode calcular-se efetuando o seguinte produto escalar:
div F~ = ∇.F~ ,
∂ ∂ ∂
onde ∇ é o operador diferencial atrás definido, ∇ = ı̂ + ̂ + k̂.
∂x ∂y ∂z
Atenção: rot F~ (x, y, z) é um vetor; div F~ (x, y, z) é um número real.
70 CAPÍTULO 5. TEOREMAS DE STOKES E DA DIVERGÊNCIA
Interpretação fı́sica
Prova. Fazemos a prova apenas no caso em que S é dada por z = g(x, y),
(x, y) ∈ D, com g admitindo derivadas parciais de 2a ordem contı́nuas.
Seja C a fronteira de S, curva fechada simples e seccionalmente suave.
Seja D a projeção de S sobre o plano xOy, que vamos supôr ser simplesmente
conexa, e cuja fronteira é a curva C1 , projeção da curva C.
Então,
~r(t) = (x(t), y(t), g(x(t), y(t))), t ∈ [a, b]
| {z }
z(t)
∂g ∂g
e como z 0 (t) = (x(t), y(t))x0 (t) + (x(t), y(t))y 0 (t) tem-se, omitindo os
∂x ∂y
pontos de aplicação para simplificar a escrita,
Z Z b
~ dx dy ∂g dx ∂g dy
F .d~r = M +N +P + dt
C a dt dt ∂x dt ∂y dt
Z b
∂g dx ∂g dy
= M +P + N +P dt
a ∂x dt ∂y dt
Z b
∂g ∂g →
= M +P ,N + P .−
r1 0 (t) dt
∂x ∂y
Za
∂g ∂g
= M +P dx + N + P dy
C1 ∂x ∂y
ZZ
∂ ∂g ∂ ∂g
= N +P − M +P dxdy, (5.2)
D ∂x ∂y ∂y ∂x
5.2. TEOREMA DE STOKES 73
∂ ∂N ∂N ∂z
N (x, y, g(x, y)) = (x, y, g(x, y)) + (x, y, g(x, y)) (x, y)
∂x | {z } ∂x ∂z ∂x {z }
z
|
∂g
= (x, y)
∂x
∂M ∂P ∂P
e, analogamente, para , e .
∂y ∂x ∂y
Retomando (5.2), tem-se
ZZ
∂ ∂z ∂ ∂z
N +P − M +P dxdy
D ∂x ∂y ∂y ∂x
∂ 2z
ZZ
∂N ∂N ∂z ∂P ∂P ∂z ∂z
= + + + +P
D ∂x ∂z ∂x ∂x ∂z ∂x ∂y ∂x∂y
2
∂M ∂M ∂z ∂P ∂P ∂z ∂z ∂ z
− + + + +P dxdy
∂y ∂z ∂y ∂y ∂z ∂y ∂x ∂y∂x
ZZ
∂N ∂P ∂z ∂P ∂M ∂z ∂N ∂M
= − + − + − dxdy.
D ∂z ∂y ∂x ∂x ∂y ∂y ∂x ∂y
Tendo em conta (5.1), obtém-se
ZZ ZZ
∂N ∂P ∂z ∂P ∂M ∂z ∂N ∂M
− + − + − dxdy = rot F~ . dS.
~
D ∂z ∂y ∂x ∂x ∂y ∂y ∂x ∂y S
Circulação
circulação positiva
(in J. Stewart, Calculus 7Ed, pág.1150)
circulação negativa
(in J. Stewart, Calculus 7Ed,pág.1150)
ou seja,
Z
1
(rot ~v . n̂)|P0 ≈ 2 ~v . d~r.
πa Ca
Temos
!
ZZZ ZZ Z u2 (x,y)
∂P ∂P
dV = (x, y, z) dz dxdy
E ∂z D u1 (x,y) ∂z
ZZ
= P (x, y, u2 (x, y)) − P (x, y, u1 (x, y)) dxdy.
D
com
∂u1 ∂u1 ∂u2 ∂u2
, , −1 , , −1
∂x ∂y ∂x ∂y
n̂1 =
s 2 2 e n̂2 =
s 2 2 .
∂u1 ∂u1 ∂u2 ∂u2
+ +1 + +1
∂x ∂y ∂x ∂y
Assim,
−1 −1
k̂ . n̂1 = s 2 2 , k̂ . n̂2 = s 2 2
∂u1 ∂u1 ∂u2 ∂u2
+ +1 + +1
∂x ∂y ∂x ∂y
e
ZZ ZZ ZZ
P (k̂ . n̂) dS = −P (x, y, u1 (x, y)) dxdy + P (x, y, u2 (x, y)) dxdy
S D D
ZZ
= P (x, y, u2 (x, y)) − P (x, y, u1 (x, y)) dxdy,
D
Como E2 = E1 ∪ E,
ZZZ ZZZ ZZZ
~
div F dV = div F~ dV + div F~ dV
E2 E1 E
ou seja,
ZZZ ZZZ ZZZ
div F~ dV = div F~ dV − div F~ dV
E E2 E1
ZZ ZZ
= (F~ . n̂2 ) dS − (F~ . n̂1 ) dS
ZZS2 ZZ S1
= (F~ . n̂) dS + (F~ . n̂) dS
ZZS2 S1