Integrais Riplos
Integrais Riplos
Integrais Riplos
√
(c) T = {(x, y) ∈ R2 : 0 ≤ y ≤ a2 − x2 } (a ∈ R+ ) e ρ(x, y) é a distância de (x, y)
ao ponto (0, 0);
(d) T = [0, 3] × [0, 2] e ρ(x, y) = xy 2 .
Wi j ` , i = 1, 2, . . . , m , j = 1, 2, . . . , k , ` = 1, 2, . . . , q
Wi j ` , i = 1, 2, . . . , m , j = 1, 2, . . . , k , ` = 1, 2, . . . , q .
98 Textos de Apoio de Análise Matemática IV 2003/2004
Fig. 2.4.1
Seja
f : Q −→ R
(x, y, z) 7−→ f (x, y, z)
uma função real definida no paralelipı́pedo rectangular Q. Seja P = {Q1 , Q2 , . . . , Qn } uma
partição de Q em paralelipı́pedos rectangulares.
Para i = 1, 2, . . . , n representem-se por ∆xi , ∆yi e ∆zi as medidas dos lados de Qi . O
volume de Qi é ∆Vi = (∆xi )(∆yi )(∆zi ).
Uma soma de Riemann da função f relativamente à partição P é uma soma do tipo
n
X
f (ui , vi , wi ) ∆Vi ,
i=1
X
f (ui , vi , wi ) ∆Vi − I < ε ,
i
Teorema 2.4.1 (Teorema de Fubini) Seja f uma função real de três variáveis reais
contı́nua no paralelipı́pedo Q = [a, b] × [c, d] × [s, t]. Então
ZZZ Z bZ dZ t
f (x, y, z) dxdydz = f (x, y, z) dz dy dx
Q a c s
Z d Z b Z t
= f (x, y, z) dz dx dy
c a s
Z b Z t Z d
= f (x, y, z) dy dz dx
a s c
Z d Z t Z b
= f (x, y, z) dx dz dy
c s a
Z t Z b Z d
= f (x, y, z) dy dx dz
s a c
Z t Z d Z b
= f (x, y, z) dx dy dz .
s c a
De modo análogo ao feito para o integral duplo, para o caso de regiões de integração
que não são rectângulos, vamos definir a noção de integral triplo de uma função sobre
regiões que não são necessariamente paralelipı́pedos rectangulares. Isso passa por garantir
a integrabilidade, sobre um paralelipı́pedo rectangular fechado, de determinado tipo de
funções, não necessariamente contı́nuas.
Considere-se uma função
f : D ⊆ R3 −→ R
,
(x, y, z) 7−→ f (x, y, z)
onde D é um subconjunto fechado e limitado de R3 cuja fronteira é uma união finita de
conjuntos definidos por equações da forma x = ϕ(y, z) ou y = ψ(x, z) ou z = θ(x, y), com
ϕ, ψ e θ funções contı́nuas em regiões de R2 fechadas e limitadas. Suponha-se ainda que f
é contı́nua em D. Seja Q = [a, b] × [c, d] × [s, t] um paralelipı́pedo rectangular fechado de
R3 (a < b, c < d e s < t), que contém D. Defina-se uma função em todo o paralelipı́pedo
Q por
g : Q ⊆ R3 −→ R
f (x, y, z) se (x, y, z) ∈ D
(x, y, z) 7−→ .
0 se (x, y, z) 6∈ D
Pode provar-se que esta nova função, apesar de não ser contı́nua em Q, é integrável
sobre Q. Diz-se então que f é integrável sobre D e define-se
ZZZ ZZZ
f (x, y, z) dxdydz = g(x, y, z) dxdydz .
D Q
Vamos agora considerar três tipos especiais de regiões de R3 , que são do tipo da região
D referida anteriormente.
