W de Monasse - Psicoloia de Desenvolvimento
W de Monasse - Psicoloia de Desenvolvimento
W de Monasse - Psicoloia de Desenvolvimento
Introdução.........................................................................................................................................1
1. O Desenvolvimento na Adolescência...........................................................................................2
3. O Desenvolvimento Cognitivo.....................................................................................................3
4. O Desenvolvimento da Linguagem..............................................................................................6
5. O Desenvolvimento Afectivo-Emocional....................................................................................8
6. O Desenvolvimento Moral...........................................................................................................8
7. Diferenças Individuais................................................................................................................10
8. Memória.....................................................................................................................................11
8.1. A memória e sua natureza.......................................................................................................11
9. A Motivação...............................................................................................................................13
10. A Socialização..........................................................................................................................13
11.1. Semelhança............................................................................................................................13
11.2. Diferenças..............................................................................................................................14
12. Conclusão.................................................................................................................................15
O presente trabalho tem como tema ‟ Resumo das unidades 12 a 24ˮ da cadeira de Psicologia de
Desenvolvimento. Desta vou abordar conteúdos sobre, o desenvolvimento na adolescência, o
desenvolvimento na idade adulta, o desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento da
linguagem, o desenvolvimento afectivo-emocional, o desenvolvimento moral, diferenças
individuais, memória, motivação e socialização.
Entretanto, para a realização do trabalho foi preciso o uso de método de pesquisa bibliográfica,
que de certa contribui para a pesquisa dos conteúdos relacionado ao tema em estudo.
Objectivos
Objectivo Geral:
Objectivos específicos:
1
1. O Desenvolvimento na Adolescência
A adolescência estende-se dos 12 aos 17 anos, 21 anos, pode se confundir com a juventude, essa
é uma discussão muito renhida entre os desenvolvimentistas e é caracterizada pela busca da
consolidação da identidade. Mwamwenda (2004), caracteriza a adolescência como um período,
fascinante, interessante e desafiante do crescimento e desenvolvimento humano. É um período de
grandes mudanças físicas, sócias, emocionais, fisiológicas e psicológica.
No âmbito geral, dos 12 aos 18 anos as raparigas experimentam mudanças e crescimento rápido
dois anos à frente dos rapazes e elas ficam mais altas e com maior peso. Em ambos os sexos
acontece à maturidade sexual e a capacidade de reprodução. Há um crescimento acelerado e
mudanças precipitadas nas secreções das hormonas da glândula pituitária, localizada na base do
cérebro.
Nos rapazes aumento o tamanho e força dos músculos e dos troncos. Verifica-se, também o
crescimento rápido dos testículos, dos pêlos púbicos e do pénis, o que permite a ereção, podendo
ser causada por estímulos eróticos e fantasias, pressão provocada sobre as roupas, etc. tal ereção
pode gerar a ejaculação, podendo o rapaz engravidar uma rapariga. A ejaculação é seguida pelo
crescimento dos pêlos nas axilas, pêlos na face (barba) e a mudança de voz.
Normalmente as raparigas nascem com um sistema nervoso e esqueleto mais maduro que os
rapazes. No início da adolescência desenvolvem-se as glândulas mamarias e os pêlos púbicos. O
útero, a vagina e o peito aumentam de tamanho em preparação para a função de mãe. Os lábios
da vagina e o clitóris se alargam o que culmina com a primeira menstruação da jovem. A
mensturação é sinal de maturidade sexual, visto que a jovem pode engravidar caso mantenha
relações sexuais sem proteção com o sexo oposto. As ancas e a pélvis tornam-se mais largas, os
odores corporais tornam-se mais intensos. O tom da voz torna-se mais aguda.
Portanto, em ambos os sexos, muitas vezes os adolescentes não aceitam as mudanças que
experimentam. Uns ficam insatisfeitos com a aparência física, isso depende da relação
estabelecida pelos pais, que tanto contribuem na formação do autoconceito (auto percepção)
concorrendo na formação da sua identidade.
No início da idade adulta, os músculos do homem continuam a aumentar, facto que não acontece
com as mulheres. Há uma tendência de aumento de peso e fisicamente, estes se tornam mais
fortes. É o início na independência econômica, de responsabilidades, estabelecimento de relações
íntimas com o sexo oposto, ocorrência de casamento e formação de uma família.
