Trabalho de Direito Criminal
Trabalho de Direito Criminal
Trabalho de Direito Criminal
Extensão de Gurúè
Tema:
Extradição
Curso: Direito
Disciplina: Direito Criminal
Ano de Frequência: 2º Ano
Docente: Dr. Isac
ÍNDICE
1. Introdução...............................................................................................................................1
1.1. Objectivos............................................................................................................................1
2. Extradição...............................................................................................................................2
4. A extradição na actualidade.................................................................................................3
6. Tipos de extradição.................................................................................................................4
16. Conclusão.........................................................................................................................9
O presente trabalho tem como tema a extradição, Portanto, a extradição é o acto em que um
Estado entrega à Justiça de outro Estado uma pessoa acusada de cometer crime, para que a
mesma possa ser julgada ou para que cumpra pena. A extradição é utilizada quando um
indivíduo que praticou um crime em um Estado se desloca para outro Estado. Trata-se de
cooperação penal internacional amplamente utilizada pelos países para aplicação da lei penal.
Portanto, salienta-se também, que para a realização do trabalho foi preciso o uso da
metodologia de pesquisa bibliográfica de materiais relacionados com o tema, permitindo desta
feita o desenvolvimento do trabalho, que observou objetivos:
1.1. Objectivos
Objectivo Geral:
Compreender o conceito da extradição
Objectivos específicos:
Definir a extradição;
Descrever o processo de extradição e tipos aplicáveis
Destacar a sua relevância no âmbito de cooperação judiciária internacional.
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2. Extradição
A extradição é o nome que se dá ao processo de solicitação para entregar uma pessoa a outro
país para que essa pessoa possa ser processada e julgada por um crime que tenha cometido. O
processo de extradição está baseado em convenções internacionais que preveem que os países
entrem em acordo para extraditar pessoas em condições semelhantes.
Segundo MAZZUOLI, 2007, p. 603, A extradição é definida pelo acto em que um Estado
entrega à Justiça de outro Estado pessoa que foi neste último processada ou condenada na
safra criminal e que lá esteja refugiada, a fim de que possa ser julgada ou para que cumpra a
pena já imposta pelo Estado requerente. Ou seja, A extradição é um instrumento jurídico que
permite ao direito penal internacional assegurar a solidariedade dos Estados na luta contra a
criminalidade, impedindo que os transgressores da lei se beneficiem da impunidade ao
ultrapassarem a fronteira de um Estado.
Já o mais antigo tratado que admitiu a extradição para presos comuns surgiu em 1376, entre
Carlos V, da França, e o Conde de Savóia, tendo sido assinado, quase quatro séculos após, em
1736, o primeiro tratado moderno de extradição, entre a França e os Países Baixos, prevendo
a entrega de delinquentes comuns e apresentando uma lista dos crimes que ensejariam.
Segundo Martens, a evolução histórica da extradição pode ser dividida em três períodos:
3.2. O período, abrangendo todo o século XVIII e a primeira metade do século XIX:
Uma época de elaboração de tratados dispondo sobre transgressores militares, refletindo a
condição da Europa daquele momento.
4. A extradição na actualidade
A extradição, atualmente, é um processo formal pelo qual um Estado entrega uma pessoa a
outro, por meio de um tratado, reciprocidade ou cortesia. Os participantes em tal processo são,
portanto, o Estado requerente e o Estado requerido e, dependendo dos pontos de vista do
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indivíduo. O sistema e seus participantes não mudaram através dos tempos, apenas a análise
racional e os propósitos foram modificados, e, consequentemente, certos aspectos formais do
processo.
Entretanto, isto provoca uma especulação em torno desse processo de entrega, isto é, "extra
tradição", que, ultimamente, desenvolveu-se em "extradição". A explicação mais aceitável
para o termo "extradição" é sua origem latina extra· dere, que significa retorno forçado de
uma pessoa ao seu soberano.
É necessário haver uma ordem de prisão emitida pela autoridade competente do país
requerente;
É preciso que o motivo da extradição seja tipificado como crime tanto pelo país
requerente e pelo país requerido;
Haver a expectativa de um julgamento justo e da gravidade da pena.
6. Tipos de extradição
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Segundo MAZZUOLI, 2007, p. 605), extradição pode ser activa ou passiva:
6.1. A extradição activa: ocorre quando um criminoso foge da Justiça e tenta se refugiar em
outro país, sendo que o governo deverá requerer a extradição do indivíduo àquele Estado.