Uma região de R3 fechada e limitada diz-se de tipo 1 se é da forma
E = (x, y, z) ∈ R3 : (x, y) ∈ R e g(x, y) ≤ z ≤ h(x, y) , (2.10)
100 Textos de Apoio de Análise Matemática IV 2003/2004
onde R é uma região do plano XOY horizontal ou verticalmente simples e g e h são funções
contı́nuas em R, distintas e verificando g(x, y) ≤ h(x, y), para todo o (x, y) ∈ R.
Fig. 2.4.2
Se f é uma função real contı́nua na região E dada por (2.10) então f é integrável sobre E
e !
ZZZ ZZ Z h(x,y)
f (x, y, z) dxdydz = f (x, y, z) dz dxdy .
E R g(x,y)
Se f é uma função real contı́nua na região E dada por (2.11) então f é integrável sobre E
e ZZZ ZZ Z h(y,z) !
f (x, y, z) dxdydz = f (x, y, z) dx dydz .
E R g(y,z)
Fig. 2.4.5
E é uma região de tipo 1.
n p o
3 2 2 2 2
E = (x, y, z) ∈ R : (x, y) ∈ R e x + y ≤ z ≤ 2 − x − y ,
onde
R = (x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 ≤ 1 .
Então, usando coordenadas polares para o cálculo do integral duplo,
ZZZ Z Z Z 2−x2 −y2
xy dxdydz = √ xy dz dxdy
E R x2 +y 2
ZZ p
= 2 − x2 − y 2 − x2 + y 2 xy dxdy
R
Z π Z 1
= (2 − r2 − r)r3 sin θ cos θ dr dθ
−π 0
Z π 1
r4 r6 r5
= sin θ cos θ − − dθ
−π 2 6 5 0
π
2 1 2
= sin θ
15 2 −π
= 0.
Na proposição seguinte são enunciadas algumas propriedades do integral triplo.
Teorema 2.4.2 Considere-se uma região, D, de R3 que é união de um número finito de
regiões de R3 que são, cada uma delas, de um dos tipos 1, 2 ou 3 e que se intersectam 2
a 2 quando muito nas respectivas fronteiras. Sejam f e g funções reais integráveis em D.
Então
1. f + g é integrável em D e
ZZZ ZZZ ZZZ
[f (x, y, z) + g(x, y, z)] dxdydz = f (x, y, z) dxdydz+ g(x, y, z) dxdydz ;
D D D
Cristina Caldeira 103
X
f (ui , vi , wi ) volume de Di − I < ε ,
i
2.4.2 Exercı́cios
1. Calcule os seguintes integrais triplos:
ZZZ
1
(a) 3
dV com
D (x + y + z + 1)
D = (x, y, z) ∈ R3 : x + y + z ≤ 1 ∧ x ≥ 0 ∧ y ≥ 0 ∧ z ≥ 0 ;
ZZZ
(b) y dxdydz onde D é limitado pelas superfı́cies de equações
D √
y = x + z 2 e y = 20 − x2 − z 2 ;
2
ZZZ
(c) (x + y)2 dV onde D = {(x, y, z) ∈ R3 : 4z ≥ x2 + y 2 ∧ x2 + y 2 + z 2 ≤ 12} ;
Z Z ZD
(d) z 2 dV onde D = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 ≤ 9 ∧ x2 + y 2 + z 2 ≤ 6z} .
D
f : D −→ R
(x, y, z) 7−→ f (x, y, z)
Seja
D0 = (u, v, w) ∈ R3 : (ϕ1 (u, v, w), ϕ2 (u, v, w), ϕ3 (u, v, w)) ∈ D
e suponha-se que função vectorial
é bijectiva.
Teorema 2.4.3 Nas condições anteriores, se det(Jϕ (u, v, w)) 6= 0 para todo o (u, v, w) ∈
D0 , Zentão
ZZ
f (x, y, z) dxdydz =
D ZZZ
= f (ϕ1 (u, v, w), ϕ2 (u, v, w), ϕ3 (u, v, w)) | det(Jϕ (u, v, w)) | dudvdw .