Davidoff (2001) resume que os adultos são motivados a partenidade/maternidade por nove
valores:
O psicólogo suíço Jean Piaget parte do pressuposto de que os seres humanos nascem com
necessidade de se adaptarem ao meio ambiente. A adaptação “ocorre naturalmente à medida que
os organismos interagem com o ambiente. Este processo expande automaticamente as
capacidades mentais”. Por seu turno, o processo de adaptação é composto de dois processos
complementares: assimilação e acomodação (Davidoff, 2001).
Os primeiros esquemas nas crianças são compostos por reflexos simples, posteriormente se
transformam em planos, regras, construções mentais e pressupostos. Isso acontece através dos
processos de assimilação e acomodação, que possibilitam à criança a lidar com novos desafios de
forma mais lúcida e eficaz. A teoria de Piaget busca dar uma explicação compreensiva do mundo
da criança como esta compreende e interpreta.
a) O estágio sensório-motor;
b) O estágio pré-operatório;
c) O estágio operatório ou das operações concretas;
d) O estágio das operações formas. Para melhor compreensão esses estágios serão descritos
separada e detalhadamente.
Estágio Sensório-Motor (0-24 meses)
Nesse período, os bebés entendem suas experiências pela visão, tato, paladar, olfato e
manipulação (sistema sensorial e motor). Eles aprendem que as visões e os sons, assim como os
toques, gostos, cheiros e outras impressões estão relacionadas sobre o mesmo objecto. A criança
não consegue diferenciar o eu do mundo exterior e tem uma visão egocêntrica da realidade. Ela
centra-se na sua própria actividade. O bebé busca o autoconhecimento, explorar o seu corpo,
conhecer os seus vários componentes, sentir emoções, através disso, ela estará formando uma
noção do seu eu “de se distinguir como objecto dos demais objectos existentes no exterior e de se
colocar em relação a eles.
Neste período as crianças guiam-se pelas percepções da realidade. Consegue resolver problemas
pela manipulação de objectos concretos, apesar das dificuldades com as versões abstractas na
resolução de problemas. Em seu pensamento mistura a realidade com a fantasia. Nesta fase da
vida a criança é egocêntrica. Ela confunde-se com objectos e pessoas, atribuindo a eles seus
próprios sentimento e pensamentos. O egocentrismo manifesta-se, também, na linguagem, pois é
comum neste estágio as crianças fazerem monólogos (falar sozinha) e as crianças não se
importam que alguém as ouça.
Modo activo: caracteriza-se pela acção que se reflecte no acto de tocar, saborear, mexer e
agarrar, ou seja, a criança reproduz cada experiência de forma psicomotora. A criança percebe o
objecto em termos do que faz com ele, e o seu pensamento é baseado no que o objecto faz, existe
uma forte conceptualização baseada na representação.
Modo Icónico: objectos e experiências continuam a existir, mesmo com a sua ausência, pois
fazem parte da experiência internalizada. A partir de imagens e desenhos a criança representa a
realidade. O pensamento icônico pode ser desenvolvido na escola a partir de vídeos, televisão e
simulações.
Modo simbólico: a criança representa a realidade com base em símbolos, idéias, pensamentos e
conhecimentos. Estas capacidades são desenvolvidas a partir da linguagem “que serve como
veiculo para a expressão dos seus pensamentos”. Neste momento a criança é capaz de construir
hipóteses, usar metáforas e resolver problemas de raciocínio lógico.
4. O Desenvolvimento da Linguagem
Aos doze meses a criança é capaz de dizer palavras simples, como papá e mamá. No início a
primeira habilidade é o pronunciamento de nomes, depois segue a das acções, os verbos
associados aos nomes, comer e beber, por exemplo, associado os nomes comida e água.
Normalmente por volta dos dois anos o vocabulário da criança terá evoluído complexa e
rapidamente, ela começa a produzir frases com palavras essenciais. Aos quatro anos já é capaz de
produzir frases com mais de quatro palavras. Esse processo todo pode ser entendido a luz de
estudos realizados por alguns teóricos e neste caso, dar-se-á ênfase a explicação de Noam
Chomsky, Skinner e Piaget.
Isso significa que a função comunicativa ocorre com a presença do emissor, receptor e da
interação social. E a aprendizagem seria desenvolvida a partir da imitação do comportamento
verbal de pessoas adultas. No caso, o desenvolvimento da linguagem na criança está aliado ao
reforço que advém da comunidade, que considera essa linguagem adequada ou não ao convívio
social. Assim, a criança aprende a discriminar quais as palavras mais reforçadas pelas pessoas
que a circundam.