6.2. A extradição passiva: ocorre quando um país estrangeiro solicita à Justiça do outro país
indivíduo que esteja foragido no território.
Como um instrumento que permite aos Estados assegurar que pessoas responsáveis por
crimes graves prestem contas, a extradição constitui uma importante ferramenta na luta contra
a impunidade, inclusive nos casos que envolvem, por exemplo, violações do Direito
Internacional Humanitário e do direito internacional dos Direitos Humanos, que se convertem
em uma forma de perseguição e em causa de deslocamento. Como tal, a extradição é também
um instrumento chave para a consecução dos esforços dos Estados orientados a combater o
terrorismo e outras formas de delitos transnacionais.
Ela permite àquele o exercício normal de sua jurisdição penal e evita a este o incômodo de
conservar em seu território um indivíduo cujo passado pode ser contrário à ordem pública do
lugar de seu domicílio.
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Todavia, distinguem as fontes do direito, dividindo-as em fontes formais e fontes materiais,
seguidamente mencionadas.
Os tratados de extradição deriva do facto de que eles criam uma obrigação recíproca para os
Estados ratificastes de extraditar os autores de uma determinada infracção. Os tratados, em
geral, constituem a fonte e a manifestação mais importante das relações entre Estados. Eles
resultam de acordos de vontade, sob a forma escrita, celebrados entre pessoas de direito
internacional, destinados a produzir efeitos jurídicos entre as partes.
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Um dos principais efeitos dos tratados de extradição é tornar obrigatória para os contratantes
as regras enunciadas no seu texto. Eles estabelecem entre as partes que os ratificaram um
vínculo jurídico, gerando uma verdadeira obrigação que, no caso específico dos tratados
extradicionais, os obrigam a entregar os malfeitores refugiados no território do Estado
requerido, baseando na obrigação todos os Estados de auxiliar na adequada administração da
justiça penal.
11.1. Para crimes puníveis com a morte ou com prisão perpétua no estado que está solicitando
à pessoa;
11.2. Quando houver razões para crer que a pessoa extraditada pode ser submetida a tortura
ou tratamento desumano, degradante ou cruel.
Esta disposição não se aplica aos cidadãos moçambicanos. Não há disposições constitucionais
que preveem a recusa da extradição.
Quando se tratar de crime punível com pena de morte ou oura de que resulte lesão
irreversível da integridade;
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Quando se trata de crime que o Estado considere ser político ou com ele conexo. A
mera alegação de um fim ou motivo político não implicara que o crime deva
necessariamente ser qualificado como tal;
Quando se tratar de crime militar que ano constitua simultaneamente uma infracção de
direito comum;
Quando a pessoa reclamada tiver sido definitivamente julgada, indultada, beneficiada
por amnistia ou objeto de perdão no Estado requerido com respeito ao facto ou aos
factos que fundamentam o pedido de extradição;
Quando a pessoa reclamada tiver sido condenada a ou dever ser julgada no Estado
requerente por um tribunal de excepção;
Quando se encontrem prescritos o procedimento criminal ou a pena em conformidade
com a legislação do Estado requerente ou do Estado requerido.
Quando for negada a extradição com fundamento nas alíneas acima, é instaurado
procedimento penal pelos factos que fundamentam o pedido, sendo solicitados ao Estado
requerente os elementos necessários.
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16. Conclusão
A extradição é um instituto do direito internacional que possibilita a cooperação penal entre
os Estados, impedindo que criminosos se esquivem da aplicação da lei e da Justiça.
Entretanto, na legislação de vários países encontram-se regras que impedem a extradição que
possa representar desrespeito aos direitos fundamentais.
Da mesma forma, caso o extraditando esteja sujeito à pena de morte ou prisão perpétua no
país que pede a sua extradição, o Estado requerido somente concederá a extradição se houver
a comutação da penas ou recusa a extradição. Ainda existem outras situações previstas no
Estatuto do estrangeiro que protegem o extraditando. Essas regras que criam obstáculos à
concessão da extradição baseiam-se em diretrizes de proteção aos direitos humanos, que estão
previstos na ordem jurídica dos Estados, e também na ordem jurídica internacional, sendo de
fundamental importância para a configuração do Estado Democrático de Direito. Assim
sendo, a Constituição e a legislação infra-constitucional delineiam os limites e as regras para o
exercício do poder do Estado, inclusive para sua actuação externa, que no caso da extradição
deve considerar a proteção dos direitos humanos.
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17. Referências Bibliográficas
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