D0
onde
D = (x, y, z) ∈ R3 : 0 ≤ x − 2y + 2z ≤ 1 , 0 ≤ 3x − y + z ≤ 5 e 0 ≤ z ≤ 3 .
Fig. 2.4.6
ψ : R3 −→ R3 .
(u, v, w) 7−→ − 51 u + 52 v, − 35 u + 15 v + w, w
Uma vez que det(A) = 15 6= 0 conclui-se que A é invertı́vel e portanto ψ é bijectiva. Por
outro lado ψ é uma função vectorial cujas componentes são funções polinomiais logo ψ é
de classe C 1 . Considere-se o conjunto
D0 = (u, v, w) ∈ R3 : 0 ≤ u ≤ 1 , 0 ≤ v ≤ 5 e 0 ≤ w ≤ 3 .
−1/5 2/5 0
1
det (Jϕ (u, v, w)) = −3/5 1/5 1 = 6= 0 .
5
0 0 1
Então
ZZZ ZZZ
42 1
4(x − y)z dxdydz = u + v − w w dudvdw
D D0 55 5
Z 1Z 5Z 3
4 2 1 2
= uw + vw − w dw dv du
5 0 0 0 5 5
Z Z 3
4 1 5 1 2 1 2 1 3
= uw + vw − w dv du
5 0 0 5 10 3 0
Z Z
4 1 5 9 9
= u + v − 9 dv du
5 0 0 5 10
Cristina Caldeira 107
Z 5
4 1 9 9 2
= uv + v − 9v du
5 0 5 20
Z 1 0
4 45
= 9u + − 45 du
5 0 4
1
4 9 2 3 × 45
= u − u du
5 2 4 0
117
= − .
5
Fig. 2.4.7
x = r cos θ
Tem-se assim que , r ≥ 0 e θ ∈]−π, π]. Atendendo a que todos os pontos
y = r sin θ
do plano XOY , excepto a origem, têm uma e uma só representação em coordenadas polares
conclui-se que todos os pontos do espaço, excepto os do eixo dos ZZ, têm uma e uma só
representação em coordenadas cilı́ndricas.
Uma região do espaço da forma
E = (x, y, z) ∈ R3 : (x, y) ∈ R e s ≤ z ≤ t (2.14)
onde R é um rectângulo polar do plano XOY e s < t diz-se uma região cilı́ndrica elementar.
Começaremos por obter a igualdade que traduz a mudança de coordenadas cartesianas
para coordenadas cilı́ndricas, a partir da definição de integral triplo, no caso particular da
região de integração ser uma região cilı́ndrica elementar.
108 Textos de Apoio de Análise Matemática IV 2003/2004
Suponha-se que f é uma função contı́nua na região cilı́ndrica elementar dada por (2.14)
onde R é o rectângulo polar
R = {(r, θ) : a ≤ r ≤ b e α ≤ θ ≤ β} ,
com 0 ≤ a < b e −π < α < β ≤ π. Sendo f contı́nua é integrável sobre E. Efectuando
partições dos intervalos [a, b], [α, β] e [s, t],
a = r0 < r1 < · · · < r m = b
α = θ 0 < θ1 < · · · < θ p = β
s = z 0 < z1 < · · · < z q = t ,
obtém-se uma partição P1 do paralelipı́pedo rectangular [a, b] × [α, β] × [s, t] em mpq
paralelipı́pedos rectangulares
[rj−1 , rj ] × [θk−1 , θk ] × [z`−1 , z` ] , j = 1, . . . , m , k = 1, . . . , p , ` = 1, . . . , q .
Designem-se estes n = mpq paralelipı́pedos por E10 , E20 , . . . , En0 . Para i = 1, 2, . . . , n seja
(ri∗ , θi∗ , zi∗ ) o ponto médio de Ei0 . Então, para i = 1, 2, . . . , n, Ei0 é da forma
0 ∗ ∆ri ∗ ∆ri ∗ ∆θi ∗ ∆θi ∗ ∆zi ∗ ∆zi
E i = ri − , ri + × θi − , θi + × zi − , zi + .