Se as crianças vivem em condições ambientais distintos ou que significa dizer que estão sujeitas a
práticas de reforços diferentes, como se explica que o desenvolvimento da linguagem siga
padrões universais em diferentes grupos socioculturais? Essa é talvez a pergunta que a teoria de
Skinner precisaria explicar, pois todas as diferenças parecem não ter efeito marcante no processo
de aquisição da linguagem.
A linguagem seria a substituição ou a representação dos objectos e eventos por símbolos mentais.
E isso acontece a partir da imitação. Normalmente, os sons são associados a acções e a aquisição
da linguagem se processa através da imitação desses sons.
5. O Desenvolvimento Afectivo-Emocional
A descoberta do inconsciente, que tira ao ser humano o domínio sobre sua própria vontade teve
um tremendo impacto na humanidade. Segundo o modelo psicanalítico são três os constructos da
estruturação da personalidade:
b) O ego - Serve de intermediário entre o desejo e a realidade. O ego se estrutura como uma nova
etapa de adaptação evolutiva do sujeito, é corporal, ou seja, biológico. Com o ego começam a ser
estabelecidas as correlações entre o desejo e a realidade.
c) O superego - É “responsável pela estruturação interna dos valores morais, ou seja, pela
internalização das normas referentes ao que é moralmente proibido e o que é valorizado e deve
ser activamente buscado”.
6. O Desenvolvimento Moral
c) Estágio da cooperação genuína (11-12 anos): A criança tem completo domínio das
regras e é capaz de discutir a legitimidade das mesmas.
Para concluir a visão de Piaget, de acordo com Sisto e Martinelli (2008), distinguem três tipos
de moralidade:
a) Anomia: Esta fase, por vezes omissa em certos autores, não se pode falar de moralidade,
a criança vive no meio sem seguir as regras ou normas de conduta, é a fase dos bebés recém-
nascidos.
b) Heteronomia: Nesta etapa já se pode falar de cumprimento das regras de conduta, porém
as crianças não as seguem porque as reconhecem, mas por medo de represárias ou punições
dos pais ou dos adultos a sua volta. Trata-se de normas impostas.
Estágio I: Orientação para o castigo e a obediência – as crianças avaliam as boas e as más acções
a partir das recompensas e os castigos.
Estágio II: Orientação Instrumental – a criança determina o certo por aquilo que lhe dá
felicidade.
b) Nível convencional: a moral é centrada no social, os interesses dos outros também são
levados em conta na hora de tomada de decisão. Necessidade e desejo de corresponder às
normas sociais.
Estágio III: Orientação para o bom menino ou boa menina – e as crianças evitam, assim,
comportamentos inaceitáveis.
Estágio IV: Orientação para a ordem e a lei – a criança entende que sua aceitação na sociedade
está condicionada a obediência da lei.
Estágio V: Orientação para o contrato social – a criança vê a sociedade como fonte da lei, vale a
protecção dos direitos individuais.
Estágio VI: orientação para os princípios éticos universais – que seria o grau mais elevado do
desenvolvimento moral do indivíduo, o que vale é a vida humano e ela tem primazia sobre todas
as coisas.
7. Diferenças Individuais
Fazem parte as informações genéticas que cada um recebe de seus progenitores. Essas
informações são particulares e distinguem o indivíduo; A anatomia e fisiologia do cérebro, apesar
de apresentarem caracteres e funções semelhantes, possuem diferenças que podem acentuar
aprendizagens, lembranças e experiências significativas. Essa heterogeneidade de caracteres
depende também da qualidade e quantidade de informações veiculadas pela sociedade em que o
indivíduo vive. Essas diferenças podem se manifestar no desenvolvimento físico (altura,
aparência, peso e gênero).
7.2. Aspectos culturais
Diz-se que o Ser Humano é também fruto da Cultura. Saberes, valores, hábitos sociais e práticas
cotidianas distinguem as pessoas de um grupo com outro. E isso influi no modo de viver, de se
vestir, de se alimentar, etc., em suma, modo de conceber a vida e de apreciar valores. As
diferenças nos padrões culturais traduzem-se em divergências nas relações sociais e na
organização da vida.
A sociedade em que cada indivíduo vive também é capaz de propiciar a formação de uma pessoa
diferente. Pois, as pessoas não têm a mesma família, não frequentam a mesma escola e vivem
problemas diferentes o que os individualiza.
Em si, as diferenças individuais dentro de uma sociedade têm suas vantagens. Elas são factores
de novas aprendizagens, pelo convívio com pessoas de grupos socioculturais diferentes; são
factor de abertura e tolerância; factor de desenvolvimento intelectual e factor de progressão
cultural.
8. Memória
O facto é que se os indivíduos não tivessem memória teriam dificuldades de percepção. Muitas
vezes a capacidade de resolver problemas depende da capacidade de reter cadeias de idéias. Na
memória, são os processos e estruturas envolvidos no armazenamento e recuperação de
experiências. Por isso mesmo, a aprendizagem e a memória não podem ser separadas uma da
outra.
Mwamwenda (2004) garante que a memória é tão importante na vida humana e para a sua
sobrevivência, sem ela as pessoas teriam dificuldades em ir para diferentes lugares, de progredir
na escola, de recordar nomes, amigos e seus feitos. Normalmente, a memória alimenta-se dos
estímulos captados pelos sentidos: a visão, o tacto, o olfacto e o paladar, que seria o registo
sensorial.
8.2. Processos da Memória
Codificação ou aquisição;
Armazenamento;
Recuperação.
Na mesma classificação Davidoff (2004) distingue três tipos nas estruturas da memória:
sensorial, de curto prazo e de longo prazo.
a) Memória sensorial
É a informação que chega aos órgãos dos sentidos é retida momentaneamente por um sistema de
armazenamento, e este sistema denomina-se de memória sensorial. Seus conteúdos são iguais a
imagens persistentes, que desaparecem em pouco tempo, caso não sejam transferidos a estrutura
posterior de memória.
É considerada como o centro da consciência. A memória de curto prazo tem uma capacidade
limitada para guardar a informação por um período longo de tempo. Informações significativas
são encaminhadas para a memória de curto prazo, as outras são descartadas do sistema de
armazenamento.
Reconhecimento;
Ensaio;
Organização;
Significado;
Actividade;
Atenção.
9. A Motivação
A motivação pode ser social, quando os impulsos são influenciados pela cultura. Entre estes se
podem destacar a satisfação das necessidades de afiliação e de realização. Desde o início da sua
vida o indivíduo demonstra a motivação social, principalmente para desenvolver a linguagem.
Em termos sociais a motivação e dependente da aprovação da família, dos pais.
10. A Socialização
11.1. Semelhança
Para Piaget “toda moral consiste num sistema de regras, e a essência de toda moralidade deve ser
procurada no respeito que o individuo adquire por essas regras”. É a partir da compreensão de
como a consciência vai respeitar as regras que Piaget e Kohlberg desenvolvem suas pesquisas.
Piaget escolhe a observação do jogo de bolinhas para fundamentar sua teoria, porém não deu
continuidade sobre este tema, focando-se no desenvolvimento intelectual em geral. No entanto,
Kohlberg aprofunda os estudos sobre a moralidade e para isso apresenta dilemas morais a seus
entrevistados.
Piaget elaborou dois grupos de estágios, o primeiro diz respeito à prática das regras (quatro
estágios) e o segundo a consciência da mesma (três estágios), sendo o último o mais relevante. Já
Kohlberg divide o processo de desenvolvimento da moral em três níveis contendo, cada um, dois
estágios.
11.2. Diferenças
No entanto, pode-se dizer que anterior à heteronomia há um período caracterizado como anomia
em que a criança não tem consciência das normas sociomorais presentes no mundo na qual está
inserida, para ela as regras não fazem sentido. Porém imergida no universo das regras, a criança
começa a desenvolver a noção de dever, decorrente da ideia de certo e errado, de boas e más
acções, apresentando uma moral heterónoma, da obediência, em que as regras lhe são exteriores.
Portanto, para alcançar a autonomia, é preciso que além da superação de suas tendências
heterónomas e egocêntricas, a criança possa ter possibilidades de exercer a cooperação e a
consciência de necessidade de regras boas e justas, ou seja, que possa ter boas experiências que a
levem ao desenvolvimento autónomo.
13. Referencias Bibliográficas
ABRUNHOSA, M. A., & LEITÃO, M., (2009). Psicologia B. Lisboa, Portugal: Edições Asa.
DAVIDOFF, Linda., (2001). Introdução à Psicologia. 3ª ed. São Paulo: Artmed, 2001.
DAVIS, C., & OLIVEIRA, Z., (1990). Psicologia na Educação. São Paulo, Brasil: Cortez.
SPRINTHALL, N. A., & SPRINTHAL, R., (1993). Psicologia Educacional: Uma abordagem
Desenvolvimentista. Lisboa: McGraw-Hill.
SISTO, F., & MARTINELLI, S., (2008). Afectividade e dificuldades de Aprendizagem. SP,
Metropolis.
PIAGET, J., (1932). Desenvolvimento moral e cognitivo. São Paulo, Brasil: EPU.