2 2 2 2 2 2
O volume de cada Ei0 é ∆ri ∆θi ∆zi , a norma de P1 é a medida da maior das diagonais de
todos os Ei0 e portanto kP1 k → 0, quando (∆ri , ∆θi , ∆zi ) → (0, 0, 0), i = 1, 2, . . . , n.
As partições efectuadas em [a, b], [α, β] e [s, t] determinam também uma decomposição
P2 da região cilı́ndrica elementar E em n regiões cilı́ndricas elementares E1 , . . . En onde,
em coordenadas cilı́ndricas,
∆ri ∆ri ∆θi ∆θi
Ei = (r, θ, z) : ri∗ − ≤ r ≤ ri∗ + , θi∗ − ≤ θ ≤ θi∗ + e
2 2 2 2
∗ ∆zi ∗ ∆zi
zi − ≤ z ≤ zi + ,
2 2
para i = 1, 2, . . . , n.
Fig. 2.4.8
Cristina Caldeira 109
Seja
g : [a, b] × [α, β] × [s, t] −→ R
.
(r, θ, z) 7−→ rf (r cos θ, r sin θ, z)
De (2.15) obtém-se que
n
X n
X
f (x∗i , yi∗ , zi∗ )∆Vi = g(ri∗ , θi∗ , zi∗ ) (∆ri ) (∆θi ) (∆zi ) (2.16)
i=1 i=1
e
X
g(ri∗ , θi∗ , zi∗ ) (∆ri ) (∆θi ) (∆zi ) − I 0 < ε/2 .
i
Uma vez que isto é válido para todo o ε > 0 conclui-se que I = I 0 , isto é, que
ZZZ ZZZ
f (x, y, z) dxdydz = g(r, θ, z) drdθdz
E [a,b]×[α,β]×[s,t]
Z b Z β Z t
= r f (r cos θ, sin θ, z) dz dθ dr .
a α s
f : D −→ R
(x, y, z) 7−→ f (x, y, z)
Seja
D0 = (r, θ, z) ∈ R3 : r ≥ 0, θ ∈] − π, π] e (r cos θ, r sin θ, z) ∈ D .
é de classe C 1 em R3 .
Cristina Caldeira 111
ϕ : D0 −→ D
(r, θ, z) 7−→ (r cos θ, r sin θ, z)
e que esta função é bijectiva. A sobrejectividade resulta do facto de todo o ponto do espaço
admitir uma representação em coordenadas cilı́ndricas e da definição de D 0 e a injectividade
resulta dessa representação ser única para qualquer ponto do espaço não pertencente ao
eixo dos ZZ. Por outo lado, para todo o (r, θ, z) ∈ D 0 ,
cos θ −r sin θ 0
det(Jϕ (r, θ, z)) = sin θ r cos θ 0 = r > 0,
0 0 1
uma vez que D não contém pontos cuja projecção sobre o plano XOY seja a origem.
Usando o teorema 2.4.3 obtém-se
ZZZ ZZZ
f (x, y, z) dxdydz = f (r cos θ, r sin θ, z) r drdθdz . (2.17)
D D0
onde n p o
D = (x, y, z) ∈ R3 : 0 ≤ z ≤ x2 + y 2 ≤ 1 .
p
A equação z = x2 + y 2 é a equação da parte da superfı́cie cónica de equação x2 +y 2 −z 2 =
0 situada acima do plano XOY . Assim D é o sólido representado na figura seguinte.
Fig. 2.4.9
112 Textos de Apoio de Análise Matemática IV 2003/2004
{(r, θ, z) : 0 ≤ r ≤ 1 , −π < θ ≤ π , e 0 ≤ z ≤ r} .
Então
ZZZ Z 1 Z π Z r
(x + z) dxdydz = (r cos θ + z)r dz dθ dr
D 0 −π 0
Z 1Z π r
2 z2
= zr cos θ + r dθ dr
0 −π 2 0
Z 1Z π
3 r3
= r cos θ + dθ dr
0 −π 2
Z 1 π
3 r3
= r sin θ + θ dr
0 2 −π
Z 1
= πr3 dr
0
4 1
r
= π
4 0
π
= .
4
−−→
• θ a medida do ângulo que o semi-eixo ȮX faz com OP 0 (θ ∈] − π, π]);
−→
• φ a medida do ângulo que o semi-eixo ȮZ faz com OP (φ ∈ [0, π]).
Cristina Caldeira 113
Fig. 2.4.10
Vamos agora obter a igualdade que traduz a mudança de coordenadas cartesianas para
coordenadas esféricas no integral triplo, a partir do teorema 2.4.3.
Seja D uma região de R3 que não contém pontos do eixo dos ZZ e é união de um
número finito de regiões cada uma das quais de um dos tipos 1, 2 ou 3 e que se intersectam
duas a duas, quando muito nas suas fronteiras. Seja ainda
f : D −→ R
(x, y, z) 7−→ f (x, y, z)
Seja
D0 = (ρ, θ, φ) ∈ R3 : ρ ≥ 0, θ ∈] − π, π], φ ∈ [0, π] e (ρ sin φ cos θ, ρ sin φ sin θ, ρ cos φ) ∈ D .
é de classe C 1 em R3 .
114 Textos de Apoio de Análise Matemática IV 2003/2004
ϕ : D0 −→ D
.
(ρ, θ, φ) 7−→ (ρ sin φ cos θ, ρ sin φ sin θ, ρ cos φ)
Tal como para o caso das coordenadas cilı́ndricas, podemos efectuar a mudança para
coordenadas esféricas mesmo se a região de integração contiver pontos do eixo dos ZZ.
Fig. 2.4.11
Então
ZZZ Z 3 Z π/2 Z π/2
x2 +y 2 2 sin2 φ(cos2 θ+sin2 θ)
ze dxdydz = ρ3 sin φ cos φ eρ dθ dφ dρ
D 2 0 0
Z 3 Z π/2
π 2 sin2 φ
= ρ 2ρ2 sin φ cos φ eρ dφ dρ
4 2 0
Z 3 h 2 2 iπ/2
π
= ρ eρ sin φ dρ
4 0
Z2 3
π 2
= ρ eρ − 1 dρ
4 2
π h 2 i3
ρ 2
= e −ρ
8 2
π 9 4
= e −e −5 .
8
2.4.5 Exercı́cios
1. Usando uma mudança de variável conveniente calcule os seguintes integrais triplos
ZZZ
1
(a) 3 dV com
2 2
D (1 − x − y ) 2
D = (x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 ≤ z ≤ 2 − x2 − y 2 ;
ZZZ
1
(b) 3 dV com
D (x2 + y 2 + z 2 ) 2
D = (x, y, z) ∈ R3 : 4 ≤ x2 + y 2 + z 2 ≤ 9 ;
ZZZ p
(c) x2 + y 2 + z 2 dxdydz com
D
D = (x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 ≤ 1 ∧ x2 + y 2 + (z − 1)2 ≤ 1 ;
ZZZ
(d) y dV com
D
n p o
D = (x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 ≤ 1 ∧ z ≥ − x2 + y 2 ;
ZZZ
(e) z dV com
D
D = (x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 ≤ z 2 ≤ 2z − x2 − y 2 ;
ZZZ
(f) dxdydz onde D é a região de R3 limitada pelos cilindros hiperbólicos de
D
equações xy = 1, xy = 9, xz = 4, xz = 36, yz = 25 e yz = 49;
116 Textos de Apoio de Análise Matemática IV 2003/2004
ZZZ p
(g) 1 − (x2 /4 + y 2 + z 2 /9) dxdydz com
D
D = (x, y, z) ∈ R3 : 9x2 + 36y 2 + 4z 2 ≤ 36 .
Z 1 Z b Z √ 3 −x2 −z2
2 4
(a) dy dz dx;
0 a x2 +z 2
Z π Z c Z √ 3 −r2
2 4
(b) r dy dr dθ;
π
4
0 r2
√
Z π Z Z 3 Z π Z π Z
4
d 2 4 2
e
2
(c) ρ sin φ dρ dφ dθ + ρ2 sin φ dρ dφ dθ.
0 0 0 0 d 0
Proposição 2.4.1 Seja E uma região de R3 que é união de um número finito de regiões
cada uma das quais de um dos tipos 1, 2 ou 3 e que se intersectam duas a duas quando
muito nas suas fronteiras. Então o volume de E é
ZZZ
V (E) = dxdydz .
E
Fig. 2.4.12
Então, conforme se viu ao estudar as aplicações do integral duplo,
ZZ
V (E) = [f (x, y) − g(x, y)] dxdy
D
Z Z Z f (x,y)
= dz dxdy
D g(x,y)
ZZZ
= dxdydz .
E
V (E) = V (E1 )
ZZZ
= dxdydz
E1
ZZ Z f (x,y)−c
= dz dxdy
D g(x,y)−c
ZZ
= [(f (x, y) − c) − (g(x, y) − c)] dxdy
D
ZZ
= [f (x, y) − g(x, y)] dxdy
D
Z Z Z f (x,y)
= dz dxdy
D g(x,y)
ZZZ
= dxdydz .
E
118 Textos de Apoio de Análise Matemática IV 2003/2004
Finalmente como outra aplicação do integral triplo veremos o cálculo da massa, centro
de massa e momentos, em relação aos planos coordenados, de um sólido de R3 .
Seja E uma região de R3 que é união finita de regiões cada uma das quais de um dos tipos
1, 2 ou 3 e que se intersectam duas a duas, quando muito nas suas fronteiras. Suponhamos
distribuı́da na região E uma determinada quantidade de matéria. Seja (x, y, z) um ponto
de E e seja D uma subregião de E que contém (x, y, z). Designe-se por ∆V o seu volume e
∆m
por ∆m a massa da matéria distribuı́da em D. Se existir, o limite lim dependerá, em
∆V →0 ∆V
geral do ponto (x, y, z). Assim, a este limite, se existir, chama-se densidade da matéria no
ponto (x, y, z). Se para todo o (x, y, z) ∈ E existir o referido limite, à função ρ : E → R +0,
tal que ρ(x, y, z) é a densidade da matéria no ponto (x, y, z) chama-se função densidade
da distribuição de matéria em causa.
Seja E nas condições anteriores e com função densidade ρ(x, y, z) contı́nua. Analoga-
mente ao que foi visto para regiões planas tem-se:
• os momentos de E em relação aos planos coordenados Y OZ, XOZ e XOY são dados,
respectivamente, por
ZZZ
Myz = x ρ(x, y, z) dxdydz ;
E
ZZZ
Mxz = y ρ(x, y, z) dxdydz ;
E
ZZZ
Mxy = z ρ(x, y, z) dxdydz ;
E
2.4.7 Exercı́cios
1. Usando integrais triplos, calcule o volume das regiões de R3 definidas por:
(a) x2 + y 2 + z 2 ≤ r2 , r > 0;
2
x + y2 ≤ 1
(b) ;
−1 ≤ z ≤ 1
2
x + y 2 ≤ (z − 1)2
(c) ;
0≤z≤1
p
(d) x2 + y 2 ≤ z ≤ x2 + y 2 ;
Cristina Caldeira 119
x2 + y 2 + z 2 ≤ 8
(e) ;
z 2 ≥ x2 + y 2
x2 + y 2 + z 2 ≤ 4
(f) .
x2 + y 2 + (z − 2)2 ≤ 4
2. Determine o volume dos seguintes sólidos